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Isolamento e preservação de local de crime

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Academic year: 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE DIREITO

CARLOS ROBERTO PICANÇO PASSOS JUNIOR

ISOLAMENTO E PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE CRIME

FORTALEZA

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CARLOS ROBERTO PICANÇO PASSOS JUNIOR

ISOLAMENTO E PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE CRIME

Monografia apresentada ao Departamento de Direito de Direito Público da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Direito.

Orientadora: Prof.ª Mc. Fernanda Cláudia Araújo da Silva.

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CARLOS ROBERTO PICANÇO PASSOS JUNIOR

ISOLAMENTO E PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE CRIME

Monografia apresentada ao Departamento de Direito de Direito Público da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Direito.

Aprovada em: ___/___/______.

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________ Prof.ª Mc. Fernanda Cláudia Araújo da Silva (Orientadora)

Universidade Federal do Ceará (UFC)

_______________________________________________ Msc. Átila Einstein de Oliveira

Doutorando UNIFOR

_______________________________________________ Bel. Demítrius Bruno Farias Valente

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RESUMO

A importância do correto isolamento e preservação do local de crime terá consequências positivas no deslinde das investigações a respeito do crime cometido. Com a correta percepção e perpetuação da cena de um crime feita pelo perito criminal, evita-se que inocentes sejam prejudicados em seus direitos e liberdades, bem como impede que culpados fiquem livres de responder pelos seus crimes. Abordar-se-ão questões sobre a atual situação dos órgãos pericias em relação as policias civis, notadamente sobre a separação deste órgãos públicos e da constitucionalidade do órgão pericial. Atraves do Código de Processo Penal se esclarecerá os requisitos legais e os elementos obrigatórios de um perícia, bem como as providências que devem ser tomadas quando da ocorrência de um crime à luz da legislação. Abordando os fundamentos da Criminalística e da perícia criminal será possível compreender o grande impacto nos resultados da perícia consequentes de pequenas alterações ocorridas no local de crime devido a precariedade da preservação da cena de crime.

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ABSTRACT

The importance of proper insulation and preservation of the crime scene will have positive consequences in the disentangling of the investigations regarding the crime committed. With the correct perception and perpetuation of a crime scene made by the coroner, it is prevented from innocent to suffer for their rights and freedoms and prevent culprits are free to answer for their crimes. questions will address on the current situation of expertise bodies on the civil police, notably on the separation of the public agencies and the constitutionality of the expert body. Through the Criminal Procedure Code to clarify the legal requirements and the mandatory elements of a skill as well as the measures to be taken upon the occurrence of a crime under the law. Addressing the foundations of Criminology and Forensic you can understand the great impact on consequent expertise of results of small changes in the crime scene because of the precariousness of preserving the crime scene.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AESP Academia Estadual de Segurança Pública CF Constituição Federal

CIOPS Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança CPP Código de Processo Penal

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...11

2 CRIMINALÍSTICA, PRESERVAÇÃO DO LOCAL DE CRIME E PROVA PERICIAL...12

2.1 A criminalística no âmbito das policias...12

2.2 A preservação do local de crime...13

2.3 Prova pericial...16

2.4 A preservação: mecanismo de isolamento – importância...18

3 A PERÍCIA EM FACE DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA...22

3.1 Casos de nova perícia…...25

3.2 O assistente técnico...26

3.3 O isolamento e preservação de local de crime no Código de Processo Penal ...27

3.4 Do prazo para elaboração de exame e do laudo pericial...28

3.5 Da fotografia...28

3.6 As perícias elencadas no Código de Processo Penal …...29

4 LOCAL DE CRIME E SUAS ESPECIFICIDADES...31

4.1 Os Indícios e Vestígios...31

4.2 A preservação dos Vestígios...32

4.3 Locais de Crime Contra a Vida...32

4.4 Locais de Ocorrências de Tráfego...33

4.5 Locais de Crime Contra o Patrimônio...35

4.6 Casos de Perícias de Imagens...35

4.7 A Informática Forense...35

4.8 A Documestoscopia...36

4.9 A Grafoscopia...36

4.10 Mortes por Asfixia...36

4.11 Mortes por Precipitação...37

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...38

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1 INTRODUÇÃO

Serão apresentados os aspectos envolvidos na perícia criminal em local de crime realizada por peritos oficiais e as diversas peculiaridades que envolvem o correto isolamento de local de crime e sua preservação. No universo pericial existem atos oficiais que antecedem a perícia de um local de crime. Após da denúncia de um crime, um policial é deslocado por ordem superior da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança – CIOPS e dirige-se ao local para verificar a ocorrência de fato delituoso.

Esse policial que foi acionado para um suposto local de crime, ao constatar que houve realmente o crime, seja ele contra a vida, patrimônio ou ocorrência de trânsito com lesão corporal, passa a ser responsável pela preservação do local e por providenciar o seu correto isolamento. Nessas etapas e até a confecção do laudo pericial, o policial citado será considerado como primeiro policial a chegar no local e esta informação constará no laudo pericial no item histórico. Após a constatação do fato delituoso, o primeiro policial solicitará a presença da Perícia Forense, e a CIOPS designará um Perito Criminal plantonista para o local. Vale salientar que tudo o que ocorreu antes da chegada do Perito Criminal no local de crime, poderá ter consequências jurídicas posteriores. E focando essa questão iremos desenvolver o presente trabalho.

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2 CRIMINALÍSTICA, PRESERVAÇÃO DO LOCAL DE CRIME E PROVA

PERICIAL

A disciplina que abarca as questões relativas ao crime, englobando as polícias, bem como a justiça e a sociedade é a Criminalística. Diferente da criminologia que enfoca as características psicológicas e sociais do criminoso e da vítima.

2.1 A criminalística no âmbito das polícias

O Código Penal define com precisão os tipos penais e as penas, mas é o Código de Processo Penal que fornece regras de operação e deveres inerentes aos agentes policiais e do judiciário. Isto posto, vale frisar o Art. 158 do CPP determina que todo crime que deixar vestígios deverá ser submetido a perícia, não a substituindo ou isentando desta necessidade a prova testemunhal.

Por esta razão a perícia criminal se faz presente em ocorrências de tráfego com vítimas lesionadas, pois devido a lesão ocorrida se compatibiliza a figura do crime de lesão corporal que poderá ser denunciado por ocasião do inquérito policial.

No Brasil existe a figura definida em lei do perito oficial, onde o mesmo é vinculado as policias judiciárias (Polícias Civis e Polícia Federal). Somente em caso que não haja perito oficial disponível será nomeado um perito ad hoc. Existe um movimento nacional onde todos os estados da federação caminham para a independência do órgão de perícia da Polícia Civil. Em São Paulo e Pernambuco, por exemplo, foram criadas a Polícia Científica de São Paulo e a Polícia Científica de Pernambuco por meio de Leis Estaduais.

No Ceará foi sancionada a Lei de criação da Perícia Forense do Estado do Ceará - PEFOCE (Lei Estadual nº 14.055, de 7 de janeiro de 2008) concedendo autonomia administrativa e financeira ao órgão. Porém os servidores peritos continuam vinculados à Polícia Civil do Estado do Ceará e permanecem como Policiais Civis, sendo os mesmos cedidos à PEFOCE onde são lotados.

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inclusive.

Atualmente, para garantir a constitucionalidade da atuação dos peritos oficiais do estado do Ceará, os peritos atuam como policiais civis, estando portanto inseridos no Rol do Art. 144 da CF/1988.

2.2 A preservação do local de crime

Agora que já se esclareceu que toda infração penal que deixar vestígios torna obrigatória a perícia, vale explicar em qual momento a perícia será acionada para proceder os exames perícias que se fazem necessários. Quando um crime ocorre, o mesmo é comunicado à Polícia, seja através do telefone ou diretamente. Após a notícia do crime ocorrido, uma equipe policial deverá deslocar-se ao local para verificar a veracidade e o tipo de ocorrência em curso. Ao chegar no local de crime, o primeiro policial como é chamado, deve certificar-se com relação à sua própria segurança e em seguida confirmar a existência do crime tomando cuidado para alterar o estado das coisas (DOREA, 2012).

Após a confirmação da ocorrência, o primeiro policial deve providenciar o devido isolamento do local de crime impedindo que qualquer pessoa entre na área isolada até a chegada da perícia. Quando o perito criminal chega no local, deve se comunicar com o primeiro policial a fim de receber todas as informações disponíveis do caso. Em seguida deve o perito avaliar o isolamento e decidir por mantê-lo ou ampliá-lo (DOREA, 2012).

Nos locais de crime, se faz necessária a presença da autoridade policial, o delegado de polícia, podendo este ser representado por membros da equipe da delegacia respectiva. Após a perícia ser concluída, o local de crime é liberado para a autoridade policial.

Em cumprimento, vale salientar, com o disposto no Art. 169 do Código de Processo Penal que segue:

Art. 169. Para efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos.

Parágrafo único – Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas e discutirão, no relatório, as consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos.

O dispositivo acima, na verdade, trata mais da questão do isolamento e preservação dos vestígios de um crime do que da própria perícia de local. Outrossim se refere de forma indireta da perícia de local de crime.

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fatos e um dos tipos de perícia que mais demanda esforço dos peritos, devido condições adversas que muitas vezes se encontram durante os trabalhos de levantamento pericial in loco.

Voltando um pouco ao histórico da criminalística, temos que no princípio cabia à medicina legal, além dos exames de integridade física do corpo da vítima, toda a pesquisa, busca e demonstração de outros elementos relacionados com a materialidade do crime, como o exame dos instrumentos do crime e demais evidências(DOREA; QUINTELA; STUMVOLL, 2012).

Com o desenvolvimento da sociedade e das ciências, nasceu uma nova disciplina para pesquisa, análise e interpretação dos vestígios materiais encontrados em locais de crime, sendo esta, fonte de apoio à Polícia e ao Judiciário.

Quanto a nomenclatura desse novo ramo científico, existem diversas, como polícia científica, polícia técnica, ciência policial ou policiologia. Segundo Gilberto Porto, os que se filiam à escola alemã usam o nome de Criminalística, que foi utilizado pela primeira vez por Hans Gross, considerado o pai da Criminalística, juiz de instrução e professor de direito Penal, em 1983, em Gratz, na Alemanha, ao publicar seu livro como sistema de Criminalística, “Manual do Juiz de Instrução”.

A Criminalística, ainda segundo Gilberto Porto, não se constitui em uma ciência, mas em disciplina transformada e elevada para um sistema, aplicando dados fornecidos por diversas ciências, artes e outras disciplinas, utilizando os próprios métodos inerentes a essas ciências.

A definição dada à Criminalística, por ocasião do 1º Congresso Nacional de Polícia Técnica, durante o ano de 1947, em São Paulo é: “Criminalística: disciplina que tem por objetivo o reconhecimento e interpretação dos indícios materiais extrínsecos relativos ao crime ou à identidade do criminoso. Os exames dos vestígios intrínsecos (na pessoa) são da alçada da medicina legal.”

Nesse conceito, objetiva-se que a moderna Criminalística necessariamente esteja imbuída do fator da dinâmica, com análise dos vestígios materiais, as interligações entre eles, bem como dos fatos geradores, a origem e a interpretação dos vestígios, os meios e modos como foram perpetrados os delitos, não se restringindo, tão somente, à fria estática narrativa, sem vida, da forma como se apresentam os vestígios, isto é, ao simples visum et repertum (DOREA; QUINTELA; STUMVOLL, 2012).

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Primeiro, o conteúdo de um Laudo Pericial Criminalístico é invariante com relação ao Perito Criminal que o produziu: como os resultados de uma perícia criminalística são invariavelmente baseados em leis científicas, com teorias e experiências consagradas, seja qual for o perito que recorrer a estas leis para analisar um fenômeno criminalístico, o resultado não poderá depender dele, indivíduo (DOREA; QUINTELA; STUMVOLL, 2012).

Em segundo, as conclusões de uma perícia criminalística são independentes dos meios utilizados para alcançá-las: utilizando-se os meios adequados para se concluir a respeito do fenômeno criminalístico, esta conclusão, quando forem reproduzidos os exames, será constante, independentemente de se haver utilizados meios mais rápidos, mais precisos, mais modernos ou não (DOREA; QUINTELA; STUMVOLL, 2012).

E por último, a Perícia Criminalística é independente do tempo: principalmente sabendo-se que a verdade é imutável em relação ao tempo decorrido (DOREA; QUINTELA; STUMVOLL, 2012).

Com relação aos princípios fundamentais da Perícia Criminalística, eles se referem à observação, à análise, à interpretação, à descrição e à documentação da prova. Enumerando os princípios, temos a seguir:

1) Princípio da Observação: “Todo contato deixa uma marca” Edmond Locard. Em locais de crime, a pesquisa e a busca dos vestígios nem sempre é uma missão fácil, quando em muitos casos tais elementos resultantes da ação delituosa, quer originários dos autores, quer originários das vítimas, somente podem ser detectados atraves de análises microscópicas, ou mesmo, aparelhos de altíssima precisão, tais como os utilizados para exame de DNA. Mas o mais importante a se frisar, é que não existem ações em que não resultem provas, sabendo-se, ainda, que é notória a evolução e pesquisa do instrumental científico capaz de detectar esses vestígios.

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3) Princípio da Interpretação: “Dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idênticos”. Este princípio, também chamado de “Princípio da Individualidade”, preconiza que a identificação deve ser sempre enquadrada em três graus, ou sejam: a identificação genérica, a específica, e a individual, sendo que os exames periciais deverão sempre alcançar este último grau.

4) Princípio da Descrição: “O resultado de um exame pericial é constante com relação ao tempo e deve ser exposto em linguagem ética e juridicamente perfeita”. Os resultados dos exames periciais, sempre baseados em princípios científicos, não podem variar pela passagem do tempo; e, ainda considerando que qualquer teoria científica deve gozar da propriedade da refutabilidade, os resultados da perícia, quando expostos atraves do Laudo, devem ser de uma forma bem clara, racionalmente dispostas e bem fundamentadas.

5) Princípio da documentação: “Toda amostra deve ser documentada, desde seu nascimento no local de crime até sua análise e descrição final, de forma a se estabelecer um histórico completo e fiel de sua origem”.

2.3 Prova pericial

A palavra prova origina-se do latim probatio, que significa experimentação, verificação, exame, confirmação, reconhecimento, confronto e origina o verbo probare. A palavra é usada em sentidos destintos. Vulgarmente significa tudo aquilo que pode levar ao conhecimento de um fato, de uma qualidade, da existência ou precisão de algo.

No mundo jurídico, a prova representa os atos e os meios usados pelas partes e reconhecidos pelo Juiz como sendo a verdade dos fatos alegados.

Contudo, em quaisquer de seus significado, representa sempre o meio utilizado pelo para, atraves da percepção, demonstrar uma verdade.

Pode-se conceituar prova como sendo o conjunto de meios idôneos, visando à afirmação da existência positiva ou negativa de um fato, destinado à fornecer ao Juiz o conhecimento da verdade, a fim de gerar sua convicção quanto à existência ou inexistência dos fatos deduzidos em Juízo (DOREA; QUINTELA; STUMVOLL, 2012).

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tipo quando se refere imediatamente ao fato probando, ao fato cuja prova é desejada, no segundo tipo quando se refira a outro fato do qual por questão de lógica se chega ao fato que se deseja provar realmente, necessitando entretanto de um trabalho de raciocínio indutivo (DOREA; QUINTELA; STUMVOLL, 2012).

Por exemplo, se uma testemunha afirma que viu o crime temos uma prova direta do ilícito penal, sendo nesse caso uma prova direta do tipo testemunhal. Já se a testemunha declara apenas que viu o réu sendo capturado após perseguição policial, temos uma prova indireta, pois para concluir que o acusado preso é o mesmo que fugiu após o delito se faz necessário o uso da indução lógica. Assim, com a prova direta é possível uma conclusão imediata e objetiva, enquanto que com a prova indireta se faz necessário o raciocínio, com a formulação de hipóteses, exclusões e aceitações, para um conclusão final. São provas indiretas as presunções e os indícios.

A prova pericial é a prova resultado do trabalho científico dos peritos, como a coleta de vestígios e a perpetuação do cenário do local de crime. Através do cenário reproduzido através de fotografias, desenhos ou croquis é possível ao perito efetuar um estudo sobre a dinâmica dos fatos e sobre as diversas possibilidades, o que possibilita finalmente a formulação das hipóteses como mencionado anteriormente, como também será possível ao Juiz de Direito ter contato com o cenário do crime, mesmo que este já tenha sido completamente desfeito, atraves do laudo pericial, daí porque utiliza-se a palavra perpetuar durante os trabalhos da perícia.

A partir das hipóteses já formuladas é possível inferindo outros vestígios, a exclusão de algumas das hipóteses existentes, fazendo com que entre as hipóteses restantes esteja a verdadeira e que descreve os fatos ocorridos no local do crime.

Uma das finalidades do levantamento pericial é a da legalização do indício, pois não basta que cada um dos indícios, quando adequadamente analisado e interpretado, esteja revestido e albergado de rigoroso valor científico, havendo sempre a necessidade de que o surgimento, a origem desse vestígio, bem como sua relação com o local do crime tenham o pressuposto característico de sua autenticidade legal, ou seja, esteja eficazmente comprovado sua veracidade de relação com o fato que se analisa. E esta autenticidade deve ser convalidada na forma como são registrados todos os vestígios, com o intuito de que as informações científicas fornecidas pelos vestígios estejam realmente legalizadas e vinculadas ao fato (DOREA; QUINTELA; STUMVOLL, 2012).

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exames complementares em laboratórios, independem da formulação de autos especiais ou de constatação, ou ainda, de autos de apreensão, revestidos, todos, com as respectivas formalidades legais, como a presença de testemunhas, etc., providências estas diligentemente requeridas pelo Código de Processo Penal, eis que referidos profissionais estão imbuídos do que comumente se designa fé pública.

Quando, no entanto, os vestígios são constatados e recolhidos de um local de crime por pessoa não credenciada processual e criminalisticamente para o exame do local, para transporte ao laboratório, com a finalidade de serem submetidos a exames posteriores, é necessária a lavratura do correspondente e respectivo auto de apreensão que fornecerá ao vestígio em foco toda sua autenticidade legal, garantindo seu valor jurídico (DOREA; QUINTELA; STUMVOLL, 2012).

2.4 A preservação: mecanismo de isolamento - importância

O isolamento e a preservação do local do crime garante que o perito encontrará a cena do crime conforme fora deixada pelo infrator(es) e vítima(s), para assim ter condições de analisar todos os vestígios. Também garante que a investigação tenha muito mais elementos a analisar e levar para o inquérito e, posteriormente para a justiça.

A lei exige que o perito informe atraves do laudo pericial se a preservação deixou de ser feita ou ocorreu com falhas, e quais as consequências destas falhas para o levantamento pericial, conforme aduz o Art. 169 do Código de Processo Penal:

Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos.

Parágrafo Único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas e discutirão, no relatório, as consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos.

Este dispositivo legal, trouxe uma responsabilidade enorme ao perito criminal. Devemos compreender que esta exigência visa resguardar o local de crime, garantindo o isolamento e preservação, assegurando a idoneidade dos vestígios a serem analisados (DOREA; QUINTELA; STUMVOLL, 2012).

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A preservação se refere tanto ao local do crime quanto aos objetos coletados pelo perito criminal. No primeiro, a preservação é de responsabilidade do primeiro policial que chegou na ocorrência, daí a grande importância do correto isolamento do local de crime, pois somente corretamente isolado, o local será de fato preservado, pois existem vestígios extremamente sensíveis que se desfarão ao menor toque, pegada, esbarro, etc.

Quanto a preservação dos objetos coletados pelo profissional de perícia criminal no local periciado, sua preservação se relaciona com o correto acondicionamento na embalagem correta e na cadeia de custódia. Somente com uma cadeia de custódia plena será possível inibir manipulações mecânicas indevidas nos objetos, pois com a cadeia de custódia em funcionamento, somente pessoas habilitadas terão acesso aos objetos coletados e já condicionados pelo perito, e mesmo assim, na hipótese de acesso, este ficará registrado na ficha individual de cadeia de custódia indicando quais foram os profissionais que ficaram responsáveis pelo objeto durante todo o tempo, bem como como ficará registrado as condições em que cada um dos participantes recebeu tal objeto implicando em uma maior responsabilidade e responsabilização por eventuais alterações nos objetos custodiados (DOREA, 2012).

A preservação é de importância tal, que peritos da Informática Forense quando do início de seus trabalhos periciais, copiam a prova digital, e somente na cópia produzida eles procedem os exames, pois todo contato com a mesma, por menor que seja produz alterações que podem ter implicações futuras importantes.

Vale lembrar da tarefa que cabe ao perito de local de crime, que após a coleta dos vestígios no local deve tratá-los antes armazená-los para o devido encaminhamento, pois alguns deles exigem cuidados especiais, principalmente aqueles que possuem umidade e em especial amostras de sangue, as quais estão sujeitas ao ataque por fungos. No caso de amostra de sangue com proliferação de fungos, a mesma torna-se imprestável para um futuro exame de DNA, inutilizando o seu potencial identificador exclusivo.

Os materiais que serão encaminhados para balística também devem ser tratados, pois no caso de projéteis, onde as marcas contidas no mesmo serão analisadas no equipamento denominado micro comparador balístico, caso não sejam corretamente lavados para livrá-los do sangue que possa estar impregnado nos mesmos, sofrerão um processo de oxidação que terminará por deformar aquelas marcas originadas no raiamento do cano da arma que os disparou, tornando inviável o trabalho futuro do perito da balística devido tais deformações por oxidação no projétil.

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uma embalagem distinta. Amostras de material biológico, por exemplo são coletadas em SWAB, um cotonete especial, sendo que o mesmo dever ser acondicionado em uma caixinha de papelão, preso pela haste apenas, ficando o algodão suspenso e sem tocar nas paredes da caixinha.

Além da perda de uma evidência material por motivo de deterioração ocasionada por preservação inadequado, existe outro tipo de perda, a jurídica. Existem casos em que devido a falta de um correto isolamento de local de crime e da devida cadeia de custódia, o advogado solicita que a prova contida nos autos seja considerada inidônea e que a mesma seja desconsiderada por completo no julgamento da ação. Essa desconsideração de uma única prova ou várias provas, pode culminar em verdadeira impunidade na seara da justiça criminal, configurando-se uma tragédia para a ciência pericial. Sem perícia, não existem culpados nem inocentes, visto que, essa mesma prova pericial pode culminar na inocência de algum dos acusados.

Assim, demonstra-se a importância da perícia criminal para a justiça, sendo a mesma verdadeiro instrumento de aferição do magistrado, tal como a balança simbólica presente no ícone da justiça.

Faz-se necessário que o Estado corrija eventuais falhas existentes atualmente nesse processo para evitar que provas periciais sejam contestadas juridicamente tornando-se inválidas prejudicando a Justiça e causando impunidade. Daí a importância da problematização do assunto, que têm sido descuidado pelo Estado, causando um incalculável prejuízo para a Justiça.

A preservação de local de crime, não diz respeito somente a alteração dos vestígios, mas também a eventual destruição completa de vestígios mais frágeis. Esse é o grande perigo de um local mal preservado, onde os vestígios mais sutis se perderão para sempre ao simples tocar imprudente de alguém.

Como exemplo temos as impressões digitais, que ao menor toque podem ser borradas ou sobrepostas, e temos também vestígios de material biológico que com o toque podem adquirir amostras de material genético da pessoa que as tocou.

Em alguns casos, chega-se a colher amostra de material genético até mesmo da equipe pericial, para que se possa descartar qualquer resultado influenciado acidentalmente pelo material genético dos profissionais que estiveram na cena do crime. Percebe-se com isso o nível de sensibilidade de tais vestígios.

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abarcando uma área pequena demais, que por vezes só engloba o corpo praticamente. Nesses casos, o perito irá ampliar a área de isolamento determinando qual é a nova área a ser isolada. Mas infelizmente, até a chegada da perícia, aquela área permaneceu sem isolamento e foi exposta aos transeuntes e curiosos fazendo com que parte dos vestígios se perca de forma irremediável.

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3 A PERÍCIA EM FACE DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

É de suma importância que o perito criminal tenha determinados conhecimentos sobre direito penal e processual penal. Isso porque ao fazer um levantamento pericial vão existir determinadas implicações que vão influenciar no futuro quando o processo chegar a justiça. Por exemplo, em um levantamento pericial de arrombamento simples, onde embora não existam quesitos formulados oficialmente ao perito, o mesmo deve atentar se houve escalada do invasor e se o mesmo rompeu barreira, que serão elementos qualificadores dentro do tipo penal de furto. Assim, caso o perito não tenha conhecimento das qualificadoras, ele pode efetuar o levantamento constatando o arrombamento mas esquecendo de registrar a materialidade de uma escalada efetuada pelo invasor por exemplo. Com relação ao Código de Processo Penal, o seu Art. 155 diz que:

Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvados as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.

Ou seja, o juiz da causa não fica vinculado ao conteúdo dos laudos periciais, não ficando adstrito ao laudo. O que está explicitado no Art. 182 do CPP: “Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.”.

Conforme demonstra Luiz Eduardo Dorea (DOREA; QUINTELA; STUMVOLL, 2012, pág. 14) sobre o Art. 155:

Ao analisarmos este artigo de forma mais ampla e associada a uma visão técnico-pericial, nos mostra que o juiz ao considerar todo o conjunto das provas carreadas para o processo judicial , será – no entanto – livre para escolher aquelas que julgar convincentes.

A nova redação do mencionado artigo trouxe restrições às informações oriundas da investigação policial, mas ressalva aquelas provas cautelares que não são repetíveis e, portanto devem ser produzidas antecipadamente ao processo legal, aqui inserida está a prova pericial. Na verdade, a ressalva para a prova pericial está em harmonia com o seu próprio destino, que é a justiça, conforme determinado no artigo 178, para que o laudo pericial deva ser juntado ao processo e, portanto, não fala no inquérito policial.

Este artigo 155 nos ressalta dois aspectos importantes da perícia. O primeiro pela consagração jurídica (isso desde 1941) do princípio da Doutrina da Criminalística Brasileira do Exame do Corpo de Delito e, o segundo, o destaque da importância da perícia, mais ainda agora com a ressalva inserida pela mencionada Lei nº 11.690/2008.

Nesse particular, quando o juiz rejeita uma prova pericial (ou qualquer outra), obviamente ele deverá justificar formalmente esta preferência, conforme determinam os artigos 200 e 381, inciso III:

Art. 200. A confissão será divisível e retratável , sem prejuízo do livre convencimento do juiz, “fundado no exame das provas em conjunto”. - grifo nosso

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III. A sentença conterá: […] a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão[...].

Outra conclusão a respeito do Art. 155, é a de que não existe hierarquia de provas. Todas as provas podem ter o mesmo valor no processo. Mas na prática a prova pericial pelo seu caráter eminentemente material tem um maior aproveitamento sobre as demais provas (DOREA; QUINTELA; STUMVOLL, 2012).

É pré-requisito do perito, a formação de nível superior, de acordo com o Art. 159 do CPP: “ Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior.”.

Caso não seja possível a atuação de um perito oficial, será nomeado pelo juiz um perito ad hoc, também portador de diploma de nível superior, conforme descrito no parágrafo primeiro do Art. 159 que diz: “ §1º. Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.”.

A exigência de dois peritos oficiais foi flexibilizada através da nova redação do Art. 159 do CPP: “ Art. 159. O exame de corpo delito e outra perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior.”

Entretanto vale ressaltar o parágrafo sete do mesmo Art. que diz que em se tratando de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, poder-se-á designar atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.

Atualmente na Perícia Forense, já é prática comum que em casos mais complexos e os que abrangem notadamente mais de uma área de conhecimento sejam tratados por uma equipe multitarefa. Houve casos em que a atuação dos peritos criminais da Informática Forense foi de fundamental importância para solucionar de forma definitiva a investigação criminal. Em outras ocasiões específicas foram chamados a participar do caso peritos criminais com formação nos cursos de Engenharia, complementando tecnicamente os trabalhos dos peritos criminais de locais de crime que tivessem outra formação.

Atualmente, de acordo com o Código de Processo Penal, cabe à autoridade policial (delegado de polícia), presidente do Inquérito Policial, requisitar a perícia, conforme determina o inciso VII do Art. 6º:

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Também poderão determinar a realização de perícias, o juiz e o promotor de justiça. Entretanto, como o delegado de polícia é o primeiro a tomar conhecimento e é o presidente do inquérito, é ele quem normalmente exerce essa prerrogativa. O Art. 47 estabelece a prerrogativa do promotor de requisitar exames periciais, assim o diz: “Art. 47. Se o Ministério Público julgar necessários maiores esclarecimentos e documentos complementares ou novos elementos de convicção, deverá requisitá-los, diretamente, de quaisquer autoridades ou funcionários que devam ou possam fornecê-los.”

A prerrogativa do juiz fica expressa no Art. 423 que especifica:

Art. 423. Deliberando sobre os requerimentos de provas a serem produzidas ou exibidas no plenário do júri e adotadas as providências devidas, o juiz presidente:

I – ordenará as diligências necessárias para sanar qualquer nulidade ou esclarecer fato que interesse ao julgamento da causa.

[…]

Em casos de crimes militares (Polícias Militares ou Forças Armadas) onde o oficial que preside o Inquérito Policial Militar poderá requisitar os respectivos exames periciais ao órgão de Perícia Forense (DOREA; QUINTELA; STUMVOLL, 2012).

Com relação as situações de CPIs levadas a efeito no Legislativo federal estadual ou municipal, pode o seu Presidente requisitar a realização de exames periciais, diretamente ao Diretor do órgão de Perícia (DOREA; QUINTELA; STUMVOLL, 2012).

A requisição de realização de perícia é obrigatória, não se tratando de mera prerrogativa processual, mas de um dever de ofício de terminado pelo Código de Processo Penal em seu Art. 158 já citado anteriormente.

Cabe ressaltar que a requisição da perícia é feita pelo delegado de polícia, juiz, promotor de justiça ou mesmo pelo próprio juiz, entretanto, sendo perito oficial, a designação do profissional que irá executá-la somente poderá ser feita pelo diretor do Instituto de Criminalística ou Instituto de Medicina Legal, respectivamente conforme determinado pelo Art. 178 do CPP: “ Art. 178. No caso do art. 159, o exame será requisitado pela autoridade ao diretor da repartição, juntando-se ao processo o laudo assinado pelos peritos.”

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requisitado, já que o diretor do órgão pericial deve saber qual profissional é o mais adequado para o caso.

As partes de uma investigação criminal também podem solicitar determinada perícia, desde que o juiz ou a autoridade policial dê sua anuência, em conformidade com o Art. 184 que segue: “ Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade.”

Sendo portanto obrigatório a aceitação da solicitação de exame de corpo de delito feita pela parte.

3.1 Casos de nova perícia

Vão sempre existir casos em que as autoridades envolvidas levantem dúvidas sobre laudos periciais, notadamente nos casos de grande repercussão na imprensa.

Devido ao clamor da sociedade e as vezes na pressa de dar uma resposta rápida, as autoridades terminam por desacreditar os trabalhos que ainda vãos ser concluídos ao adiantarem suas percepções pessoais do caso, prejudicando sobremaneira a recepção do resultado pericial.

Em caso de real necessidade de maior esclarecimento sobre um resultado ou mesmo sua completa correção, o Art. 181 do CPP norteia o modo e a forma:

Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o laudo.

Parágrafo único. A autoridade poderá também ordenar que se proceda a novo exame, por outros peritos, se julgar conveniente.

Depois de feito o laudo, apenas o juiz poderá ordenar a sua revisão ou a feitura de um novo exame por outros peritos.

Casos as partes acreditem que haja imprecisão ou erro no laudo, deverão solicitar ao magistrado para que tome as medidas necessárias.

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Esta mesma prerrogativa das autoridades e partes formularem quesitos está mencionada também indiretamente no Art. 160 do CPP: “ Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados.”

Lembrando que o perito é obrigado a responder os quesitos, não podendo se furtar de fornecer a resposta aos tais.

Vale ressaltar que após concluído o laudo pericial, tais quesitos não poderão mais serem formulados, exceto pelo juiz, é o que determina o Art. 181 do CPP: “ Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de omissões, obscuridades ou contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o laudo.”

3.2 O assistente técnico

A Lei nº 11.690/2008 introduziu no processo penal o importante dispositivo que autoriza a atuação do assistente técnico nos processos criminais.

No Art. 159 do CPP em seus parágrafos terceiro e quarto discorre sobre a atuação do assistente técnico:

[…]

§3.º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.

§4.º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão.

O parágrafo terceiro criou a figura do assistente técnico, que pode ser indicado por qualquer das partes, conforme ali discriminado. Já o parágrafo quarto estabelece o regramento de como será sua atuação.

O assistente técnico tem acesso inclusive as provas utilizadas pelos peritos, podendo inclusive submetê-las a testes que desejarem, é o que diz o parágrafo sexto do mesmo artigo:

[...]

(27)

O Art. 159 do CPP no seu parágrafo sexto detalhou nos pormenores o modo como se dará o acesso do assistente técnico ao material probatório.

3.3 O isolamento e preservação de local de crime no Código de Processo

Penal

A Lei nº 8.862/94 regulamentou o isolamento e a preservação de local de crime através do Art. 6º do CPP definindo a responsabilidade da autoridade policial:

Art. 6º. Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:

I. dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e a conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;

II. apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;

Infelizmente, não são em todos os locais que comparecem as autoridades policiais, sendo o papel de isolar o local de crime exercido unicamente pela polícia militar nesses casos. Na prática, os delegados só comparecem aos locais de crime antes da chegada da perícia nos crimes de homicídio e latrocínio, sendo que em algumas localidades do interior do Estado do Ceará, nem mesmo nestes. Em alguns casos comparecem somente membros da equipe da delegacia sem o seu titular, ficando este representado pelos inspetores e escrivães.

Existe uma dificuldade no trabalho pericial, relacionado aos caso de ocorrências de tráfego onde os veículos são removidos e o local é completamente desfeito. Isso pode ocorrer com guarida na Lei nº 5.970/73 que determina:

Art. 1º. Em caso de acidente de trânsito, a autoridade ou agente policial que primeiro tomar conhecimento do fato poderá autorizar, independentemente de exame do local, a imediata remoção das pessoas que tenham sofrido lesão, bem como dos veículos nele envolvidos, se estiverem no leito da via pública e prejudiquem o tráfego.

Parágrafo único. Para autorizar a remoção, a autoridade ou agente policial lavrará boletim da ocorrência, nele consignado o fato, as testemunhas que o presenciaram e todas as demais circunstâncias necessárias ao esclarecimento da verdade.

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investigações, testes de dosagem alcoólica e outros procedimentos estabelecidos em

leis e regulamentos, imprescindíveis à elucidação dos acidentes de trânsito). Ocorre que tal decisão afronta o CPP, que determina que todas as perícias sejam realizadas por peritos oficiais , abrindo somente a exceção ao perito ad hoc com formação superior quando não houver perito oficial. Além do mais, um decreto não pode revogar uma lei, conforme todos sabem sobre a hierarquia das leis (DOREA; QUINTELA; STUMVOLL, 2012).

Nos casos em que o local é desfeito antes da chegada do perito, o trabalho pericial fica muito prejudicado, podendo e alguns casos impossibilitar a conclusão.

3.4 Do prazo para elaboração de exame e do laudo pericial

Desde a vigência da Lei nº 8.862/94, o prazo para os peritos confeccionarem o laudo pericial é de dez dias, conforme o parágrafo único do Art. 160 do CPP:

Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados.

Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 (dez) dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.

Tal prazo não vem sendo cumprido nos diversos Institutos de Perícia espalhados no Brasil, devido ao crescimento da demanda de exames e a defasagem de pessoal, havendo muitas vagas desocupadas nestes órgãos.

Com relação aos exames, o Código de Processo Penal não determina expressamente um prazo para elaborar o exame pericial, visto que ficaria muito difícil estabelecer na legislação processual um prazo dessa natureza devido a complexidade variável de cada tipo de exame.

3.5 Da fotografia

A fotografia passou a ser obrigatória para local de crime com cadáver de acordo com o Art. 164 do CPP: “Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime.”

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assim a imagem que de outra forma se perderia.

Em alguns casos, existem detalhes percebidos somente na análise das fotografias e que são inclusos no laudo pericial.

3.6 As perícias elencadas no Código de Processo Penal

No Código de Processo Penal, a perícia teve sua importância reconhecida para o processo criminal, inclusive determinando requisitos mínimos para determinados tipos de perícias.

Os Art.s 169 ao 175 do CPP, tratam especificamente dos tipos de perícia. O primeiro tipo é o geral, aquele em que houve infração penal que deixou vestígios, o segundo diz respeitos as perícias de laboratório.

Nas perícias de laboratório, referida pelo Art. 170 do CPP: “Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas.”

Determinando portanto, que se guarde material para um segundo exame ou terceiro exame posteriores nestas perícias, a contraprova.

O artigo seguinte trata das perícias em local de crime contra o patrimônio:

Art.171. Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a subtração da coisa, ou por meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios, indicarão com que instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido o fato praticado.

Nesse artigo, o CPP fornece a instrução perfeita ao perito, evitando que o mesmo se omita com relação a detalhes que serão fundamentais na qualificação do tipo penal e dosimetria da pena.

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Art. 172. Proceder-se-á, quando necessário, à avaliação de coisas destruídas, deterioradas ou que constituem produto do crime.

Parágrafo único. Se impossível a avaliação direta, os peritos procederão à avaliação por meio dos elementos existentes nos autos e dos que resultarem de diligências.

O artigo subsequente trata da perícia de incêndio, onde o objetivo principal do perito será de identificar se a origem do incêndio foi acidental (culposo) ou intencional (dolosa ou criminosa).

Art. 173.No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em que houver começado, o perigo que dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio alheio, a extensão do dano e o seu valor e as demais circunstâncias que interessarem à elucidação do fato.

O Art. 174 do CPP, trata das perícias documentoscópicas. Documentoscopia é o estudo e a análise de documentos em geral, com o objetivo de verificar a sua autenticidade e/ou integridade, ou a autoria do punho escritor e/ou o instrumento gráfico produtor (DOREA; QUINTELA; STUMVOLL, 2012).

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4 LOCAL DE CRIME E SUAS ESPECIFICIDADES

Após as primeiras providências, quando da ocorrência de um crime como já mencionadas, o isolamento do local de crime e o acionamento da autoridade policial e da perícia e chegando no local o perito criminal, começará então seu trabalho de levantamento.

Inicialmente o perito deve perceber o estado geral das coisas, por exemplo, ao adentrar o ambiente se local interno, deve observar se a porta de entrada possui sinais de arrombamento, se esta destrancada, se possui chave nela ou nas proximidades, etc. Tudo deve ser anotado, pois é errado confiar na memória exclusivamente.

4.1 Os Indícios e Vestígios

Tudo o que é observado no local da perícia, é vestígio. É importante esclarecer a diferença entre vestígio e indício. Os vestígios após serem relacionados direta ou indiretamente com o crime se tornam indícios.

O Art. 239 do Código de Processo Penal define bem o que é indício: “ Art. 239. Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que tendo relação com o fato , autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias.”

Assim, no local de crime, nada pode ser desprezado antes de uma análise inicial, pois todos os fatos, marcas, sinais, vestígios, podem vir a contribuir para o esclarecimento da autoria e da materialidade do delito.

Os indícios podem ser classificados entre indícios próximos, indícios manifestos e indícios distantes. Os primeiros são os relacionados diretamente com o crime. Os indícios manifestos são os que resultam da próprio natureza do crime, por exemplo um orifício na parede causado por um disparo de arma de fogo. E por último, os indícios distantes são os que possuem uma relação com o crime meramente aceitável.

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a sua análise se tornará um indício.

4.2 A preservação dos Vestígios

A correta coleta e acondicionamento do material e em quantidade suficiente para as análises futuras é fundamental para que não se perca um vestígio. Inclusive ao embalar, deve-se utilizar embalagens individuais, evitando que haja contaminação entre um vestígio e outro. Para coletas de material biológico visando a pesquisa genética, é necessária a utilização de luvas descartáveis, sendo as mesmas trocadas a cada coleta. Deve-se utilizar também máscaras descartáveis nesses casos, pois o simples ato de falar diante de uma amostra pode contaminá-la com o material genético do perito.

O tempo é fator determinante para resultados positivos, tornando premente que o procedimento padrão de encaminhamento de amostras coletadas em local de crime pelos peritos aos laboratórios sejam dotados de agilidade e possuam o menor número de intermediários possíveis. Não se admitindo que determinado material até chegar ao laboratória tenha que passar por vários setores antes, tais como centrais de custódia, cartório, delegacias, malotes, etc.

A identificação e a correta etiquetagem permite além da correta cadeia de custódia, a correta localização do objeto na cena do crime, para tanto é preciso que objetos de mesma natureza sejam numerados sequencialmente e que exista registro que ligue sua numeração com a sua posição no local de crime, propiciando que seja feita se solicitada, a reprodução simulada do crime.

4.3 Locais de Crime Contra a Vida

Nas ocorrências com vítima fatal, além da morte natural ocasionado por idade avançada ou doença, teremos a morte violenta, sendo os casos de morte violenta subdivididos em homicídio, suicídio e acidente.

Existem alguns casos em que no local será possível determinar o tipo de morte, o que será confirmado posteriormente por ocasião da necrópsia. Em outros casos, devido a ausência de sinais de violência e de lesões, não é possível determinar preliminarmente o tipo de morte

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de balística forense. A arma do crime, pode fornecer material genético da pessoa que a manipulou bem como impressões digitais da mesma. Os projéteis e estojos coletados poderão indicar o calibre, bem como poderão ser comparados com alguma arma suspeita encaminhada para a perícia. Com o devido levantamento de local de crime e os devidos exames balísticos, será possível determinar se o disparo de arma de fogo foi acidental, homicídio ou suicídio.

Durante os exames, o perito deve fotografar os vestígios na posição em que se encontram originalmente. As fotografias, são um instrumento poderoso de trabalho pericial. Algumas vezes, determinado detalhe dos objetos são percebidos quando as fotografias são analisadas pelo perito. Isso ocorre até mesmo por questões de iluminação, onde em locais escuros, o flash da câmera fotográfica permite a visualização precisa de detalhes minuciosos dos objetos observados no local de crime.

A vítima também deve ser examinada ainda no local. As vestes do cadáver devem ser observadas, se estão desalinhadas, se possuem alguma perfuração ou mancha, etc. O corpo da vítima também manifesta sinais que contam ao perito algo. É o caso da rigidez cadavérica que sugere o tempo de morte decorrido. Existem também os livores hipostáticos, que são manchas que surgem na pele decorrentes do fato que após parar de circular, o sangue dentro do corpo humano se deposita nas regiões mais baixas por ação da gravidade. Após algumas horas, os livores hipostáticos se fixam e mesmo que o corpo seja mexido e sua posição alterada, o perito terá como saber que aquela não era a posição original do corpo e que o mesmo foi mudado de posição por alguém.

São pequenos detalhes e técnicas que vão subsidiando o perito na reconstituição da dinâmica dos eventos passados. O profissional da perícia não se baseia somente no que está posto diante de seus olhos, mas tudo passa por um processo de validação.

4.4 Locais de Ocorrências de Tráfego

Será necessária a perícia em ocorrência de tráfego quando nesta houverem vítimas com lesão, vítimas fatais, veículos oficiais ou dano ao patrimônio público. Sendo a perícia instrumento de persecução penal, apurando nessas ocorrências os crimes de homicídio doloso, homicídio culposo, lesão corporal e dano ao patrimônio.

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como veículos, com base em técnicas de observação e percepção. Um veículo pode ter sua posição modificada antes da chegada da equipe pericial. Porém existem maneiras de distinguir quando a posição final de um veículo é original ou não, levando em consideração principalmente marcas existentes na via, tais como sulcagens, frenagens, etc. Tais marcas não podem ser movidas de local e por isso recebem atenção especial e servem para validar os demais elementos percebidos pelo perito. Uma moto ao cair e deslizar sobre a via, muito provavelmente causará marcas de sulcagens no asfalto e com base nessas marcas podemos inferir a direção e sentido do deslocamento da mesma, bem como sua posição final original.

O isolamento e preservação de locais de ocorrência de tráfego é importante também, pois muitas vezes o trânsito de veículos no local não é interrompido devidamente e ocorre a destruição de vestígios, sendo carreado material existente sobre a via. Salientando que com base da posição dos fragmentos de veículos após a colisão, pode-se estimar a direção dos vetores velocidades dos veículos envolvidos. Tal informação se perderá se a circulação de veículos e transeuntes desmanchar o espalhamento original dos fragmentos de veículos.

O perito ao iniciar o levantamento pericial de ocorrência de tráfego deverá anotar como está as condições de tempo, da via e de iluminação.

Uma perícia de trânsito se torna mais precisa com a observação dos pequenos detalhes. As vezes com a colisão, ocorre a ruptura do radiador de um dos veículos e devido a alta pressão da água, a mesma esguicha por sobre a via fazendo um desenho que demostra perfeitamente o local onde houve o impacto e qual o percurso feito pelo veículo após a colisão.

O local onde ocorre a colisão é denominado sítio de colisão. Por vezes a determinação do sítio de colisão é determinante para a conclusão do laudo pericial, são estes os casos em que um veículo invade a contramão de circulação ou a faixa do outro veículo.

As marcas de frenagens longas permitem calcular parte da velocidade do veículo com base em equações de física levando em consideração o atrito entre a banda de rodagem do pneumático e a via. Deve ser levado em consideração para tal cálculo o tipo de pavimentação da via, se camada asfáltica, calçamento, areia, etc. Em casos extremos, somente o excesso de velocidade pode determinar que um dos veículos deu causa à ocorrência (ALMEIDA, 2011).

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avarias, o local, os vestígios, a dinâmica e a conclusão do laudo.

4.5 Locais de Crime Contra o Patrimônio

A missão do perito nos locais de crime contra o patrimônio será responder primordialmente as perguntas: Onde? Quando? Como? Quem? Com que meio? (DOREA; QUINTELA; STUMVOLL, 2012).

São estas perguntas a serem respondidas que devem servir de norte ao profissional durante os levantamentos periciais. Além é claro de atentar para pontos específicos já mencionados, como se houve escalada e se houve rompimento de obstáculo.

Assim, além de caracterizar a ação, o objetivo da perícia também será identificar o autor. Essa identificação pode se dar de diversas formas, não só atraves do tradicional confronto de impressões digitais, mas pode ser feita a identificação atraves de gravações que encaminhadas ao setor de áudio e vídeo da perícia poderá fornecer uma identificação positiva do autor do delito ou mesmo de seu veículo por exemplo.

4.6 Casos de Perícias de Imagens

Na análise de imagens de vídeo, além da identificação de pessoas, poderão ser atestadas circunstâncias específicas do caso, como por exemplo afirmar se uma arma que aparece no vídeo é verdadeira ou apenas uma réplica.

Pode ser identificados modelos de veículos, placas, pessoas e até mesmo a idade de vítimas como nos casos de crimes sexuais.

4.7 A Informática Forense

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4.8 A Documestoscopia

Responsável por atestar a originalidade de documentos, a documentoscopia depende do fornecimento de padrões que são materiais idênticos aos que serão analisados e que são sabidamente originais.

Existem casos em que documento possuem o suporte verdadeiros, ou seja, o papel onde são preenchidos, mas seu conteúdo não corresponde à um registro verdadeiro. Como no exemplo de habilitação fraudada impressa em suporte verdadeiro desviado de algum Departamento de Trânsito.

4.9 A Grafoscopia

Os peritos se utilizarão da grafoscopia na análise de manuscritos como intuito de identificar o punho escritor. Serão utilizados padrões já existentes, ou produzidos submetendo o suspeito a fornecer amostras de escritas dentro do Órgão de Perícia.

4.10 Mortes por Asfixia

Os suicídio com utilização de corda ou assemelhado, dependurando-se amarrado pelo pescoço é denominado enforcamento. O enforcamento deixa marcas no pescoço da vítima diferentes do estrangulamento e da esganadura. Sendo o estrangulamento feito com uso de algum instrumento para fazer constrição do pescoço da vítima, que pode ser um corda, fio, corrente, etc. E a esganadura é a contrição do pescoço da vítima feita utilizando-se somente as mãos nuas.

Outro tipo de morte por asfixia é o sufocamento que consiste em impedir que a vítima aspire o ar, usando alguma barreira física (sufocação direta) ou comprimindo seu tórax (sufocação indireta).

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4.11 Mortes por Precipitação

A classificação deste tipo de causa de morte é direta e intuitiva, sendo subdividida em precipitação voluntária (suicídio), acidental ou forçada (homicídio). Embora difícil, ainda sim é possível diferenciar os subtipos de precipitação no local de crime com base na distância em que o corpo é projetado para a frente. Em casos de queda acidental, o corpo tende a cair junto a edificação, em casos de homicido o corpo projeta-se a uma distância intermediária e nos casos de suicídio o corpo projeta-se o mais longe possível da edificação (DOREA; QUINTELA; STUMVOLL, 2012).

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Observa-se que o aprimoramento da postura adotada pelos integrantes das forças de segurança pública deve ser constante buscando maximizar a efetivação da justiça. Com uma justiça efetiva reduz-se a impunidade e por consequência a criminalidade, já que a um dos combustíveis para o crime é a certeza da impunidade. Na busca desse aprimoramento, atualmente a Academia Estadual de Segurança Pública – AESP, possui em todas as grades curriculares dos cursos de formação profissional dos policias, disciplina específica que aborda o tema isolamento e preservação de local de crime.

Dos procedimentos indicados no Código de Processo Penal mencionados na segunda parte do trabalho, percebe-se a necessidade de uma sinergia entre os participantes da apuração penal, destacando-se o trabalho em conjunto exercido pelo delegado de polícia e o perito criminal ainda no local de crime durante os levantamentos periciais. Sendo a perfeita sincronicidade entre estes profissionais que vai garantir o adequado desempenho dos misteres de cada profissional envolvido.

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REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Lino Leite de; Manual de perícias em acidentes de trânsito – Campinas, SP: Millennium Editora, 2011.

BRASIL; Código de Processo Penal;Decreto-Lei Nº 3.689, de 3 de Outubro de 1941. _______; Código Penal; Decreto-Lei Nº 2.848, de 7 de Dezembro de 1940.

_______; LEI Nº 5.970, Decreto-Lei Nº 5.970 de 11 de Dezembro de 1973. _______; LEI Nº 8.862, Decreto-Lei Nº 8.862 de 28 de Março de 1994. _______; LEI Nº 11.690, Decreto-Lei Nº 11.690 de 9 de Junho de 2008.

CEARÁ; Lei Estadual Nº 14.055, Decreto-Lei Nº 14.055 de 7 de Janeiro de 2008.

DOREA, Luiz Eduardo; QUINTELA, Victor; STUMVOLL, Victor Paulo; Criminalística; organizador: Domingos Tocchetto. - 5.ed. Campinas, SP: Millennium Editora, 2012. (Série tratado de perícias criminalísticas).

DOREA, Luiz Eduardo, Local de crime - 2.ed. - Campinas, SP: Millennium Editora,2012. (Série tratado de perícias criminalísticas / organizador Domingos Tocchetto).

GRECO, Rogério; Curso de Direito Penal: parte especial, volume III – 10 . ed. Niterói, RJ: Impetus, 2013.

______________; Curso de Direito Penal: parte especial, volume IV – 6. ed. Niterói, RJ: Impetus, 2010.

LOPES, Dilza Maria B.; A Importância do Local de Crime Violado para a denúncia do Ministério Público – Fortaleza, 2008. Monografia – Universidade Federal do Ceará – Departamento de Ciências Sociais.

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Referências

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