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Ens. Pesqui. Educ. Ciênc. (Belo Horizonte) vol.16 número1

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Academic year: 2018

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EDITORIAL

Prezados leitores e colaboradores,

Em nosso número anterior (vol. 15, n. 3) o editorial destacou os crité-rios para a avaliação de um relato de pesquisa e o compromisso da revista com os pareceres. Entendemos que os pareceres oferecem aos autores um retorno construtivo do texto que representa a pesquisa tanto nos casos em que o artigo é aceito quanto nos casos em que é recusado. Nesse editorial, além de apresentar os artigos publicados, ressaltamos nosso compromisso com a pesquisa em torno da formação de professores.

No inal da década de 1980 e início da década de 1990, vimos lorescer um movimento positivo de organização de eventos, em torno do objeto “formação de professores”, que tem contribuído para fazer avançar os conhecimentos dessa área. Aliada a isso, a pesquisa na área da formação docente tem crescido quantita-tiva e qualitaquantita-tivamente nestas últimas décadas. Além disso, ela tem evidenciado a formação inicial, a formação continuada, os saberes docentes, a proissionalização, os currículos, entre outras linhas importantes. Isso sinaliza para um processo de constituição de um campo de estudos. No entanto, ainda há muito a aperfeiçoar na pesquisa para que haja uma contribuição efetiva na coniguração do campo. Embora os estudos apontem caminhos importantes para melhorar a formação de professores, a realidade nos mostra que ainda há muito a percorrer.

Quando nos voltamos aos professores da área de ciências, temos outros fato-res permeando essa formação. Para algumas instituições formadoras, talvez a questão crucial esteja em torno da responsabilidade sobre a formação inicial e continuada de professores. Em certos casos, cria-se uma tensão entre as faculdades de educação e os institutos especíicos. De quem seria a responsabilidade efetiva de uma formação mais sólida e consistente? A resposta parece simples: de ambos. Assumir e vivenciar com seriedade e coerência a tarefa de formar bons professores se situa em um campo complexo, de luta e de diversidades culturais. Mas, é um desaio encantador!

As Diretrizes Nacionais para a formação de professores apresentam ele -mentos importantes para que possamos reletir sobre essa construção e encontrar caminhos que possibilitem uma formação sólida e atual. Além da legislação, há uma demanda social por uma educação de qualidade, que aponta para uma neces-sária melhoria na formação de professores. Formar professores e pesquisar essa formação nos permite perceber as potencialidades e os limites daquilo que propo-mos, ampliando as possibilidades de atuação e de mudança.

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A revista Ensaio - Pesquisa em Educação em Ciências tem dedicado um ex-pressivo espaço para trabalhos sobre a formação de professores da área de ciên -cias, com uma média de dez artigos anuais, nos últimos três anos. Essa pesquisa aparece de diferentes modos: como investigação de ambientes de formação; como estudos sobre pensamentos, concepções, representações, discursos de professo-res; como trabalhos relacionados às práticas e estratégias docentes em sala de aula. Temos, ainda, textos que tratam de políticas públicas de formação e das questões da escolha, evasão e construção de identidades docentes nos cursos de formação, nos estágios e no trabalho cotidiano nas escolas. Além disso, esses trabalhos, algu -mas vezes, têm a intenção de fornecer material empírico e teórico para a formação docente, inicial e continuada. Com isso, acreditamos que a revista contribui na construção de um panorama geral sobre o cenário da proissão docente no Brasil e no aprimoramento da própria pesquisa em formação de professores.

Uma necessidade que gostaríamos de ressaltar – entre tantas que já co -nhecemos – é a de intensiicar o nosso diálogo com as pesquisas sobre formação de professores no campo da educação em geral e com os estudos/levantamentos sobre a docência na educação básica no Brasil, amplamente presentes na literatura. Neste número da Ensaio - Pesquisa em Educação em Ciências apresentamos quatro trabalhos envolvendo a formação de professores. Esses trabalhos exploram a concepção de professores em formação na área de meio ambiente, em Portugal; as concepções de professores em Educação de Jovens e Adultos (EJA) sobre o papel social da Química e de como ela é ensinada; o pensamento docente espontâneo de professores de Química em formação; e um estudo de caso de identidade docente na formação inicial. Além dos trabalhos citados sobre formação de professores, há um estudo envolvendo a ocupação dos egressos de cursos de licenciatura em Biologia no mercado de trabalho, com ênfase em ser ou não ser professor.

Três artigos publicados envolvem o ensino e a aprendizagem, sendo um deles construído a partir de um clube de ciências, outro a partir da leitura de um conto e o terceiro a partir das representações escolares de povos indígenas. Dois outros trabalhos envolvem questões ambientais, um deles enfatizando a construção de signiicados a partir de fotograias e o outro a pesquisa ressigniicando a prática em escolas do campo. A ética e como ela é entendida por professores ao tratarem de um tema polêmico e um estudo teórico envolvendo a Teoria da Atividade fe-cham este número.

Desejamos uma boa leitura a todos!

Ana Luiza de Quadros Editora Adjunta

abril de 2014

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