• Nenhum resultado encontrado

Resumo. Abstract. Estudante de Graduação PUC Rio 2. Engenheiro, Funcionário PUC Rio 3. Engenheiro, Bolsista FACTI 4. Estudante de Pós Graduação UFRJ 5

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Resumo. Abstract. Estudante de Graduação PUC Rio 2. Engenheiro, Funcionário PUC Rio 3. Engenheiro, Bolsista FACTI 4. Estudante de Pós Graduação UFRJ 5"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

IBP1444_06 ROBÔ AMBIENTAL HÍBRIDO Artur D. Mendonça

1

, Auderi V. Santos 

2

, Breno B. Figueiredo

3

, Gustavo M Freitas

4

, José A. Sena

5

, Ney Robinson S. Reis

6

, Pedro G. Panta

7

Procópio S. Stein

8

, Roberto M. Carvalho

1

, Rodrigo C. Ferreira

2

  

IBP1444_06 

Robô Ambiental Híbrido

Copyright 2006, Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás ­ IBP

Este Trabalho Técnico foi preparado para apresentação na Rio Oil & Gas Expo and Conference 2006, realizada no período de  11 a 14 de setembro de 2006, no Rio de Janeiro. Este Trabalho Técnico foi selecionado para apresentação pelo Comitê Técnico  do evento, seguindo as informações contidas na sinopse submetida pelo(s) autor(es). O conteúdo do Trabalho Técnico, como  apresentado, não foi revisado pelo IBP. Os organizadores não irão traduzir ou corrigir os textos recebidos. O material conforme,  apresentado,   não   necessariamente   reflete   as   opiniões   do   Instituto   Brasileiro   de   Petróleo   e   Gás,   seus   Associados   e  Representantes. É de conhecimento e aprovação do(s) autor(es) que este Trabalho Técnico seja publicado nos Anais da Rio Oil 

& Gas Expo and Conference 2006.

  

Resumo 

O intuito desta pesquisa é desenvolver e implementar o robô ambiental híbrido, projeto da Petrobrás que será  utilizado para realizar o monitoramento ambiental da região Amazônica Brasileira. A Petrobras está construindo o  gasoduto Coari–Manaus ao longo das margens do Rio Solimões. O objetivo do sistema proposto é estudar os  possíveis impactos ambientais causados pelo transporte de gás natural e petróleo, buscando a preservação da  biodiversidade  dessa  região. Mais  que   isso,  esse  robô  será   uma  ferramenta  de   um  projeto  maior  (Cognitus),  responsável   por   coletar   informações   e   estruturar   um   banco   de   dados   sobre   a   região   Amazônica,   a   ser  disponibilizado para centros de excelência e universidades. O robô deve ser capaz de superar obstáculos, podendo  se locomover sobre água, terra firme, pântanos, brejos, terrenos alagadiços e arenosos, a fim de realizar medições e  tarefas nesses ambientes. 

Abstract 

The objective of this research is to develop and implement a robot capable of monitoring the environment of the  Brazilian part of the Amazon rain forest.  By the margins of Solimões River, a gas duct will be construct by  Petrobras S.A., between the cities of Coari and Manaus. The system’s function is to study the possible ambient  effects of gas and oil transportation, looking for the preservation of the biodiversity of this area. More than this, the  robot will be a tool of a bigger project (Cognitus), collecting information for a data bank of this region. The robot  should be able to get through obstacles, moving over water, land, sand, swamp and floating plants in order to make  measurements and realize tasks in these places. 

______________________________

1

 Estudante de Graduação – PUC Rio

2

 Engenheiro, Funcionário – PUC Rio

3

 Engenheiro, Bolsista – FACTI

4

 Estudante de Pós­Graduação ­ UFRJ

5

 Maqueteiro – Petrobras

6

 Engenheiro Mecânico – Petrobras

7

 Estudante de Pós­Graduação – PUC Rio

8

 Estudante de Graduação – UFSC

(2)

1. Introdução 

A   extração,   beneficiamento   e   posterior   transporte   de   hidrocarbonetos   na   Região   Amazônica   sempre  receberam atenção especial da PETROBRAS e do seu Centro de Pesquisas e Desenvolvimento ­ CENPES, de  forma a preservar o meio ambiente e evitar possíveis impactos causados por suas atividades. Acreditamos que o  sucesso desta empreitada, passa, obrigatoriamente, por um trabalho embebido em profundo respeito, onde nosso  comportamento e atitude devem estar revestidos de humildade diante da natureza e de tudo e todos que lá habitam,  representando culturas e comportamentos desde tempos imemoriais.

Na Região, destaca­se a província petrolífera de URUCU onde opera a maior Unidade de Processamento  de Gás Natural do Brasil, com a produção em torno de 6 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. 

Atualmente, por falta de centro consumidor e, por conseqüência, a inexistência de malha de distribuição, grande  parte deste gas precisa e esta sendo reinjetado no reservatório. 

Por outro lado, a cidade de Manaus, capital do Estado do Amazonas, além de importante metrópole, em  rápido crescimento, abriga um destacado Pólo Industrial. Para dar conta das demandas energéticas, inerentes a tal  perfil, são utilizadas Termoelétricas que, por sua vez, consomem óleo diesel não disponível na cidade e que lá  chegam via fluvial, via Rio Solimões.

1.1. Motivação e Cenário

Com o intuito de se dar uma solução integrada a esta equação, foi lançado, em solenidade oficial, este ano,  um importante empreendimento para a região e para o País. A PETROBRAS iniciou a construção de um gasoduto  interligando as cidades de Coari e Manaus, dando assim condições para o escoamento deste importante derivado  para ser utilizado na formação de uma Matriz Energética mais limpa e sustentável para a região. 

O traçado que melhor atende as particularidades de tal empreendimento compreende uma faixa de 420 km  de extensão, onde o gasoduto cruzara, alem das cidades de Coari e Manaus, os municípios de Codajas, Anori,  Anamã, Caapiranga, Manacapuru e Iranduba. As características hidrológicas e climáticas dominantes na região  determinam diferentes cenários e complexidades peculiares ao longo dos trajetos onde se faz necessária a instalação  e operação de equipamentos, dutos de escoamento e distribuição de petróleo e derivados, tudo isso configurando  tarefas   das   mais   desafiadoras   já   que   estamos   lidando   com   uma   região   conhecida   como   abrigo   da   maior  biodiversidade do mundo ­ a Floresta Amazônica, a maior floresta tropical remanescente no mundo, representando  cerca de 40% das florestas similares no planeta. 

Em função disso, vários estudos e projetos específicos vem sendo desenvolvidos, mormente para as áreas  alagáveis e de difícil acesso, como as afetadas pelos períodos de cheia deste complexo hídrico, quando as águas  podem subir até 15 metros, inundando quilômetros e quilômetros de suas margens compostas por matas de terra  firme, matas de várzea, matas alagadas por água barrenta de rios, paranás e igarapés (como as águas do Rio  Solimões) e, ainda, matas de igapós e chavascais, inundadas quase que permanentemente por águas pretas (como as  águas do Rio Negro).

A   PETROBRAS   encabeça,   junto   a  outros   centros  de   excelência  da   Região   e   do   País,   uma   rede   de  pesquisadores, que busca conhecer melhor a região e suas peculiaridades. Projetos como o Cognitus e Piatam  realizam   expedições   rotineiras   à   região,   onde   medições   ambientais,   levantamento   de   dados,   entrevistas  socioeconômicas, coletas de amostras e analises estão formando um grande banco de dados, ate então inexistente,  que  alimentara e  dará  suporte  a outros  estudos  e  desenvolvimentos, colaborando e  fortalecendo massa  critica  Brasileira.

Esses profissionais e pesquisadores estão expostos aos mais diversos riscos, incluindo o contato com  insetos transmissores de doenças (febre amarela, malária, dengue, leishmaniose, entre outros) e animais próprios da  região.

2. Histórico

A proposta do Laboratório de Robótica da Tecnologia Submarina do Cenpes surgiu a partir de uma das 

excursões, em dezembro de 2004, quando o grupo do projeto Cognitus esteve conhecendo e avaliando locações 

semelhantes às locações onde os canteiros de obra de construção do gasoduto seriam instalados.   O que mais 

impressionou foi a transição que existe no trecho entre a superfície de água do rio e a chamada terra firme. Ao 

longe a aparência de uma região de praia coberta por uma fina relva. Ao aproximar a embarcação desta interface, a 

(3)

navegação e interrompida pela existência de uma extensa e espessa camada de plantas flutuantes por onde não se  pode passar: nem de barco a motor ou a remo. Num exame mais detalhado, percebe­se que tal impossibilidade de  locomoção e estendida: nem nadando, nem andando... .

Uma   barreira   viva,   composta   por   macrófitas,   que   vão   desde meia   água   ate   acima   da   superfície,   as  macrófitas. Entremeado a elas, desde o leito do rio ate acima da superfície, podendo chegar, em media a 1,0 m de  altura, as canaranas (cana = gênero de plantas poaceas + rana = em tupi, falso, mentiroso) ou as falsas canas.  

3. Robô Ambiental Híbrido 

Como diretriz primeira do projeto, o conjunto ao final com suas várias tecnologias e acessórios a serem  utilizadas no robô, não poderá, por exemplo, emitir ruídos ou descartar resíduos que interfiram no meio onde se  desloca e opera. O sistema deve ser o menos invasivo possível, buscando em primeiro lugar a preservação da  floresta Amazônica. Além disso, é muito importante que a região a ser monitorada não sofra distúrbios oriundos  dos sensores ou do próprio sistema medidor, comprometendo assim a qualidade dos dados coletados.

O robô é chamado de híbrido pelas seguintes razões:

Mesmo operando com baterias num primeiro momento, estará aberto a outro tipo de fonte de energia  tal como Célula a Hidrogênio.

Poderá ser tele­operado ou conduzido por um pesquisador à região de interesse.

Saindo das "estradas naturais" da Amazônia que são os rios, precisara atingir terra firme passando por  sobre   água,   terrenos   alagadiços,   vegetação   sobrenadante   (macrófitas,   canaranas,   etc.),   pântanos,  igapós com troncos e galhos flutuantes, lama, brejos etc.

A partir das características do ambiente de operação, além das tarefas e missões a ele destinadas, algumas  idéias e concepções foram elaboradas para dar suporte e lidar com o problema deparado. O robô ambiental híbrido  devera realizar medições, coletar dados e amostras e executar tarefas em movimento ou não.

Pelos   motivos   já   expostos,   flutuabilidade   e   uma   das   maiores   necessidades   deste   veículo.   Conjuntos  roda/propulsor   com   perfil   aletado   e   superfícies   especiais   foram   desenvolvidos   para   essa   aplicação,   visando  aumentar a flutuabilidade do robô. Quando o veículo estiver se locomovendo sobre a água, os eixos das rodas ficam  inclinados em relação ao chassi, aumentando o volume do conjunto roda/propulsor submerso e conseqüentemente  seu empuxo.

 Para possibilitar a locomoção nos diversos e prováveis terrenos estudados, um novo modelo de suspensão  foi desenvolvido a fim de que seja possível efetuar a alteração da cambagem (angulo de atuação entre eixo da  roda/propulsor e eixo do robô) da roda sempre que necessário. Esta necessidade é determinada pelo conjunto  roda/propulsor   e   sua   modificação   contínua   e   gradativa   da   área   de   contato   com   o   terreno,   buscando   uma  configuração ótima de "atrito x torque" para cada ambiente de operação. 

Figura 1. Desenho dos cenários esperados Figura 2. Desenho das rodas/propulsores e cambagens

(4)

Já num ambiente ­ desde flutuante ate solo firme ­ livre de obstáculos, os eixos das rodas podem tomar a  posição paralela ao chassi, aumentando a velocidade de locomoção. De acordo com o trajeto a ser percorrido e toda  a gama de dificuldades já relatadas, diferentes ângulos de inclinação entre eixos e chassi são utilizados, buscando a  melhor configuração para cada situação/terreno.

Os sistemas desenvolvidos buscam ser ousados e inovadores, mas também simples e pouco invasivos.

O robô e movido à energia elétrica, por esta ser a tecnologia mais madura, mais limpa e renovável. 

Conjuntos de baterias de alto desempenho associados a células fotovoltaicas serão empregados. Apesar de cumprir  os requisitos do veículo, a utilização de baterias limita a autonomia do veículo, sendo necessário que o robô retorne  à base, após algum tempo de operação, para recarregar essas baterias.

A fim de cobrir toda a extensão de 420 km previstos para o gasoduto, varias bases de apoio e operação  flutuantes serão construídas e dispostas ao longo do seu curso. Denominadas de MARINAS, funcionarão como  pontos  de   recarga   e  manutenção   dos   robôs,   mas   também   como  laboratórios   avançados  para   dar   suporte  aos  pesquisadores em analises e estudos direcionados.

Devido às limitações de energia embarcada nos robôs, a definição das missões devera levar em conta um  raio   de   ação   de   segurança.   Teremos   uma   serie   de   robôs   cooperativos   atuando   dentro   de   seus   limites   pré­

estabelecidos e ao ser atingido este limite, um outro robô entra em operação buscando a continuidade operacional. 

O conjunto de ações simples e pequenas tarefas podem fazer parte de uma operação complexa.

O robô poderá ser comandado por um operador embarcado, ou então, tele­operado a partir de uma base de  controle via sistema de comunicação. Cada unidade possuirá manipuladores  mais sistema de visão, a fim de  interagir com o ambiente: realizar pequenas tarefas e coletar amostras e espécimes.

Sensores  de  pH,  oxigênio dissolvido, temperatura,  salinidade  e  hidrocarbonetos  serão  utilizados  para  monitorar as características das águas dos rios da Região. Essas informações serão enviadas para um posto, e  posteriormente analisadas e inseridas numa base de dados. Além disso, um coletor de amostras também será  embarcado.

4. Modelo Reduzido 

Como estratégia de desenvolvimento, foi construído inicialmente, um protótipo em escala reduzida (escala  1:4). Sua implementação num curto espaço de tempo (apenas 6 meses ) teve como principal objetivo comprovar a  adequação da arquitetura proposta , bem como o funcionamento e a viabilidade do sistema . Esse modelo, apenas  com as funções básicas de locomoção do robô, foi construído com materiais de fácil obtenção, baratos e de fácil  manipulação.   A   estrutura   do   robô   foi   feita   em   acrílico,   e   as   rodas   foram   confeccionadas   em   isopor.   Suas  características são:

Peso de 5,5 kg

Rodas com diâmetro de 270 mm.

Conjunto de motores com redução de 24 V, com 17 RPM e torque final de 0,3 Nm por roda. 

Conjunto de 20 baterias de Nimh recarregáveis de 1,2 V e 2600mAh cada.

Único comando de suspensão para as 4 rodas/propulsores. 

Tele­operado, possuindo câmera de TV embarcada.

Após sua implementação e testes preliminares realizados em laboratório, o protótipo­robô foi levado até a  Amazônia, onde passou por rigorosos testes no local real de operação.   O modelo inicial reduzido atendeu as  expectativas. Apesar de seu tamanho e da limitação de recursos, o veículo conseguiu se locomover em todos os  terrenos previamente levantados.

Foi possível observar, que, muitas vezes, o robô percorre locais aonde a altura da vegetação supera em 

muito suas dimensões. Esta e muitas outras constatações e experiências obtidas nos testes de campo levaram à 

constatação de que os modelos em maior escala terão ainda menos dificuldade em atravessar e manobrar nas 

regiões de interesse.

(5)

Figura 3. Locomoção sobre canaranas e macrófitas Figura 4. Aclive em solo lamacento e vegetação rasteira.

Figura 5. Deslocamento tendo um tronco flutuante 

como guia Figura 6. Deslocamento em terreno firme com vegetação  intensa e alta

5. Modelo Intermediário 

Com   o   aprendizado   relatado   acima,   uma   nova   versão   em   maior   escala   passou   a   ser   elaborada.   A  construção do modelo intermediário funcionaria como um segundo passo no desenvolvimento do veículo final,  capaz de transportar uma pessoa. Esse modelo serviria como laboratório das tecnologias a serem embarcadas no  robô tripulado. Todos os controles poderiam ser desenvolvidos para o modelo intermediário, e depois simplesmente  adaptados às próximas versões.

Novas surpresas, porém, surgiram durante os testes realizados com o modelo intermediário na Amazônia. 

A partir de troca de idéias com pesquisadores e potencias usuários do equipamento, ficou clara a necessidade  rotineira de operar o veículo em áreas de mata fechada, aonde a versão final do robô não teria acesso devido às suas  grandes dimensões. Com isso, o modelo intermediário passou, também, ser um tamanho necessário, já que essa  configuração será, provavelmente, a mais utilizada em operações na região.

Um dos objetivos iniciais da implementação do veículo intermediário foi de adquirir rapidamente um  protótipo já operacional. O modelo inicial já havia cumprido sua função, e não seria capaz de realizar as tarefas  mais complexas estipuladas ao robô. Já o modelo tripulado, com o pesquisador em seu interior necessitara, ainda de  mais estudo e detalhamento já que deverá contemplar, em sua especificação básica itens de segurança específicos, o  conforto e nível de segurança exigidos quando há vida humana em jogo.

O modelo intermediário do robô foi, também, desenvolvido utilizando equipamentos e itens que pudessem 

ser obtidos em curto prazo, afim de que fosse possível levar o veículo para teste na Amazônia, o mais rápido 

possível, o que ocorreu em oito meses.

(6)

  O novo sistema é exclusivamente tele­operado, com o operador comandando o robô via rádio. Uma  câmera envia imagens ao operador.   O veículo leva consigo um conjunto de sensores responsáveis por realizar  medições de parâmetros de água, um manipulador capaz de realizar pequenas tarefas e um coletor de larvas para  analise a distancia. Suas características são:

Peso aproximado de 120 kg.

Rodas com diâmetro de 600 mm.

Motores com redução para tração individual, com tensão nominal de operação de 48 V, com 28 RPM  (velocidade final de 3.16 km/h) e torque de 15 Nm por roda. 

Dois conjuntos de baterias, um de 48 V e 7.2 Ah, e o outro de 24 V e 5.0 Ah.

Motores com redução para comando individual das quatro suspensões. 

Tele­operado, possuindo câmera de TV.

Manipulador elétrico com três funções.

Sensores para medição e monitoramento de parâmetros de água.

Figura 7. Testes no Lago do Baixio (Rio Solimões) Figura 8. Testes na Amazônia

Figura 9. Testes no local de operação, onde predominam  macrófitas e canaranas

Figura 10. Coleta de lixo ao longo das margens dos  rios e local dos testes

6. Modelo Tripulado 

Alem de dar continuidade aos dois modelos já testados usando­os como plataforma de desenvolvimento e  testes de outras tecnologias ou mesmo melhorias já detectadas, detalhamento do modelo tripulado já foi, também,  iniciado.

Como já descrito, este equipamento foi inicialmente concebido para ser capaz de transportar uma pessoa  na   região   Amazônia,   se   locomovendo   sobre   todos   os   diferentes   terrenos   encontrados.  

Os  primeiros  testes   na  Amazônia  demonstrarem  que   um  veículo  tripulado, por  suas  grandes  dimensões, não 

(7)

possuirá a mesma mobilidade que os modelos em menor escala. Alem das limitações de espaço para locomoção  entre as arvores e obstáculos naturais, o robô tripulado poderá não conseguir acessar áreas com maior densidade  vegetal.

Apesar desse fato, o modelo tripulado continuou sendo considerado a etapa final do projeto e, pelas  dimensões, espaço interno e capacidade de carga, será o candidato natural a receber todas as funcionalidades (já  levantadas   ou   que   venham   a   ser   propostas)   e   ferramentas   que   dêem   respostas   às   necessidades   oriundas   dos  pesquisadores. 

Ela servirá para casos em que a presença de um profissional no campo de trabalho seja indispensável, ou  ainda para remover alguma pessoa de local de difícil acesso.  Suas características são: 

Tripulado por uma pessoa ou tele­operado a partir de base de comando.

Sistemas de captação de imagens 3D em Centro de Realidade Virtual e de operação remota.

Microfones e Hidrofones.

Intercomunicação entre robôs; entre robôs e a base; entre robôs e a base de operações no CENPES (ou  outro local).

Conjunto de itens para sobrevivência na floresta e em locais hostis.

Rodas com 1200 mm de diâmetro.

Acessórios de apoio à navegação.

Acento integrado a painel de controle embarcado.  

Figura 11. Desenho do modelo tripulado

7. Ferramentas Auxiliares Embarcadas 

Das   missões   ate   agora   destacadas   para   o   robô   ambiental   híbrido,   o   monitoramento   ambiental   da  Amazônia, principalmente na região do gasoduto Coari­Manaus e, sem duvida, uma das mais necessárias. A  continuidade das medições realizadas e amostras coletadas pelo robô são fundamentais para a formação de uma  memória   que   servira   de   base   para   observar   se   elas   serão   alteradas   com   a   construção   e   utilização   do   duto,  possibilitando ações de contingência ou mitigação.

  Atualmente, uma sonda com sensores embarcados está sendo utilizada. Ela pode medir, e informar em  tempo real e a distancia, os seguintes parâmetros: Oxigênio dissolvido, Temperatura, Condutividade, Salinidade e  pH da amostra de água analisada. Em estudo a instalação de um sensor específico para detectar a presença de  hidrocarbonetos e derivados na água.

Uma das principais atividades dos pesquisadores que atualmente trabalham na região é a coleta de larvas  de mosquito, obtendo informações sobre a presença e concentração de cada espécie em determinadas regiões. As  larvas   podem   ser   de   mosquitos   transmissores   de   malaria,   dengue,   febre   amarela,   leishmaniose,   entre   outros. 

Buscando evitar o contato direto do homem com esses perigos em potencial, o robô possui um coletor de larvas, 

anexado ao manipulador, junto com uma câmera, capaz de obter imagens da amostra e enviá­las a um biólogo, que 

realizará as análises em local seguro.

(8)

Figura 12. Sonda embarcada Figura 13. Coletor de larvas

8. Conclusões

Capazes de “reconhecer” e adaptar­se aos diferentes tipos de solo, desviar de obstáculos, achar trajetórias e  receber e cumprir ordens enviadas remotamente, os Robôs Ambientais Híbridos possuem um conjunto de sistemas  mecânicos, elétricos, computacionais, de  sensoriamento e de  comunicação que os  transformam  em  um  braço  avançado do homem para realizar tarefas Pré­programadas ou em tempo real.

  Ao   longo   dos   trabalhos   de   desenvolvimento,   teste   de   laboratório   e   de   ambientação,   bem   como   em  conversas e troca de idéias seja com moradores ribeirinhos seja com profissionais de Centros de Excelências da  região – uma nova perspectiva esta sendo forjada.

  Estamos diante de um novo conceito de transporte de pessoas ou carga na região. O projeto apresenta  potencial para ir alem do monitoramento ambiental, ou da mera aplicação industrial.

Em todo operado pelo homem/mulher ou tele operado a distancia, ribeirinhos ou pesquisadores Brasileiros  terão esta opção para deslocamentos seja para seu dia a dia, ou estudos científicos.

Entendemos, que deste modo poderemos somar no esforço crescente de incorporar e integrar, de modo  definitivo, ao Brasil, tão estratégica, bela e cobiçada região de nosso País.

Robôs Ambientais Híbridos – Ousados sim, porém pouco invasivos.  

9. Agradecimentos 

Agradecimentos   a   todos   os   demais   integrantes   do   Laboratório   de   Robótica   do   CENPES,   também  participantes do projeto do robô ambiental híbrido: Guilherme Aires, Luis Carlos Messina, Matheus Rosário,  Simone Pereira e Thayssa Klein.

10. Referências 

BASE   DE   DADOS   TROPICAL,   consultado   em   setembro   de   2005, 

< http://www.bdt.fat.org.br/sci?sci.biom.amaz >.

ITAMARATI,   Ecossistemas   Brasileiros,   consultado   em   setembro   de   2005, 

< http://www.mre.gov.br/cdbrasil/itamaraty/web/port/meioamb/ecossist/apresent/apresent.htm >.

Referências

Documentos relacionados

 O Jovem não poderá ter terminado o Terceiro Ano do Colegial (ensino médio). Deverá estar estudando ainda.  Existem acordos pré-estabelecidos dos Distritos em documento

suas identidades foram preservadas, conforme orientação do Comitê de Ética 7. Durante a realização das atividades de formação continuada dos professores/as das escolas

Water Barrier Scale projection for selected SADC countries compared with Israel and Jordan, 1950‐  2025. (Flow unit = one million m  3 

ACATUALIZAÇÃO COBERTURA MARCAS VERSÃO 8 JET SKI HONDA MARINE KAWASAKI MARINE MERCURY PWC SEA-DOO (BRP) YAMAHA MARINE MOTORES INTERNOS CATERPILLAR CRUSADER ENGINES CUMMINS MERCRUISER

LIMITAÇÃO PODE NÃO SE APLICAR A VOCÊ. EMBORA ESTA GARANTIA LIMITADA LHE DÊ DIREITOS ESPECÍFICOS. VOCÊ PODE TER OUTROS DIREITOS QUE PODEM VARIAR DE ESTADO PARA ESTADO. Nos

Há um jogo proposto pela escolha do nome do livro em que “Ho- menagem a Roberto Arlt” foi publicado: Nome falso. Isso porque as questões da “falsificação” e da

Para ostentar o que seria “o maior patrocínio da América Latina”, frase também usada pelo presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte, Leila Pereira resolveu abrir os valores

Para um bom desempenho das aprendizagens dos alunos e sucesso ao final do ano letivo, havia toda uma exigência por parte do IAS, as turmas deveriam ser