• Nenhum resultado encontrado

LACTENTE SIBILANTE. Como classificar e tratar

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "LACTENTE SIBILANTE. Como classificar e tratar"

Copied!
68
0
0

Texto

(1)

LACTENTE SIBILANTE

(2)

Objetivos

Discutir as causas de sibilância em lactentes com ênfase no diagnóstico diferencial

Abordar o manejo inicial das principais causas de sibilância em crianças Discutir como identificar os lactentes sibilantes com sinais de gravidade

(3)

EPIDEMIOLOGIA

Estudo EISL evidenciou prevalências entre 40 e 80% de 3 ou mais episódios de sibilância em menores de 15 meses

(4)

Experiência recente do Serviço

1.

Maior número de lactentes com episódios de sibilância grave - “Lactente Sibilante de Difícil Controle”

2.

Muitos com causas múltiplas juntas

a.

História familiar de asma

b.

ambiente desfavorável

c.

frequentadores de creche

d.

Sinais de disfagia

e.

Medidas de tratamento com resultados parciais ou nulos

3.

Uma primeira infecção viral moderada a severa parece dar início aos eventos

(5)

OS 10 MANDAMENTOS DO LACTENTE

SIBILANTE

1.

Pensar em

sibilância

associada a vírus

2.

Lembrar que asma pode começar cedo

3.

O lactente com baixo peso deve ser investigado

4.

Sibilância contínua pode ser malformação ou malácea

5.

Quem sibila pode aspirar e quem aspira pode sibilar

(6)

OS 10 MANDAMENTOS DO LACTENTE

SIBILANTE

7.

As imunodeficiências podem se apresentar como sibilância de difícil controle 8.Quem sibila desde o período neonatal e foi prematuro extremo pode ter

displasia e HRB

9.Mesmo lactentes podem aspirar corpo estranho (que algum adulto ESTÚPIDO deu)

10. Investigar conforme gravidade e com recursos adequados (TCAR com imagens ruins só irradiam e de nada ajudam)

(7)

SIBILÂNCIA

Não há uma definição precisa- três ou mais episódios de sibilância ou sua persistência por pelo menos um mês

Sibilo é um sinal clínico frequente

Muitas vezes ausculta imprecisa...”broncoespasmo” 1/3 das crianças < de 5 anos apresenta sibilância Principal causa - infecção viral

Sibilância recorrente = ASMA, ASMA, ASMA

Algumas causas são raras mas SEMPRE devem ser consideradas no diagnóstico diferencial de TODA criança com sibilância

(8)

CAUSAS DE SIBILÂNCIA EM LACTENTES

AGUDAS 1 Asma

2 Aspiração de corpo estranho 3 Bronquiolite.

RECORRENTES

1.Asma Bronquiolite obliterante 2 sibilância pós viral

3 síndromes aspirativas

(9)

Sinais de Alerta - O que deve ser avaliado

Anamnese detalhada, MUITO DETALHADA Idade de início

Características do quadro inicial Características clínico-evolutivas Achados sistêmicos

Baixo peso

Sinais de acometimento de VAS Sinais atopia

História neonatal: PMT

Exames de triagem neonatal: FC História familiar: asma, FC

(10)

Exame físico COMPLETO E DETALHADO

Peso/Altura- SEMPRE, CURVA!!! - doença sistêmica Sinais de atopia (RA, Dermatite)

Deformidade torácica Baqueteamento digital

Sinais de esforço ventilatório (tiragens, BAN, FR) Sibilo/estridor/roncos?

Sibilo difuso/localizado/Unilateral Sibilo ao alimentar, escape oral Encefalopatia/neuromiopatia Rinoscopia

(11)

Sinais de Alerta

Presente desde o nascimento Início após engasgo

Associado à alimentação Diarréia crônica Sempre presente Baixo peso Sintomas associados Inspiratório x expiratório História neonatal: PMT

Exames de triagem neonatal: FC História familiar: asma, FC

História psico-social : exposição SPA RxT com alteração p.persistente

Falha na resposta ao tratamento de asma Apnéia associada

(12)
(13)

SIBILÂNCIA ASSOCIADA A VIROSES

FEBRE associada

Sibilância relacionada somente a viroses respiratórias Pesquisa de vírus+ nos episódios

Ausência de história pessoal ou familiar de atopia, asma ou rinite alérgica

Primeiro episódio caracterizado como bronquiolite viral aguda, com subsequente sibilância recorrente

Tendência a apresentar episódios somente no inverno, com redução expressiva no verão “CRECHITE”

(14)
(15)

MRC, 5m20d (IGC 4m6d), masculino - DI: 4/2/18

HDA:

Há 4 dias com aumento do esforço respiratório, associado a

chiado no peito, tosse e engasgos com vômitos.

(16)

MRC, 5m20d (IGC 4m6d), masculino - DI: 4/2/18

HMP:

# 2

internações prévias por sibilância HMV - Dez/17 e Jan/18

-

BQLTE por Parainfluenza 3

# PMT 34sem, sem necessidade de VM

-

PC, PN 2336g, C 43cm

-

Triagens neonatais normais (IRT 21 - teste plus)

HF:

-

Pai asmático (até 12a); Mãe com rinite alérgica

-

Irmão 6 anos, hígido

Objetivo:

(17)
(18)
(19)
(20)
(21)
(22)

04/02

- Chegada na Emergência → resgate + O2

- Mantidas medicações

(23)

Diante desse quadro quais as hipóteses

diagnósticas que você consideraria?

1. Asma de apresentação precoce

2. Bronquiolite Obliterante

3. Disfagia e aspiração

4. Imunodeficiência

(24)

Qual a investigação/conduta a ser feita?

1. Tomografia computadorizada

2. Investigação imunológica

3. Pesquisa de aspiração e de RGE

4. Biópsia de cílio e pulmonar

(25)

LABORATORIAIS 4/2 MIPAS para 3+ 5/2 PCR viral para 3+ 6/2 IgA < 15 IgM 21 IgG < 140 IgE < 2 Hb 12,3 Leuc 6580 Bas 0,2% (13) Eos 0,9% (59) Neut 62,7% (4126) Linf 24,6% (1619) Mon 11,6% (763) Plaq 421 mil 7/2 C3 143 / C4 42 IgA < 15 IgM 21 IgG < 140 CD3 40 CD3/CD4 38 CD3/CD4/CD8 12 (Linf T) CD19 57 (Linf B) CD16-CD56 0,04 (Linf NK) Rel CD4/CD8 3,04 Anti-HIV NR Anti-HBS 4 VSG 2 Retic 102400 (2%)

KPC-EQU Alb + / C. Cet +

SCID!

9/2 Ur 28 Cr 0,23 Na 144 K 5,3 Gama GT 41 TGO 56 TGP 43 FA 132

(26)

VII Mandamento

(27)
(28)

N.D.B, 2 a

Previamente hígida, encaminhada por quadro de

sibilância grave há aproximadamente 60 dias.

Teve 2 internações usou de Ceftriaxona e

Hidrocortisona.

Usou salbutamol, nbz ipratrópio, corticóide oral ,

albendazol e iniciou seretide 25/125 ½.

Solicitado exames como C3, C4, CH50, proteinograma

(29)
(30)

Raio-x da segunda internação 14 dias Após o anterior

(31)
(32)
(33)

Diante das imagens iniciais podemos concluir:

1.

Radiografias não permitem qualquer diagnóstico

2.

Esse raio-x de seios da face sugere imunodeficiência

3.

O primeiro é normal

4.

O segundo raio-x indica investigar compressão

extrínseca de via aérea

(34)

Alguma outra sugestão?

(35)
(36)
(37)
(38)
(39)

Concluindo o diagnóstico:

1.

Agamablobulinemia de Bruton

2.

Sindrome de McLeod

3.

Hipolasia pulmonar esquerda

4.

异物吸入

(Chinês)

(40)
(41)

IX Mandamento

Não esquecereis que sibilância de início súbito pode ser

aspiração de corpo estranho.

(42)

CASO 5

Masc, 6m

Cirurgia correção Tetralogia Fallot há 35d Desde então sibilância e estridor

(43)

Masc, 6m

Cirurgia correção Tetralogia Fallot há 35d Desde então sibilância e estridor

Estenose subglótica obstruindo 85% da luz.

(44)

CASO 6

Menino, 2m e 10d, ganho pôndero-estatural adequado

Em maio iniciou c/ congestão nasal com piora clínica evoluíndo com dificuldade ventilatória, sibilância e tosse. Afebril

Primeiro episódio VSR+

Hf de tabagismo, asma e sífilis gestacional c/ tto adequado

(45)

CASO 6

Qual a

hipótese

diagnóstica?

Solicitaria

algum

(46)
(47)

Dados sugestivos de malformações:

Imagem radiológica sugestiva ou persistente

História de "pneumonia" tratada sem melhora das imagens do radiograma de tórax

Sintomatologia que piora com mudança de posição Início precoce, < 30 dias de vida

(48)

Iv Mandamento

Não esquecereis que sibilância prolongada pode ser

malformação .

(49)
(50)

7m menino crises de tosse e chiado

Há 4 semanas com várias consultas em posto de saúde

e emergência

Febre várias vezes

Usou nebulização com Fenoterol, Prednisolona,

Azitromicina, anti-histamínico

Tios asmáticos

Ambiente úmido, presença de animais domésticos dentro

de casa

(51)

Ao exame

Regular estado geral

Peso no percentil 10

Sibilos mais no lado direito

Sat hgb 94%

(52)
(53)

Diante desse quadro clínico e rx qual sua

interpretação

1.

Pensar em malformação pulmonar pedir TC

2.

Pensar em compressão extrínseca de vias aéreas

realizar uma fibrobroncoscopia

3.

Pensar em TBC pedir PPD – Teste de Mantoux

4.

Iniciar antibiótico e repetir rx em 1 semana

(54)
(55)

Retomando a história com a família...

Confirmado contato com pai alcoólatra tossidor

Colhido lavado gástrico com pesquisa + para BK

(56)

VI Mandamento

Pensar tuberculosamente em nosso meio

A história de contato com TB muitas vezes só se

confirma depois de 3 anamneses

Crianças atendidas em diferentes locais recebem

(57)

CASO 5

A. L. C., 1 a 3m, masc

Com quadro de dificuldade ventilatória e sibilancia desde o nascimento!!

SEMPRE CONFIRMAR ESTE DADO!!!! Prematuro, IG=29 sem, PN=980g

VM por 12 dias e O2 por 65d

Várias visitas em SO por piora ventilatória Mãe asmática

Baixo peso/estatura

Ao exame: deformidade torácica, sibilos audíveis sem esteto, sat 89% aa

(58)

Diagnóstico de displasia broncopulmonar X DPCPN

Doença pulmonar crônica que acomete bebês prematuros Uso de O2 por no mínimo 28 d

Prevalência variável

Característica do centro, critérios diagnósticos

Incidência é inversamente proporcional ao Peso do nascimento Acometimento sistêmico

(59)

Quadro clínico sugestivo de FC e aproximadamente

em ordem de frequência

Déficit crescimento Esteatorreia

Suor salgado!!!

Tosse crônica, produtiva

História familiar de FC ou óbito de irmão

Infecções respiratórias de repetição incluindo bronquiolite/bronquite Íleo meconial, Prolapso retal

Edema/hipoproteinemia Pneumonia grave/empiema Síndrome de depleção de sal Icterícia neonatal prolongada Deficiência de vitamina K

(60)

Diagnóstico de Fibrose Cística

Dosagem de eletrólitos no suor

Screening neonatal- ITR – tripsina imunoreativa Pesquisa de mutação genética

Mais de 2000 diferentes mutações

∆F508 está presente em 66% dos pacientes com FC Teste de função pancreática

Diferença de potencial nasal

(61)

Síndromes aspirativas - Disfagia

(62)

Síndromes aspirativas - Disfagia

Doença do Refluxo gastroesofágico História de piora noturna

Crises de choro de causa inexplicável (sugerindo esofagite) Piora de sintomas durante ou após mamadas

(63)

Sibilancia pós viral

Bronquiolite obliterante e

(64)

Bronquiolite obliterante e

sequelas das infecções virais Fischer,Mocellin, Tanaka 2019

(65)

Quando suspeitar de Bronquiolite Obliterante

Doença pulmonar grave com hiperaeração localizada Síndrome do pulmão hiperlucente Sintomas graves desproporcionais ao RxT Aspiração + sinais clínicos acima Limitação ao exercício prologada

após doença pulmonar Crepitações ou sibilância pós pneumonia ou falência ventilatória Tosse e sibilância 6 semanas ou + após pneumonia BO

(66)

Bronquiolite obliterante

Complicação de BVA grave

Menor faixa etária

Necessitam acompanhamento

regular

(67)

XVI CURSO TEÓRICO-PRÁTICO DE

PNEUMOPEDIATRIA HCSA

29-31 AGOSTO

Fábio Midulla – Itália, Warren Lenney UK

Paulo Camargos MG, Cristina Nascimento Bahia

CURSO BASEADO EM CASOS CLÍNICOS – INTERATIVIDADE

Detalhes:

www.pneumopediatriahcsa.com.br

(68)

Referências

Documentos relacionados

3 Ar gos publicados em periódicos sem corpo editorial Cópia sumário periódico e/ou primeira folha ar go 0,0889 pts / ar go 0,889 pontos 4 Publicação de trabalho completo em anais

Discorda da atitude do cão, apresentando uma justificação plausível, explicitando, a partir da informação contida no texto, a razão em que baseia a sua posição. Produz

pais: PIIs crônicas fibrosantes (fibrose pulmonar idiopática e pneumonia intersticial não específica); PIIs relacionadas ao tabagismo (pneumonia intersticial descamativa e

Essa aproximação, de forma alguma consensual, revela certa divergência na análise da narrativa quanto à vertente do fantástico ou do insólito que lhe seria mais compatível;

O discurso de uma educação voltada para a liberdade tem gerado, muitas ve- zes, a ausência de autoridade por parte do professor. A perda da autoridade no es- paço escolar, como

A UA propõe a implementação de um programa de tutoria académico personalizado, apostando de forma determinada na aquisição, por parte do estudante, de competências

No entanto, a auto-hipnose não precisa apenas de ser usada para resolver problemas, e pode também ser utilizada para tornar a sua vida mais fácil, por exemplo, para lhe dar

O Gerente-Geral de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Re- cintos Alfandegados, da Agencia Nacional de Vigilancia Sanitária no uso de suas atribuições legais conferidas pela Portaria