MINISTÉRIO DA CIDADANIA, GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO POR MEIO DA SECRETARIA DE CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA
E FUNDAÇÃO OSESP APRESENTAM
CONCERTOS SINFÔNICOS 25, 26 E 27.4
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s do passado
25.4 quinta 20H30 CEDRO 26.4 sexta 20H30 ARAUCÁRIA 27.4 sábado 16H30 MOGNO —
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – OSESP
MARIN ALSOP REGENTE ROBERT SCHUMANN [1810-56]
Sinfonia nº 1 em Si Bemol Maior, Op.38 - Primavera [1841] [EM ORQUESTRAÇÃO DE GUSTAV MAHLER]
ANDANTE UM POCO MAESTOSO. ALLEGRO MOLTO VIVACE LARGHETTO
SCHERZO: MOLTO VIVACE ALLEGRO ANIMATO E GRAZIOSO 32 MIN
/INTERVALO
ROBERT SCHUMANN [1810-56]
Sinfonia nº 2 em Dó Maior, Op.61 [1845-46] [EM ORQUESTRAÇÃO DE GUSTAV MAHLER]
SOSTENUTO ASSAI. ALLEGRO MA NON TROPPO SCHERZO: ALLEGRO VIVACE
ADAGIO ESPRESSIVO ALLEGRO MOLTO VIVACE 40 MIN
Marin Alsop, Regente Titular da Osesp, comenta o repertório desta semana, em entrevista exclusiva.
Como você vê as reorquestrações de Mahler para as Quatro Sinfonias de Schumann? Ele teria pro-curado melhorar a orquestração original?
Acredito que, ao arranjar, reorquestrar ou retocar as sinfonias de Schumann, Mahler estava expres-sando sua admiração, e não sua crítica, a essas obras. Ele fez o mesmo com muitas das sinfonias de Beethoven — foi a mesma ideia. Mahler atua-lizou um pouco a instrumentação, usando alguns instrumentos que Schumann não teria utilizado, redistribuiu elementos musicais na orquestra, modificou dinâmicas.... Enfim, fez centenas de pequenas alterações. Mas não acredito que isso se deva a uma desaprovação em relação às obras originais, pelo contrário: era uma forma de se dedicar, de modo especial, às peças que amava.
Quão especiais são essas sinfonias para você?
Eu adoro as Sinfonias de Schumann. Acho que são enormemente subestimadas, tanto pelos músicos como pelo público. Elas se assemelham às Quatro
Sinfonias de Brahms: em mesmo número, criam,
respectivamente, seus próprios universos. (Como se sabe, Schumann foi mentor de Brahms, que passou a fazer parte da família.)
As Sinfonias de Schumann realmente ilustram momentos significativos da vida do compositor: por exemplo, a Segunda Sinfonia foi escrita depois de um período de depressão terrível, do qual a música o resgatou. Acredito que essas obras nos permitem vislumbrar seu íntimo como ser humano, e também revelam seu amor por seu país e sua herança cultural — podemos perceber isso, por exemplo, nas danças camponesas incluídas em alguns movimentos.
Gosto muito dessas sinfonias, às quais me sinto ligada. Creio que será interessante para o público conhecer a visão de um outro compositor sobre elas – porque é isso o que se tem nas versões de Mahler: se não tivesse feito a orquestração, e pudéssemos ouvir uma gravação [com sua re-gência], o resultado sonoro seria provavelmente semelhante. Assim, como Mahler, eu realmente adoro essas sinfonias — e é essa a minha moti-vação para regê-las.
Você apontou algumas relações entre a Segunda
Sinfonia e a biografia de Schumann. Poderia sugerir
como podemos ouvir essas conexões?
Acho que na Segunda Sinfonia isso se dá de for-ma bem interessante, porque Schufor-mann tinha severos problemas mentais: era provavelmente bipolar, sofria com isso — e, claro, ainda não existia medicação. Em meio à profunda depressão que o acometia à época, começou a escutar anjos tocando trompetes. No início da Segunda Sinfonia pode-mos ouvir uma pequena fanfarra, que se enreda em toda a peça e reaparece de forma triunfal no
Finale. Acho que isso ilustra como ele se sentiu [ao
finalizar a obra]: de alguma forma, conseguiu sair da depressão e escrever uma linda peça.
Além disso, as fugas mostram os momentos em que Schumann estava organizando sua mente – em suas sinfonias há muitas delas, que lembram fugas barrocas. Podemos ouvir isso, por exemplo, na fuga do movimento lento [Adagio espressivo] da Segunda Sinfonia, e na do quarto movimento da Terceira Sinfonia (inspirada em uma cerimônia na Catedral de Colônia).
[Entrevista a Júlia Tygel.]
Há pequenos elementos em todas as Sinfonias que nos conectam à vida de Schumann, aos seus estados mentais e emocionais — infelizmente, [essa condição psíquica] o levou a terminar seus dias internado [em um manicômio]. Há momentos extraordinariamente felizes, e outros severamente depressivos. Acredito que se possa ouvir isso – foi o que tentei trazer à tona.
Schumann não tinha muita experiência na escrita para orquestra quando compôs sua Primeira
Sin-fonia. Quando compôs a Terceira Sinfonia (a última
que finalizou, já que publicou a Quarta, terminada antes, somente após revisões tardias), já era re-gente da Orquestra Sinfônica de Düsseldorf. Há uma evolução em sua escrita orquestral?
Foi Clara Schumann, mulher de Schumann, que insistiu para que ele escrevesse para orquestra. (Clara foi uma mulher incrível: teve oito filhos e sustentava a família fazendo turnês como pianista concertista.) Certamente, as pessoas evoluem e adquirem experiência ao escrever para a orques-tra — mas acho a Primeira Sinfonia realmente espetacular. É um tipo diferente de sofisticação em relação à Terceira Sinfonia.
É a primeira vez que você rege essas obras?
Sim, estou animada. Regi muitas das reorquestra-ções de Mahler para as Sinfonias de Beethoven, e também já fiz várias vezes as Sinfonias de Schu-mann em suas versões originais. Mas é a primeira vez que rejo essas obras com as reorquestrações de Mahler.
MARIN ALSOP REGENTE E DIRETORA MUSICAL DA OSESP —
Regente Titular da Osesp desde 2012, a nova-iorquina Marin Alsop é também a diretora musical da Sinfônica de Baltimore, desde 2007. Apresenta-se regularmente com orquestras como as sinfônicas de Londres e de Chicago e, em 2019, recebeu o prêmio Crystal Awards no Fórum Econômico Mundial, em Davos. À frente da Osesp apresentou-se nos principais centros musicais da Europa, como Berlim, Salzburg e Amsterdam, nos festivais de Lucerne e BBC Proms e em recente turnê pela China e Hong Kong. A partir de 2020, quando termina seu mandato, ela será Regente de Honra da Osesp e Regente Titular da Orquestra Sinfônica da Rádio de Viena.
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO —
Fundada em 1954 e hoje reconhecida internacionalmente por sua excelência, desde 2005 é administrada pela Fundação Osesp. Em 2012, Marin Alsop tornou-se Regente Titular, tendo sido nomeada Diretora Musical em 2013 (até o fim de 2019). Em 2016, a Orquestra esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê pela China e Hong Kong. No ano passado, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky — projeto que se soma a seus mais de 80 álbuns lançados — recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira.
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO GOVERNADOR JOÃO DORIA SECRETARIA DE CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETÁRIO SERGIO SÁ LEITÃO SECRETÁRIA ADJUNTA CLÁUDIA PEDROZO FUNDAÇÃO OSESP PRESIDENTE DE HONRA FERNANDO HENRIQUE CARDOSO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PRESIDENTE
FÁBIO COLLETTI BARBOSA
VICE-PRESIDENTE
ANTONIO CARLOS QUINTELLA
CONSELHEIROS
ALBERTO GOLDMAN ENEIDA MONACO HELIO MATTAR JOSÉ CARLOS DIAS LUIZ LARA MARCELO KAYATH MÔNICA WALDVOGEL PAULO CEZAR ARAGÃO STEFANO BRIDELLI DIRETOR EXECUTIVO MARCELO LOPES DIRETOR ARTÍSTICO ARTHUR NESTROVSKI SUPERINTENDENTE
FAUSTO A. MARCUCCI ARRUDA
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
DIRETORA MUSICAL E REGENTE TITULAR
MARIN ALSOP
VIOLINOS
EMMANUELE BALDINI SPALLA DAVI GRATON SPALLA*** YURIY RAKEVICH LEV VEKSLER*** EMÉRITO ADRIAN PETRUTIU
IGOR SARUDIANSK Y MAT THEW THORPE ALEXEY CHASHNIKOV AMANDA MARTINS ANDERSON FARINELLI ANDREAS UHLEMANN CAMIL A YASUDA CAROLINA KLIEMANN CÉSAR A. MIRANDA CRISTIAN SANDU
DÉBORAH WANDERLEY DOS SANTOS ELENA KLEMENTIEVA ELINA SURIS FLORIAN CRISTEA GHEORGHE VOICU INNA MELTSER IRINA KODIN K ATIA SPÁSSOVA LEANDRO DIAS MARCIO AUGUSTO KIM PAULO PASCHOAL RODOLFO LOTA SORAYA L ANDIM SUNG-EUN CHO SVETL ANA TERESHKOVA TATIANA VINOGRADOVA VIOLAS
HORÁCIO SCHAEFER EMÉRITO MARIA ANGÉLICA CAMERON PETER PAS
ANDRÉS LEPAGE DAVID MARQUES SILVA ÉDERSON FERNANDES GALINA RAKHIMOVA OLGA VASSILEVICH SARAH PIRES SIMEON GRINBERG VL ADIMIR KLEMENTIEV ALEN BISCEVIC* VIOLONCELOS VICTORIA HARRILD* HELOISA MEIRELLES RODRIGO ANDRADE SILVEIRA ADRIANA HOLTZ
BRÁULIO MARQUES LIMA DOUGL AS KIER JIN JOO DOH MARIA LUÍSA CAMERON MARIALBI TRISOLIO REGINA VASCONCELLOS WILSON SAMPAIO CONTRABAIXOS
ANA VALÉRIA POLES PEDRO GADELHA
MARCO DELESTRE MA X EBERT FILHO ALEX ANDRE ROSA ALMIR AMARANTE CL ÁUDIO TOREZAN JEFFERSON COLL ACICO LUCAS AMORIM ESPOSITO NEY VASCONCELOS
HARPA
LIUBA KLEVTSOVA
FLAUTAS
CLAUDIA NASCIMENTO
FABÍOL A ALVES PICCOLO JOSÉ ANANIAS SOUZA LOPES SÁVIO ARAÚJO OBOÉS ARCÁDIO MINCZUK JOEL GISIGER NATAN ALBUQUERQUE JR. CORNE INGLÊS PETER APPS RICARDO BARBOSA CLARINETES OVANIR BUOSI SÉRGIO BURGANI
NIVALDO ORSI CL ARONE DANIEL ROSAS GIULIANO ROSAS FAGOTES
ALEXANDRE SILVÉRIO JOSÉ ARION LIÑAREZ
ROMEU RABELO CONTRAFAGOTE FRANCISCO FORMIGA TROMPAS
LUIZ GARCIA
ANDRÉ GONÇALVES JOSÉ COSTA FILHO NIKOL AY GENOV
LUCIANO PEREIRA DO AMARAL EDUARDO MINCZUK TROMPETES
FERNANDO DISSENHA GILBERTO SIQUEIRA EMÉRITO ANTONIO CARLOS LOPES JR.*** MARCELO MATOS TROMBONES DARCIO GIANELLI WAGNER POLISTCHUK ALEX TARTAGLIA FERNANDO CHIPOLET TI TROMBONE BAIXO
DARRIN COLEMAN MILLING
TUBA
FILIPE QUEIRÓS
TÍMPANOS
ELIZABETH DEL GRANDE EMÉRITO RICARDO BOLOGNA
PERCUSSÃO
RICARDO RIGHINI 1ª PERCUSSÃO ALFREDO LIMA
ARMANDO YAMADA EDUARDO GIANESELL A RUBÉN ZÚÑIGA TECLADOS
OLGA KOPYLOVA (*) MÚSICO CONVIDADO
(***) CARGO INTERINO
OS NOMES ESTÃO REL ACIONADOS EM ORDEM ALFABÉTICA, POR CATEGORIA. INFORMAÇÕES SUJEITAS
/osesp osesp.art.br salasaopaulo.art.br fundacao-osesp.art.br
Serviços Sala São Paulo
Athos Bulcão
Rio de Janeiro, RJ, 1918 - Brasília, DF, 2008 Detalhe da obra Outono (Teatro Municipal do Rio de Janeiro, 1998), 1999 Do álbum Athos Bulcão serigrafias serigrafia em cores sobre papel 50 x 70,3 cm Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Doação de Emanoel Araújo, 2001 Crédito fotográfico: Isabella Matheus Secretaria de