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Modernização Trabalhista Parcial PL 6.787/2016. Revista Via Iuris

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Texto

(1)

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Vi

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Iu

ri

s

2017

Trabalhista Parcial

PL 6.787/2016

(2)

Resultado de um profundo trabalho de reflexão e análise,

este estudo reúne em suas páginas os anseios de diferentes

profissionais, entre os quais aqueles que compõem o Grupo de

Jurídico Trabalhista, pela transformação do País e a realização

de mudanças que possibilitem a retomada do crescimento

nacional. A energia e o esforço desses que são, antes de

tudo, cidadãos brasileiros refletem a disposição que existe

em nossa sociedade para a contínua renovação e o desejo de

construir um futuro de perspectivas cada vez melhores.

Em sua essência, este material é o reconhecimento de que,

a partir do diálogo, da combinação de esforços intelectuais

e da soma de diversos pontos de vista, podemos avançar e

aprimorar as trajetórias para o desenvolvimento brasileiro. A

busca de soluções para a retomada sustentável da geração

de emprego e renda é o principal elemento que inspira as

análises apresentadas na edição desta Revista.

Agradecemos a todos que tornaram esta obra possível

e àqueles que se mostram permanentemente abertos às

novas ideias e oportunidades de melhoria e aperfeiçoamento

da legislação disciplinadora das complexas relações entre

empregados e empregadores.

(3)
(4)

E d i t o r i a l . . . 9

1 . A M o d e r n i z a ç ã o T r a b a l h i s t a P a r c i a l e m Q u a t r o A t o s . . . 1 0

2 . P a i n e l d e P r o p o s t a s . . . 1 2

3 . A n á l i s e C r í t i c a d o P r o j e t o d e L e i . . . 1 4

4 . E m e n d a s a o P r o j e t o d e L e i . . . 2 9

5 . C o n s i d e r a ç õ e s C o m p l e m e n t a r e s . . . 6 0

6 . D o c u m e n t o S u b s t i t u t i v o a o P r o j e t o d e L e i . . . 6 4

(5)
(6)

ICONOGRAFIA

A C O R D O I N D I V I D U A L N E G O C I A Ç Ã O C O L E T I V A C O M I S S Ã O T R I P A R T I T E R E P R E S E N T A N T E D O S T R A B A L H A D O R E S

(7)

Trabalhista Parcial

PL 6.787/2016

(8)

A celeridade do processo de transformação

nacional, especialmente nas esferas

com impacto sobre o desenvolvimento

socioeconômico, é ponto de convergência

entre diferentes setores da sociedade.

Diante da necessidade de respostas ágeis,

as mudanças em discussão no País – entre

elas, o teto para os gastos públicos e as

atualizações nas regras Previdenciária,

Tributária e Trabalhista – demandam

análise crítica e visão de futuro ainda

mais apuradas.

Atualmente em tramitação no Congresso

Nacional, a Modernização Trabalhista

Parcial traz oportunidades para aprimorar

Editorial

as relações do trabalho. Contudo, há pontos

de aperfeiçoamento para potencializar seus

efeitos na geração de emprego e renda.

Para contribuir com o diálogo social

que deve preceder a mudança, esta

publicação oferece sugestões ao Projeto

de Lei nº 6.787/2016, que propõe medidas

antidiscriminatórias e mudanças nas

relações do trabalho para geração de

emprego e renda, além de dispor sobre

questões processuais e administrativas.

JOSÉ EDUARDO DUARTE SAAD

Presidente do Instituto

Via Iuris de Direito do Trabalho

(9)

A Modernização

Trabalhista Parcial

em quatro atos

(10)

Dada a complexidade do tema, além do PL nº 6.787/2016

que é objeto de análise nesta publicação, a Modernização

Trabalhista Parcial abrange duas Medidas Provisórias

(MP nº 761/2016 e MP nº 763/2016) e um Projeto de Lei

Complementar (PLC nº 340/17).

Programa

Seguro-Emprego

PSE

Contas do FGTS do

trabalhador:

- Saque

- Percentual de reajuste

Propostas com

impacto em:

- Geração de emprego

e renda

- Antidiscriminação

- Processos do trabalho

- Medida administrativa

- Organização sindical

FGTS - Rescisão

- Eliminação parcial

da multa adicional

de 10%

M P 7 6 1 / 1 6

M P 7 6 3 / 1 6

P L 6 . 7 8 7 / 1 6

P L C 3 4 0 / 1 7

(11)

Painel de

Propostas

(12)

SUGESTÕES DE

MODIFICAÇÕES

NECESSIDADE DE

MAIOR DEBATE

NO CONGRESSO

PROPOSTA

APRIMORADA

URGENTE E RELEVANTE

CONTRIBUIÇÃO PARA RETOMADA DO EMPREGO E RENDA

DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO

ANTIDISCRIMINAÇÃO

TEMAS PACÍFICOS

E X C L U I R

A L T E R A R

I N C L U I R

M A N T E R

A consolidação das sugestões de modificações

apresentadas ao Projeto de Lei nº 6.787/16

dão origem a um Anteprojeto Substitutivo

desse Projeto de Lei.

(13)

Análise crítica

do Projeto de Lei

(14)

SUGESTÃO

“Art. 47 O empregador que mantiver

empregado não registrado nos termos do

art. 41 ficará sujeito a multa no valor de R$

6.000,00 (seis mil reais) por empregado não

registrado, acrescido de igual valor em cada

reincidência.

§ 1º Especificamente quanto à infração a

que se refere o caput, o valor final da multa

aplicada será de R$ 1.000,00 (mil reais) por

empregado não registrado, quando se tratar

de microempresa ou empresa de pequeno

porte.

§ 2º A infração de que trata o caput

constitui exceção à dupla visita.” (NR)

“Art. 47-A Na hipótese de não serem

informados os dados a que se refere o

parágrafo único do art. 41, o empregador

ficará sujeito à multa de R$ 1.000,00 (mil

reais) por empregado prejudicado.” (NR)

Art. 1º O Anexo ao Decreto-Lei nº 5.452, de

1º de maio de 1943 - Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 47. O empregador que mantiver empregado não registrado nos termos do art. 41 ficará sujeito a multa no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais) por empregado não registrado, acrescido de igual valor em cada reincidência.

§ 1º Especificamente quanto à infração a que se refere o caput, o valor final da multa aplicada será de R$ 1.000,00 (mil reais) por empregado não registrado, quando se tratar de microempresa ou empresa de pequeno porte.

§ 2º A infração de que trata o caput constitui exceção à dupla visita.” (NR)

“Art. 47-A. Na hipótese de não serem informados os dados a que se refere o parágrafo único do art. 41, o empregador ficará sujeito à multa de R$ 1.000,00 (mil reais) por empregado prejudicado.” (NR)

TEXTO DO PROJETO DE LEI

A.1

Excluir artigo 47 e 47-A da CLT (vide também

item A.5)

(15)

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

No caso de aprovação da norma, que

aumenta em 540% a multa

adminis-trativa, passando de R$ 937,00 para

R$ 6.000,00 por empregado não

re-gistrado, e modifica o índice de

rea-juste das multas, poderá ocorrer uma

situação prática como a

exemplifica-da a seguir. Se a inspeção do trabalho

entender que a prestação de serviços

de uma empresa para outra é uma

terceirização de atividade-fim, mesmo

que os empregados da empresa

pres-tadora estejam registrados, a multa

será de R$ 6.000,00 para cada

empre-gado tido como em situação irregular.

Essa multa também poderá ocorrer

quando a fiscalização do trabalho

en-tender que se trata de uma

“terceiri-zação ilícita” a compra de bens

indus-trializados ou não por uma empresa

para uma outra.

Neste momento de incertezas

produ-zidas pela Súmula n. 331, do TST

acer-ca do que seja “terceirização lícita ou

ilícita”, o empregador fica sem saber

se será responsável ou não pelos

con-tratos de trabalho dos empregados de

uma empresa por ele contratada para

lhe prestar serviços ou, então, para

lhe fornecer produtos especializados

fabricados.

Assim, torna-se totalmente

desacon-selhável a fixação de multa tão

eleva-da por não ter havido por esse mesmo

empregador contratante feito o

regis-tro como seus próprios empregados

aqueles que eram da empresa

con-tratada. Quer dizer, a fixação dessas

pesadas multas acarreta um total

de-sestímulo na celebração de negócios

jurídicos que objetivam o

fornecimen-to de serviços ou, então, fornecimenfornecimen-to

de produtos especializados fabricados

por uma empresa para a denominada

cadeia produtiva de uma atividade

in-dustrial ou até mesmo rural.

Como se vê, não se trata de uma

polí-tica efetiva para redução do mercado

informal e nem de medida urgente

para o País. Assim, da constatação

dos graves riscos que apresenta,

re-comenda-se excluir esses dispositivos

do PL e dar início ao debate no

Con-gresso Nacional, com vistas ao

aper-feiçoamento do sistema de multas,

tornando-as ainda mais eficazes.

- 0 , 8 %

6 , 5 8 %

6 , 4 7 %

540

%

(16)

SUGESTÃO

Alterar o parágrafo 5º

“Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele

cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais.

... § 3º As horas suplementares à jornada de trabalho semanal normal serão pagas com o acréscimo de cinquenta por cento sobre o salário-hora normal.

§ 4º Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial ser estabelecido em número inferior a vinte e seis horas semanais, as horas suplementares a este quantitativo serão consideradas horas-extras para fins do pagamento estipulado no § 3º, estando também limitadas a seis horas suplementares semanais.

§ 5º As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser compensadas por acordo individual, acordo coletivo ou convenção coletiva de trabalho. (modificação da redação)

§ 6º É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter um terço do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário.

§ 7º As férias do regime de trabalho a tempo parcial serão regidas pelo disposto no art. 130.” (NR)

“Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais.

... § 3º As horas suplementares à jornada de trabalho semanal normal serão pagas com o acréscimo de cinquenta por cento sobre o salário-hora normal.

§ 4º Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial ser estabelecido em número inferior a vinte e seis horas semanais, as horas suplementares a este quantitativo serão consideradas horas-extras para fins do pagamento estipulado no § 3º, estando também limitadas a seis horas suplementares semanais.

§ 5º As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser compensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução, devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês subsequente, caso não sejam compensadas.

§ 6º É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter um terço do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário.

§ 7º As férias do regime de trabalho a tempo parcial serão regidas pelo disposto no art. 130.” (NR)

A.2

TEXTO DO PROJETO DE LEI

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

A adequação proposta ao parágrafo 5ª do Art.58-A da CLT

visa a garantir a clareza na especificação dos instrumentos

válidos para a compensação de horas. Assim, evita-se a

insegurança jurídica no que diz respeito aos parâmetros

que regem o sistema de compensação.

R E G I M E D E T E M P O P A R C I A L

C O M P E N S A Ç Ã O

D E H O R A S

A C T

C C T

N E G O CI A Ç Ã O C O L E T I VA A C O R D O I N D I V I D U A L

(17)

R E P R E S E N T A N T E D O S T R A B A L H A D O R E S

E Q U I L Í B R I O

N Ã O H Á U R G Ê N C I A

E R E L E V Â N C I A

N E G O C I A Ç Ã O

C O L E T I V A

“Art. 523-A É assegurada a eleição de

representante dos trabalhadores no local de

trabalho, observados os seguintes critérios:

I - um representante dos empregados

poderá ser escolhido quando a empresa

possuir mais de duzentos empregados,

conforme disposto no art. 11 da Constituição;

II - a eleição deverá ser convocada por

edital, com antecedência mínima de quinze

dias, o qual deverá ser afixado na empresa,

com ampla publicidade, para inscrição de

candidatura, independentemente de filiação

sindical, garantido o voto secreto, sendo eleito

o empregado mais votado daquela empresa,

cuja posse ocorrerá após a conclusão da

apuração do escrutínio, que será lavrada em

ata e arquivada na empresa e no sindicato

representativo da categoria; e

III - o mandato terá duração de dois anos,

permitida uma reeleição, vedada a dispensa

arbitrária ou sem justa causa, desde o

registro de sua candidatura até seis meses

após o final do mandato.

§ 1º O representante dos trabalhadores

no local de trabalho terá as seguintes

prerrogativas e competências:

I - a garantia de participação na mesa de

negociação do acordo coletivo de trabalho; e

II- o dever de atuar na conciliação de

conflitos trabalhistas no âmbito da empresa,

inclusive quanto ao pagamento de verbas

trabalhistas, no curso do contrato de trabalho,

ou de verbas rescisórias.

§ 2º As convenções e os acordos coletivos

de trabalho poderão conter cláusulas para

ampliar o número de representantes de

empregados previsto no caput até o limite

de cinco representantes de empregados por

“Art. 523-A. É assegurada a eleição de

representante dos trabalhadores no local de trabalho, observados os seguintes critérios:

I - um representante dos empregados poderá ser escolhido quando a empresa possuir mais de duzentos empregados, conforme disposto no art. 11 da Constituição;

II - a eleição deverá ser convocada por edital, com antecedência mínima de quinze dias, o qual deverá ser afixado na empresa, com ampla publicidade, para inscrição de candidatura, independentemente de filiação sindical, garantido o voto secreto, sendo eleito o empregado mais votado daquela empresa, cuja posse ocorrerá após a conclusão da apuração do escrutínio, que será lavrada em ata e arquivada na empresa e no sindicato representativo da categoria; e

III - o mandato terá duração de dois anos, permitida uma reeleição, vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa, desde o registro de sua candidatura até seis meses após o final do mandato.

§ 1º O representante dos trabalhadores no local de trabalho terá as seguintes prerrogativas e competências:

I - a garantia de participação na mesa de negociação do acordo coletivo de trabalho; e

II- o dever de atuar na conciliação de conflitos trabalhistas no âmbito da empresa, inclusive quanto ao pagamento de verbas trabalhistas, no curso do contrato de trabalho, ou de verbas rescisórias.

§ 2º As convenções e os acordos coletivos de trabalho poderão conter cláusulas para ampliar o número de representantes de empregados previsto no caput até o limite de cinco representantes de empregados por estabelecimento.” (NR)

A.3

TEXTO DO PROJETO DE LEI

SUGESTÃO

(18)

R E P R E S E N T A N T E D O S T R A B A L H A D O R E S

E Q U I L Í B R I O

N Ã O H Á U R G Ê N C I A

E R E L E V Â N C I A

N E G O C I A Ç Ã O

C O L E T I V A

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

A possibilidade de negociação do

sistema de representação, que prevê

representante dos trabalhadores

no local de trabalho, assegura

maior efetividade, com respeito

às peculiaridades da atividade

econômica e à organização do

trabalho de cada empresa.

Esse tema de organização sindical

não é de urgência e relevância para

o momento do País, pois não tem

impacto na geração de emprego e

renda. Além disso, existem dúvidas

que devem ser sanadas para

garantir sua efetividade.

Entretanto, caso o Poder Legislativo

entenda que, de imediato, deve

ser assegurada a obrigatoriedade

da eleição de um representante, é

importante alterar a regulamentação

deste direito previsto no PL. A

mudança tem como objetivo a

garantia de que esse mecanismo

seja aplicado de forma equilibrada

e com vistas ao atingimento de sua

finalidade como previsto no art. 11,

da Constituição.

Pressupõe-se, por fim, que, a

eventual manutenção desse novo

modelo de representação deve

estar alinhada à aprovação da

sugestão de reconhecimento da

negociação coletiva como regra,

sendo os 13 itens do Projeto de Lei

exemplificativos.

(19)

SUGESTÃO

Art. 611-A A convenção ou o acordo

coletivo de trabalho tem força de lei.

§ 1º Não são passíveis de negociação em

Convenção e Acordo Coletivo de Trabalho as

seguintes matérias:

I – o registro na carteira de trabalho e o

salário mínimo;

II – a supressão ou redução nominal

do pagamento do FGTS, da contribuição

previdenciária, da alíquota do risco ambiental

do trabalho (RAT) e do fator acidentário de

prevenção (FAP);

III – a supressão ou redução das seguintes

verbas:

a) número anual de dias de férias devidas

ao empregado;

b) repouso semanal remunerado;

c) salário-família;

d) licença-paternidade prevista em lei;

e) aviso prévio proporcional ao tempo de

serviço;

f) aposentadoria;

IV – as medidas de proteção legal dos

menores;

V – a proibição das práticas discriminatórias

por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

VI – a proibição de trabalho noturno,

perigoso ou insalubre a menores de dezoito e

de qualquer trabalho a menores de dezesseis

anos, salvo na condição de aprendiz, a partir

de quatorze anos;

VII – a proibição de qualquer discriminação

no tocante a salário e critérios de admissão

do trabalhador portador de deficiência;

VIII - a ampliação da jornada normal

anual acima do limite constitucional, sem

que haja a compensação da jornada ou o

reconhecimento de horas extras;

“Art. 611-A. A convenção ou o acordo coletivo de trabalho tem força de lei quando dispuser sobre:

I - parcelamento de período de férias anuais em até três vezes, com pagamento proporcional às parcelas, de maneira que uma das frações necessariamente corresponda a, no mínimo, duas semanas ininterruptas de trabalho;

II - pacto quanto à de cumprimento da jornada de trabalho, limitada a duzentas e vinte horas mensais;

III - participação nos lucros e resultados da empresa, de forma a incluir seu parcelamento no limite dos prazos do balanço patrimonial e/ ou dos balancetes legalmente exigidos, não inferiores a duas parcelas;

IV - horas in itinere;

V - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos;

VI - ultratividade da norma ou do instrumento coletivo de trabalho da categoria;

VII - adesão ao Programa de Seguro-Emprego - PSE, de que trata a Lei no 13.189, de 19 de novembro de 2015;

VIII - plano de cargos e salários; IX - regulamento empresarial;

X - banco de horas, garantida a conversão da hora que exceder a jornada normal de trabalho com acréscimo de, no mínimo, cinquenta por cento;

XI - trabalho remoto;

XII - remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado; e

XIII - registro de jornada de trabalho.

§ 1º No exame da Convenção ou Acordo Coletivo, a Justiça do Trabalho analisará preferencialmente a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil., balizada sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva.

§ 2º É vedada a alteração por meio de convenção ou acordo coletivo de norma de segurança e de medicina do trabalho, as quais são disciplinadas nas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho ou em legislação que disponha sobre direito de terceiro.

§ 3º Na hipótese de flexibilização de norma legal relativa a salário e jornada de trabalho, observado o disposto nos incisos VI, XIII e XIV do caput do art. 7º da Constituição, a convenção ou o acordo coletivo de trabalho firmado deverá explicitar a vantagem compensatória concedida em relação a cada cláusula redutora de direito legalmente assegurado.

§ 4º Na hipótese de procedência de ação anulatória de cláusula de acordo ou convenção coletiva, a cláusula de vantagem compensatória deverá ser igualmente anulada, com repetição do indébito.” (NR)

A.4

TEXTO DO PROJETO DE LEI

(20)

IX - a redução da remuneração do serviço

extraordinário, que deve ser superior, no

mínimo, em cinquenta por cento à do normal;

X - a licença à gestante, sem prejuízo

do emprego e do salário, com a duração de

cento e vinte dias;

XI - a licença de cento e vinte dias da

empregada que venha a adotar ou obtiver

guarda judicial para fins de adoção de criança;

XII - o gozo de férias anuais remuneradas

com, pelo menos, um terço a mais do que o

salário normal;

XIII - alteração de norma de segurança,

higiene e medicina do trabalho, disciplinada

pelas

Normas

Regulamentadoras

do

Ministério do Trabalho, salvo quando

caracterizado o conflito na interpretação

de dispositivo normativo e a negociação for

utilizada para definição da interpretação a

ser adotada, visando à segurança jurídica;

XIV - direito de greve, a liberdade de

locomoção e o funcionamento dos serviços e

atividades essenciais.

§ 2º No exame da Convenção ou Acordo

Coletivo, a Justiça do Trabalho analisará

preferencialmente a conformidade dos

elementos essenciais do negócio jurídico,

respeitado o disposto no art. 104 da Lei no

10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código

Civil, balizada sua atuação pelo princípio

da intervenção mínima na autonomia da

vontade coletiva.

§ 3º A inexistência de expressa

indicação de contrapartidas recíprocas em

uma Convenção ou Acordo Coletivos de

Trabalho não ensejará sua nulidade por não

caracterizar um ato ilícito.

§ 4º Somente na hipótese de pactuação de

redução do salário com redução da jornada,

a Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho

deverá explicitar a contrapartida concedida

ante a redução de direito legalmente

assegurado.

§ 5º Na hipótese de procedência de ação

anulatória de cláusula de convenção ou

acordo coletivo, quando houver a cláusula

compensatória, esta deverá ser igualmente

anulada e, tendo expressão econômica, com

repetição do indébito.

§ 6º Nenhuma convenção ou acordo

coletivo de trabalho poderá ser anulado pelo

Poder Judiciário se não tiverem participado

da ação as respectivas entidades sindicais

subscritoras desses instrumentos.

§ 7º O disposto no § 5º também se

aplica a reclamações trabalhistas e outras

ações que direta ou indiretamente visem a

afastar a aplicação de cláusula coletiva em

relação a um ou mais contratos de trabalho.

(modificação da redação)

(21)

R E 5 9 0 . 4 1 5

+

C F

S T F

A C T / C C T = L E I

NEGOCIAÇÃO

COLETIVA

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

A ) REC ON HECIME NTO DA NEGOCI AÇÃO

COL ETI VA C OMO RE G R A

Força de lei para convenções ou acordos coletivos

de trabalho como regra e não exceção, tendo como

referência a Constituição Federal e decisão do Pleno do

STF, que resolveu o Tema nº 152 de Repercussão Geral

(RE 590.415). A limitação da força de lei do instrumento

coletivo em 13 temas, presente na proposta original

posicionou a proposição de norma infraconstitucional

contrária à Constituição Federal.

(22)

D I N H E I R O V A Z I O M É D I O C H E I O C H E I O V A Z I O M É D I O M É D I A

=

$

$

B E N E F Í C I O E Q U I L Í B R I O E S T A B I L I D A D E D I N H E I R O B E N E F Í C I O E S T A B I L I D A D E

$

$

G A N H A / G A N H A C O N G L O B A M E N T O

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Exclui a necessidade de explicitação de vantagem

compensatória econômica sempre que há uma

negociação coletiva. A criação dessa obrigação é o que

se depreende da análise dos dispositivos propostos no

PL, que mencionam vantagens compensatórias.

Existem situações em que a própria medida negociada

se caracteriza como uma vantagem ao trabalhador,

portanto não há sentido em exigir contrapartida. Outro

exemplo é o da negociação coletiva sobre tema cujas

contrapartidas estão previstas em norma específica,

como ocorre na redução de jornada e salário, com

vantagens previstas na Medida Provisória nº 761/2016. A

vantagem também pode não ser de natureza econômica,

como no caso da estabilidade no emprego durante um

determinado período.

Fazer com que todas as convenções ou acordos coletivos

com força de lei tenham cláusulas de vantagens

compensatórias com expressão econômica acabaria, em

última instância, por inviabilizar a própria negociação

coletiva.

Por exemplo, o que levaria à concessão de vantagens

econômicas compensatórias para um acordo que

fraciona as férias a pedido e em benefício do empregado?

Não haveria o que compensar, tornando essa vantagem

somente um custo adicional para a empresa.

Qual a razão para conceder vantagem compensatória

adicional quando o acordo coletivo tiver o objetivo de

assegurar a adesão ao Programa Seguro-Emprego, uma

política pública de emprego ativa? Ou, como justificar

a exigência de contrapartida adicional por parcelar

o Prêmio de Participação nos Lucros ou Resultados

da empresa, que, por si só, é um acordo optativo que

assegura um benefício econômico ao trabalhador?

E por que a contrapartida deve ser necessariamente

quantificável economicamente? A estabilidade durante

um determinado período não seria o suficiente como

contrapartida? A manutenção da atividade econômica,

quando em risco, não seria uma compensação adequada,

visto que interessa à própria sociedade?

As contrapartidas são da essência da negociação, caso

contrário, a convenção ou o acordo seria via processo de

concessão e não de negociação. Dessa forma, ao criar a

obrigação de explicitação, fere-se a própria natureza da

negociação. Por fim, essa exigência acaba por provocar

insegurança jurídica, que aumenta custos e desestimula

a própria negociação, funcionando como uma força

moderadora do desenvolvimento econômico e social.

B ) PR IN CÍPI O DA C ON TR A PAR TIDA X VA NTAG E M C O MP E NS ATÓ R I A

(23)

A.4

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Normalmente, as ações anulatórias são ajuizadas pelo

MPT, terceiro estranho ao processo de negociação,

contra um empregador. Entretanto, como o instrumento

Pelo princípio da igualdade, a ação coletiva e a individual

devem ter o mesmo tratamento e os mesmos efeitos.

Embora as ações anulatórias sejam, em sua maioria,

ajuizadas pelo Ministério Público do Trabalho-MPT,

existem casos de ações individuais que também

postulam anulação de cláusula de instrumento coletivo.

Nessa hipótese, também deve prevalecer a possibilidade

de nulidade da cláusula de vantagem compensatória,

quando houver.

C) AÇ ÃO AN UL ATÓRI A E N E CE S S IDAD E D E

PAR TI CIPA ÇÃ O DA E N T I DAD E S IN D I CAL

D ) AÇ ÃO IN DIVID U A L A N U L ATÓRIA

A Ç Ã O I N D I V I D U A L

A N U L A T Ó R I A

A C O R D O C O L E T I V O

$

$ $

A Ç Ã O A N U L A T Ó R I A E N E C E S S I D A D E

D E P A R T I C I P A Ç Ã O D A E N T I D A D E S I N D I C A L

A C O R D O C O L E T I V O

D E F E S A

E M P R E S A

S I N D I C A T O

coletivo é o resultado da negociação de duas partes,

mostra-se importante que as mesmas partes tenham o

direito de defender o negociado.

(24)

A proposta de criação do § 1º tem por finalidade

assegurar um dos pilares fundamentais do Direito do

Trabalho previsto na Constituição Federal de 1988 - a

força de lei da negociação coletiva - ao reconhecer a

autonomia coletiva da vontade como forma prioritária de

regulação trabalhista. Desta forma, ao listar o que não

pode ser negociado, afasta-se a subjetividade que gerou

a insegurança jurídica e impediu a evolução normativa

prevista na Constituição Federal.

São elencadas de maneira taxativa as diversas matérias

que não são passíveis de negociação mediante

Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho, eis que

serão consideradas como as que se enquadram no

conceito de parcelas de indisponibilidade absoluta e

que preservadas, respeitam o que se denomina patamar

civilizatório mínimo.

E) C O NDIÇ Õ ES NÃ O PA S S ÍVE IS D E

N EGO CIA ÇÃ O CO LET I VA

Bem se sabe que, na forma do art. 104, do Código Civil,

somente é válido o negócio jurídico da Convenção ou

Acordo Coletivo de Trabalho desde que tenha “objeto

lícito, possível, determinado ou determinável”.

Para bem determinar o que seja “objeto lícito e possível”

de uma Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho,

houve a cautela de haver o elenco dessas matérias

conforme a boa doutrina e a jurisprudência,

respeitando-se, assim, a própria Constituição Federal.

A segurança jurídica permitirá o exercício da negociação

coletiva e a validação dos instrumentos coletivos

permitirá que os trabalhadores tenham a possibilidade

de participar da formulação de normas que regulam as

próprias vidas.

N Ã O S E P O D E N E G O C I A R

NEGOCIAÇÃO

COLETIVA

- Registro na CTPS e salário mínimo

Supressão/redução: - Encargos sociais - Dias de férias - RSR - Salário-família - Licença paternidade - Aviso prévio - Aposentadoria - Proteção dos menores

- Proibição de práticas discriminatórias (sexo, cor, idade, estado civil) - Proibição de trabalho noturno, perigoso e insalubre a menor de 18; qualquer trabalho a menor de 16, salvo aprendiz aos 14

- Proibição de discriminação ao portador de deficiência

- Ampliação de jornada sem compensação ou reconhecimento da hora extra - Percentual hora extra menor que 50%

- Licença gestante - Licença adoção - Um terço de férias

- Alteração de NRs sem conflito de interpretação

(25)

SUGESTÃO

Manter redação inalterada.

“Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título

são contados em dias úteis, com exclusão do dia do começo e com inclusão do dia do vencimento.

§ 1º Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou dia feriado terminarão no primeiro dia útil seguinte.

§ 2º Os prazos podem ser prorrogados nas seguintes hipóteses:

I - quando o juiz ou o tribunal entender como necessário; ou

II - por motivo de força maior, devidamente comprovada.” (NR)

“Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título são contados em dias úteis, com exclusão do dia do começo e com inclusão do dia do vencimento.

§ 1º Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou dia feriado terminarão no primeiro dia útil seguinte.

§ 2º Os prazos podem ser prorrogados nas seguintes hipóteses:

I - quando o juiz ou o tribunal entender como necessário; ou

II - por motivo de força maior, devidamente comprovada.” (NR)

A.6

TEXTO DO PROJETO DE LEI

SUGESTÃO

Não incluir o parágrafo 2º no artigo 634

da CLT.

“Art. 634. ...

§ 1º ...

§ 2º Os valores das multas administrativas

expressos em moeda corrente serão

reajustados anualmente pelo Índice Nacional

de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

- IBGE ou pelo índice de preços que vier a

substituí-lo.” (NR)

EXPOSIÇÃO

DE MOTIVOS

Vide item A.1.

“Art. 634. ...

§ 1º ...

§ 2º Os valores das multas administrativas expressos em moeda corrente serão reajustados anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE ou pelo índice de preços que vier a substituí-lo.” (NR)

A.5

(26)

SUGESTÃO

Modificar a redação do Art. 12.

Art. 12 Ficam assegurados ao trabalhador

temporário os mesmos direitos e deveres

previstos na CLT relativos aos contratados

por prazo determinado. (modificação da

redação)

Art. 2º A Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 2º Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a empresa de trabalho temporário ou diretamente a empresa tomadora de serviço ou cliente, para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou ao acréscimo extraordinário de serviços.

§ 1º Configura-se como acréscimo extraordinário de serviços, entre outros, aquele motivado por alteração sazonal na demanda por produtos e serviços.

§ 2º A contratação de trabalhador temporário para substituir empregado em afastamento previdenciário se dará pelo prazo do afastamento do trabalhador permanente da empresa tomadora de serviço ou cliente, limitado à data em que venha a ocorrer a concessão da aposentadoria por invalidez de que trata o art. 475 do Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 - Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.” (NR)

“Art. 10 O contrato de trabalho temporário referente a um mesmo empregado poderá ter duração de até cento e vinte dias.

§ 1º O contrato de trabalho temporário poderá ser prorrogado uma vez, desde que a prorrogação seja efetuada no mesmo contrato e não exceda o período inicialmente estipulado.

§ 2º Encerrado o contrato de trabalho temporário, é vedada à empresa tomadora de serviços ou cliente a celebração de novo contrato de trabalho temporário com o mesmo trabalhador, seja de maneira direta, seja por meio de empresa de trabalho temporário, pelo período de cento e vinte dias ou pelo prazo estipulado no contrato, se inferior a cento e vinte dias.

§ 3º Na hipótese de o prazo do contrato temporário estipulado no caput ser ultrapassado, o período excedente do contrato passará a vigorar sem determinação de prazo.” (NR)

“Art. 11 O contrato de trabalho temporário deverá ser obrigatoriamente redigido por escrito e devidamente registrado na Carteira de Trabalho e Previdência Social, nos termos do art. 41 da CLT.

§ 1º Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva que proíba a contratação do trabalhador pela empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de trabalho temporário.

§ 2º A ausência de contrato escrito consiste em irregularidade administrativa, passível de multa de até vinte por cento do valor previsto para o contrato, cuja base de cálculo será exclusivamente o valor do salário básico contratado.” (NR)

“Art. 12 Ficam assegurados ao trabalhador temporário os mesmos direitos previstos na CLT relativos aos contratados por prazo determinado.

§ 1º É garantida ao trabalhador temporário a remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente, calculada à base horária.

§ 2º A empresa tomadora ou cliente fica obrigada a comunicar à empresa de trabalho temporário a ocorrência de todo acidente cuja vítima seja um assalariado posto à sua disposição.” (NR)

“Art. 14 As empresas de trabalho temporário ficam obrigadas a fornecer às empresas tomadoras ou clientes, a seu pedido, comprovante da regularidade de sua situação com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, recolhimentos de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS e Negativa de Débitos junto à Receita Federal do Brasil, sob pena de retenção dos valores devidos no contrato com a empresa de mão de obra temporária.” (NR)

“Art. 18-A Aplicam-se também à contratação temporária prevista nesta Lei as disposições sobre trabalho em regime de tempo parcial previstas no art. 58-A, caput e § 1º, da CLT.” (NR)

“Art. 18-B O disposto nesta Lei não se aplica aos empregados domésticos.” (NR)

“Art. 19 Compete à Justiça do Trabalho dirimir os litígios entre as empresas de serviço temporário e os seus trabalhadores e entre estes e os seus contratantes, quando da contratação direta do trabalho temporário pelo empregador.

Parágrafo único. A empresa tomadora dos serviços, quando o interessado realizar a contratação por meio de empresa interposta, responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas e previdenciárias.” (NR)

A.7

TEXTO DO PROJETO DE LEI

EXPOSIÇÃO

DE MOTIVOS

O trabalhador temporário deve ter os mesmos direitos

e deveres previstos na CLT, em razão do princípio da

igualdade. Daí a proposta de modificação da redação do

artigo 12.

(27)
(28)

Emendas ao

Projeto de Lei

(inclusão de novos artigos na CLT)

4.

(29)

J U R I S P R U D Ê N C I A

D I S T I N Ç Ã O E N T R E

C O M P R A D O R A

V E N D E D O R A

SUGESTÃO

Incluir os parágrafos 2º e 3º no artigo 3º

da CLT, o que resultaria na modificação do

parágrafo único, que se transformaria em

parágrafo 1º, com o mesmo conteúdo.

“Art. 3º...

§ 1º ...

§ 2º O negócio jurídico existente entre

empregadores da mesma cadeia produtiva,

ou não, mesmo sob o regime de exclusividade,

não caracteriza o vínculo empregatício

dos empregados da empresa contratada

com a empresa contratante nem mesmo a

responsabilidade solidária ou subsidiária de

débitos trabalhistas entre ambos.

§ 3º É considerado objeto lícito do negócio

jurídico qualquer tipo de atividade a ser

desenvolvida pela empresa contratada, seja

ela atividade-meio, seja ela atividade-fim da

empresa contratante.

Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.

Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.

B.1

TEXTO DA CLT

(30)

I N S E G U R A N Ç A

J U R Í D I C A

J U R I S P R U D Ê N C I A

D I S T I N Ç Ã O E N T R E

A T I V I D A D E - M E I O E A T I V I D A D E - F I M

C O M P R A D O R A

V E N D E D O R A

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Inclui na lei que o fato de haver relação comercial de

compra e venda de produtos e insumos entre empresas de

uma cadeia produtiva não configura vínculo empregatício

ou responsabilidade da empresa compradora com os

empregados da vendedora.

A criação dessa subordinação estrutural trabalhista é

inconstitucional, estimula a insegurança jurídica e o

aumento dos custos com despesas judiciais, retirando

recursos que poderiam estar alocados para a retomada da

economia.

Também esclarece em lei que não há distinção entre

atividade-meio e fim quando se diz respeito à organização

da atividade econômica, pois se trata de distinção

teórica, criada pela jurisprudência sem fundamento na

própria realidade laboral. Essa regra, além de permitir

interpretações distintas, limita a organização da atividade

econômica.

Afinal, no mesmo setor econômico, a mesma atividade pode

ser meio em uma empresa e fim em outra, dependendo

de como a atividade econômica foi organizada, pois

os processos são estruturados de forma a permitir a

sustentação da empresa no mercado. Limitar a organização

da atividade econômica reduz a competitividade do País.

O Brasil possui instituições sólidas e normas trabalhistas

suficientes para a proteção das relações do trabalho.

Entretanto, é preciso reconhecer as regras de mercado

que movem as economias. Todos os interesses devem ser

pesados e conciliados, tendo como referência o que dispõe

a Constituição Federal.

Ainda que a proposta de Modernização Trabalhista Parcial

não tenha abordado o tema, visto o impacto que tem

gerado para a sociedade, em todos os seus aspectos,

propõe-se a retomada da discussão no Poder Legislativo.

Entretanto que se decida, de imediato, o melhor para o País.

(31)

Á R E A

C O B E R T A

LIVRE

ACESSO

H I G I E N E

P E S S O A L

R E L I G I Ã O

C O N V Í V I O

S O C I A L

P O S T O D E

T R A B A L H O

B A N C O

C E N T R O D E

E S T U D O S

L A Z E R

A C A D E M I A - F I T

C O M P U T O D A J O R N A D A D E T R A B A L H O

SUGESTÃO

Incluir o parágrafo 2º ao Art. 4º da CLT, o

que resultaria na modificação do parágrafo

único, que se transformaria em parágrafo 1º

com o mesmo conteúdo.

“Art. 4º...

§ 1º ...

§ 2° Por não se considerar tempo à

disposição do empregador, não será

computado como extra o período que exceder

a jornada normal, mesmo se o registro do

ponto ultrapassar 5 (cinco) minutos nos

termos do §1° do Artigo 58 da CLT, quando

o empregado, por vontade própria, buscar

proteção pessoal, em caso de insegurança nas

vias públicas ou más condições climáticas,

bem como adentrar nas dependências da

empresa para exercer atividades particulares,

entre outras:

a) práticas religiosas,

b) descanso,

c) lazer,

d) estudo,

e) alimentação,

f) atividades de relacionamento social,

g) higiene pessoal,

h) troca de roupa ou uniforme,

i) transações bancárias.” (inclusão ao

artigo 4° da CLT)

Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.

Parágrafo único - Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar ... (VETADO) ... e por motivo de acidente do trabalho.

B.2

TEXTO DA CLT

(32)

Á R E A

C O B E R T A

LIVRE

ACESSO

( O P C I O N A L )

H I G I E N E

P E S S O A L

R E L I G I Ã O

C O N V Í V I O

S O C I A L

P O S T O D E

T R A B A L H O

B A N C O

C E N T R O D E

E S T U D O S

L A Z E R

A C A D E M I A - F I T

1 2 3 9 6 C O M P U T O D A J O R N A D A D E T R A B A L H O

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Inclui na lei o esclarecimento de

que o empregado pode adentrar e

permanecer no estabelecimento da

empresa, antes e depois da jornada,

para

realização

de

atividades

particulares, sem que o tempo seja

contabilizado para o pagamento de

horas extras.

São exemplos dessa realidade:

práticas religiosas, descanso, lazer,

estudo,

alimentação,

atividades

de relacionamento social, higiene

pessoal, troca de roupa ou uniforme,

transações

bancárias

ou

até

mesmo a permanência no espaço,

por escolha própria para proteção

pessoal em caso de insegurança

nas vias públicas ou más condições

climáticas.

(33)

SUGESTÃO

Modificar o parágrafo 2° do artigo 58 da

CLT.

Art. 58 ...

§1º ...

§2° O tempo despendido pelo empregado

no trajeto entre a residência e a efetiva

ocupação do posto de trabalho, e para o

seu retorno, incluindo o tempo no interior

do estabelecimento, por qualquer meio de

locomoção ou transporte, ainda que fornecido

pelo empregador, não será considerado como

tempo a disposição, e, consequentemente,

não computado na jornada de trabalho. (nova

redação)

Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.

§ 1º Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.

§ 2º O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução.

B.3

TEXTO DA CLT

(34)

EXPOSIÇÃO

DE MOTIVOS

O atual entendimento sobre o pagamento de horas in

itinere acaba por penalizar as empresas que oferecem

a seus empregados um serviço de transporte próprio

ou fretado, dando aos trabalhadores mais conforto,

segurança e comodidade. Logo, observa-se a necessidade

de reverter esse entendimento com o objetivo de prover

segurança jurídica, evitando interpretações divergentes

pela Justiça do Trabalho, pelo Ministério Público do

Trabalho e pela fiscalização do Ministério do Trabalho.

- T E M P O

+ S E G U R A N Ç A

+ C O N F O R T O

F U N Ç Ã O

S O C I A L D O

E M P R E G A D O R

C A S A E S C O L A T R A N S P O R T E P R I V A D O T R A B A L H O C E N T R O U R B A N O C A S A E S C O L A T R A N S P O R T E P Ú B L I C O 1 2 3 9 6 T R A B A L H O C E N T R O U R B A N O 1 2 3 9 6

(35)

SUGESTÃO

Modificar o parágrafo 2º e incluir do

parágrafo 5º no artigo 59 da CLT.

“Art. 59...

§ 1º ...

§ 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de

salário se, por força de acordo individual, de

acordo coletivo de trabalho ou de convenção

coletiva de trabalho, o excesso de horas em

um dia for compensado pela correspondente

diminuição em outro dia, de maneira que

não exceda à soma das jornadas semanais

de trabalho previstas, nem seja ultrapassado

o limite máximo de dez horas diárias.”

(alteração do parágrafo 2°, do Art. 59, da

CLT)

§ 3º ...

§ 4º ...

§ 5º A prestação de horas extras habituais

não descaracteriza a compensação de

jornada.” (inclusão)

Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.

§ 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 20% (vinte por cento) superior à da hora normal. (Vide CF, art. 7º inciso XVI)

§ 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.

B.4

(36)

EXPOSIÇÃO

DE MOTIVOS

Deve-se explicitar que o sistema de compensação de

horas pode ser adotado durante o contrato individual

de trabalho, sem a necessidade de negociação coletiva,

como previsto na CLT, mas, hoje, sem segurança jurídica

face a interpretações em sentido contrário.

A legislação usa a expressão “convenção ou acordo

coletivo de trabalho” quando não permite o acordo direto

entre empregado e empregador. E o termo “acordo ou

convenção coletiva” para as hipóteses em que, além da

convenção coletiva, se permite o acordo coletivo ou o

acordo individual entre o empregador e empregado. Essa

conclusão pode ser observada na Constituição Federal,

art. 7º, comparando-se o inciso XVIII com o VI e, na CLT,

pelo uso dessas expressões no parágrafo 2º do artigo

59, nos artigos 235-C, 476-A e 612 e no parágrafo 8º

do art. 235-D.

Por outro lado, deve-se afastar o entendimento da

jurisprudência de que a realização de hora extra impede

a utilização do sistema de compensação. Por fim, a

exclusão da expressão “no período máximo de um ano”

retira a insegurança jurídica, pois uma eventual folga,

por interesse do próprio empregado, no último dia de

um acordo anual, poderia não ser permitida, diante do

risco de entendimento de que não haveria prazo para o

trabalho em compensação.

Esta proposta afasta a insegurança jurídica, além de

ser um mecanismo que contribui para a proteção e o

estímulo ao emprego.

B A N C O D E H O R A S

J U R I S P R U D Ê N C I A

A u t o r i z a d o p o r l e i v i a A C O R D O I N D I V I D U A L N E G O CI A Ç Ã O C O L E T I VA G e r a i n s e g u r a n ç a j u r í d i c a

S E G U R A N Ç A

J U R Í D I C A

C O M P E T I T I V I D A D E

I N V E S T I M E N T O S

R E N D A

+

+

+

+

+

E M P R E G O S

A C O R D O I N D I V I D U A L

O U

(37)

SUGESTÃO

Modificar o parágrafo 3º do Art. 71 da CLT.

Art. 71 ...

§ 1º ...

§ 2º ...

§3° Quando o empregador tiver refeitório

no estabelecimento, o intervalo intrajornada

poderá ser reduzido pelo empregador para

até 30 minutos, independentemente de

Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho.

(nova redação)

§ 4º ...

§ 5º ...

Art. 71 Em qualquer trabalho contínuo, cuja

duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.

§ 1º Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.

§ 2º Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.

§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.

§ 4º Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.

§ 5º O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e aquele estabelecido no § 1o poderá ser fracionado, quando compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submetidos estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a remuneração e concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada viagem.

B.5

TEXTO DA CLT

(38)

EXPOSIÇÃO

DE MOTIVOS

A mudança do intervalo intrajornada proporciona

ganhos diretos para o trabalhador, bem como para a

sociedade em geral. Por exemplo, a redução do período

de refeição, nas empresas em que existe refeitório,

permite ao empregado chegar mais tarde ou sair mais

cedo, mantendo a mesma carga horária de trabalho,

podendo dedicar esse tempo à sua vida pessoal. Além

disso, contribui para a mobilidade urbana, permitindo

que existam diferentes jornadas de trabalho e,

portanto, reduzindo o impacto dos momentos de pico

de utilização das vias públicas. Paralelamente, quanto

mais se utilizam as máquinas e equipamentos, melhor

é o retorno dos investimentos e menor o consumo de

energia elétrica, entre outros. Assim, ao reduzir custos,

esses fatores aumentam a competitividade da empresa,

incentivam o emprego e o bem-estar do trabalhador.

As companhias poderiam fazer ajustes nos horários de

intervalo, caso possuam restaurante próprio, conforme

a legislação trabalhista de segurança e saúde e da

Vigilância Sanitária, atendendo, por exemplo, requisitos

como a oferta de uma alimentação balanceada e

inscrita no Programa de Alimentação do Trabalhador

(PAT) e tenham serviço/produção com possibilidade de

redução de intervalo.

C A S A T R A B A L H O - T R Â N S I T O + T E M P O C O M A F A M Í L I A + Q U A L I D A D E D E V I D A

H O R Á R I O

D E P I C O

C A S A T R A B A L H O I N T E R V A L O 1 H 4 0 M I N 3 0 M I N 1 2 3 9 6 1 2 3 9 6 P O S T O S D E T R A B A L H O R E F E I T Ó R I O

(39)

1 0 D I A S

1 0 D I A S

G O Z O E M T R Ê S

P E R Í O D O S D O A N O

1 0 D I A S

SUGESTÃO

Modificar o caput do Art. 134 da CLT e

excluir o parágrafo 1º.

“Art. 134 As férias serão concedidas por

ato do empregador em até 3 (três) períodos

anuais desde que um deles não seja inferior

a 10 (dez) dias corridos, nos 12 meses

subsequentes à data em que o empregado

tiver adquirido o direito.

§ 1º Somente em casos excepcionais serão

as férias concedidas em 2 (dois) períodos, um

dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez)

dias corridos”.(alteração do caput e exclusão

do parágrafo 1º do artigo 134 da CLT)

Art. 134 - As férias serão concedidas por

ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.

§ 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos.

§ 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez.

B.6

(40)

1 0 D I A S

1 0 D I A S

G O Z O E M T R Ê S

P E R Í O D O S D O A N O

1 0 D I A S

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Inclui na lei a permissão para que

o empregado possa gozar as férias

individuais em três períodos. Permite

que o empregado possa melhor

planejar a sua vida social e aprimora

a organização do trabalho.

Com essa proposição, seria possível

o parcelamento do período de férias

anuais em até três períodos, com

garantia de que uma das frações

tenha, no mínimo, 10 dias corridos

e não duas semanas, conforme

redação original. A medida ainda

se apresenta como mecanismo

de proteção e estímulo à geração

de emprego, na medida em que o

empregador possui mais segurança

para contratação.

(41)

A C T / C C T

C O N F L I T O N A

I N T E R P R E T A Ç Ã O

N O R M A

C O M P L E M E N T A R

NR

“SE”

N E G O CI A Ç Ã O C O L E T I V A

C O M I S S Ã O

T R I P A R T I T E

SEGURANÇA

JURÍDICA

I N S E G U R A N Ç A J U R Í D I C A

SUGESTÃO

Modificar o caput do art. 200 da CLT.

“Art. 200 Cabe ao Ministério do Trabalho

estabelecer disposições complementares às

normas de que trata este Capítulo, tendo em

vista as peculiaridades de cada atividade ou

setor de trabalho, salvo quando não houver,

no processo de revisão ou elaboração da

regulamentação, consenso unânime no

sistema tripartite paritário, especialmente

sobre:” (nova redação ao artigo 200, da CLT)

Art. 200 - Cabe ao Ministério do Trabalho

estabelecer disposições complementares às normas de que trata este Capítulo, tendo em vista as peculiaridades de cada atividade ou setor de trabalho, especialmente sobre:

I - medidas de prevenção de acidentes e os equipamentos de proteção individual em obras de construção, demolição ou reparos;

II - depósitos, armazenagem e manuseio de combustíveis, inflamáveis e explosivos, bem como trânsito e permanência nas áreas respectivas;

III - trabalho em escavações, túneis, galerias, minas e pedreiras, sobretudo quanto à prevenção de explosões, incêndios, desmoronamentos e soterramentos, eliminação de poeiras, gases, etc. e facilidades de rápida saída dos empregados;

IV - proteção contra incêndio em geral e as medidas preventivas adequadas, com exigências ao especial revestimento de portas e paredes, construção de paredes contra-fogo, diques e outros anteparos, assim como garantia geral de fácil circulação, corredores de acesso e saídas amplas e protegidas, com suficiente sinalização;

V - proteção contra insolação, calor, frio, umidade e ventos, sobretudo no trabalho a céu aberto, com provisão, quanto a este, de água potável, alojamento profilaxia de endemias;

VI - proteção do trabalhador exposto a substâncias químicas nocivas, radiações ionizantes e não ionizantes, ruídos, vibrações e trepidações ou pressões anormais ao ambiente de trabalho, com especificação das medidas cabíveis para eliminação ou atenuação desses efeitos limites máximos quanto ao tempo de exposição, à intensidade da ação ou de seus efeitos sobre o organismo do trabalhador, exames médicos obrigatórios, limites de idade controle permanente dos locais de trabalho e das demais exigências que se façam necessárias;

VII - higiene nos locais de trabalho, com discriminação das exigências, instalações sanitárias, com separação de sexos, chuveiros, lavatórios, vestiários e armários individuais, refeitórios ou condições de conforto por ocasião das refeições, fornecimento de água potável, condições de limpeza dos locais de trabalho e modo de sua execução, tratamento de resíduos industriais;

VIII - emprego das cores nos locais de trabalho, inclusive nas sinalizações de perigo.

Parágrafo único - Tratando-se de radiações ionizantes e explosivos, as normas a que se referem este artigo serão expedidas de acordo com as resoluções a respeito adotadas pelo órgão técnico.

B.7

TEXTO DA CLT

(42)

A C T / C C T

C O N F L I T O N A

I N T E R P R E T A Ç Ã O

N O R M A

C O M P L E M E N T A R

NR

“SE”

N E G O CI A Ç Ã O C O L E T I V A

C O M I S S Ã O

T R I P A R T I T E

SEGURANÇA

JURÍDICA

I N S E G U R A N Ç A J U R Í D I C A

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

O legislador optou por delegar ao

Ministério do Trabalho a elaboração

de regulamentos em segurança e

saúde do trabalho.

O Ministério do Trabalho, por sua

vez, reconheceu e passou a adotar

como melhor forma de elaboração

dessas regras, o sistema tripartite

que, além do poder público, tem em

sua composição representantes dos

trabalhadores e empregadores.

Assim sendo, a criação de normas

complementares que regulamentam

a saúde e segurança, NRs do

Ministério do Trabalho, resulta de

negociação, nesse caso, no âmbito

do sistema tripartite.

Por isso, sugere-se que, quando

frustrada a negociação no âmbito

do sistema tripartite, ao não se

conseguir a unanimidade necessária

para legitimar a matéria, ela seja

encaminhada ao Poder Legislativo

para a definição da regra a ser

adotada.

Esse encaminhamento seria feito

à esfera à qual a sociedade, por

meio da Constituição, atribuiu o

poder de legislar. Por fim, a própria

organização do Congresso Nacional

e do processo legislativo irão

assegurar as melhores decisões na

elaboração dessas normas que não

encontram consenso no sistema

tripartite.

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