Agenda Junho/2017
Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
1 2 - Defesa DO - Rafael - Seminários de Projetos 5 6 7 8 9 Defesa ME - Lea Defesa ME -
Patrícia Defesa DO - Liza
12 13 14 Feriado Emenda Defesa ME - Yuri - Defesa ME - Vivian - Defesa ME - Thais 19 20 21 22 23 Defesa DO - Ana Tereza Ex. Q. DO - Carolina - Defesa ME - Max - Seminários de Projetos - Reunião de Orientadores 26 27 28 29 30 Defesa ME - Giovanna - Ex. Q. DO - Regina - Ex. Q. ME - Alice - Defesa ME – Camila - Defesa ME - Gustavo Fogolin
Seminários de Projetos em Saúde Coletiva – 02/06/2017 das 11h às 12h Aluno: Rafael Marques Soares
Orientadora: Márcia Thereza Couto Falcão
Debatedora: Profa. Dra. Beatriz Helena Carvalho Tess
Título: Tratamentos para obesidade e as experiências de pessoas obesas com
Defesa de Doutorado – 02/06/2017 – 13h30 – Anfiteatro da Medicina Preventiva FMUSP – 2º andar – 2366
Aluno: Rafael Kmiliauskis Santos Gomes Orientador: Moacyr Roberto Cuce Nobre
Título: Impacto dos medicamentos imunobiológicos e da doença coronária na evolução de pacientes com artrite reumatóide: uma análise de custo-efetividade.
Docentes Participantes
Moacyr Roberto Cuce Nobre (Medicina Preventiva FMUSP) Patrícia Coelho de Soárez (Medicina Preventiva FMUSP)
Marcos Bosi Ferraz (Universidade Federal de São Paulo/ Dep. de Medicina) Silvia Regina Secoli (Enfermagem USP/ Departamento de Enfermagem Médico-Cirurgica da Escola de Enfermagem na Saúde do Adulto)
Flávia Mori Sarti (USP- LESTE – Escola de Artes, Ciências e Humanidades, área de concentração de Economia e políticas Públicas)
Defesa de Mestrado – 07/06/2017 – 14h – Anfiteatro da Medicina Preventiva FMUSP – 2º andar
Aluna: Léa Pintor de Arruda Oliveira Orientador: Heraclito Barbosa de Carvalho
Título: Estimativa de prevalência de estresse emocional em uma amostra de policiais rodoviários federais do Estado de São Paulo
Docentes Participantes
Heráclito Barbosa de Carvalho (Medicina Preventiva FMUSP) José Jorge de Morais Zacharias (Clínica Psicológica)
Maria Julia Kovacs (Universidade de São Paulo, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia da Aprendizagem do Desenvolvimento da Personalidade)
RESUMO
No Brasil, o amplo escopo de responsabilidades e também a diversidade de situações que demandam ações da Polícia Rodoviária Federal contribuem para que agentes/eventos estressores façam parte da rotina diária de centenas de policiais. Contudo, ainda existem poucos estudos dedicados a identificar o estresse nesta população. Assim, o objetivo principal do presente estudo é identificar a prevalência do estresse neste grupo, além de identificar as prevalências de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), de estresse ocupacional e, finalmente, a prevalência dos sintomas de
Síndrome de Burnout. Para tanto foi utilizado um desenho de estudo transversal com amostra probabilística (n = 202) de policiais rodoviários federais do Estado de São Paulo. Os instrumentos para obtenção dos dados da amostra foram: i) Questionário Geral (QG), para a caracterização da amostra e obtenção de dados sociodemográficos e profissionais; ii) Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL), para sintomas de estresse; iii) Escala de Impacto do Evento - Revisada (IES-R), para sintomas de TEPT; iv) Escala de Vulnerabilidade do Estresse no Trabalho (EVENT), para estresse ocupacional; v) Inventário de Burnout de Maslach, versão HSS (MBI-HSS), para identificação dos sintomas pertinentes à Síndrome de Burnout. Os dados foram armazenados em planilhas excel e analisados com a utilização dos softwares Stata 8.0 for Windows e R3.3.2. A medida de associação escolhida foi o Odds Ratio (OR) e o seu intervalo de confiança (IC). Para testar a significância estatística foram utilizados o teste de qui quadrado o teste Exato de Fisher, para as variáveis nominais e, o teste Mann-Whitney-Wilcoxon foi utilizado para as variáveis com distribuição não paramétrica: idade (faixa etária) e tempo de carreira. O nível de significância adotado foi de 5%. A prevalência de sintomas de estresse na amostra representou 43,1% (IC95% = 36,2–50,0) com a seguinte distribuição por fase: 2,3% (IC95% = 0,2–8,0) em “Alerta”; 82,7% (IC95% = 73,2–90,0) em “Resistência”; 11,5% (IC95% = 5,7–20,1) em “Quase Exaustão”; e 3,5% (IC95% = 0,7–9,7) em “Exaustão”. Ainda, 60,9% da amostra apresentaram sintomas psicológicos de estresse, 33,3% sintomas físicos e 5,8% ambos. A prevalência de TEPT ocorreu em 25,4% (IC95% = 19,3–31,4) da amostra, sem a predominância entre as subescalas. A prevalência de sintomas de estresse ocupacional afetou 35,2% (IC95% = 28,5–41,8) dos policiais participantes do presente estudo. Não houve registro na amostra referente à Síndrome de Burnout. As prevalências de estresse encontradas neste estudo apresentaram valores compatíveis com os valores de pesquisas semelhantes – elaboradas em outras categorias de policiais –, tanto no contexto nacional como no internacional. Há indícios que o tempo para práticas de lazer pode exercer influência como fator de proteção contra os sintomas de estresse; por outro lado, há indícios que processos penais e o longo tempo de carreira podem exercer influência como fatores de risco. Em última análise, a combinação dos resultados aqui apresentados sugerem indícios do adoecimento – em curso – desta população em função dos elevados índices de prevalência dos sintomas de estresse, sintomas de TEPT e estresse ocupacional.
Descritores: Estresse psicológico; Estresse fisiológico; Esgotamento profissional; Transtornos de estresse pós-traumáticos (TEPT); Riscos ocupacionais; Saúde ocupacional.
Defesa de Mestrado – 08/06/2017 – 14h – Anfiteatro da Farmacologia FMUSP – 3º andar – 3104
Aluna: Patricia Manga e Silva Favaretto Orientador: Prof. Dr. André Mota
Título: Os Laboratórios de Investigação Médica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo: processo histórico de criação e trajetória institucional, 1968-1977
Docentes Participantes
Andre Mota (Medicina Preventiva FMUSP)
Maria Gabriela da Silva Martins da Cunha Marinho (Universidade Federal do ABC, Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas)
José Eluf Neto (Medicina Preventiva FMUSP)
Exame de Qualificação – Doutorado – 09/06/2017 – 14h – CETEC FMUSP – 2º andar – sala 2307
Aluna: Liza Yurie Teruya Uchimura Orientadora: Ana Luiza d´Ávila Viana
Título: Atenção primária e rede de urgência e emergência: interfaces no âmbito de regiões de saúde no Brasil e Canadá
Docentes participantes
Hillegonda Maria Dutilh Novaes (Medicina Preventiva FMUSP)
Ligia Giovanella (Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz - Ensp/Fiocruz)
Gisele O´Dwyer de Oliveira (Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz - Ensp/Fiocruz)
RESUMO
Introdução: A interface da atenção primária e a rede de urgências e emergências possui muitos fatores a serem identificados e fluxos a serem estabelecidos. Comparar diferentes sistemas de saúde com processos de políticas de saúde baseados na regionalização poderá agregar novos instrumentos de planejamento em saúde. Neste
sentido, conhecer os arranjos e as dinâmicas regionais do sistema de saúde canadense auxiliará no estudo comparativo com a realidade brasileira e possibilitará a implementação de estratégias para o desenvolvimento de inovações e planejamento da gestão em saúde no Brasil. Amenizar este “health gap” é um desafio para melhorias nos sistemas de saúde e um desafio para todos os profissionais de saúde e seus usuários. Objetivo: Identificar os fatores que interferem no estabelecimento das interfaces da Atenção Primária e a Rede de Urgências e Emergências em distintas realidades socioespaciais (regiões) e em distintos sistemas de saúde. Métodos: Trata-se de um estudo com utilização de métodos mistos, por empregar métodos quantitativos, com avaliação de magnitude e construção de frequências, e métodos qualitativos que exploram o significado e a compreensão de construções. Foi utilizado estratégia de coleta de dados paralelo convergente e aproximação entre os dados pela abordagem de comparação side-by-side. Este estudo é um desdobramento da pesquisa “Política, Planejamento e Gestão das Regiões e Redes de Atenção à Saúde no Brasil – Região e Redes”. O estudo consiste em entrevistas com informantes-chave e análise de dados secundários das regiões de Norte-Barretos (São Paulo, Brasil), Sul-Barretos (São Paulo, Brasil), Mississauga Halton Local Health Integration Network (LHIN) e Toronto Central Local Health Integration Network (LHIN) (Ontário, Canadá). Os dados dos questionários estruturados foram tabulados usando o software PHP Line Survey - Open Source. Cálculos estatísticos foram realizados usando SPSS Statistics para Windows, Versão 22.0. A análise de conteúdo dos dados qualitativos (entrevistas com questões abertas, atas de reuniões e documentos) será realizada utilizando-se o software Atlas-ti. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com o número de processo 045/16, e de acordo com a norma do Conselho Nacional de Saúde 466/12. Resultados preliminares: Os aspectos políticos, estruturais e organizacionais interferem em diferentes níveis entre a atenção primária e a rede de urgência e emergência nas regiões selecionadas para o estudo. A regionalização tem apresentado como política de saúde relevante para o planejamento, tomada de decisões e na gestão de recursos focadas nas necessidades em saúde.
Defesa de Mestrado – 12/06/2017 – 14h – Anfiteatro da Medicina Preventiva FMUSP – 2º andar
Aluno: Yuri Nishijima Azeredo Orientadora: Lilia Blima Schraiber
Título: Saúde Coletiva e Filosofia: contribuições de Hannah Arendt para o debate de humanização
Docentes Participantes
Lilia Blima Schraiber (Medicina Preventiva FMUSP) André Mota (Medicina Preventiva FMUSP)
Roseni Pinheiro (Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Centro Biomédico/Instituto de Medicina Social)
RESUMO
O tema da humanização dos serviços e das práticas de saúde vem sendo objeto atualmente de várias elaborações e publicações no campo da saúde coletiva em virtude da sua importância para constituição de práticas e serviços fundamentados no cuidado. Esse estudo teve como objetivo a análise do conceito de humanização, sua utilização e referentes, dentro da produção do campo da saúde coletiva. Optou-se pela metodologia de vertente qualitativa, sendo que o empírico se constituiu de 98 artigos publicados e selecionados a partir de levantamento nas bases de dados LILACS e SCIELO, por meio do unitermo ‘serviço de saúde’ em cruzamento com ‘violência’, ‘humanização’ e ‘desumanização’; e do unitermo ‘trabalho em saúde’ igualmente com ‘violência’, ‘humanização’ e ‘desumanização’. Além desses, buscou-se o unitermo ‘encontro clínico’ em separado. Esse levantamento mostrou uma grande polissemia do conceito de humanização dentro do campo da saúde coletiva bem como uma grande diversidade de referentes. Levamos em consideração as transformações pelas quais passam o trabalho médico e, por conseguinte, o trabalho em saúde na Modernidade, assim como a reflexão política de Hannah Arendt, principalmente acerca dos conceitos de ‘autoridade’, ‘crise’, ‘natalidade’, ‘poder’, ‘tradição’ e ‘violência’. A partir disso, buscou-se enriquecer o debate e trazer aportes dos conceitos arendtianos apresentando-se novas distinções conceituais e possibilidades de abordagem ainda pouco exploradas no campo da saúde coletiva.
Defesa de Mestrado – 14/06/2017 – 9h – Anfiteatro da Farmacologia FMUSP – 3º andar – 3104
Aluna: Vivian Salles Alvarez
Orientadora: Márcia Thereza Couto Falcão
Título: Masculinidade e prevenção: a relação entre prática sexual dos homens e a profilaxia pós-exposição sexual (PEP)
Docentes Participantes
Márcia Thereza Couto Falcão (Medicina Preventiva FMUSP)
Cristiane da Silva Cabral (Departamento Materno Infantil FSP USP) Luciana Nogueira Fioroni (UFSCar – Departamento de Psicologia) RESUMO
Com a ampliação dos estudos de gênero e saúde, especialmente na linha das masculinidades, emergiram questões a respeito da prevenção do HIV/aids que foram incorporadas às discussões sobre construtos socioculturais promotores de vulnerabilidades para as populações masculinas frente à epidemia. No atual cenário da epidemia, duas questões chamam atenção em relação aos homens: o fato da epidemia se mostrar concentrada na população entre homens que fazem sexo com homem (HSH) e da principal via de transmissão do vírus ser heterossexual. Os esforços para o controle da epidemia de HIV/aids no Brasil têm se concentrado no diagnóstico precoce da infecção e no tratamento das pessoas vivendo com HIV/aids, bem como na implementação de intervenções de prevenção combinada. Esta última pode ser descrita como a possibilidade de manejo entre estratégias biomédicas, comportamentais e estruturais que se colocam como alternativas ao discurso preventivo centrado preponderantemente no preservativo masculino. Entre as abordagens biomédicas, a profilaxia pós-exposição sexual consentida (PEPSexual) se coloca como uma estratégia fundamental para este trabalho, de caráter qualitativo, cujo objetivo mais amplo foi compreender como os homens constroem aproximações e distanciamentos quanto às configurações identitárias em termos da sexualidade, de representações sociais quanto ao HIV/aids, de motivações a procurar a PEPSexual, caracterizando o uso que fazem de um serviço especializado em DST/HIV no município de São Paulo. A técnica de entrevista semiestruturada foi aplicada na realização de 15 entrevistas com homens que buscaram PEPSexual no ambiente do serviço. Os resultados e análises foram organizados em categorias que expressaram as representações sociais dos entrevistados, a respeito de: 1) vivência sexual masculina, 2) percepção sobre o risco e prevenção ao HIV e 3) conhecimento e busca pela PEP. O estudo permitiu compreender como as construções a respeito das masculinidades influenciam o modo pelo qual os homens acionam recursos e estratégias para a busca de prevenção ao HIV/aids.
Descritores: HIV; síndrome de imunodeficiência adquirida; profilaxia pós-exposição; masculinidade; identidade de gênero; pesquisa qualitativa
Defesa de Mestrado – 14/06/2017 – 14h – Anfiteatro da Farmacologia FMUSP – 3º andar – 3104
Aluna: Thais Fonseca Lima
Orientadora: Maria Fernanda Tourinho Peres
Título: Exposição à violência comunitária durante o trabalho e seus efeitos na prática profissional na Estratégia de Saúde de Família: um estudo de corte transversal no Município de São Paulo
Docentes Participantes
Maria Fernanda Tourinho Peres (Medicina Preventiva FMUSP)
Claudia Renata dos Santos Barros ( UNISANTOS – Universidade Católica de Santos - Saúde Coletiva)
Dulce Maria Senna (Centro Saúde Escola FMUSP) RESUMO
Ainda são incipientes os estudos que abordam os obstáculos enfrentados pelos profissionais da Estratégia de Saúde da Família (ESF) para executar suas atribuições no cotidiano do trabalho, porém, a violência comunitária já tem sido apontada como um desafio por alguns estudos, principalmente nos grandes centros urbanos. Este estudo tem como objetivo estimar a prevalência da exposição à violência no local de trabalho e investigar a sua associação com as alterações na prática profissional (deixar de realizar visitas, circular pelo território, notificar casos de violência, seguir pacientes agendados e abordar temas em saúde), em uma amostra representativa dos trabalhadores das equipes da ESF do município de São Paulo. Foi realizado um estudo transversal, que utilizou os dados do estudo PANDORA-SP (Panorama of Primary Health Care Workers in São Paulo, Brazil: Depression, Organizational Justice, Violence at Work, and Burnout Assessments), que avaliou 2.940 trabalhadores da ESF. A exposição à violência nos últimos doze meses (vitimização direta, indireta ou ambas) e as alterações na prática profissional foram avaliadas por meio de dois questionários estruturados. Após análise descritiva e bivariada, analisamos a associação entre exposição à violência e alteração na prática profissional por meio de modelos de Regressão de Poisson brutos e ajustados com cálculo da Razão de Prevalência e Intervalos de 95% de confiança. A prevalência de exposição à violência no trabalho foi de 57,8%(n=1.699), sendo que 17,11%(n=503) dos trabalhadores relataram ter sido vítimas direta e indireta de violência nos últimos doze meses. Referiram alteração na prática profissional 34,9% dos trabalhadores entrevistados. Ser exposto à violência no local de trabalho mostrou-se associado à
alteração na prática profissional, sendo que a magnitude da associação aumentou com o acúmulo de exposição. Profissionais expostos à violência direta e indireta deixaram de notificar casos de violência (RPaj= 3,00; IC95%:2,22-4,04), de realizar visita domiciliar (RPaj=2,98;IC95%: 2,40-3,69), de circular pelo território (RPaj=4,23;IC95%: 3,15-5,67), de abordar temas em saúde (RPaj=2,66;IC95%: 1,99-3,55) e de seguir a sequência de pacientes agendados (RPaj=4,73;IC95%: 2,78-8,05) mais frequentemente do que os não expostos. Para “qualquer alteração na prática”, a RP ajustada foi de 2,56 (IC95%: 2,20-2,98) quando expostos a ambos os tipos de vitimização. As elevadas razões de prevalência encontradas em cada um dos desfechos revelam o impacto da exposição à violência no processo de trabalho dos profissionais da APS. As alterações na prática profissional diminuem a qualidade da assistência prestada à comunidade e, por fim, podem ser um obstáculo para a consolidação dos princípios do SUS.
Descritores: Atenção primária em saúde; Violência no trabalho; Pessoal de saúde; Prática profissional; Violência; Estudos transversais.
Defesa de Doutorado – 19/06/2017 – 14h – Anfiteatro da Medicina Preventiva FMUSP – 2º andar (videoconferência)
Aluna: Ana Tereza Costa Galvanese
Orientadora: Ana Flávia Pires Lucas d’Oliveira
Título: Corporeidade nos grupos de práticas integrativas corporais e meditativas na rede pública de atenção primária à saúde da região oeste do município de São Paulo
Docentes participantes
Ana Flávia Pires Lucas d’Oliveira (Medicina Preventiva FMUSP) Priscila Almeida Andrade (OPAS/UNB)
Márcia Thereza Couto Falcão (Medicina Preventiva FMUSP) Charles Dalcante Tesser (Saúde Coletiva UFSC)
Flavia Liberman (Unifesp) RESUMO
As práticas integrativas e complementares fazem parte dos cuidados em saúde adotados pela população; e sua incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) é objeto da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. Suas modalidades mais numerosas nos serviços de saúde e, também, menos incluídas nessa política são as práticas corporais e meditativas. Os objetivos da pesquisa foram descrever essas práticas: por que, de quem, com quem e como é produzido esse cuidado; e identificar
suas contribuições à integralidade do cuidado. O método de pesquisa foi qualitativo e a produção dos dados foi realizada em duas regiões administrativas de uma Coordenadoria Regional de Saúde do município de São Paulo. Participaram da pesquisa 16 serviços, sendo 12 Unidades Básicas de Saúde (UBS), sete das quais vinculadas a Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF); dois Centros de Convivência e Cooperativa (CECCO); um Centro de Saúde Escola (CSE); e um Centro de Testagem e Aconselhamento/ Serviço de Assistência Especializada em Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (CTA/ SAE DST/Aids). A produção dos dados foi realizada de outubro/2013 a setembro/2014, através de entrevistas semiestruturadas com 29 profissionais e 36 usuários praticantes; e de observação participante de 31 práticas corporais e meditativas em grupo, entre Tai Chi, Lian Gong, Qi Gong, Yoga, Capoeira, Danças, Meditação, Relaxamento, Consciência e Percepção Corporal, limitada a uma sessão por prática. A análise foi inspirada no referencial fenomenológico existencial, na abordagem denominada Analítica do Sentido. As práticas foram investigadas em sua dimensão de trabalho em saúde, independentemente das abordagens empregadas. A corporeidade foi identificada como tema subjacente, traço definidor dos recursos dos profissionais e dos modos de cuidado em todas as práticas. Em relação à promoção da saúde, foram identificadas convergências em relação ao conceito positivo e ampliado de saúde, bem como contribuições ao protagonismo dos praticantes e ao seu acesso a bens e recursos culturais do território, através do apoio ao exercício da agência e da produção das práticas não somente nos serviços de saúde, mas também em espaços públicos do entorno. As contribuições à construção da Integralidade foram relativas à união entre promoção e cuidado terapêutico nessas práticas; enquanto os desafios se mostraram ligados à necessidade de informar e aprofundar o diálogo com os demais profissionais de saúde e de produzir conjuntamente o cuidado, de modo a contribuir mais significativamente na elaboração dos projetos terapêuticos singulares. Foram também apontados os diferenciais dessas práticas em relação àquelas desenvolvidas sob a lógica do mercado, quanto às formas de sociabilidade e ao risco de autonomização do cuidado com o corpo. A título de conclusão, é apresentada uma definição que abarca o conjunto das práticas analisadas e a sugestão da organização de uma rede de informações e experiências dessas práticas no SUS.
Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde. Política de Saúde. Saúde Holística. Terapias Complementares. Promoção da Saúde. Integralidade em Saúde. Pesquisa Qualitativa.
ABSTRAC
Galvanese A. T. C. Corporeality in integrative and meditation practice groups in the primary public healthcare system of the West region of the city of Sao Paulo [thesis]. São Paulo: “Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo”; 2017.
The integrative and complementary practices are part of the healthcare practices adopted by the population; its incorporation to the public healthcare system is part of the National Integrative and Complementary Practices Policy. The most numerous modalities in primary healthcare units, and also the less included in this Policy are corporal and meditative practices. The objectives of this research were to describe these practices: why, for whom, to whom and how this healthcare is produced; and also to identify its contributions to the integrality of the healthcare. The qualitative research method was chosen, the data was gathered in two administrative subdivisions of one regional division of the city of Sao Paulo’s public healthcare system. From 32 existing primary healthcare units a total of 16 participated in the survey. The data was gathered from October/ 2013 to September/2014, through semi-structured interviews with 29 health professionals and 36 patients; and through participation and observation of 31 out of the 67 corporal and meditation group practices being applied in the region, such as Tai Chi, Lian Gong, Yoga, Capoeira, Dances, Meditation, Relaxation Techniques, Consciousness and Body Perception, limited by one session per activity. The analysis was based on an existential-phenomenological approach denominated as Analítica do Sentido. The practices were investigated in its healthcare dimension, regardless of the applied approach. The corporeality was identified as an underlying topic, a defining trace of the health professionals’ repertory and of the healthcare aspect of all practices. Regarding health promotion, there were identified convergences in relation to: a positive and amplified health concept; to the contribution of a protagonism of the patients and the contribution to their access to cultural and material assets of the territory, through support to agency exercise and through implementation of health practices not only in health centres but also in surrounding public areas. Contributions to development of Integrality were related to the strong bond between health promotion and healthcare in these practices; while the challenges seem to be related to the necessity to inform and improve the dialogue with the other health professionals and for those professionals to produce the healthcare together, in order to contribute more significantly to the elaboration of singular therapeutic projects. There were also pointed out the aspects that distinguish these practices in relation to those developed under
market interest logic, regarding sociability forms and the risk of autonomization of body healthcare. As a conclusion, it is presented a definition that embraces the set of analysed practices and a suggestion on how to organize an information and experiences network of these practices in the Public Healthcare System.
Descriptors: holistic health; complementary therapies; public health; health policy; health promotion; integrality in health; qualitative research.
Exame de Qualificação – Doutorado – 20/06/2017 – 14h – Museu Histórico – FMUSP – 4º andar – 4306 (Sala de Colóquios)
Aluna: Carolina La Maison
Orientadora: Alicia Matijasevich
Título: Prevalência, continuidade e fatores de risco dos transtornos psiquiátricos na adolescência
Docentes participantes
Paulo Rossi Menezes (Medicina Preventiva FMUSP) Wang Yuan Pang (Instituto de Psiquiatria - IPq)
Paulo Sergio Panse Silveira (Informática Médica, Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina – USP)
RESUMO
Os transtornos psiquiátricos frequentemente têm início na infância e adolescência, podendo persistir até a idade adulta. O objetivo da pesquisa será estudar a prevalência, continuidade e fatores de risco dos transtornos psiquiátricos no início da adolescência (11 anos) na Coorte de Nascimentos do município de Pelotas-RS de 2004. Métodos: Estudo 1: Será estimada a prevalência de transtornos psiquiátricos e avaliada a ocorrência de comorbidades psiquiátricas em adolescentes pertencentes à coorte de Pelotas-RS, 2004. Serão utilizados os dados provenientes do sexto acompanhamento da coorte. Os transtornos psiquiátricos serão avaliados usando o instrumento Development and Well-Being Assessment (DAWBA). Estudo 2: Será avaliada a continuidade dos transtornos psiquiátricos entre os 6 e 11 anos, agrupados em quatro grandes grupos de diagnóstico: transtornos de ansiedade, transtornos depressivos, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDHA), transtorno conduta e oposição. Serão investigados fatores preditores da continuidade dos transtornos psiquiátricos no período do estudo. Estudo 3: Serão avaliados os principais fatores de risco dos transtornos psiquiátricos na adolescência entre os 6 e 11 anos. Pretende-se analisar diversas exposições precoces e
discutir qual a relação dessas variáveis com o desenvolvimento dos transtornos psiquiátricos em adolescentes. Serão utilizados os dados proveniente do sexto acompanhamento da coorte e de acompanhamentos prévios.
Palavras-chave: prevalência; continuidade; fatores de risco; adolescentes; transtornos mentais.
Defesa de Mestrado – 23/06/2017 – 9h – Sala 2372 – 2º andar Aluno: Max Felipe Vianna Gasparini
Orientador: Juarez Pereira Furtado
Título: Longitudinalidade e integralidade no Programa Mais Médicos: avaliação a partir de um estudo de caso
Presidente
Juarez Pereira Furtado Docentes participantes
Maria Ines Baptistella Nemes (Medicina Preventiva FMUSP)
Oswaldo Yoshimi Tanaka (FSP/USP – Departamento Prática em Saúde Pública)
Gustavo Tenório Cunha (Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP , Departamento de Saúde Coletiva)
RESUMO
Investigamos possíveis influências do programa Mais Médicos sobre os atributos de longitudinalidade e integralidade, considerando a estratégia de provimento de médicos nas equipes de Saúde da Família. Foi realizado um estudo de caso em dois municípios paulistas, a partir de abordagem etnográfica, entrevistas e grupos focais. Os resultados indicam efeitos positivos em relação ao atributo de longitudinalidade, com destaque para a boa relação dos médicos com usuários de saúde, acolhimento humanizado, criação de vínculo terapêutico, disponibilidade para realizar visitas domiciliares e apoiar a equipe no acompanhamento dos casos. A despeito dos médicos do programa reconhecerem a importância do princípio da integralidade, é restrita a contribuição dos mesmos ao alcance deste atributo, dado o excesso de atendimentos diários, conflitos de perspectivas com outros trabalhadores e limites da estrutura e modo de funcionamento da rede de saúde. Conclui-se que o provimento de médicos nas unidades de saúde contribui para o alcance da longitudinalidade, mas não garante atenção com integralidade, sendo necessário investir na formação contínua das equipes e na reorganização do trabalho.
Descritores: avaliação de programas; programa Mais Médicos; integralidade em saúde; continuidade da assistência ao paciente; atenção primária a saúde; estudos de casos. ABSTRAC
Gasparini MFV. Longitudinality and integrality in the “Mais Médicos” program: evaluation based on a case study [Dissertation]. São Paulo: "Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo"; 2017.
We investigated possible influences of the “Mais Médicos” program on the attributes of longitudinality and integrality, considering the strategy of providing doctors in Family Health teams. A case study was carried out in two São Paulo municipalities, based on an ethnographic approach, interviews and focus groups. The results indicate positive effects related to the longitudinality attribute, with emphasis on the good relationship of doctors with users, humanized care, creation of a therapeutic’s bond, availability to perform home visits and support the team following-up cases. Although the program's doctors recognize the importance of the integrality principle, they have a limited contribution to the achievement of this attribute, given the excess of daily attendance, conflicts of perspectives with other workers and limits of the structure and organization of the health network’s functioning. The conclusion is that the provision of physicians in the Family Health’s team contributes to the achievement of longitudinality, but does not ensure attention with integrality, and it is necessary to invest in the continuous training of the teams and the reorganization of work.
Descriptors: program evaluation; “Mais Médicos” program, integrality, continuity of patient care, primary health care, case studies.
Seminários de Projetos em Saúde Coletiva – 23/06/2017 das 11h às 12h Aluno: Remom Matheus Bortolozzi
Orientadora: Vera Silvia Facciolla Paiva
Debatedor: José Ricardo de Carvalho Mesquita Ayres
Título: A memoria comunitária LGBT brasileira e o enfrentamento da epidemia HIV/AIDS
Reunião de Orientadores 23/06/2017 às 14h30
Aluna: Giovanna Calixto Andrade Orientadora: Renata Bertazzi Levy
Título: Consumo de alimentos ultraprocessados fora de domicílio no Brasil Docentes Participantes
Renata Bertazzi Levy (Medicina Preventiva FMUSP) Rafael Moreira Claro (Escola de Enfermagem UFMG)
Maria Fernanda Tourinho Peres (Medicina Preventiva FMUSP) RESUMO
Introdução: Comer fora de casa tem sido relacionado com o aumento no consumo de alimentos caracterizados pelo alto grau de processamento, tal como refrigerantes, doces e fast-food. Embora indiquem uma associação entre alimentação fora do domicilio e o consumo de alimentos ultraprocessados, estudos realizados até o momento não consideram o grau e extensão de processamento industrial dos alimentos na avaliação da dieta fora de casa. Objetivo: Avaliar o consumo de alimentos fora de casa e verificar sua associação com características socioeconômicas e indicadores nutricionais. Métodos: Trata-se de um estudo transversal utilizando o Módulo de Consumo Pessoal da Pesquisa de Orçamentos Familiares realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística entre maio de 2008 e maio de 2009. Os alimentos foram agrupados de acordo com a extensão e propósito do processamento industrial. O hábito de comer fora de casa foi avaliado por meio de dois indicadores: o percentual de calorias consumidas fora e a frequência de dias em que cada indivíduo relatou realizar refeições fora de domicílio, ambos descritos segundo características sóciodemográficas. Foi estimado o percentual de participação dos grupos e subgrupos alimentares no total de calorias e segundo local de consumo. Adicionalmente, o percentual de participação de alimentos ultraprocessados dentro e fora de casa foi descrito segundo características sociodemográficas. Modelo multinível foi aplicado para avaliar a associação entre comer fora de casa e a participação de alimentos ultraprocessados na dieta. Análise fatorial foi conduzida para identificar padrões de alimentação fora de casa e modelos de regressão linear foram utilizados para explorar associação entre os padrões encontrados e indicadores nutricionais. Resultados: Observa-se uma maior contribuição de alimentos ultraprocessados fora de casa, destacando a participação de itens alimentares como refrigerantes e refeições prontas. Quando comparado com o consumo exclusivamente dentro do domicílio, realizar refeições fora de casa aumenta em 51% o consumo de alimentos ultraprocessados. A análise de componentes principais, no
entanto, monstra que existem padrões de alimentação fora de casa que podem ter ou não um impacto negativo na dieta. Foram encontrados três padrões de alimentação na população que explicam conjuntamente 13,6% da variância. O primeiro padrão, denominado refeição tradicional, inclui em sua composição arroz, feijão, legumes e verduras, raízes e tubérculos, macarrão e outras massas, carne bovina, aves e ovos. O segundo padrão, nomeado lanche, é composto por manteiga, leite, café e chás, pão francês, queijos processados e margarina. O terceiro padrão, denominado alimentos de conveniência por ser composto exclusivamente por alimentos ultraprocessados, inclui doces, refeições prontas (tais como fast food, salgados, pizza, entre outras) e refrigerantes. De maneira geral, observou-se uma associação direta entre o padrão de refeições tradicionais e nutrientes saudáveis na dieta, enquanto o padrão lanches e alimentos de conveniência foram associados diretamente com nutrientes não saudáveis. Conclusão: Os resultados apresentados indicam que no Brasil, comer fora de casa está associado ao aumento na participação de alimentos ultraprocessados na dieta. Existem, porém, padrões de alimentação fora de casa. Quando baseada em lanches e alimentos de conveniência, comer fora de casa acarreta em um impacto negativo na dieta. É, no entanto, possível manter uma alimentação saudável fora de casa quando se adere a padrões tradicionais da culinária brasileira.
Descritores: Alimentação fora de casa; Alimentos ultraprocessados; Análise multinível; Padrões alimentares; Análise fatorial, Pesquisa de orçamento familiar.
Exame de Qualificação – Doutorado – 29/06/2017 – 08h30 – Anfiteatro da Medicina Preventiva FMUSP
Aluna: Regina Célia Vilanova Campelo Orientador: Heráclito Barbosa de Carvalho
Título: Aptidão Física relacionada com a saúde em crianças e adolescentes: validação de métodos para estudos epidemiológicos multicêntricos
Docentes participantes
Moacyr Roberto Cuce Nobre (Medicina Preventiva FMUSP)
Edison de Jesus Manoel (Universidade de São Paulo, Escola de Educação Física e Esporte da USP, Departamento de Pedagogia do Movimento do Corpo Humano)
Francisco Leonardo Tôrres Leal (Universidade Federal do Piauí - Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Biofísica e Fisiologia)
Exame de Qualificação – Mestrado – 29/06/2017 – 09h30 – Sala 2370 FMUSP Aluna: Alice Barone de Andrade
Orientadora: Maria Fernanda Tourinho Peres
Título: Exposição à violência e percepção do estado de saúde: análise de dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 2013
Docentes participantes
Ana Flávia Pires Lucas D’Oliveira (Medicina Preventiva FMUSP) Claúdia Renata dos Santos Barros (Universidade Católica de Santos)
Maria Amélia de Sousa Mascena Veras (Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo)
Defesa de Mestrado – 29/06/2017 – 14h – CETEC FMUSP – 2º andar – sala 2307 Aluna: Camila Zancheta Ricardo
Orientadora: Renata Bertazzi Levy
Título: Padrões de comportamentos de risco e proteção relacionados a doenças crônicas não transmissíveis entre adolescentes brasileiros
Docentes Participantes
Renata Bertazzi Levy (Medicina Preventiva FMUSP) Alicia Matijasevich Manitto (Medicina Preventiva FMUSP) Inês Rugani Ribeiro de Castro (UERJ/ Instituto de Nutrição) RESUMO
Introdução: Um pequeno grupo de fatores de risco modificáveis é responsável por grande parte da mortalidade e morbidade devidas a doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Esses comportamentos de risco, frequentemente, se originam na adolescência e se mantêm na vida adulta, com consequências a curto, médio e longo prazo. Atualmente, além de determinar a prevalência de cada um dos fatores de risco, destaca-se a importância de avaliar como eles destaca-se agrupam na população, pois alguns desdestaca-ses comportamentos podem interagir entre si, produzindo um risco ainda maior do que a soma de riscos individuais. Objetivos: Identificar padrões de comportamentos de risco e proteção relacionados a doenças crônicas entre adolescentes brasileiros e verificar sua associação com características socioeconômicas e demográficas; avaliar a coocorrência de múltiplos fatores de risco entre os adolescentes, identificar agrupamentos e verificar a associação do acúmulo de riscos com características da população. Método: A fonte de dados utilizada foi a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2012, que coletou
informações sobre saúde de adolescentes por meio de questionário autoaplicável em amostra representativa de alunos matriculados no 9º ano do ensino fundamental de escolas públicas e privadas brasileiras. Foram utilizadas informações sobre alimentação, atividade física, tabagismo, consumo de álcool e características socioeconômicas e demográficas. A análise fatorial foi usada para identificar padrões de comportamento a partir de uma lista de fatores de risco e proteção para DCNT.
A associação entre os padrões encontrados e as características dos estudantes foi avaliada com modelos de regressão linear. A coocorrência de múltiplos fatores de risco foi avaliada com um escore correspondente à soma de cinco comportamentos: 1) Consumo infrequente de frutas e hortaliças, 2) Consumo frequente de alimentos ultraprocessados; 3) Atividade física insuficiente; 4) Fumo; e 5) Consumo abusivo de álcool. Os agrupamentos foram identificados utilizando a razão entre a prevalência observada e a prevalência esperada (O/E) para cada uma das 32 combinações de fatores de risco possíveis. As razões de prevalência O/E maiores que um foram indicativas de um agrupamento (ou cluster). A associação entre o acúmulo de quatro ou cinco dos fatores de risco e as variáveis socioeconômicas e demográficas foi avaliada com a utilização de modelo de regressão logística. Resultados: Foram encontrados quatro padrões de comportamentos: “alimentação não saudável”, “alimentação saudável”, “atividade física” e “álcool e cigarro”. De forma geral, os grupos que apresentaram pior perfil de adesão aos padrões comportamentais encontrados foram: meninas, adolescentes mais velhos, e aqueles que não viviam com a mãe e o pai. Em relação à ocorrência simultânea dos fatores de risco definidos, apenas 2,5% dos adolescentes não apresentou nenhum dos comportamentos, enquanto 38,1% acumulou dois, 34,2%, três, 8,9%, quatro e 1,5%, os cinco fatores de risco estudados. As combinações de comportamentos mais comuns nos adolescentes foram aquelas em que estavam presentes os fatores de risco relacionados a alimentação e atividade física, ainda que as razões O/E fossem próximas a um. As maiores razões O/E foram encontradas para as combinações em que estavam presentes o cigarro e o álcool, indicando a forte correlação entre o uso das duas substâncias, ainda que a prevalência seja baixa nessa faixa etária. As características associadas ao acúmulo de quatro ou cinco fatores de risco foram: sexo feminino, ter mais de 16 anos, não viver com a mãe e o pai, menor escolaridade da mãe, ser aluno de escola pública, viver em municípios que sejam capitais de estado e nas regiões mais desenvolvidas do país. Conclusão: Os comportamentos de risco relacionados a alimentação e atividade física são os mais
frequentes e se distribuem de forma independente nessa faixa etária. Por outro lado, o uso de cigarro e álcool é bastante correlacionado, apesar da baixa prevalência. A presença de múltiplos fatores de risco é comum nessa população e a identificação de grupos mais vulneráveis pode auxiliar no direcionamento de estratégias de promoção à saúde e prevenção de agravos relacionadas ao controle de DCNT ainda durante a adolescência.
Descritores: padrões de comportamento; coocorrência; fatores de risco; adolescente; doenças crônicas não transmissíveis; vigilância epidemiológica.
Defesa de Mestrado – 29/06/2017 – 14h – Instituto Oscar Freire – Anfiteatro Aluno: Gustavo Fogolin Rosal
Orientador: Moacyr Roberto Cuce Nobre
Título: Qualidade de vida e capacidade funcional de pacientes com artrite reumatoide tratados com biológicos: overview de revisões sistemáticas
Docentes Participantes
Moacyr Roberto Cuce Nobre (Medicina Preventiva FMUSP)
Eduardo de Souza Meirelles (Departamento de Ortopedia e Traumatologia FMUSP) Jussara de Almeida Lima Kochen (HC FMUSP)
RESUMO
INTRODUÇÃO: Diversos ensaios clínicos randomizados (ECR) foram realizados nos últimos anos sobre a eficácia dos agentes biológicos no tratamento da artrite reumatóide (AR). Porém, as revisões sistemáticas sobre o tema ainda geram dúvidas sobre a real eficácia relacionada à capacidade funcional e qualidade de vida. MÉTODOS: O presente estudo sintetizou as evidências geradas pelas revisões sistemáticas que compararam o tratamento realizado com a utilização dos agentes biológicos e o tratamento convencional com a utilização das drogas anti-reumáticas modificadoras da doença de síntese química (DARMDq), considerando a capacidade funcional e qualidade de vida dos pacientes com AR, além de avaliar a qualidade metodológica das revisões sistemáticas recuperadas. Utilizamos as bases de dados PubMed (Medline), EMBASE e Cochrane para realizar o levantamento de revisões sistemáticas com ou sem meta-análises de ECR. Dois pesquisadores de maneira independente realizaram a seleção das revisões sistemáticas, avaliaram a qualidade metodológica utilizando a ferramenta AMSTAR e classificaram a qualidade das evidências pelo GRADE. RESULTADOS: Esta overview incluiu 10 revisões sistemáticas e meta-análises de
ECR que avaliaram a capacidade funcional mensurada pelo HAQ e a qualidade de vida mensurada pelo SF-36 (PCF e PCM) em pacientes com AR que utilizaram a terapia com os agentes biológicos comparada a terapia convencional com a utilização das DARMDq. A maioria da revisões sistemáticas apresentaram alta qualidade metodológica avaliada pela ferramenta AMSTAR e a qualidade da evidência variou entre baixa a alta qualidade pelo GRADE. A melhora da capacidade funcional e qualidade de vida observada no período inicial do tratamento (24 semanas) com a terapia biológica, foi de pequena relevância clínica. Esta diferença entre os tratamentos não foi observada no longo prazo (52 semanas), principalmente com os agentes biológicos na forma de monoterapia. CONCLUSÃO: Evidências que variam entre baixa a alta qualidade mostraram que os agentes biológicos apresentaram melhora de baixa relevância clínica na capacidade funcional e qualidade de vida no período inicial do tratamento em comparação à terapia convencional com as DARMDq. Entretanto, não há diferenças entre a utilização da terapia biológica e da terapia convencional a longo prazo.
Descritores: artrite reumatóide; terapia biológica; biológicos; antirreumáticos; capacidade funcional; qualidade de vida; inquéritos e questionários; HAQ; SF-36; overview
Agenda Julho/2017
Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
3 4 5 6 7 11h Seminários de Projetos 10 11 12 13 14 17 18 19 20 21 8h Defesa ME Marcela 24 25 26 27 28 31 Reunião da CCP 07/07/2017 às 8h30
Seminários de Projetos em Saúde Coletiva – 07/07/2017 das 11h às 12h Aluno: Gustavo Querodia Tarelow
Orientador: André Mota
Debatedora: Profa. Dra. Lilia Blima Schraiber
Título: Antonio Carlos Pacheco e Silva: Psiquiatria e política em uma trajetória singular (1898 – 1988)
Defesa de Mestrado – 19/07/2017 – 8h – Anfiteatro da Medicina Preventiva FMUSP – 2º andar
Aluna: Marcela Julio Cesar Gouvea Orientador: Lucio Garcia de Oliveira
Título: Descrição do perfil sociodemográfico, ocupacional e funcionamento de atenção de motoristas de caminhão que usam cocaína: um estudo transversal em rodovias na cidade de São Paulo
Docentes Participantes
Solange Aparecida Nappo (Medicina Preventiva Unifesp)
Cintia de Azevedo Marques Périco (Psiquiatria Faculdade de Medicina do ABC)
Agenda Agosto/2017
Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
1 2 3 4 8h30 Reunião CCP 11h Seminários de Projetos 7 8 9 10 11 14 15 16 17 18 Entrevista de Seleção ME/DO 11h Seminários de Projetos 21 22 23 24 25 28 29 30 31 Reunião da CCP 04/08/2017 às 8h30
Seminários de Projetos em Saúde Coletiva – 04/08/2017 das 11h às 12h Aluno: Fabio Luiz Oliveira
Orientador: Nelson da Cruz Gouveia
Debatedor: Prof. Dr. Fernando Mussa Abujamra Aith
Título: Exposição ao cromo e manganês nas águas do Aquífero Bauru e efeitos na saúde da população
Entrevista de Seleção para Mestrado e Doutorado 15/08/2017
Seminários de Projetos em Saúde Coletiva – 18/08/2017 das 11h às 12h Aluna: Livia de Aguiar Valentim
Orientadora: Olinda do Carmo Luiz
Debatedor: Prof. Dr. Nelson da Cruz Gouveia
Título: Situação de saúde das populações tradicionais da Amazônia Paraense
Reunião da CCP 01/09/2017 às 8h30
Seminários de Projetos em Saúde Coletiva – 01/09/2017 das 11h às 12h Aluna: Karen Gonzaga Walter Rodrigues
Orientador: José Ricardo de Carvalho Mesquita Ayres Debatedor: Prof. Dr. Ricardo Rodrigues Teixeira
Título: Os núcleos de apoio à saúde da família na cidade de São Paulo e a construção da integralidade do cuidado
Seminários de Projetos em Saúde Coletiva – 22/09/2017 das 11h às 12h Aluno: Gustavo Gil Alarcão
Orientador: André Mota
Debatedor: Prof. Dr. Juarez Pereira Furtado
Título: Na Contracorrente – Resistências, Adaptações e Apropriações: A formação do Serviço de Psicoterapia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 1963-1965
Reunião da CCP 29/09/2017 às 8h30
Seminários de Projetos em Saúde Coletiva – 29/09/2017 das 11h às 12h Aluna: Ana Thereza Estrêla
Orientadora: Rosana Machin Barbosa
Debatedora: Profa. Dra. Ana Flávia Pires Lucas D’Oliveira Título: Corpo e envelhecimento: reflexão sobre idosos caidores
Seminários de Projetos em Saúde Coletiva – 20/10/2017 das 11h às 12h Docentes: Profa. Dra. Lilia Blima Schraiber e Prof. Dr. André Mota Título: História da Saúde Coletiva
Reunião da CCP 27/10/2017 às 8h30
Seminários de Projetos em Saúde Coletiva – 27/10/2017 das 11h às 12h Aluna: Cátia Cristina Martins de Oliveira
Orientadora: Profa. Dra. Hillegonda Maria Dutilh Novaes Debatedora: Prof. Dr. André Mota
Título: Avaliação de Desempenho do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência: uso de condição traçadora em estudo misto
Seminários de Projetos em Saúde Coletiva – 17/11/2017 das 11h às 12h Aluna de Pós-Doc: Macarena Urrestarazu Devincenzi
Orientadora: Profa. Dra. Lilia Blima Schraiber
Título: Óbito neonatal e experiência da mulher na reprodução e vida familiar
Seminários de Projetos em Saúde Coletiva – 24/11/2017 das 11h às 12h Aluna de Pós-Doc: Ana Lucia Lana Nemi
Orientadora: Profa. Dra. Lilia Blima Schraiber
Título: Filantropia em terras Brasílicas: narrativas médicas entre a cidadania e o favor, o público e o privado (1990-2010)
Reunião da CCP 08/12/2017 às 8h30