• Nenhum resultado encontrado

Diante disso, preparamos um e-book que servirá como guia para você iniciar no mundo dos investimentos em renda fixa. Confira!

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Diante disso, preparamos um e-book que servirá como guia para você iniciar no mundo dos investimentos em renda fixa. Confira!"

Copied!
30
0
0

Texto

(1)
(2)

2

Sumário

Introdução ... 3

1. O que é Renda Fixa? ... 5

2. Como Funciona? ... 5

3.Quais as referências de rendimento da renda fixa? ... 6

• Taxa SELIC ... 6

• CDI – Certificado de Depósito Interbancário ... 6

• IPCA – Índice de Preços para o Consumidor Amplo ... 7

• TR - Taxa Referencial ... 7

4.Quais são os riscos da renda fixa?... 8

5. Como o Fundo Garantidor de Créditos protege meus investimentos em renda fixa? ... 10

6.Tipos de Renda Fixa ... 11

6.1. Títulos Públicos ... 11

Como funciona o Tesouro Direto? ... 12

6.2. Renda Fixa Privada ... 15

a. Debêntures ... 16

b. CDB e CCB ... 17

c. LC ... 19

d. LCI e LCA ... 20

e. CRI e CRA ... 21

6.Vantagens e Desvantagens de investir em Renda Fixa ... 24

7.Diferença da Renda Fixa para outros tipos de investimentos ... 25

7.1. Renda Fixa X Renda Variável ... 25

7.2. Renda Fixa X Fundo de Investimentos em Renda Fixa ... 26

8.Custos ... 27

• Imposto de Renda (IR) ... 27

• Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) ... 28

• Taxa de Custódia... 29

• Taxa de Administração ... 29

(3)

3

Introdução

Qual é a melhor forma de investir com mais segurança? Por onde começar? Quais são as aplicações mais indicadas ao meu perfil iniciante? Essas e muitas outras perguntas fazem parte do pensamento de diversas pessoas que estão pensando

em começar a aplicar o seu dinheiro.

Para a maioria da população brasileira, o investimento mais comum e seguro é a poupança. De acordo com os dados divulgados pelo Banco Central, o montante total de capital investido em setembro de 2020 bateu uma marca histórica de 1 trilhão de reais. Isso comprova que a caderneta de poupança é o investimento queridinho no país.

Hoje a poupança está rendendo por volta de 1,4% ao ano, mais ou menos 0,11% ao mês. E a projeção da inflação para 2020 é de 3,6%. Quando analisamos a poupança como um investimento, principalmente no quesito rentabilidade, é uma das aplicações que vai oferecer a menor rentabilidade do mercado e pode chegar a perder valor para a inflação.

Mas você sabia que existem opções seguras e com mais rentabilidade fora da poupança? Pois é, a renda fixa é, na maioria das vezes, o ponto de partida para os

(4)

4 investidores que estão começando no mercado financeiro. Quem tem vontade de construir uma reserva de emergência e rentabilizar o seu capital, mas possui pouco conhecimento e tolerância ao risco, pode ter como carta na manga a aplicação em títulos de renda fixa. Ela é um investimento que possui um baixo nível de risco e oferece uma maior tranquilidade no início do processo.

Diante disso, preparamos um e-book que servirá como guia para você iniciar no mundo dos investimentos em renda fixa. Confira!

(5)

5

1. O que é Renda Fixa?

A renda fixa é uma modalidade de investimento onde qualquer tipo de aplicação é baseado em regras pré-estabelecidas de retorno do capital, que são definidas no momento da aplicação. Essas regras estipulam o prazo da remuneração e a forma que será calculada e paga ao investidor. Portanto, considerando que você fique até o vencimento daquele título, irá receber uma remuneração previsível e, às vezes, até fixa.

O ideal é que este tipo de investimento seja o primeiro a ser considerado pelo investidor, por ser mais simples, previsível e, principalmente, por ser uma das melhores opções para se constituir reservas de emergência. Fora isso, existem diversos tipos de aplicações na renda fixa que se enquadram para objetivos, riscos, emissores, e rentabilidades distintas.

2. Como Funciona?

Os investimentos de renda fixa funcionam como um empréstimo do seu dinheiro para o emissor. O valor captado é utilizado para financiamento de projetos, pagamento de dívidas ou

(6)

6 desenvolvimento de áreas específicas, como o agronegócio e o setor imobiliário, por exemplo. Então, ao investir em títulos de renda fixa você remunera seu investimento e ajuda no crescimento de vários setores importantes para a economia.

3. Quais as referências de rendimento da renda fixa?

A maior preocupação dos investidores é saber mais detalhes sobre a rentabilidade de um título. É importante conhecer os indexadores que podem influenciar no rendimento dos investimentos em Renda Fixa. Abaixo listamos os índices que podem ser usados como base para o cálculo da rentabilidade dessa modalidade de investimentos.

Taxa SELIC

Definida pelo Banco Central a cada 45 dias, a SELIC representa a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela serve para regular a reserva de curto prazo e injetar ou retirar liquidez (entende-se como dinheiro) da economia. No bom português, isso significa que quanto mais baixa a taxa de juros mais dinheiro pode circular na economia. Isso acontece através da seguinte dinâmica: com juros muito baixos, perde-se a atratividade de deixar o dinheiro parado em aplicações conservadoras e liquidas, então a tendência é que o dinheiro seja investido pensando no longo prazo, mirando em rentabilidades maiores e/ou esse dinheiro seja utilizado para consumo. Ou seja, os juros baixos estimulam tanto investimentos como consumo.

CDI – Certificado de Depósito Interbancário

Acompanhando a SELIC, temos o CDI (Certificado de Depósito Interbancário). É uma taxa que foi criada para regular os

(7)

7 empréstimos de curto prazo entre os bancos. Por exemplo, se um banco está precisando de dinheiro para equalizar os depósitos de curto prazo, ele pega emprestado de outro banco que tenha recursos sobrando e o Banco Central faz essa intermediação. A taxa de juros cobrada é o CDI, normalmente muito próxima a SELIC. Essa taxa acabou se tornando a mais comum do mercado como referência para remuneração de títulos de dívida diversos (CDB, LCI, LCA, CCB, CRI, CRA).

IPCA – Índice de Preços para o Consumidor Amplo

Já o IPCA (Índice de Preços para o Consumidor Amplo), é um indicador que mostra a variação dos preços de diversos produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras. Para definir o IPCA do mês, o IBGE calcula o valor de vários itens de consumo como alimentos, energia elétrica, água, gasolina, mensalidade escolar, consultas médicas, atividades de lazer, etc. É com base nele que o Banco Central calcula o índice brasileiro de inflação e deflação, ou seja, ele é usado como termômetro mensal da variação dos preços.

TR - Taxa Referencial

A Taxa Referencial, conhecida pela sigla TR, é usada como valor de referência para o cálculo de rendimento de alguns investimentos. A finalidade da sua criação foi servir como base para as demais taxas de juros no país, porém, atualmente a taxa Selic é a responsável por esse papel. Ainda assim, ela influencia diretamente em aplicações populares no Brasil, como a poupança, FGTS, títulos de capitalização, atuando como um indexador. Hoje, a TR apresenta o valor de 0,0%, isto é, está em estabilidade.

(8)

8 Vale lembrar que não existe um padrão, isto é, cada aplicação em Renda Fixa vai variar quanto aos seus índices de referência e pode usar um deles ou mais como base de cálculo dos seus rendimentos. No tópico 6, sobre os Tipos de Renda Fixa, serão listados os títulos, como cada um deles é categorizado e os indexadores utilizados neles.

4. Quais são os riscos da renda fixa?

O pensamento que não deve ser descartado em todas as operações no mercado financeiro é que quanto maior for a expectativa de retorno, maior é o risco, e vice-versa. Todo investimento, seja renda fixa ou não, tem risco.

O risco para o senso comum muitas vezes se refere a incerteza da rentabilidade. Contudo, existem vários tipos de risco no mercado financeiro e falaremos a seguir dos principais que impactam os títulos de renda fixa.

O primeiro risco é o risco de liquidez. Não são todos os casos em que o investidor pode vender o seu título antes da data de vencimento. Mas, em ocasiões em que é possível o resgate a qualquer momento, é importante estar atento ao seguinte: os

(9)

9 valores pagos pelo mercado no ato da venda, ao serem retirados antes do prazo acordado, podem fazer o investidor deixar de ganhar uma rentabilidade maior no longo prazo ou até perder dinheiro.

O segundo é o risco de mercado, que está relacionado as oscilações no cenário macroeconômico, como mudanças na política monetária e fiscal. Os investimentos prefixados, como os de renda fixa, apresentam um risco de ter a rentabilidade real prejudicada por uma alta da inflação, caso os preços sofram uma elevação grande ou quando o câmbio tem uma variação muito significativa. Também é necessário que os investidores levem em conta os riscos que o cenário político pode influenciar negativamente nas instituições.

E por fim, existe o risco de crédito que varia de acordo com a saúde financeira da instituição escolhida para a emissão dos títulos. É quando se avalia a possibilidade de o devedor não cumprir com as suas dívidas ou outro imprevisto que possa comprometer o pagamento do papel. O Tesouro Direto é um exemplo de título que apresenta um risco de crédito menor, por ser emitido pelo Governo Federal e assim, a chance de ele não pagar os seus credores é bem baixa.

Os títulos emitidos por empresas ou bancos têm o risco atrelado a solidez da própria instituição emissora. São as agências de classificação de risco de crédito que fazem a avaliação das companhias e costumam ajudar os investidores a não fazer escolhas ruins. Por meio da nota dada por elas, o investidor diminui a chance de não ter o seu dinheiro de volta.

(10)

10

5. Como o Fundo Garantidor de Créditos protege meus

investimentos em renda fixa?

O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é uma associação privada e sem fins lucrativos que administra uma proteção aos investidores e correntistas. Isto é, em casos de falência ou fechamento de uma instituição financeira credenciada ao FGC, esse fundo pode recuperar até R$250 mil em depósitos ou créditos. Ou seja, alguns tipos de ativos contam com essa garantia que representa segurança nas aplicações dos investidores em casos extremos.

Se um banco decreta falência, os investidores que têm o capital aplicado nele, automaticamente perdem seu dinheiro. Mas a história ganha um outro desfecho com o FGC. Isso porque ele conta com instituições associadas que repassam, mensalmente, uma parte das suas contas para a manutenção do fundo. Caso essa organização financeira entre em falência ou algo semelhante e esteja associada ao Fundo Garantidor de Créditos, existem garantias de até R$ 250 mil (por CPF – apenas pessoa física) que restituem parte ou total do que foi investido no título de renda fixa. O que quer dizer que até o limite desses valores, o investidor não perde o valor aplicado.

(11)

11

Tipos de instituições associadas ao FGC:

• Caixa Econômica Federal • Bancos

• Financeiras

• Bancos de desenvolvimento

Sociedades de crédito, financiamento e investimento • Sociedades de crédito imobiliário

• Companhias hipotecárias

Associações de poupança e empréstimo

É importante dizer que o fundo é fiscalizado pelo Banco Central e segue normas de capital em padrões internacionais. Além disso, possui diversos modelos estatísticos de análise de risco ao sistema e conseguem chegar a uma segurança na identificação dos tamanhos de reservas ideais pensando no risco do sistema financeiro. Desde o ano de sua criação, 1995, o fundo sempre cumpriu com as garantias dos investidores quando foi necessário, em um prazo médio de pagamento de 90 dias.

É possível haver prejuízo mesmo com o FGC, em um cenário improvável, que seria uma falência generalizada, ou seja, as instituições financeiras e os bancos quebrando ao mesmo tempo. Porém isso é algo que, até os dias atuais, nunca aconteceu no Brasil.

6. Tipos de Renda Fixa

6.1. Títulos Públicos

A modalidade de investimento em renda fixa que se enquadra nessa categoria é o Tesouro Direto. Ele é um programa do Tesouro Nacional – órgão responsável pela gestão da dívida pública, criado em 2002 e elaborado em parceria com a Bolsa de Valores Brasileira. É uma plataforma totalmente on-line para pessoas físicas poderem

(12)

12 comprar títulos públicos federais a preços acessíveis. Mas antes de darmos continuidade aos detalhes dessa modalidade de investimentos, é importante explicar o que são títulos públicos.

Compreender o que é um título e como ele funciona é basicamente pensar em um empréstimo, que nada mais é do que um montante que você pega emprestado por um tempo e devolve ao credor, futuramente, com os juros. Ou seja, os títulos públicos são papéis que o Governo Federal emite para financiar os seus gastos.

Uma forma de investir em títulos públicos de maneira mais democrática, com muitas opções de rentabilidade e rápida, é pelo Tesouro Direto.

Como funciona o Tesouro Direto?

O Tesouro Direto funciona como um empréstimo para o governo, em que o investidor aplica um montante e o recebe acrescido de juros no prazo de vencimento do título, definido no momento da compra.

O Tesouro Direto é um título público de Renda Fixa emitido pelo Governo Federal e por isso, o risco da operação tende a ser bem

(13)

13 mais baixo. É um investimento acessível, com aplicações a partir de R$30 e possuem uma boa rentabilidade. Além disso, a liquidez desse título é diária para todos os papéis., permitindo o resgate do valor investido a qualquer momento.

Os investidores que aplicam no Tesouro Direto podem recorrer a diversas instituições financeiras como bancos e corretoras de valores.

Nele existe uma variedade de títulos à venda que atendem a diversos perfis de investidor. O rendimento dele pode estar atrelado a alguns indexadores, a seguir detalhamos cada um deles: Tesouro Selic - Esse modelo de Tesouro Direto é caracterizado como pós-fixado e o seu rendimento está atrelado à variação da taxa básica de juros da economia brasileira – a taxa Selic.

Tesouro Prefixado – Nessa modalidade do Tesouro Direto, a rentabilidade anual é fixada, ou seja, é informada no momento da compra do título. Caso o investidor decida resgatar os rendimentos antes do prazo, tem a possibilidade de ganhar mais do que o esperado, ou ter prejuízo – sacando menos do que o investido inicialmente. Isso acontece porque a rentabilidade do título ao longo do tempo, apresenta variação, subindo ou descendo de acordo com as expectativas dos juros. Resumindo, o rendimento do título vai depender do momento em que será resgatado.

Tesouro Prefixado com juros semestrais – Esse é o tipo de aplicação em que o investidor também sabe, no momento da compra, qual será o retorno obtido no vencimento do papel. A sua particularidade está no pagamento do chamado cupom, juros devidos até determinada data, que deve ser pago duas vezes ao ano. A vantagem do título com juros semestrais está na

(14)

14 possibilidade de o investidor ter um fluxo de caixa sem que para isso seja necessário vender o papel antes do seu vencimento.

Vale lembrar que toda vez que o cupom é gerado, há o desconto da alíquota máxima do Imposto de Renda (IR), 22,5%, sobre o ganho. Essa é uma modalidade indicada para os investidores que procuram por um fluxo de caixa semestral.

Tesouro IPCA – Esse modelo de Tesouro Direto é caracterizado como híbrido, ou seja, mistura um retorno prefixado - definido no momento da compra do título - com um pós-fixado, que é indexado ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), índice que mede a inflação. Portanto, o investidor terá um rendimento fixo e variável. Por exemplo: Imagine um investidor que faz uma aplicação com 3% de retorno nominal em um ano, porém a inflação desse mesmo período ficou em 4%. Nesse caso, o dinheiro perdeu o seu valor. Já nessa modalidade do Tesouro IPCA, o investidor terá um ganho real – obtido pela parte prefixada do título, que ficará sempre acima da inflação, e assim o papel fica protegido contra as oscilações da mesma.

Tesouro IPCA com juros semestrais – É um modelo caracterizado também como híbrido, com uma parte do seu rendimento atrelado à variação do IPCA e a outra definida no momento da compra do título. Vale lembrar que a parcela ligada ao rendimento prefixado faz o pagamento integral apenas na data de resgate do papel.

Essa modalidade do Tesouro IPCA com juros semestrais, a cada semestre do ano paga um valor equivalente a remuneração combinada no momento da compra do título. E a tributação do IR seguirá da seguinte forma: no primeiro pagamento incide uma

(15)

15 alíquota de 22,5% e nos demais o tributo segue a tabela regressiva – até 15% para juros distribuídos em, no máximo, 720 dias.

Caso o investidor precise resgatar o capital aplicado antes do seu vencimento, ele estará suscetível às circunstâncias do mercado no momento presente. Isso quer dizer que o investidor pode receber mais que o esperado - obtendo vantagem, ou menos, resultando em prejuízo

.

Tem proteção FGC? Custos

Não

Taxa de Custódia Taxa de Administração

IOF IR

6.2. Renda Fixa Privada

Já na modalidade dos títulos privados em renda fixa, temos os demais investimentos, com exceção da poupança.

(16)

16

a. Debêntures

Em princípio, a debênture é um investimento em renda fixa que se baseia em emprestar dinheiro para uma grande empresa pública ou privada. Logo, o investidor concede um valor para a companhia, ela investe e devolve o capital com juros no prazo acordado.

Geralmente, as organizações precisam captar recursos para financiamentos de dívidas e investimentos. É aí que as instituições financeiras, como os grandes bancos ou as corretoras, entram em cena e distribuem essas dívidas para o mercado, buscando os possíveis investidores. Depois de achados, elas emitem as debêntures e estipulam um prazo de retirada do valor acrescido de juros, que costumam ser maiores do que os juros de títulos de instituições financeiras. A lógica é semelhante à de um CDB (Certificado de Depósito Bancário), só que ele é emitido por um banco e as debêntures são de empresas variadas.

Tipos de debêntures

• Simples – não permitem a conversão em ações. Sua finalidade é apenas de financiamento da empresa emissora.

• Conversíveis – permitem a conversão em ações da própria empresa na data do título ou no prazo estabelecido com a organização. Os investidores que acreditam no potencial da empresa emissora do título, geralmente, optam por esse tipo de debêntures.

• Permutáveis – têm um funcionamento semelhante a anterior, se diferenciando apenas na parte das ações. Ou seja, as debêntures permutáveis podem ser convertidas em ações de uma outra empresa, e não necessariamente a mesma organização emissora.

(17)

17 • Normativas – são expedidas em nome do investidor inicial.

Logo, o controle de transferências e o registro da debênture são feitos em livro próprio da empresa emissora.

• Escriturais – também possuem o controle de transferências e o registro emitido pela empresa. Porém, o ativo é mantido em uma conta de custódia que fica no nome do investidor. Isso é feito por meio de uma instituição financeira, que geralmente é uma corretora de valores.

Vale ressaltar que há duas formas de resgate do dinheiro dos investimentos feitos. A primeira é retirar o capital acrescido dos juros no vencimento acordado e a segunda adquirir o montante no mercado secundário, isto é, revendendo as suas debêntures pelo preço de mercado.

Empresas emissoras de debêntures

Sociedades Anônimas (S.A.) com capital aberto ou fechado, não podem ser do ramo de finanças e devem ter, obrigatoriamente, cadastro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Tem proteção FGC? Custos

Não Debêntures comuns – IR

Debêntures incentivadas – Não têm

b. CDB e CCB

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) e a Cédula de Crédito Bancário (CCB) são aplicações em renda fixa emitidas por bancos ou corretoras que remuneram o investidor dentro de um prazo estabelecido no momento do investimento. Na prática, é por meio

(18)

18 deles que as instituições financeiras arrecadam capital e devolvem o dinheiro aplicado pelo investidor acrescido de juros (taxa de rentabilidade).

O investidor empresta dinheiro para o banco e o mesmo concede esse valor para pessoa física ou jurídica que solicite um empréstimo naquela instituição financeira. Os ganhos de quem empresta - investidor e banco - são obtidos por meio dos juros. O banco estipula uma taxa de juros para compensar o investidor com aquela opção de aplicação e ao transferir o dinheiro para um tomador de crédito, repassa os juros ainda maiores para o retorno do capital. Por exemplo, imagine um investidor que empresta R$4 mil para o banco a uma taxa de juros de 2%. O banco repassa esses 4 mil reais para uma pessoa física, mas com uma taxa de juros um pouco maior, de 4%. Portanto, ao longo do tempo o banco irá recuperar o dinheiro emprestado com um lucro suficiente para ele e para o investidor.

A única diferença entre eles é a garantia, isto é, enquanto o CDB possui uma proteção do FGC, a CCB não é protegida por ele. Porém os emissores do título devem oferecer uma garantia real para os investidores, como forma de segurança. Imóveis são exemplos dessa garantia, pois em caso de o banco quebrar, a ponto de não conseguir arcar com o pagamento da Cédula de Crédito Bancário, essas construções são oferecidas. Outra garantia, além dos imóveis, é a obrigação do banco de alocar diariamente todo o capital proveniente de investimentos em Tesouro Selic. Dessa forma, a garantia passa a ser o Estado.

Tem proteção FGC? Custos

CDB – Sim

(19)

19

c. LC

A Letra de Câmbio, conhecida pela sigla LC, é uma modalidade de investimento em Renda Fixa utilizada pelas financeiras. Esse é o detalhe que a diferencia dos CDBs, que são emitidos por bancos. O objetivo dessa aplicação é captar recursos no mercado para emprestar aos seus clientes.

Por não terem a mesma força que os grandes bancos, as financeiras podem dar a falsa impressão de saírem na desvantagem. Porém elas usam isso ao seu favor: transformam a oferta de juros mais atrativas aos clientes, mostrando que na maioria das vezes, superam a remuneração oferecida pelos bancos aos investidores que aplicam em CDB.

Fugindo ao padrão dos demais investimentos em renda fixa, as letras de câmbio geralmente não apresentam liquidez diária e o vencimento fica entre 2 ou 3 anos. Portanto são aplicações indicadas a investidores que procuram rendimentos a longo prazo. O processo de investimento em LC é simples. No momento em que o investidor adquire uma letra de câmbio, ele está emprestando dinheiro para a companhia emissora do título. Em troca, ele recebe o valor corrigido por juros. A rentabilidade acontece dentro de um prazo estipulado na hora da compra da LC. Vale ressaltar que o valor mínimo de aporte para essa modalidade de investimento varia de acordo com cada financeira.

Tem proteção FGC? Custos

(20)

20

d. LCI e LCA

A Letra de Crédito é uma categoria de investimentos em Renda Fixa, emitida por instituições financeiras que possuam autorização do Banco Central para efetuar operações de crédito que podem ser destinadas ao setor imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA). Isso acontece porque a instituição financeira precisa de capital extra entrando para ser capaz de conceder os empréstimos. A aplicação, como o próprio nome sugere, estabelece uma relação com esses dois mercados, de maneira que o objetivo é a captação de recursos para investir nesses setores, incluindo projetos e financiamentos. O processo ocorre da seguinte forma, o investidor compra uma LCI ou LCA que foi emitida, por exemplo, por um banco. A instituição financeira repassa o capital aplicado ao setor envolvido e por fim, depois de um período acordado de tempo, o valor é devolvido ao investidor acrescido de juros. Essas modalidades funcionam como um empréstimo em que o investidor é o credor.

Os juros são a forma como os bancos lucram com esses serviços de crédito. O que também é o fator que torna essas aplicações atrativas ao investidor, já que o dinheiro investido volta para ele acrescido de juros. Claro, que os juros obtidos pela instituição financeira são bem maiores que os repassados ao investidor, mas isso não tira do investimento o seu caráter vantajoso.

Tem proteção FGC? Custos

Sim Não tem

(21)

21

e. CRI e CRA

Quem investe em Certificados de Recebíveis adquire um fluxo de rendimentos de créditos que são fornecidos por meio do financiamento de projetos imobiliários (CRI) e do agronegócio (CRA). Uma vez que o investidor compra esses papéis, pode receber uma remuneração do emissor do título somado ao montante investido inicialmente de forma periódica ou em uma data de vencimento do papel, estabelecida na hora da aplicação.

Por exemplo, existem títulos que pagam os juros periodicamente ao investidor, já outros pagam o valor completo no vencimento do papel. E além deles, há os que retornam parte do dinheiro ao investidor acrescido aos juros. Nesse último caso, o débito da empresa com o investidor vai sendo amortizado, ou seja, liquidado aos poucos.

A companhia que concede o crédito para o empreendimento usa os certificados de recebíveis como forma de antecipação dos seus recursos. E, por isso, contrata uma empresa securitizadora que faz a ponte entre as instituições que precisam de crédito e os investidores que querem lucrar com esse tipo de aplicação.

O ato de securitizar significa transformar créditos a receber – pagamentos de um financiamento ou parcelas de uma venda a prazo, em papéis que permitem ser comprados por investidores e são negociados no mercado.

Pode ser que surja o questionamento sobre a diferença entre a Letra de Crédito e o Certificado de Recebíveis. Por isso, montamos uma tabela que facilita essa assimilação. Veja:

(22)

22

Letra de Crédito Certificado de Recebíveis

IR Isento Isento

FGC Possui Não possui

EMISSOR Banco Companhia Securitizadora

RISCO DE CRÉDITO Falência do banco emissor Risco de calote dos compradores

LIQUIDEZ No vencimento No vencimento

Vale ressaltar que os investidores que escolhem aplicar em

certificado de recebíveis podem comprar os títulos participando de uma oferta pública – venda direta do emissor, ou aderir ao papel no mercado secundário - comprar de outro investidor.

Ao que se refere aos prazos dessa modalidade de investimento, na maioria das vezes, são aplicações que ficam entre cinco a dez anos, podendo chegar a 15. E o resgate antecipado não é permitido, logo, é um investimento de longo prazo.

Tem proteção FGC? Custos

Não Não tem

Rentabilidade da Renda Fixa Privada

A rentabilidade desses papéis pode ser fixada no momento da compra, ou pode apresentar variações de acordo com índices bases da economia, como o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), a inflação, a taxa de juros e outros. De maneira geral, o indexador mais utilizado é o CDI.

A classe da Renda Fixa pode ser:

Prefixada – A taxa de rentabilidade dos ativos é fixa e o investidor sabe no momento da compra quanto o capital aplicado vai render até o vencimento. Essa modalidade é recomendada quando a previsão é de queda dos juros da economia.

(23)

23 Além disso, a renda fixa prefixada é caracterizada por ter os papéis mais negociados do mercado, ocasionando a definição diária dos seus preços. Sendo assim, o investidor que escolhe esse tipo de aplicação pode ser beneficiado, já que as taxas de juros ao cair valorizam o preço dos títulos;

Pós-fixada – Na renda fixa pós-fixada o investidor tem a informação de qual será o indicador de referência para calcular a rentabilidade do papel desde o momento do investimento. Porém não existe a certeza de qual será o retorno da aplicação, porque o valor pode apresentar variação de acordo com o indexador base do título. Existe apenas uma previsão de qual será a rentabilidade do investimento, tendo como base as expectativas sobre o comportamento do índice de referência e do tempo de aplicação. Nesse caso, ao escolher esse modelo de investimento em renda fixa, o investidor se beneficia com a alta dos juros da economia, já que os títulos acompanham esse comportamento e acabam rendendo mais.

Híbrida – Como o nome já deixa claro, essa categoria de investimento em renda fixa mistura a taxa de rentabilidade entre fixa e variável. Ou seja, ele corrige um índice e ainda adiciona um rendimento fixo.

Por exemplo, uma aplicação que oferece um rendimento de 4% + CDI. Logo, o investidor tem uma parte da rentabilidade que vai variar de acordo com o índice de referência do título, nesse caso o CDI e ainda haverá um acréscimo de rendimento prefixado, de 4%.

(24)

24

6. Vantagens e Desvantagens de investir em Renda Fixa

Como falamos inicialmente, uma das grandes vantagens da renda fixa é sua previsibilidade de retorno. Do ativo mais conservador até o ativo mais arriscado, é possível estimar mais facilmente o quanto um ativo de renda fixa pode te remunerar.

Acompanhada dessa vantagem de previsibilidade, existe a vantagem de que ter ativos previsíveis facilitam o planejamento financeiro. Essa previsibilidade ajuda na construção de objetivos de vida ao facilitar provisionamentos e planejamento de reservas. Uma outra vantagem da renda fixa é a possibilidade de usá-las como garantia para alavancagem patrimonial. Muitas vezes esses investimentos servem como garantia para empréstimos ou até mesmo como garantia para operações mais arriscadas no mercado financeiro.

(25)

25 Uma desvantagem dos ativos de renda fixa é que, às vezes e a depender do prazo de vencimento do título, as remunerações pactuadas podem não acompanhar as oscilações dos cenários macroeconômicos. Por exemplo, se hoje você tem um título de renda fixa que rende 3% fixo e a inflação está 4%, então você está perdendo dinheiro.

Uma outra desvantagem é depender do risco e coberturas, você pode sim perder todo o dinheiro investido caso o devedor não consiga arcar com a dívida. O FGC reduz esse risco, contudo não é todo ativo de renda fixa que é coberto por ele.

7. Diferença da Renda Fixa para outros tipos de

investimentos

7.1. Renda Fixa X Renda Variável

As duas rendas são modalidades de investimentos e estão associadas a previsibilidade de retorno. Mas ao contrário da renda fixa, a variável não apresenta essa previsão de retorno. Ou seja, não há certeza de quanto será o rendimento. O motivo dessa indefinição é que as condições de mercado impactam muito rapidamente os ativos. Além disso, outros fatores acabam impactando o preço como o cenário político e econômico dentro e fora do país, a área de atuação de cada mercado e outras variáveis que não dependem do ativo em si.

O funcionamento entre elas também é distinto, pois a renda variável se baseia na compra de parte de um negócio, como uma empresa ou um empreendimento imobiliário. E a renda fixa, como citamos anteriormente, é uma espécie de empréstimo do dinheiro para o emissor, que podem ser bancos, empresas ou o próprio governo.

(26)

26 O mercado de ações é um exemplo de investimento em renda variável. No momento em que o investidor compra uma ação de uma companhia, torna-se sócio dela e, automaticamente, tem participação nos lucros. Porém o recebimento deles vai depender do desempenho da instituição, ou seja, se ela está financeiramente bem ou mal. Essa modalidade de aplicação não apresenta previsibilidade de retorno, já que é impossível prever em qual situação uma empresa vai estar no futuro.

7.2. Renda Fixa X Fundo de Investimentos em Renda Fixa

O Fundo de Investimentos em Renda Fixa é uma espécie de aplicação coletiva em que diversos investidores compram cotas e adquirem os rendimentos de acordo com a política de cada fundo, que são previamente estabelecidas. Nessa modalidade de investimento a aplicação é feita em vários ativos dessa categoria e garante uma grande diversificação da carteira. O que não acontece quando o investimento é em apenas um dos tipos de papéis da renda fixa.

O fundo não é gerenciado pelo investidor, e sim por um gestor, profissional responsável por toda a administração dos ativos. Por isso, alguns fundos possuem a cobrança de uma taxa de administração, por esse serviço personalizado.

Para escolher entre um ativo ou um fundo de Renda Fixa é importante que o investidor leve em consideração outros fatores como:

Prazo de vencimento – por quanto tempo você quer deixar o seu dinheiro aplicado? Quando pretende fazer o resgate? Isso porque os fundos oferecem uma rentabilidade em um tempo menor que os ativos. Logo, se a intenção do investidor é um resgate em um

(27)

27 prazo menor, o fundo é mais aconselhável. Caso isso não faça diferença, a escolha pelos títulos de renda fixa não fará diferença nesse quesito.

Garantia – Ao contrário dos ativos em renda fixa, o fundo não oferece garantia do FGC. Mas se o investidor for aplicar um capital superior aos R$250 mil, valor limite coberto pelo Fundo Garantidor de Créditos, não faz diferença optar pelo ativo ou pelo fundo. Isso porque ambos não estarão protegendo o seu patrimônio. Caso o investidor aplique um valor inferior ao coberto pelo FGC, nesse critério o investimento em títulos sai em vantagem.

A escolha por uma das duas formas de aplicação é muito particular a cada investidor. Por isso, é fundamental analisar os critérios. A questão maior será atender as suas prioridades, então analise todos os fatores característicos das duas modalidades e veja qual se encaixa melhor com os seus objetivos.

8. Custos

A maioria dos investimentos em Renda Fixa envolvem custos. Os principais deles são os tributos de Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Imposto de Renda (IR)

O IR vai apresentar uma variação de acordo com o tempo que o investimento ficará aplicado. Ele é cobrado no rendimento final, na hora do resgate. Observe a tabela a seguir:

(28)

28 Prazo de Aplicação Alíquota

Até 180 dias 22,5%

De 181 dias até 360 dias 20% De 361 dias até 720 dias 17,5%

Acima de 720 dias 15%

Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)

O IOF incide sobre o rendimento que é resgatado antes do investimento completar 30 dias. Montamos uma tabela com o IOF aplicado durante cada dia desse período.

Dias corridos IOF Dias corridos IOF Dias corridos IOF 1 96% 11 63% 21 30% 2 93% 12 60% 22 26% 3 90% 13 56% 23 23% 4 86% 14 53% 24 20% 5 83% 15 50% 25 16% 6 80% 16 46% 26 13% 7 76% 17 43% 27 10% 8 73% 18 40% 28 6% 9 70% 19 36% 29 3% 10 66% 20 33% 30 0%

Alguns investimentos, como é o caso do Tesouro Direto, podem apresentar a cobrança de taxas de custódia e administração. A seguir explicamos como funcionam esses custos.

(29)

29

Taxa de Custódia

A taxa de custódia atrelada ao Tesouro Direto é configurada pelo valor pago pelo serviço da Bolsa de Valores Brasileira, que fica responsável pela tutela dos títulos públicos. Além disso, ela oferece as informações e movimentações de saldos ao investidor. Essa taxa corresponde a 0,25% ao ano sobre o capital investido e é cobrada semestralmente.

A exceção da taxa de custódia é para os investidores com, no máximo, R$10 mil no Tesouro Selic. Logo, investidores que pertencem a esse perfil são isentos dessa cobrança. Caso os estoques superem esse limite de 10 mil reais, a taxa incide apenas sobre o valor que excedeu.

Por exemplo: suponha que um investidor tem um montante de R$13 mil aplicados no Tesouro Selic. Nesse contexto, ele pagará 0,25%, que equivale a R$2,50 ao ano, referente ao valor de R$3 mil, que foi a quantia excedente ao limite.

Taxa de Administração

A taxa de administração é uma forma de remuneração cobrada por fundos de investimento para fazer gestão de carteiras de ativos de renda fixa diversificados. Como são gestores profissionais e têm a possibilidade de investir grandes quantidades de dinheiro, conseguem ativos e oportunidades melhores.

Conclusão

Depois de reunir vários detalhes importantes sobre a Renda Fixa nesse guia completo, a dica que te damos é: conte com o suporte de um dos melhores escritórios de investimentos do Brasil, a InvestSmart. Marque uma reunião e comece a investir hoje mesmo!

(30)

Referências

Documentos relacionados

Equipamentos de emergência imediatamente acessíveis, com instruções de utilização. Assegurar-se que os lava- olhos e os chuveiros de segurança estejam próximos ao local de

Note on the occurrence of the crebeater seal, Lobodon carcinophagus (Hombron & Jacquinot, 1842) (Mammalia: Pinnipedia), in Rio de Janeiro State, Brazil.. On May 12, 2003,

A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, por intermédio da Divisão Multidisciplinar de Assistência ao Estudante (DIMAE/PROAES) torna público o lançamento do presente edital

Luiz é graduado em Engenharia Elétrica com ênfase em Sistemas de Apoio à Decisão e Engenharia de Produção com ênfase em Elétrica pela PUC/RJ e possui Mestrado

O candidato poderá obter informações e orientações sobre o Simulado Virtual, tais como Editais, processo de inscrição, horário de prova, gabaritos, ranking e resultados

A prova do ENADE/2011, aplicada aos estudantes da Área de Tecnologia em Redes de Computadores, com duração total de 4 horas, apresentou questões discursivas e de múltipla

17 CORTE IDH. Caso Castañeda Gutman vs.. restrição ao lançamento de uma candidatura a cargo político pode demandar o enfrentamento de temas de ordem histórica, social e política

Corograpliiu, Col de Estados de Geografia Humana e Regional; Instituto de A lta C ultura; Centro da Estudos Geográficos da Faculdade de Letras de Lisboa.. RODRIGUES,