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Proceeding of the LAVECCS

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Academic year: 2021

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Proceeding of the LAVECCS

Congreso Latinoamericano de Emergencia y Cuidados Intensivos

Jun. 3-5, 2010 – Buenos Aires, Argentina

www.laveccs.org

Reprinted in IVIS with the permission of the LAVECCS

http://www.ivis.org/

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Fluidoterapia Otimizada Baseda em Metas

Rodrigo Cardoso Rabelo MV, TEM, FCCS Cert., MSc., DSc.

Intensivet Consultoria Veterinária intensivet@gmail.com www.intensivet.com.br

1. Indicações

A fluidoterapia é a terapia com fluidos e pode ser realizada por vários acessos (intravenoso, intraósseo, intraperitoneal, subcutâneo ou mesmo pela via entérica).

O grande objetivo é repor volume restaurando e mantendo o equilíbrio de líquidos, e em última instância aumentar a sobrevida dos pacientes, corrigindo distúrbios ácido-básicos e melhorando a perfusão microvascular (otimizando o transporte e entrega de oxigênio às células).

2. Desidratação X Hipovolemia

Conhecendo o potencial de troca dos fluidos corporais é possível identificar qual compartimento se quer estabilizar. A água corporal está distribuída no organismo nos compartimentos extra e intracelulares. O líqüido extracelular (LEC) é composto pelo espaço intersticial e pelo espaço intravascular. Desidratação se refere à perda de fluido intersticial e hipovolemia à perda intravascular.

3. Variações nos tipos de desidratação

A classificação baseia-se na tonicidade do LEC, sendo a concentração de sódio plasmático normal (145 – 147 mEq/L):

• Desitratação hipertônica: Sódio maior 158mEq / L.

Perda de água: Diabetes insipidus, Diabetes melitus descompensada, hipertermia Perda de fluido hipotônico: vômito ,diarréia, insuficiência renal

• Desidratação isotônica:concentração de sódio semelhante aos níveis plasmáticos Vômito, diarréia

• Desidratação hipotônica: Sódio menor que 143mEq/L

Perda de líquido hipertônico. Ex. diuréticos, perda de fluido isotônico com reposição de água livre (por exemplo num quadro de diarréia tratado com fluido glicofisiológico a 5%).

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A desidratação pode ser avaliada subjetivamente por sinais clínicos, descritos na tabela 1:

% de desidratación Parámetros Clínicos

5% • No detectable clinicamente, história clínica sugestiva (vómito, diarrea, disminución de la ingesta de água)

7% • Turgor de pele ligeramente disminuido

• Alargamiento del tiempo de perfusión capilar

• Prostración leve

• Membranas mucosas pueden estar resecadas 10 %

• Turgor muy disminuido

• Alargamiento acentuado del tiempo de perfusión capilar

• Enoftalmia

• Membranas mucosas resecadas

• Prostración evidente

• Pulso fraco, taquicardía

12 – 15% • Parámetros de shock evidente, colapso y depresión graves

• Óbito iminente

É necessário estar atento para os seguintes detalhes:

• Em cães obesos a gordura facilita o deslizamento da pele, dando falsa impressão de hidratação, assim como raças de gordura aparente e excesso de pele (Molossos, Shar- Pei, etc.).

• Pacientes caquéticos podem parecer desidratados mesmo estando normais, pois o retorno da pele é naturalmente mais lento pelo falta de gordura corporal.

• Considere sempre o histórico do animal.

4. Fluidoterapia en la sala de Urgência – Reposição de Choque

Quando chega, o paciente debe ser avaliado clinicamente para que se determinem os parâmetros fisiológicos de metas para a reanimação volêmica. Neste momento é de extrema importância lembrar que os felinos respondem ao choque de maneira distinta a outras espécies, apresentando parâmetros clássicos de descompensação como:

Bradicardía, Hipotensião e Hipotermia. Estes parâmetros formam a chamada tríade da morte no felino e devem ser priorizadas como “endpoints”, ou metas, que quando associadas à curva de lactato sérico (preditivo de mortalidade independente, não devendo ultrapassar os 2,5 mmoL/mL, e 3,2 mmoL/L em cães) formam o quadrilátero da morte felina.

Em conjunto com outros parâmetros clínicos, devemos realizar a chamada prova de carga, ou de volume, associada ao tempo de enchimento jugular ou a PVC. No cão se usa 10 ml/kg em 3 minutos e nos felinos e filhotes recomendamos a dose de 10 ml/Kg em 6

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oferecido ao paciente. Há de se buscar metas sempre (melhorar a conciência, baixar o nivel de lactato, melhor cor de mucosas, pulso palpável, temperatura estável seja periférica seja a central, enchimento jugular adequado, queda da frequencia cardiaca, melhor pressão arterial, entre outros).

Devemos começar a fluidoterapia sempre com ringer lactato, pois é o fluido que apresenta menos contraindicações para o paciente de urgências, e tem propriedades mais fisiológicas.

Ao longo da reposição, pode ser necessário trocar o tipo de fluido, de acordo com a necessidade do paciente. Normalmente, se não há boa resposta com duas provas de carga, optamos por um bolus de coloide tipo amidpo, 4 ml /Kg, seja só ou com salina hipertônica 7,5%, e se há tempo e necessidade de melhor pressão oncótica por mais tempo, uma dose de 10-20 ml/kg de amido puro, em 3 a 4 horas de infusão, sempre observando o ajuste dos parâmetros metas que elegimos.

A monitorização do hematócrito e das proteínas totais é essencial na determinação da necessidade de uma transfusão sanguínea.

De qualquer forma sempre deverá ser recordada a abordagem emergencial de rotina.

Primeiramente deve sempre ser realizada a estabilização do paciente, adotando-se o tratamento precoce baseado em metas (Early Goal-Directed Therapy – EGDT) e seguindo o protocolo de atendimento emergencial de rotina. Esta abordagem está baseada no protocolo ABC, que envolve patência de via Aérea, a Boa respiração e o controle da Circulação, respectivamente, sempre buscando a estabilização de sinais de perfusão microcirculatória adequada (lactato) para depois confirmar a viabilidade macrocirculatória.

Todas as provas ou exames que exigirem a manipulação do doente deverão ser realizadas somente após a obtenção das metas macro e microcirculatórias e sempre é importante manter um protocolo rígido de atenção primária, independente da patologia apresentada, já que quaisquer doenças podem se apresentar de diversas formas e associadas a outras comorbidades.

Bibliografia

1. Rivers, E., et al. Early goal-directed therapy in the treatment of severe sepsis and septic shock. NEJM, v.345, n.19, p.368-77, 2001.

2.Rabelo, R.C. Abordagem Emergencial do paciente crítico. In: RABELO, R. C.;

CROWE JR, D. T. Fundamentos de terapia Intensiva Veterinária em Pequenos Animais – Condutas no paciente crítico. 1a. ed. Rio de Janeiro: LF Livros, 2005, p. 01- 14.

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3. Delinger, R.P., et al. Surviving Sepsis Campaign: international guidelines for management of severe sepsis and septic shock: 2008. Critical Care Medicine, v.36, p.296-327, 2008.

4. Rabelo R.C. Estudio y valor pronóstico de los parámetros relacionados con supervivencia en clínica de urgencias de pequeños animales: Estudio Multicéntrico.

Tesis Doctoral. Universidade Complutense de Madrid, 256 p., 2008.

5. Rabelo, R.C., et al. RICO Score: Classificação rápida de sobrevida em cuidados intensivos. Variáveis inter-relacionadas em cães. Clinica Veterinaria n. 78, janeiro/fevereiro, 2009.

6.Rabelo, R.C. & Fragio, C. Blood lactate as a prognostic factor on dog´s survival at 24 hours, 7 days, and 28 days, after and emergency approach and intensive care – The RICO Score Study. 6TH EUROPEAN VETERINARY EMERGENCY AND CRITICAL CARE SOCIETY MEETING, Viena, Áustria, Proceedings...2007, CD Rom. 2007.

Referências

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