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Luana Moreno Medeiros Bazoli

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Academic year: 2019

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Luana Moreno Medeiros Bazoli

Construindo uma Escola Cidadã na Educação Infantil.

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

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Luana Moreno Medeiros Bazoli

Construindo uma Escola Cidadã na Educação Infantil

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado á Pontifícia Universidade Católica de São Paulo como exigência parcial de

avaliação da Habilitação de Administração Escolar do Curso

de Pedagogia.

Orientadora: Marília J. Marino

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AGRADECIMENTOS

Agradeço meu pai Douglas por me patrocinar nessa longa jornada e acreditar na minha competência.

Agradeço a minha mãe que sempre esteve presente na minha vida, dando-me apoio e me incentivando a ser cada dia melhor.

Agradeço as minhas amigas de sala, que me apoiaram e me ensinaram muitas coisas.

Agradeço aos meus amigos, Agnaldo, Michel, Júlia, Digiani e Paulo José, pelo apoio, compreensão e auxílio com esse trabalho.

Agradeço meu irmão Bruno pelo auxilio e apoio transferido.

Agradeço a minha orientadora Marília Marino pela orientação, paciência e incentivo para a construção desse trabalho.

Agradeço aos meus professores que sempre foram muito compreensivos, pacientes e são grandes mestres, são pessoas que admiro e terei grande prazer de mencionar ao longo dos meus anos de profissão.

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DEDICATÓRIA:

A minha mãe, grande mulher, batalhadora que nunca me deixou faltar nada, sempre me apoiou e me inspira como ser humano!

Ao meu pai, meu herói, meu amor, um grande homem!

Aos meus irmãos, Bruno e Júlia que são base do que eu sou!

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Resumo.

O presente trabalho tem por objetivo a proposta de estabelecer os princípios necessários para a construção de uma Escola de Educação Infantil Cidadã.

Parte-se do significado de cidadania e conceitos vinculados como o de direitos e deveres do cidadão. Resgata-se historicamente o seu surgimento, trabalhando a perspectiva da gestão democrática, que envolve a participação dos pais e da comunidade no sistema escolar.

Tem-se como pressuposto que a educação é fundamental para a construção da cidadania, e que esta pode ser exercida em sua plenitude, no dia a dia do processo educacional, começando desde os primeiros anos em que a criança tem contato com o mundo.

Trata-se de um trabalho de natureza teórico-prática que busca compreender os caminhos trilhados pela educação e a compreensão do conceito de cidadania.

Como procedimentos metodológicos realizou-se um levantamento bibliográfico sobre o tema e em caráter exploratório também se faz um estudo de campo por meio de um questionário aberto para pais, gestores e professores. Os dados obtidos foram fundamentais para a construção dos princípios da escola de Educação Infantil “Mundinho Cidadão”. O projeto da escola valoriza a participação de todos os atores sociais envolvidos: gestores, professores, alunos, pais e funcionários.

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ABSTRACT

The present work has for objective the proposal to establish the necessary principles for the construction of a School of Infantile Education Citizen. One has broken of the meaning of citizenship and all its entailed concepts as of rights and the duties of the citizen, rescues its sprouting historically, working democratic management, that involves the participation of the parents and the community in the pertaining to school system. It is had as estimated that the education is basic for the construction of the citizenship, and that this is can be exerted in its fullness in the day the day in the educational process, starting of the first years where the child has contact

with the world.

One is about a work of theoretician-practical nature that it searchs to understand the ways trod for the education and the understanding of the

citizenship concept.

As metodols procedures a bibliographical survey was also become fullfilled on the subject and in exploratório character if it makes a study of field for way of a questionnaire opened for parents, managers and professors. The gotten data had been basic for the construction of the principles of the school of Infantile Education "Little Wourld Citizen". The project of the school values the participation of all the involved social actors: managers, professors, pupils, parents and employees.

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SUMÁRIO

I.INTRODUÇÃO

1.Caminho do educador a escolha do tema a ser investigado...10

2.Delimitação do tema e do problema...12

3.Indagação...14

4.Pressupostos / Justificativa...15

5.Objetivos...17

II. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 1.Visão Geral...18

2.Subsídios para tratar do tema problema...22

III. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...38

IV. PESQUISA DE CAMPO 1.Apresentação...39

2.Análises 2.1.Professores/ Gestores...50

2.2. Pais...51

3.Considerações gerais...52

V.PLANO DE INTERVENÇÃO 1.Logo da escola...55

2.Projetos da trabalho...56

3.Proposta Pedagógica da Escola (nome da escola)...58

4.As classes ...61

5.Calendário escolar...62

6.Regimento escolar...65

7.Exigência Burocráticas...80

8.Contrato Social...83

9.Mapa...87

10. Espaço Físico...88

10.1.Estrutura do Espaço...89

10.2.Planta...90

11.Recursos 11.1.Recursos Humanos...91

11.2..Recursos Materiais...92

11.3..Despesas fixas mensais...94

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VI. CONSIDERAÇÕES FINAIS...96

VII. BIBLIOGRAFIA...99

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I.INTRODUÇÃO

1.Caminho do educador a escolha do tema a ser investigado

Não sei ao certo porque comecei o curso de pedagogia. Estava vendo no meu terceiro ano do ensino médio, as melhores universidades em uma revista, vi que pedagogia era uma das melhores na PUC, e resolvi fazer o vestibular. O sonho de ser professora de toda menina, eu tive e até tentei fazer Magistério, porém na escola que eu estudava o curso tinha sido eliminado, justo no ano em que eu entrei no ensino médio, então fiz o básico.

Quando passei no vestibular, fiquei feliz, mas ao mesmo tempo insegura, pois entrar na faculdade é algo grandioso quando se sai direto do ensino médio.

Meu primeiro ano foi maravilhoso, estava amando o curso, os professores, as estratégias, as dinâmicas, tudo me fazia ter a certeza de que aquilo era mesmo à escolha certa.

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Fiz estágio no ensino fundamental I, porém não posso negar que o que me fez ter certeza do que eu seria por toda a minha vida, foi a Educação Infantil.

Escolhi administração, pois acredito que é a habilitação mais completa, pois apesar da minha paixão por educação infantil, tenho interesse em trabalhar em empresas e outros setores onde possa me aperfeiçoar. Tenho planos de fazer um curso de Gestão de Pessoas, e assim me aperfeiçoar gradualmente para administrar melhor a escola que eu gerir.

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2. Delimitação do Tema e do Problema.

Progressivamente, com a Revolução Francesa e o seu lema «Liberdade, Igualdade, Fraternidade», a escola foi sendo debilmente influenciada por pedagogias mais progressistas que atribuíam mais direitos à criança. O que importava era que a criança fosse somente uma criança, não se importando com o aspecto social de sua formação. A defesa da sua participação em várias tomadas de decisão na escola e "há política a partir do momento em que são tomadas decisões" (Barbier: 1996) foi sendo vista cada vez mais como uma necessidade, visando assim o desenvolvimento ético e moral do aluno, a educação para a participação nas instituições e serviços cívicos, enfim, a construção de uma escola mais justa, mais pluralista e democrática, a "Escola Cidadã" (Gadotti: 2000).

Por muito tempo refletiu-se na escola a questão da cidadania, porém esta não é tão vivenciada na prática, apesar da vontade de alguns educadores. A cidadania deve ser explorada a fundo, tendo em vista valores que apontam para uma coexistência mais justa e mais humana.

Hoje há possibilidades que facilitam e até motivam esse trabalho, como os Parâmetros Nacionais Curriculares (PCNs), a escola é acionadora de todo tipo de aprendizagem, então por que não incentivar a cidadania em todos os seus projetos da escola? A escola pode tornar-se uma grande incentivadora da cidadania na prática, pois quem pratica a cidadania é respeitado e valorizado. Para isso é fundamental possibilitar relações que favoreçam a todos os atores da comunidade educativa, o assumir-se em sua humanidade, o desenvolver-se em suas capacidades trabalhando fatos, e assim co-responsabilizando-se pela vida compartilhada.

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professores e funcionários que acreditem em mudanças e principalmente que exercem ou querem exercer a cidadania, dentro e fora da escola.

O Projeto Pedagógico que tenho em vista, visa mobilizar os atores da escola para uma cidadania plena, onde cada indivíduo a importância independentemente das funções especificas que desempenham, pois apesar dos âmbitos de responsabilidade de alunos, professores, funcionários, gestores e pais serem diferentes, cada um contribui para a vida em comunidade.

No Projeto Pedagógico busco também articular o processo de ensino aprendizagem, considerando a inter e transdisciplinaridade.

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3. Indagação

Quais são os passos necessários para criar uma escola de educação infantil que assegure a formação de pessoas cidadãs?

Quais são os passos para atingir a participação da comunidade?

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4. Pressupostos / Justificativa

Essa será a Constituição cidadã, porque recuperará como cidadãos milhões de

brasileiros, vítimas da pior das discriminações: a miséria”.

“ Cidadão é o usuário de bens e serviços do desenvolvimento. Isso hoje não acontece com milhões de brasileiros, segregados nos guetos da perseguição social .

(GUIMARÃES. U, 1988, vide site)

Partindo do ponto de que toda a escola deve formar um cidadão, uma pessoa mais critica que conhece deveres e direitos humanos e que acima de tudo respeita a si mesmo, é possível e importante criar uma escola que tem como objetivo incentivar a cidadania, pois segundo a Secretária de Educação Básica (SEB) e o Ministério da Educação (MEC) aprender a ser cidadão e cidadã é, entre outras coisas, aprender a agir com respeito, solidariedade, responsabilidade, justiça, não-violência; aprender a usar os diálogos nas mais diferentes situações e comprometer-se com o que acontece na vida coletiva da comunidade e do País. Esses valores e essas atitudes precisam ser aprendidos e desenvolvidos pelos estudantes e, portanto, podem e devem ser ensinados na escola.

Outro aspecto importante a ser considerado nesse processo é o papel ativo dos sujeitos do aprendizado, estudantes e professores, que interpretam e conferem sentido aos conteúdos com que convivem na escola a partir de seus valores previamente construídos e de seus sentimentos e emoções.

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Cidadania e educação devem caminhar juntas para uma grande modificação em relação à vida cotidiana, é fazer de um mundo globalizado um mundo também digno e com mais reverência á vida.

Uma nação é democrática na medida em que seus cidadãos participam especialmente em nível gradativamente com a prática. Por essa razão deve haver oportunidades crescentes para as crianças participarem em qualquer sistema que aspire a ser comunitário. A confiança e a competência para participar devem ser adquiridas democrático e, particularmente, naquelas nações que acreditam já ser democráticas.

(HART. R, Munoz. C, 2004, vide site).

Ou seja, incentivar a cidadania desde os primeiros passos, é objetivar um projeto onde se faz no futuro uma sociedade mais justa e que respeita os direitos humanos.

Ter uma escola cidadã em seu bairro é ter uma escola visionária em relação ao mundo, ao seu mundo, é saber que os alunos terão uma consciência critica e que aprenderão como é extraordinário respeitar e valorizar o seu espaço e principalmente o espaço do outro.

Propõe-se uma escola formadora de um aluno critico, pronto para exercer a cidadania em sua comunidade, assim promovendo o desenvolvimento integral e em conjunto do aluno/ criança em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectuais e sociais, complementando a ação da família e comunidade.

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5.Objetivo geral

Construir uma escola cidadã.

Objetivos específicos

1. Possibilitar a aproximação de um caminho, cujo o PP assegure a formação de uma escola cidadã.

2. Levantar aspectos centrais para o planejamento da escola.

• Estrutura física

• Estrutura administrativa e social

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I. FUNDAMENTOS TEÓRICOS

1. Visão Geral: Ser humano, Mundo, Sociedade, Educação e Gestão.

Para refletir sobre a educação para a cidadania é necessário apresentar a concepção de era humano, que fundamenta este trabalho no processo educacional, este é ao mesmo tempo educador e educando, num acontecimento que poderíamos dizer, segundo Paulo Freire, dialético.

O homem é um ser inacabado, um ser em construção, podemos dizer que o homem é um espaço aberto. É um ser finito que teima em não se aceitar como tal, buscando, pois, a infinitude e a perfeição. Como inconcluso, busca completar-se, num processo ao mesmo tempo infinito e impossível.

Por outro lado, o homem, como dizia Aristóteles (367/66 a.C), é um ser social, ou, dizemos nós, é um ser-com o outro. O homem se constrói, constrói o mundo material e simbólico, constrói a verdade no encontro com o outro. É no rosto do outro, no apelo que este rosto nos faz, na interiorização que este rosto nos leva a fazer que, em resposta, construímos o mundo. Nada existe em mim que não seja, queira eu ou não, partilha com o outro. Por isso o homem não vive sozinho, não se faz sozinho, o homem está comprometido com a sua sociedade, ou seja, precisa cuidar de sua sociedade para assim haver cidadania.

A educação para a cidadania é uma prática de liberdade, em que onde segundo Paulo Freire (1993) é a mesma de toda pedagogia moderna “uma educação para a decisão, para a responsabilidade social e política”, e para isso deve haver democracia.

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ao autoritarismo. O que realmente importa é a aprendizagem e não quem manda e obedece, onde o que realmente importa é o diálogo em que se busca uma solução para os problemas próprios e alheios.

Educador e educando (liderança e massas), co-intencionados a realidade, se encontram numa tarefa em que ambos são sujeitos, no ato, não só de desvendá-la e, assim, criticamente conhecê-la, mas também no de recriar esse acontecimento (FREIRE, P.1974:61).

Segundo Paulo Freire a obra Educação como Prática de Liberdade, não há educação fora das sociedades humanas e não há homem no vazio. Por isso a educação das massas é algo fundamental para uma educação visionária, democrática e livre, ou seja, uma educação para a liberdade, em que o homem não é um objeto e sim um sujeito, em que se implica numa sociedade também “sujeito”, em que a educação está focada em auto-reflexão e reflexão em relação ao mundo em que vivemos, para uma tomada de consciência e assim, dar um passo para a prática da cidadania.

É válido dizer que não se trata de uma massificação ou alienação, porém é tarefa dessa educação libertadora resgatar o homem da opressão que o esmaga e respeitá-lo como uma pessoa que tem suas opiniões e vontades.

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A sociedade democrática não existe, sem antes seus cidadãos acreditarem que há democracia e é a escola que mobiliza estes para uma prática democrática e assim para exercitar cidadania.

A escola é uma condição indispensável para que a cidadania seja construída.

É fundamental que quando entrem em contato com seus direitos, aprendam a reivindicá-los, tornando este aluno-cidadão, um sujeito que opina, interfere e defende o que acredita.

Para que nossos alunos tornem-se cidadãos é imprescindível, que nos coloquemos em seu mundo e assim, ao conhecê-los, gradualmente fazer com que se interessem pela nossa sociedade.

Defendo uma visão de Educação voltada para a Transformação social que começa com a conscientização de cada sujeito sobre sua importância dentro da sociedade, e que ele esteja atento a esse mundo de possibilidades, um mundo que se pode ajudar, cooperar, fazer valer o que se faz, para assim, valorizar a si mesmo, encontra-se para assim saber onde está e o que está fazendo aqui.

Para aprendizagem de uma prática cidadã. É preciso uma escola cidadã que cultiva valores comuns entre e com todos os atores da escola. Formar um aluno critico, idealista é formar um cidadão sábio, seguro e competente, que coloca os valores acima de idéias e transfere a cidadania.

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coopera. Todas as decisões são tomadas de uma forma não hierarquizada, e qualquer decisão deve ser expor a todos que participam do cotidiano escolar.

Se cada um se dá por inteiro, a condição é igual para todos e, sendo a condição igual para todos, ninguém tem interesse em torná-la onerosa para os outros.(CANIVEZ.P 1990; 169).

Nos dias atuais, o processo de mudança epistemológica ainda sugere a necessidade de se refletir sobre o velho debate filosófico entre “aparência” e a “realidade”. Para esclarecer esse encontro, Gadotti (2000) apresenta a concepção dialética como base à Educação, enquanto filosofia da práxis. A constituição da prática de se pensar a prática na perspectiva de apreensão do contexto, à medida que dialetizar a práxis é produzir a si mesmo, descobrindo limites e desmascarando o futuro, em movimento.

Desse modo, torna-se impossível pensar em debater sobre qualquer estrutura educativa sem antes não contextualizá-la no seu aspecto histórico e social, pois o processo de análise passa necessariamente pela maneira como o homem em uma dada conjuntura, avalia sua realidade, seu mundo, percebendo-se um ser produtor no seu tempo e no seu espaço, um transformador objetivo da sua realidade que reflexivamente analisa e pode modificar.

Os aspectos levantados são obstáculos reais ao processo de construção da "consciência crítica" (no sentido de Paulo Freire, consciência não-dogmática, desmistificadora, efetivamente política), e sem ela as mudanças acontecem apenas num processo "de cima para baixo", anulando-se a essência da autonomia.

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2. Subsídios para tratar do tema problema.

O conceito de cidadania tem um histórico que o ligou, durante mais de século, à classe burguesa. Afinal, cidadania vem de "cidade", e cidadão era o homem que, livre da gleba feudal, habitava a cidade. Assim, "cidadão" e "burguês" eram, entendidos como conceitos sinônimos.

Da mesma maneira, como cidade era o símbolo da liberdade, em contraposição à servidão feudal, e como seus habitantes não eram nobres aristocráticos de "sangue azul", a palavra chave que exigiam era igualdade. Quando a burguesia assume o poder, na Revolução Francesa de 1789, as palavras igualdade e liberdade ganham conteúdo ideológico. E com elas, o conceito de cidadania.

Assim, cidadania é um conceito que adere ao conceito de classe burguesa, não interessando, portanto, às classes opostas a ela.

Os conceitos de liberdade e igualdade, na coletânea de idéias do burguês, só subsistem unidos à propriedade. Assim, para a burguesia, é a propriedade que constitui o homem livre, é a propriedade que constitui os iguais (ou, em contraposição, os que não podem ser tidos e tratados como iguais).

Somente na década de 70 de nosso século a intelectualidade e os chamados intelectuais orgânicos das classes subalternas vão reconstituir o conceito de cidadania, ampliar sua abrangência e reinterpretar os conceitos burgueses de liberdade e igualdade. Foi necessária uma nova interpretação para recolocar o conceito de cidadania como conceito universal e como conceito-base para a reconstituição da estrutura social e política.

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objeto, sobre o qual, ocorre à ação do sujeito; é ser agente, produtor do espaço cultural em que vive ou viverá.

A Constituição Brasileira de 1988, ao consagrar a universalidade e

indivisibilidade dos direitos humanos, também entrega ao Estado e ao cidadão – de forma subentendida– a tarefa de educar (dever) e ser educado (direito) em direitos humanos e cidadania. Somente com a participação e colaboração de todos da sociedade e do Estado, é que os direitos humanos fundamentais alcançarão a sua plena efetividade. O papel de cada um na construção desta nova concepção de cidadania é básico para o êxito dos objetivos desejados pela Declaração Universal de 1948 e pela Carta Constitucional brasileira.

Observe-se que a Carta de 1988, ao tratar, no seu art. 14, dos direitos políticos, não se refere, sequer em um momento, à expressão cidadania, dizendo apenas que a "soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direito e secreto, com valor igual para todos (…)". Pelo contrário: a Constituição faz uma separação entre cidadania e direitos políticos quando, no seu art. 68, § 1.º, II, ao tratar das leis delegadas, exclui do âmbito da delegação legislativa a "nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais". No seu Título VIII, Capítulo II, Seção I, a Carta Magna de 1988 dispõe, ainda, que a "educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (art. 205),assim expressa, os "direitos humanos", a "cidadania" e a "educação", como não há direitos humanos sem o exercício pleno da cidadania, e que não há cidadania sem uma adequada educação para o seu exercício. De forma que, somente com esses três fatores interagindo gradualmente – direitos humanos, cidadania e educação – é que se poderá falar em democracia, e na escola em gestão democrática.

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participa politicamente de sua cidade, não aceita perder conquistas já efetuadas, exige salário digno para aquilo que faz, é justo. No processo político o cidadão busca construir a democracia participativa, pois se todos buscarem o melhor para si, estarão buscando o melhor para todos.

A instrução [leia-se: educação] será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento e do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz (Artigo XXVI, 2.ª alínea).

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Tudo o que acontece no mundo, seja no meu país, na minha cidade ou no meu bairro, acontece comigo. Então eu preciso participar das decisões que interferem na minha vida. Um cidadão com um sentimento ético forte e consciência da cidadania não deixa passar nada, não abre mão desse poder de participação. (SOUZA.H (Betinho),1988, vide site)

Segundo Arendt H. (2000) a cidadania é o direito a ter direitos, pois a igualdade em dignidade e direitos dos seres humanos não nos é um dado. É algo construído na convivência coletiva, que requer o acesso ao espaço público. É este acesso ao espaço público que permite a construção de um mundo através do processo de conquista dos direitos humanos. Ou seja, ter direitos é um direito e assim coletivamente se constrói cidadania, e é na escola que se faz, nos primeiros anos de vida.

Na escola primária, seriam veiculados os conhecimentos gerais, necessários para criar a autonomia individual que faculta ao sujeito dirigir, ele mesmo, sua própria vida, seus afazeres e sua visão de mundo (...) ler, escrever e contar (BOTO, 2003, p.7)

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Enfim, de acordo com Condorcet, a escola primária deveria ser responsável pelo “desenvolvimento das primeiras idéias morais e das regras de conduta que delas derivam. Finalmente, os princípios de ordem social que possam colocar-se ao alcance da inteligência infantil .( BOTO,2003, p.8).

A cidadania e a educação são palavras interligadas, pois, é nesta conexão cultural que se tem em vista a educação para uma prática de cidadania. Se há educação libertadora, há conscientização em relação ao outro. Não existe educação senão para a construção da cidadania plena, quer seja do indivíduo, quer seja da coletividade.

Nesta lógica, a educação para a cidadania requer envolvimento cognitivo e afetivo dos indivíduos. O repasse simples de informações e conhecimentos raramente consegue motivar as pessoas à participação, é preciso que todos ao atores da escola se envolvam a prol de mudanças e transformações na sociedade, é preciso que a escola cumpra seu papel de construtora de saberes e experiências relacionadas a cidadania contando com os alunos, professores, pais e a comunidade. As escolas freqüentemente ficam no nível da transmissão de conhecimentos, sem envolver o aluno, portanto, é importante afirmar que o melhor jeito de ser cidadão é participar, debater, esclarecer, saber criticar, tentar resolver problemas da melhor maneira possível e se opor ao autoritarismo e assim, deixar que a democracia entre na escola para uma melhor convivência e participação de todos.

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Educar para a cidadania significa educar para a sociedade. Para a tomada de consciência plena em relação aos seus direitos e deveres.

A escola, além de dedicar-se a ensinar os saberes científicos e a habilitar pessoas para a vida profissional, deve ter um objetivo maior, o de preparar as pessoas para o exercício de seus direitos. Dos direitos humanos, dos direitos de cidadão, ou seja, dos direitos civis, sociais e políticos. (AMARAL. S.L, 1999:p.60) É fundamental reafirmar que ser cidadão na escola cidadã, significa lutar por seus direitos em todos os espaços. Assumir o valor da cidadania na escola cidadã significa reafirmar o valor da solidariedade combatendo o individualismo, incentivar a colaboração da comunidade escolar e condenar a desigualdade seja ela qual for.

Cabe à escola preparar indivíduos para reconhecê-los e aceitá-los de forma esclarecida e consciente, não como uma imposição, mas como uma descoberta que eles mesmos podem fazer, enquanto seres racionais. (SILVA, 2004 ,p.90)

A formação da cidadania supõe a possibilidade de criar espaços educativos

nos quais os sujeitos sociais sejam capazes de questionar, de pensar, de assumir e também, é claro, de submeter à crítica os valores, as normas e os direitos morais pertencentes a indivíduos, a grupos e a comunidade, inclusive os seus próprios. Sem uma prática efetiva de autonomia por parte do sujeito moral, não há possibilidades alguma de construção de uma moralidade autônoma.(GENTILI, 2000, p.154-155)

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querem se preencher de coisas novas e diferentes, com a incontrolável tendência ao infinito. Educador e educando só podem sê-lo em plenitude quando se entendem cidadãos plenos de direitos e deveres; quando sabem que há importância na abertura plena.

Numa educação ética, é preciso resgatar e incorporar os valores solidariedade, de fraternidade, de respeito às diferenças de crenças, culturas e conhecimentos, de respeito ao meio ambiente e aos direitos humanos. (Siegel. 2005.p 41).

Ser cidadão é perceber que fazemos parte do mundo. Nossas escolhas e posturas diante da vida afetam não apenas a nós mesmos, mas também a vida de outras pessoas, da comunidade. Assim como as atitudes das outras pessoas também nos afetam. Como educadores devemos educar para a transformação dos indivíduos e da sociedade, mudar para a melhoria do que está em desvantagem.

É verdade que sozinhos não podemos mudar tudo, por isso a escola pode ampliar esse fator e fazer mudanças generosas e fundamentais.

Cada um tem um ponto de vista diferente, todos nos seres humanos pensamos diferente, porém se nos unirmos para um só ideal, a cidadania plena, é fato de que ocorrerá mudanças totalmente favoráveis e positivas.

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Educar para a cidadania é nunca permitir que o dado seja aceito sem a necessária reflexão, sem consciência crítica; educar para a cidadania é ensinar,a nunca se permitir ser objeto, é ensinar a ser construtor de seu próprio ser, de sua própria identidade, e é identificar-se em seu próprio mundo; educar para a cidadania é mostrar a presença do outro, preservando os valores de. verdade, justiça, igualdade e solidariedade e respeito; educar para a cidadania é mostrar a vida como uma constituição que gradativamente vai se processando sempre inconclusa e muito trabalhosa, mas que traz importantes resultados.

Educar para a cidadania é fazer pensar no que se fez antes e no que se pode fazer hoje, agora, e o que isso nos trará de recompensa depois, é conscientizar de que aos poucos podemos transformar e perceber de que a vida humana, a natureza e toda a sociedade ao redor, dimensão que nos constituem como pessoas, fazendo com que a nossa caminhada como educador. Gestor seja uma caminhada longa, mas de conseqüências positivas.

A escola cidadã é norteada por uma bússola que conduz os professores e a comunidade numa mesma direção – o bem comum. (Sergiovanni: 2004, vide site).

Segundo Gadotti (2000), escola não é mais só caracterizada sendo tradicional ou moderna, houve muitas mudanças ao longo do tempo que mostraram que a escola é muito mais contextualizada, e assim expande tudo que há em volta dela, como economia, sociedade e outros aspectos.

É importante saber que o Projeto Político Pedagógico (PPP) tem essa nomenclatura porque, ele está totalmente ligado à direção política da escola, ele sempre deve ser guiado. Mas ele não é só responsabilidade dessa direção política e sim de todos os membros que fazem parte dessa escola.

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A noção do projeto implica em tempos políticos, onde a escola deve ter a oportunidade política própria para a idéia central do projeto;

• Institucional onde cada escola tem o seu tempo; • Escolar que se faz pelo calendário escolar;

• “Amadurecedor” de idéias, onde se discute e se entende a idéia e isso leva um tempo.

Para facilitarem existem alguns elementos em questão como: a comunicação eficaz, onde o projeto deve ser facilmente compreendido por todos; adesão voluntária, onde visa todos envolvidos no mesmo; facilitadores em relação à parte financeira; avaliação e controle dos projetos, porque sem controle nada chega em nenhum lugar; e ambiente favorável.

Para um bom comprometimento com a educação para a cidadania há um instrumento fundamental que o PPP deve assegurar, a seguir os principais fatores que segundo PCN- Temas Transversais / Ética, sugeri, com bases em textos constitucionais:

• Dignidade da pessoa humana, que implica no respeito aos direitos humanos, repúdio à discriminação de qualquer tipo, acesso a condições de uma vida digna, respeito mútuo nas relações interpessoais, públicas e privadas.

• Igualdade de direitos que refere-se à necessidade de garantir que todos tenham a mesma dignidade e possibilidade de exercício da cidadania. Para tanto há que se considerar o princípio da eqüidade, isto é, que existam diferenças (éticas, culturais, regionais, de gênero, etárias, religiosas, etc.) e desigualdades (socioeconômicas) que necessitam ser levadas em conta para que a igualdade seja efetivamente alcançada.

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que não se trata de uma sociedade homogênea e sim marcada por diferenças de classe, étnicas, religiosas, etc.

• Co-responsabilidade pela vida social, que implica em partilhar com os poderes públicos e diferentes grupos sociais, organizados ou não, a responsabilidade pelos destinos da vida coletiva.

São estes fatores que o professor necessita incentivar a cidadania e trabalhar o conceito de igualdade e democracia dentro da escola, assim pé evidente que a escola resulta ser um instrumento básico para o exercício da cidadania. Ela, entretanto, não constitui a cidadania, mas sim uma condição indispensável para que a cidadania se constitua.

Formar a razão de um povo significa tornar os indivíduos que o constituem aptos para compreender seus interesses e seus direitos e capazes de decidir conforme uma razão coletiva ou um ordenamento hierárquico de assembléias que comporiam um sistema racional de representação democrática. Formar a moral de um povo significa desenvolver as faculdades que possibilitarão aos indivíduos expressar a benevolência comum, adquirir idéias morais e apreço pela justiça. (SILVA, 2004, p.54-55)

Educação para a cidadania exige um projeto político, o projeto democrático. Cidadania caracteriza-se pela participação consciente dos cidadãos nas decisões e uma obediência consciente às normas democraticamente estabelecidas. Participação consciente e clara é o principal foco da cidadania.

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vinculados á escola devem ter conhecimento de toda decisão tomada pela gestão.

A democracia não se refere só à ordem do poder público do Estado, mas devem existir em todas as relações sociais, econômicas, políticas e culturais. Começa na relação inter individual, passa pela família, a escola e

culmina no Estado. Uma sociedade

democrática é aquela que vai conseguindo democratizar todas as suas instituições e práticas. (Bóbbio, 2002, vide site)

A autonomia e a democracia são aspectos primordiais para uma escola cidadã, uma escola com a participação da comunidade e de todos os atores que estão a sua volta, como professores, funcionários, alunos e pais, todos fazem parte de uma escola para todos, podem aproximar-se entre si criando vínculos com a escola e também exercer a participação em outros espaços sociais.

Falar em gestão democrática nos faz pensar em autonomia e participação. Pensar a autonomia é uma tarefa que se apresenta de forma complexa, pois se pode crer na idéia de liberdade total ou independência, quando temos de considerar os diferentes agentes sociais e as muitas interfaces e interdependências que fazem parte da organização educacional. A autonomia deve ser trabalhada, pois dentro da gestão democrática ela tem como objetivo somar possibilidades de soluções para tomada de decisão no coletivo.

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essencial para a melhor qualidade do funcionamento da instituição, pois se todos se integrarem para melhoria desta, todos serão beneficiados.

É a participação ativa e consciente na comunidade da qual tomamos parte que nos faz cidadão de fato.(GALLO,2004, p.136).

Os artigos 14 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional e 22 do Plano Nacional de Educação (PNE) indicam que os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica obedecendo aos princípios da participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola e a participação das comunidades escolares e locais, em conselhos escolares.

Podemos ressaltar que a democracia na escola por si só não tem significado, mas ligada a uma percepção de democratização da sociedade faz sentido. Por isso é fato que a escola democrática é uma escola cidadã, pois a

democracia faz parte do ser cidadão.

Neste sentido, a regra legal abre espaço para a autonomia dos indivíduos federados encaminharem a gestão democrática para além do que está definido na Constituição e na LDB. É também preciso, considerar como sendo pertencentes à gestão democrática, os artigos 12, 13 e 15 que implicam um trabalho em equipe de toda a comunidade escolar.

A gestão democrática na educação é, ao mesmo tempo, transparente, autônoma, participativa, coletiva, representativa e competente.

Diante do objetivo estabelecido pela educação em busca da democracia, é primordial que o gestor seja politizado, no sentido de ter bem claro seu papel de “referência” de educador, o gestor deve ter experiências passadas que o façam trabalhar bem em relação a todos os âmbitos do sistema escolar.

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enfrentando desafios cotidianos com entusiasmo , transformando a escola num lugar prazeroso para todos ,capaz de desenvolver em todos os atores da escola, individual e coletivamente a vontade saber, aprender e conhecer. Transformando assim,.o ambiente escolar, em um ambiente para todos, um ambiente da comunidade.

Dessa forma, a Gestão Democrática delegada responsabilidades, descentralizando o poder, dando espaço para todos os atores da escola atuarem e se envolverem nos projetos desta, consolidando parcerias comprometidas com a educação. Deste modo possibilita maiores incentivos para a comunidade escolar conscientizar-se da importância da cidadania e seus valores, engrandecendo as ações e ideais humanizadores.

A escola possibilita experiências de cidadania por meio de relações democráticas, na compreensão e análise de forma critica deve os problemas da vida, de si próprio e da sociedade em que nos encontramos, tornando á todos cidadãos participativos e conscientes.

Dessa forma a escola deve estar aberta a mudanças e ter uma gestão de autoridade compartilhada, onde todos podem dar suas opiniões e criticas e assim, compartilham das decisões. Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo. Os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo. (FREIRE, 1993,p.9)

A educação é um processo de emancipação humana, e ela deve estar vinculada com a participação coletiva da comunidade escolar, pois quanto mais partícipes existirem, mais democracia será feita e mais qualidade social de educação será oferecida, assim mais incentivo á cidadania será disposto e a formação de bons cidadãos será efetuada.

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Como já disse gestão democrática implica em escola cidadã, então podemos dizer que escola cidadã é uma escola onde todos estão ligados um ao outro a fim de uma educação onde qualquer lugar é lugar de aprender, onde a vivência do educando faz parte do saber, e as experiências compartilhadas são um bem comum, tendo interesse em aprender algo novo.

É necessário que o gestor garanta a participação das comunidades interna e externa, a fim de que assumam o papel de co-responsáveis na construção de um projeto pedagógico que vise ensino de qualidade para vida atual dos alunos, e para que isso aconteça é preciso preparar um novo diretor, libertando-o de suas marcas de autoritarismo redefinindo seu perfil, desenvolvendo características de coordenador, colaborador e de educador, Desse modo implementar um processo de planejamento participativo com representantes de parte da comunidade interna (diretor, vice-diretor, especialistas, professores, alunos e funcionários) e externa (pais, órgãos/ instituições, sociedade civil organizada, etc.).

Sou um homem de cabos sempre pregando”,

Lutando, como um cruzado, pelas causas que comovem. Elas são muitas, demais: a salvação dos

índios, a escolarização das crianças, a reforma

agrária, o socialismo em liberdade, a universidade necessária.

Na verdade, somei mais fracassos

que vitórias em minhas lutas, mas isso não importa. Horrível seria Ter ficado ao lado dos que

venceram nessas batalhas.(Darcy Ribeiro, 1997: p.515)”.

(36)

saber e cheio de novidades para todos. Uma escola onde a merendeira pode dar sua opinião sobre o ela quiser, onde o aluno pode mostrar o que tem de melhor, onde os pais podem participar mais da vida de seus filhos e também da vida ativa da escola. Hoje eu tenho o conceito de que escola cidadã é uma escola viva, cheia de sonhos para saírem de caixinhas, cheia de idéias para serem ouvidas e vistas, cheias de calor humano, para isso tomar a frente de um simples aluno e o tornar um cidadão.

Um cidadão não nasce simplesmente cidadão, mas ele deve ser guiado por alguém que tenha uma consciência cidadã para formar-se um cidadão consciente, ativo e solidário. Por isso a escola deve ter um projeto onde se combate as desigualdades e se promove a construção do bem comum com a comunidade escolar, dando ênfase à reconstrução do conhecimento, do auto conhecimento e da vida humana.

A escola cidadã oferece um currículo aberto à diversidade ou à sensibilidade para as diferenças dos alunos, para que todos aprendam quem são os outros e quem eles mesmos são.

Sou um só, mas ainda sou um, não posso fazer tudo, mas ainda posso fazer alguma coisa, e não é porque não posso fazer tudo que vou deixar de fazer o que posso. (HALE, E.E, in MONTEIRO., 2008,vide site)

Ressaltando a importância da colaboração de toda a comunidade escolar, a escola cidadã precisa de um vinculo com todos os presentes na escola, porque para ser cidadão é preciso viver em comunidade, é preciso estar atento a tudo que acontece em sua sociedade e participar ativamente dos problemas desta.

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Segundo Marchesi (2001) a escola cidadã acredita que a adversidade dos alunos é uma fonte de enriquecimento mútuo, de intercâmbio de experiências, que permite conhecer outras maneiras de ser e de viver e que desenvolve atitudes de respeito e de tolerância.

Somos iguais, e ao mesmo tempo temos nossas diferenças, a escola cidadã visa unir essas diferenças e igualdades para beneficiar á todos, fazendo do espaço escolar e de tudo o que o permeia um ambiente em que os conflitos sejam identificados e trabalhados promovendo um convívio humanizador.

Acredito que se no ambiente escolar houver busca de harmonia, tranqüilidade, tolerância entre outros valores relevantes como estes, é possível formar os alunos desta, cidadãos de bem e com certeza há grandes possibilidades dessa cidadania plena dentro da escola, sair desta e penetrar em muitos outros ambientes, proporcionando a igualdade e gerando cidadania em todos os lugares aonde estes cidadãos trilharem seus caminhos.

.

(38)

III. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.

Este é um trabalho de natureza teórico prática que se fundamenta num levantamento bibliográfico sobre o tema e na legislação que lhe dá suporte.

Em caráter complementar realizou-se também um estudo exploratório colhendo dados de campo, por meio de um questionário.

Este instrumento contém questões abertas apropriadas para gestores e professores (vide anexo III) e também questões abertas voltadas para pais (vide anexo IV).

A construção dessas questões foram feitas tendo em vista conhecer a visão sobre a importância da cidadania na região e para as pessoas que as responderam. As respostas subsidiarão a análise se é possível criar uma escola cidadã na região e quais as possibilidades de seu êxito.

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IV. PESQUISA DE CAMPO

Como foi indicado no capítulo anterior apresento a seguir os dados colhidos á partir de questionários propostos para gestores, professores e pais.

A forma encontrada para a apresentação dos dados é a de dois quadros em que numa estão descritos os dados obtidos dos sujeitos gestor/ professor e na outra os dados obtidos dos sujeitos pais.

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1.Apresentação dos dados.

Quadro 1: Respostas ás questões abertas para Gestores e Professores.

Questões /

Sujeito 1. Qual o seu conceito sobre Cidadania?

Sujeito 1 (professor)

Cidadania é uma condição que o ser humano conquistou ao longo do tempo. Condição esta de estar inserido em uma sociedade e em seu contexto social, podendo ou não atuar e participar do desenvolvimento desta.

Sujeito 2 (professor) Ser cidadão é ser honesto, é ter garra de querer vencer e combater a desigualdade, estar em meio à sociedade, fazer valer de seus direitos e deveres. O cidadão tem de ser consciente das suas responsabilidades enquanto parte integrante de um grande e complexo que é a coletividade, a nação, o Estado, para cujo bom funcionamento todos têm que dar sua parcela de contribuição. Somente assim se chega ao objetivo final, coletivo: a justiça em seu sentido mais amplo, ou seja, o bem comum.

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Continuação do Quadro 1

Sujeito 4 (gestor) Cidadania é o direito das pessoas em participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Uma pessoa que não tem cidadania está marginalizada, ou seja, é uma pessoa excluída da vida social, portanto, não toma decisões, ficando inferiorizada no grupo social.

Todos nós devemos construir novas relações, e temos que ter consciência de nossos atos, tanto na vida social como pública.

(42)

Continuação do Quadro 1.

Questões/

Sujeito 2. Qual o seu conceito sobre a Gestão Democrática?

Sujeito 1 (professor)

Pode ser entendido como uma gestão onde conta-se com o apoio, opinião e participação de pessoas que estejam direta ou indiretamente ligadas a uma instituição social ou sociedade.

Sujeito 2 (professor) Existem alguns principios para Gestão Democrática: Descentralização: A administração, as decisões, as ações devem ser elaboradas e executadas de forma não hierarquizada.

Participação: Todos os envolvidos no cotidiano escolar devem participar da gestão. Transparência: Qualquer decisão e ação tomada ou implantada tem que ser de conhecimento de todos

Sujeito 3 (gestor) Que todos devem exercer e fazer aquilo que é melhor para a coletividade.

Sujeito 4 (gestor) A gestão democrática nada mais é do que a participação ativa de todos os envolvidos no dia a dia da escola.

Devem participar da gestão os diretores, professores, estudantes, funcionários, pais e responsáveis.

(43)

Continuação do Quadro 1

Questões /

Sujeito 3.Aonde o âmbito de Gestão Democrática, pode estar vinculado com a prática de cidadania na escola?

Sujeito 1 (professor) Tendo em vista a participação de todos nas decisões como na formulação de políticas educacionais; no planejamento; na tomada de decisões; na definição do uso de recursos e necessidades de investimento; nos momentos de avaliação da escola e da política educacional. Enfim, a atuação efetiva dos alunos em questões de gestão da escola. Sujeito 2 (professor) A Gestão Democrática é formada por alguns

componentes básicos: Constituição do Conselho escolar; Elaboração do Projeto Político Pedagógico de maneira coletiva e participativa; definição e fiscalização da verba da escola pela comunidade escolar; divulgação e transparência na prestação de contas; avaliação institucional da escola, professores, dirigentes, estudantes, equipe técnica; eleição direta para diretor(a);

Sujeito 3 (gestor) Trabalhar com projetos que influenciem a criança a pensar no grupo, na coletividade e não ser tão individualizada, de uma forma que todos possam dar sua opinião.

Sujeito 4 (gestor) A palavra de ordem atual passou a ser comunidade.

O Plano político Pedagógico deve ser elaborado através de construção coletiva e que além da formação deve haver o fortalecimento do conselho escolar.

(44)

Continuação do Quadro 1

Questões /

Sujeito 4.Qual a importância dos atores da escola (funcionários, professores, gestores, alunos, pais e comunidade) participarem ativamente da proposta da escola pela ação em relação á cidadania, na sua opinião?

Sujeito 1 (professor)

Uma questão muito importante é a participação. Participação esta que vai do planejamento da escola, execução e avaliação, ou a participação em que pudesse apenas convidar a comunidade para eventos ou para contribuir na manutenção e conservação do espaço físico. Também desta maneira atuante que estarão exercendo sua cidadania dentro da escola. Sujeito 2 (professor) Um dos maiores desafios da vida é descobrir

como viver com responsabilidade e respeito aos outros. Ou seja, com cidadania. Com isso a participação dos atores da escola é suma importância.

(45)

Continuação do Quadro 1.

Sujeito 4 (gestor) É de suma importância que todos os envolvidos na escola tenham uma participação ativa. A gestão democrática é um processo que implica mudanças no ambiente escolar, tem que ser um trabalho associativo e cooperativo em tomadas de decisões, sendo que o resultado de todo esse esforço e dedicação resultará num ensino de qualidade.

(46)

Continuação do Quadro 1. Questões/

Sujeito 5. Como trabalhar a cidadania na educação infantil?

Sujeito 1 (professor)

Desde bem pequenos as crianças aprendem a observar a postura e atitude do outro, seja um amigo, professor, pai, mãe. São nessas atitudes cotidianas que as crianças se espelham para formar sua estrutura social. Tendo isso como base, acredito que desde a Educação Infantil podemos pensar em um trabalho com cidadania, mas que isto seria um trabalho completamente ligado à rotina das crianças. Diariamente convidando as crianças a participarem do desenrolar da rotina, na escolha de um livro, de uma brincadeira, do cuidado e organização com o espaço e o respeito com o próximo. Dessa maneira acredito que aos poucos vamos formando crianças pensantes e com autonomia para lá na frente se tornarem cidadãos atuantes dentro de uma sociedade.

Sujeito 2 (professor) É na educação infantil e nas primeiras séries do Ensino Fundamental que se constrói a relação de amor e/ou ódio entre as crianças e a escola. Trabalhos bem realizados nesta fase da educação dão aos educando a solidez e a confiança necessárias para que nas etapas posteriores se consolide, para cada um desses alunos, uma formação da melhor qualidade e cidadania.

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Sujeito 3 (gestor) Saber respeitar o outro, conviver com aquele que é diferente dele, seja por sua cor, o estilo do cabelo, etc. isto pode ser feito através de histórias que mostrem as diferenças (menina bonita do laço de fita) etc.

Sujeito 4 (gestor) As crianças não devem estar excluídas do mundo em que vive, ainda mais, estar fora da cultura na qual está inserida.

A escola é o primeiro meio social que um ser convive, portanto, devem fazer parte deste espaço de conhecimento, priorizando sempre o respeito, a educação e a honestidade.

É importante o conceito de família. Percebo que é algo que está se perdendo e temos que resgatar, pois é à base de tudo. A criança precisa sentir-se amada e segura.

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Quadro 2: Respostas ás questões abertas para pais:

Questões/ Sujeito

1.Qual o seu conceito sobre Cidadania?

Sujeito 1 (escola particular) É o que todos as pessoas jovens e adultos deveriam aprender desde de seu primeiro ano na escola e ter consciência de seus atos Sujeito 2 (escola pública) Cidadania são os direitos e deveres que você

tem que exercer na cidade, bairro ou país em que vive, respeitando leis.

Questões/ Sujeito

2. Você acha que a escola do seu filho o prepara para ser um cidadão?

Sujeito 1 (escola particular) Sim.

Sujeito 2 (escola pública) A escola do meu filho contribui para que ele possa ser um cidadão, pois mais importante que a escola é a educação que os pais dão em casa.

Questões/ Sujeito

3. Você acha importante trabalhar com a educação infantil os valores e a importância da sociedade em que vivem?

Sujeito 1 (escola particular Muito importante, para mim é a base de qualquer educação.

(49)

Continuação do Quadro 2. Questões/

Sujeito

4.Você estar á par dos acontecimentos e participa do cotidiano da escola do seu filho?Comente:

Sujeito 1 (escola particular Sim, atividades como coleta de lixo reciclável e conscientização.

Sujeito 2 (escola pública) Sim, e eu incentivo o meu filho a participar. Questões/

Sujeito

5.O que o incentiva a participar ou não das atividades propostas pela escola?

Sujeito 1 (escola particular Principalmente atividades que envolvam a família e amigos.

(50)

2. Análise dos Quadros.

2.1.Professores/ Gestores

Posso analisar as respostas como um grande auxilio para o plano de intervenção que é a construção da Escola de Educação Infantil Mundinho Cidadão.

Observei nas respostas que a maioria de professores e gestores estão ligados aos acontecimentos do mundo globalizado e estão dispostos a transformar seus alunos, incentivando a prática da cidadania. Todos acham fundamental o incentivo desta e promovem isso na educação.

Todos os sujeitos que responderam o questionário de perguntas abertas souberam falar com clareza sobre cidadania e gestão democrática e me trouxeram mais subsídios para o Projeto da escola cidadã que tenho em vista construir.

Ressalto uma resposta que me incentivou a continuar esse caminho: Ser cidadão é ser honesto, é ter garra de querer vencer e combater a desigualdade, estar em meio à sociedade, fazer valer de seus direitos e deveres. O cidadão tem de ser consciente das suas responsabilidades enquanto parte integrante de um grande e complexo que é a coletividade, a nação, o Estado, para cujo bom funcionamento todos têm que dar sua parcela de contribuição. Somente assim se chega ao objetivo final, coletivo: a justiça em seu sentido mais amplo, ou seja, o bem comum.

(51)

2.2 Pais

Foi fundamental a participação dos pais nesse questionário, pois são eles os maiores interessados na educação de seus filhos, e crianças conscientes e criticas, com certeza, serão filhos e cidadãos que contribuem para a transformação do mundo.

Entrevistei pais de classes sociais muito diferentes, que tem seus filhos em escola pública e particular e as respostas foram às vezes diferentes.

Observei que para os pais, o que mais importa é que seu filho aprenda na escola “valores” e principalmente como contribuir para a transformação de seu meio, ou seja, como ajudar a mudar o mundo.

Observei também que na escola pública citada pelo sujeito que me respondeu as questões, a cidadania e a gestão democrática estão em defasagem, e que há muito a fazer ainda. Já na escola particular, há um trabalho mais especifico e intenso, para o incentivo da cidadania e que os pais tem muito mais acesso ao que acontece na escola.

(52)

3. Considerações gerais.

A análise das respostas do questionário aberto, tem como objetivo , subsídios para o plano de intervenção que consiste na construção da Escola de Educação Infantil Mundinho Cidadão.

Observei que os gestores e professores estão preparados para trabalhar com a cidadania, porém os pais não estão ligados ao que está acontecendo, não estão informados das mudanças e da importância da cidadania para a educação infantil, já que é primordial nos primeiros anos em contato com o mundo, saber e exercer seus direitos e deveres.

Observei que a formação dos gestores e professores está bem articulada com o tema, escolhi fazer essa pesquisa com esses sujeitos, porque acredito que eles são os maiores articuladores e incentivadores da cidadania na escola, o gestor pela democracia e autonomia que deve dar a todos os atores presentes na escola e o professor por ser a bússola que orienta o caminho para chegar na cidadania plena. Para os pais porque são os maiores interessados que seus filhos tenham uma educação que incentiva a pratica da cidadania.

Os pais estão em defasagem, acho que falta mais participação na escola e na vida escolar de seus filhos, e também mais informação para uma melhoria na educação para a cidadania na escola onde seus filhos estudam.

Analisando esses dados concluo que a escola cidadã, é uma grande incentivadora para a conquista da cidadania e da gestão democrática, pois elas devem andar lado a lado para uma escola cidadã ser completa, cidadania plena só existe com democracia plena.

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V. Plano de Intervenção

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2. Projetos de trabalho

Idéias–chave de projetos a serem desenvolvidos junto com a coordenação pedagógica e os professores.

O que se pretende é que o aluno não sinta diferença entre a vida exterior e a vida escolar, por isso os projetos devem ser próximos a vida (HERNANDEZ,1998,p.67)

Horta cidadã

Consiste em desenvolver hortas comunitárias para atendimento das diversas comunidades, impulsionando a cidadania ambiental, doando o que for plantado para a comunidade e usando esses alimentos para a refeição das crianças. Também colocando a alimentação saudável, com ajuda de um nutricionista no cardápio dos alunos.

Dia da cidadania

Um dia por mês, arrecadar doações da comunidade escolar (como roupas, mantimentos, brinquedos) de pais, alunos, professores, vizinhos da escola, para doarmos para uma comunidade mais carente e necessitada.

Festas cidadãs (festa junina, dia da família, festa de natal, etc).

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Arte cidadã

É a arte de reciclar, integrando e investindo na cidadania ambiental, fazendo com que o aluno/ a criança, tenha zelo pelo seu mundo, colocando em pratica a educação ambiental.

Mundinho cidadão

Trabalhar os valores mais importantes, dando atenção às relações humanas, colocando em prática essas palavras chave.

As seis palavras mais importantes: eu admito que eu cometi um erro. As cinco palavras mais importantes: Você fez um bom trabalho. As quatro palavras mais importantes: Qual é a sua opinião? As três palavras mais importantes: Se você puder...

As duas palavras mais importantes: Muito obrigado. A palavra mais importante? Nós

A palavra menos importante: Eu

Transformando o aluno em um cidadão educado e tendo em vista o respeito ao próximo.

Mundo mais bonito

Tem como objetivo, falar e produzir o mundo a ser explorado, com visitas ao zoológico, a nascente de um rio e há lugares onde se vê a natureza do jeito que ela é, incentivando as crianças a cuidarem desse mundo onde a maioria delas, por morarem na cidade, desconhecem nos primeiros anos. E após as visitas alertar os alunos de como é importante cuidar da natureza, assim os incentivando a tratar melhor o seu planeta, colocando em pauta importantes temas como não desperdiçar água, não maltratar os animais, jogar o lixo no lixo, não desperdiçar energia, etc.

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3.Proposta Pedagógica

I-Identificação da Escola e da Mantenedora

A escola de Educação Infantil Mundinho Cidadão S/C LTDA, localizada á Rua República do Líbano, XXX, bairro Jd. São Luís, Santana de Parnaíba, São Paulo, telefone XXXX - XX-XX, autorizada a funcionar por DRE e registrada no cartório X, sob n° XXXXXXXX livro A n° 01, encontra-se sob jurisdição da Delegacia Regional de Educação- DRE.

A Escola de Educação Infantil Mundinho Cidadão S/C LTDA, está registrada no CNPJ n° XXXXXXXXXXXXXXX, sob o n° XXXXXXXX do registro civil de pessoas jurídicas.

II- Diagnóstico prévio da clientela

A escola está situada em um bairro residencial de classe média alta, mas beirado á uma favela, cercado também por padarias e um hospital.

A clientela são crianças residentes do bairro, de classe media, classe media alta e crianças de baixa renda que receberão bolsas de estudo.

A Escola de Educação Infantil Mundinho Cidadão está situada em um bairro onde não há nenhuma outra escola de educação infantil particular, num raio de 6 km.

A escola atende crianças de 1 ano e meia á 6 anos, dentro de uma proposta diferenciada de ensino (concepção construtivista de ensino-aprendizagem baseada no principio de que, a criança interpreta a informação proveniente do meio através de esquemas e estruturas prévias, dando ênfase aos aspectos cognitivos, emocionais e sociais e tem como maior objetivo incentivar a cidadania e todos os valores em que nela compreendem.

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Criaremos condições de a criança estar sempre presente no cotidiano de sua comunidade incentivando a solidariedade e a justiça, educando o aluno a visionar o mundo como ele deve ser e tratá-lo como ele deve ser tratado.

Para isso todas as salas terão 1 professora e 1 auxiliar de desenvolvimento infantil planejando e desenvolvendo projetos junto com os outros professores, gestores e coordenadores para a inter e transdisciplinaridade, abordando várias outras áreas como artes, matemática, linguagem, natureza e sociedade.

O agrupamento dos alunos será feito pela faixa etária e desenvolvimento do aluno:

• Maternal (1 ano e meio á 2 e meio) • Pré-escola I (3 anos)

• Pré-escola II (4 anos) • Pré-escola III (5 anos) • Pré Alfabetização (6 anos)

A divisão dos alunos pela faixa etária, serão em classes especiais e preparadas para os mesmos, tem como objetivo atender as crianças a partir dos interesses e necessidades especificas de cada fase. Porém existirão trocas entre crianças de diferentes idades para um maior envolvimento social entre os alunos.

Cada sala terá no máximo 15 alunos, e nas salas de Maternal e Pré Escola I, o número máximo será de 12 alunos.

Visando o Objetivo geral e os conteúdos indicados no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, para crianças de 1 ano e meio á 6 anos, a escola desenvolverá seu currículo por meio de projetos que serão feitos por todos os atores da escola.

(60)

cidadania e o desenvolvimento psíquico, motor, emocional e social da criança.

(61)

4. As classes

As classes estarão divididas por faixa etária, porém todos estarão relacionando-se uma com as outras.

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5.Calendário Escolar

O calendário da Escola de Educação Infantil Mundinho Cidadão será planejado de acordo com o Calendário Nacional.

Farão parte do calendário as seguintes informações:

1. Reunião pedagógica

2. Dia de concreto trabalho na escola 3. Feriados

4. Recesso escolar 5. Férias

6. Ponte

7. Reunião de pais

FEVEREIRO

09 E 10 Reunião Pedagógica

11 Reunião de pais e professores 24 á 27 Carnaval

MARÇO

21 Dia da eliminação da discriminação 22 Dia Mundial da Água

ABRIL

09 Festa da Páscoa

10 Sexta-Feira Santa 11 Sábado de Aleluia

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MAIO

01 Dia do Trabalho

15 Comemoração do dia da família

JUNHO

04 Dia internacional das crianças vítimas inocentes de agressão

05 Comemoração do dia Mundial do Meio Ambiente

11 Feriado do Corpus Christi 15 Dia Mundial da Cidadania

19 Comemoração do Dia Mundial da Cidadania

26 Último dia de aula do primeiro semestre

29 Reunião de Pais e professores

30 Reunião pedagógica e fechamento do semestre

JULHO

01 Férias

AGOSTO

01 Reunião Pedagógica

03 Volta ás aulas

07 Dia internacional da educação 28 Comemoração do dia da família

SETEMBRO

07 Independência do Brasil

08 Dia Internacional de Alfabetização 11 e 12 Feira Cultural

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12 Dia de Nossa Senhora Aparecida 13 Á 16 Semana da Criança

23 Luta contra o desarmamento/Debate com pais, alunos e professores.

NOVEMBRO

02 Dia dos Finados

15 Proclamação da República

27 Comemoração da festa “ Ser cidadão”

DEZEMBRO

09 Último dia de aula do segundo semestre 10 Festa de encerramento

11 Visita a uma instituição de caridade e reunião de pais

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6. Regimento escolar

TÍTULO I DA CARACTERIZAÇAO E IDENTIDADE

Capítulo I

Da caracterização.

Art.1° - A Escola de Educação Infantil Mundinho Cidadão S/C LTDA, fundamenta-se nos termos da legislação federal e municipal e respeita as normas emanadas pela delegacia CME 03/97 E IND.CME 04/97, será regulamentada pelo seguinte regimento.

Capítulo II

Da Identificação

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