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O programa Sócrates Resumo

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Academic year: 2021

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Objectivos

• reforçar a dimensão europeia na educação a todos os níveis

• melhorar o conhecimento das línguas euro-peias

• promover a cooperação e a mobilidade em todos os domínios da educação

• fomentar a inovação na educação

• promover a igualdade de oportunidades em todos os sectores da educação

As oito acções

1) Comenius: o ensino escolar 2) Erasmus: o ensino superior

3) Grundtvig: a educação de adultos e outros percursos educativos

4) Língua: aprender as línguas europeias 5) Minerva: as tecnologias da informação e da

comunicação na educação

6) Observação dos sistemas educativos, políti-cas e inovação no domínio da educação 7) Acções conjuntas com outros programas

europeus

8) Medidas de acompanhamento

Países participantes

No total, são 31 :

• os 15 países da União Europeia: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlân-dia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxembur-go, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, Suécia

• três países da EFTA/EEE: Islândia, Listenstaine, Noruega

• os 10 países associados: Bulgária, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Repúbli-ca CheRepúbli-ca, Roménia, Eslováquia, Eslovénia • Chipre, Malta e, a prazo, a Turquia

Duração

De 1 de Janeiro de 2000 a 31 de Dezembro de 2006

Orçamento

1 850 milhões de euros para sete anos

As agências nacionais

O programa Sócrates é, em grande parte, gerido pelas agências nacionais estabelecidas em cada um dos países participantes, o que permite assegurar uma ligação mais directa com os cidadãos. Os contactos destas agências são fornecidos na última página desta brochura

Para mais informações

Pode :

• consultar a Agência Nacional Sócrates do seu país

• consultar o sítio Internet Sócrates da Comissão Europeia (http://europa.eu.int/ comm/education/socrates.html

• consultar o Guia do Candidato Sócrates, que fornece todas as informações necessárias sobre as diferentes acções e o modo concreto de nelas participar. Este Guia, disponível em onze línguas, pode ser obtido a partir da Internet (ver endereço supra) ou junto das agências nacionais

Sócrates

Filósofo grego. Simboliza

uma visão humanista do

mundo e a rejeição de

todos os dogmatismos.

A sua máxima

«conhece-te a ti mesmo» é a base

primordial para o

conhecimento e o respeito

de si próprio e do outro

na sua diferença

(2)

Acção Comenius desenvolve-se em

três grandes áreas.

As parcerias escolares

Estas dividem-se, por seu turno, em três tipos. • Os projectos de escola permitem a

estabele-cimentos (no mínimo, três estabeleestabele-cimentos oriundos de três países participantes) traba-lhar sobre um tema de interesse comum. Têm por objectivo associar o máximo de classes e contribuir, deste modo, para uma cooperação mais estreita, nomeadamente, entre dife-rentes classes e disciplinas. Promover a parti-cipação activa dos alunos constitui uma prioridade e, doravante, alguns alunos poderão deslocar-se ao estrangeiro para preparar e planificar, em conjunto com os professores, o projecto europeu.

• Os projectos de línguas dizem respeito a dois estabelecimentos provenientes de dois países participantes. A aprendizagem de línguas estrangeiras deve constituir o núcleo dos projectos. Será dada prioridade às línguas menos utilizadas e menos ensinadas. Os projectos implicam geralmente, um inter-câmbio recíproco de alunos que será concre-tizado com estada no país parceiro (idade mínima dos alunos: 14 anos).

• Os projectos de desenvolvimento escolar envolvem os estabelecimentos de ensino (no mínimo três estabelecimentos, provenientes de três países participantes) na sua qualidade de instituições. Os estabelecimentos são incentivados a partilhar as suas experiências e de pôr em prática intercâmbios relativa-mente aos métodos pedagógicos e aos modos de organização ou de gestão tendo por base temas de interesse comum como, por exem-plo, a prevenção da violência escolar ou a integração dos alunos de meios sociais ou culturais diferentes. Cada estabelecimento se vê, assim, implicado na sua globalidade.

A formação inicial e contínua

do pessoal docente

elaboração de programas, cursos, estratégias ou material pedagógico destinados à forma-ção do pessoal docente. Para além da contri-buição destes projectos para o reforço da qualidade da formação a nível europeu, o estabelecimento de contactos entre colegas que trabalham neste domínio, nos diferentes países europeus, constituirá um elemento precioso.

• Bolsas individuais atribuídas a futuros professores (incluindo os estágios para futu-ros professores de línguas), a professores no activo e a outras categorias compreendidas na educação formal ou informal (directores de estabelecimentos, inspectores, conselhei-ros, mediadores, etc.). Estas bolsas subvencio-narão a mobilidade para frequentar estágios práticos nas escolas ou empresas no estran-geiro, assim como para participar em cursos europeus com colegas originários de outros países.

A implementação de redes Comenius

Estas redes, criadas a partir de vários projectos em curso, devem ser estruturadas em torno de um determinado tema, por exemplo, a cidadania, a educação ambiental, a educação intercultural. Para além disso, no final de um projecto Comenius, os promotores manifestam frequen-temente o desejo de continuar o trabalho já realizado em comum. As redes Comenius ofere-cem-lhes essa oportunidade. Um grande número de ideias e propostas pode assim ser amplamen-te partilhado, inclusive por estabelecimentos de ensino que ainda não tiveram oportunidade de participar numa parceria europeia.

Esta acção pretende consolidar, criar sinergias e ampliar realizações positivas e práticas inovado-ras, divulgar ideias e bons resultados, conferir um efeito durável aos projectos.

Uma porta aberta à educação

Comenius:

do jardim de infância ao

estabelecimento de ensino secundário

Comenius

Filósofo da Morávia no século XVII, considerava que a escola se deveria abrir ao mundo exterior. Alargar os horizontes é, de facto, o principal desafio. A cooperação europeia traz às escolas uma lufada de ar fresco e novas ideias. Incita-as, tam-bém, a criar novas parcerias, a trabalhar melhor e de modo diferente.

Dos 340 000 estabelecimentos de ensino da Europa, 10 000 participaram na primeira fase da acção Comenius, de 1995 a 1999. A partir do ano 2000, o objectivo será aumentar signi-ficativamente este número. A acção Comenius dirige-se ao primeiro estádio da educação: do jardim de infância ao secundário (incluindo o ensino técnico e profissional), passan-do pelo ensino básico. Nela estão implicados todos os agentes da comunidade edu-cativa — docentes, pessoal educativo, alunos — procuran-do-se, também, mobilizar outros intervenientes no pro-cesso educativo: associações de pais, organizações não governamentais, autoridades locais, empresas, parceiros sociais, etc.

O objectivo da acção Comenius é elevar a qualidade do ensino, reforçar a sua dimensão euro-peia e promover a aprendiza-gem de línguas. A tónica também é colocada em algu-mas grandes ideias-chave: aprendizagem num quadro multicultural, que constitui a base propriamente dita da

(3)

Dois grupos beneficiam destas

actividades: os estudantes e os

professores.

Os estudantes

Com a acção Erasmus, os estudantes podem prosseguir os seus estudos durante um período de 3 a 12 meses numa universidade ou num estabelecimento de ensino superior de outro país participante. O princípio subjacente deter-mina que o tempo passado no estrangeiro seja plenamente reconhecido no estabelecimento de origem, graças designadamente ao sistema ECTS (Sistema Europeu de Transferência de Créditos Académicos), que facilita o reconhecimento académico de períodos de estudo nos estabele-cimentos parceiros. Para que haja uma desloca-ção no quadro da acdesloca-ção Erasmus, é necessário, portanto, o acordo prévio entre as universidades em causa.

Como forma de apoio à sua mobilidade, os estudantes poderão usufruir de uma bolsa, como acréscimo às bolsas que lhes foram conce-didas pelas universidades, regiões ou Estados competentes. A bolsa europeia é uma contribui-ção para as despesas de viagem e para a diferen-ça entre níveis de vida.

Note-se, ainda, que a Comissão Europeia pode financiar parcialmente a preparação linguística dos estudantes antes da sua partida para o estrangeiro.

Todos os testemunhos e inquéritos são unâ-nimes: empreender um período de estudos no estrangeiro é altamente compensador, tanto no plano pessoal, como no académico e social. Estando noutro país, o estudante desenvolve as suas capacidades de adaptação e comunicação intercultural, assim como os seus conhecimen-tos sobre a Europa. Beneficiará igualmente de um trunfo importante em termos de inserção profissional.

Para quaisquer informações relativas às bolsas Erasmus, deverá contactar o gabinete de rela-ções internacionais da universidade.

Os professores

Várias secções da acção Erasmus dizem directa-mente respeito aos professores.

• Intercâmbios de professores. A Comissão Europeia concede um auxílio aos professores que leccionam cursos, em geral de curta duração, integrados no programa oficial de uma universidade parceira, noutro país europeu. Este tipo de experiência tem um impacto positivo, quer sobre os professores, quer sobre os estudantes.

• A elaboração conjunta de cursos. No míni-mo, três estabelecimentos (de países dife-rentes) partilham os seus recursos para criar um programa de estudos, um módulo, um currículo ou um mestrado em conjunto. Isto é possível em todas as disciplinas académicas, e não apenas numa matéria europeia.

• Programas intensivos. Um financiamento comunitário poderá ser atribuído às universi-dades que organizam cursos intensivos (por exemplo, no quadro de universidades de Verão), se estes se revestirem de uma dimensão europeia. Estes programas, de curta duração, constituem uma opção suplementar para professores e estudantes, oferecendo ainda uma oportunidade de abertura à Europa. • Redes temáticas. Os departamentos ou faculdades das universidades, os centros de investigação ou as associações profissionais podem formar uma rede europeia em torno de uma disciplina ou tema dados, que agirá como uma vasta plataforma de análise e discussão. A Comissão Europeia concede um auxílio a estas redes temáticas, na condição de o conjunto dos países participantes aí estar representado.

universidades sem fronteiras

Símbolo da

intelectuali-dade cosmopolita, a acção

Erasmus faz jus ao seu

nome. Primeiro grande

programa europeu a ver a

luz, em matéria de ensino

superior, contou, a partir

de 1987, data do seu

lan-çamento, com um sucesso

sempre crescente. Desde o

seu início, 700 000

estu-dantes beneficiaram de

uma mobilidade europeia.

Actualmente, quase todas

as universidades europeias

participam nesta acção.

No entanto, facto menos

conhecido, a acção

dirige-se também aos

estabeleci-mentos de ensino superior

não universitário, assim

como aos estudos de

pós-graduação.

Cada universidade

apre-senta o conjunto das suas

actividades Erasmus num

contrato («contrato

insti-tucional») celebrado com a

Comissão.

(4)

Uma porta aberta à educação

Com a acção Grundtvig,

a Comissão Europeia apoia quatro

tipos de actividades.

• Os projectos de cooperação dizem respeito às instituições e organizações de educação de adultos que queiram realizar um projecto concreto ou uma produção comum através da cooperação europeia. Exemplo: criar sistemas de acreditação ou de validação de competências que tenham sido adquiridas nos sistemas informais de educação; ou ainda, criar novos módulos de formação e novas metodologias. Os projectos de coope-ração podem integrar a mobilidade, através da organização de reuniões entre parceiros. No entanto, este aspecto será marginal em relação ao objectivo da cooperação: a reali-zação de um projecto educativo europeu.

• As parcerias educativas destinam-se às organizações a nível local e permitem cola-boração a uma escala mais reduzida. Promo-vem geralmente um primeiro contacto entre parceiros provenientes de diferentes países, podendo avançar, subsequentemente, para realizações mais ambiciosas. As parcerias educativas, visam, por exemplo, a organiza-ção de conferências, exposições, visitas, que se traduzirão numa troca de experiências, práticas e métodos. As visitas e intercâmbios desempenham um papel importante. • As bolsas de mobilidade para a formação

destinam-se aos formadores que decidem seguir uma formação noutro país europeu. Essa formação tem, normalmente, uma curta duração: de uma a quatro semanas. Esta mobilidade abarca todas as categorias do pessoal encarregue da educação de adultos: professores, gestores ou pessoal administrati-vo, conselheiros, mediadores ou demais orientadores.

• Por último, as redes Grundtvig oferecem aos agentes implicados na educação de adultos uma base permanente de discussão, permi-tindo uma ampla divulgação de práticas e ideias inovadoras neste domínio. As redes dividem-se em dois tipos: redes temáticas, que constituem fóruns de debate sobre questões-chave; e as redes de projectos, que dão às instituições que façam parte de uma parceria a possibilidade de dar continuidade, em conjunto, à sua iniciativa, permitindo a um maior número de organismos beneficiar dos resultados.

Grundtvig:

o terceiro elo educativo

A educação não se limita à escola. É um processo que se exerce ao longo de toda a

vida, em todas as idades, em qualquer local. Grundtvig é uma designação com origem num pedagogo dinamarquês que desenvolveu esforços no sentido de ligar a educação à vida e torná-la acessível a todos. Esta acção tem por objecto a educação de adultos e os percursos educativos alternativos. Trata-se de uma acção que vai completar a acção Comenius (ensino escolar) e a acção Erasmus (ensino superior), tornando-se, assim, no terceiro elo da mesma cadeia educativa.

O sector da educação de adultos difere de país para país e abrange uma grande variedade de situações. Os adultos escolhem retomar a via da educação por diversas razões. Por um lado, podem querer voltar à escola ou à universidade, a fim de obterem novas habilitações e assim encontrarem mais facilmente um emprego. Por outro lado, podem querer preencher os seus tempos livres, assegurando o seu próprio desenvolvimento pessoal e social. Podem, ainda, querer exercer a sua cidadania activa, democrática.

Os agentes no domínio da educação de adultos são instituições formais (escolas, universidades) ou não formais (estabelecimentos de educação de adultos, associações, bibliotecas, museus, organizações de pais, etc.).

Grundtvig dirige-se a todos os adultos, embora pretenda, muito especialmente, favorecer aqueles que se vêem confrontados com dificuldades específicas de aprendizagem, quer por residirem em zonas desfavorecidas ou isoladas, quer por viverem situações sociais delicadas, ou, ainda, por possuírem escassos conhecimentos de base. Convém, em particular, dar uma segunda oportunidade aos

(5)

A Comissão Europeia pode prestar o

seu apoio a duas categorias de

projectos.

A promoção da aprendizagem

das línguas

• Para encorajar a aprendizagem de uma nova língua, é necessário estimular o interesse, coligir informações relativas às diferentes possibilidades existentes nesse domínio, locais e modos de aprendizagem. Neste senti-do, a Comissão apoia um leque de projectos transnacionais que correspondem simulta-neamente às etapas necessárias ao conheci-mento das línguas estrangeiras.

• Estes projectos dizem respeito, em primeiro lugar, à sensibilização: podem, por exemplo, constituir-se parcerias para fazer campanhas através dos meios de comunicação. Em segui-da, temos a motivação. Em terceiro lugar, a

informação: onde e como podemos dispor de

uma aprendizagem adaptada às nossas necessidades, quais são as inovações e as boas práticas neste domínio? Por último, conta-se o acesso a estes recursos linguísti-cos: como se podem incluir numa rede, de maneira a torná-los mais acessíveis?

O desenvolvimento de materiais

• Esta segunda parte da acção Lingua pretende

assegurar a presença no mercado de uma gama suficiente de fmateriais destinados à aprendizagem de línguas. Os projectos trans-nacionais apoiados pela Comissão Europeia devem situar-se claramente em domínios pouco ou nada representados nesse mesmo mercado. Devem igualmente apoiar a inova-ção. Poderão incluir, por exemplo, um novo método de aprendizagem do finlandês, a pre-paração de um teste via Internet para avaliar, a distância, as competências de determinada pessoa em espanhol, ou, ainda, a concepção de um vídeo para estudantes que irão estudar para a Alemanha, etc.

• Os projectos apresentados no âmbito de uma destas áreas da acção Lingua devem reunir determinadas condições. Por um lado, devem basear-se numa parceria que integre estabe-lecimentos/organismos provenientes de, pelo menos, três países participantes; além disso, devem demonstrar uma mais-valia europeia. A última, e importante, condição determina que não podem ter fins lucrativos.

• A acção Lingua pretende, ainda, promover a aprendizagem das línguas menos utilizadas e menos ensinadas na União Europeia.

o desatar das línguas

Em média, cerca de um

em cada dois europeus é

incapaz de conversar

numa língua que não seja

a sua língua materna.

Além disso, quando

comu-nica, o europeu privilegia

algumas línguas

domi-nantes, tais como o inglês,

o francês ou o alemão.

O conhecimento de línguas

estrangeiras permite uma

melhor compreensão de

outras culturas, numa

Europa que se caracteriza

pela diversidade. Constitui

um factor de

desenvolvi-mento e de

enriqueci-mento pessoal. Facilita a

obtenção de um emprego.

A promoção da

aprendi-zagem e do ensino das

línguas — as onze línguas

comunitárias, acrescidas

do irlandês e do

luxem-burguês — está presente

nas diferentes acções do

programa Sócrates, quer

se trate das acções

Come-nius, Erasmus ou

Grundt-vig. A acção Lingua

percorre de maneira

trans-versal o programa,

concen-trando-se em algumas

áreas-chave, de modo a

encorajar o domínio das

línguas, quer sejam

ensi-nadas na escola ou fora

do quadro escolar.

(6)

Uma porta aberta à educação

Através da acção Minerva,

a Comissão Europeia apoia quatro

grandes tipos de actividades

transversais do programa Sócrates.

• Projectos destinados a melhor compreender

e apoiar a inovação. Trata-se de acções de investigação, estudos dirigidos e análises comparativas para melhorar a compreensão do impacto das TIC e dos modelos EAD sobre a organização do ensino e sobre os processos de aprendizagem propriamente ditos. • Projectos destinados a conceber novos

métodos e recursos pedagógicos para o desenvolvimento de ambientes inovadores em matéria de aprendizagem.

• Actividades destinadas a comunicar e aceder aos resultados dos projectos, de modo a ampliar a sua difusão e generalizar as melhores práticas.

• Projectos destinados a estabelecer redes e promover o intercâmbio de ideias e experiên-cias relativas ao EAD e à utilização das TIC no domínio da educação. Incentiva-se o estabe-lecimento de cooperação entre os criadores, utilizadores e responsáveis pelos sistemas de ensino e formação.

As TIC estão presentes nas diferentes acções do programa. No entanto, com a acção Minerva, elas constituem a própria essência dos projectos. As actividades apoiadas por esta acção preten-dem atingir uma dimensão crítica, sendo mais latas do que as outras acções. Devem abordar temas de interesse europeu, demonstrar um real efeito multiplicador e um forte potencial de divulgação e propagação.

A acção Minerva presta, por outro lado, uma atenção especial aos projectos transnacionais promovidos por parcerias que incluam uma pluralidade de agentes: mundo escolar e univer-sitário, indústria dos multimedia e das TIC, editores, ministérios, associações ou especialis-tas exteriores à escola, etc. A experiência demonstra, com efeito, que são os projectos integrados aqueles que produzem os resultados mais inovadores e duradouros.

Minerva:

as novas tecnologias

ao serviço da educação

Em poucos anos, tudo evoluiu a uma velocidade fulminante. Até há bem pouco

tempo, era necessário convencer os professores do interesse das novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC). Havia que equipar as escolas e enfrentar a escassez de produtos multimedia educativos.

Actualmente, a maioria das escolas da Europa está ligada em rede. Além disso, com a aceleração da inovação tecnológica e com o desenvolvimento exponencial da Internet, as TIC atingem amplamente todos os locais onde se aprende: escola, casa e todos os outros.

Deu-se uma viragem histórica. Agora, trata-se de a aproveitar o melhor possível, estruturando os ambientes de aprendizagem e implementando, graças às TIC, uma verdadeira engenharia da educação. Impõem-se, prioritariamente, dois objectivos. Importa, em primeiro lugar, que as TIC conduzam a novas oportunidades de aprendizagem, concentrando-se na inovação pedagógica: promover novas relações entre docentes e discentes, personalizar a aprendizagem, encorajar abordagens pluridisciplinares… É necessário, em seguida, garantir uma oferta de serviços que satisfaça plenamente as necessidades, tanto dos professores, como dos aprendentes, o que pressupõe o desenvolvimento e a promoção de produtos de qualidade, evitando simultaneamente que produtos medíocres, de fraco valor pedagógico, inundem o mercado.

A acção Minerva pretende fazer face a este desafio. Dizendo respeito à educação aberta e à distância (EAD), assim como aos multimedia e às TIC no domínio da educação, esta acção tomou o nome da deusa latina símbolo da inteligência e do

(7)

A Europa caracteriza-se por uma grande plurali-dade de tradições, práticas e sistemas educativos. O desafio que se coloca a todos os países, naturalmente virados para as suas próprias realidades, é o de se interessarem pelo que se faz noutros sítios. A observação de outros contextos educativos, não tem como objectivo copiá-los mecanicamente. Consiste, antes, em apreender a pluralidade das abordagens, encorajando a promoção no seu país de outras formas de fazer as coisas. Assim, a diversidade europeia torna-se um campo fértil para a inovação e melhoria da qualidade da educação.

Tal é o objectivo da acção Observação e Inova-ção: criar ferramentas concretas para beneficiar, da melhor forma, desta diversidade. Para este fim, a Comissão Europeia fornece o seu apoio a diferentes iniciativas e actividades:

• a divulgação de informações fiáveis e com-paráveis sobre os sistemas e as políticas nacionais em matéria de educação, através da rede de informação sobre a educação na Europa (Eurydice);

• visitas de estudo que permitem aos decisores e responsáveis no domínio da educação adquirir uma experiência directa sobre os sistemas e as reformas educativas nos outros países (Arion);

• dinamização de uma rede (Naric) que congre-ga centros nacionais para o reconhecimento académico dos diplomas;

• lançamento de projectos — piloto, relativos, por exemplo, à avaliação da qualidade da educação;

• criação de iniciativas que favoreçam inter-câmbios de experiências e de boas práticas, ao nível europeu, relativamente a alguns temas particularmente inovadores como, por exemplo, a relação entre a educação e o emprego, os indicadores da qualidade do ensino, ou debates de índole mais prospectiva relativamente à educação de amanhã (activi-dades gerais de observação e de análise).

a Europa de todos

Uma coisa é saber. Outra, é fazer saber. É importante que as novas

ideias, estudos e debates não fiquem confinados ao domínio exclusivo

de alguns especialistas. Assim, a acção Observação e Inovação do

programa Sócrates investirá num diálogo fecundo, relativamente a

questões-chave, com toda a comunidade educativa e com os diferentes

intervenientes da sociedade civil (decisores, parceiros sociais,

associações, etc.).

A fim de garantir a flexibilidade do programa, será igualmente possível

apoiar projectos e estudos transnacionais que respondam a necessidades

que se tenham feito sentir ao longo do período contemplado pelo

programa.

(8)

As sinergias serão promovidas de duas

formas :

• através de convites à apresentação de propos-tas de projectos realmente conjuntos e comuns aos diferentes programas. Para serem elegíveis, estes projectos deverão cobrir pelo menos dois dos três domínios;

• através de projectos que respondam aos critérios de um só programa, mas que digam respeito a temas definidos em comum entre os diferentes programas, por exemplo, a luta contra a exclusão social. Neste caso não há, a bem dizer, um convite conjunto. No entanto, após terem sido seleccionados, os projectos pertencentes a esta segunda categoria desenvolverão relações uns com os outros, de programa a programa.

Prioritariamente, seja qual for a área escolhida, procurar-se-ão as sinergias entre os três progra-mas de educação, formação profissional e juventude. Subsequentemente, contudo, esta cooperação deverá alargar-se aos sectores da cultura e do desporto, assim como a outros pro-gramas europeus, por exemplo os que dizem respeito ao emprego e assuntos sociais, para abordar problemáticas tais como a luta contra a toxicodependência ou o racismo. Procurar-se -ão, igualmente, sinergias com a investigação e os programas relativos à Sociedade da Informação.

Uma porta aberta à educação

Acções conjuntas:

uma abordagem integrada

As medidas de acompanhamento

abarcam uma larga gama de

actividades :

• têm em vista actividades de sensibilização a fim de promover a cooperação no domínio da educação (organização de conferências e seminários);

• apoiam a divulgação dos resultados dos projectos;

• pretendem melhorar a implementação do

Para assegurar a sua selecção, os projectos devem, evidentemente, ser desenvolvidos de modo transnacional por um extenso leque de parceiros, abordar um tema de interesse euro-peu e demonstrar impacto.

Medidas de acompanhamento:

ainda mais flexibilidade

A educação é o melhor

exem-plo de uma área que jamais poderia atingir plenamente os seus objectivos se não o fizesse em interacção constru-tiva com outros domínios, designadamente, as políticas de formação profissional, juventude e investigação. É por esta razão que o pro-grama Sócrates deve traba-lhar mais estreitamente com outros programas e acções comunitários. Tal é, precisa-mente, o objectivo das acções conjuntas, que figuram expli-citamente nos três programas Sócrates, Leonardo da Vinci e Juventude, com o objectivo de incentivar, assim, uma abor-dagem integrada entre a formação, a educação e a política de juventude.

Um programa com a

amplitu-de do programa Sócrates, por razões evidentes de rigor e transparência, precisa de se estruturar em torno de acções bem definidas e critérios pre-viamente estabelecidos. Com as medidas de acompanha-mento, concede-se um auxílio comunitário a actividades que não se enquadram formalmen-te nas acções do programa Sócrates mas que são, não obs-tante, pertinentes para a

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