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Braz. J. Cardiovasc. Surg. vol.22 número1

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Academic year: 2018

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V

Editorial

s Editoriais de Walter Gomes/Enio Buffolo e de Domingo Braile, publicados na RBCCV 21.4, dão um sentido prático e real a um tema tão controvertido.

Minha preocupação maior se centra atualmente no desenvolvimento do processo tecnológico com um ritmo de mudanças vertiginoso. Percebemos que a tecnologia da informação vai transformando, em períodos cada vez mais curtos, nossos conceitos.

Já não falamos de décadas ou lustros (períodos de cinco anos) para a aceitação destas mudanças. Atreveria-me dizer que são praticamente permanentes. Pensemos apenas nos “buscadores” da Internet ou nos blogs, impensáveis para muitos de nós há muito pouco tempo (não menciono a nanotecnologia que, na medida em que seja aplicada, vai nos forçar a buscar termos para descrever as maravilhas de sua prática.

Este processo que não se pode parar, de uma riqueza intelectual maravilhosa, difícil de assimilar devido sua profusão e rapidez, leva-me a uma preocupação maior: Como faremos para manter o humanismo médico e a relação humana com nossos pacientes?

Estamos assistindo, nesse sentido, a uma confusão de valores que se entrelaçam com as práticas habituais a que se vêem obrigados os profissionais de saúde em seu trabalho diário. Estas considerações surgem à raiz das condições e indicações das intervenções cirúrgicas de nossa especialidade e das palavras de Enio, ou seja, a necessidade de analisar cada vez mais, com maior precisão, qual deve ser a aplicação do conhecimento e

Medicina e humanismo

O

Adolfo Saadia*

a tecnologia na patologia em que devemos atuar para manter as premissas básicas de nossa profissão.

É preciso evitar o júbilo ou a influência de fatores estranhos ao nosso trabalho, que segue sendo artesanal e fundamentalmente dirigido a um outro semelhante.

Desde sempre venho insistindo na necessidade de desenvolver, nas carreiras universitárias, especialmente nas relacionadas à saúde, uma educação integral com temas da filosofia-antropologia-bioética. Isso não significa regressar às humanidades clássicas.

Hoje não se deveria projetar um profissional universitário sem essa formação, não se deve conceber um especialista “especializado”, ignorando seu mundo social, mas sim desenvolvê-lo com um espírito renovador e sentido humanista.

Considero que todos estes conceitos possam, na atualidade e no futuro, equilibrar a tecnociência despida de todo humanismo, como se tenta, equivocadamente, apresentar em alguns foros.

Sei que me distanciei do que era específico ao tema cirúrgico, mas no meu entender isso é válido.

Pensava assim à medida que escutava Enio em sua passagem por Buenos Aires.

Referências

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