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Dependência Química. Sílvia Leite Pacheco

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Academic year: 2021

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(1)

Dependência Química

Psicóloga Clínica com atuação em Terapia Cognitivo Comportamental; Psicoterapeuta Cognitiva da Clínica Alamedas; Pesquisadora da UNIAD/UNIFESP; Docente de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Conselheira em

Dependência Química pela UNIFESP; Especialista em Dependência Química pela UNIFESP;.Mestranda em Ciências da Saúde pelo Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. CRP: 06/17417.

sl-pacheco@uol.com.br

Sílvia Leite Pacheco

(2)

Doença (Bio,Psico-social) crônica e recorrente

Fatores biológicos – genética e resistência as uso da substância.

Fatores sociais: baixa escolaridade, exclusão social, família desestruturada, ambientes permissivos, estímulo ao

consumo.

Fatores Psicológicos: doenças psiquiátricas associadas

(comorbidades), abuso na infância, consumo como forma de resolução de conflitos, apreço pelos efeitos

vivenciados.

O que é Dependência Química

(3)

O que leva o indivíduo a usar drogas?

Pesquisas apontam que os principais motivos que levam um indivíduo a utilizar drogas são:

Curiosidade

Influência de amigos

Vontade

Desejo de fuga (principalmente de problemas familiares)

Coragem (para tomar uma atitude que sem o uso de tais substâncias não conseguiria)

(4)

Dificuldade em enfrentar e/ou agüentar situações difíceis Busca por sensações de prazer

Tornar -se calmo

Servir de estimulantes

Facilidades de acesso e obtenção

(5)

Existe uma progressão no uso de substâncias:

USO: geralmente se restringe ao consumo dito

“recreacional”;

ABUSO: padrão mal-adaptativo de consumo, manifestado por consequências em vários âmbitos da vida do indivíduo;

DEPENDÊNCIA: o uso da substância se torna prioridade na vida do indivíduo em detrimento do resto.

Diferença entre Uso, Abuso e Dependência

(6)

CRITÉRIOS PARA DEPENDÊNCIA DE SUBSTÂNCIA

Forte desejo ou compulsão

Dificuldade na capacidade de controlar a ingestão

Tendência para aumentar doses – tolerância

Síndrome de abstinência

Uso de substâncias psicoativas para atenuar sintomas de abstinência

Estreitamento do repertório pessoal de consumo

Persistência no consumo, apesar da evidência de manifestações danosas

Retorno ao uso das substância leva rapidamente ao quadro anterior

(7)

O tratamento da Dependência Química e as terapias cognitivo- comportamentais

(8)

A Dependência Química e o Modelo Cognitivo de Aaron Beck

O modelo cognitivo proposto por Aaron Beck considera o uso de substâncias uma estratégia compensatória que tem a função de eliminar e

neutralizar crenças disfuncionais básicas e centrais a respeito de si, do outro, do mundo e das relações

entre estes.

(9)

O uso constante leva ao desenvolvimento de um grupo de crenças muito próprias a respeito das substâncias químicas.

Essas crenças, compõem a sub cultura do

consumo e formam os fatores de risco para o uso.

(10)

Quando um indivíduo com crenças disfuncionais sobre si mesmo entra em contato com substâncias psicoativas, um segundo grupo de crenças mais específicas relacionadas ao uso pode se desenvolver, tais como “só consigo aliviar a ansiedade bebendo um pouco” ou “usando cocaína, eu me torno mais sociável”.

Essas crenças desencadeiam a busca e uso da substância.

(11)

• A terapia cognitiva objetiva modificar e reestruturar as crenças disfuncionais,

diminuindo o craving e interrompendo o uso ou a recaída.

(12)

Estrutura das sessões

Primeira sessão: apresentar-se ao paciente e acolhê-lo.

Iniciar a avaliação inicial (busca de dados relevantes fazendo com que o paciente fique à vontade para dizer o que mais necessita).

A avaliação inicial pode durar até 3 sessões.

(13)

Estrutura das sessões

Avaliação inicial:

queixa principal;

quais são as substâncias utilizadas?

qual é o padrão de uso?

qual foi a última vez que ele usou?

onde estava?

que havia acontecido antes?

você consegue lembrar-se o que estava pensando naquele momento?

você se lembra das consequências positivas e negativas do uso da droga?

(14)

como era a vida do paciente antes do consumo?

como o uso inicial causou abuso ou dependência?

que está impedindo o paciente ser capaz de parar com o uso?

quais foram as crenças que ele desenvolveu em relação as drogas?

você já recebeu tratamento da dependência química?

você já conseguiu ficar abstinente?

quais são seus pontos fortes e as suas vulnerabilidades?

(15)

História do consumo da droga

Idade, quantidade e droga de preferência em cada época de sua vida;

Marcos na sua vida que possam ter interferido no inicio de uso ou de manutenção;

Houve internação?

Definir com o paciente as metas centrais do tratamento e estabelecer um contrato para que a terapia transcorra de forma adequada;

(16)

• Enfatizar a necessidade do comparecimento às sessões no horário marcado, a importância das tarefas de casa e de avisar quando não

puder comparecer a sessão

(17)

Considerações Importantes

• Antes de iniciar a TCC, o terapeuta deve:

• identificar as dificuldades e obstáculos a serem superados;

• qual é o estágio motivacional do paciente?

• ele reconhece a necessidade da terapia?

• É capaz de identificar os gatilhos que o levam para o uso?

• O paciente possui comorbidades psiquiátricas.

(18)

O terapeuta inicia a conceitualização cognitiva desde o primeiro contato com o paciente. A conceitualização cognitiva revela ao terapeuta como se constitui o sistema de crenças do paciente.

De posse das informações relevantes e das hipóteses iniciais de conceitualização cognitiva, será definido um planejamento de intervenção, que consiste em um plano estratégico de tratamento:

(19)

Fase inicial do tratamento:

Estabelecer contrato e metas sobre o uso

Encaminhamento ao médico psiquiatra

Psicoeducação do modelo cognitivo

Análise das vantagens e desvantagens de manter o uso

Construir uma aliança terapêutica forte

Monitorar o uso da substância (diário de auto monitoramento, identificação dos pensamentos automáticos, ensinar a monitorar os pensamentos sabotadores, treinamento de habilidades sociais para resolver problemas

(20)

Exame de urina

Aplicar a entrevista motivacional a fim de que o paciente conscientize-se da importância do

tratamento

Escolher estratégias de fácil aplicação para resolução de problemas que desencadeiam situações de risco.

Promover abstinência

Cartões de enfrentamento

Monitoramento e manejo da fissura

(21)

Promover a manutenção dos ganhos terapêuticos.

Preparar para o término e prevenir recaídas

Reforçar o que foi aprendido na terapia e como poderia ser útil em situações de emergência.

Informar que sessões de reforço poderão ser agendadas.

(22)

O que são drogas?

Droga é qualquer substância capaz de modificar a função dos organismos vivos, resultando em mudanças fisiológicas ou de comportamento.

(23)

Classificação das drogas

• Drogas estimulantes;

• Drogas depressoras (Depressores do Sistema Nervoso Central);

• Drogas perturbadoras (alucinógenas);

(24)

Drogas Depressoras

• Lentifica ou diminui a atividade do cérebro e possui também alguma propriedade analgésica;

• Pessoas sob o efeito de tais substâncias tornam- se sonolentas, lerdas e desconcentradas.

Álcool

Benzodiazepínicos (tranqüilizantes ou calmantes)

Barbitúricos (soníferos)

Opiáceos – analgésicos opióides

Inalantes

(25)

Drogas Estimulantes

aumento da atividade cerebral;

aumento da vigília, da atenção, aceleração do pensamento e euforia;

usuários tornam-se mais ativos, “ligados”;

Cocaína

Ecstasy

Anfetaminas

Crack

(26)

Drogas Perturbadoras

Alucinógenas:

relacionadas à produção de quadros de alucinação ou ilusão;

não possuem utilidade clínica (como os calmantes);

não podem ser utilizadas legalmente (como o álcool, o tabaco e a cafeína);

(27)

não aceleram ou lentificam o SNC (mudança é

qualitativa);

cérebro passa a funcionar fora do seu normal e sua atividade fica perturbada.

Maconha

Skank

Haxixe

(28)

Efeitos e sinais do uso indevido do

Álcool e outras drogas

(29)

ÁLCOOL

• O alcoolismo é um grave problema de saúde pública no Brasil;

• Mesmo quando não há dependência química, um número grande de pessoas enfrenta problemas relacionados ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas, como acidentes de trânsito, situações diversas de violência, perda de emprego, etc.

(30)

• O álcool é uma droga depressora do Sistema Nervoso Central.

• Geralmente começa-se a fazer uso de bebidas alcoólicas cedo, entre o início e meio da adolescência, com grupo de amigos ou em casa.

(31)

Estágios do uso do álcool

O mesmo padrão de uso e abuso existente para o álcool também ocorre com outras drogas. Especialistas notaram as seguintes fases do uso de álcool:

Estágio 1: é a fase da experimentação na qual pode haver forte pressão social para consumir álcool para se divertir e fazer parte do grupo. O uso acontece mais nos finais de semana e normalmente não há nenhuma mudança de comportamento entre os usos.

Estágio 2: é a fase da busca ativa pelo álcool. O álcool é usado para promover sensações agradáveis durante períodos de estresse. O uso ocorre também durante a semana. A pessoa pode sofrer mudanças de comportamento, tais como:

(32)

Aumento do tempo gasto sozinho;

Declínio na comunicação com os membros da família, e tendência ao isolamento

Mudanças no vestuário e aparência

Mudanças na escolha de amigos

Envolvimento em brigas constantes

Maus hábitos de sono e falta de energia

Hábitos alimentares irregulares

Olhos vermelhos

Alterações de humor, como irritabilidade e depressão

Tentativa de suicídio

(33)

Álcool

A presença de alguns desses sintomas é normal na adolescência e, isoladamente, não significa que a pessoa esteja fazendo uso de álcool.

Entretanto, uma combinação de qualquer um dos sintomas acima podem sinalizar algum problema.

Estágio 3: é a fase da preocupação com o álcool.

Há uma perda quase total de controle sobre o uso. As tentativas de limitar o uso do álcool, nesta fase, podem causar sintomas de abstinência como: mau humor, depressão e irritabilidade.

(34)

Por que as pessoas bebem?

Curiosidade: os jovens escutam que ficar bêbado é divertido e querem descobrir por si próprios;

A bebida é vista como um “rito de passagem”; algo para ser experimentado no caminho para a vida adulta;

Para ser aceito no grupo de amigos que já estão utilizando o álcool;

Para sentir-se relaxado e aumentar a auto-confiança;

Como fuga de problemas como depressão, conflitos familiares, problemas na escola ou com a namorada ou namorado;

Para embriagar-se (“Binge”). Os jovens, muitas vezes, bebem para passarem dos limites até ficarem fora de controle.

(35)

Efeitos agudos

Quando consumido em grande quantidade provoca:

Dor de cabeça Náuseas

Tremores e vômitos

Prejuízo na coordenação motora, na memória e na capacidade de concentração Insuficiência respiratória

Coma e morte.

O consumo moderado promove:

Euforia e desinibição

Diminuição da capacidade de julgamento crítico, da concentração e dos reflexos Motores

Instabilidade do humor.

(36)

O uso prolongado do álcool pode trazer sérias conseqüências à saúde, tais como:

Doenças do fígado, coração e do sistema digestivo

Perda de apetite

Deficiências vitamínicas

Impotência sexual

Irregularidades do ciclo menstrual.

(37)

Cocaína

Classificada como droga estimulante, a cocaína é extraída das folhas do arbusto da coca.

Após passar por um processo de refinação chega-se ao produto final com aspecto de um pó branco e cristalino.

Formas de consumo

A cocaína pode ser consumida de diferentes formas:

Oral

Intranasal

Injetável

No Brasil, a forma mais comum de consumo é a por via nasal, ou seja, pela aspiração da droga sob a forma de pó (ou “farinha” como também é

chamada entre os usuários).

(38)
(39)

Ao ser inalada pode provocar:

Coriza

Rinite

Inflamação e ulceração na mucosa nasal

Alguns consumidores chegam a injetar a droga diretamente na corrente sangüínea, o que eleva consideravelmente o risco de uma parada cardíaca irreversível e de contrair doenças contagiosas, principalmente, DSTs e AIDS.

(40)

cocaína

(41)

Efeitos agudos

Logo após o uso da substância o indivíduo sente- se e apresenta-se:

• Desperto;

• Eufórico;

• Inquieto (fala e se mexe muito);

• Desinibido;

• Autoconfiante (capaz de vencer qualquer desafio);

• Tem sensações de poder e de bem-estar;

(42)

Ausência de medo

Excitado física, mental e sexualmente

Perda do apetite

Insônia

Delírios

Os sentimentos de euforia e confiança causados pela cocaína podem facilmente se

transformar em irritabilidade, agressividade e confusão.

O uso dessa substância provocam alterações no Sistema Cardiovascular, tais como:

Aumento na frequência dos batimentos cardíacos

Aumento da pressão arterial

16/07/2013 42

(43)

E no Sistema Nervoso Central, tais como:

Tremores

Tiques

Sudorese

Sensação de dormência na boca (anestesia)

Euforia

Ansiedade

Estado de alerta exacerbado

Pupilas dilatadas

Desmaio

Tontura

(44)

Os efeitos crônicos da cocaína são ainda mais graves do que os efeitos agudos e podem causar:

Depressão com risco de suicídio

Desmotivação

Irritabilidade

Crises de pânico

Paranóia (o indivíduo acredita ser perseguido, mesmo confrontado com a inexistência de evidências reais)

Dificuldade para cumprir obrigações sociais

Abandono de atividades ocupacionais (p.ex. perda de emprego)

Irritabilidade, agressividade e inquietação

Há evidências de que o uso prolongado de cocaína prejudica a motivação do indivíduo, afastando-o dos interesses sociais, familiares, emocionais e profissionais para se concentrar apenas na droga.

Efeitos Crônicos

(45)

Maconha

Classificada como droga perturbadora, a maconha é uma planta (Cannabis Sativa) que cresce em vários lugares do mundo. Seu agente ativo (resina que envolve a folha) é o THC (delta-9- tetrahidrocanabinol) sendo o principal responsável por seus efeitos psicoativos.

Segundo a Secretária Nacional Antidrogas (SENAD), é a segunda droga mais utilizada entre os estudantes (exceto álcool e tabaco), e a droga ilegal mais usada em nosso país.

(46)

Como é usada?

A maconha pode ser consumida na forma de cigarro (ou “baseado”, “beck”, como também é chamado entre os usuários) na qual as folhas secas são enroladas em papel de cigarro ou de seda e fumadas, esta é a forma mais comum de utilização da droga.

Outra forma de consumo se dá por meio da ingestão de alimentos preparados com a erva.

(47)

Efeitos Agudos e Crônicos

Algumas pessoas não sentem nada quando provam maconha pela primeira vez. Outras podem sentir-se intoxicadas e/ ou eufóricas (alegres).

Normalmente as pessoas que fazem uso da substância apresentam grande interesse por

estímulos visuais, auditivos ou sabor, que de outra maneira seriam comuns.

(48)

Os eventos triviais podem parecer muito mais interessantes ou engraçados. O tempo parece passar lentamente e, às vezes, a droga faz com que a pessoa sinta muita sede e fome.

(49)

Efeitos da Maconha:

Olhos avermelhados

Dilatação da pupila

Aumento do apetite

Boca seca

Voz pastosa (mole)

Vertigens

Náusea

Alucinações visuais e auditivas

Desorientação mental

Delírios

(50)

Há evidencias de que o uso prolongado (crônico) de maconha acarreta:

Apatia

Dificuldade de concentração

Desinteresse em cumprir atividades diárias

Tendência ao isolamento.

Mudanças emocionais

Instabilidade de humor

Memória prejudicada

(51)

Haxixe

(Derivado da maconha)

Originário de uma resina dourada e viscosa que se instala nas folhas da planta da maconha, o haxixe tem maior concentração de THC e por isso seus efeitos sobre o organismo, apesar de semelhantes ao da maconha, são mais intensos. Pode ser usado na forma de cigarro ( mais freqüente) ou colocado em cachimbo ou narguilé.

(Ilustrações: fotos do Haxixe)

(52)
(53)

Skank (“super maconha”)

É uma substância produzida em laboratório a partir das flores, frutos e folhas prensados da maconha. O skank é o cruzamento de variedades da planta e contém concentrações de THC (principio ativo e alucinógeno da maconha) muito superiores ao da mesma. Os efeitos são os mesmos da maconha, porém de maior intensidade.

(54)

Maconha

O uso de maconha pode antecipar esquizofrenia em indivíduos vulneráveis, da mesma forma que os portadores de esquizofrenia podem fazer uso da maconha para aliviar o desconforto do transtorno ou dos efeitos colaterais de medicamentos.

(55)

Crack

É uma droga estimulante produzida a partir da mistura da cocaína com bicarbonato de sódio ou amônia e água destilada. Essa mistura resulta em grãos ou pedras que são colocados em cachimbos para serem fumados. Dessa forma se torna mais econômica não havendo necessidade do uso de seringas. O crack tem baixo custo tornando seu consumo mais atraente

(56)
(57)

O poder do crack em gerar dependência é grande, pois sua ação no cérebro é muito rápida e intensa.

Da mesma forma que o efeito é rápido, sua duração também dura poucos minutos (5 a 10 minutos). Com um forte prazer, a pessoa tem urgência em repetir o comportamento de uso com maior frequência. Com o passar do tempo, o organismo vai ficando tolerante à substancia, fazendo com que seja necessário doses cada vez maiores da droga para obter os mesmo efeitos.

Cerca de cinco vezes mais potente que a cocaína, o crack tem sido cada vez mais utilizado, e não somente por pessoas de baixo poder aquisitivo, como há alguns anos.

(58)

Os prejuízos causados pelo crack são iguais aos da cocaína, sendo que a pessoa fica mais exposta a contrair doenças pulmonares e circulatórias.

(59)

O crack sendo uma droga que causa dependência mais rápida pode destruir em menos tempo a vida de uma pessoa levando a morte. (Ilustração: colocar esses os dizeres em nuvem com cor e letra destacadas)

O tratamento para os usuários de crack é urgente e emergencial. Os familiares dificilmente conseguem tratar sem o suporte da equipe de saúde e na maioria das vezes sem internação

(60)

DROGAS CONTEMPORÂNEAS

GHB (Ácido Gama hidroxibutírico)

GHB é um líquido inodoro e incolor levemente salgado que contém

um ácido (Gama-hidroxi-butírico). É também encontrado em cápsulas

e em pó, solúvel na água ou em outras bebidas.

A droga foi sintetizada nos anos 60 para ser utilizado em hospitais

como anestésico, mas o uso foi suspenso devido aos seus efeitos colaterais.

É um depressor do sistema nervoso central que reduz a velocidade das funções do corpo.

(61)

Efeitos do uso da substância:

Náusea

Vômito

Vertigens

Distúrbios visuais

Diminuição da frequência cardíaca

Hipotemia (temperatura do organismo muito abaixo do normal)

Hipotensão (pressão baixa)

Depressão respiratória.

Enxaquecas.

Delírio

Sonolência

Diminuição do nível da consciência

Desinibição

Sensação de bem-estar

Relaxamento

Convulsões

Sem comprovação científica, é usado como estimulador do crescimento da massa muscular

O indivíduo pode sentir mais energia

O GHB pode causar intoxicações intensas mesmo em pequenas doses. Dosagens mais elevadas e a combinação com álcool podem levar ao óbito.

(62)

KETAMINA

Ketamina é uma droga sintética também conhecida com “special K”

ou “vitamina K” com efeito psicotrópico.

É um anestésico que pode ser utilizado em forma de pó ou líquido.

Quando é utilizada sob a forma de pó, a substância pode ser cheirada.

O pó também pode ser fumado se colocado em cigarros de maconha ou tabaco.

Outra forma de administrá-la é misturando com água e injetando-a no músculo (armazenada em ampolas).

Há também em forma de pílulas para ser administrada via oral.

A Ketamina é uma substância lícita que é permitida apenas para ser ministrada por profissionais da saúde como os médicos e médicos veterinários (é muito utilizada como anestésico nos animais em situações cirúrgicas).

Seus efeitos duram cerca de duas horas.

(63)

Alguns efeitos da ketamina:

Naúsea

Vertigem

Vômitos

Diarréia

Baixa de temperatura

Problemas respiratórios

Entorpecimento (baixas doses)

Alucinações

Dificuldade em controlar movimentos e sentimentos

Pensamento aéreo

Tendência a tropeçar

Retardamento das sensações e reflexos

Possibilidade de sensações eróticas

Aumento de sociabilidade

Aumenta a pressão arterial, podendo levar a um infarto do miocárdio.

(64)

ANFETAMINAS

São drogas sintéticas e estimulantes que fazem o cérebro trabalhar mais depressa, deixando as pessoas “elétricas”, “acesas”, “ligadas”, com menos sono e menos apetite.

É chamada de “rebite" principalmente entre os motoristas que precisam dirigir durante várias horas seguidas sem descanso.

Também é conhecida como “bolinha” por estudantes que passam noites inteiras estudando. E por pessoas que costumam fazer regimes para emagrecimento sem o acompanhamento médico.

(65)

Está presente em medicamentos sob prescrição médica, sendo seu uso rigorosamente controlado devido ao risco de dependência e de efeitos colaterais. Além do uso médico controlado, as anfetaminas são usadas ilegalmente como droga estimulante e doping.

É comercializada por laboratórios na forma de remédio com diferentes nomes fantasia.

(66)

Quando essa substância é usada constantemente, a pessoa começa a perceber com o passar do tempo que a droga faz a cada uso menos efeito. Dessa forma, em busca do efeito desejado, necessita aumentar as doses.

(67)

A anfetamina não acarreta conseqüências apenas no cérebro. Ela pode causar:

Aumento do número de batimentos do coração (taquicardia);

Aumento da pressão sanguínea;

Afetar os olhos, dilatando a pupila.

Importante frisar que a anfetamina leva o organismo a reagir além de suas capacidades, desempenhando esforços excessivos. Ao interromper o uso da substância, a pessoa sente uma significativa falta de energia, podendo ficar deprimida.

(68)

ECSTASY

O Ecstasy é uma droga sintética, cujo princípio ativo

é uma substância chamada

metilenodioximetanfetamina, que pode ser abreviada de “MDMA”, que é um tipo de estimulante.

É classificado como um alucinógeno e atua no cérebro controlando duas substâncias: a dopamina, que interfere nas dores, e a serotonina, que está ligada às sensações de prazer. A combinação das duas deixa a pessoa muito mais eufórica, confiante e sociável.

(69)
(70)

Formas de consumo

É vendido geralmente em comprimidos e consumido por via oral, embora também possa ser injetado ou inalado na forma de pó. Pode apresentar diversos aspectos, tamanhos e cores, de forma a tornar-se mais atrativo e comercial.

No Brasil, teve seu pico de surgimento na década de 1990. Atinge um publico de adultos jovens, com formação escolar, inseridos no mercado de trabalho, pertencentes às classes sociais mais abastadas e usuários de outras drogas.

(71)

Efeitos Físicos e Psíquicos

Entre os efeitos físicos causados após a ingestão da droga estão:

Taquicardia

Aumento da pressão sanguínea

Boca seca

Perda do apetite

Dilatação das pupilas

Dificuldade em caminhar

Reflexos exaltados

Vontade de urinar

Tremores

Sudorese (suor excessivo)

Câimbras ou dores musculares

Tensão maxilar

Bruxismo (ranger os dentes).

(72)

Efeitos psíquicos do ecstasy

Aumento da autoconfiança, da comunicação e da sensibilidade

Euforia

Bem estar

Despreocupação

Perda da noção de espaço

Aumento da percepção para sons e cores

Aumento do estado de alerta

Maior interesse sexual

Aumento da sensação de proximidade e intimidade com terceiros, daí a sua popularidade como a “pílula do amor”.

(73)

O Uso constante da droga pode causar:

Morte de células cerebrais

Perturbações mentais

Falta de memória

Perda do autocontrole

Síndrome do pânico

Depressão

Ansiedade

Desidratação

Alucinações (ouvir vozes)

Paranóias

Despersonalização

Impulsividade

Dificuldade para tomar decisão

Insônia.

(74)

INALANTES

Os inalantes são substâncias química voláteis

(vaporizam para a forma gasosa em temperatura ambiente) e quando inalados podem intoxicar. A substância vai para os pulmões segue para a

corrente sangüínea e atinge o cérebro em segundos, podendo acarretar sensação de euforia e

alucinações.

(75)

Formas de apresentação dos inalantes

Os inalantes podem apresentar-se de várias

formas. Nem sempre são produtos ilícitos, visto

que também são encontrados em produtos de uso doméstico e profissional, como tintas spray e

fluidos de limpeza

Outras substâncias inalantes são: solventes (verniz, esmalte, cola, removedor, líquido

corretivo, gasolina, tinta spray, desodorante e fixador de cabelo) e gases (de isqueiro, de

cozinha, anestésicos e aerossóis

(76)

Efeitos agudos

Os efeitos dos inalantes costumam durar poucos

minutos, no entanto quando a substância é inalada repetidas vezes, o seu efeito prolonga-se por horas e surgem sintomas agudos do abuso, semelhantes aos do uso do álcool.

(77)

Alguns sintomas:

Desinibição

Fraqueza muscular

Falta de coordenação

Tonturas

Desorientação

Perda dos reflexos

Problemas nos rins e fígado

Diminuição do fluxo de oxigênio para o cérebro levando à morte de neurônios

Perda de memória e concentração

Parada cardíaca e distúrbios do ritmo cardíaco

Sufocação podendo levar ao óbito

Por serem produtos altamente tóxicos podem levar o usuário à morte dentro de poucos minutos em uma única vez de consumo prolongado

(78)

TABACO

Tabaco é o nome de uma planta originária da América do Sul, da qual é extraída a substância chamada

nicotina. O tabaco é uma droga estimulante e por isso a pessoa tem um aumento em seu estado de alerta.

A nicotina é utilizada na forma de cigarro sendo absorvida pelo pulmão, mas também pode ser

absorvida pela mucosa bucal se o tabaco for mascado.

(79)

Durante o consumo, a pessoa introduz no organismo mais de 4700 substâncias tóxicas.

Entre elas estão:

Nicotina

Alcatrão

Veneno para matar insetos

Monóxido de carbono (igual ao gás venenoso que sai do escapamento de automóveis)

Agrotóxicos e substâncias radioativas

A primeira experiência pode causar:

Náuseas

Dores de cabeça

Mal estar

(80)

A primeira experiência pode causar:

Náuseas

Dores de cabeça

Mal estar

(81)

Porém, o indivíduo logo se adapta a esses sintomas que acabam desaparecendo. Com a continuidade do uso e sem os sintomas desagradáveis, a pessoa

acaba adquirindo tolerância à droga e passa a consumí-la com mais frequencia até alcançar a síndrome da dependência.

(82)

Algumas doenças crônicas causadas pelo uso da substância:

Doenças coronarianas (o tabaco é um grande fator de risco para os ataques cardíacos)

Câncer de pulmão, laringe, esôfago e boca

Bronquite crônica

Enfisema pulmonar

Infecções respiratórias, entre outras doenças.

(83)

Algumas complicações psiquiátricas:

Os dependentes da nicotina têm maior probabilidade de se envolverem com o uso problemático de álcool, com drogas ilícitas, problemas com depressão e

transtornos de ansiedade.

Para tratamentos da dependência de tabaco, algumas técnicas medicamentosas e psicoterapêuticas têm se mostrado eficientes.

O uso de estratégias motivacionais com o cliente para mostrar-lhe as vantagens e desvantagens do uso da substância é uma forma de incentivá-lo a iniciar um tratamento

(84)

OBRIGADA!

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