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A estratégia SOBANE. Guias de Identificação, Observação e Análise relativos a ambientes térmicos de trabalho

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A estratégia SOBANE

Guias de Identificação, Observação e Análise relativos a

ambientes térmicos de trabalho

Jacques Malchaire

Unité Hygiène et Physiologie du travail Université catholique de Louvain

Belgica

(2)

Prólogo ... 5

Introdução ... 6

Conceitos ... 6

1. A primazia da prevenção ... 6

2. Riscos ... 6

3. Postos de trabalho – Condições de trabalho – Situação de trabalho ... 6

4. Os conselheiros em prevenção e os peritos ... 7

5. As habilidades complementares... 7

6. Os trabalhadores atores da prevenção... 7

7. Os problemas globais... 7

8. A prevenção VS a avaliação dos riscos ... 8

9. PME ... 8

SOBANE estratégia de gestão de risco ... 9

1. Nível 1, Despistagem (Déparis) ... 9

2. Nível 2, Observação ...10

3. Nível 3, Análise ...11

4. Nível 4, Perícia ...11

Processo de implementação da estratégia SOBANE ...12

Nível 1 – Déparis ...13

1. Introdução ...13

2. Carta convite ...13

3. Aspectos que podem ser discutidos...15

4. O guia de diálogo Déparis ...17

1. Locais e áreas de trabalho ...17

2. Organização do trabalho ...17

3. Acidentes de trabalho ...18

4. Riscos elétricos e de incêndio ...18

5. Comandos e sinais ...19

6. Material de trabalho, ferramentas, máquinas...19

7. Posições de trabalho ...20

8. Esforços e manuseios de carga ...20

9. Iluminação ...21

10. Ruído ...21

11. Ambientes térmicos ...22

12. Higiene atmosférica ...22

13. Vibrações ...23

14. Autonomia e responsabilidades individuais...23

15. Conteúdo do trabalho ...24

16. Presões de tempo ...24

17. Relações de trabalho com colegas e superiores ...25

18. Ambiente psicossocial...25

5. Balanço ...26

6. Inventário das propostas de melhorias e dos estudos complementares a realizar ...26

Nível 2: Observação ...27

1. Introdução ...27

2. Procedimentos ...28

1. Descrição da situação de trabalho ...28

2. Temperatura do ar em cada zona de trabalho ...28

3. Umidade do ar em cada área de trabalho ...29

4. Radiação térmica ...30

(3)

7. Vestimentas para cada zona ou atividade ...32

8. Opinião dos trabalhadores ...32

9. Síntese ...33

Nível 3: Análise ...35

1. Introdução ...35

2. Procedimentos ...35

1. Informação complementar a respeito da sequência das atividades ...35

2. Medidas ou estimativas: com base nas observações realizadas por ocasião do nível 2 ...36

3. Risco atual ...36

4. Pesquisa de medidas de prevenção/melhorias ...36

5. Conclusiones ...37

Nível 4: Perícia ...38

Lista das fichas ...39

1. Fichas Observação ...39

2. Ficha Análise ...39

Ficha 1: Introdução geral ...40

Ficha 2: Melhorias técnicas ...41

Ficha 3: Carga de trabalho ...42

Ficha 4: Proteção individual ...44

Ficha 5: Efeitos ligados ao frio e ao calor ...45

Ficha 6: Legislação ...46

Ficha 7: Bebidas ...47

Ficha 8: Organização do trabalho ...48

1. Melhoria da tolerância corporal ...48

2. Programação das operações ...48

3. Otimização do ciclo trabalho/descanso ...48

Ficha 9: Melhorias técnicas ...49

1. Redução da temperatura do ar e da umidade...49

2. Redução da radiação térmica ...49

3. Melhoria da velocidade do ar ...50

4. Adaptação das vestimentas ...50

5. Carga de trabalho ...51

6. Pesquisa da eficácia das melhorias técnicas ...51

Ficha 10: Caracterização da umidade do ar ...52

Ficha 11: Carga de trabalho ...53

1. Introdução ...53

2. Principio e precisão ...53

3. Nível 1, Diagnóstico preliminar ...54

4. Nível 2, Observação ...56

5. Nível 3, Análise ...59

6. Nível 4, Perícia ...61

Ficha 12: Proteção individual ...62

1. Isolamento contra o calor ...62

2. Isolamento contra a radiação ...62

3. Isolamento contra a evaporação ...62

4. Proteção contra o frio ...62

5. Proteção hermética ...63

Ficha 13: Efeitos ligados ao trabalho no frio e no calor ...64

Ficha 14: Legislação ...65

1. Limites de tolerância para a exposição ao calor definidos com base do índice IBUTG. ...65

2. Recomendações: ...65

(4)

Ficha 15: Bebidas ...67

1. Evitar a desidratação:...67

2. Propor bebidas ...67

3. Instalar bebedouros de água fria a 10 -15°C próximo dos postos de trabalho. ...67

Ficha 16: Organização do trabalho ...68

1. Melhoria da tolerância fisiológica ...68

2. Programação das operações ...68

3. Otimização do ciclo trabalho-descanso ...68

Ficha 17: Controle médico ...69

1. Seleção dos trabalhadores ...69

2. Formação dos trabalhadores e dos encarregados...69

3. Controle médico periódico ...69

4. Monitoramento durante uma exposição ...69

Ficha 18: Recomendações para as medições ...71

1. Medição da temperatura do ar: ta (°C)...71

2. Medição da umidade do ar ...71

3. Medição da radiação térmica ...71

4. Medição da velocidade do ar: va (m/s) ...72

5. Medição da temperatura úmida natural: thn (°C) ...72

Ficha 19: Ordens de grandeza da radiação ...73

1. Radiação solar ...73

2. Radiação das máquinas ...73

Ficha 20: Índices de conforto térmico ...74

Ficha 21: Índice IBUTG ...76

Ficha 22: Indice Predicted Heat Strain (PHS) ...77

(5)

Prólogo

Estratégia SOBANE é uma estratégia para a prevenção dos riscos profissionais, que inclui quatro níveis de intervenção: o diagnóstico preliminar, monitoramento, análise por especialistas ou peritos.

Os Guias Observação, Análise e Pericia foram desenvolvidos para as seguintes áreas:

1. Local social

2. Máquinas e ferramentas manuais

3. Segurança (acidentes, quedas, escorregamento, etc.) 4. Segurança elétrica

5. Fogo e / ou explosão

6. Trabalho com terminais de vídeo 7. Lesões musculoesqueléticas (LME) 8. Iluminação

9. Ruído

10. Ambientes térmicos no trabalho 11. Produtos químicos perigosos 12. Agentes biológicos

13. Vibrações de corpo inteiro 14. Vibrações mão-braço 15. Aspectos Psicossociais

Esses guias foram desenvolvidos no âmbito de um projeto de investigação SOBANE financiado pelo Ministério do Trabalho belga e pelo Fundo Social Europeu, sob a direção do professor J. Malchaire, diretor da Unidade Higiene de Trabalho e Fisiologia da Universidade Católica de Louvain, na Bélgica.

O documento a seguir apresenta a estratégia de prevenção SOBANE aplicada à gestão dos ambientes térmicos. Ele apresenta o guia Déparis que constitui o primeiro nível da estratégia o Diagnóstico preliminar e, em seguida, os guias SOBANE que podem ser utilizados para os níveis de Observação e Análise.

Esses guias buscam maximizar o tempo e os esforços da empresa para tornar à situação de trabalho aceitável, independentemente da complexidade do problema encontrado. Incentivam o desenvolvimento de uma gestão dinâmica dos riscos e uma cultura de consenso na empresa.

Agradecimentos:

A todos os parceiros dos vários departamentos das empresas e todos os trabalhadores que contribuíram e participaram do projeto. Os contatos com essas empresas e a validação dos guias no local foram possíveis graças aos assistentes dos vários parceiros dos serviços externos de prevenção e proteção.

Para mais detalhes sobre a estratégia SOBANE, você pode visitar o website

(6)

Introdução

A diretiva Européia [1] exige que o empregador garanta a segurança e a saúde dos trabalhadores em todos os aspectos do trabalho, aplicando os princípios gerais de prevenção: evitar os riscos, avaliar aqueles que não podem ser evitados, combater os riscos na fonte, adaptar o trabalho aos trabalhadores, etc.

O objetivo deste documento é apresentar guias práticos, fáceis de usar e direcionados para trabalhadores, técnicos, supervisores e profissionais responsáveis pela prevenção, envolvendo todos os fatores técnicos, organizacionais e humanos que podem aumentar o risco de exposição. Estas ferramentas são projetadas para levar a soluções rápidas, práticas e econômicas.

Seguindo a filosofia da estratégia SOBANE é recomendado que as empresas enfrentem os problemas no contexto geral da situação de trabalho usando o guia de Despistagem Participativo de Riscos Profissionais (Déparis). Este guia permite revisar todos os riscos associados com as áreas de trabalho, a organização do trabalho, o ambiente e fatores psicossociais a fim de aperfeiçoar de forma consistente as condições de vida no trabalho.

Num segundo nível, este documento é utilizado para Observar em pormenor todos os aspectos relacionados com os ambientes térmicos, buscando todas as soluções concretas e simples. Em um terceiro nível, somente quando

necessário, o guia Análise pode ser usado com a assistência de um profissional competente em matéria de prevenção para identificar soluções mais sofisticadas e avaliar o risco residual.

Este documento é destinado não só aos profissionais de segurança e saúde dedicados à prevenção como os médicos do trabalho, os responsáveis pela segurança, ergonomistas, etc., mas também aos gerentes, supervisores responsáveis pela implementação de programas de prevenção e principalmente para os trabalhadores que estão vivendo esta prevenção.

As circunstâncias do trabalho podem ser muito diferentes de uma empresa para outra, ou mesmo de uma situação de trabalho para outra dentro da mesma empresa. Conseqüentemente, o prevencionista na empresa, a saber: o médico ou engenheiro de segurança do trabalho, juntamente com o coordenador, deve adaptar o guia de Despistagem (Déparis) e os guias de Observação e Análise (principalmente com relação à linguagem e ao conteúdo, até certo ponto) às características da situação de trabalho envolvida.

Para compreender bem esses guias, e antes da apresentação ao empregador, é essencial estar bem familiarizado com os princípios básicos da estratégia SOBANE. Estes princípios básicos são descritos abaixo.

Conceitos

1. A primazia da prevenção

A ênfase não é sobre a vigilância e proteção da saúde, mas sobre a eliminação e prevenção de riscos.

2. Riscos

O risco é a probabilidade (potencialidade) de um dano de certa gravidade (G) considerando a exposição (E) a um fator de risco, as circunstâncias (Ci) desta exposição e a influência pessoal (Ip) dos trabalhadores.

A redução eficaz do risco consiste agir de forma consistente sobre esses quatro constituintes: reduzir a exposição, melhorar as circunstancias (proteção coletiva), proteger os trabalhadores (proteção individual) e formá-los e motivá-los.

3. Postos de trabalho – Condições de trabalho – Situação de trabalho

As denominações "postas de trabalho" ou "condições de trabalho" fazem referência essencialmente aos aspectos dimensionais ou de ambiente de trabalho, enquanto que os aspectos organizacionais, as relações entre as pessoas, a distribuição das responsabilidades condiciona mais o bem-estar dos trabalhadores.

A expressão situação de trabalho faz, portanto referência ao mesmo tempo:

• A todos os aspectos físicos, organizacionais, psicológicos, sociais da vida no trabalho que são suscetíveis de ter uma influência sobre a segurança, a saúde e o bem-estar do trabalhador;

• Ao coletivo de trabalho, ou seja, ao conjunto das pessoas (trabalhadores, supervisores ou chefes diretos...) que dependem uns dos outros, interferem uns com os outros e formam uma pequena unidade funcional.

(7)

4. Os conselheiros em prevenção e os peritos

Os conselheiros em prevenção são: os responsáveis pela segurança, os médicos do trabalho, os higienistas industriais, ergonomistas, os conselheiros em questões psicossociais…, que receberam uma formação em segurança e saúde no trabalho e que desenvolveram uma motivação específica para reconhecer, prevenir, avaliar e reduzir os riscos.

Chamaremos peritos as pessoas, vindo em geral de laboratórios especializados, que dispõem das

competências e os meios metodológicos e técnicos para aprofundar um problema específico. Geralmente, não obstante, estas competências e meios são limitados a um aspecto específico: eletricidade, toxicologia, acústica, carga mental, problemas relacionais…

5. As habilidades complementares

É incontestável que o conhecimento do que se passa realmente na situação de trabalho vai diminuindo do trabalhador ao perito:

• O trabalhador sabe o que faz e o que vive (trabalho real);

• O contramestre, e a fortiori a direção da empresa, supõe saber o que o trabalhador faz (trabalho prescrito) e pensa saber o que ele vive;

• O conselheiro em prevenção interno da empresa conhece apenas os aspectos da situação de trabalho (geralmente os aspectos de segurança) que teve tempo de estudar;

• O médico do trabalho sabe o que pede e o que escuta (queixas) obtido através dos encontros com o

trabalhador e, em geral, o que vê, sente, entende (ruído) quando visita a empresa e no momento desta visita;

• O conselheiro em prevenção externo chamado para verificar uma situação ou ponto específico sabe o que lhe dizem e, de novo, o que vê, sente, escuta durante as 2 horas ou mesmo os dois dias que fica na empresa;

• O perito sabe apenas o que se relaciona com o problema pontual da sua competência.

Em contrapartida os conhecimentos em segurança, saúde e bem-estar aumentam do trabalhador ao perito:

• Os conselheiros em prevenção externos possuem, alguns, uma competência bastante geral, outros, mais específica.

• O perito é especialista em determinada matéria e ignora em geral muito de outras.

Parece, por conseguinte lógico considerar que os dois conjuntos de conhecimentos, da situação de trabalho e os princípios do bem-estar, completam-se e devem ser utilizados em complementaridade.

6. Os trabalhadores atores da prevenção

A prevenção necessita não somente de compreender a situação de trabalho, mas em conhecê-la.

Logo, os trabalhadores e seus chefes diretos devem ser os atores principais - e não apenas os objetos nem os assistidos da prevenção e devem ser considerados como tal por todos os intervenientes conselheiros em prevenção.

Os trabalhadores e seus chefes diretos não são desta forma apenas a fonte de dados para os que, competentes, se encarregam de ouvi-los, compreender o seu trabalho, analisar, interpretar e tirar as conclusões e as medidas de prevenção. São reconhecidos como os que sabem, não somente os que “vivem”, mas igualmente os que “querem”.

7. Os problemas globais

Os trabalhadores “vivem” as suas situações de trabalho como um todo e não como um conjunto de fatos distintos e independentes: o ruído influencia as relações; a organização técnica entre postos influencia o risco de lesões musculoesqueléticas; a divisão das responsabilidades influencia o conteúdo do trabalho, os acidentes...

Assim que as situações mais graves forem eliminadas, um problema específico pode ser isolado e, por conseguinte regulado de maneira duradoura independentemente do contexto. Desta forma uma capacitação sobre movimentação de cargas ou uma ação sobre o estresse pode resultar em malogro se não for precedida ou acompanhada de uma revisão das máquinas, da organização do trabalho, do ruído…

Resulta que a abordagem dos problemas da situação de trabalho deve ser global e que, independentemente do problema que justificou o interesse para determinada situação de trabalho, esta deve ser imperativamente abordada no seu contexto. É o que permitirá fazer o guia de dialogo Déparis.

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8. A prevenção VS a avaliação dos riscos

A avaliação de risco concentra-se principalmente na quantificação, evitando analisar porque as coisas estão como elas estão e como modificá-las para melhorar a situação global.

O objetivo final é a prevenção e a melhoria das condições de trabalho e avaliação de risco é só um passo para esta prevenção

9. PME

Os métodos desenvolvidos em grandes empresas não são aplicáveis nas PME, enquanto o oposto ocorre.

Métodos devem ser desenvolvidos tendo em conta os recursos e as capacidades limitados das PME que empregam mais de 60% da população de trabalhadores.

(9)

SOBANE estratégia de gestão de risco

A estratégia SOBANE consiste em quatro níveis progressivos: Despistagem, Observação, Análise e Pericia, de acordo com os critérios definidos na tabela a seguir:

Características dos quatro níveis da estratégia SOBANE Nível 1

Despistagem Nível 2

Observação Nível 3

Análise Nível 4

Pericia Quando? Todos os casos Se problema Casos difíceis Casos complexos

Como? Observações

simples Observações

qualitativas Observações

quantitativas Medições especializadas

Custo? Fraco

10 minutos Fraco

2 horas Médio

2 dias Elevado

2 semanas

Por quem?

Pessoas da empresa Pessoas da empresa Pessoas da empresa + Conselheiros em

prevenção

Pessoas da empresa + Conselheiros em

prevenção + Peritos Competência

• situação trabalho

• segurança, saúde Muito elevada

Fraca Elevada

Média Média

Elevada Fraca

Especializada

É uma estratégia no sentido de que ela traz ferramentas, guias, meios de comunicação cada vez mais especializados, adaptados às necessidades.

Em cada nível buscam-se soluções para melhorar as condições de trabalho. Deve-se passar para o nível seguinte somente após a implementação de melhorias, mesmo se a situação de trabalho não estiver ainda totalmente aceitável.

Os meios para encontrar soluções são baratos nos dois primeiros níveis. Eles são mais caros em níveis mais elevados, mas devem ser usados apenas quando realmente necessário.

A estratégia permite reagir mais rapidamente, com mais eficiência e de maneira mais econômica na situação de trabalho, usando seqüencialmente e de forma adequada, diferentes participantes:

Os trabalhadores e os seus chefes diretos nos níveis de Despistagem e Observação.

A utilização de ajuda externa, em geral um conselheiro de prevenção, para a Análise.

• Eventualmente um perito para o nível 4.

1. Nível 1, Despistagem (Déparis)

(10)

Atores

Esta identificação deve ser realizada de maneira interna, por pessoas da empresa que conhecem perfeitamente as situações de trabalho, ainda que não possuam formação ou possuam apenas uma formação aproximativa no que diz respeito aos problemas de segurança, de fisiologia ou de ergonomia. Serão, por conseguinte os próprios trabalhadores, os supervisores ou chefia técnica imediata, o próprio empregador nas pequenas empresas, um conselheiro em prevenção interno com os trabalhadores nas empresas médias ou maiores.

Método

Para tal, necessitam um instrumento simples e rápido como uma lista de controle estabelecida para o seu setor de atividade. Nessa fase, não é necessário um uso

rigoroso dos termos risco, dano, probabilidade de ocorrência... Fala-se de problemas no sentido geral dado a este termo na linguagem corrente.

Um grupo formado de alguns trabalhadores e o seu ambiente profissional (com um conselheiro em prevenção assim disponível) vai refletir sobre os principais fatores de risco, vai procurar as ações imediatas de melhoria e de prevenção e identificar o que é necessário estudar mais em detalhe.

Uma pessoa da empresa, o coordenador Déparis, é designada para efetuar esta Despistagem e coordenar a implementação de soluções imediatas e a continuação do estudo (nível 2, Observação) para os pontos a aprofundar.

O método a este nível 1, Despistagem, deve procurar identificar os problemas da situação de trabalho para todas as circunstâncias, durante do dia ou o ano e não somente em um momento preciso. O guia de dialogo Déparis (Despistagem participativa dos riscos) apresentado no capítulo seguinte desta brochura tenta responder a estes critérios.

No primeiro nível, certos problemas poderão já ser resolvidos. Outros serão identificados. Serão objeto de estudo no nível 2, Observação.

2. Nível 2, Observação

Objetivo

Os problemas não resolvidos no nível 1, Despistagem, são discutidos de maneira mais exaustiva para identificar soluções a priori mais evidentes.

Atores

Este nível 2, Observação, requer um conhecimento íntimo da situação de trabalho sob os seus diferentes aspectos, as suas alternativas, os funcionamentos normais e anormais.

A profundidade do estudo a este nível 2, Observação, será variável em função do fator de risco abordado, da empresa e da competência dos participantes.

• Numa pequena empresa com menos de 20 pessoas, o próprio empregador deveria poder identificar os

principais fatores de risco através do guia de dialogo Déparis ao nível 1, Despistagem, mas um conselheiro em prevenção externo será geralmente necessário para o nível 2, Observação.

• Numa empresa média, grande parte do trabalho deve ser assegurado na própria empresa. A empresa deve dispor de um conselheiro em prevenção interna, com certa sensibilização aos fatores de risco e certo

conhecimento do processo de prevenção. A sua participação permitirá que a Observação seja conduzida mais a fundo e um serviço externo intervirá apenas em nível de Análise para os estudos mais detalhados e mais específicos e/ou para pareceres mais especializados sobre os equipamentos de prevenção e de proteção.

• Por último, numa grande empresa, a fortiori, toda a gestão terá tendência e interesse a fazer-se internamente.

Método

O método deve permanecer simples a assimilar e a colocar em prática, rápido e pouco dispendioso, de maneira a poder ser utilizado o mais sistematicamente possível pelos trabalhadores e seu quadro técnico com a colaboração dos eventuais conselheiros em prevenção internos. O essencial é outra vez conduzir estas pessoas a refletir sobre as suas condições de vida no trabalho focalizando-se sobre o aspecto específico que produz problemas (o ruído ou as

máquinas ou os TMS…) e identificar o mais depressa possível soluções de prevenção.

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Outra vez, um coordenador (preferencialmente o mesmo) é designado para efetuar este nível de Observação e coordenar a implementação das soluções imediatas e a continuação do estudo (nível 3, Análise) para os pontos difíceis de aprofundar.

Um grupo (preferencialmente o mesmo) de trabalhadores e responsáveis técnicos (com um conselheiro em prevenção, disponível) observa mais em detalhe as condições de trabalho a fim de identificar as soluções menos imediatas e determinar qual problema será indispensável recorrer à assistência de um conselheiro em prevenção mais especializado e em geral externo à empresa.

Quando não puder reunir tal grupo de diálogo, o utilizador realiza sozinho a Observação, recolhendo principalmente junto aos trabalhadores e aos chefes diretos as informações necessárias.

As conclusões são:

• Quais fatores parecem apresentar um risco importante e devem ser tratados prioritariamente?

• Quais fatores são a priori satisfatórios e podem permanecer como estão?

Medições podem ser realizadas se o interveniente o desejar e se ele tiver as competências e os meios. Contudo, o método não deve requerer nenhuma quantificação e, por conseguinte nenhuma destas medições, de maneira a permanecer aplicável mesmo quando estas competências e estas técnicas não estão disponíveis.

3. Nível 3, Análise

Objetivo

Quando os níveis de Despistagem e de Observação não permitem trazer o risco a um valor aceitável ou que uma dúvida subsiste, é necessário ir mais adiante com a Análise, seus componentes e a investigação de soluções.

Atores

Este aprofundamento deve ser realizado com a assistência de conselheiros em prevenção que possuam competência e dispõem dos instrumentos e técnicas

necessárias. Estas pessoas serão (para as PME) freqüentemente conselheiros em prevenção externos à empresa, intervindo em estreita colaboração com os conselheiros em prevenção internos (e não em seu lugar) para trazer-lhes a competência e os meios necessários.

Método

O método requer mais rigor no uso dos termos dano, exposição... Refere-se à situação de trabalho em circunstâncias específicas determinadas no fim do nível 2, Observação. Pode requerer medições simples com aparelhos correntes, com objetivo explicitamente definido de investigação das causas, otimização das soluções, avaliação do risco residual…

O ponto importante deste nível é o recurso a uma ajuda geralmente externa, de um conselheiro em prevenção, com formação suficiente para a implementação de soluções mais especializadas e a avaliação do risco residual neste domínio.

O conselheiro em prevenção e o coordenador recomeçam a partir do trabalho realizado nos níveis precedentes. A primeira tarefa é, por conseguinte reexaminar os resultados da Despistagem, mas, sobretudo o da Observação.

Em seguida, a Análise dos itens previamente identificados é realizada. Os resultados desta Análise são discutidos com os intervenientes dos níveis precedentes e em especial com o coordenador. Decidem eventualmente se devem recorrer à ajuda de um perito (Pericia) para medições sofisticadas e pontuais.

4. Nível 4, Perícia

Este nível 4, Perícia, é necessária quando, no final ou durante a Análise, aspectos muito específicos e muito especializados precisam ser investigados. O estudo deve ser realizado pelas mesmas pessoas da empresa e conselheiros em prevenção, com a assistência suplementar de um ou vários peritos

especializados sobre este aspecto específico. Refere-se a problemas particularmente complexos e requer eventualmente medições especiais.

(12)

Processo de implementação da estratégia SOBANE

1. Informação pela direção sobre os objetivos e o compromisso desta de levar em consideração os resultados.

2. Aval do Comitê de prevenção e proteção no trabalho.

3. Definição de um pequeno grupo de postos que formam “uma situação” de trabalho.

4. Designação de um coordenador Déparis pela direção com o aval dos trabalhadores.

5. O Coordenador de Déparis adapta eventualmente o instrumento à situação de trabalho alterando termos, eliminando, transformando ou acrescentando aspectos.

6. Constituição de um grupo de trabalho com trabalhadores-chave e os supervisores ou chefia técnica escolhidos pela direção.

7. Reunião em uma sala calma próxima aos postos de trabalho.

8. Explicação pelo coordenador de Déparis do objetivo da reunião e sobre o procedimento de utilização.

9. Discussão sobre os aspectos de cada rubrica, procurando:

• Identificar o que pode ser feito para melhorar a situação, por que e quando.

• Qual situação ou problema é necessário pedir a assistência de um conselheiro em prevenção.

• O custo das medidas de melhoria propostas e o seu impacto eventual sobre a qualidade do produto e sobre a produtividade: nenhum (0), pouco (+), médio (++) ou elevado (+++).

10. Após a reunião, uma síntese deve ser efetuada pelo coordenador de Déparis, com:

• A lista dos pontos a serem estudados mais em detalhe com as prioridades;

• A lista de soluções levantadas com indicação de quem faz o que e quando;

• As rubricas utilizadas, contendo as informações detalhadas que surgiram na reunião.

11. Apresentação à direção, aos parceiros e aos participantes do grupo de discussão.

12. Continuação do estudo para os problemas não resolvidos, fator por fator, através dos métodos de nível 2, Observação, da estratégia SOBANE.

O texto seguinte pode ajudar a explicar o objetivo da reunião.

“Durante a reunião, vamos passar em revista todos os aspectos técnicos, de organização e relações que fazem com que o trabalho possa ser mais fácil, eficaz e agradável.

O objetivo não é saber se é fácil ou agradável a 20,50 ou 100%.

É encontrar o que pode ser feito concretamente, imediatamente, em 3 meses e em longo prazo de modo que seja mais eficaz e mais agradável.

Pode tratar-se de modificações técnicas, de novas técnicas de trabalho, mas também melhoria nas comunicações, reorganização dos horários, formações mais específicas.

Para certos pontos, devemos dizer que é necessário alterar e como concretamente alterá-lo. Para outros, estudos complementares deverão ser realizados.

A Direção compromete-se a estabelecer um plano de ações com o objetivo de dar seqüência ao que será discutido.”

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Nível 1 – Déparis

1. Introdução

Objetivos

Estudar a situação de trabalho em seu conjunto, em geral e no chão de fábrica, a fim de:

• Determinar o problema (os fatores de risco) para a segurança, saúde e o bem- estar no trabalho.

• Determinar as medidas técnicas imediatas que podem ser tomadas para prevenir – eliminar – melhorar alguns destes problemas.

Determinar se uma Observação (nível 2) mais detalhada é necessária, com que urgência e com qual objetivo.

Quem?

• Os trabalhadores e seus encarregados.

• As pessoas da empresa (encarregados, departamento técnico, prevencionistas internos) que conhecem perfeitamente a situação de trabalho.

Como?

Através do guia Déparis - Despistagem Participativa dos Riscos

2. Carta convite

Você está convidado a participar de uma reunião Déparis

O que é isso? O que se espera de você? O que você ganhará?

O que é isso?

A legislação exige uma análise do "risco", estar preparado para todas as situações de trabalho e um plano de ação deve ser estabelecido para gradualmente alcançar e manter o melhor estado de bem-estar para todos os parceiros nestas situações de trabalho (funcionários, empregados, direção.)

Um conselheiro de prevenção pode controlar sozinho um problema de incêndio, por exemplo, Mas não lhe é possível assegurar as condições do SEU “bem-estar”.

SEU bem estar no trabalho só pode ser garantido com a sua participação.

Uma reunião Déparis (Despistagem Participativa dos Riscos) é uma reunião com algumas pessoas da situação de trabalho (trabalhadores, supervisores locais, serviços técnicos, etc.) durante a qual todos os aspectos da vida no trabalho são revistos. Um guia foi elaborado para orientar este debate de consenso, para que ele cubra todos os aspectos operacionais, técnicos e relacionais que fazem com que a vida diária na sua situação de trabalho seja mais fácil, eficiente e agradável.

O objetivo não é verificar ou quantificar as imperfeições, as dificuldades ou problemas. É descobrir o que pode ser feito especificamente, a curto, médio e longo prazo para tornar o trabalho mais eficaz e mais agradável.

Durante a reunião, será possível, através de alguns pontos, determinar o que reorganizar ou mudar e como reorganizá- los ou alterá-los na prática.

Para outros aspectos, estudos complementares deverão ser realizados posteriormente.

A Direção está empenhada em estabelecer um plano de ação para atender ao que será discutido.

O que se espera de você?

No passado, já foram realizados estudos, pesquisas e demandas. Todas talvez não tenham sido colocadas em prática.

Durante a reunião Déparis, queremos começar do zero, esquecer o passado e revisar de maneira organizada e sistemática TODOS os aspectos de vida no trabalho.

Espera-se que você venha à reunião com um espírito confiante e construtivo.

• Se você é um membro da direção executiva e da linha de comando, não se trata de culpá-lo por nada, mas de ver o que podemos fazer juntos para melhorar a vida no trabalho.

• Se você é o representante de um serviço de manutenção, qualidade, compras, etc., pode-se verificar com você a maneira ideal de melhorar estas questões, dadas as contingências técnicas que possam surgir.

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O que você ganhará?

A empresa, o estabelecimento conscientemente escolheu usar o guia como um instrumento de Despistagem dos riscos Déparis. A Direção está empenhada em levar em consideração os resultados das discussões e propostas de melhoria que serão feitas.

É, portanto, a oportunidade de rever toda a situação de trabalho e melhorar gradualmente, juntos, as condições de vida no trabalho. A experiência tem mostrado que beneficia a todos: qualidade de vida, satisfação pessoal e profissional, trabalho mais agradável, mais eficaz, melhores relações de trabalho, etc.

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3. Aspectos que podem ser discutidos

1. Locais e áreas de trabalho

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

Os escritórios, oficinas e áreas de trabalho

As vias de circulação

Os acessos às áreas de trabalho

Os estoques

Os espaços para guarda de material

O lixo

O piso

As instalações sociais

As saídas de emergência

2. Organização do trabalho

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

A organização do trabalho

As circunstâncias de trabalho

O aprovisionamento dos postos

A independência dos postos vizinhos

As interações e comunicações

Os meios de comunicação

3. Acidentes de trabalho

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

As vestimentas e Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

As quedas de altura

As quedas de mesmo nível

A queda ou projeção de objetos

Os riscos mecânicos

Os procedimentos em caso de acidente

As análises dos acidentes de trabalho

Os primeiros socorros

4. Riscos elétricos e de incêndio

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

A instalação elétrica geral

O material

Os equipamentos

Os materiais inflamáveis e explosivos

As fontes

As medidas de combate

O compartilhamento dos locais, escadas

A equipe de intervenção interna

Os avisos em caso de incêndio

A sinalização

5. Comandos e sinais

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

Os documentos descrevendo o trabalho a realizar

Os sinais visuais e os comandos

Suas características

A força

6. Material de trabalho, ferramentas, máquinas

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

O material, as ferramentas e máquinas

As dimensões e formas

Adaptados aos trabalhadores e seguros

A capacitação dos trabalhadores

7. Posições de trabalho

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

A repetição dos mesmos gestos

As posições de trabalho

A altura do plano de trabalho

O trabalho sentado ou sentado /em pé

Se existe trabalho em pé

As ajudas

8. Esforços e manuseios de carga

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

Os gestos e esforços

Os esforços das mãos

As cargas

As ajudas mecânicas

A capacitação do pessoal

A fadiga no final da jornada laboral

9. Iluminação

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

A iluminação nos locais de trabalho

Nenhuma sombra sobre o trabalho

Nenhum reflexo, nem ofuscamento

A uniformidade da iluminação

As luminárias

O trabalho com monitores de vídeo

(16)

10. Ruído

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

Na fábrica

o A facilidade para falar o Os EPI

Em escritórios

o Nenhum incômodo ou distração

A localização dos postos de trabalho

Os meios de comunicação

As máquinas ou instalações ruidosas

Os ecos, orifícios

11. Ambientes térmicos

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

A temperatura

A umidade

Os correntes de ar

As fontes de frio, calor ou umidade

A vestimenta de trabalho

As roupas de proteção especiais

As bebidas

12. Higiene atmosférica

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

Os riscos químicos e biológicos

A capacitação

Os procedimentos

A rotulagem

O armazenamento

As poeiras, vapores, óleos,…

Os lixos químicos e biológicos

A sinalização

As proteções coletivas

Os EPI

As pessoas com maior susceptibilidade

As vacinas

A higiene

A renovação do ar

Os locais para fumantes

13. Vibrações

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

Os veículos e ferramentas de transporte

As ferramentas, brocas, discos...

A capacitação

14. Autonomia e responsabilidades individuais

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

As ordens ou esperas

O grau de iniciativa

A autonomia

A liberdade de contato

O nível de atenção

As decisões

As responsabilidades

Os erros

15. Conteúdo do trabalho

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

O interesse do trabalho

As capacidades

A informação e capacitação

A carga emocional

16. Presões de tempo

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

Os horários e escalas de trabalho

O ritmo de trabalho

A autonomia do grupo de trabalho

As interrupções no trabalho

As pausas para descansos

17. Relações de trabalho com colegas e superiores

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

As comunicações durante o trabalho

A distribuição do trabalho

A ajuda entre trabalhadores

O dialogo para o trabalho

A hierarquia

As relações com a hierarquia

As sugestões e críticas dos trabalhadores

As avaliações

18. Ambiente psicossocial

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

As promoções

As discriminações

O emprego

Os salários

O diálogo social dentro da empresa

As condições de vida dentro da empresa

(17)

4. O guia de diálogo Déparis

1. Locais e áreas de trabalho

Para discutir Os escritórios, oficinas e áreas de trabalho

De tamanho médio e nenhum trabalhador fica isolado

As vias de circulação para pessoas e veículos

Amplas, bem delimitadas e sinalizadas

Sem obstrução por objetos, caixas e outros

Com boa visibilidade

Os acessos às áreas de trabalho

Fáceis, diretos e suficientemente amplos (> 80 cm)

Os estoques: Arranjo e ordem satisfatórios

Os espaços para guarda de material

Suficientes (estantes, armários) e facilmente acessíveis

Manutenção técnica e limpeza

Locais limpos e com manutenção freqüente

O lixo

Classificados por tipo e evacuados regularmente

Lixeiras adequadas e suficientes

O piso: em bom estado: nivelado, sólido, não escorregadio

As instalações sociais: Duchas, banheiros vestiários, refeitórios

Amplos, confortáveis bem equipados

Em bom estado, limpos

As saídas de emergência

Livres bem visíveis

Sinalizadas corretamente

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

Aspectos a estudar com mais detalhes:

2. Organização do trabalho

Para discutir A organização do trabalho

Clara e satisfatória

Permite trabalhar em segurança

Planificação adequada do tempo e espaço

Procedimentos de trabalho claros, conhecidos e atualizados

As circunstancias de trabalho

O local de trabalho, as ferramentas, materiais, estoques,

Imprevistos, pedidos externos, tempo

Permite aplicar procedimentos de trabalho normais e fazer um trabalho com qualidade

O aprovisionamento dos postos

Com estoques intermediários nem demasiado grandes, nem demasiados pequenos

A independência dos postos vizinhos: suficiente

As interações e comunicações dos trabalhadores durante o trabalho

Sem dificuldades e livremente

Os meios de comunicação

Oral, escrito, por telefone, computadores...

Adequados e agradáveis

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

Aspectos a estudar com mais detalhes:



(18)

3. Acidentes de trabalho

Para discutir Quem pode fazer o que de concreto e quando?

As vestimentas de trabalho e Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

Disponíveis, adaptados, utilizados, com manutenções e conservação

Produtos perigosos: máscara, óculos, luvas;

Máquinas: óculos (projeções), luvas

Trabalho em altura: capacete com jugular, cintos de segurança…

As quedas de altura

Guarda-corpo, estruturas de fixação, andaimes seguros, manutenção de equipes de trabalho em altura…

As quedas de mesmo nível

Estado do piso, ordem, limpeza…

A queda ou projeção de objetos

Segurança das operações, organização das ferramentas e do material...

Os riscos mecânicos

Batidas, prensagem, cortes, picadas, queimaduras devido à ausência ou neutralização de meios seguros na utilização de seringas, bisturi, fontes de calor..

Os procedimentos em caso de acidente

Claros, conhecidos e aplicados

As análises dos acidentes de trabalho

Sistemáticos, detalhados, divulgados

Os primeiros socorros

Local de enfermaria, caixas de primeiros socorros…bem localizados e adequados.

Socorristas treinados em numero suficiente e disponíveis.

Aspectos a estudar com mais detalhes:

4. Riscos elétricos e de incêndio

Para discutir Quem pode fazer o que de concreto e quando?

Os riscos elétricos

A instalação elétrica em geral

Disjuntores, fusíveis, chaves, sistema de aterramento, sinalização, dispositivos de proteção, sobrecarga

O material: fios, cabos, ligação a terra,

Os equipamentos: conexões, botões de parada de emergência, aterramentos, manutenção, isolamento elétrico, baterias…

O risco de incêndio e explosão

Os materiais inflamáveis e explosivos

Quantidade, armazenamento, ventilação, abastecimento, sinalização…

As fontes: Chamas vivas, fontes de calor ou de faíscas

Sinalizadas

As medidas de combate

Detecção e extinção automática, extintores, hidrantes, mangueiras de incêndio…, sinalização

O compartilhamento dos locais, escadas

Duto de ventilação, portas corta-fogo (estado, obstruções), fechamento de fissuras (cabos, canalizações…)…

A equipe de intervenção interna Os avisos em caso de incêndio

Planos de evacuação, alerta, alarmes, vias e saídas de emergência, pontos de encontro, simulações de evacuação…

A sinalização

Zonas de estocagem, meios de combate, saídas e iluminação de emergência, orientação de segurança por andar.

Aspectos a estudar com mais detalhes:

(19)

5. Comandos e sinais

Para discutir

Os documentos descrevendo o trabalho a realizar

Manuais de funções, listas de tarefas… claros e completos

Os sinais visuais (visores, lâmpadas…) e os comandos

(botões, manivelas, pedais…)

Próximos e em frente do trabalhador, nem muito baixo nem muito alto... Em bom estado

Bem organizados sobre os painéis de comando, (número, nomes e cores dos botões, lâmpadas…)

Sistema de parada de emergência (botões, cabos...) presentes e facilmente acessíveis

Suas características

Respeito dos estereótipos: agulhas móveis da esquerda para a direita, verde

= funcionando… vermelho = parada, sentido dos comandos…

Nível sonoro, ou intensidade luminosa adequada

O tamanho: as formas e as dimensões (botões, vistosos…)

A força

Nenhuma força excessiva de pressão do dedo o do pé.…

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

Aspectos a estudar com mais detalhes:

 

6. Material de trabalho, ferramentas, máquinas

Para discutir O material, as ferramentas e máquinas

Martelos, pinças… máquinas (portáteis, ou não, móveis, de elevação…) claramente catalogadas (inventariadas)

Adequadas para cada operação

Situadas em áreas seguras (máquinas perigosas)

A manutenção

Em bom estado

Com manutenção programada, revisão técnica completa no mínimo cada ano

Retirada do local em caso de problemas: (fissuras, desgaste geral)

Limpas e organizadas segundo as necessidades e com acessos fáceis, próximo aos postos de trabalho

As dimensões e formas

Fáceis de utilizar com segurança

Fáceis de utilizar, sem ocasionar fadiga nas mãos ou nos braços

Formato dos punhos retos ou curvos, nem muito largos, nem muito curtos, nem muito grossos, nem muito finos, nem muito rugosos, nem muito lisos

Adaptados aos trabalhadores e seguros

Sem elementos que possam ferir

Leves, sem vibrações

Adaptadas aos canhotos

A capacitação dos trabalhadores

Quanto ao uso correto (segurança e eficácia) dos materiais e máquinas

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

Aspectos a estudar com mais detalhes:

(20)

7. Posições de trabalho

Para discutir A repetição dos mesmos gestos: não são contínuos

As posições de trabalho: confortáveis

Tronco ereto: sem flexões, nem torções

Cabeça reta: sem flexões, extensões, nem rotações

Ombros relaxados: sem elevação

Braços próximos do corpo: sem estar afastados do corpo ou elevados

Mãos em posição normal: sem flexões excessivas

Pés sobre o piso ou sobre um suporte para os pés confortável

Nem de cócoras, nem curvado

Se não joelheiras o almofadas disponíveis

Nenhuma posição desfavorável prolongada ou freqüente

A altura do plano de trabalho (Mesas, escrivaninhas, estantes, máquinas, ferramentas…) permitindo uma posição confortável

O trabalho sentado ou sentado /em pé

De preferência

Assentos de qualidade, estáveis, giratórios e confortáveis

Com possibilidade de apoio do antebraço sobre a superfície de trabalho ou sobre os braços da cadeira com ajuste de altura

Sem problemas para as pernas, com espaço suficiente abaixo da superfície de trabalho

Se existe trabalho em pé

Com facilidade de movimentação

Posições confortáveis dos quadris e/ou dos braços sobre a superfície de trabalho a boa altura

Ajudas

Escadas… disponíveis para o trabalho em altura

Estáveis, sólidas, fáceis de utilizar com segurança

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

Aspectos a estudar com mais detalhes:

8. Esforços e manuseios de carga

Para discutir Gestos e esforços

Nem bruscos, nem extremos

Sem deslocamentos rápidos ou repetidos

Sem torção dos punhos

Os esforços das mãos

Moderados, sem torções dos punhos

Nunca golpes com a base da mão

As cargas

Leves, equilibradas (líquidos, tamanho dos recipientes…)

Fáceis de pegar (Boa empunhadura, sem bordas cortantes, nem quente, nem fria)

A boa altura: pegar e depositar na altura da cintura

Sem inclinação nem torção do tronco

Transportadas somente em curtas distâncias

As ajudas mecânicas: adequadas

Montacargas, carros para empurrar melhor que para puxar... para as cargas pesadas ou instáveis

Correias, esteiras… para os transportes freqüentes

Disponíveis, adequadas, de qualidade, fáceis e rápidas de utilizar

A capacitação do pessoal: Capacitação no manuseio de carga

Adaptada ao posto de trabalho

A fadiga no final da jornada laboral: aceitável

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

Aspectos a estudar com mais detalhes:

(21)

9. Iluminação

Para discutir A iluminação nos locais de trabalho

Nem excessiva, nem insuficiente: suficiente para ver os detalhes do trabalho,

Nenhuma sombra sobre o trabalho Nenhum reflexo, nem ofuscamento

Sobre as mesas, as superfícies metálicas ou vidro, das janelas, nos monitores…

Em particular pelo sol: janelas com cortinas, persianas ou brise-soleil

Nenhuma visão direta das fontes luminosas

A uniformidade da iluminação

Das áreas de trabalho, dos corredores (escadas…)

A vista para o exterior

Iluminação natural através de janelas limpas

As luminárias

Limpeza e manutenção regular

Lâmpadas e/ou tubos defeituosos substituídos rapidamente

O trabalho com monitores de vídeo

O trabalhador não fica nem de frente, nem de costas para as janelas ou alguma fonte luminosa

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

Aspectos a estudar com mais detalhes:



10. Ruído

Para discutir Na fábrica

Existe facilidade para falar: normalmente a uma distância de 1 metro

Os EPI (tampões, conchas,...): disponíveis e utilizados quando necessários

Em escritórios

Nenhum incômodo ou distração: trafico, telefones, ar condicionado, fotocopiadoras, conversações…

A localizaçãodos postos de trabalho

O mais longe possível das fontes de ruído

Os meios de comunicação

Previstos levando em conta o ruído ambiente

As máquinas ou instalações ruidosas

Com boa manutenção e fechadas

Os ecos, orifícios

Nas paredes que separam os locais, os orifícios debaixo das portas

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

Aspectos a estudar com mais detalhes:

(22)

11. Ambientes térmicos

Para discutir A temperatura

Nem muito quente ou frio, nenhuma variação importante

A umidade

Nem muito seco nem muito úmido

Sem correntes de ar através de janelas, portas…

As fontes de frio, calor ou umidade

Eliminadas: água, vapor, máquinas, sol…

A vestimenta de trabalho

Confortável: calças, avental de laboratório…

As roupas de proteção especiais

Se necessário: arejadas, impermeáveis, anti- radiação…

De qualidade, bem adaptadas e confortáveis

As bebidas

Disponíveis quando faz muito calor ou muito frio

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

Aspectos a estudar com mais detalhes:

12. Higiene atmosférica

Para discutir Os riscos químicos e biológicos

Inventario de os produtos disponíveis e atualizados

Documentação sobre os riscos disponíveis

A capacitação sobre os procedimentos e os riscos

Os procedimentos

De utilização: claras e respeitadas (misturas, doses)

Em caso de incidentes (derrame, estalido, explosão…) respeitadas

A rotulagem: Recipientes adequados e bem rotulados

O armazenamento: produtos tóxicos, corrosivos, inflamáveis,…

Armazenados em locais adequados, arejados e sinalizados

As poeiras, óleos, vapores…

Evacuados (ventilação, aspiração…) sem postos em suspensão ou dispersão

Os lixos químicos e biológicos

Coletados em recipientes adequados e dispostos de maneira controlada conforme procedimentos conhecidos

A sinalização: proibição de fumar, locais de risco...

Adequada, respeitada,

As proteções coletivas: duchas, pias, chuveiros lava-olhos

Bem localizados e em bom estado

Os EPI: Luvas, máscaras, roupas

Adequados, disponíveis utilizados

As pessoas com maior susceptibilidade

Mulheres grávidas ou amamentando, jovens trabalhadoras…

Controle médico específico

As vacinas: Obrigatórias e aconselhadas

A higiene: Nem fungos nem mofo

Ninguém come no local de trabalho

A renovação do ar: suficiente,

O ar é fresco, agradável a respirar, sem odores

Os locais para fumantes

Zona fumantes bem localizada e ventilada

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

Aspectos a estudar com mais detalhes:

(23)

13. Vibrações

Para discutir Os veículos de transporte montacargas, elevadores…

Adequados para o trabalho a realizar

O piso, as vias de circulação, os pneumáticos, a suspensão, os assentos estão em bom estado

As máquinas e ferramentas vibrantes:brocas,polidoras, serras

Adequados para o trabalho a realizar

Não muito pesadas e sem vibração

Em bom estado e com manutenção

As ferramentas, mechas, discos... em bom estado e adequado

A capacitação

Máquinas, veículos, aparatos e ferramentas vibrantes bem utilizadas

Posições de trabalho, forças exercidas, trabalho com uma ou duas mãos…

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

Aspectos a estudar com mais detalhes:

14. Autonomia e responsabilidades individuais

Para discutir As ordens ou esperas: não há contradições

O grau de iniciativa

Cada um pode adaptar o seu modo de trabalho sem perturbar o trabalho da equipe

A autonomia

Pode deixar seu posto de trabalho e realizar uma pausa curta sem atrapalhar o bom andamento do trabalho (hidratar-se, necessidades fisiológicas)

A liberdade de contato

Cada um realiza os contatos que julgar necessários com os serviços periféricos (manutenção, compras, qualidade...) ou externos

O nível de atenção:

Em função da gravidade

Do caráter imprevisível dos acontecimentos

As decisões

Numero limitado de opções

Informações disponíveis

Decisões fáceis

Velocidade de reação necessária normal

As responsabilidades

Cada um conhece as suas e aprecia

Nem muito pesadas nem muito leves

Os erros

Cada um corrige seus próprios erros eventuais

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

Aspectos a estudar com mais detalhes:

(24)

15. Conteúdo do trabalho

Para discutir O interesse do trabalho

Tarefas preparatórias, controle de qualidade, retoque,

Manutenção...

Interessante e diversificado

As capacidades

O trabalho de cada um corresponde a sua função e as suas competências

Trabalho permite a cada um utilizar e desenvolver estas competências

A informação e capacitação

De todos: jovens, temporários, mais antigos e substitutos

Específicos ao trabalho de cada um

Sobre procedimentos riscos e prevenções

Na contratação e periodicamente (reciclagens)

A carga emocional: não muito pesada

Erros dramáticos, meio ambiente (hospitais...)

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

Aspectos a estudar com mais detalhes:

16. Presões de tempo

Para discutir Os horários e escalas de trabalho

Conhecidos completamente e com antecipação

De maneira a programar sua jornada laboral como gosta

Flexível com margem determinada

O ritmo de trabalho: não excessivo

O trabalho atrasado pode ser eliminado rapidamente

A autonomia do grupo de trabalho: se organiza no que concerne

Os horários e as férias

A repartição do trabalho, os descansos, as rotações

A recuperação dos retrabalhos na produção

As horas suplementares

Os períodos de baixa demanda e os picos de trabalho

O trabalho adicional ou de ultima hora

As interrupções no trabalho

Poucos imprevistos

As pausas para descansos

Freqüentes e curtas

Organizadas em função da carga de trabalho, da penosidade das posturas, do caráter repetitivo, da fadiga mental

Quem pode fazer o que de concreto e quando?

Aspectos a estudar com mais detalhes:

 

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