D e S C O N S T r U Ç ã O
Desconstrução
é a primeira coleção doProjeto Fusões e Inserções . Essa coletânea foi pautada pela ideia de provocar um olhar crítico e propositivo para os artesãos em relação aos produtos por eles produzidos, às técnicas executadas e até em relação ao contexto onde vivem.
Em parceria com designers novos produtos surgem da desconstrução dos padrões repetidos e pela inserção de elementos vislumbrados por meio de uma outra percepção que se estabelece. Surgem propostas de desenhos, de combinações de cores e temas totalmente inusitados para produtos que eles já confeccionavam como, por exemplo, almofadas e redes. A Coleção 01 resulta num portfolio de produtos contemporâneos, feitos à mão, que contam histórias e garantem a permanência de um patrimônio, tão brasileiro.
Estão representados nessa coleção aproximadamente 120 artesãos, que integram cinco organizações coletivas situadas no sertão de Alagoas e Sergipe: Cooperativa dos Artesãos de Ilha do Ferro – Art-Ilha, Associação dos Bordados de
Entremontes, Associação dos Artesãos do Município de Poço Redondo, Associação da Cultura Artesanal de Poço Verde, Cooperativa das Bordadeiras de Sítios Novos – Um sonho a Mais.
Os produtos são elaborados a partir da parceira entre essas organizações artesanais, que dominam técnicas centenárias de
bordados, rendas e tecelagem, e os designers Guilherme Leite Ribeiro e André Bastos, do Estúdio Nada Se Leva.
REDENDÊ e PONTO CRUZ
A “renda de dedo” ou redendê é uma herança portuguesa que se estabelece nas comunidades ribeirinhas do Rio São Francisco, provavelmente em torno do século XVIII. Com linha, agulha, bastidores, as mulheres bordam sobre o linho, criando desenhos geométricos com nomes variados. Para que surjam os desenhos, é preciso a contagem paciente dos pontos a partir dos fios do tecido. Depois de bordado, o tecido de linho, preso em um bastidor, é então desconstruído com a ajuda de tesoura, que retira o centro do bordado e acrescenta o vazado ao redendê.
BOA NOITE
Uma variação do redendê, o boa noite é uma reinvenção peculiar das bordadeiras de Ilha do Ferro, comunidade ribeirinha do Rio São Francisco. As flores nativas desta localidade, especialmente a flor
denominada boa-noite, servem de inspiração para os bordados aplicados sobre os fios
desfiados do linho.
RENDA DE BILRO
A “renda de almofada” ou renda de bilro tem sua origem
disputada entre a Itália e a região de Flandres e um dos caminhos de difusão no Brasil foi através da bacia do São Francisco. Com almofadas, bilros, piques (moldes em papelão), alfinetes , fios de linha e tesoura, as rendas são tecidas.
O número de bilros numa almofada depende da largura e da complexidade da renda que está sendo executada.
TECELAGEM MANUAL e CROCHÊ
A tecelagem artesanal em tear de pedais de Poço Verde teve início há aproximadamente 55 anos, quando muda-se para o povoado de Amargosa, onde está a associação, Maria Filha de Jesus (Dona “Fiinha”), artesã que desde menina tecia. O trabalho de tecelagem se divide em quatro fases: urdir,
entranhar no tear, tecer e dar acabamento.
Associação dos Bordados de Entremontes (Piranhas – AL) Cooperativa das Bordadeiras de Sítios Novos – Um sonho a Mais. (Poço Redondo – SE)
Associação da Cultura Artesanal de Poço Verde Associação dos Artesãos do
Município de Poço Redondo
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Cooperativa dos Artesãos de Ilha do Ferro – Art-Ilha
Associação dos Bordados de Entremontes Piranhas / AL
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Foto Chico Bicalho
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Cooperativa das Bordadeiras de Sítios Novos – Um Sonho a mais
Poço Redondo / SE
Foto Chico Bicalho
Cooperativa dos Artesãos de Ilha do Ferro – Art-Ilha Pão de Açúcar - AL
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Associação da Cultura Artesanal de Poço Verde
Poço Verde / SE
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Associação dos Artesãos do Município de Poço Redondo
Poço Redondo / SE
Foto Chico Bicalho
Ilha do Ferro – Foto Chico Bicalho
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Foto Chico Bicalho
Ilha do Ferro – Foto Chico Bicalho
Ilha do Ferro – Foto Chico Bicalho
*Por se tratarem de técnicas artesanais, os produtos podem apresentar pequenas variações em sua composição, o que representa a personalidade de cada artesão e a evolução constante de nossos produtos.
Fusões e Inserções
Fusões e Inserções é um projeto de tecnologia social, concebido e implantado pelo Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação – IPTI, em parceria com o SEBRAE Nacional e também o Governo do Estado de Sergipe. O objetivo é consolidar uma metodologia de inovação para o setor do artesanato a partir não só do design, mas do aprimoramento técnico, do acesso às tecnologias e, principalmente, do direcionamento criativo e de produção guiados por um processo fundamentado em conhecimento especializado e científico.
Execução | Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação - IPTI Parceria| SEBRAE Nacional e Governo do Estado de Sergipe Direção Técnica | Renata Piazzalunga
Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação – IPTI
É uma instituição de ciência, tecnologia e inovação, privada, sem fins lucrativos. Criada em 2003, com o propósito de aplicar métodos técnico-científicos na resolução de problemas ligados às áreas de educação, saúde e economia criativa, por meio de uma atuação sistêmica e evolutiva e da interconexão de conhecimento entre arte, ciência e tecnologia.
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Foto Chico Bicalho