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28 set. a 02 out. de 2020

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Na segunda-feira, com uma agenda fraca, as bolsas internacionais tiveram desempenhos mistos. Na Europa, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, discursou no Comitê de Assuntos Econômicos e Monetários do Parlamento Europeu. Lagarde destacou que os impactos da pandemia continuam sendo sentidos até hoje. Segundo a presidente, apesar da retomada de algumas atividades no terceiro trimestre, a recuperação ainda segue incompleta e incerta, sobretudo diante da segunda onda de contaminação.

No dia seguinte, a divulgação de dados econômicos foi retomada. Nos EUA, a confiança do consumidor superou

positivamente as expectativas para o mês de setembro. O mercado previa que o índice ficasse na casa dos 89,5 pontos. No entanto, segundo o relatório da Conference Board, o índice – que era de 86,3 em agosto – chegou a 101,8 em setembro, o que surpreendeu os investidores. Mas apesar dos sequenciais resultados positivos, os números permanecem menores que o patamar de 130 pontos, alcançado antes da pandemia de Covid-19 chegar ao país.

Mais tarde, foram divulgados alguns resultados de Índices do Gerente de Compras (PMI) da China. O PMI Industrial para o mês de setembro ficou em 51,5, um aumento em relação aos 51,0 do mês de agosto e acima das expectativas do Departamento Nacional de Estatística para o mês, de 51,3. O PMI de Serviços teve um leve

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aumento, saindo de 55,2 em agosto para 55,9 em setembro. Já o PMI Industrial Caixin, apesar do recuo de 53,1 para 53,0, se manteve acima da casa dos 50,0 durante o quinto mês consecutivo, o que indica que, apesar da pandemia, a indústria chinesa está expandindo.

De volta aos EUA, o mercado aguardava o início do primeiro debate entre Donald Trump e Joe Biden. Com altas e baixas de ambos os lados, não houve consenso entre quem saiu vencedor dessa primeira disputa. O que mais chamou a atenção foi a ‘bagunça’ das discussões, com várias interrupções e desvios do tema proposto para debaterem – com certeza, uma amostra grátis da confusão que essa eleição pode gerar nos mercados.

Na quarta-feira tivemos algumas divulgações de indicadores econômicos. No Reino Unido, o PIB caiu menos do que era esperado para o segundo trimestre do ano, o resultado foi de uma retração de 19,8% entre abril e junho – a expectativa era uma queda de 20,4%. Com esse resultado, o Reino Unido tem o seu pior desempenho no trimestre desde que os dados começaram a ser registrados, em 1955.

Na Alemanha, o número de desempregados decresceu pelo terceiro mês consecutivo. Segundo os dados divulgados, o número de trabalhadores que estão sem emprego caiu em 8.000 e a taxa de desemprego foi de 6,4% no mês anterior para 6,3% em setembro. Além disso, tiveram bons resultados das vendas de varejo no mês de agosto – resultado de 3,1%, significativamente acima das projeções de 0,4%. Esse cenário aumenta as esperanças de que a Europa possa se recuperar dos prejuízos causados pela pandemia de covid-19 no início do ano.

Nessa mesma linha, o desempenho da economia norte americana foi melhor do que o aguardado. O PIB dos Estados Unidos caiu 31,4% no trimestre, pouco menos do que as estimativas de -31,7%. No entanto, foi a maior queda dos últimos 70 anos – já que não havia divulgação trimestral do PIB durante a Grande Depressão, na década de 1930.

No mercado de trabalho, o setor privado norte-americano gerou 749 mil empregos no mês de setembro. O resultado foi melhor que o esperado, tendo em vista que as projeções indicavam a geração de apenas

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600 mil. Em comparação com o mês de agosto, de 481 mil, o crescimento nos números foi de quase 56%. Os setores que se destacaram no crescimento foram: comércio, transporte e serviços públicos (186 mil novas vagas) e manufatureiro (130 mil novas vagas).

No primeiro dia de outubro, foram divulgados os PMIs Europeus – termômetros da atividade. O PMI Industrial do Reino Unido recuou um pouco mais do que o esperado. O resultado divulgado pelo CIPS foi de 54,1 pontos, enquanto a expectativa era um índice de 54,3.

O PMI da Itália teve um pequeno aumento de 53,1 no mês de agosto para 53,2 neste mês. No entanto, o resultado se manteve abaixo da projeção do mercado, de 53,5 pontos. O resultado da França foi de 51,2 pontos, acima das expectativas dos economistas para o mês de setembro, que era de 50,9. O índice também subiu em relação ao mês anterior, que trouxe um resultado de 49,8 pontos.

A indústria alemã cresceu em relação ao mês anterior, no entanto um pouco abaixo das expectativas. O resultado foi de 56,4 pontos para o mês de setembro enquanto

as projeções do mercado eram de 56,6. O PMI do mês anterior – agosto – foi de 52,2. Os resultados acima de 50 pontos, dão um pouco mais de esperança de uma possível recuperação econômica da Europa nos próximos trimestres pois indicam que a indústria está voltando a crescer após os impactos causados pela pandemia. Esse crescimento foi confirmado com o PMI da Zona do Euro para o mês de setembro, que passou de 51,7 pontos em agosto para 53,7 pontos neste mês.

Nos EUA, os pedidos de seguro desemprego voltaram a cair. O número que no ápice da pandemia chegou a 6,8 milhões de pedidos na semana encerrada em 28 de março, foi de 837 mil na semana encerrada em 26 de setembro – abaixo das expectativas, que eram de 850 mil novos pedidos. No entanto, mesmo com a redução, o número semanal ainda está acima do patamar pré-pandemia, de 282 mil novos pedidos semanais. Com o resultado do mês de setembro, o total de pedidos desde o início da pandemia chegou a 62,7 milhões.

Na madrugada de sexta-feira o mundo foi surpreendido com o anúncio de que o Presidente dos Estados Unidos, Donald

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Trump, testou positivo para o covid-19 – além dele, a primeira dama, Melania Trump, também está com a doença. O presidente está com 74 anos e faz parte do grupo de risco da doença, o que aumenta as chances de complicações. O diagnóstico pode mudar o rumo da corrida presidencial norte-americana, pois o republicano estava no meio de sua campanha para a reeleição e foi obrigado a cancelar vários compromissos eleitorais, como comícios e encontros com doadores para a campanha.

Do lado econômico, a folha de pagamentos não agrícola norte-americana (Payroll) aumentou em 661 mil no mês de setembro. Apesar do crescimento, o número se manteve abaixo da projeção do mercado, de 850 mil novos empregados. As novas folhas foram originadas, principalmente, de

empregos nos setores de lazer e hotelaria, comércio varejista, saúde e assistência social e serviços profissionais e empresariais.

Segundo o Departamento de Trabalho norte americano, a melhoria no mercado de trabalho dos Estados Unidos reflete a retomada do crescimento econômico que havia sido impactado pela pandemia de covid-19. Apesar de certa melhora no mercado de trabalho e, consequentemente, na percepção de resiliência da retomada da economia dos EUA, os mercados fecharam a semana com um tom negativo sob a incerteza do desenrolar do tratamento de Donald Trump.

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Em terras tupiniquins mais uma semana agitada. Os diversos dados econômicos previstos já indicavam que a semana traria muitas informações a serem analisadas, porém as preocupações com o cenário político no que diz respeito à trajetória fiscal do país e os acontecimentos norte-americanos deram maior volatilidade ao mercado brasileiro.

Na segunda-feira, apesar da semana começar sem nenhum indicador econômico relevante, os investidores demonstraram elevado pessimismo com o programa Renda Cidadã (versão atualizada do bolsa família), isso porque o dinheiro planejado para financiá-lo deu a entender que o governo não teria capacidade de honrar a dívida pública e assim poderia romper com o teto de gastos, acendendo grande preocupação por parte do mercado pois isso geraria maiores incertezas sobre o desempenho econômico do país. Com isso, o Ibovespa recuou 2,41% no primeiro dia de semana, externalizando o temor dos agentes.

Na terça, a agenda econômica entrou em ação. A divulgação de alta nos índices de inflação mostrou que a economia está voltando com a dinâmica vista nos tempos pré-covid e com isso, dado a baixa dos preços no auge da crise (março-abril), as variações apresentadas de um mês para o outro são bastante elevadas, principalmente nos produtos ligados a alimentação e commodities, já que esses dois itens são os principais influenciadores das variações nos preços e estão com uma demanda elevada. Isso é percebido através do Índice de Preços do Produtor (IPP) e o Índice Geral de Preços de Mercado. No caso do primeiro, os produtores viram os preços subirem 3,28% em agosto ante julho, demonstrando que seus custos se elevaram significativamente haja vista que o IPP não leva em consideração os impostos e frete incorrido na produção. Tal resultado impacta diretamente os consumidores, já que uma alta na produção tende a ser repassada na comercialização, e isso foi visto no IGP-M de setembro, que apresentou variação de 4,34% e já acumula 14,40% no ano.

Além da inflação, outra variável macroeconômica de grande importância é o

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desemprego que, segundo o IBGE, na segunda semana de setembro atingiu a marca de 14,1% e já representa 13,545 milhões de brasileiros desempregados. Além disso, a pesquisa ainda mostra que outros 16,3 milhões de pessoas gostariam de trabalhar, mas não procuraram emprego seja por causa da pandemia ou por falta de vagas em suas localidades. Dessa forma, o estudo mostra que a realidade do mercado de trabalho é muito pior que a taxa de 14,1% de desempregados, pois nessa conta entram apenas as pessoas que procuraram emprego, e não todas as que estão de fato estão sem emprego.

Já no comércio internacional, o Brasil vem apresentando seguidos superávits na Balança Comercial e o resultado positivo de

US$6,164 bilhão é o maior saldo de mês de setembro desde 1989. Apesar da crise, o país tem registrado números crescentes no volume exportado, principalmente de commodities e produtos alimentícios, sendo a China o principal destino de tais mercadorias. Além disso, o resultado é potencializado pela diminuição da demanda interna por importações, que vem apresentando números menores neste ano. Já no fim da semana, os números da P r o d u ç ã o I n d u s t r i a l d e a g o s t o surpreenderam positivamente o mercado. A alta de 3,2% no 8º mês do ano já é a quarta seguida e demonstra que as plantas industriais brasileiras estão em ritmo bem consistente de recuperação. As perdas no bimestre março-abril, que representaram

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27%, já foram em sua maioria recuperadas e no ano a produção industrial do país está com perdas na casa dos 8,6%. Além disso, o índice de confiança do setor alcançou seu maior nível desde janeiro de 2013 e traz boas expectativas de que o setor não irá encerrar o ano no negativo. Ademais, a confiança empresarial e a do setor de serviços apresentaram avanços, segundo pesquisas do Instituto Brasileiro de Economia. No caso dos empresários é a primeira vez que o índice encerra o mês acima do patamar anterior ao da pandemia, já nos serviços apesar do avanço o ritmo de recuperação é menor, expressando a dificuldade para a retomada que o setor está tendo.

Por fim, no desempenho semanal do

Ibovespa, a preocupação com o cenário fiscal brasileiro logo no início da semana mexeu com os ânimos dos agentes, que se intensificaram com o passar dos dias ao saberem de alguns burburinhos vindos de Brasília referente ao posicionamento do governo frente a âncora fiscal que guia os gastos governamentais. Somado a isso, a incerteza com as eleições americanas que, além do debate entre os candidatos, surpreendeu com a notícia de que o atual presidente da maior economia do mundo foi infectado pelo covid-19, gerou uma onda vendedora e fez a bolsa brasileira afundar ainda mais as perdas que já tinha. Na semana, o Ibov perdeu 3,08% e iniciou outubro negativo.

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A agenda econômica da primeira semana do mês de Outubro terá a divulgação de dados econômicos importantes, tanto no mercado internacional, quanto no mercado nacional. Então, podemos esperar mais uma semana agitada no mercado financeiro – principalmente no cenário internacional.

CENÁRIO INTERNACIONAL

A divulgação dos Índices de Gerentes de Compras de Serviços (PMI de Serviços) da Alemanha, Itália, França e Reino Unido, na segunda-feira, dá início a agenda internacional da semana. O índice mensura o desempenho do setor de serviços no país. O último resultado alemão indicou uma contração no setor e, segundo as projeções, o índice deve se manter constante em 49,1 para setembro. Já na Itália a projeção é de o PMI diminua 0,5 pontos e chegue em 46,6. O resultado do PMI do setor de serviços francês também deve indicar uma contração - segundo os especialistas, é esperado um valor de 47,5 para o índice. Já o PMI de

serviços do Reino Unido deve indicar que a expansão do setor continuou no mês de setembro, com o índice de 55,0. Saindo da Europa e vindo para as américas, os Estados Unidos também divulgará o PMI de Atividades não-industriais, que avalia o desempenho do setor no país. É esperado pelo mercado que as atividades tenham o quarto mês seguido de expansão. com um índice de 56,3.

Na terça-feira teremos o Índice de Gerente de Compras Industrial do Reino Unido, que deve indicar uma expansão no setor de construção britânico pelo quarto mês seguido, com projeção de 54,1. Já nos Estados Unidos, teremos o relatório da Administração de Informações Energéticas norte-americanos a respeito das Perspectivas Energéticas de Curto Prazo, que deve trazer informações e previsões sobre consumo, oferta e negociações do mercado de energia, e a oferta de empregos JOLTS, que é um relatório de emprego que envolve as áreas comercial, industrial e de escritório norte-americana. Em agosto, as projeções indicam 618 mil ofertas a menos do que em julho, caindo para 6 milhões de ofertas de emprego.

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No dia seguinte teremos divulgação da Produção Industrial da Alemanha para o mês de agosto, que cresceu 1,2% em julho e deve crescer, segundo as projeções, 1,5% no mês de agosto. No entanto, um peso negativo para a expectativa é de que, das últimas 5 divulgações da P.I. alemã, 4 resultados foram piores do que as projeções. Além disso, no mesmo dia, a declaração do Comitê Federal de Mercado Aberto dos Estados Unidos dará ao mercado informações sobre a política monetária do país.

Na quinta-feira teremos os dados semanais de pedidos de auxílio desemprego nos Estados Unidos, cuja projeção é de 823 mil novos pedidos. Já no Japão será divulgado o resultado preliminar do PIB trimestral do país, cuja prévia é de -7,9%. No mesmo dia, ainda teremos a Declaração de Política Monetária do Banco Central Europeu, que contém informações sobre as políticas monetárias adotadas na Zona do Euro.

Fechando a semana, na sexta-feira, os Estados Unidos vão divulgar a variação nos Estoques de Atacado do país, que encerrou uma queda constante de 4 resultados negativos no mês de agosto e deve manter o mesmo resultado para setembro, de 0,1%.

Além disso, no Reino Unido, teremos a divulgação do PIB mensal, que deve se manter constante em 6,6%, e a Produção Industrial, que indica a mudança no valor total produzido pela indústria do Reino Unido, ajustado pela inflação, incluindo as indústrias extrativas e de serviços públicos.

CENÁRIO NACIONAL

Logo na segunda-feira a divulgação do saldo semanal da balança comercial do país dá início à agenda econômica semanal.

Na quartafeira o Índice Geral de Preços -Disponibilidade Interna será divulgado para o mês de setembro - que representa uma das medidas da inflação no país. A prévia do índice é de 3,87% e sua projeção de 3,77%. Na quinta-feira será a vez do varejo brasileiro divulgar as suas vendas. O mercado prevê um crescimento de 1,5% nas vendas em agosto. O último resultado indicou um crescimento de 5,2% nas vendas em julho, no entanto, mesmo com o resultado positivo, as vendas apresentaram queda de 1,8% no acumulado anual.

E para fechar a semana, na sexta-feira sai o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA)

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(que quantifica a inflação) acumulado no mês de setembro. O mercado espera um índice mensal de 0,52%, aumento de 0,36 pontos percentuais em relação ao mês de agosto. Com esse resultado, a projeção do IPCA acumulado nos últimos 12 meses é de 3,02%.

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