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Desmatamento na Amazônia

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Academic year: 2021

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Desmatamento na Amazônia

Propostas de medidas emergenciais

ORDENAMENTO FUNDIÁRIO E TERRITORIAL

MEDIDAS LEGISLATIVAS E NORMATIVAS

1. Medida Provisória alterando a Lei de Crimes Ambientais, Lei nº 9.605, de 12/02/1988, incluindo um artigo específico tipificando como crime ambiental o desmatamento em terras públicas da Amazônia.

2. Alterar o decreto de 26/12/2001, para incluir o MESA na Comissão Coordenadora de Zoneamento Ecológico-Econômico – CCZEE e INCRA, CENSIPAM e CODEVASF no Grupo de Trabalho Permanente (Consórcio ZEE Brasil), adicionalmente publicar Portaria do MMA nomeando os novos integrantes do Consórcio ZEE Brasil.

AÇÕES EXECUTIVAS

3. Iniciar, de imediato, o Zoneamento Ecológico-Econômico – ZEE do Arco do Desmatamento, na escala de 1:250.000, utilizando como insumo os dados e informações sobre diagnósticos e zoneamentos existentes em níveis federais, estadual e municipal.

4. Iniciar, de imediato, o Zoneamento Ecológico-Econômico – ZEE dos municípios de influência da BR-163, em escala 1:100.000 ou menor, conforme Termo de Referência do Projeto a ser elaborado pelas instituições do GT e do Consórcio ZEE Brasil, com a parceria de instituições estaduais e municipais (OEMAS, Prefeituras), e entidades da sociedade civil.

5. Iniciar a construção da Agenda 21 Local em pelo menos seis municípios do entorno da BR 163, que apresentam altos índices de desmatamento e baixo índice de IDH.

Municípios sugeridos:

No Pará: Novo Progresso, Itaituba e Rurópolis, Trairão, Altamira

No Mato Grosso: Novo Mundo, Guarantã do Norte, Matupá e Nova Guarita.

6. Deflagrar uma operação exemplar de Combate a Grilagem no Arco do Desmatamento, priorizando os municípios da BR 163 e demais áreas onde estão previstas obras de infra-estrutura.

7. Iniciar a implantação do Cadastro Fundiário em municípios do Arco do

Desflorestamento e da BR 163, priorizando o cadastramento de propriedades em

áreas críticas de desmatamento e de exploração madeireira.

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8. Eleger assentamentos em áreas críticas de desmatamento e em situação crítica de sustentabilidade para implantar dois pólos de Gestão Ambiental Rural – GESTAR, nas seguintes áreas do Arco do Desmatamento:

a) Às margens da BR 163, na Bacia do Rio Teles Pires, reunindo dez municípios do Mato Grosso (de Terra Nova do Norte a Novo Mundo, na divisa com o Pará) e três do Pará (Novo Progresso, Altamira e Jacareacanga);

b) Às margens da BR 158, no interflúvio das bacias dos rios Araguaia e Xingu, envolvendo 13 municípios da região do Baixo Araguaia (divisa com o Pará).

9. Determinar regime de urgência para processos, já em andamento, de criação de Unidades de Conservação e demarcação de Terras Indígenas, localizadas em áreas críticas de desmatamento e avanço das frentes de expansão.

Relação de Unidades de Conservação a serem criadas:

9.1 – Reservas Biológicas (REBIOs)

- Abufari (ampliação)/AM, Meio Madeira/AM, Maricoré/AM, Parques nacionais, Campos do Sul do Amazonas/AM, Juruena/AM.

9.2 – Florestas nacionais (FLONAs):

- Balata-Tufari: Amazonas, aprox. 8

o

05.085,81 há, em área disponibilizada pelo INCRA;

- Crepori: Pará, aprox. 250.248,13 há, em área disponibilizada pelo INCRA;

- Jacundá: Rondônia, com aprox. 220.644,52 há, em área disponibilizada pelo INCRA;

- Anuauá: Roraima, aprox. 260.190,20 há, em área disponibilizada pelo INCRA;

- Acari: Amazonas, aprox. 500.840,00 há, em área disponibilizada pelo INCRA.

9.3 – Corredor Ecológico do Rio Teles Pires.

9.4 – Mosaico de Unidades de Conservação da Terra do meio / PA.

10. Determinar regime de urgência na efetiva implementação das Unidades de Conservação e Terras Indígenas já criadas, principalmente em áreas críticas de avanço do desmatamento.

10.1 – Unidades de Conservação a serem implementadas: sugere-se que esta ação priorize, inicialmente, as seguintes unidades:

a) FLONAs de Itaituba I e Itaituba II, Altamira e Tapajós (Pará);

b) Unidades de Conservação Federais e Estaduais do Vale do Guaporé – Parque Nacional do Cabo Orange, BR 156 (AP).

11. Terras Indígenas: Demarcação de eventuais Terras Indígenas na área polarizada pela BR 401, entre Bonfim e Normandia.

12. Consolidar o Projeto Geoma – Geoprocessamento e Modelagem Ambiental na

Amazônia, desenvolvendo modelos de mudança do uso da terra (desmatamento)

para diferentes cenários de políticas públicas.

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CRIAÇÃO DE GRUPOS TÉCNICOS E AFINS

13. Instituir Grupo de Trabalho para elaborar proposta sobre políticas de utilização e destinação de terras públicas para a Amazônia Legal, com base nos princípios da soberania nacional, desenvolvimento, sustentabilidade e justiça social;

14. Instituir Grupo Técnico para proceder, em curto prazo, a revisão dos processos de alienação de terras públicas, em andamento, em áreas críticas do Arco do Desflorestamento.

15. Instituir Grupo Técnico para elaborar proposta de Política de Reforma Agrária para a Amazônia Legal, de forma a contemplar as exigências do desenvolvimento sustentável da região e as diretrizes da Política de Desenvolvimento Regional, priorizando:

a) Consolidação dos assentamentos já existentes em bases sustentáveis;

b) Viabilização de novas modalidades de assentamento (Ex.: PDS, assentamentos florestais); e

c) Subordinação da criação de novos assentamentos em áreas florestadas às

diretrizes de desenvolvimento sustentável.

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MONITORAMENTO E CONTROLE AMBIENTAL

MEDIDAS LEGISLATIVAS E NORMATIVAS

1. Revisão das Instruções Normativas e Portarias do IBAMA, quanto às autorizações de desmatamento e queimadas.

2. Revisão de normas de aprovação de Planos de Manejo em áreas públicas (INCRA ou Instituto de Terras nos estados da Amazônia) e valores liberados para exploração em Planos de Manejo.

3. Viabilizar a implementacao da Resolução CONAMA nº 289 de 25/10/01 sobre licenciamento em assentamento de reforma agrária.

4. Estabelecer mecanismo fiscal (taxação de desmatamentos) para:

a) desestimular a expansão do desmatamento em médias e grandes propriedades rurais;

b) estimular a intensificação do uso das áreas já desmatadas;

c) minimizar a concorrência desigual que a madeira oriunda do desmatamento estabelece com a madeira proveniente do manejo florestal.

5. Rever mecanismos operativos da Taxa de Reposição Florestal.

AÇÕES EXECUTIVAS

6. Intensificação da produção de mapas-guias de áreas desmatadas, que servirão como referenciais geográficos para as abordagens feitas pelas equipes de fiscalização.

7. Intensificação da produção de autos de infração a partir do cruzamento de imagens de satélite atuais, imagens de satélite antigas (históricos dos desmatamentos), e autorizações de desmatamento emitidas, ou não.

8. Eleger Bases Operativas prioritárias, que sirvam como referenciais para convergência de ações e concentração de esforços interinstitucionais, seguindo os seguintes critérios:

a) evidência de desmatamentos correntes;

b) denúncias de ilícitos associados ao desmatamento (“ausência” do Estado);

c) risco de ocorrência de incêndios florestais;

d) infra-estrutura de apoio, tanto do IBAMA como dos parceiros;

e) possibilidade de geração e divulgação de impactos positivos, inclusive em

termos de efeitos demonstrativos ou “pedagógicos”.

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9. Prover infra-estrutura logística e tecnológica mínima para as equipes multi- institucionais.

10. Articular a infra-estrutura logística e tecnológica para apreensão e transporte de bens apreendidos, acampamentos em áreas remotas, planejamento e controle das operações de campo, priorizando:

a) Disponibilização de meios de transporte de equipamentos e bens apreendidos;

b) Disponibilização de recursos humanos (operadores, mecânicos e carregadores) para remoção de bens apreendidos;

c) Disponibilização de meios de acampamento, alimentação e vigilância de material e equipamentos para equipes inter-institucionais de fiscalização;

d) Disponibilização de pátios de depósito para bens apreendidos;

e) Compartilhamento de meios de comunicação para equipes de campo;

f) Conexão lógica de sistemas de comunicação já existentes (ex.: Autotrack do IBAMA + maletas RDSS do SIPAM); e

g) Disponibilização de recursos de telemática (acessibilidade a bases de dados e mapas digitais via Internet).

11. Avaliar e revisar Pactos Federativos firmados nos governos passados, com vistas ao aprimoramento da gestão ambiental dos recursos florestais e proposição de sistema de monitoramento concorrente entre Estados e Federação.

12. Negociar com os Estados e setor privado para superação de conflitos políticos e legais relacionados a Reserva legal e APPs.

AÇÕES DE CAPACITACAO INSTITUCIONAL

13. Desenvolvimento do Sistema de Alerta ao Desmatamento (SIAD), pelo uso, tratamento e cruzamento de imagens de satélite em tempo real.

14. Eleger áreas prioritárias de vigilância e intervenção considerando a dinâmica de deslocamento da fronteira do desmatamento.

15. Disponibilização, em setores estratégicos, de agentes para investigação de crimes ambientais e respectivos crimes associados.

16. Coordenação de ações para identificação de atividades ilícitas vinculadas às cadeias produtivas de madeiras/móveis e carvão/siderurgia.

17. IBAMA integrará informações relevantes para a investigação de crimes ambientais, obtidas através do rastreamento do espectro eletromagnético.

18. Cruzamento de bases de dados com registros de infratores (pessoas físicas e

jurídicas), incluindo dados do Sistema Nacional de Cadastro Rural – SNCR e

Cadastro Técnico Federal – CTF.

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19. Efetivar parceria do IBAMA/MMA com INCRA/MDA e OEMAs para intercâmbio de dados fundiários analógicos e georreferenciados para o cadastramento ambiental de propriedades rurais, incluindo: o Sistema Nacional de Cadastro Rural – SNCR, o Sistema de Informações e Projetos de Reforma Agrária – SIPRA e o Sistema Integrado de Controle e Monitoramento de Produtos Florestais – SISPROF;

20. Iniciar o processo de articulação institucional visando a Implantação do Sistema de Licenciamento/Cadastro Ambiental de Propriedades Rurais, prioritariamente, em propriedades rurais dos municípios do Arco do Desmatamento, incluindo os da BR 163.

CRIAÇÃO DE GRUPOS TÉCNICOS E AFINS

21. Compor equipes multi-institucionais, com destaque para a presença de agentes locais, para atuação sobre diferentes ilícitos e serviços de apoio associado ao crime ambiental;

22. Exercitar, organizar e estimular, junto aos agentes fiscalizadores locais, o trabalho de fiscalização conjugado, de apoio mútuo (ex.: barreiras rodoviárias, flagrante de desmate ilegal, apreensão de materiais, reconhecimento de documentos falsos, imageamento especializado, etc.).

23. Integrar a fiscalização ambiental com as fiscalizações trabalhista e fundiária, priorizando:

a) Capacitação de fiscais do IBAMA em reconhecimento e denúncia de ilícito trabalhista;

b) Capacitação de fiscais do MTE em reconhecimento e denúncia de ilícito ambiental;

c) Intensificação imediata de ações de fiscalização integrada (ambiental + trabalhista);

d) Instituição imediata de ações de fiscalização integrada (ambiental + trabalhista);

e) Cruzamento imediato de imagens de desmatamento com bases fundiárias georreferenciadas;

f) Capacitação de fiscais do MDA sobre ilícitos ambientais.

24. Constituição/recomposição dos Comitês Estaduais de Prevenção e Controle de Desmatamento e Queimadas, Combate aos Incêndios Florestais e Exploração Ilegal de Madeira.

AÇÕES DE COMUNICAÇÃO

25. Elaboração e divulgação em meios de comunicação de massa (rádio e televisão)

sobre a tecnologia de ponta disponível pelo governo, que rastreia, no tempo e no

espaço, os infratores do desmatamento.

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26. Estabelecer diálogo com lideranças (agentes de saúde, pastoral, associações, movimentos de base, igrejas, etc.), no âmbito das Bases Operativas, para que incorporem em suas atividades cotidianas o tema do desmatamento e queimadas, possibilitando a abordagem destes temas em seus ambientes sociais.

27. Criar e divulgar campanha educativa nos meios de comunicação de massa, voltadas para a prevenção e recuperação de danos ambientais.

28. Realizar reuniões locais e regionais visando sensibilizar potenciais causadores de desmatamentos e queimadas.

29. Realizar feiras, seminários e exposições sobre a temática socio-ambiental, sustentabilidade e desmatamentos.

30. Disponibilizar na Internet e outros meios de comunicação de informações referentes

ao cadastro da cobertura vegetal em propriedades rurais, possibilitando

transparência e controle social.

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FOMENTO A ATIVIDADES SUSTENTÁVEIS

MEDIDAS LEGISLATIVAS E NORMATIVAS

1. Adequar as normas dos programas e dos procedimentos operacionais dos agentes financeiros, para ampliar o acesso aos recursos dos fundos publicos, especialmente pelos pequenos e médios produtores.

2. Revisar as normas e procedimentos operacionais dos programas de financiamento ProFloresta (FNO) e ProNatureza (FCO) para adequação às especificidades dos projetos produtivos sustentáveis, como por exemplo, a produção florestal manejada, especialmente no que se refere:

a) a incorporação da floresta como garantia real para os empréstimos;

b) aos prazos do financiamento;

c) ao sistema de concessão de empréstimos de longo prazo; e d) a facilitar o acesso ao pequeno produtor.

3. Inclusão de critérios ambientais para análise de operações com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT na Amazônia:

a) Definir critérios e inclusão imediata nos procedimentos de análise de projetos adotados pelos agentes financeiros do FAT, a saber, BASA, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

b) Estabelecer metas quantitativas quanto a projetos de geração de trabalho, emprego e renda nas áreas críticas do desmatamento, em especial nos sessenta municípios do Arco do Desmatamento com as maiores taxas de desmatamento.

4. Criar a Carteira Verde dos Fundos Constitucionais (FCO e FNO): Financiamento exclusivamente para projetos com processos e produtos sustentáveis, cuja aprovação possibilita o acesso ao Bônus por Sustentabilidade Ambiental ou Pagamento por Serviços Ambientais.

5. Criar os mecanismos de promoção da adimplência ambiental dos proprietários rurais, participantes dos programas financiados pelos Fundos Constitucionais (FCO e FNO), descritos abaixo:

5.1. Definir critérios ambientais de inclusão: Exigência de Adimplência Ambiental.

Objetivo: minorar impactos ambientais. Mecanismos: taxas de juros usuais.

5.2. Incentivar a adimplência ambiental: financiamento para projetos já existentes para deixar a condição de inadimplência e se tornarem adimplentes ambientais. Ou projetos novos em áreas de risco ambiental que preencham a condição de adimplência ambiental. Objetivo: diminuir passivo ambiental. Mecanismo: taxa de juros rebaixadas.

5.3. Criar um prêmio por sustentabilidade ambiental: (Bônus ou Pagamento por Serviços Ambientais). Financiamento a projetos que pelo seu processo produtivo, qualidade e ciclo de vida são ambientalmente corretos, ou prestam serviços ambientais. Objetivo: melhoria da qualidade ambiental. Mecanismo: taxa de juros rebaixadas e rebatimento do principal.

5.4. Criar mecanismos de avaliação e monitoramento ambiental dos projetos

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6. Estudar mecanismos de estímulo para que o produtor rural tomador do crédito rural aplique parte do empréstimo na recuperação da Reserva Legal e Área de Preservação Permanente.

7. Elaborar Projeto de Lei que cria o Fundo de Ciência e Tecnologia Florestal. (Ficha 8) 8. Elaborar Projeto de Lei sobre Concessões Florestais, para permitir o acesso do setor produtivo ao manejo florestal sustentável em Florestas Nacionais, Estaduais e Municipais.

9. Ajustar, simplificando procedimentos e ampliando a disponibilidade de linhas de crédito disponíveis para o financiamento de atividades produtivas sustentáveis, de modo a facilitar o acesso de pequenos produtores da Amazônia Legal; isto se refere particularmente ao Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais (MODERAGRO).

10. Incluir o MAPA como membro do Conselho Deliberativo do FNO.

11. Viabilizar a utilização de parcela expressiva dos recursos do Fundo do Agronegócio (MCT) no apoio à experimentação aplicada, participativa e descentralizada para promover a intensificação do uso da terra nas áreas já desmatadas.

12. Completar imediatamente os estudos necessários a um novo desenho do PROAGRO, específico para a Amazônia Legal, estabelecendo normas para sua utilização deste instrumento de seguro agrícola na região.

13. Regulamentar, de imediato, a Lei nº 9.712/98, que incorpora dispositivos sobre defesa agropecuária à Lei nº 8.171/91 (Lei Agrícola), fornecendo a base legal para se proceder aos ajustes necessários nos serviços de defesa sanitária na Região.

AÇÕES EXECUTIVAS

14. Desenvolver e implementar um programa de capacitação para a rede de extensionistas rurais da região amazônica, em técnicas de manejo florestal, agricultura ecológica, sob a ótica de gestão ambiental integrada dos recursos naturais.

15. Apoiar a instalação de infra-estrutura empresarial de uso coletivo, através das prefeituras para estruturação de projeto de incubação de empresas de micro e pequeno porte e novos empreendimentos sustentáveis.

16. Apoiar o desenvolvimento ambientalmente sustentável de arranjos produtivos locais nas cadeias produtivas de madeira e móveis e siderurgia (carvão vegetal - florestas plantadas), em conjunto com os setores produtivos, governos estaduais e com as prefeituras da Amazônia, iniciando pelos Estados de Mato Grosso e Amazonas.

17. Priorizar nas agendas de pesquisas da Embrapa e das demais instituições

científicas e tecnológicas da região, o desenvolvimento de pesquisas voltadas a

atender às demandas tecnológicas para promoção da agricultura familiar e

agropecuária empresarial sustentáveis nas áreas já desmatadas, recuperação de

áreas degradadas e o manejo florestal sustentável de uso múltiplo.

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18. Apresentar proposta de criação de Edital para manejo florestal e agricultura familiar sustentável ao Comitê Gestor do Fundo de Ciência e Tecnologia do Agronegócio.

19. Implementar o Projeto “Consolidação da Agricultura Familiar e Contenção dos Desmatamentos na Transamazônica e Xingu”.

Incentivar e apoiar iniciativas estaduais que visam à disponibilização local de insumos estratégicos necessários à intensificação do uso do solo, principalmente corretivos e fertilizantes.

20. Fomentar o aumento da produtividade das áreas já desmatadas e recuperação de áreas degradadas através de:

a) Elaborar e negociar, com Estados e Municípios da Região, a completa reorganização e fortalecimento dos serviços de defesa agropecuária na Amazônia Legal, como condição essencial para se assegurar a competitividade dos produtos regionais e proteção aos produtores nacionais.

b) Intensificar imediatamente o combate à “mosca da carambola”, à “sigatoka” e à febre aftosa na Região, em função de seu potencial de dano às lavouras e criações regionais.

c) Intensificar, de imediato, as articulações com países limítrofes, sobre questões comuns relacionadas à defesa agropecuária.

d) Estabelecer, de comum acordo com os governos estaduais da região, um conjunto de ações emergenciais visando a promover a recuperação e enriquecimento nutricional de pastagens localizadas em áreas já desflorestadas, através do uso de práticas conservacionistas de baixo custo, diversificação das gramíneas plantadas, consórcio destas com leguminosas e plantação de árvores para o sombreamento.

e) Implementar um conjunto de atividades de fomento à produção de dendê e outras culturas permanentes, incluindo crédito específico, capacitação, produção de mudas e processamento local.

f) Implantar pelo menos 140 Unidades de Teste e Demonstração (UTD) sobre essas atividades nas áreas mais críticas de desmatamento, de acordo com as prioridades definidas com os estados que compõem a Amazônia Legal e com as comunidades e produtores locais.

g) Reorganizar e fortalecer, em articulação com o MDA e de forma negociada com os governos estaduais (Secretarias de Agricultura), os serviços oficiais de extensão rural na Amazônia Legal, assegurando sua presença substantiva e preferencial nas áreas mais críticas de desmatamento.

h) Implantar, de comum acordo com os governos estaduais e municipais, esquemas descentralizados de produção e distribuição de material genético adaptado às condições amazônicas.

i) Estabelecer, junto aos agentes financeiros regionais e governos estaduais, esquemas emergenciais que permitam o acesso de produtores de toda a região ao crédito rural, mesmo nas áreas e localidades onde não existem agências bancárias.

j) Iniciar a negociação com os governos estaduais da Região, para se estabelecer

as bases de um esforço cooperativo para se desenvolver uma política agrícola

articulada e sinérgica com o Governo Federal.

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AÇÕES DE CAPACITAÇÃO INSTITUCIONAL

21. Realizar cursos de treinamento para cerca de 1.500 extensionistas do INCRA em técnicas de manejo florestal e agricultura ecológica, no período de Outubro/2003 a Janeiro/2004, beneficiando cerca de 70.000 famílias na Amazônia, a partir do próximo ano.

22. Criação do Centro de Apoio ao Manejo Florestal – CENAFLOR, o qual articulará as ações de treinamento e capacitação em manejo de florestas naturais, funcionando em rede com bases de campo instaladas em todos os Estados da Amazônia.

23. Executar um programa de capacitação em uso conservacionista de solo e em sistemas produtivos sustentáveis, destinados a todos os técnicos de órgãos públicos estaduais e municipais da Amazônia Legal, ligados à agricultura, que prestam assistência direta aos produtores.

CRIAÇÃO DE GRUPOS TÉCNICOS E AFINS

24. Criar, de imediato, um grupo técnico permanente, coordenado pela Secretaria Executiva do MAPA, para articular ações das diferentes áreas técnicas do Ministério voltadas para a Amazônia Legal.

AÇÕES DE COMUNICAÇÃO

25. Anúncio das novas diretrizes dos Fundos Constitucionais (FCO e FNO)

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INFRA-ESTRUTURA SUSTENTÁVEL

MEDIDAS LEGISLATIVAS E NORMATIVAS

1. Criação das Unidades de Conservação – UCs previstas nos planos de ordenamento territorial associados à obra de pavimentação de trechos da BR 364 no Acre.

2. Intensificar as atividades do ARPA na região, com a criação de mosaicos de áreas sujeitas a diferentes graus de proteção (Pavimentação da BR 317 no trecho Rio Branco/AC – Boca do Acre/AM).

3. Criar Unidades de Conservação – UCs federais e estaduais nas terras públicas e nas terras arrecadadas com base no cancelamento de títulos irregulares (Pavimentação da BR 317 no trecho Rio Branco/AC – Boca do Acre/AM).

AÇÕES EXECUTIVAS

4. Execução de ações de combate à grilagem e repressão a desmatamentos ilegais na região Amazônica (Br 319 – Br 230 / AM – Corredor Oeste-Norte) paralelamente a ações de ordenamento, zoneamento emergencial, arrecadação de terras públicas e criação de Unidades de Conservação.

5. Avançar no ordenamento fundiário da região, no apoio aos extrativistas e às populações indígenas que habitam a região, além de consolidar as Ucs federais e estaduais do Vale do Guaporé.

6. Medidas de Regularização Fundiária:

6.1. Realizar regularização fundiária na região da Usina Hidroelétrica de Belo Monte (tal medida deve acontecer previamente à decisão definitiva sobre a obra, e implementada tanto em caso positivo quanto negativo).

6.2. Levantamento e regularização fundiária das terras ao longo da BR 156, a fim de ordenar o crescimento demográfico que certamente irá ocorrer em função da “Construção de Trechos Rodoviários na BR 156 no Estado do Amapá”, do Programa 0238 “Corredor Fronteira Norte”.

6.3. Conclusão de processos de regularização fundiária da área polarizada pela BR 401 entre Bonfim e Normandia, com especial atenção à eventual demarcação de Terras Indígenas.

6.4. Realizar medidas de regularização fundiária e de combate a grilagem . (Pavimentação da BR 230 de Marabá a Altamira).

6.5. Levantamento fundiário e cancelamento de títulos sem procedência na região de abrangência da rodovia, com foco especial no lado oriental, verificando inclusive superposições com áreas indígenas (Pavimentação da BR 317 no trecho Rio Branco/AC – Boca do Acre/AM).

6.6. Titulação de moradores tradicionais e oferta de serviços sociais de forma a

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trecho Rio Branco/AC – Boca do Acre/AM).

7. Ampliar os investimentos previstos no âmbito do Pró-Ambiente na região da Transamazônica atendendo à demanda da região. (Usina Hidroelétrica de Belo Monte).

8. Disponibilização dos recursos necessários ao ARPA para investimentos na área de entorno do Parque do Tumucumaque (BR 156/AP).

9. Consolidação do Parque Nacional do Cabo Orange (limitar o alcance de eventuais frentes de desflorestamento – BR 156/AP).

10. Realização do Zoneamento Ecológico e Econômico – ZEE na área da BR 156.

11. Desembolso de recursos para ações imediatas de gestão ambiental em Terras Indígenas (em especial no que tange à Ação 2967 “Gestão Ambiental de Terras Indígenas na Amazônia” do Programa 0151 “Proteção de Terras Indígenas, Gestão Territorial e Etnodesenvolvimento”, do PPA 2004 – 2007).

12. Mobilização do Ministério das Relações Exteriores para que avalie a conveniência e a forma de iniciar gestões junto ao Governo da Guiana, visando ações de cooperação internacional na área de prevenção de desflorestamento e desenvolvimento sustentável naquele país.

13. Medidas de Ordenamento Fundiário e Territorial:

13.1. Realizar ordenamento fundiário e Zoneamento Ecológico e Econômico – ZEE emergencial da margem esquerda do Rio Solimões, no trecho atravessado pelo Gasoduto Coari – Manaus.

13.2. Definir ações de governo visando ordenamento fundiário e territorial, prevenção e mitigação de custos sociais e ambientais (Br 163 – Pará).

14. Demandar da empreendedora um plano de execução da obra que busque minimizar os danos ambientais, a ser discutido, de forma aberta, com instituições ambientais governamentais e não-governamentais (Gasoduto Coari – Manaus).

15. Realizar, por meio de convênios e programas de cooperação entre o concessionário do empreendimento e os órgãos responsáveis pela fiscalização, um controle das vias de acesso a instalação e manutenção de 1.470 Km de linhas de transmissão de 500 Kv, ligando Tucuruí-Manaus, e 330 Km de linhas de transmissão em 230 Kv ligando o Estado do Amapá, como vetor de penetração de frentes de desmatamento na região.

16. Implementar medidas de ordenamento fundiário e territorial e prevenção de

desflorestamento na área da linha de transmissão Tucuruí-Manaus ao Estado do

Amapá.

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17. Realizar investimentos sociais para a viabilização da agricultura familiar, incluindo investimentos em infra-estrutura local voltados para o adensamento de cadeias produtivas (Pavimentação da BR 230 de Marabá a Altamira).

18. Dotar o Programa PROAMBIENTE dos recursos necessários para sair da escala demonstrativa para a oferta universal dos benefícios previstos (Pavimentação da BR 230 de Marabá a Altamira).

19. Realizar medidas tradicionais de mitigação ambiental (Pavimentação da BR 230 de Marabá a Altamira).

20. Conceber modelo de construção de Linha de Transmissão que implique em ordenamento, prevenção e mitigação de danos ambientais (Linha de Transmissão Rondônia – Mato Grosso).

21. Intensificar as atividades de monitoramento e licenciamento do desflorestamento na região, com o necessário investimento na capacidade de intervenção do IBAMA e dos OEMAs do Acre e do Amazonas (Pavimentação da BR 317 no trecho Rio Branco/AC – Boca do Acre/AM).

22. Contratar estudo técnico que avalie, no curto prazo, os custos e benefícios da pavimentação da BR 163 e da Hidrovia Teles Pires – Tapajós, considerando, entre outros critérios:

- Custo direto das obras;

- Redução do custo de transporte de carga associado a cada uma das alternativas;

- Custo das medidas de prevenção, ordenamento e mitigação ambiental associadas a cada alternativa.

AÇÕES DE CAPACITAÇÃO INSTITUCIONAL

23. Instalar capacidade de monitoramento ambiental e intervenção do IBAMA e do IPAAM, como medida de prevenção de desflorestamento e de mitigação de danos ambientais no Gasoduto Coari – Manaus.

CRIAÇÃO DE GRUPOS TÉCNICOS E AFINS

24. Constituir subgrupo (CC, MMA, MME e MT) para harmonizar os posicionamentos dos órgãos federais sobre as seguintes obras e demais ações públicas visando desenvolvimento sustentável da região:

- BR 230 – Lábrea – Humaitá (AM)

- BR 319 – Porto Velho – Manaus (RO-AM)

- Hidrelétricas do Rio Madeira : Santo Antônio e Jirau (RO)

- Gasoduto Urucu – Porto Velho (AM-RO)

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Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)

MMA – Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)

Referências

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