As informações contidas neste documento estão sujeitas a alteração sem aviso prévio.
É expressamente proibida a difusão, em parte ou no todo, do presente Manual, sem autorização prévia da Direcção Geral da
MONOQUADROS.
Objectivo
O presente manual visa estabelecer o conjunto de regras e procedimentos a ter em conta no acto de, Transporte, Instalação, e Colocação em serviço dos Quadros Eléctricos.
Termos de Garantia
As condições de garantia pós-venda são formalizadas no
contrato de fornecimento abrangendo a garantia do equipamento
contra defeito de fabrico durante 1(um) ano, desde que
devidamente comprovado, com o início na data da emissão da
Guia de Remessa.
Índice
1 . MANUSEAMENTO DURANTE O TRANSPORTE ... 4/20
1.1.PRINCÍPIO... 4/20
1.2.MANUSEAMENTO PELA BASE... 4/20
1.3.MANUSEAMENTO POR CIMA... 5/20
2 . COLOCAÇÃO NO LOCAL... 6/20
2.1.ARMAZENAMENTO ANTES DA COLOCAÇÃO... 6/20
2.2.PREPARAÇÃO... 6/20
2.3.MANUSEAMENTO... 6/20
3 . INSTALAÇÃO DO QUADRO ... 7/20
3.1.REGRAS GERAIS... 7/20
3.2.ENTRADA DOS CABOS (POR CIMA OU POR BAIXO)... 8/20
3.3.FIXAÇÃO AO SOLO... 8/20
3.4.MONTAGEM DAS COLUNAS... 9/20
3.5.PRECAUÇÕES ANTES DAS LIGAÇÕES... 9/20
3.6.LIGAÇÃO DAS BARRAS... 9/20
3.7.LIGAÇÕES NO INTERIOR... 10/20
3.8.LIGAÇÃO DOS CABOS... 11/20
3.9.FIXAÇÃO DOS CABOS... 11/20
3.10.REVESTIMENTO FINAL... 12/20
3.11.ACABAMENTO... 12/20
4 . COLOCAÇÃO EM SERVIÇO ... 13/20
5 . MANUTENÇÃO PERIÓDICA ... 14/20
1 . MANUSEAMENTO DURANTE O TRANSPORTE
1.1 . Princípio
As estruturas e suportes da aparelhagem foram definidos para o funcionamento do quadro na posição vertical. Para evitar as anomalias durante o transporte, os quadros devem ser mantidos na vertical.
1.2 . Manuseamento pela Base
Geralmente o manuseamento faz-se com ajuda de um porta-paletes ou de um empilhador.
Os quadros deslocados com um empilhador, devem ser levantados com prudência e mantidos manualmente durante o transporte, ou amarrados ao empilhador por uma correia.
A elevação deve ser feita nos pontos resistentes e escolhidos em função do centro de gravidade.
1.3 . Manuseamento por Cima
No caso de utilização de gruas ou pontes rolantes, em que seja necessário elevar o quadro, utilizar cabos suficientemente resistentes e em bom estado. O engate deve ser feito imperativamente aos anéis de elevação, fixos ao armário e ajustar o comprimento dos cabos em função das dimensões do quadro de maneira que o ângulo formado não exceda 60º.
Geralmente os manuseamentos fazem-se coluna por coluna. Sempre que haja colunas justapostas que não se possam separar, deve-se verificar as ligações mecânicas entre elas e utilizar uma viga.
No caso particular de um quadro comportar mais de duas colunas, é preciso:
• Reforçar as ligações mecânicas inter-colunas com a utilização de esquadros ou armações rígidas.
• Utilizar, se possível, uma viga com cabos directos ao suporte de apoio do quadro, após se verificar que este é suficientemente rígido.
2 . COLOCAÇÃO NO LOCAL
2.1 . Armazenamento antes da Colocação
Os quadros são geralmente de materiais para interior, por isso, devem ser mantidos na vertical, em locais arejados, ao abrigo de poeiras. O quadro deve, de preferência, manter-se embalado até à sua instalação final.
2.2 . Preparação
O local onde vai ser instalado o quadro deve estar limpo.
Verificar o nível e a plenitude do chão, ou, se instalado em calhas, verificar o nível e o paralelismo nos dois sentidos.
Aplicar, se possível, uma pintura anti-poeiras no chão, para limitar danos no interior do quadro (aparelhagem eléctrica).
2.3 . Manuseamento
Geralmente as colunas são manuseadas por baixo. Assegurar que as patolas do empilhador estão sob pontos resistentes, tendo em conta o centro de gravidade. Os quadros transportados por empilhador devem ser agarrados manualmente durante o transporte ou amarrados por cima com a ajuda de uma correia.
Se as colunas forem transportadas pela parte superior, utilizar os pontos de suspensão (Ponto 1.3.).
3 . INSTALAÇÃO DO QUADRO
3.1 . Regras Gerais
Conservar um espaço livre suficiente por cima do quadro para permitir a ligação dos cabos ou intervenções posteriores.
O quadro deve ser colocado de forma a facilitar o acesso :
• Para a ligação dos cabos no quadro.
• Para intervenções posteriores.
No caso de a ligação ser por trás, deixar um espaço suficiente entre o quadro e a parede para permitir a abertura das portas e a intervenção de um operador. O sentido da abertura das portas deve favorecer o espaço livre atrás do quadro.
3.2 . Entrada dos Cabos (por cima ou por baixo)
Exemplo do Quadro Prisma G Plus:
A parte superior ou inferior é pré-cortada para permitir a entrada dos passa-cabos, e encaminhar os cabos no interior do quadro.
Exemplo do Armário Prisma G Plus:
Graças a uma base integrada de 150mm de altura, os cabos de ligação, mesmo de grande secção, podem-se estender livremente até á aparelhagem.
3.3 . Fixação ao Solo
A fixação ao solo deve ser realizada de acordo com a furação, prevista por baixo de cada coluna.
3.4 . Montagem das Colunas
Montar e interligar as colunas para assegurar uma rigidez mecânica do conjunto, assim como a continuidade eléctrica das massas. Utilizar um número de pontos de fixação suficientes, com parafusos, porcas da classe 8.8 + anilha de pítons apertadas ao binário (Tabela I).
Conforme os casos, colocar uma junta de estanquecidade entre as colunas para respeitar o IP.
3.5 . Precauções antes das Ligações
Deve-se evitar penetrações de poeiras para o interior do quadro.
As aberturas provisórias no quadro (passagem de cabos...) devem ser tapadas para impedir o acesso aos pequenos animais (ratos, cobras...).
3.6 . Ligação das Barras
Os elementos exteriores (painéis, portas...) poderão ser desmontados para facilitar as ligações e colocados ao abrigo de poeiras e de choques.
3.7 . Ligações no Interior
Se for conveniente, proceder à fixação do jogo de barras principal, respeitando as distâncias de isolamento e utilizando para o aperto parafusos e porcas da classe 8.8, apertadas ao binário correspondente (Tabela II).
Ligar os condutores de protecção entre si.
Ligar a PE/PEN à terra.
Relativamente a apertos a efectuar nas ligações de chegadas ou saídas de circuitos a efectuar pelo instalador nos aparelhos, os apertos deveram ser efectuados ao seu binário correspondente (Tabela III).
3.8 . Ligação dos Cabos
No caso de ligação sobre um conjunto de barras, comportando várias por fase, posicionar os terminais frente a frente e intercalar um calço entre elas para equilibrar o aperto e assegurar uma boa condução eléctrica.
Todas as ligações devem ser feitas com parafusos e porcas da classe 8.8 apertadas ao binário, (Tabela II). No caso de ligação dos cabos alumínio/cobre, utilizar interfaces ou terminais bimetálicos.
3.9 . Fixação dos Cabos
Fixar os cabos o mais próximo possível das ligações.
3.10 . Revestimento Final
Toda a intervenção no quadro permitindo ou facilitando o encaminhamento dos cabos não deve comprometer o grau de protecção de origem.
Nota : Se uma chapa é cortada, para permitir a passagem de cabos, o corte deverá ser repintado para evitar a oxidação, e revestido de uma protecção, para evitar que fira os condutores.
Remontar cuidadosamente o revestimento de origem.
Colocar no lugar os acessórios que assegurem a resistência ás influências externas.
Exemplo: Tejadilho que se coloca num quadro instalado no exterior.
3.11 . Acabamento
Fazer os retoques de pintura necessários, para evitar a corrosão e conservar o bom aspecto do quadro.
4 . COLOCAÇÃO EM SERVIÇO
Os quadros fabricados pela Monoquadros, sob reserva de instalação e colocação em serviço, manutenção ou de utilização, conforme á sua finalidade, á regulamentação, e ás normas em vigor, aos nossos requisitos de garantia da qualidade (NP EN ISO 9001) e ás regras de arte.
Satisfazem as disposições das Directivas Europeias seguintes:
• Directiva Comunitária 2006/95/CE (73/23/CEE) para Equipamento de Baixa Tensão
• Directiva de Compatibilidade Electromagnética (DCEM) - 2004/108/CE de 2007-07-20
E está conforme a norma harmonizada seguinte:
• EN 61439-2
• E as instruções de instalação dos fornecedores da aparelhagem aplicada no fabrico do equipamento.
A colocação em serviço pelo Instalador deve ser feita tendo em conta o cumprimento dos requisitos especificados neste Manual e na Regulamentação e Normas aplicáveis ás respectivas operações de instalação e colocação em serviço de Quadros Eléctricos.
5 . MANUTENÇÃO PERIÓDICA
A manutenção de um quadro eléctrico, consiste na análise de pontos fundamentais, como:
• Limpeza
O quadro deverá manter-se num bom estado de conservação e limpeza. Deve-se limpar periodicamente o quadro pelo exterior com um pano humedecido em detergente (não usar abrasivos nem solventes). A limpeza do interior do quadro deverá ser feita por aspiração.
• Grau de protecção IP e IK
Sempre que exista manutenção ou alteração do quadro o grau de protecção deverá ser mantido. Isto é, as capsulas, os passa-cabos e outros elementos que de alguma forma garantam o IP e IK do quadro, quando retirados deverão ser devidamente repostos.
• Continuidade de massas
Garantir a continuidade do circuito de massas refere-se ao facto de quando por algum motivo sejam retirados os “shunts” de terra, que existem a interligar as portas á estrutura do quadro, estes devem ser repostos.
• Sinalização
A sinalização e os aparelhos de medida também deverá ser um dos aspectos a manter num quadro eléctrico (os aparelhos de medida quando existem). Na sinalização estão incluídas: a sinalética de perigo, a sinalização de presença de fases (quando existe), a identificação do quadro eléctrico e respectiva chapa de características.
• Substituição de Filtros
Quando se notar sujidade no filtro de respiro do quadro eléctrico, este deverá ser substituído (quando existe).
• Substituição de Fusíveis
Quando ao tentar ligar o equipamento e este não corresponder, poderá ser necessário substituir o fusível da alimentação em causa.
• Reaperto Geral
Reapertar periodicamente todo o equipamento eléctrico presente no interior do quadro, inclusive bornes de passagem.
• Sinalizador de aviso
Periodicamente “provocar uma avaria”, de modo a verificar o aviso acústico/sinalização luminosa da avaria.
NOTA: A frequência da manutenção preventiva depende das condições de funcionamento do quadro eléctrico.
Para condições de funcionamento em ambientes normais, a frequência deve ser a indicada na periodicidade recomendada.
Pode ser prolongada se o quadro for usado num ambiente particularmente limpo e de forma não intensiva.
Deve ser reduzida se o quadro estiver a ser usado num ambiente particularmente agressivo (poeira, humidade, vapores corrosivos, calor) ou usado intensivamente.
Periodicidade recomendada
Tipo Acção Frequência
Inspecção geral - Verificações visuais e limpeza geral
- Verificação visual dos barramentos
- Ensaios de funcionamento
Uma vez por ano
Manutenção das unidades funcionais
- Inspecção das ligações/reapertos
Cada 5 anos Manutenção do sistema
de ventilação
- Limpeza dos filtros Cada 6 meses Manutenção dos
dispositivos
- De acordo com os manuais dos respectivos fabricantes
TABELAS
TABELA I
Binário de Aperto Montagem dos Invólucros
Diâmetro dos
parafusos
Binário de aperto (N.m)
M6 13
M8 28
TABELA II
Quadro dos binários de aperto (Montagem das Barras de Cobre)
Binário de aperto em Binário de aperto em
(N.m) (N.m)
nomial para parafusos de classe para parafusos de classe
8/8 8/8
em barras de cobre roscado
mm Porcas com anilha Porcas com anilha
Plana Contacto Contacto
5 5 7 2,8
6 8,5 13 5,2
8 19 28 11,2
10 37,5 50 20
12 62 75 30
14 98 120 48
16 155 185 74
TABELA III
Binários de Aperto de Aparelhagem Eléctrica
PRODUTOS DIÂMETRO
DOS PARAFUSOS
BINÁRIO DE APERTO
(N.m)
DPN M4 1,2
NC100L M6,5 3,5
NC100H M7 3,5
C60 =< 25A M5 2
C60 25A =< 63A M6,5 3,5
C32 M5 2
ID M6,5 3,5
NG125 (10 a 63A) 3,5
NG125 (80 a 125A) 6
INS40/63/80 5
INS100/125/160 M6 8
INS250 M8 15
INS400/630 M10 50
NS100 M6 10
NS250 M8 15
NS400/630 M10 50
NS800/1000/1250/1600 M10 50
APARELHAGEM
BASES FINDER
(TODAS AS GAMAS) 0,5
WDU2,5 0,4
WDU4 0,5
WDU6 0,8
WDU10 1,2
WDU16 2
WDU35 2,5
WDU70 6
WDU120 10
SAK2,5 0,4
SAK4 0,5
SAK6 0,5
SAK10 2
SAK16 2
BORNES
SAK35 2,5
Nota: Para equipamentos não nomeados na tabela acima, deverá consultar a Monoquadros.