C D D - 0 2 5 . 3 2
C D U - 0 2 5 . 3 1
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
EN·TRADAS
PARA NOMES DE LÍNGUA
PORTUGUESA
REVISAO DAS REGRAS DE NOMES BRASILEIROS E PORTUGUESES
Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários Comissão Brasileira de Documentação em Processos Técnicos
Grupo de Trabalho para Revisão das Regras de Catalogação de Nomes Brasileiros e Portugueses
RESUMO
KJIHGFEDCBA
R e v i s ã o e
CBA
re fo rm u la ç ã o d e r e g r a s p a r a a e n t r a d a d e n o m e s d e l i n g u a p o r t u g u e s a ,à l u z d o A A C R 2 . I n c l u i b r e v e a b o r d a g e m
d o s e s t u d o s s o b r e o t e m a , e x p õ e a m e t o
-d o l o g i a s e g u i -d a n a p r e s e n t e v e r s ã o e a p r e
-s e n t a a -s n o v a -s r e g r a -s c o m e x e m p l o s .
Palavra-chave: e n t r a d a s d e n o m e s d e l í n -g u a p o r t u -g u e s a .
Keyword: P o r t u g u e s e n a m e s e n t r i e s
Coordenadora: Regina Carneiro*
INTRODUÇÃO E HIsTóRICO
A discussão sobre o tema "nomes
bra-sileiros e portugueses" em catalogação
é bastante antiga, destacando-se os
tra-balhos pioneiros de CUNHA (1948),
ba-seado nas resoluções da Assembléia de
Bibliotecários das Américas, Washington, 1947, e de PIEDADE (1961), onde exce-lentes históricos sobre o assunto são apre-sentados.
A tradução brasileira do Código de Ca-talogação Anglo-Americana (1969) trou-xe como apêndice VIII um novo trabalho de CUNHA (1969), onde é divulgado o
Documento de Base n9 13, apresentado
à Conferência Internacional sobre Princí-pios de Catalogação, Paris, 1961 (CIPC),
* Presidente da Comissão Brasileira de Docu-mentação em Processos Técnicos - Período 1981-1983; Bibliotecária-Chefe do Centro de Catalogação-na-Fonte da Câmara Brasi-leira do Livro. SP (CRB-8/292)
!
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
II11111E N T R A D A S P A R A N O M E S D E L ( N G U A P O R T U G U E S A
sob auspícios da IFLA. O referido docu-mento e as regras ali arroladas foram os
resultados de estudos de uma Comissão
Brasileira de Catalogação da FEBAB e
basearam-se, em grande parte, no traba-lho de LUBETSKY (1960).
A publicação do AACR em 1967 e
sua tradução para o português em 1969, bem como o fato de haver divergências entre o Código e as regras de
LUBETZ-KY (1960) levaram à revisão das regras
para autores brasileiros e portugueses. No-va comissão foi formada para esse fim, dentro da Associação Paulista de Biblio-tecários. Essa comissão tomou como
ba-se para estudos o trabalho de HANAI
(1974) que comparava as regras do AACR de 1967 com as apresentadas na CIPC
pa-ra nomes bpa-rasileiros e portugueses.
Do-cumento final, apresentado por CUNHA
(1975), foi aprovado no 89 Congresso
Brasileiro de Biblioteconomia e
Docu-mentação, Brasflia, 1975, e enviado,
pos-teriormente, ao escritório da UBC
(Con-trole Bibliográfico Universal), em
Lon-dres, para aproveitamento na nova
edi-ção da sua publicaedi-ção sobre nomes pes-soais de várias nacionalidades como entra-o da de catálogos, IFLA-UBC (1977).
Em 1978 veio à luz o ANGLO-AME-RICAN CATALOGUING RULES, 2. ed. (AACR2); já baseado nesse lançamento, HANAI (1978) deu divulgação restrita a
uma apostila didática, adaptando a
cata-logação de nomes brasileiros e portugue-ses ao novo código. Da mesma maneira, a
tradução do AACR2 para o português,
ora em processamento, e a divergência do Código 'em relação a algumas regras brasi-leiras, levaram a Presidente da Comissão
Brasileira de Processos Técnicos da FE-BAB a criar um Grupo de Estudos para reavaliar as normas para catalogação de
nomes brasileiros e portugueses então
vigentes, ampliando-se o âmbito também para nomes de pessoas de origem estran-geira radicadas no Brasil. Formou-se uma comissão, coordenada por Regina Carnei-ro, de São Paulo, SP, presidente da Co-missão Brasileira de Processos Técnicos da FEBAB e com a participação de Elza Lima e Silva Maia e Maria Antonieta Re-quião Piedade, do Rio de Janeiro, Sônia Maria Trombelli de Hanai, de São Carlos, SP, Mitzi Taylor, de Santa Catarina, Re-nilda Nunes Dias, de São Bernardo do
Campo, SP, Marily Antonelli Graeber,
Maria do Socorro Fontenel1e e Olímpio Jorge de Medeiros, de São Paulo, SP.
Fo-ram tomados como documentos-base de
estudo os já mencionados trabalhos de
CUNHA (1975), apresentado ao 89
Con-gresso Brasileiro de Biblioteconomia e
Documentação, e o de HANAI (1978),
bem como a tradução preliminar de
al-guns capítulos do novo código, feita por
M. A. Requião Piedade. As reuniões
fo-ram realizadas de maio a setembro de
1981, sendo que, em setembro, uma edi-ção preliminar do documento foi enviada a todos os Grupos de Processos Técnicos, para apreciação, sugestões e acréscimo de
novos exemplos. As respostas chegaram
até o final de outubro, de Grupos dos se-guintes Estados: Rio de Janeiro, Ceará,
Bahia, Santa Catarina e São Paulo. As
críticas foram estudadas e o documento reavaliado pelo núcleo paulista. Posterior-mente, em decorrência de sugestões mais
recentes, sobretudo do Rio de Janeiro e
44 Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação 17( 1/2) : 43-54, jan.ljulho 1984
E N T R A D A S P A R A N O M E S D E L ( N G U A P O R T U G U E S A
de Brasl1ia, novas revisões foram realiza-das, vindo a surgir nova versão do traba-lho, apresentado no XII CBBD,
Cambo-r í ú , 1984.
Esse documento contém regras
espe-cíficas, em alguns casos inexistentes no AACR2 ou que dele divergem e, com algumas alterações, foi submetido à apre-ciação da I e 11 Reuniões de Normaliza-ção de Processos Técnicos'[ promovidas
e coordenadas pela Biblioteca Nacional,
R.J., tendo sido aprovada na 11, em 10 e 11 de maio de 1984.
Cumpre ressaltar, ainda, que as presen-tes regras estãõ servindo como documen-to-base de estudo para preparação de um projeto de norma da CE-14:01.05. Cata-logação na Publicação, da ABNT, contri-buindo, dessa maneira, para a diminuição
das incertezas e divergências existentes
nessa área, imprescindível numa época
em que a automação começa a entrar em nossas Bibliotecas e uma normalização de registros faz-se necessária dentro do Con-trole Bibliográfico Universal.
* Entidades participantes: Biblioteca Nacio-nal; Centro de Catalogação-na-Fonte da Câmara Brasileira do Livro, SP; Centro de Estatística e Informações da Bahia; Co-missão Brasileira de Documentação e Infor-mação em Processos Técnicos da FEBAB; Comissão de Publicações Oficiais Brasilei-ras; Escola Superior de Guerra; Fundação Getúlio Vargas; Grupo de Bibliotecários em Documentação e Informação em Processos Técnicos, RJ; Fundação IBGE; Instituto Estadual do Livro, RJ; Senado Federal; IBICT.
METODOLOGIA
Como rotina de trabalho e para reda-ção dos documentos preliminares, foi se-guido um método comparativo, dentro da
seguinte seqüência: 1) regras revistas e
aprovadas no Congresso de Brasílía,
CUNHA (1975); 2) regras para nomes
pessoais correspondentes do AACR2;
3) recomendações para nova redação das
regras; Sobrepuseram-se quatro revisões,
sendo que o documento preliminar, que
seria enviado para discussão pelos Grupos
estaduais, foi fruto da 4a. revisão.A
apre-sentação das regras, na 4a. versão, foi
ba-seada no documento de 1975, com a
re-gra ali enunciada seguida, na íntere-gra, pe-la regra do AACR2 e pepe-la recomendação proposta. Em anexo, uma lista de exem-plos, de acordo com a ordem das reco-mendações correspondentes.
Após as críticas dos Grupos estaduais
e no documento final (versão atual), os
elementos foram apresentados seguindo-se a ordem dos dados do AACR2, com exemplos e indicação de remissivas, tra-zendo, entre parênteses, após cada regra,
o número da regra correspondente no
código.
REGRAS DE ENTRADA PARA NOMES DE LÍNGUA r<>RTUGUESA
1. ESCOLHA DO NOME
1.1. Regra Geral
Escolha, como base de entrada para
uma pessoa, o nome pelo qual é
geral-mente conhecida, seja seu nome
verda-deiro, pseudônimo, nome artístico ou
I11111
terário, frase ou expressão, título de no-breza, alcunha, iniciais ou outro apela
ti-vo (AACR2: 22.1-22.1A). Para a forma
dos cabeçalhos veja 2.
José Lins do Rego (nome conhecido)
não José Lins do Rego Cavalcanti Dinah Silveira de Queiroz (nome conhecido)
não Dinah Silveira de Queiroz Castro Alves Padre Cícero
(nome conhecido)
não Padre Cícero Romão Baptista Jorge Amado
(nome verdadeiro) Júlio Dinis (pseudônimo)
não Joaquim Guilherme Gomes Coelho Dona Benta
(pseudônimo; nome verdadeiro não identificado)
Tia Stela (pseudônimo) não Stela Naspolini
Marques Rebelo (pseudônimo) não Eddy Dias da Cruz
Glória Menezes (nome artístico)
não Nilcedes Soares Magalhães Olavo Bilac
(nome literário)
não Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac Piá do Sul
(frase) Noite Ilustrada (expressão)
não Mário de Sousa Marques Filho Duque de Caxias
(título de nobreza) não Luiz Alves de Lima e Silva
Aleijadinho (alcunha)
não Antonio Francisco Lisboa
46
Regina Carneiro
Mino (alcunha)
não Herm mio Castello Branco A. L.
(iniciais)
Antônio Conselheiro (apelativo)
não Antônio Vicente Mendes Maciel
1.2 Escolha entre nomes diferentes da pessoa
1.2.1 Nome predominante
Se uma pessoa éconhecida por mais
de um nome, escolha aquele pelo qual é
comumente identificada. Caso contrário,
escolha um nome ou forma de nome de acordo com a seguinte ordem de prefe-rência ~ :
l. o nome que aparecer mais
freqüente-mente em suas obras ou
apresenta-ções;
ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
2 . a forma do último nome usado ou
adotado;
3. o nome que aparecer mais freqüente-mente nas obras de referência (AACR2: 22.2.-22.2A).
Therezinha Pedrosa Maes trelli (nome mais freqüente nas o b r a s )
não Therezinha P. Maestrelli Therezinha Maestrelli Maria José Dupré (último nome usado) não Sra. Leandro Dupré
* Para os nomes brasileiros foi adotada a ordem acima, dada a carência de fontes de referência e as divergências nos registros dos nomes.
Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação 17(1/2) : 43-54, jan./julho 1984
E N T R A D A S P A R A N O M E S D E L ( N G U A P O R T U G U E S A
não
Pedro de Magalhães Gândavo
(nome mais freqüente nas obras de refe-rência)
Pedro de Magalhaês Gandavo Pedro de Magalhaês de Gandavo
1.2.2 Mudança de nome
No caso de pessoas que mudaram seu
nome (p. ex., mulheres casadas, religio-
KJIHGFEDCBA
s o s , pessoas que adquiriram título de
no-breza etc.) escolha a forma do nome mais recente a não ser que haja razão para acre-ditar que persistirá a forma do nome an-terior como a mais conhecida (AACR2: 22.2B).
Lygia Fagundes Telles não Lygia Fagundes
(nome de solteira, usado pela autora antes do casamento)
Francisco Adolfo Varnhagen não Visconde de Porto Seguro
(título de nobreza) Frei Betto
não Carlos Alberto Libânío Cristo (nome seculr)
1.2.3 Pseudônimos 1.2.3.1 Pseudônimo único
Se todas as obras de um au tor aparece-rem sob um único pseudônimo ou se uma
pessoa for assim identificada, escolha o
pseudônimo mesmo que o nome
verda-deiro seja conhecido. Faça remissiva do
nome verdadeiro para o pseudônimo
(AACR2: 22.2C-22.2CI).
Júlio Dinis
não Joaquim Guilherme Gomes Coelho Pixinguinha
não Alfredo da Rocha Viana Filho
Marques Rebelo não Eddy Dias da Cruz
1.2.3.2 Nome predominante
Para pessoas que adotam o nome ver-dadeiro e um ou diversos pseudônimos, escolha o nome pelo qual ela é
predorní-nantemente identificada, nesta ordem de
preferência:
1. nas edições mais recentes de suas obras; 2. em obras de crítica e/ou biográficas;
3. em outras fontes de referência, sem
considerar aquelas que fazem sempre a
entrada de pessoas pelo nome
verda-deiro.
Faça remissivas dos nomes não ado-tados (AACR2: 22.C2).
Marcelo Tupinambá (pseudônimo) não Fernando Lobo
(nome verdadeiro) João do Sul (pseudônimo) Z.Y.X. (pseudânimo) Alceu Amoroso Lima (nome verdadeiro) não Tristão de Athayde
(pseudônimo)
1.2.3.3 Nenhumnome predominante
Não havendo forma predominante,
es-colha, como base de cabeçalho de cada item, o riome que nele aparece (AACR2: 22.2C3).
Malba Tahan
(pseudônimo usado em algumas obras) e/ou
Júlio Cezar de Mello e Souza
(nome verdadeiro usado em algumas obras)
R e g i n a C a r n e i r o
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
1.3 Escolha entre formas diferentes de um mesmo nome
1.3.1' Extensão do nome
Se as. formas de um nome variarem em extensão, escolha a forma mais
cornumen-te encontrada. Se necessário, faça
rernissi-va de outras formas.
Ganyrnédes José
não Ganymédes José Santos de Oliveira
Se nenhuma forma predominar,
esco-lha a mais recente. Em caso de dúvida
quanto à mais recente, escolha a forma
mais completa (AACR2: 22.3A).
1.3.2 Grafia *
Adote a grafia encontrada na fonte
principal de informação.
Hélio Vianna não Hélio Viana
No caso de aparecerem variações na grafia dos nomes, sendo uma delas re-sultante da Reforma Ortográfica de 1942, dê preferência à forma encontrada na fon-te principal de informação mais recenfon-te.
Rui Barbosa
(depois da Reforma Ortográfica)
não Ruy Barbosa
(antes da Reforma Ortográfica)
* Estas regras constituem recomendação
apro-vada na 11 Reunião sobre Normalização de
Processos Técnicos, promovida e
coorde-nada pela Biblioteca Nacional, RJ, 10 e 11 de maio de 1984, modificando as anteriores
referentes àgrafia de nomes (veja
Introdu-ção, p. ).
Para nomes de origem estrangeira ado-tados por pessoas nascidas ou radicadas em países de língua portuguesa,. mante-nha a grafia original se usada predomi-nantemente.
Joannart Moutinho Ribeiro
Pierre Sales
TeófJ!o Ottoni nao Teóphilo Ottoni
Teófilo Otoni
2. FORMA DOS CABEÇALHOS
2.1 Regra Geral
Componha o cabeçalho (escolhido de acordo com as regras de I a 1.3.2)
come-çando pelo elemento determinado de
acordo com as regras seguintes (AACR2: 22.4-22.19).
2.2 Entrada pelo sobrenome
2.2.1 Regra Geral
Faça entrada, em geral, pelo sobreno-me, com exceção dos casos previstos nas regras específicas: 2.4-2.9.
Amado, Jorge
2.2.2 Sobrenomes múltiplos*
Se o nome contiver mais de um sobre-nome; faça entrada pelo último, seguido, após vírgula, dos outros elementos do
no-* No Brasil foi decidido adotar esta forma
de entrada para sobrenomes múltiplos e não 22.5C2 do AACR2. Veja também 2.2.3.2.
48 R e v i s t a B r a s i l e i r a d e B i b l i o t e c o n o m i a e D o c u m e n t a ç ã o
CBA
1 7 (1 /2 ) :4 3 - 5 4 , j a n . / j u l h o 1 9 8 4E N T R A D A S P A R A N O M E S D E L I N G U A P O R T U G U E S A
me. Faça remísslvaís) de outra(s) parte(s) do sobrenome, assim como outras
consi-deradas necessárias (AACR2: 22.5CI e
22.5C4).
Rego, José Lins do
x Cavalcanti, José Lins do Rego x Lins do Rego, José
Telles, Lygia Fagundes x Fagundes, Lygia x Fagundes Telles, Lygia
2.2.2.1 Sobrenomes unidos por hífen
Se os sobrenomes forem unidos por
hífen, faça entrada pela primeira parte
do sobrenome e remissiva da parte não usada na entrada (AACR2: 22.5C3).
Vila-Lobos, Heitor x Lobos, Heitor Vila-Garna-Rodrigues, Joaquim José
x Rodrigues, Joaquim José Gama-Fava-de-Moraes, Flávio
x Moraes, Flávio
Fava-de-2.2.2.2 Sobrenomes que forma uma expressão
Se o sobrenome for constituído de
duas ou mais palavras formando uma
ex-pressão, ou for precedido de· atributos
invariáveis, tais como Santo, São etc.,
faça entrada pela primeira parte do so-brenome ou atributo (AACR2: 22.5CI).
Rio Apa, Wilson Galvão do x Galvão do Rio Apa, Wilson Espírito Santo, Virgflio Córdova do
x Córdova do Espírito Santo, Virgílio Castello Branco, Humberto de Alencar
x Branco, Humberto de Alencar Castello x Alencar Castello Branco, Humberto São Paulo, Aldimir de
Santo Ângelo, Estevão do Boa Morte, Laís
2.2.3 Sobrenomes com prefixos escritos separadamente
Faça entrada de sobrenome que
con-tém artigo, preposição ou combinação
de ambos pela parte do nome que segue o prefixo (AACR2: 22.50 -22.5D 1).
Almeida, Júlia Lopes de x Lopes de Almeida, Júlia Silva, Arthur da Costa e
x Costa e Silva, Arthur da Âvila, Angelo d'
Santos, João dos
Excepcionalmente, se o previxo estiver
unido ao sobrenome, faça entrada pelo
prefixo e remissiva da parte do nome que o segue (AACR2: 22.5E).
Deabreu, Moacir x Abreu, Moacir de
2.2.3.1 Prefixos de origem estrangeira
Faça entrada pelo prefixo para nomes de pessoas de origem estrangeira, nascidas e/ou radicadas no Brasil, identificadas por
essa parte do nome. Faça remissiva da
parte do nome que segue o prefixo.
Van der Molen, Yara Fleury x Fleury van der Molen, Yara x Molen, Yara Fleury der D'Elia, Antônio
x Elia, Antônio d'
2.2.4 Pessoas identificadas só por sobrenomes
Para pessoas que adotam apenas
nomes e são por eles identificados, faça entrada pelo último sobrenome, seguido, após vírgula, de outra(s) parte(s) do
so-brenome. Faça remissiva(s) de outra(s)
parte(s) do sobrenome e da forma com-pleta do nome.
Assis, Machado de*
x Assis, Joaquim Maria Machado de x Machado de Assis
Miranda, Pontes de
x Miranda, Francisco Cavalcanti fontes de x Pontes de Miranda
Dourado, Autran
x Autran Dourado
ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
iDourado, Valdomiro Freitas Autran
2.3 Entrada para pessoas com título de nobreza
2.3.1 Pessoas identifica das pelo título de nobreza
Para pessoas identificadas de forma
predominante pelo título de nobreza,
fa-ça entrada pelo nome próprio do título. Em seguida acrescente o nome pessoal na
ordem direta e o termo que indica
CBA
lipo-sição hierárquica. Faça remissivas do
no-me pessoal e do título de nobreza para a forma adotada (AACR2: 22.6-22.6A).
Rio Branco, José Maria da Silva Paranhos, Vis-conde do
x Paranhos, José Maria da Silva x Rio Branco, Visconde do
Caxias, Luiz Alves de Lima eSilva, Duque de x Caxias, Duque de
x Silva, Luiz Alves de Lima e
São Leonardo, Leonardo Ferreira Marques, Barão de
x Marques, Leonardo Ferreira x São Leonardo, Barão de
R e g in a C a r n e ir o
Studart, Guilherme Studart, Barão de x Studart, Barão de
Taunay, Alfredo d'Escragnoile Taunay, Viscon-de Viscon-de
xTaunay, Visconde de
2.3.2 Pessoas identificadas pelo nome de família
Para nobres normalmente identificados pelo nome de família, siga as regras
espe-cíficas correspondentes, com remissiva do
título de nobreza e outras consideradas
necessárias para a forma de entrada adota-da (AACR2: 22.12-22.12A).
Varnhagen, Francisco Adolfo x Porto Seguro, Visconde de
2.4 Entrada pelo prenome
Faça entrada pelo prenome para as
pessoas cujo nome não incluir sobrenome, assim como para os autores que só
ado-tam prenome(s).No caso de prenomes
múltiplos, faça entrada pelo 'último
ele-mento do prenome. Faça remissiva dos
prenomes em ordem direta, bem como
outras consideradas necessárias (AACR2: 22.8A-22.8B).
Helena, Maria x Maria Helena .
x Carvalho, Maria Helena Vaquinhas de Antônio, João
x João Antônio
x Pereira Filho, João Antônio Herculano, Alexandre
x Alexandre Herculano x Araújo, Alexandre Herculano
Carvalho e '
Ricardo, Cassiano x Cassiano Ricardo x Leite, Cassiano Ricardo
50 R e v is t a B r a s ile ir a d e B ib lio t e c o n o m ia e D o c u m e n t a ç ã o 1 7 ( 1 / 2 ) : 4 3 - 5 4 . ja n . lju lh o 1 9 8 4
U F P R - s e iS B IB L IO T E C A
E N T R A D A S P A R A N O M E S D E L f N G U A P O R T U G U E S A
2.5 Nomes contendo palavras que indicam grau de parentesco
Se as pessoas adotarem palavras
co-mo: Neto(a), Júnior, Filho(a),
Sobri-nhoCa) etc. em seguida ao prenome ou
sobrenome, acrescente-se no final do
prenome ou sobrenome. Faça
remissi-va do sobrenome seguido de outros
ele-mentos do nome, colocando a palavra
que indica parentesco no final, entre
parênteses; faça também outras
remissi-vas consideradas necessárias (AACR2:
22.5C8).
Fábio Júnior
x Galvão, Fábio Corrêa Airosa (Jr.) Adonias Filho
x Aguiar, Adonias (Filho) Ferreira Filho, Manoel Gonçalves
x Ferreira, Manoel Gonçalves (Filho) x Gonçalves Ferreira Filho, Manoel Lima Sobrinho, Barbosa
x Barbosa Lima Sobrinho, Alexandre José x Lima, Alexandre José Barbosa (Sobrinho)
2.6 Entradas por iniciais, letras ou numerais
Se o nome de uma pessoa consistir
apenas de iniciais, letras separadas, ou nu-merais, e a forma completa do nome for desconhecida, faça entrada na ordem
di-reta das iniciais, letras ou algarismos.
Inélua qualquer palavra, frase ou sinais tipográficos que apareçam em seguida ou associados à iniciais, letras ou algarismos. No caso de iniciais ou letras, faça
remis-siva de nome-título para as mesmas,
in-vertendo a ordem das letras ou iniciais. Se necessário, faça remissiva para a frase associada. No caso de algarismos, faça
re-míssíva de nome-título para os números
expressos em palavras (AACR2: 22.10).
O.M.
(forma completa desconhecida) xM.,O.
M., professor de física x Professor de física M. i. e., Mestre
x e., i., Mestre x Mestre i.e. 110908
x Cento e Dez Mil, Novecentos e Oito "Per ardua ad astra"
x Um, um, zero, nove, zero, oito ••Per ardua ad astra"
2.6.1 Pessoas identificadaS porsinais
, tipográficos
No caso de pessoas identificadas em
suas obras unicamente por sinais tipográ-ficos, faça entrada pelo título (AACR2:
21.5C), não indicando entrada
secundá-ria ou remissiva.
Cânticos infantis, patrióticos. instructivos e re-creativos compostos expressamente para os educandos do Jardim de Crianças do
Colle-gio Menezes VieiraI originais ou traduzidos
por**1jc
(Entrada pelot í t u lo )
2.6.2 Acréscimos àentrada por iniciais
Se a pessoa usar apenas iniciais e a
for-ma completa do nome for conhecida,
acrescente o nome na forma direta, entre parênteses, após as iniciais. Faça as
remis-sivas consideradas necessárias (AACR2:
22.10). Ver também 2.10.1.
A. L. (Arlindo Leal) (forma completa conhecida)
x Leal. Arlindo
III
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
,11
1 1 1 '
2.7 Entrada para nomes de religiosos
Regina Carneiro
2.7.1 Entrada pelo sobrenome
Os nomes de religiosos que apresentam sobrenome são tratados de acordo com as
regras específicas de entrada de nomes.
Faça remíssívas consideradas necessárias.
Barbosa, Marcos Avila, Fernando Bastos de
x Bastos de Ávila, Femando
2.7.2 Entrada pelo nome em religião
Faça entrada dos nomes de religiosos que não usam o sobrenome e que adotam só o nome em religião pela primeira par-te do nome na ordem direta. Faça rernissi-vas dos nomes seculares e outras quando
consideradas necessárias (AACR2: 22.
17D).
Gaspar da Madre de Deus, Frei Vicente do Salvador, Frei
x Palha, Vicente Rodrigues x Rodrigues Palha, Vicente
2.8 Entrada para nomes de Santos
Faça entrada pelo prenome seguido da palavra Santo, usando a forma consagrada do nome em língua portuguesa, quando houver (AACR2: 22.13-22.13A).
Teresa do Menino Jesus, Santa x Teresa de Lisieux, Santa x Thérese de Lisieux, Santa x Teresinha de Jesus, Santa x Teresinha, Santa
Francisco, de Assis, Santo x Francesco d'AssisivSanto
52
João Bosco, Santo x Dom Bosco
x Bosco, Giovanní Melchior x Bosco, João, Santo
Excepcionalmente, faça entrada pelo
sobrenome quando assim identificado
(AACR2: 22.13A).
Chantal, Joana Francisca de, Santa x Joana Francisca de Chantal, Santa x Chantal, Jeanne-Françoise de
Para santos que tenham sido papas, monarcas etc., com forma de nome con-sagrada em língua portuguêsa, faça entra-da pelo prenome, srguido dos títulos
cor-respondentes, mencionando a palavra
Santa somente em remissiva (AACR2:
22.13A e 22.17A-22.17B).
Isabel, Rainha de Portugal x Isabel, Santa Pio X, Papa
x Pio X, Santo
x Sarto, Giuseppe Melchiorre
2.9 Entradas para nomes de Espíritos
Acrescente ao cabeçalho estabelecido
para uma comunicação de espírito a
pa-lavra Espírito entre parênteses (AACR2: 22.14).
Meimei (Espírito)
Menezes, Bezerra de (Espírito) x Bezerra de Menezes (Espírito)
2.1 O Acréscimos aos nomes
2.10.1 Acréscimos aos nomes que contém iniciais
Se o(s) prenome(s) ou sobrenome(s)
forem representados por iniciais e for
co-Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação 1 7 ( 1 / 2 ) :43-54. jan.ljulho 1 9 8 4
Silva, João, 1837-<:a.1896 (Ano de morte aproximado) Silva, João, ca.1837-<:a. 1896
(Os dois anos aproximados)
Silva, João,n. 1825
(Ano de morte desconhecido) Silva, João, m. 1859
(Ano de nascimento desconhecido) Sousa,j. J. (José João), 1943-1984
(Ano de nascimento e morte conhecidos) Almeida, Paulo J., fi. 1893-1896
(Anos de nascimento e morte desconheci-dos. Alguns anos de atividade conhecidesconheci-dos. Não use fi. (ano de atividade) para o século vinte)
João, Diácono, séc. 16
(Anos de nascimento e morte desconheci-dos, anos de atividade desconhecidesconheci-dos, sécu-lo conhecido. Não use indicação de secusécu-lo para o século vinte)
João, Diácono, séc. 15/16
(Anos de nascimento e morte
desconhci-dos. Anos precisos de atividade desconhe-cidos, mas sabe-se que esteve ativo em am-bos os séculos. Não use para o século vinte)
E N T R A D A S P A R A N O M E S D E U N G U A P O R T U G U E S A
nhecida a forma completa do nome,
acrescente o(s) prenome(s) ou
sobreno-me(s) completo(s), entre parênteses, no
final do nome, se necessário para distin-guir nomes idênticos (AACR2: 22.16 e
22.16A). Opcionalmente, adote sempre
esta regra para pessoas cujos nomes con-têm iniciais, desde que a forma
comple-ta seja facilmente identificada. .
Jorge, J. G. de Araújo (José Guilherme de Araújo)
(prenomes completos) x Araújo Jorge, J. G. de
x Jorge, José Guilherme de Araújo
2.10.2 Acréscimos para distinguir nomes idênticos
2.10.2.1 Datas
Acrescente, como último elemento do cabeçalho, datas (nascimento, morte etc.) de uma pessoa se, sem estes acréscimos, um cabeçalho for idêntico a outro (AA CR2: 22.18). Registre as datas, conforme o caso, de acordo com as formas indica-das nessa regra do Código. Assim:
Silva, João, 1924-(Pessoa ainda viva) Silva, João, 1900 jan. 10-Silva,João, 1900
mar.2-(Mesmo nome, mesmo ano de nasc.) Silva, João,1837-1896
(Ambos os anos conhecidos) Silva, João, 1836 ou 7-1896
(Ano de nascimento incerto, dúvida entre dois anos consecutivos) Silva, João, 1837?-1896
(Fontes autorizadas diferem quanto ao ano de nascimento: ano provável, 1937) Silva, João, ca.1837-1896
(Ano de nascimento incerto, variando entre vários anos)
Opcionalmente, acrescente as datas a
todos os nomes de pessoas, mesmo que não haja necessidade de distinguir nomes idênticos.
2.10.2.2 Termos distintivos
2.10.2.2.1 Nomes que têm entrada pelo prenome
Se não houver datas disponíveis para distinguir dois ou mais nomes idênticos, com entrada pelo prenome etc., formule um termo breve e adequado e acrescente-o entre parênteses (AACR2: 22.19A)
Célia (Cantora) Célia (Ilustradora)
Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação, 1975. São Paulo, /APB/, 1975.5 6 p .
5.HANAl, Sônia Maria Trombelli de.
KJIHGFEDCBA
C a t a l o -g a ç ã o d e n o m e s b r a s i l e i r o s e p o r t u g u e s e s :notas de aula. s.L., s.ed., 1978. ~Op. _ 6. INTERNATIONAL FEDERATION OF LI-BRARY ASSOClATIONS AND INSTITU-TIONS. International Office for UBC. N a -m e s o f p e r s o n s : national usages for entry in catalogues. 3. ed. London, 1977. 193 p. 7. LUBETZKY, Seymour. C o d e o f c a t a l o g u i n g
r u l e s ; author and title entry: an unfinished draft for a new edition of cataloguing roles prepared for th Catalog Code Revision Committee. /Chicago/ American Library Association, 1960. 86 p.
8. PIEDADE, Maria Antonieta Requião. A c a -t a l o g a ç ã o d o s a u t o r e s b r a s i l e i r o s e p o r t u -g u e s e s . Curitiba, 1961. 10 p. /Trabalho apre-sen tado ao 3 ~ Congresso Brasileiro de
Bi-blioteconomia e Documentação, janeiro, 1961.
9. REGRAS para a catalogação de autores bra-sileiros e 'portugueses. Ci.
CBA
In f., Rio de J anei-ro,4 (2) : 143-146, 1975.Regina Carneiro
2.10.2.2.2 Nomes que têm entrada pelo
sobrenome (veja AACR2: 22.19B). Exem-plos:
Almeida, Antônio de (Médico) Almeida, Antônio de
Não use termos distintivos se as datas forem consegui das para uma pessoa e se-ja admissível que elas possam ser obtidas
para a(s) outra(s).
ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
I
Martins, Cláudio, 1910-Martins, Cláudio
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.A N G L O - A M E R I C A N C a t a l o g u i n g R u l e s . 2 . ed. Chicago, Ill., American Library Associa-tion, Otawa, Canadian Library Association, 1978.620 p.
2. CUNHA, Maria Luísa Monteiro. N o m e s b r a -s i l e i r o -s , u m p r o b l e m a n a c a t a l o g a ç ã o . São Paulo, Escola de Biblioteconomia, 1948. 16 p.
3. CUNHA, Maria Luísa Monteiro. Nomes bra-sileiros e portugueses: problemas e suges-tões. In: C O D / G O d e C a t a l o g a ç ã o A n g l o -A m e r i c a n o . Brasília, E d , dos Tradutores,
1969. Apêndice VIII, p. 481-7.
4. CUNHA, Maria Luísa Monteiro. R e g r a s p a r a a c a r a l o g a ç ã o d e a u t o r e s b r a s i l e i r o s e p o r t u -g u e s e s : documento final aprovado no 8?