EXAME VISUAL
OLFATIVA
DEGUSTATIVA
ZONAS DE SENSIBILIDADE
HISTÓRICO
Os fenícios teriam descoberto o vidro (cerca de 3.000 a.C.)
Há evidências de fabricação de vidro no Egito Antigo (1.500 a.C.)
A indústria do vidro floresceu e desapereceu com o Império Romano
Renasceu com os bizantinos e com eles voltou à Europa.
No século XVI iniciou o apogeu da técnica na cidade de Veneza.
Sua utilização para armazenar vinho só surgiu no século XVII.
A produção industrial em série começou em 1903
FORMAS CLÁSSICAS
Bordalesa
Francesa da região de
Bordeaux, com pescoço
abrupto
Borgonhesa
Francesa da região da
Borgonha, com pescoço gradual
Renana
Alemã da região do rio
Reno, mais delgada e
mais alta que a
borgonhesa
Champagne
Francesa da região do famoso
vinho espumante, mais alta e
mais robusta que a borgonhesa
GARRAFAS
FORMA FANTASIA
Qualquer modelo diferente dos quatro modelos clássicos acima
Alsaciana
Da Alsácia, região francesa, é semelhante à renana, porém mais alta e mais delgada.
Do Chianti
Italiana, da região da Toscana, é denominada fiasco, bojuda na base e revestida de palha externamente.
Do Porto
Portuguesa, semelhante à bordalesa, porém geralmente mais baixa e de linhas mais retas.
Do Jerez
Espanhola, semelhante à do Porto, porém geralmente mais alta.
Franconia
Alemã, da região de Franken, é
denominada bocksbeutel, possui corpo achatado no eixo antero-posterior e bojudo
na base.
Do Verdicchio
Italiana, da região de Marches, possui forma semelhante a um violão.
CAPACIDADE
Garrafa comum: 750 ml
Miniatura: 175 ml (alguma são de 160 ml)
Meia-garrafa: 375 ml
Magnum:
1,5 lit. (2 garrafas)
Tamanhos de garrafas dos Champagnes
Jeroboam
3
lit
. (4 garrafas)
Rehoboam
4,5
lit
. (6 garrafas)
.
Methuselah ou Imperial
6
lit
. (8 garrafas)
Salmanazar
9
lit
. (12 garrafas)
Balthazar
12
lit
. (16 garrafas)
Nebuchadnezzar
20
lit
. (26 garrafas)
ORIGEM: Casca do sobreiro O SOBREIRO: Quercus suber
Árvore de grande porte ( altura de até mais de 20 m) . Período de vida de cerca de 150 anos
A primeira extração da casca é feita por volta dos 20 anos . Cerca de 12 de extrações produtivas
Extrações seguintes feitas em torno de 10 em 10 anos . Adequada para rolhas só a partir da 3a extração
PAÍSES PRODUTORES: Portugal > Espanha > Argélia DIMENSÕES USUAIS:
Diâmetro: 24 mm. O gargalo da garrafa tem 18mm Comprimento: de 38 a 44 mm
Nas meias garrafas: 32 mm Nos espumantes: 38-40 mm
Nos vinhos de guarda: mínimo de 40mm Nos espumantes: 48-50 mm
IMPORTÂNCIA NA CONSERVAÇÃO:
Impermeabilidade, elasticidade, resistência, durabilidade. PRINCIPAIS DEFEITOS:
Modelo ISO (International Standard Organization)
para tintos e brancos, idealizada para degustação técnica
Borgonhesa
Mais bojuda e de pé mais alto do que a bordalesa Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos
Bordalesa
Com bojo e pé de tamanhos moderados
Mais globosa e de maior volume para os tintos Menor que anterior para os brancos
Modelo para Vinho do Porto
Ligeiramente menor do que a de vinho branco
Copita para JerezTem forma entre a tulipa e a flauta
e tamanho menor do que a de vinho branco
FLAUTA
Delgada e alta para os espumantes
Obs: A Taça aberta, até pouco tempo era utilizada para espumantes, mas não é adequada.
FORMAS ADEQUADAS
De chumbo
Geralmente utilizada nos vinhos finos
melhores
Maior proteção e melhor aparência
Mais caras e têm risco de
contaminação
De alupoli
Geralmente usadas em vinhos de
segunda linha
Mais baratas e boa aparência
De plástico
Geralmente usadas em vinhos de mesa
Custo mais baixo que as anteriores
SERVIÇO DE VINHOS À MESA
SERVIÇO DE VINHOS À MESA
DECANTAÇÃO
Marca: infelizmente, predomina o estrangeirismo
Tipo: tinto, branco e rosado (rosé)
Classe: de mesa, de mesa fino, espumante e licoroso
Uva: a legislação brasileira permite o mínimo de 60%
da variedade de uva declarada nos vinhos varietais
Teor alcoólico: 11 a 13%
Teor de açúcar: seco (< 5 g/l ); demi-sec ( 5-20 g/l );
suave ( >20 g/l ).
Nos espumantes são permitidos teores maiores
Safra: é permitido o mínimo de 60% da safra
declarada
Conteúdo: em milílitros ( ml )
Produtor e engarrafador: nome e endereço
Registro no Ministério da Agricultura (número) .
Numeração: utilizada por alguns produtores em vinhos
selecionados ou reservas especiais (número para
garrafas,
lotes e total do lote)
R
R
R
ÓTULO INTERNACIONAL
ÓTULO INTERNACIONAL
NO VINHO IMPORTADO
A grosso modo, possui os mesmos ítens do rótulo nacional, diferindo em teores (açúcar, álcool, % da uva nos varietais, etc.)
Contem ainda outras informações, específicas da legislação vinícola de cada país, como por exemplo:
França: Vin de Table, Vin de Pays, Vin Délimité de Qualité Superieur (VDQS)(VDQS) e Apellation de
Origine Contrôllé (AOC).(AOC). Existem, também, as classificações específicas de determinadas regiões, como os Premières Crus, os Premières Crus Deuxièmes Crus, os Deuxièmes Crus Crus Bourgeois, etc. de Crus Bourgeois Bordeaux e os Bordeaux Crus Crus e Grand Crus da Bourgougne
e Grand Crus da Bourgougne.
Itália: Vino de Távola, Vino Tipico (de Indicazione Geografica Tipica), Denominazione di Origine Controllata (DOC)(DOC) , Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG).(DOCG). Encontram-se, ainda, os tipos: Novello, Classico e Riserva (Vecchio).Novello, Classico e Riserva (Vecchio).
Espanha: Vino de Mesa, Vino de la Tierra, Denominacíon de Origen (DO)(DO), Denominacíon de Origen Calificada (DOC)DOC). Quanto ao envelhecimento os vinhos são classificados em Vino de .
Portugal
: Vinho de Mesa, Vinho Regional, Vinho de Qualidade
Produzido em Região Demarcada
(
(
VQPRD
VQPRD
), Vinhos de Origem
),
Controlada
(
(
DOC
DOC
) e Vinho de Proveniência Regulamenteda
)
(
(
IPR
IPR
) Existem, também, os tipos
)
Garrafeira
Garrafeira
e
e
Reserva
Reserva
.
.
Alemanha
: Tafelwein, Landwein, Qualitätswein bestimmter
Anbaugebiete
(QbA)
(QbA)
, Qualitätswein mit Prädikat
,
(QmP)
(QmP)
,
,
Kabinett, Spätlese, Auslese, Beerenauslese,
Trockenbeerenauslese e Eiswein. Há ainda a região
(
(
Gebiete
Gebiete
),
),
a subregião
(
(
Bereich
Bereich
), um grupo de vinhedos
),
(
(
Großlage
Großlage
) e um
)
vinhedo específico
(
(
Einzellage
Einzellage
).
).
R
R
R
ÓTULO INTERNACIONAL
ÓTULO INTERNACIONAL
Safra Nome da denominação Volume do liquido 750ml teor alcoólico 11,55% Engarrafado na propriedade País de origem Selo de garantia VDQS VINHO DELIMITADO DE QUALIDADE SUPERIOR
A GUARDA
DO VINHO
CONDIÇÕES AMBIENTAIS DA ADEGA Temperatura: 12 a 18o C Umidade: moderada (50 a 70%) Arejamento: moderado Luminosidade: mínima Vibração: mínimaLocalização: que atenda a todos itens
CUIDADOS COM AS GARRAFAS Posição: deitadas ou de cabeça para baixo
Disposição: brancos e jovens abaixo; de guarda acima Manutenção: rótulo, cápsula e rolha
Identificação: ficha de linhas (letras) e colunas (números)
Registro: ficha com nome, origem, safra, características degustativas
(visuais, olfatórias e gustativas), data, local de compra e preço, local de degustação e companhia(s)
O tempo máximo de guarda de um vinho não deve ser o
tempo máximo que ele suporta antes de se deteriorar (tempo
de vida), mas sim o tempo em que ele ainda está na
plenitude de suas características, de sua tipicidade. O
ideal é tomá-lo no seu apogeu.
Os tempos aqui mencionados são valores médios
aproximados e podem variar dependendo das condições
climáticas e do solo da safra, bem como das condições de
guarda do vinho
ATÉ 1 ANO:
Beaujolais nouveau ou primeur
(A rigor, esse vinho mantém a sua tipicidade, plena aroma e sabor frutados,até cerca de 6 meses)
ATÉ 2 ANOS:
A maioria dos brancos e alguns tintos brasileiros Beaujolais genéricos e vinhos verdes portugueses
ATÉ 3 ANOS:
Alguns tintos e brancos europeus (valpolicella, chianti comum, frascati, lambrusco, etc.)
A maioria dos tintos e alguns brancos brasileiros Champanhas brasileiros
Rosados ATÉ 4 ANOS:
ATÉ 4 ANOS:
A maioria dos brancos europeus
Os melhores tintos brasileiros , Jerez, etc.) e as safras excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus
ATÉ 7 ANOS:
A maioria dos bons tintos europeus Alguns dos melhores tintos brasileiros
Champagnes não datados
ATÉ 10 ANOS:
Champagnes millesimés (datados)
Alguns grandes brancos (Alsace,Bougogne,Rioja)
ATÉ 15 ANOS:
Alguns grandes tintos europeus (Bordeaux, Bourgogne, Rioja e Douro, etc.)
ATÉ 25 ANOS:
Alguns grandes europeus tintos (Bordeaux, Bourgogne, Barolo, etc.) e brancos (Sauterne, Beerenauslese,Trockenbeerenauslese, Tokay, etc.)
ATÉ 50 ANOS OU MAIS:
Vinhos fortificados (Porto, principalmente os "vintage", Madeira, Jerez, etc.) e as safras excepcionais dos grandes tintos e brancos europeus
AS TEMPERATURAS IDEAIS
TINTOS
Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 oC
Não envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 oC
Jovens e pouco encorpados – 1 2 A 14 oC
Beujolais 'Primeur" ou "Nouveau" - 10 A 12 oC
BRANCOS
Secos, Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 oC
Secos, Jovens e Leves - 6 A 12 oC
Suaves e Doces - 4 A 6 oC
ROSÉS
Todos de modo geral - 6 - 12 oC
ESPUMANTES Brut - 6 A 12 oC Demi-Sec e Doce - 4 A 8 oC FORTIFICADOS Vinho do Porto - 10 A 18 oC Jerez - 8 A 14 oC Madeira - 12 A 14 oC
OBS: Uma garrafa deixada durante 8 minutos na água com gelo sofrerá uma redução de 5 oC na temperatura, que corresponde a 60
A SEQUÊNCIA DOS VINHOS
A) QUANTO AOS TIPOS: Brancos Tintos
B) QUANTO À QUALIDADE: Medíocres Médios Bons Grandes
C) QUANTO AO CORPO: Leves Encorpados
D) QUANTO À IDADE: Jovens Maduros
E) QUANTO AO TEOR DE ACUCAR: Secos Suaves Doces
JUSTIFICATIVAS:
A), B) e C) Os tintos, geralmente, são mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores, mais corpo, mais tanino, etc.) do que os brancos. Iniciar a degustação com um vinho mais complexo, elevaria o nível de exigência em relação ao próximo vinho, menos complexo, minimizando os seus aspectos positivos e realçando os seus aspectos negativos. Pela mesma razão, depois de tomarmos um grande vinho, os que se seguem, ainda que de boa qualidade, nos parecerão sempre piores do que realmente são.
D) Os vinhos mais velhos são mais complexos do que os jovens. Embora isso possa não ocorrer para vinhos diferentes, torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho, porém de safras diferentes, especialmente se for um vinho longevo, de longa guarda.
E) O açúcar de um vinho doce ou suave, prejudica na apreciação de um vinho seco servido a seguir. Não é à toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeições, acompanhando as sobremesas ou mesmo
HARMONIZAÇÃO DE VINHOS E ALIMENTOS ANTES E DEPOIS No Aperitivo Na Sobremesa Como Digestivo
Alimentos que não combinam com o vinho
ÀS REFEIÇÕES
Peixes e Frutos do Mar Carnes Brancas
Carnes Vermelhas Massas
Queijos
IMPORTANTE:
As sugestões aqui apresentadas são mencionadas em grande parte da literatura consultada, mas
não constituem regras absolutas e, embora existam alguns consensos, - o assunto é extremamente controverso.
1. NO APERITIVO
•Vinho branco seco ou
vinho fortificado seco
(Porto White ou Dry White, Jerez Fino, Manzanilla ou Amontillado,
Madeira Sercial, Marsala seco, etc.)
•Espumante Brut
(Champagne, Sekt, Cava, Blanquete de Limoux, Champanha, etc.)
2 . NA SOBREMESA
•Vinho Branco Doce de Qualidade
Sauternes, Alsace (Vendange Tardive e Séletion de Grains Nobles), Tokay e os alemães com os predicados ("mit
Predikat"): Auslese, Beerenauslese, Trockenbeerenauslese e Eiswein
•Vinho Fortificado Demi-sec ou doce
Porto (Ruby, Tawny, LBV, Vintage, etc.), Jerez (Amoroso, Oloroso ou Cream); Madeira (Verdelho, Boal ou Malmsey), Moscatel de Setúbal, Banyuls, Moscato d'Asti, Banyuls, Marsala, Málaga (Lagrima Christi), etc.
•Espumante Demi-sec ou doce
Asti (italiano), Cava (espanhol), Champagne Doux (francês), Sekt Suß (alemão), Blanquete de Limoux (francês) e outros espumantes
3. COMO DIGESTIVO
•Qualquer dos tipos anteriormente mencionados
•Destilados de uva: Cognac, Armagnac e Marc (franceses), Bagaceira
ÀS REFEIÇÕES
1. PEIXES E FRUTOS DO MAR •Grelhados ou em molho leve:
Espumante brut ou demi-sec ou Branco seco frutado jovem ou levemente maduro
•Em molho forte:
Branco maduro de boa estrutura ou Rosé seco de qualidade ou
Tinto jovem de médio corpo
•Bacalhau:
Tinto jovem ou de médio corpo ou Branco maduro;
•Anchova, atum, salmão e sardinha:
2. CARNES BRANCAS
•Grelhadas ou em molho leve:
Espumante brut ou Branco seco jovem de boa estrutura ou maduro ou Tinto jovem ou de médio corpo
•Grelhadas em molho forte:
Tinto maduro de médio corpo a robusto
•Caças de penas, pato e coq au vin:
Tinto maduro de médio corpo a robusto
•Peru:
Tinto leve ou médio ou branco seco
•Foie gras
Branco doce de alto nível (Sauternes, Tokay, etc.) ou fortificado doce (Porto Vintage, etc.) ou espumante de qualidade (Champagne Milesimé, etc.)
3. CARNES VERMELHAS
•Grelhadas ou em molho leve:
Espumante brut ou tinto jovem leve ou de médio corpo
•Em molho forte:
Tinto maduro de médio corpo a robusto
•Caças de pêlo:
4. MASSAS
•Em molho leve ou branco
Espumante brut ou branco jovem ou maduro ou tinto jovem leve ou de médio corpo
•Em molho condimentado ou vermelho
. QUEIJOS
•Fresco de massa mole (Frescal, Ricota, Requeijão)
Branco ou tinto jovem e leve
•Fresco de massa filada (Mozzarela)
Branco ou tinto jovem e leve
•Maturado de massa mole (Brie, Camambert e Coulommiers)
Branco maduro ou tinto jovem a maduro encorpado
•Maturado de massa filada (Provolone)
Branco maduro ou tinto jovem ou pouco envelhecido
•Maturado de massa semidura (Emmental, Gouda, Reino, Prato, Saint-Paulin, Tilsit, Port-Salut)
Tinto maduro de bom corpo
•Maturado de massa cozida (Roquefort, Gorgonzola, Stilton, Danablue)
Tinto maduro robusto ou branco doce superior ou
fortificado doce
•Maturado de massa semidura (Emmental, Gouda, Reino, Prato, Saint-Paulin, Tilsit, Port-Salut)
Tinto jovem ou pouco velho
•Maduro de massa dura (Parmesão, Pecorino)
Tinto maduro robusto ou fortificado
•Observação:
Os Espumantes de qualidade, em especial os
ALIMENTOS QUE NÃO COMBINAM VINHO
O assunto é extremamente polêmico e os alimentos aqui mencionados são citados em diversas fontes na literatura enogastronômica.
Na opinião do autor alguns desses alimentos podem combinar com certos vinhos e estão sublinhados.
•Temperos acentuados: curry, dendê, shoyu, wasabi, ,etc.
•Alimentos ácidos: vinagre, limão, laranja, grapefruit, kiwi, etc.
•Certas verduras e legumes: alcachofra, aspargo, couve, etc.