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A GESTÃO DE ESTOQUES E A FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA EM UMA EMPRESA DO RAMO DE COMÉRCIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

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Academic year: 2021

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A GESTÃO DE ESTOQUES E A FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA EM UMA EMPRESA DO RAMO DE COMÉRCIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Tábata Aline Regner

Luis Cesar Johnson da Rocha

RESUMO

Este estudo tem como foco de pesquisa a gestão de estoques e a formação

do preço de venda em uma empresa do ramo do comércio de materiais para

construção. Verificaremos os métodos de avaliação de estoques existentes na contabilidade e através destas informações sugerir um método que melhor se adequa a empresa em análise. Os dois processos serão analisados frente à literatura com o intuito de identificar pontos de melhoria na gestão de estoques e a importância dos preços em um estabelecimento comercial. De forma geral mostraremos como a gestão de estoques e seus métodos de avaliação podem auxiliar no processo de gestão de um estabelecimento e também como é realizado o processo de formação dos preços de venda em uma empresa.

Palavra-Chave: Gestão de estoque, Controle, Formação do Preço de Venda.

ABSTRACT

This study has as its research focused the stockpile management and the training of the sales price in a company in the business of selling building materials. We’ll verify the assessment methods of existing stockpiles in accounting and information through these suggest a method that best suits the company under analysis. Both processes will be analyzed across the literature with the intention of identify areas for improvement on stockpile management and the importance of price in a commercial setting. Generally speaking we’ll show as stockpile management and their assessment methods may assist in the management of an establishment. And as the process of price formation in a company selling construction material is performed.

Keyword: Stock Management, Control, Training Sell Price.

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Atualmente as empresas estão voltando seus pensamentos para o processo de gestão. A palavra gestão é derivada do latim gestione e possui diversos significados, como gerir, gerenciar, administrar. Dentro de uma organização o gestor é quem toma as decisões, para que a empresa atinja seus objetivos. A gestão é um conjunto de fatores estabelecidos pela administração que mostram como a empresa deve ser gerida (Fisch e Mosimann, 1999).

Segundo Figueiredo e Caggiano (2006), o processo de gestão deve ter como base a avaliação e a escolha de alternativas, além disso, deve planejar, executar e controlar as atividades que a empresa possui, para isso deve possuir informações que derivem de cada uma dessas fases. Muitas destas informações são fornecidas pela contabilidade, a contabilidade gerencial é uma ferramenta que está completamente dedicada a auxiliar os administradores na tomada de decisões, fornecendo informações de forma detalhada e clara para facilitar o entendimento.

A empresa “Materiais de Construção X”, atua no mercado desde março de 2005, fica localizada, no bairro de Linha Santa Cruz, na cidade de Santa Cruz do Sul. A empresa possui estrutura própria, sendo 140 m2 de loja onde expoem diversos produtos do ramo da construção, como por exemplo, pisos, balcões para banheiro, portas, janelas, entre outros. A empresa conta com um depósito coberto com 480m2 onde são estocados produtos que não podem sofrer a ação do tempo e também conta com um depósito aberto que possui 400m2 onde são armazenados produtos como tijolos, areia e brita.

Atualmente a empresa em análise se encontra em grande expansão, devido o mercado aquecido, pelos investimentos imobiliários e devido o grande incentivo do Governo Federal. Outro fato que a auxilia é a sua localização, que é uma região que está em crescimento. Muitas pessoas estão à procura de um local calmo e sossegado para suas famílias, onde podem encontrar uma infraestrutura que atenda suas expectativas de bem estar.

Tem-se como problema de pesquisa: o processo de gestão de estoques e a formação do preço de venda em uma empresa do ramo de comércio de material de construção. Para resolver o problema de pesquisa tomamos por objetivo geral: analisar como ocorre o processo de gestão de estoque através dos métodos de avaliação de estoques existentes na contabilidade e como é realizada a formação do preço de venda na empresa. Para tal, teremos como foco: a) analisar o funcionamento do controle de estoques e através desta análise sugerir um método de avaliação de estoque que auxilie a melhorar o

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controle; b) analisar o processo de formação do preço de vendas; c) analisar os dois fatores frente à literatura e identificar o pontos de melhoria e otimização na gestão de estoques.

Para termos uma noção rápida, a gestão de estoques tem grande importância para a logística e para o gerenciamento da cadeia de suprimentos. O estoque ocorre sobre diversas formas, matérias-primas, produtos semiacabados e produtos acabados, que podem ser caracterizados diferentes atributos que são as características do produto e demanda, como por exemplo, volume, peso, giro e a variação de vendas (Wanke, 2008).

Para os administradores para a formação do preço de venda não é necessário ter apenas o conhecimento dos custos que o produto possui e sim ter um conhecimento amplo de mercado, como os consumidores irão reagir e se a demanda vai continuar a mesma (Caggiano e Figueiredo, 2006).

O preço pode ser influenciado de diversas maneiras, uma delas é a influência econômica, onde os gestores se preocupam em estabelecer o melhor preço. Outro fator que influência são os custos. Os contadores estão mais preocupados em estabelecer preços que cubram os custos, que são mensurados por critérios estabelecidos consensualmente e que ofereçam um razoável nível de lucro (Caggiano e Figueiredo, 2006).

A seguir veremos de forma geral qual o conceito de contabilidade e como foi sua evolução ao passar dos anos, também teremos a contabilidade gerencial nos mostrando como ela pode ser utilizada pelos administradores e como ela influência na tomada de decisões. E não podemos de deixar de citar o controle, que auxilia as empresas a terem como seu próprio nome diz ter “controle” sobre as mais variadas áreas da empresa.

2 REVISÃO TEÓRICA

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A Contabilidade utiliza métodos quantitativos como sua principal ferramenta, ela não pode ser considerada como uma ciência exata e sim como uma ciência social, pois ela auxilia a quantificar todas as mudanças sofridas pelo patrimônio das empresas (Iudícibus e Marion, 2008).

Dentro das empresas isso não é diferente, os responsáveis pela administração das empresas se deparam com essa situação, as decisões por eles tomadas podem comprometer totalmente o sucesso da empresa. Com a necessidade de dados e informações concretas, os administradores contam com a Contabilidade como ferramenta na tomada de decisão (Iudícibus e Marion, 2008).

Atualmente podemos verificar que muitas empresas, principalmente as de pequeno porte, não têm conseguido sobreviver no atual mercado competitivo. Isso muitas vezes acontece por não saber como aplicar na sua totalidade os recursos disponíveis com a máxima eficiência e eficácia. Mesmo tendo feeling e experiência muitas vezes não são fatores decisivos na tomada de decisão, é necessário informações da situação real da empresa para orientar qual a melhor alternativa. (Iudícibus e Marion, 2008).

A contabilidade Gerencial é um dos segmentos da contabilidade que auxilia os gestores na tomada de decisões. Segundo Crepaldi (2006), a Contabilidade Gerencial tem como função coletar, apresentar e interpretar fatos econômicos e tem por objetivo fornecer instrumentos aos gestores das empresas para auxiliar em suas funções gerenciais. O profissional dessa área necessita: Identificar, medir, acumular, analisar, interpretar e relatar informações para os gestores. Com intuito de auxiliar em planejamento, avaliação e controle das atividades da empresa. O contador gerencial deve fornecer as informações mais claras possíveis para assegurar que os gestores da empresa possam escolher as melhores alternativas de investimentos.

2.2 Gestão de Estoques

A gestão de estoques possui grande importância para a logística e para o gerenciamento. O estoque pode ser representado de diversos formatos:

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matérias-primas, produtos semiacabados e produtos acabados. O produto e a demanda podem ser caracterizados por diversos atributos: volume, peso, coeficiente de variação das vendas. O estoque também pode ser caracterizado por diversos atributos podemos citar: a visibilidade da demanda e o tempo da resposta. Estas duas características, podem levar à tomada de decisão na gestão de estoques com base na previsão de vendas ou com base na demanda real (Wanke, 2008).

O gerenciamento de estoques tem influência direta e quantitativamente nos resultados obtidos pela organização durante o exercício financeiro , sua ação está concentrada em técnicas gerenciais que permitam a avaliação dos processos utilizados para alcançar os objetivos desejados. No Brasil os primeiros estudos sobre a gestão de estoques se deram na década de 50 e desde então tem se aprimorado mais. O estoque é um item de grande relevância, seja econômico- financeiros ou operacionais. Nas empresas indústrias ou comerciais, os materiais concorrem aproximadamente com quase 50% do custo do produto vendido e isso faz com que os recursos alocados nos estoques devam ser empregados de forma mais racional possível (Viana, 2010).

A contabilidade se orienta pelos princípios fundamentais de contabilidade, para os estoques utiliza-se o “princípio do custo original histórico”, sendo onde as mercadorias são registradas pelo valor pactuado entre o comerciante e o fornecedor, na data da transação. Esse valor ficará sendo o valor original das mercadorias e enquanto de propriedade da empresa (Estoques) e quando vendidas, o valor passa a ser o (CMV) Custo das Mercadorias Vendidas (Iudícibus e Marion, 2008).

Para Iudícibus e Marion (2008), o Custo das Mercadorias (CMV) representa o valor atribuído às mercadorias negociadas pelo comerciante e os clientes. O CMV é obtido pela seguinte equação:

Custo das mercadorias vendidas = Estoque Inicial + Compras - Estoque Final Podemos citar os seguintes métodos de avaliação de estoque:

2.3 Método de custo específico

Neste método, o custo da mercadoria vendida é exatamente o custo da mercadoria adquirida. Podemos dizer que há uma relação íntima entre as

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unidades físicas e seus custos de aquisição, para fins de apuração do CMV (Custo da Mercadoria Vendida). Este método é aplicável em situações especiais, dificilmente aplicado em atividades comerciais repetitivas e com itens homogêneos, pois teríamos dificuldade de identificar a saída com nota fiscal, para então atribuir valor ao custo da mercadoria vendida. Normalmente este método é utilizado no comércio de aparelhos de precisão para laboratórios, de joias de alto valor, de produtos feitos em pequenas quantidades sob encomenda (Iudícibus e Marion, 2008).

2.4 Método Primeiro a entrar; Primeiro a Sair (PEPS)

Para Iudícibus e Marion (2008), este método considera o seguinte raciocínio de que: vendem-se primeiro as unidades que foram adquiridas primeiro. Sendo assim o CMV (Custo da mercadoria Vendida), mostrará o valor das mercadorias adquiridas a mais tempo e o que resta, o estoque final, mostrará o valor do custo das mercadorias que foram adquiridas mais recentemente. Uma das vantagens deste método, fornecer em períodos de alta de preços, o valor do estoque final será mais próximo do valor das últimas compras. As saídas são avaliadas por preços mais antigos e dão origem a um CMV normalmente baixo.

2.5 Método Último a entrar, Primeiro a sair (UEPS)

Este método baseia-se no seguinte raciocínio: as unidades que foram adquiridas recentemente são as primeiras a serem vendidas. Sendo assim o CMV retratará o valor das mercadorias compradas recentemente e o Estoque Final mostrará o valor das mercadorias compradas antigamente. Este método é o oposto do apresentado anteriormente e não é usualmente permitido pela Legislação Brasileira. Sua aplicação é extremamente difícil, pois requer levantamento das mercadorias antigas que não foram vendidas (Iudícibus e Marion, 2008).

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2.6 Método do custo médio ponderado móvel

Neste método, ocorre uma fusão das quantidades monetárias decorrentes de novas compras com o custo total das mercadorias que já existiam antes das novas compras. O novo custo unitário passa a ser obtido pela divisão desse valor com o total de unidades existentes em estoque. A cada nova compra haverá alteração no custo unitário. Já as vendas não irão alterar o custo unitário, pois a custo unitário das unidades vendidas é sempre o último a ser calculado (Iudícibus e Marion, 2008).

2.7 Formação do Preço de Venda

Fica evidente que existem muito fatores críticos para a o sucesso dos planos de uma organização, tanto a curto, como à longo prazo. Os gestores e os contadores tendem a dar grande importância ao controle dos custos, pois os custos estão mais suscetíveis de controle do que os outros fatores como vendas, volumes e lucro (Caggiano e Figueiredo, 2006).

O Preço é a expressão do valor de troca que se oferece por alguma coisa que satisfaça uma necessidade ou desejo. As empresas devem procurar valores que: maximizem os lucros; possibilitem alcançar as metas de vendas com tal preço; permitam otimização do capital investido e proporcionem a utilização eficaz da capacidade de produção instalada (Wernke, 2004).

Outros fatores que interferem na formação do preço de venda, segundo Wernke (2004,p.127):

• A qualidade do produto diante das necessidades do mercado consumidor;

• Existência de produtos similares a preços menores;

• Demanda estimada do produto;

• Controle de preço por órgãos reguladores;

• Níveis de produção e de vendas que pretende ou que se pode operar;

• Custos e despesas de fabricar, administrar e comercializar o produto;

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As empresas em geral costumam utilizar quatro métodos na formação de preço. O método mais utilizado consiste em adicionar uma margem fixa a um custo-base geralmente conhecida como mark-up.

A taxa de marcação ou mark-up é um índice aplicado sobre o custo de um bem para a formação do preço de venda. Essa taxa tem como finalidade cobrir fatores como a tributação sobre vendas (PIS, ICMS, Cofins) , percentuais incidentes sobre o preço de venda (comissões, franquias), despesas de vendas fixas, custos indiretos de produção fixos e a margem de lucro. No comércio normalmente são utilizados margens de lucros baixas em determinados produtos para servirem como atrativo aos consumidores (Wernke, 2004).

O segundo método utilizado, é baseado nas decisões das empresas concorrentes.

• Método do preço concorrente (quando os produtos são vendidos a preço semelhantes por todos os concorrentes);

• Método da imitação de preços (quando o preço adotado é o mesmo que o do concorrente);

• Método de preços agressivos (quando um grupo de empresas resolve reduzir os preços drasticamente);

• Métodos dos preços promocionais (quando as empresas oferecem certos produtos a preços tentadores, como exemplo temos os supermercados) (Wenke, 2004);

O método de equiparar-se aos preços dos concorrentes se torna problemático, pois a empresa não tem conhecimento se o concorrente está ou não tendo lucro. A adoção de preço igual ou inferior ao da concorrência, sem o apoio de pesquisas ou de uma estratégia pode comprometer a lucratividade (Wenke, 2004).

O terceiro método utilizado é baseado nas características do mercado, o que exige um profundo conhecimento do funcionamento este mercado, onde o administrador decidirá se venderá seu produto a preços maiores objetivando atingir classes economicamente mais altas ou a preços menores visando atingir a população mais pobre. Já o quarto método utilizado é o misto, onde se leva em conta as características do mercado e as decisões da concorrência (Wenke, 2004).

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Conforme Wenke (2004, p.129), o cálculo do custo da compra: (+) Custo da fatura (valor constante na nota fiscal);

(–) Descontos dados (mencionados no corpo da nota fiscal); (+) Despesas acessórias (Fretes, seguros e outros);

(+) Impostos não recuperáveis fiscalmente (no comércio temos o IPI); (–) Impostos recuperáveis fiscalmente ( no comércio temos o ICMS); (=) Custo da aquisição das mercadorias, materiais ou serviços;

3 METODOLOGIA

Segundo Lakatos e Marconi (2011), a metodologia de uma pesquisa responde várias perguntas e utiliza o maior número de itens possíveis. Utilizando diversas técnicas, como observação. A observação consiste não apenas em ver ou ouvir, como também examinar e utilizar a análise de conteúdos e pesquisa de mercado, entre outros.

Já para Gil (2007) a metodologia científica pode se definir como o caminho para se chegar a determinado fim utiliza-se de um conjunto de métodos intelectuais e técnicos.

A pesquisa a ser realizada será um estudo de caso, que segundo Gil (2007), se caracteriza por um estudo aprofundado e exaustivo de um ou mais objetos, com o intuito de permitir um conhecimento amplo e ao mesmo tempo detalhado.

O estudo de caso utiliza situações da vida real e visa explicar essas situações e fenômenos que não podem se utilizar de experimentos através de investigações (Gil, 2009).

O estudo de caso possui etapas que auxiliam na elaboração da pesquisa, onde podemos citar segundo Gil (2002), a formulação do problema que é uma etapa que necessita muito cuidado, para que se possa utilizar desse tipo de delineamento. Outra etapa é a definição da unidade-caso, sendo necessário definir qual a unidade e o ponto de vista do que vai ser pesquisado, a determinação do número de casos analisados, a coleta de dados e a análise dos mesmos.

A técnica a ser utilizada será a pesquisa bibliográfica onde utilizamos como base materiais já elaborados, como livros, artigos, revistas. Através destas bibliografias podemos fundamentar a pesquisa e elucidar teorias já existentes. Outra técnica a ser utilizada será a pesquisa documental que se caracteriza por

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ser uma pesquisa em materiais que ainda não receberam um tratamento analítico ou que podem ser reelaborados de acordo com a necessidade da pesquisa. Estes documentos podem ser relatórios da empresa, tabelas estatísticas entre outros (Bauren, 2012).

Este estudo foi realizado na empresa “Materiais de Construção X”, atua no mercado a mais de sete anos no ramo da comercialização de produtos para construção civil, que podemos dizer que é um mercado que está em constante crescimento. Assim vamos mostrar de forma clara como ocorre o processo de gestão de estoques, quais os métodos de avaliação de estoques existentes e ainda como ocorre a formação do preço de venda.

Os dados colocados no estudo foram coletados em livros, explicando os conceitos teóricos do assunto. Quanto aos dados da empresa foram coletados através de conversas realizadas com o proprietário da mesma.

4 DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS

De acordo com que nos diz o CPC 16, os dois métodos de avaliação de estoque aceitos pelo fisco, são o Custo Médio Ponderado e Primeiro que entra, Primeiro que Sai (PEPS). Através destes analisaremos três produtos no período de três meses. Os produtos Analisados foram o Cimento 50 Kg, Cal Hidratada SC 20 Kg e Cal Hidratada “Extra” SC 20 Kg. O primeiro método calculado foi o PEPS (Primeiro a entrar, Primeiro a Sair), para demostrarmos como foram realizados os cálculos utilizamos o mês de abril do produto Cal Hidratada “Extra” SC 20Kg :

PRODUTO: CAL HIDRATADA “ EXTRA" SC 20KG

PERÍODO: ABRIL

DATAS

ENTRADAS SAÍDAS SALDOS

QUANT. VALORES (R$) QUANT. VALORES (R$) QUANT. VALORES (R$)

HISTÓRICO UNIT. TOTAL UNIT. TOTAL UNIT. TOTAL

EI 64 6,51 416,64

10/04/2013 VENDA 15 6,51 97,65

SALDO 49 6,51 318,99

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SALDO 9 6,51 58,59 17/04/2013 COMPRA 50 6,29 314,5 9 6,51 58,59 50 6,29 314,5 SALDO 59 373,09 18/04/2013 VENDA 9 6,51 58,59 18/04/2013 VENDA 11 6,29 69,19 0 6,51 0 39 6,29 245,31 SALDO 39 245,31 22/04/2013 VENDA 20 6,29 125,8 19 6,29 119,51 SALDO 23/04/2013 COMPRA 70 7,09 496,3 19 6,29 119,51 70 7,09 496,3 SALDO 89 615,81 25/04/2013 VENDA 15 6,29 94,35 4 6,29 25,16 70 7,09 496,3 SALDO 74 521,46

E abaixo, utilizamos o mesmo produto para demonstrar o Método do Custo Médio Ponderado Móvel:

PRODUTO: CAL HIDRATADA “EXTRA” SC 20KG PERÍODO: ABRIL

DATAS

ENTRADAS SAÍDAS SALDOS

QUANT. QUANT.

VALORES (R$)

QUANT.

VALORES (R$) HISTÓRIC

O UNIT. TOTAL UNIT. TOTAL UNIT. TOTAL

EI 64 6,51349 416,8634 10/04/2013 VENDA 15 6,51349 97,70237 SALDO 49 6,51349 319,1611 15/04/2013 VENDA 40 6,51349 260,5396 SALDO 9 6,51349 58,62142 17/04/2013 COMPRA 50 6,29 314,5 SALDO 59 6,32409 58,62142 18/04/2013 VENDA 9 6,32409 56,91683 18/04/2013 VENDA 11 6,32409 69,56501 SALDO 39 6,32409 246,6396 22/04/2013 VENDA 20 6,32409 126,4818

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SALDO 19 6,32409 120,1577

23/04/2013 COMPRA 70 7,09 496,3

SALDO 89 6,92649 616,4577

25/04/2013 VENDA 15 6,92649 103,8974

SALDO 74 6,92649 512,5604

4.1 Simulação na Formação do Preço de Venda

Abaixo temos uma demonstração de como foram calculados os preços de venda dos produtos selecionados;

Produto: Cimento 50Kg Período: Fevereiro

Custo Fixo Custo v. +Despesas Margem de Lucro TOTAL Preço de venda 17,92671391 0,358534278 3,585342783 21,87059

Produto: Cimento 50Kg Período: Março

Custo Fixo Custo v. +Despesas Margem de Lucro TOTAL Preço de venda 18,21856555 0,364371311 3,643713109 22,22665

Produto: Cimento 50Kg Período: Abril

Custo Fixo Custo v. +Despesas Margem de Lucro TOTAL Preço de venda 18,28053102 0,36561062 3,656106205 22,30225

Nesta tabela comparamos os preços que foram encontrados em nossos cálculos com os preços que a empresa costuma praticar:

TABELA COMPARATIVA ENTRE O PREÇO CALCULADO E O PREÇO APLICADO PELA EMPRESA MÊS PRODUTO PREÇO CALCULADO PREÇO UTILIZADO

FEVEREIRO CIMENTO 50KG 21,87 21,43

MARÇO CIMENTO 50KG 22,22 21,4

ABRIL CIMENTO 50KG 22,30 21,68

FEVEREIRO CAL HIDRATADA SC 20KG 7,19 8,32

MARÇO CAL HIDRATADA SC 20KG 7,19 8,5

ABRIL CAL HIDRATADA SC 20KG 7,76 7,99 FEVEREIRO CAL HIDRATADA "EXTRA" SC 20KG 8,60 8,66 MARÇO CAL HIDRATADA "EXTRA" SC 20KG 7,95 8,5

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ABRIL CAL HIDRATADA "EXTRA" SC 20KG 9,14 8,9 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Segundo Gil (2002), a pesquisa pode ser caracterizada como um estudo de caso quando podemos obter um conhecimento amplo e detalhado, do objeto em estudo, onde por esse fato se torna um estudo profundo e exaustivo.

Este estudo foi desenvolvido em uma empresa do ramo de comércio de materiais de construção, atingimos com este trabalho o objetivo de mostrar como ocorre o processo de gestão de estoques e a formação do preço de venda. Utilizou-se de informações obtidas em entrevistas com o gestor e a disponibilização das notas fiscais de entrada e saída dos produtos selecionados para análise.

Durante todo estudo demonstramos, com clareza aos gestores, os diversos métodos de avaliação de estoque existentes e como ocorre a formação do preço de venda.

Com o auxilio do referencial teórico e de documentos fornecidos pela empresa, elaboramos os cálculos e obtivemos resultados que nos deram margem para as conclusões apresentadas neste estudo.

Atualmente as empresas de pequeno porte não vislumbram a necessidade de ter controles de suas atividades, podemos citar os estoques (com a entrada e saída de mercadorias), de recebimento de clientes, de pagamento de funcionários e muitas outras atividades que necessitam de controle. Mas com a nova geração de empreendedores podemos ver que esta realidade está mudando, pois os mesmos já estão buscando mais informações junto de entidades que se dedicam a fomentar negócios e empresas, como o SEBRAE. A empresa em análise ainda não se utilizava de controle para auxiliá-lo a administrar ou gerir melhor a empresa, ainda que reconhecesse esta necessidade.

Em nosso estudo, para demonstrar o funcionamento dos controles de estoque e como podem ser calculados os preços de venda, realizamos cálculos em tabelas, demostrando o funcionamento e comparando cada método. Para nossos cálculos de métodos de avaliação de estoque utilizamos os métodos que atualmente são aceitos pelo fisco o PEPS (Primeiro a entrar e Primeiro a Sair) e o Custo Médio Ponderável.

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para a empresa o Método do Custo Médio Ponderado a ser aplicado pelo fato de que com a entrada de novos produtos será feita uma nova média do custo dos produtos em estoque. Gerencialmente o gestor da empresa pode se utilizar do método que julgar mais adequado, entre todos que citamos em nosso estudo.

O proprietário da empresa diante dos resultados de nosso estudo está implantando um sistema de controle de estoque. Pois entende que os princípios aqui abordados forneceram as informações que ele necessita para escolher o software mais adequado para as necessidades da sua empresa.

Na formação do preço de venda, temos diversos métodos que podemos utilizar. Em nosso estudo abordamos o método onde utilizamos os custos e a margem de lucro estipulada pelo proprietário da empresa. Através disso fizemos uma tabela comparativa entre os preços calculados e os preços praticados pela empresa. Onde podemos verificar que o proprietário mesmo utilizando seu tino e experiência, consegue manter os preços bem próximos dos resultados por nós obtidos através dos cálculos. As divergências entre os preços de venda calculados e os preços de venda praticados pela empresa foram pouco representativas. Mas tivemos a oportunidade de demonstrar as técnicas de formação de preço de venda para que o gestor possa ter mais uma ferramenta para auxiliá-lo e a possibilidade de aplicar os mesmos conceitos aos outros produtos constantes em seu estabelecimento.

6 REFERÊNCIAS

BEUREN, Ilse Maria (Org.). Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática. 3. ed. São Paulo, Atlas, 2012.

CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial: Teoria e Prática. 3. ed. São Paulo, Atlas, 2006.

FIGUEIREDO, Sandra; CAGGIANO, Paulo Cesar. Controladoria: teoria e prática. São Paulo, Atlas, 2006.

FISCH, Silvio; MOSIMANN, Clara Pellegrinello. Controladoria: seu papel na administração de empresas.2.ed. São Paulo, Atlas, 1999.

GIL, Antonio Carlos. Técnicas de Pesquisa em Economia e Elaboração de Monografias. 4.ed. São Paulo, Atlas, 2002.

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2009.

______.Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo, Atlas, 2002. IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da Contabilidade para o nível de graduação.4.ed. São Paulo, Atlas, 2008.

______.Contabilidade Comercial: atualizado conforme o novo Código Civil. 7 ed. São Paulo, Atlas, 2008.

IUDÍCIBUS, Sérgio. Contabilidade Gerencial. 6. ed. São Paulo, Atlas, 2006. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. 7. ed. São Paulo, Atlas, 2011. PADOVEZE, Clóvis Luís. Manual de Contabilidade Básica: Uma Introdução à Prática Contábil. 5. ed. São Paulo, Atlas, 2007.

______. Contabilidade Gerencial: Um enfoque em sistema de informação contábil. 3. ed. São Paulo, Atlas, 2000.

______. Controladoria Básica. São Paulo, Pioneira Thomson Learning, 2004. Viana, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. 1. ed. São Paulo, Atlas, 2010.

Wanke, Peter. Gestão de Estoques na Cadeia de Suprimento: Decisões e modelos quantitativos. 2. ed. São Paulo, Atlas, 2008.

Wernke, Rodney. Gestão de Custos: uma abordagem prática. 2. ed. São Paulo, Atlas, 2004.

______. CPC 16 (R1). Disponível em:

Referências

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