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Aula. Empréstimos: Sistema de Amortização Constante - SAC

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Academic year: 2021

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Aula

Empréstimos: Sistema de Amortização Constante - SAC

Emprestar (Houaiss)

1- Pôr à disposição; ceder temporariamente.

2- Ceder a juros.

3- Tomar por empréstimo.

Emprestar (Aurélio)

Confiar a alguém (soma de dinheiro, ou coisa), para que faça uso dela restituindo-a depois ao dono.

Amortizar: ato ou efeito de amortizar uma quantia empregada parceladamente para quitar uma dívida. Ou seja, é a extinção da dívida por meio de pagamentos periódicos a partir de um planejamento.

Uma dívida surge de uma necessidade ou para a realização imediata de um sonho. Quando você quer adquirir um carro novo, uma casa e não tem o

dinheiro necessário, você recorre a um empréstimo por certo prazo. Tomando um empréstimo de alguém ou de alguma financeira você contrai uma dívida e se compromete a restituí-la com juros dentro do prazo estipulado.

Os empréstimos podem ser de:

• curto prazo;

• médio prazo;

• longo prazo.

Os juros de um empréstimo devem ser calculados sempre sobre o saldo devedor.

Após estas considerações iniciais, vamos à aula?!

Bons estudos!

Boa aula!

(2)

Matemática Financeira II

Objetivos de aprendizagem

1 − Definições

2 − Sistema de amortização constante - SAC 3 − Aplicação prática do sistema (SAC)

Ao término desta aula, vocês serão capazes de:

• compreender formas de financiamentos de bens e imóveis;

• analisar os fundamentos e perceber quais as vantagens e desvantagens na assinatura de um contrato de empréstimos;

• determinar e entender uma planilha de financiamento;

• determinar valor das parcelas de um empréstimo.

Seções de estudo

O que podemos perceber pelo desenho é que a amortização é constante. Os juros são cobrados sempre sobre o saldo devedor. Você deve ter observado que os juros vão diminuindo com o passar do tempo. Isto acontece porque a cada parcela que você paga, o seu saldo devedor vai diminuindo.

Vamos tentar entender melhor a partir do exemplo abaixo. Nesse exemplo não temos prazo de carência:

Uma empresa pede emprestada R$100.000,00 que o banco entrega no ato. Sabendo que os juros

1 - Defi nições

• Mutante ou Credor: a pessoa ou instituição que dá o empréstimo.

• Mutuário ou Devedor: a pessoa ou instituição que recebe o empréstimo.

• Taxa de juros: é a taxa de juros contratada entre as partes.

• IOF: Imposto sobre Operações Financeiras.

• Prazo de Utilização: intervalo de tempo em que recursos estão disponíveis para o saque.

• Prazo de Carência: intervalo de tempo entre o prazo de utilização e o pagamento da primeira amortização.

• Parcelas de Amortização: corresponde às parcelas de devolução do principal.

• Prazo de Amortização: tempo em que são pagas as amortizações.

• Prestação: é a soma da amortização mais juros e outros encargos.

• Planilha: quadro com o cronograma do empréstimo e amortizações.

• Prazo Total do Financiamento: é a soma do prazo de carência com o prazo de amortização.

2 - Sistema de Amortização Constante (SAC)

• As parcelas de amortização são iguais entre si.

• O valor da amortização é o valor financiado dividido pelo número de meses. A cada mês o mutuário paga a amortização acrescida dos juros aplicados sobre o saldo devedor.

• Os juros são calculados, a cada período, multiplicando-se a taxa de juros contratada (na forma unitária) sobre o saldo devedor existente no período anterior.

• Neste sistema as prestações são continuamente decrescentes.

• Saldo Devedor: é o estado da dívida num dado instante.

• Período de Amortização: é o intervalo entre duas amortizações.

Classificação das modalidades de amortização Qualquer sistema de amortização pode ter ou não prazo de carência. Os principais sistemas de amortização são os seguintes:

1 - SAC - Sistema de Amortização Constante;

2 - (PRICE) – Sistema Francês;

3 - Sistema Americano.

Estudaremos cada um desses sistemas

separadamente.

(3)

Lembrem-se: amortização é o pagamento do principal.

Prestação: é a soma da amortização mais os juros do período.

parcelas anuais, construir a planilha.

Resolução:

A amortização anual é constante A = __________ = 25.000,00

Vamos admitir que o principal fora emprestado no início do primeiro ano e que as prestações e os juros sejam pagos no fim de cada ano.

Vejamos

O raciocínio foi o seguinte:

a) Do início do primeiro ano (data zero) até o fim do primeiro ano, temos 1 período. Logo depois de terminado esse período, temos a primeira amortização de R$25.000,00.

b) Os juros são calculados sempre sobre o saldo devedor do período anterior. Entenda assim:

você pegou R$ 100.000,00, então esse é o seu saldo devedor inicial, logo os juros serão calculados em cima dos 100.000,00. Ou seja: sendo Jk o juro devido no período k, sendo i a taxa de juros e Sdk-1 o saldo devedor do período anterior, temos:

J

k

= iSd

k−1

J

1

= 100 000,00 . 0,10 = 10.000,00

Observem no exemplo que o juro do período é calculado multiplicando-se a taxa (na forma unitária) pelo saldo devedor do período anterior.

Pela tabela acima vocês podem ver que a primeira prestação é de R$35.000,00 sendo que R$

10.000,00 são referentes a juros e R$ 25.000,00 a amortização. Já a segunda prestação é menor, por quê? O seu saldo devedor agora é menor, vocês

100.000,00 4

serão calculados sobre o saldo devedor, e assim sucessivamente com todas as parcelas.

c) A prestação é obtida somando-se, ao final de cada período, a amortização com os juros.

d) A linha de total serve para verificar se as somas batem e, portanto, se as contas estão certas.

e) Veja ainda que nesse sistema as amortizações são constantes e as prestações são variáveis e decrescentes.

Vamos tratar um exemplo agora com prazo de carência:

Uma empresa pede emprestado R$ 100.000,00 que o banco entrega no ato. Sabendo que o banco concedeu três anos de carência, que os juros serão pagos anualmente, que a taxa de juros é de 10% ao ano e que o principal será amortizado em quatro parcelas anuais, construir a planilha.

Resolução:

A amortização anual é constante A = __________ = 25.000,00

Vamos admitir que o principal fora emprestado no início do primeiro ano e que as prestações e os juros sejam pagos no fim de cada ano.

O raciocínio foi o seguinte:

a) Do início do primeiro ano (data zero) até o fim do terceiro ano, temos 3 períodos, que correspondem à carência. Logo depois de terminado o período de carência, temos a primeira amortização de R$ 25.000,00.

b) Os juros são calculados sempre sobre o saldo devedor do período anterior. Ou seja: sendo J

k

o juro devido no período k, sendo i a taxa de juros e Sd

k-1

o saldo devedor do período anterior, temos:

J = iSd

100.000,00

4

(4)

Matemática Financeira II

Observem no exemplo que o juro do período é calculado multiplicando-se a taxa (na forma unitária) pelo saldo devedor do período anterior.

c) A prestação é obtida somando-se, ao final de cada período, a amortização com os juros;

d) A linha de total serve para verificar se as somas batem e, portanto, se as contas estão certas.

Exercícios resolvidos:

1) Um financiamento no valor de R$ 120.000,00 é concedido para ser amortizado em 12 pagamentos mensais pelo SAC. A taxa de juros contratada é de 2% ao mês. Com base nestas informações, pede-se, construa a planilha:

O saldo devedor será R$50.000,00.

2) Admitam que um empréstimo de R$

150.000,00 deva ser pago, dentro de um prazo de 10 meses, em 10 prestações mensais, à taxa de 5% ao mês. Completem a planilha:

4) Admita que um empréstimo de R$ 100.000,00 deva ser pago, dentro de um prazo de 10 meses, em 10 prestações mensais, à taxa de 2% ao mês.

Portanto, complete a planilha.

3) Um financiamento no valor de R$ 144.000,00 é concedido para ser amortizado em 12 pagamentos mensais pelo SAC. A taxa de juros contratada é de 3% ao mês. Com base nestas informações, construa a planilha.

3 - Aplicação Prática do Sistema (SAC)

•Dados retirados do site da Caixa Econômica Federal. Disponível em:

<http://www.caixa.gov.br/>

Você pode realizar o sonho de ter uma casa nova.

Carta de Crédito SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo).

Financie a sua casa nova com recursos do SBPE e tenha até 30 anos para pagar.

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permite o fi nanciamento de imóveis residenciais novos,

em até 30 anos. Esta linha de crédito utiliza os recursos do

Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e, a

depender dos valores do imóvel e do fi nanciamento a ser

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Limite de renda - Até 30% da renda apurada, comprovada ou não, em função da capacidade de pagamento do(s) solicitante(s).

Limite de valor de avaliação do imóvel - Para operações enquadradas no SFH: Até R$ 500.000,00, desde que o valor de fi nanciamento não exceda a R$ 450.000,00 (limitado à quota estabelecida para a operação). Para operações fora do SFH: Valor de avaliação acima de R$ 500.000,00 ou valor de fi nanciamento superior a R$ 450.000,00.

Limite de fi nanciamento - Para operações enquadradas no SFH:

• Taxa de juros Pós-fi xada: Mínimo de R$ 15.000,00 e máximo de R$ 450.000,00 (limitado à quota estabelcida para a operação);

• Taxa de juros Prefi xada: Mínimo de R$ 50.000,00 e máximo de R$ 450.000,00 ( limitado à quota estabelecida para a operação);

Para operações fora do SFH:

• Taxa de juros prefi xada: Mínimo de R$ 50.000,00 e máximo de R$ 450.000,00 ( limitado à quota estabelecida para a operação);

Vamos simular um exemplo de fi nancimento da casa própria nos moldes que é feito pela Caixa Econônica Federal:

Valor do Imóvel RS100.000,00 Entrada R$31.351,37 Valor fi nanciado R$68.648,63

Vamos fazer uma simulação em dois modelos: em prazo de 180 meses.

• Modelo 1 – carta de crédito SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) com taxa de juros pré-fi xada, ou seja, taxa fi xa.

• Modelo 2 – carta de crédito SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) com taxa de juros pós-fi xada, ou seja, taxa variável.

Prazos

• Taxa de juros Pós-fi xada: até 360 meses.

• Taxa de juros Prefi xada: até 180 meses.

(*) Consulte o índice vigente com um gerente da CAIXA.

(**) Para clientes que mantêm conta corrente com Cheque Especial,

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Matemática Financeira II

Calculamos a amortização:

A = 68.648,63/ 180 A = 381,38

Taxa de juros i = 11,2964% a.a então i = 0,9413% a . m

Juros = 68.648,63. 0,9413% = 646,23

Prestação R = Amortização + Juros + taxas R = 381,38 + 646,24 + 25,00 + 17,44

R = 1.070,06

Confiram a evolução na planilha abaixo.

Nessa planilha a CAIXA não mostra a coluna de Amortização. Mas vocês já viram como se faz o cálculo pelo modelo acima.

Observação: Os resultados obtidos representam apenas uma simulação e não vale como proposta, pois estão sujeitos às alterações de acordo com a apuração da capacidade de pagamento e à aprovação da análise de risco a ser efetuada pela CAIXA. Poderá haver alterações das taxas, dos prazos e das demais condições, sem aviso prévio. A contratação está condicionada ao atendimento das exigências do programa.

O CET apresentado corresponde somente à

fase de amortização. Nos casos de construção o

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Vamos simular um exemplo de financimento da casa própria, nos moldes que é feito pela Caixa Ecomonica Federal.

Valor do Imóvel RS 100.000,00 Entrada RR$ 31.351,37 Valor financiado RR$ 68.648,63

Vamos fazer uma simulação em dois modelos:

em prazo de 180 meses.

•Modelo 2 – carta de crédito SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) com taxa de juros pós-fixada, ou seja, taxa variável.

A = 68.648,63/180 A = 381,38

Taxa de juros i = 8.0930% a.a então i = 0,67441% a.m.

Juros = 68.648,63. 0,67441% = 462,98

Prestação R = Amortização + Juros + taxas R = 381,38 + 462,98 + 25,00 + 17,44

R = 886,80.

Confiram a evolução na planilha abaixo:

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Matemática Financeira II

Retomando a aula

Vamos, então, recordar os principais pontos estudados na aula

1 – Empréstimos - definições

Definimos o conceito de credor e de mutuários, classificamos os empréstimos quanto às modalidades de pagamentos. Note bem que amortizar é quitar uma dívida parceladamente.

2 – Sistema de amortização constante (SAC) Um sistema bastante aplicado no dia a dia, grande maioria dos empréstimos de imóveis usa esse sistema de amortização.

KIYOISAKI, Robert T. & LECHTER, Sharon L. Independência Financeira: O Guia do Pai Rico. São Paulo: Campus, 2001.

Mais dinheiro. Disponível em: <www.

maisdinheiro.com.br>

Vale a pena

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Vale a pena acessar

Observação: Os resultados obtidos representam apenas uma simulação e não valem como proposta, pois estão sujeitos às alterações de acordo com a apuração da capacidade de pagamento e à aprovação da análise de risco a ser efetuada pela CAIXA. Poderá haver alterações das taxas, dos prazos e das demais condições, sem aviso prévio. A contratação está condicionada ao atendimento das exigências do programa.

O CET apresentado corresponde somente à fase de amortização. Nos casos de construção o CET pode variar em função do cronograma de cada obra.

Vamos agora comparar os dois modelos de financiamentos. Somente a primeira prestação já nos dá uma ideia geral, já que o modelo SAC tem prestações decrescentes.

• Modelo 1 - Com taxa pré-fixada parcelas de R

= 1.070,06

• Modelo 2 - Com taxa pós-fixada parcelas de R = 886,80

Chegamos, assim, ao final da sexta aula. Espero que agora tenha ficado mais claro o entendimento de vocês sobre empréstimos e o sistema SAC.

3 – Aplicação prática do sistema (SAC)

Uma simulação real de um empréstimo que será

amortizado pelo sistema SAC, o qual é efetuado pela

Caixa Econômica Federal.

Referências

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