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7 ANÁLISE DA GESTÃO DE CAIXA

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Necessidades de Recursos Mês

Ativos

Totais Permanentes Sazonais Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Média

7 ANÁLISE DA GESTÃO DE CAIXA 7.1 INDICADORES DE ATIVIDADE

Os Principais indicadores de atividade são: o giro de estoques, o giro de clientes (ou contas a receber) e o giro de fornecedores (ou de contas a pagar).

O giro de estoque nos fornece o quanto gira ou liquida todo o estoque. Esse número nos dá a dimensão de quanto eficientemente nós estamos administrando o estoque.

GE = Custo das vendas Valor médio de estoques

O giro de contas a receber possui um cálculo bastante semelhante ao do Giro de estoque, medindo a rapidez com que podemos cobrar as vendas efetuadas.

GCR = Venda anual

Valor médio anual de contas a receber

O giro de contas a pagar, igualmente, possui um cálculo bastante semelhante ao do giro de estoque, medindo a rapidez com que a empresa efetua compras.

GCP = Compra anual

Valor médio anual de contas a pagar

7.2 CICLOS OPERACIONAL E FINANCEIRO DAS EMPRESAS

Podemos definir ciclo operacional como sendo o período de tempo, geralmente em dias, que vai da data em que a empresa adquire

(2)

CAIXA ESTOQUE

DUPLICATAS Á RECEBER

matérias primas até a data em que recebe o dinheiro pela venda do produto acabado resultante.

“...é o modo pelo qual um produto passa pelas contas de ativo circulante começa sua vida como estoque, é convertido em contas a receber ao ser vendido e é finalmente transformado em caixa quando recebemos o valor da venda. Note que, a cada etapa o ativo se desloca para mais perto da forma de caixa.”

O ciclo operacional pode ser compreendido através do seguinte diagrama abaixo:

Pode ser calculado através da fórmula:

CO = PMRE + PMRV

Onde:

CO = Ciclo operacional

PMRE = Período (ou prazo) médio de rotação de estoques PMRV = Período (ou prazo) médio de recebimento das vendas

Já o ciclo financeiro, também denominado ciclo de caixa é o “...período de tempo em que os recursos da empresa se encontram comprometidos entre o pagamento dos insumos e o recebimento pela venda do produto acabado resultante.”10

10

GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 7ª Ed. Editora Harbra, 1997.

É importante destacar que cada atividade tem suas características próprias. O ciclo de operação e o ciclo financeiro de uma empresa agrícola que produz milho, seguramente, são diferentes dos ciclos de outra empresa também agrícola que produza café. O ciclo operacional e o ciclo de caixa de um estaleiro são diferentes dos ciclos de uma fábrica de caneta.

As atividades normais de uma empresa comercial, por exemplo, compreendem diversas fases, a saber:

a) compra (a vista ou a prazo); b) estocagem (curta ou demorada); e, c) venda (a vista ou a prazo.

Como ilustração, suponhamos um supermercado que trabalhe com as seguintes condições:

Período médio de rotação dos estoques = 35 dias.

Período médio de recebimento das vendas = a vista = 0 dia. Período médio de pagamento das compras = 70 dias.

Graficamente:

Compra Vende e recebe PMRE = 35 dias

Compra Paga PMPC = 70 dias

Recebe Paga Ciclo Financeiro = – 35 dias Compra Recebe

Ciclo Operacional = 35 dias

(3)

que a mercadoria permanece na empresa, após ser adquirida.

O período médio de pagamento das compras compreende o período que a empresa tem para pagar suas compras após ter recebido a mercadoria.

O período médio de recebimento das vendas compreende o período que o cliente tem para pagar à empresa que efetuou a venda, após o recebimento das mercadorias. Nesse exemplo do supermercado, as vendas são a vista.

O ciclo financeiro (CF), ou ciclo de caixa (CC) é o período que a empresa leva para que o dinheiro volte ao caixa, isto é, compreende o prazo médio de rotação do estoque, mais o prazo médio de recebimento das vendas, menos o prazo médio de pagamento das compras. No exemplo, temos:

CF = PMRE + PMRV – PMPC CF = 35 + 0 – 70

CF = – 35 dias

Para este supermercado, observamos que sua atividade permite trabalhar, durante 35 dias, com o dinheiro do fornecedor, isto é, o supermercado recebe 35 dias antes de pagar. Portanto, o supermercado não precisará de recursos próprios para financiar sua atividade.

Já o ciclo operacional vai da data em que a empresa adquire matérias primas até a data em que recebe o dinheiro pela venda do produto acabado resultante. Portanto,

CO = PMRE + PMRV CO = 35 + 0 CO = 35 dias.

Enquanto na empresa comercial a ênfase de sua atividade está

na intermediação, ou seja, compra e venda de mercadorias, numa empresa industrial ocorre à transformação da matéria-prima em produtos destinados ao uso ou ao consumo, ou mesmo destinados à produção de outros bens. Em resumo, o processo numa indústria tem a seguinte seqüência:

Compra de matéria-prima ↓

Estocagem de matéria-prima ↓

Transformação da matéria-prima, agregando: * Mão-de-obra direta

* Componentes

* Custos indiretos de fabricação ↓

Estocagem do produto acabado ↓

Venda do produto acabado

Nesse esquema relativo a uma empresa industrial, o ciclo da operação começa na aquisição da matéria-prima e termina na venda do produto acabado. O tempo envolvido dependerá do tipo de atividade da empresa e do grau de modernização de seus processos e de sua administração. Além das etapas esquematicamente representadas, há as ocorrências de pagamento das compras e de recebimento das vendas.

(4)

seguintes condições:

Prazo médio de rotação dos estoques = 180 dias Prazo médio de recebimento das vendas = 120 dias Prazo médio de pagamento das compras = 90 dias

Compra Vende PMRE = 180 dias Compra Paga PMPC = 90 dias Vende Recebe PMRV = 120 dias

Ciclo financeiro = 210 dias

Ciclo operacional = 300 dias

T1 T2 T3 T4

Observamos que, após a entrada das matérias-primas e componentes, a empresa os transforma em produtos acabados e posteriormente os vende. O prazo médio de rotação dos estoques é de 180 dias. Depois de efetuada a venda, os clientes levam aproximadamente 120 dias para pagar. Assim sendo, o ciclo operacional é de 300 dias:

CO = PMRE + PMRV CO = 180 + 120

CO = 300 dias

É importante destacar que o ciclo de caixa é positivo. Dessa forma, a empresa financia o período compreendido entre o momento

em que paga ao fornecedor (T2) e aquele em que recebe do cliente (T4), que no caso equivale a 210 dias.

CF = PMRE + PMRV – PMPC CF = 180 + 120 – 90

CF = 210 dias

Tanto nas empresas comerciais quanto nas industriais, as atividades básicas podem ser sintetizadas em quatro grandes eventos, ou seja:

Quando ocorre a compra Comerciais

Quando ocorre a venda EVENTOS

Quando ocorre o pagamento Financeiros

Quando ocorre o recebimento

Para o cálculo de cada um dos prazos, temos:

PMRE = Estoque médio anual x 360 Custo das vendas

PMRV = A receber médio anual Venda média por dia

PMPC = Valor médio a pagar x 360 Valor das compras

O ciclo de caixa também pode ser analisado pelo quociente de posicionamento relativo (QPR), conforme fórmula a seguir:

QPR = PMRE + PMRV PMPC

(5)

O quociente de posicionamento relativo visa conhecer a relação existente entre os prazos de recebimento e de pagamentos.

Um quociente elevado indica que a empresa tem dificuldades em liquidar suas dívidas.

A medida que diminui o período médio de recebimento de vendas em relação ao prazo médio de pagamento de compras, estará sendo criadas condições mais favoráveis para obter melhor índices de liquidez. Como o excesso de recebíveis diminui o "Giro do Ativo" é preciso aumentar a margem de lucro sobre as vendas para compensar o efeito negativo do giro baixo. Isto nem sempre é possível. Da mesma forma dificilmente é possível modificar de modo significativo o prazo médio de pagamentos de compras, restando agir sobre o período médio de rotação do estoque.

O ideal é manter um quociente menor ou igual a um.

7.3 GIRO DE CAIXA

Definido a partir do conceito do ciclo de caixa, o giro de caixa representa o número de vezes em que o caixa girou no período de análise.

O giro de caixa é representado pela seguinte relação:

GC = 360 Ciclo de caixa

Quanto maior for o giro de caixa, menor será a necessidade de caixa para suportar as operações. Da mesma forma que o giro do estoque, o giro do caixa deve ser maximizado, sem no entanto, incorrer no risco da falta de recursos.

7.4 CAIXA MÍNIMO OPERACIONAL

Conforme Assaf Neto e Silva (1995), tomando-se o desembolso total de caixa em um ano e o giro de caixa é possível calcular o caixa mínimo operacional, como “a razão entre o desembolso de caixa anual previsto e o giro de caixa”.

CMO = DTA GC

Onde: CMO = Caixa Mínimo Operacional DTA = Desembolso Total Anual

O caixa mínimo operacional indica o montante de dinheiro a ser mantido em caixa.

Gitman (2004), critica o CMO, alegando que o modelo considera que as operações de compra, produção e vendas (e os respectivos desembolsos e ingressos) se comportam de maneira uniforme durante o período de análise e por tanto o volume encontrado para o caixa corresponde a um mínimo necessário sem nenhuma reserva para atender as incertezas e os desequilíbrios existentes no período.

7.5 EXERCÍCIOS DE REVISÃO A) (PROVÃO 97)

Considere os dados abaixo, referentes ao balanço patrimonial resumido de uma empresa no final de um determinado ano.

Ativo permanente líquido R$ 350,00

Caixa R$ 100,00

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ATIVO PASSIVO ATIVO

ATIVO

PASSIVO

PASSIVO ATIVO PASSIVO

ATIVO PASSIVO Circulante 67% Permanente 67% Permanente 33% Circulante 33% Circulante 65% Permanente 67% Permanente 65% PL 65% Circulante 46% PL 54% Circulante 49% PL 51% Circulante 35% Circulante 35% Circulante 33% Circulante 55% PL 45% Circulante 45% PL 55% Permanente 25% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 90% ESTRUTURA I ESTRUTURA V ESTRUTURA IV ESTRUTURA II ESTRUTURA III Contas a receber R$ 300,00 Estoques R$ 250,00

Exigível a longo prazo R$ 300,00 Salários a pagar R$ 50,00

O valor do Patrimônio Líquido dessa empresa, em reais, é:

(a) 200,00 (b) 350,00 (c) 500,00 (d) 1.000,00 (e) 2.050,00 B) (PROVÃO 98)

Interprete o Balanço Patrimonial da Companhia ALPHA e os gráficos de estrutura patrimonial apresentados abaixo e responda às questões 1, 2 e 3. BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Circulante Disponibilidades Duplicatas a Receber (-) Provisão Devedores Duv. Estoques Permanente Imobilizado (-) Depreciação Acumulada Total do Ativo 1.500 20.000 (300) 8.800 20.000 (5.000) 45.000 Circulante Fornecedores Salários e Encargos Dividendo a Pagar Empréstimo Bancário Provisão para Imp. de Renda Patrimônio Líquido Capital Social Reserva Legal Reservas de Lucros Lucros (P) Acumulados Total do Passivo 9.380 2.400 1.000 5.000 2.820 11.000 600 5.800 7.000 45.000

(7)

1) A estrutura patrimonial da Companhia ALPHA corresponde ao gráfico da Estrutura:

(a) I (b) II (c) III (d) IV (e) V

2) Das empresas representadas graficamente, a que se encontra mais próxima da insolvência técnica é a da Estrutura:

(a) I (b) II (c) III (d) IV (e) V

3) Considerando que todas as empresas representadas graficamente tiveram a mesma receita bruta de venda, a que apresentou o maior giro do ativo permanente foi a da Estrutura:

(a) I (b) II (c) III (d) IV (e) V

C) Uma determinada empresa está planejando os seus períodos médios, tanto de estoque, pagamento e recebimento. De acordo com os dados, responda:

a) PME = 50 dias , PMP = 35 dias e CF = 55 dias. Qual é o Ciclo Operacional?

b) PME = 50 dias, PMR= 40 dias e CF= 59 dias. Qual é o CO?

c) PME = 50 dias, PMR = 40 dias, PMP = 35 dias. Qual é o CF?

d) PME = 50 dias, PMR = 40 dias e CF = 55 dias. Qual é o PMP?

D) Suponha um período de estoque de 200 dias, período médio de pagamento de 100 dias e de recebimento de 45 dias. Qual será o Ciclo Financeiro?

E) Banana Passada Ltda, uma empresa nacional de frutas, mantém um estoque em média de 65 dias, paga a seus fornecedores, em média, em 30 dias e recebe de seus clientes em 24 dias. Seu plano é de receber de seus clientes em até 18 dias. Se a empresa conseguir

mudar sua política de recebimento, de quantos dias serão seus ciclos financeiro e operacional?

F) Casa Móveis Sucesso indústria e comércio Ltda

Em janeiro de 2000, Magda Soares assumiu o cargo de tesoureira da Casa de Móveis Sucesso. Sua decisão imediata foi buscar uma visão sistemática das operações financeiras de cada área da empresa, começando pela análise das atividades financeiras a curto prazo.

A Casa de Móveis Sucesso especializou-se numa linha de móveis chamada “Linha Moderna para Escritórios”. De alta qualidade, esses móveis atraem clientes que desejam peças exclusivas para seus escritórios. A maioria dos móveis dessa linha é feita sob encomenda, uma vez que os clientes podem escolher dentro da ampla variedade de acabamentos e cores. Seus principais insumos são materiais plásticos e metais.

Tendo-se decidido a analisar as práticas correntes de administração de caixa e seus efeitos, Magda precisava levantar os atuais ciclos operacional e financeiro da empresa. Suas investigações levaram-na a saber que as compras de matérias-primas e outros suprimentos se fazem em pequenos volumes, sob contas em aberto junto aos fornecedores, o que impede a obtenção de descontos financeiros. A maioria dos fornecedores não oferece descontos e geralmente suas condições de crédito são para pagamento em trinta dias. Adicionalmente, uma análise sobre as duplicatas a pagar revelou ser esse o período médio de pagamento da empresa. Magda consultou dados da indústria moveleira, descobrindo que a média geral situava-se em trinta e nove dias.

Em seguida, Magda dedicou-se à análise do ciclo de produção e das políticas de estoque. A Casa de Móveis Sucesso não retém estoques além do necessário, seja em matérias-primas ou em produtos acabados, e o período médio de estoques é de cento e dez dias.

(8)

Quanto esse aspecto, pode-se constatar pela revista da associação de produtores que o padrão da indústria era de oitenta e três dias.

Em acordo com o restante das indústrias de móveis especiais, a empresa oferece período de crédito de sessenta dias. Investigações junto à associação comercial revelaram ser exatamente esse o período médio de cobrança, quando se ofereciam sessenta dias de prazo aos clientes.

A empresa gastava aproximadamente $ 26.500.000 por ano em investimentos no ciclo operacional, valor este que Magda considerou como nível mínimo de dispêndio em 2000. Sua preocupação era saber se a administração de caixa da empresa era tão eficiente quanto poderia ser. Por outro lado, a empresa pagava 15% ao ano sobre financiamentos junto a terceiros e, por essa razão, preocupava-se com os custos decorrentes de possíveis ineficiências na administração do ciclo de caixa da empresa.

Com base nas informações anteriores, responda o que abaixo segue:

1) Admitindo-se a data em que a empresa adquire matérias-primas até a data em que recebe o dinheiro pela venda do produto acabado resultante, o ciclo operacional é de:

(a) 170 dias (b) 75 dias (c) 185 dias (d) 30 dias (e) 155 dias

2) Da mesma forma, admitindo-se que as compras, a produção e as vendas se dão num,a base contínua ao longo do ano, de quanto é o ciclo financeiro da empresa ?

(a) 140 dias (b) 155 dias (c) 185 dias (d) 75 dias (e) 30 dias

G) De acordo com o ciclo financeiro , de quanto é a necessidade de financiamento atual da empresa ? (Nota: considere um ano de 360 dias).

(a) $ 26.500.000,00 (b) $ 11.409.722,00 (c) $ 8.759.722,00 (d) $ 10.305.555,06 (e) $ 2.650.000,00

H) Mini Caso – A BARCOPOLO S/A

Você, como gerente financeiro da empresa BARCOPOLO S/A, ficou encarregado de apresentar respostas para uma série de questões formuladas pelos acionistas minoritários. Para tanto, utilize as fórmulas na lousa, se necessárias, bem como o balanço patrimonial e a demonstração de resultado com os exercícios findos de 2004 e 2005. Outrossim, considere o ano comercial (360 dias)

BALANÇO PATRIMONIAL

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (valores em milhares de reais)

ATIVO 2005 2004 PASSIVO 2005 2004

Circulante

Circulante Fornecedores 130.000 60.000

Disponibilidades 30.000 60.000 Emprés. e financ. 210.000 310.000 Duplicatas a

receber

300.000 208.000 Salários a pagar 45.000 35.000 Estoques 220.000 289.000 Imp. e contrib. a

rec.

8.000 15.000

550.000 557.000 393.000 420.000

Realizável a LP ELP

Depósitos judiciais 20.000 30.000 Financiamentos 70.000 103.000 Valores a receber 28.000 16.000 Outras contas 20.000 22.000

48.000 46.000 90.000 125.000

Permanente Patrimônio líquido

Investimentos 49.000 110.000 Capital social 340.000 266.000 Imobilizado 360.900 240.000 Reservas de capital 900 1000 Diferido 16.000 19.000 Reservas de lucros 200.000 160.000

425.900 369.000 540.900 427.000

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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (valores em milhares de reais)

2005 2004

Receita operacional bruta 1.848.931 1.468.121

Deduções de vendas

Impostos e devoluções (243.486) (179.598)

Receita líquida de vendas 1.605.445 1.288.523

Custo dos produtos vendidos e serviços prestados (1.332.010) (1.038.703)

Lucro bruto 273.435 249.820

(Despesas) outras receitas operacionais

Com vendas (94.151) (99.093)

Remuneração dos administradores (6.434) (6.706)

Despesas de administração (61.062) (59.632)

Despesas financeiras (112.634) (87.965)

Receitas financeiras 110.419 114.596

Resultado da equivalência patrimonial - -

Outras receitas operacionais 5.159 (6.494)

Lucro operacional 114.732 104.526

Resultado não operacional (7.118) (488)

Lucro antes do IR, da contrib. social e das part. estatutárias 107.614 104.038

IR e contribuição social (16.516) (17.304)

Particip. dos administradores nos lucros (5.357) (5.287)

Lucro do exercício antes da participação dos minoritários 85.741 81.447

Participação dos minoritários (719) (511)

Lucro líquido do exercício 85.022 80.936

Realize uma análise completa da empresa em questão e emita o respectivo relatório.

I) (PROVÃO 97)

Uma das áreas-chave da administração do capital de giro de uma empresa é a administração de caixa.

O ciclo de caixa, que representa o tempo em que o dinheiro da empresa está aplicado, mantém relações diretamente (D) e inversamente (I) proporcionais com as seguintes variáveis: idade média de estoque (IME), período médio de pagamento (PMP) e período médio de cobrança (PMC). Indique a opção que apresenta à correta relação entre as respectivas variáveis e o ciclo de caixa.

(a) IME (D), PMP (D) e PMC (I) (b) IME (D), PMP (I) e PMC (D) (c) IME (I), PMP (D) e PMC (I)

(d) IME (I), PMP (D) e PMC (D) (e) IME (I), PMP (I) e PMC (D)

J) A Hoje S/A não realiza suas vendas a vista. Mantém os seguintes prazos médios:

PME = 60dias PMR = 30dias PMP = 25dias Determine os Ciclos Operacional e Financeiro.

k) A Cia. Amanhã, apresentou o demonstrativo abaixo, determine seus Ciclos Econoômico, Operacional e Financeiro e o Giro de Caixa.

Ativo Circulante Passivo Circulante Disponível 8.000,00 Fornecedores 30.000,00 Dupl. A Receber 40.000,00 Contas a Pagar 26.000,00 Estoques 50.000,00 Empréstimos Bancários

28.000,00 Total 98.000,00 84.000,00

Demonstrativo Vendas 500.000,00

(-) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) 350.000,00

Outros

Estoque Final ano anterior 40.000,00

PME= PMR= PMP=

(10)

8 PLANEJAMENTO FINANCEIRO DE CURTO PRAZO

8.1 ORÇAMENTO DE CAIXA

O orçamento de caixa possibilita ao administrador planejar suas necessidades de caixa de curto prazo. A preocupação é identificar os superavits e déficits de caixa. Uma empresa, por exemplo, que espera um excesso de caixa pode planejar aplicações no curto prazo, enquanto que outra, com déficit de caixa, deve providenciar financiamento a curto prazo.

Em suma, o orçamento de caixa dá ao administrador financeiro uma visão clara da época em que ocorrerão recebimentos e pagamentos previstos durante um determinado período.

Em geral, o orçamento de caixa abrange o período de um ano, embora possa ser desenvolvido para qualquer período. O período coberto, normalmente, é subdividido em intervalos. O número e o tipo de intervalos vão depender da natureza do negócio. Quanto mais sazonais e incertos forem os fluxos de caixa da empresa, tanto mais numerosos devem ser os intervalos. Uma vez que muitas empresas se defrontam com um padrão sazonal de fluxo de caixa, freqüentemente, o orçamento de caixa é apresentado mês a mês. As empresas com padrões estáveis de fluxo de caixa podem usar intervalos trimestrais ou anuais. Se for feito um orçamento de caixa para um período superior a um ano, justificam-se intervalos temporais menos freqüentes devido à dificuldade e incerteza de se prever vendas e itens que envolvem o caixa.

8.2 TERMINOLOGIA

Ingressos: É à entrada de recursos financeiros no caixa da empresa.

Desembolsos ou pagamentos: É à saída de recursos financeiros do caixa da empresa.

Nível desejado: Também denominado de saldo mínimo de caixa. Trata-se do valor mínimo determinado pela administração a Trata-ser mantido em caixa.

Projeções: É a estimativa futura dos saldos de caixa. Assim sendo, está sujeito a alterações constantes.

Fluxo operacional: É o fluxo de caixa gerado pelas atividades operacionais normais da empresa.

Fluxo líquido: Diferença matemática entre recebimentos e pagamentos de uma empresa em um dado momento. Assim sendo, por exemplo, o fluxo de líquido de caixa diário de uma empresa poderá ser nulo, negativo ou positivo. Se nulo, o saldo de caixa da empresa não será alterado; se negativo, o saldo de caixa será diminuído e, se positivo, o saldo de caixa será aumentado.

8.3 PREVISÃO DE VENDAS

O insumo básico a qualquer orçamento de caixa é a previsão de vendas, normalmente fornecida ao administrador financeiro pelo departamento de marketing. Com base nessa previsão, o administrador financeiro estimará os fluxos de caixa mensais, resultantes da projeção dos recebimentos de vendas e gastos relacionados com a produção, estoques e distribuição. Também é exigida para sustentar o nível previsto de produção e vendas e a possibilidade de sua obtenção.

A previsão de vendas pode estar baseada numa análise de dados externos ou internos.

Uma previsão externa é baseada nas relações que podem ser observadas entre as vendas da empresa e certos indicadores econômicos, como o PNB, a renda pessoal disponível e novas construções civis. Geralmente, existem previsões desses indicadores a partir dos quais a empresa poderá estimar seu nível futuro de vendas.

(11)

Esta abordagem se justifica pois uma previsão das atividades econômicas permitiria uma estimativa das futuras vendas da empresa, já que estas estão intimamente relacionadas a alguns aspectos da atividade econômica.

Previsões internas são aquelas baseadas na elaboração de previsões de vendas através dos canais de vendas da empresa. Em geral, pede-se aos vendedores que estimem o número de unidades de cada tipo de produto que eles esperam vender no período seguinte. Essas previsões são coletadas pelo gerente de vendas regional que pode ajustar os valores usando seu próprio conhecimento de mercados específicos ou a capacidade de previsão dos vendedores. Finalmente, pode-se fazer ajustes para outros fatores internos tais como a capacidade produtiva.

As empresas, em geral, usam dados de previsão externa e interna para compor a previsão final de vendas. Os dados de previsão interna propiciam uma visão clara das expectativas de vendas, enquanto os dados de previsão externa fornecem uma maneira de ajustar estas expectativas, levando em consideração fatores econômicos gerais. Muitas empresas que vendem bens de primeira necessidade não são muito afetadas por fatores econômicos, ao passo que as vendas de outras empresas variam bastante com mudanças na atividade econômica. Muitas vezes, a natureza do produto afeta a escolha dos métodos de previsão usados.

8.4 PLANEJAMENTO DE RESULTADO - DEMONSTRAÇÕES

PROJETADAS

O processo de planejamento do lucro está centrado na elaboração de demonstrações projetadas: Demonstrações do Resultado e Balanços Patrimoniais. A elaboração dessas demonstrações exige cuidadosos procedimentos que levam em conta as receitas, custos e despesas resultantes do nível de operações

antecipadas. Os passos fundamentais neste processo foram apresentados no fluxograma da página 38.

As peças necessárias à elaboração de demonstrações projetadas, utilizando-se a técnica simplificada, são as demonstrações financeiras do ano anterior e a previsão de vendas para o ano seguinte. A técnica simplificada baseia-se na crença de que as relações financeiras verificadas nas demonstrações financeiras históricas não se modificarão no período seguinte.

8.5 ESTUDO DE CASO – ORÇAMENTO DE CAIXA

Você foi encarregada(o) de elaborar o orçamento de caixa para os meses de março, abril e maio da empresa “10 de Julho”, sabendo-se o que sabendo-segue:

a) vendas já realizadas em janeiro e fevereiro, respectivamente: $ 100.000 e $ 200.000;

b) previsão de vendas para março, abril e maio, respectivamente: $400.000, $ 300.000 e $ 200.000;

c) política de crédito concedida nas vendas resulta da seguinte forma de recebimentos: 20% à vista, 50% em 30 dias e 30% em 60 dias; d) em maio, a empresa receberá $ 30.000 de um empréstimo concedido a uma outra empresa do grupo;

e) as compras representam 70% das vendas do mês, sendo que, desse montante, 10% é pago à vista, 70% em 30 dias e os restantes em dois meses após a compra;

f) o aluguel mensal de $ 5.000 será pago sem reajuste no período em análise;

g) os ordenados e salários podem ser calculados somando 10% de suas vendas mensais ao montante fixo de $ 8.000;

h) os impostos no valor de $ 25.000 deverão ser pagos em maio; i) em abril será comprada, à vista, uma nova máquina no valor de $ 130.000;

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k) foi decidido que o saldo mínimo de caixa deverá ser de $ 25.000 mensais.

l) em março, os sócios realizarão uma retirada em dinheiro no valor de $ 20.000;

m) o saldo final de caixa, em fevereiro, foi de $ 50.000;

O primeiro passo a ser executado é o levantamento da programação de Recebimentos Projetados para a empresa, conforme quadro seguinte:

Tab.: 01 - Programação de Recebimentos Projetados (em $ 1000) jan. fev. mar. abr. mai. Previsão de vendas

Vendas à vista Cobranças Após um mês Após dois meses Outros

recebimentos

Total

Nota: Normalmente, seria de esperar que as porcentagens de cobrança totalizassem um pouco menos de 100%, refletindo o fato de que algumas das duplicatas não são cobráveis. Neste exemplo, a soma das porcentagens de cobrança é de 100% (isto é, 20%+50%+30%), refletindo o fato de que todas as vendas são

supostamente cobradas, sendo a inadimplência considerada

irrelevante.

Após a realização da projeção de recebimentos, parte-se para a apuração de todos os pagamentos projetados para o período, lembrando que os pagamentos mais comuns realizados por uma empresa são: compras à vista, pagamentos de duplicatas, pagamentos de dividendo, aluguéis, ordenados e salários, recolhimento de

impostos, aquisição de equipamentos, pagamentos de juros, reembolso de empréstimos e recolhimento ao fundo de amortização, requisições ou resgates de ações.

Tab.: 02 - Programação de Pagamentos Projetados (em $ 1000) jan. Fev. mar. abr. mai.

Compras

Compras à vista

Pagamentos

Após um mês

Após dois meses

Dividendos Aluguéis Ordenados e salários Pagamento de juros Aquisição de equipam. Recolh/o de impostos Total

Finalmente, com base nas duas últimas tabelas, será possível realizar o orçamento de caixa da empresa, conforme tabela da página seguinte. Com a mesma, será possível realizar a interpretação de caixa, ou seja, a constatação de déficit ou excesso de caixa em cada um dos períodos cobertos pela projeção.

Os fundos em excesso poderão ser aplicações financeiras de curto prazo ou em títulos negociáveis. Os déficits terão que ser financiados com empréstimos (normalmente de curto prazo). Assim sendo, o administrador financeiro deve se precaver com a escolha de investimentos, bem como a abertura de uma linha de crédito ou acordo

(13)

que assegure a disponibilidade de fundos, se este for o caso. Normalmente, o administrador financeiro tomará o cuidado de tomar emprestado mais do que o financiamento máximo indicado no orçamento de caixa devido à incerteza dos saldos finais de caixa que se baseiam na previsão de vendas e outras variáveis (conforme visto anteriormente).

Tab.: 03 - Orçamento de Caixa da Empresa (em $ 1000)

mar. abr. mai.

Total de recebimentos Total de pagamentos Fluxo de caixa líquido Saldo inicial de caixa Saldo final de caixa Saldo mínimo de caixa Financiamento necessário Saldo de caixa excedente

8.6 REDUÇÃO DA INCERTEZA NO ORÇAMENTO DE CAIXA

Além de muita cautela no preparo das previsões de vendas e de outras estimativas incluídas no orçamento de caixa, há dois modos de se reduzir à incerteza de um orçamento de caixa. Um deles é a elaboração de vários orçamentos de caixa: um baseado numa previsão pessimista, outro com base na previsão provável e, finalmente, um terceiro com previsão otimista. Esta técnica é denominada análise de sensibilidade e permite ao administrador financeiro a idéia dos fluxos finais de caixa que podem ser esperados diante das diversas expectativas. Uma avaliação criteriosa permitirá a percepção do risco da alternativa, de modo a tomar decisões financeiras a curto prazo mais seguras e inteligentes.Existe também um processo mais

sofisticado e eficiente de reduzir a incerteza do orçamento de caixa denominado simulação. A simulação é realizada periodicamente com base nas variações históricas de todas as variáveis possíveis (vendas, crescimento econômico, compras, taxas de juros etc.). Assim, com as técnicas estatísticas, equipamentos adequados (Hardwarwe e softwares) e expectativas futuras, é possível criar uma distribuição probabilística do comportamento do fluxo de caixa da empresa. Vale a pena lembrar que este processo resulta num sistema de informações complexo e muito desenvolvido.

8.7 ESTUDO DE CASO – PROJEÇÃO DE RESULTADOS

A firma “Pequenas Encrencas, Grandes Negócios”, produz dois modelos de Relê: o modelo X e o modelo Y. Embora cada modelo seja produzido pelo mesmo processo, exigem quantidades diferentes de matéria-prima e mão-de-obra.

Têm-se as seguintes informações:

a) Demonstração de resultado do ano findo:

TAB.: 01 – Demonstração do Resultado em 31 de dezembro de 2003.

Vendas $ 100.000

Menos (CPV) Fixos

Variáveis (40% das vendas)

40.000 40.000

Lucro Bruto $ 20.000

Menos: Despesas Operacionais Fixas

Variáveis (5% das vendas)

5.000 5.000 Lucro Operacional

Menos: Despesas de Juros (totalmente fixa)

$ 10.000 1.000 Lucro antes do Imposto de Renda $ 9.000

Imposto de Renda 2.250

(14)

b) Balanço Patrimonial:

TAB.: 02 – Balanço Patrimonial em 31 de dezembro de 2003.

Ativo Passivo e Patrimônio Líquido

Caixa

Títulos negociáveis Duplicatas a receber Estoques

Total do ativo circulante Ativo permanente Total $ 6.000 4.000 13.000 16.000 $ 39.000 51.000 $ 90.000 Duplicatas a pagar Imposto a pagar Títulos a pagar

Outros passivos circulantes Total do passivo circ. Exigível a longo prazo Patrimônio líquido Capital social Lucros acumulados Total $ 7.000 300 8.300 3.400 $ 19.000 $ 18.000 $ 30.000 $ 23.000 $ 90.000 c) Previsão de Vendas:

Tab.: 03 – Previsão de Vendas para 2004. Vendas em unidades Modelo x Modelo Y Vendas em $ Modelo X ($ 25/unidade) Modelo Y ($ 35/unidade) Total 1.600 2.000 $ 40.000 70.000 $ 110.000

Para o desenvolvimento das demonstrações projetadas, o insumo básico é a previsão de vendas. A Tabela 3 mostra a previsão de vendas por modelo para o ano de 2004. A mesma baseia-se em dados externos (ambiente) e internos (empresa).

A primeira demonstração a ser projetada é a demonstração de resultado do exercício. Assim, com os dados fornecidos até o presente momento, projete a respectiva demonstração.

TAB.: 04 – Projeção da Demonstração do Resultado em 31 de dezembro de 2004

Vendas ... Menos (CPV)

Fixos ... Variáveis (40% das vendas) ... Lucro Bruto ... Menos: Despesas Operacionais

Fixas ... Variáveis (5% das vendas) ... Lucro Operacional ... Menos: Despesas de Juros (totalmente fixa) Lucro antes do Imposto de Renda ... Provisão para o Imposto de Renda ... Lucro Líquido ...

Uma técnica simplificada para desenvolver o Balanço Patrimonial projetado envolve estimar os níveis desejados de certas contas do Balanço e calcular o valor de outras contas.

Isto posto, faça a projeção de balanço da empresa “Pequenas Encrencas, Grandes Negócios”, considerando as seguintes suposições:

1. O saldo mínimo de caixa desejado é de $ 6.000.

2. O valor dos títulos negociáveis não deve se modificar, ficando em $ 4.000.

3. As duplicatas a receber serão, em média, uma vez e meia às vendas mensais (isto é, um período de cobrança de 1,5 x 30 dias = 45 dias) já que as vendas anuais da “Pequenas Encrencas, Grandes Negócios” foram projetadas em $ 110.000; as duplicatas a receber

(15)

serão, em média, $ 13.750 (1/8 x $ 110.000) em qualquer mês (um oitavo representa um mês e meio, expresso como fração de um ano).

4. O estoque final deve ficar a um nível próximo de $ 16.000, dos quais 25% devem ser de matérias-primas, enquanto que os restantes 75% devem constituir-se em produtos acabados.

5. Será adquirida uma nova máquina ao custo de $ 20.000 e a depreciação total anual alcançará $ 8.000.

6. Espera-se que as compras representem cerca de 30% das vendas anuais e, a empresa pretende estender o período de pagamento de suas duplicatas para 72 dias. Assim, as duplicatas a pagar devem igualar-se, em média, a 1/5 das compras ou seja, $ 6.600 (1/5 x $ 33.000).

7. Espera-se que o imposto de renda iguale-se a 1/4 do Lucro Antes do Imposto de Renda (valor esse extraído da Demonstração do Resultado projetada já desenvolvida).

8. Os títulos a pagar devem permanecer inalterados de seu nível corrente histórico de $ 8.300.

9. Não se espera qualquer alteração nos outros passivos circulantes.

10. Espera-se que o exigível a longo prazo e o capital social fiquem inalterados, pois não estão programados lançamentos de debêntures nem de ações ordinárias.

11. Os lucros acumulados crescerão do nível inicial de $ 10.875 para $ ______________. O aumento de $ ___________ representa o montante de lucros acumulados calculado na demonstração do resultado projetada.

TAB.: 05 – Balanço Patrimonial Projetado para 31 de dez. de 2004.11

Ativo Passivo e Patrimônio Líquido Caixa... Títulos negociáveis... Duplicatas a receber... Estoques Matérias-primas... Produtos acabados... Total do ativo circulante.... Ativo permanente...

Total...

Duplicatas a pagar... Imposto de renda a pagar... Títulos a pagar... Outros passivos circulantes... Total do passivo circulante. Exigível a longo prazo... Patrimônio líquido Capital social... Lucros acumulados... Total... Valor de balanceamento... Total (ajustado)...

Durante a execução do Balanço projetado para 2004, com base nessas suposições, fica evidente a necessidade de um valor de $ ______________ (valor de balanceamento) para equilibrar o Balanço. Caso este valor seja positivo, indicará a soma que a empresa terá de obter recursos para financiar o aumento de vendas previsto em 2004. Caso o valor desse financiamento seja negativo, tem-se a indicação de excesso de recursos e, nesse caso, os recursos poderiam ser destinados ao pagamento de empréstimos, recompra de ações, pagamento de dividendos etc.

11

(16)

8.8 EXERCÍCIOS

a) (Provão 97 – questão 39) A empresa YYY está preparando uma projeção trimestral (jan., fev. e mar./19X7) relativa às vendas a serem realizadas no referido período. Tal empresa sempre realizou e vai continuar realizando suas vendas da seguinte maneira: 40% à vista, 40% em 30 dias e 20% em 60 dias. As vendas projetadas pela empresa para o referido trimestre deverão ser as seguintes: R$ 40.000 em jan./19X7, R$ 60.000 em fev./19X7 e R$ 80.000 em mar./19X7. Se o saldo da conta “contas a receber”, no balanço realizado no final de dez./19X6 foi de R$ 20.000,00, qual deverá ser o saldo final da citada conta, em reais, no balanço projetado para o final de mar./19X7?

(A) 40.000,00 (B) 50.000,00 (C) 60.000,00 (D) 70.000,00 (E) 80.000,00

b) G. LADEIRA

A seguir são apresentados alguns dados da empresa G. Ladeira Ltda, necessários para a elaboração do fluxo de caixa para o próximo semestre.

DISCRIMINACÃO MESES

julho agosto setembro outubro novembro dezembro

1- Saldo Inicial 80 2- Recebimento de Vendas 700 750 820 880 700 780 3- Outros Recebimentos 100 200 100 100 100 4- Pagamentos de Compras 280 300 290 310 240 270 5- Pagamentos de Despesas 350 400 360 390 300 340 6- Outros Pagamentos 310 50 0 30 20 30

A empresa deverá manter um saldo mínimo de caixa de R$ 100 Caso a empresa necessite de recursos para o caixa a mesma mantém uma conta com linha de crédito junto ao Banco Carrefurto S/A (conta garantida), à taxa de juros 20% a.m.

Caso a empresa apresente superávit de caixa o excedente deverá ser investido em aplicações financeiras de liquidez mensal junto ao banco já descrito com rendimento previsto de 10% am.

FLUXO DE CAIXA PROJETADO (VALORES EM $ MIL) DISCRIMINACÃO MESES

Julho agosto setembro outubro novembro Dezembro

1- Recebimento de Vendas 2- Recebimento de Juros 3- Outros Recebimentos 4- Pagamentos de Compras 5- Pagamento de Despesas 6- Pagamento de Juros 7- Outros Pagamentos 8- Fluxo Líquido de Caixa

9- Saldo Inicial 10- Saldo Final 11- Saldo Mínimo de Caixa 12- Sobras ou Déficit de Caixa 13- Empréstimo 14- Aplicação financeira c) LUCRO CERTO

A empresa Lucro Certo pretende realizar um Fluxo de Caixa diário, a partir do dia 01/01/2003.

A Lucro Certo possui um Saldo Final do dia 31/12/2002 de $ 10,00, uma Receita Real nos seguintes dias: 1/1 - $ 1,00, 2/1 - $ 3,50, 3/1 - $ 0,50, 4/1 - $ 0,50, 5/1- $ 0,50, 8/1 - $ 0,50, 9/1 - $ 16,00, 10/1 - $ 11,00, 11/1 - $ 10,00 e 12/1 - $ 16,00.

Possui, também, uma Receita Estimada de $ 3,00 para o dia 9/1. O pagamento de seus Fornecedores está programado da seguinte

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forma: 1/1 - $ 2,50, 3/1 - $ 3,50, 5/1 - $ 3,00, 9/1 - $ 2,00, 10/1 - $ 10,00, 11/1 – $ 12,00 e 12/1 - $ 4,50.

Seus impostos possuem data limite de pagamento no dia 10/1, no valor de $ 4.00.

O pagamento de seus funcionários será realizado nos seguintes dias: 1/1 - $ 7,50, 2/1 - $ 2,50, 3/1 - $ 1,00, 4/1 – 1.00 e 8/1 - $ 3,00. A empresa também possui despesas de segunda a sexta-feira de $ 0,50 todos os dias, e faz o pagamento de despesas bancárias nas sextas- feiras no valor de $ 1,00.

Faça um Fluxo de Caixa Diário, apenas do período de 01/1 a 12/1, que apresente: o saldo inicial, o saldo diário e o saldo final.

Dia da Data Saldo Receita Receita Forne- Pessoal Impostos Outras Despesas Saldo Saldo Semana Inicial Real Estimada credores Despesas Bancárias do Dia Final

Seg. 01/jan Ter. 02/jan Qua. 03/jan Qui. 04/jan Sex. 05/jan Sáb. 06/jan Dom. 07/jan Seg. 08/jan Ter. 09/jan Qua. 10/jan Qui. 11/jan Sex. 12/jan Total D) PROVÃO 97

Ao final de 19X7, a empresa XYZ apurou os seguintes dados econômico-financeiros:

DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS

XYZ - Valores em R$ 19X7

Receita operacional 2.550 Custos e Despesas Operacionais (1.810) Despesas Financeiras (55) Imposto de Renda (114) LUCRO LÍQUIDO 571 FLUXO DE CAIXA XYZ - Valores em R$ 19X7

Fluxo de caixa operacional 840 ( - ) Dispêndio de capital 595 ( - ) Acréscimos ao capital de giro 268 FLUXO DE CAIXA TOTAL (23)

Obs.: O Fluxo de caixa operacional reflete a diferença entre todas as entradas e saídas de caixa provenientes das operações da empresa.

Por que ocorrem diferenças entre os valores de lucro líquido e os de fluxo de caixa?

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_______________________________________

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(18)

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_______________________________________

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E) PROVÃO 97

Nas demonstrações de resultado das empresas que são regidas pelo regime de competência, existem itens que são deduzidos para fins de cálculo do imposto de renda, mas que não exigem qualquer desembolso. Assinale a opção que indica as despesas mais comuns que NÃO representam o referido desembolso.

(a) indenizações e encargos trabalhistas; (b) amortizações e depreciação;

(c) Salários e benefícios; (d) imposto de renda e tributos; (e) juros e dividendos.

9 MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO DE CAIXA

Vários modelos foram desenvolvidos para tentar refletir o comportamento dos fluxos de fundos. O objetivo principal desses modelos é servir de ferramenta para gestão, tentando minimizar perdas de rentabilidade derivadas de deficiente previsão do caixa.

É necessário reconhecer que estes modelos possuem uma série de restrições que limitam sua utilidade prática.

9.1 MODELO DO CAIXA MÍNIMO OPERACIONAL (CMO)

O CMO já abordado anteriormente exige o cômputo dos prazos médios de estocagem, de cobrança e de pagamento. A partir deles obtem-se o ciclo de caixa gerando primeiramente o ciclo de caixa e, em seguida, o Giro de caixa.

Conforme Assaf Neto e Silva (1995), tomando em conta o desembolso total de caixa em um ano e o giro de caixa é possível calcular o caixa mínimo operacional.

CMO = DTA GC

Onde: CMO = Caixa Mínimo Operacional DTA = Desembolso Total Anual

Trata-se de uma forma simples de estabelecer o montante de recursos que a Empresa deverá manter em seu caixa.

(19)

9.2 MODELO BAUMOL

Este modelo tem o nome do pesquisador que propôs utilizar o conceito de lote econômico de compra para determinar o nível ideal de caixa. Este modelo é aplicado quando existem entradas periódicas de dinheiro no caixa e saídas constantes de recursos.

Este modelo pode ser aplicado em empresas que possuem clientes que concentram o pagamento em determinado dia do mês, e a empresa tenha que efetuar desembolsos ao longo do mês. São exemplos as empresas de consultoria, escritórios de contabilidade e escolas.

Supondo a possibilidade, de um investimento de curto prazo, a empresa pode transformar um fluxo regular de recebimentos de caixa em diversos fluxos, desde que aplique parte do recebimento inicial e, com o tempo, resgate o dinheiro para honrar seus compromissos.

Este modelo parte premissa de que a parcela do dinheiro investido a curto prazo proporciona um ganho na forma de juros, e que cada operação de investir/desinvestir implica em um custo (desde impostos de transações financeira até o custo do tempo que o funcionário leva para fazer a operação de ligar para o banco e solicitar a transferência de recursos da conta de investimentos). O modelo de Baumol confronta os rendimentos obtidos com investimento de curto prazo e o custo de cada operação de aplicação e resgate, determinando quantos montantes iguais o recebimento original será dividido, de modo a maximizar o lucro.

O valor econômico de conversão é obtido por:

Onde:

VEC = valor econômico de conversão i = taxa de juros

R = recebimento periódico b = custo da operação

Limitações do Modelo de Baumol:

a) supõe entradas e saídas de caixa estáveis e previsíveis b) não considera tendência sazonal ou cíclica

Exemplo:

O escritório de Advocacia Petição, recebe no dia primeiro de cada mês R$ 9.600,00 pela prestação de seus serviços aos seus clientes. A taxa de juros de mercado é de 1 % a.m. e cada vez que é feita uma operação, seja de investimento/resgate, a empresa despende R$ 3,00 ao custo vinculado a esta operação. Supondo um mês de 20 dias úteis determine o valor ideal de resgate, o número de operações e a frequência destas operações.

i

R

b

(20)

Assim, serão realizadas ... operações de transferências de recursos, sendo que cada um dos resgates no valor de R$ ... . Ou seja, a cada ... dias haverá uma transferência de fundos da aplicação financeira para o caixa da empresa.

9.3 MODELO DE MILLER E ORR

Existindo incerteza quanto aos fluxos de caixa futuros, isto é, quando a empresa não consegue prever com segurança suas entradas e saídas de caixa, o modelo de Miller-Orr é geralmente considerado mais realista e apropriado do que o modelo de Baumol.

Como o fluxo de caixa é aleatório, não existe um momento predeterminado para que as operações de aplicação e resgate sejam executadas, como ocorre no modelo de Baumol. Por este motivo, o modelo Miller-Orr busca-se determinar um saldo mínimo e um saldo máximo de caixa. Quando o saldo de caixa estiver abaixo do limite inferior (saldo mínimo) faz-se necessário um resgate da aplicação, com transferência de recursos do investimento para o caixa, restabelecendo, desta forma, a liquidez da empresa. Por outro lado, quando o caixa estiver acima do limite superior admitido, deverá ocorrer uma aplicação de parte dos recursos, evitando-se o excesso de liquidez.

O modelo assume como premissas que os fluxos de caixa líquidos da empresa seguem uma distribuição normal de probabilidade com média zero, que o desvio padrão não varia através do tempo e que não há correlação entre os fluxos de caixa ao longo do tempo. Parte da existência de dois ativos, um caixa, e um investimento caracterizado por ter baixo risco e alta liquidez.

Em ambos os casos, a empresa realiza transferências de recursos entre os dois ativos (caixa e investimentos), de modo que a flutuação do caixa no tempo fique dentro de um intervalo. O montante de recursos a ser transferido (aplicado ou resgatado) deve ser

suficiente para que o caixa, após tal operação, retorne a determinado nível, denominado ponto de retorno.

Ponto de Retorno: o ponto de retorno depende (a) dos custos de conversão, (b) do custo de oportunidade diário dos recursos e (c) da variação dos fluxos de caixa líquido diários (entradas menos saídas diárias de caixa). A equação para determinação do ponto de retorno (z) é:

Onde:

z = ponto de retorno (cx ótimo)

b = custo da transação (investimento/resgate) δ2

= variância diária do caixa i = taxa de juros diária m = limite inferior

Limite Superior: o limite superior do saldo de caixa corresponde a três vezes o ponto de retorno.

Conversão de Caixa em Aplicação Financeira: quando o saldo de caixa atinge o limite superior, um montante equivalente ao limite superior menos o ponto de retorno é aplicado.

Caixa convertido em Investimento = limite superior - ponto de retorno

Limite Inferior: o valor do caixa mínimo será determinado pela empresa e deve levar em consideração a aversão da gerência ao risco. Quando o saldo de caixa mínimo, o montante de investido em aplicação de curto prazo resgatado é exatamente o ponto de retorno.

3 2

75

,

0

i

b

m

z

=

+

×

×

δ

(21)

O modelo funciona da seguinte forma, a empresa determina um nível de caixa mínimo de acordo com sua tendência ao risco. Ela deixará oscilar o nível de caixa num intervalo compreendido entre o limite máximo determinado e o limite mínimo, intervindo unicamente quando o caixa alcança o nível máximo permitido realizando uma operação de investimento devolvendo o caixa ao seu nível ótimo (pelo valor de H – Z*), ou quando o caixa alcança o nível mínimo permitido realizando uma operação de desinvestimento devolvendo o caixa a seu nível ótimo (pelo valor de Z*- L). Graficamente:

O limite máximo assumido pela empresa, ou seja, o ponto que o fluxo de caixa não pode ultrapassar, pode é dado por:

Z M

H= +3

Onde:

H = Limite superior de Caixa

9.4 GESTÃO DE DUPLICATAS A RECEBER (GESTÃO DE RECEBÍVEIS)

Entre os objetivos do gestor financeiro destaca-se como principal a maximização do lucro da empresa. Quando a margem de lucro é grande, a possibilidade da empresa optar por uma política de crédito liberal é plenamente justificável. Todavia, quando a margem de lucro é relativamente pequena, a flexibilidade do crédito pode, como conseqüência, aumentar o nível de incobráveis comprometendo assim a rentabilidade.

Outro fator importante na política de duplicatas a receber é o montante de recursos que a empresa pode investir em capital de giro. Este volume, por sua vez, determinará maiores ou menores volumes de vendas, pois se a empresa possuir recursos limitados, terá dificuldades em conceder crédito a prazos mais longos comprometendo a ampliação das vendas. Por outro lado, se a empresa estiver em condições de investir em duplicatas a receber, ao flexibilizar o crédito, corre o risco de ter um aumento em seu nível de incobráveis. Cabe ao gestor financeiro buscar um equilíbrio que minimize o dilema risco-retorno.

9.4.1 Política de crédito

A política de crédito fixa parâmetros da empresa quanto à seleção, padrões e condições de crédito.

No momento da definição de sua política de crédito, a empresa deve levar em consideração o fluxo de caixa proveniente desta política e o investimento para colocá-la em prática

As principais medidas financeiras de uma política de crédito são o investimento de capital, o investimento em estoques, as despesas de cobrança e as despesas com devedores duvidosos.

(22)

9.4.2 Seleção de Crédito

A Seleção de Crédito consiste em determinar se o crédito deve ser concedido a um cliente e o limite quantitativo a ser concedido. Os 5 Cs do Crédito são:

1) Caráter

2) Capacidade de pagamento (liquidez e endividamento) 3) Capital (solidez financeira indicada pelo patrimônio líquido) 4) Colateral (ativos disponíveis para garantir o crédito)

5) Condições (influência da conjuntura que pode afetar as partes)

Obtenção de Informações:

a) Demonstrações contábeis e financeiras

b) Empresas prestadoras de serviços (Dun & Bradstreet, Serasa, SCI, SPC)

c) Publicações especializadas em indicadores padrões d) Trocas diretas de informações de crédito

e) Vendedores

f) Visita as instalações da empresa e entrevistas com seus executivos

9.4.3 Padrões de Crédito

Padrões de Crédito: requisitos mínimos exigidos para a concessão de crédito a um cliente com segurança:

Mudanças nos padrões acarretam variações:

a) Volume de vendas

b) Investimento em duplicatas a receber c) Perdas com devedores incobráveis d) Despesas gerais de crédito e cobrança

9.4.4 Condições de Crédito

As especificação dos requisitos para quitação exigidos dos clientes

As condições de crédito compreendem:

a) Desconto financeiro

b) Período para obtenção do desconto financeiro

c) Período de crédito (sazonalidade das vendas, política de crédito da concorrência, natureza do produto, conjuntura econômica, prazo de pagamento dos fornecedores, metas gerenciais da empresa)

9.5 EXERCÍCIOS

A) CAIXA MÍNIMO OPERACIONAL

A Cia. Amanhã projetou para o exercício, desembolsos totais líquidos de R$ 2.700.000,00. Temos conhecimento que seu Ciclo Financeiro chega a 45 dias (intervalo de tempo em que a empresa somente desembolsa recursos, ocorrendo entradas somente a partir do 46º dia). Determinar o Caixa Mínimo Operacional da empresa.

B) CAIXA MÍNIMO OPERACIONAL

Caso a Amanhã, venha a alterar seu ciclo financeiro para 24 dias, qual será seu Caixa Mínimo Operacional? Sabemos que o custo de oportunidade é de 12%, determine se a alteração apresentou alguma economia.

C) CAIXA MÍNIMO OPERACIONAL

Caso a Empresa altere seu ciclo financeiro para 60 dias, encontrar o Caixa Mínimo Operacional e considerando-se o custo de oportunidade de 12% determine o custo adicional

(23)

D) MODELO DE BAUMOL

Suponha que a empresa CIA. CASAGRANDE projete saídas de caixa de R$ 1.800.000,00 para o próximo exercício. Para minimizar o investimento em caixa, a administração pretende aplicar o modelo de Baumol. O analista financeiro da empresa estimou o custo de conversão de títulos negociáveis em caixa com sendo R$ 45,00 por operação e o custo anual de oportunidade de se manter caixa ao invés de ter os recursos aplicados em títulos negociáveis de 8%.

a) Calcule o montante ótimo de caixa a ser transferido de títulos negociáveis.

b) Qual deverá ser o saldo médio de caixa? c) Quantas operações deverão ser feitas no ano.

d) Calcule o custo total associado ao uso do VEC, obtido em "a". e) Se a empresa fizer 12 conversões de mesmo montante ao longo do

ano (uma por mês), qual será o custo total da conversão, o custo total de oportunidade e o custo total

E) MODELO DE BAUMOL

A Cia. Timão, uma pequena distribuidora de produtos esportivos, prevê que suas saídas de caixa para próximo ano serão de R$ 1.500.000,00. Seu custo de conversão unitário foi determinado em estudo recente como sendo R$ 30,00, e suas aplicações em títulos negociáveis rendem atualmente 8% ao ano.

a) Calcule o montante ótimo de caixa a ser transferido de títulos negociáveis.

b) Qual deverá ser o saldo médio de caixa? c) Quantas operações deverão ser feitas no ano.

d) Calcule o custo total associado ao uso do VEC, obtido em "a".

F) MODELO DE MILLER E ORR

Considera as seguintes informações:

Demanda de Caixa R$3.000.000,00

Custo de Conversão R$ 50,00

Taxa para Aplicação em títulos negociáveis 15% ao ano ou 0,04167% ao dia Estimativa da variação dos fluxos de caixa

diários

R$ 35.000,00

Limite Inferior Zero

Pede-se: calcular o ponto de retorno, o limite superior e analisar o comportamento do saldo de caixa nas condições dadas..

G) MILLER E ORR

A Drummond S.A. utiliza-se do modelo Miller-Orr para gerenciar o nível de seu caixa. Recentemente, alguém perguntou qual seria a sensibilidade sobre o ponto de retorno e o limite superior para mudanças nos custos de conversão, na variação diária dos fluxos de caixa e no custo de oportunidade (expresso em termos de taxa diária). Os valores atualmente empregados são de R$50,00 por operação de conversão, variação diária dos fluxos líquidos de caixa de R$ 2 milhões e um custo de oportunidade anual de 18%. (considerar o limite inferior igual a 450,00).

Calcule o ponto de retorno e o limite superior, utilizando os valores atuais.

H) MILLER E ORR

A Cia. Amanhã apresentou custos de conversão de transação (investimento/resgate) de R$30,00; sendo a taxa de juros de 8% ao ano ou 0,0222% ao dia (8%÷360) e a estima-se que variação dos

(24)

fluxos líquidos de caixa diários é de R$27.000,00 sendo que e o valor mínimo caixa igual a zero.

Pede-se: calcular o ponto de retorno, o limite superior e analisar o comportamento do saldo de caixa nas condições dadas.

I) POLÍTICA DE CRÉDITO

A Cia. Amanhã vende 60.000 unidades anuais a R$ 10,00, tendo como custo unitário variável o valor de R$ 6,00 1 atual de vendas no . A empresa pretende afrouxar os padrões de crédito esperando aumento de 5% nas vendas, aumento do período médio de recebimento de 30 para 45 dias e dos devedores incobráveis de 1% para 2% das vendas. O retorno exigido sobre os investimentos da empresa é de 15% ao ano.

A empresa deve afrouxar os padrões de crédito?

a) Organização dos Dados para Análise

Situação Atual Situação Proposta Vendas Anuais a Prazo

Custo Fixo Custo Variável Perda com Incobráveis Prazo Médio de Recebimento

b) Cálculo da Margem de Contribuição Adicional

Situação Atual Situação Proposta Vendas

( - ) Custo Variável ( - ) Custo Fixo

Contribuição Marginal aos Lucros

c) Custo do Investimento Marginal em Duplicatas a Receber

Situação Atual

Situação Proposta Giro de Duplicatas a Receber

Investimento Médio em Duplicatas a Receber

Investimento (redução de investimento) Marginal em Duplicatas a Receber Custo (ou Ganho) do Investimento Marginal em Duplicatas a Receber

d) Custo Marginal dos Devedores Incobráveis

Situação Proposta Situação Atual

Custo (ou Ganho) Marginal com Incobráveis

e) Análise da Proposta

Contribuição Marginal aos Lucros

( - / + ) Custo/Ganho do Investimento Marginal em Duplicatas a Receber

( - / + ) Custo/Ganho Marginal com Devedores Incobráveis

Resultado Marginal Líquido com a Implementação da Proposta

J) CRÉDITO

A Cia. Amanhã pretende introduzir desconto de 2% para pagamento até 10 dias. Espera-se que com o desconto, 60% das vendas serão feitas com desconto e as vendas aumentarão 5%. O PMR deve cair

(25)

para 15 dias e as perdas com incobráveis cairão para 0,5% das vendas. O desconto deve ser concedido?

Organização dos dados para Análise

Situação Atual Situação Proposta Vendas Anuais a Prazo

Custo Fixo Custo Variável Perda com Incobráveis

Desconto Financeiro Prazo Médio de Recebimento

Margem de Contribuição Adicional

Situação Atual Situação Proposta Vendas ( - ) Desconto Vendas Líquidas ( - ) Custo Variável ( - ) Custo Fixo Contribuição Marginal ao Lucros

Custo do Investimento Marginal em Duplicatas a Receber

Situação Atual Situação Atual Giro de Duplicatas a

Receber

Investimento Médio em Duplicatas a Receber Investimento (ou redução de investimento) Marginal em Duplicatas a Receber Custo (ou Ganho) do Investimento Marginal em Duplicatas a Receber

Custo Marginal dos Devedores Incobráveis

Situação Proposta Situação Atual

Custo (ou Ganho) Marginal com Incobráveis

Análise da Proposta

Contribuição Marginal aos Lucros

( - / + ) Custo/Ganho do Investimento Marginal em

Duplicatas a Receber ( - / + ) Custo/Ganho Marginal com Devedores

Incobráveis

Resultado Marginal Líquido com a Implementação da

(26)

L) CREDITO

A Cia. Pesqueira está pensando em estender seu período de crédito de 30 para 60 dias. A empresa vende atualmente 150.000 anzóis ao preço unitário de R$ 3,00. O período médio de cobrança é de 40 dias, os devedores incobráveis são 0,5% das vendas, o custo variável unitário é de R$ 2,30 e o custo total unitário ao volume atual é de R$ 2,60.

A alteração no período de crédito deve aumentar as vendas para 170.000 unidades anuais, aumentar o devedores incobráveis para 2% e estender o período médio de recebimento para 72 dias.

Você recomendaria a alteração supondo que a empresa exija um retorno mínimo sobre os investimentos que faz de 18% ao ano?

Organização dos Dados para Análise

Situação Atual Situação Proposta Vendas Anuais a Prazo

Custo Fixo Custo Variável Perda com Incobráveis

Desconto Financeiro Prazo Médio de

Recebimento

Cálculo da Margem de Contribuição Adicional

Situação Atual Situação Proposta Vendas

( - ) Custo Variável ( - ) Custo Fixo

Contribuição Marginal ao Lucros

Custo do Investimento Marginal em Duplicatas a Receber

Situação Atual Situação Proposta Giro de Duplicatas a Receber

Investimento Médio em Duplicatas a Receber Investimento (ou redução de

investimento) Marginal em Duplicatas a Receber Custo/Ganho do Investimento

Marginal em Duplicatas a Receber

Custo Marginal dos Devedores Incobráveis

Situação Proposta

Situação Atual

Custo/Ganho Marginal com Incobráveis

Análise da Proposta

Contribuição Marginal aos Lucros

( - / + ) Custo/Ganho do Investimento Marginal em Duplicatas a Receber

( - / + ) Custo/Ganho Marginal com Devedores Incobráveis

Resultado Marginal Líquido com a Implementação da Proposta

(27)

M) CRÉDITO

Refaça o exercício anterior, supondo que as alterações sejam em sentido inverso, ou seja, o período de crédito deve ser diminuído de 60 para 30 dias.

Organização dos Dados para Análise

Situação Atual Situação Proposta Vendas Anuais a Prazo

Custo Fixo Custo Variável

Perda com incobráveis Prazo Médio de Recebimento (PMR)

Cálculo da Margem de Contribuição Adicional

Situação Atual Situação Proposta Vendas

( - ) Custo Variável ( - ) Custo Fixo

Contribuição Marginal aos Lucros

Custo do Investimento Marginal em Duplicatas a Receber

Situação Atual Sit. Proposta Giro de Duplicatas a Receber

Invest. Médio em Dupl. a Receber Invest. Marginal em Dupl. a Receber

Custo do Investimento Marginal em Duplicatas a Receber

Custo Marginal dos Devedores Incobráveis

Situação Proposta Situação Atual

Custo Marginal com Incobráveis

Análise da Proposta

Contribuição Marginal aos Lucros

( - / + ) Custo do Investimento Marginal em Duplicatas a Receber

( - / + ) Custo Marginal com Devedores Incobráveis

Resultado Marginal Líquido com a Implementação da Proposta

(28)

10 FONTES DE FINANCIAMENTO DE CURTO PRAZO – CÁLCULOS

a) Vendor.

Di Agustini (1999) destaca que vendor é uma forma de financiamento de capital de giro que têm como característica principal à cessão do crédito, permitindo, assim, que uma empresa venda seu produto a prazo e receba à vista. Para Lemes Júnior et al. (2002), vendor é um financiamento da venda com cessão de crédito. O fornecedor vende a prazo e recebe à vista, porém assume o risco do não pagamento junto à instituição financeira que financia a operação. A Figura, a seguir, correlaciona os participantes de uma operação de vendor.

Analisando a Figura, pode-se entender melhor como é realizada uma operação de vendor. O fornecedor realiza a venda e transfere o crédito ao banco assumindo o risco da operação, caso o comprador não pague ao banco na data do vencimento.

Segundo Fortuna (2002), como o risco junto ao banco é assumido pela empresa vendedora, é imprescindível que a empresa compradora seja cliente tradicional da mesma. O comprador compra e recebe financiamento do banco. Por sua vez, o banco financia o

comprador e paga à vista ao fornecedor. Conforme Fortuna (2002) e Mellagi Filho (1998), a operação de vendor apresenta diversas vantagens tanto para o vendedor como para o comprador como, por exemplo, a agilidade na concessão de crédito.

b) Compror

O compror é uma operação semelhante ao vendor, contudo em vez de ser realizada pelo vendedor é feita pelo comprador que passa a ser o fiador do contrato com o banco. O banco efetua o pagamento à vista ao fornecedor não o envolvendo no processo (Fortuna, 2002). Na definição de Di Augustini (1999), o banco oferece o crédito à empresa com destinação específica o que pode reduzir o spread em relação a uma operação de empréstimo para capital de giro garantido por avalista ou nota promissória. Sobre o valor financiado incide juros e IOF, além de uma tarifa de contratação.

c) Crédito Rotativo

Segundo Fortuna (2002), o crédito rotativo é uma linha de crédito aberta com um limite, podendo este ser utilizado pela empresa à medida de suas necessidades ou mediante a apresentação de garantias em duplicatas. Os juros e o IOF são cobrados de acordo com a utilização dos recursos. Para Lemes Júnior et al. (2002), o crédito rotativo tem um funcionamento semelhante a uma conta-corrente com limite de crédito e prazo preestabelecido. A empresa pode efetuar saques a descoberto dentro desse limite sem maiores burocracias. Os encargos financeiros são, normalmente, altos, mas são pagos somente pelo período que a conta permanece devedora.

d) Desconto de Títulos

De acordo com Fortuna (2002), desconto de títulos é um adiantamento de recursos feito pelo banco aos clientes, sobre valores referenciados em duplicatas de cobrança ou notas promissórias, antecipando, assim, o fluxo de caixa do cliente. Para Lemes Júnior et Fornecedor

Vende para o cliente e transfere o crédito para o banco

assumindo o risco

Cliente Paga para o

banco

Banco

Paga a vista o Fornecedor e financia o Cliente

Referências

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