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A produção de sementes envolve duas etapas distintas e de alta tecnologia: a atividade no campo (semeadura, multiplicação, colheita) e a atividade industrial (secagem, limpeza, testes laboratoriais, embalagem, identificação ou beneficiamento)

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Academic year: 2021

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O trigo (Triticum aestivum L. Thell) é de grande importância para a economia do Brasil. É uma cultura adaptada a diversos locais graças ao seu complexo genoma que proporciona alta plasticidade (ACEVEDO et al., 2002). Essa cultura tem grande importância no cenário agrícola mundial, por ser o cereal mais cultivado em área e, em volume de grãos, sendo superado apenas pelo milho (USDA, 2009). A produção nacional do grão não tem sido suficiente para atender a demanda, agravada pela grande quantidade de grãos perdidos ou colhidos com qualidade inferior, decorrentes de ataque de insetos ou de chuvas no período da colheita (CARNEIRO et al., 2005).

Empresas produtoras de semente são responsáveis pela veiculação e difusão de inovações tecnológicas aos consumidores de seus produtos, promovendo o desenvolvimento e a sustentação da agricultura (MYAMOTO, 2004).

A produção de sementes envolve duas etapas distintas e de alta tecnologia: a atividade no campo (semeadura, multiplicação, colheita) e a atividade industrial (secagem, limpeza, testes laboratoriais, embalagem, identificação ou beneficiamento). A produção é uma atividade agrícola, enquanto o beneficiamento é mercantil; o mesmo produtor pode exercer as duas atividades ou optar pelo auxílio de cooperantes, que complementam o serviço de produção (SANTOS et al., 1985).

Este estudo tem como objetivo avaliar a produção de sementes de trigo da empresa agrícola Condor Agronegócios Cascavel - PR, no período entre os anos 1997 a 2007.

Analisar as variações de percentagem de área aprovada; beneficiamento; percentagem de lotes aprovados, comercializados e a influência que o clima e o mercado trazem para essas variáveis.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

Originário de regiões montanhosas do Sudoeste da Ásia, (Irã, Iraque e Turquia) o trigo foi cultivado na Europa, já na pré-história e foi um dos mais importantes cereais para alimentação humana na Pérsia antiga, na Grécia e no Egito. Grãos de trigo carbonizados, que datam de mais de 6 mil anos, foram encontrados por arqueólogos nos países considerados como centro de origem e domesticação da espécie. No Brasil, há relatos que o cultivo do trigo tenha se iniciado em 1534, na antiga Capitania de São Vicente. A partir de 1940, a cultura começa a se expandir comercialmente no Rio Grande do Sul. Nessa época, colonos do Sul do Paraná cultivavam sementes de trigo trazidas da Europa, em solos relativamente pobres, onde as cultivares de porte alto, tolerante ao alumínio tóxico, apresentavam melhor adaptação. A partir de 1969/70, o trigo expandiu-se para as áreas de solos mais férteis do norte/oeste do Paraná e, em 1979, o Estado assumiu a liderança na produção de trigo no Brasil (EMBRAPA, 2009).

Botanicamente, o trigo pertence à família Poaceae, tribo Triticeae, subtribo Triticinae.

A espécie cultivada Triticum aestivum, é autógama, com flores perfeitas que, em condições normais de cultivo, apresenta baixa frequência de polinização cruzada. Atualmente, cultivam- se trigos de inverno e de primavera. Os trigos de inverno, em seu estádio inicial de desenvolvimento, necessitam passar por um período de vernalização, a temperaturas próximas a zero grau centígrados, para completar o ciclo reprodutivo. O trigo cultivado no Brasil é de hábito primaveril e a maioria das cultivares são insensíveis ao fotoperíodo (EMBRAPA, 2009).

Dentre os aspectos que merecem atenção especial para permitir o melhor aproveitamento do potencial produtivo do trigo, destaca-se a utilização de sementes de alta qualidade, principalmente quanto aos componentes genético, fisiológico, físico e sanitário (FANAN et al., 2006).

O ciclo de desenvolvimento do trigo, da emergência à maturação fisiológica, pode ser dividido em três fases: vegetativa, que ocorre entre a formação dos primórdios foliares do colmo principal até a formação do primeiro primórdio floral; reprodutiva, que se subdivide em início da fase reprodutiva, da iniciação floral até a formação da espigueta terminal, quando todas as espiguetas e algumas flores já estão diferenciadas, e final da fase reprodutiva, que ocorre desde a iniciação da espigueta terminal até o florescimento ou antese; e fase de enchimento de grãos, que vai da antese até a maturação fisiológica (SLAFER &

RAWSON, 1994).

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A semente é um dos principais insumos para a agricultura, sendo a sua qualidade um fator determinante do sucesso do empreendimento agrícola (POPINIGIS, 1985). A definição de qualidade das sementes tem sido uma preocupação para muitos autores. Maguire (1962).

Ao afirmar que esta pode ter significado diferente para muitas pessoas, podendo representar: pureza genética, aspecto físico, uniformidade do lote, viabilidade, vigor, sanidade, entre outras.

A produtividade das sementes está intimamente ligada à qualidade fisiológica das mesmas, resultando na redução da quantidade de plantas, na produção de plantas pouco vigorosas e um baixo estande com plantas de baixo vigor, quando a qualidade é baixa, e em um rápido estabelecimento da cultura, no controle de invasoras e na minimização de riscos de replante, quando a qualidade é alta. Alguns dos efeitos da qualidade na produtividade podem ser vistos na distribuição das plantas, o que faz com que ocorra um melhor aproveitamento dos nutrientes, da luz e da água do solo, conseqüentemente, produção maior. A semente com qualidade mais baixa acarreta menor produção e menor lucro para o produtor. A semente com alto vigor germina, emerge e se desenvolve em plantas que produzem maior número de espigas e espiguetas. Os valores da germinação, vigor, microorganismos e ganho de produtividade somados, representam até 150 % sobre o custo do uso da semente com baixa qualidade (PESKE, 2000).

A semente de trigo deve ser colhida tão logo complete a sua maturação de campo, pois permanecendo no campo pode ficar exposta ao risco de chuvas e ao ataque de pragas que, dessa maneira, introduzem - se junto com o produto no armazém, causando grandes prejuízos à qualidade da semente (JUNIOR & USBERTI, 2007). As sementes só poderão estar disponíveis aos agricultores quando o lote de sementes apresentarem qualidade definida dentro dos padrões legais de comercialização MAGUIRE, (1962).

Para Pascale (1974) a variabilidade climática - espacial e temporal - é um dos principais determinantes de incertezas na atividade agrícola. Neste particular, a cultura de trigo, apesar de sua adaptação a regiões climaticamente muito diferentes em nível mundial, tem seu rendimento afetado, tanto em quantidade como em qualidade, por variações meteorológicas durante o período de cultivo.

Geadas extemporâneas freqüentemente causam reduções de rendimento de grãos em trigo, a depender do estádio fenológico de desenvolvimento das plantas, por ocasião da geada, e de fatores abióticos a ela associados (SILVA et al. 2008).

Períodos prolongados com a temperatura do ar abaixo de 0ºC diminuem significativamente a tolerância ao frio em plântulas de trigo de inverno, em que a tolerância

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máxima à geada, nas plantas completamente aclimatadas, pode chegar a -15ºC, por 6 dias, e sobrevivência a -18ºC, por 24 horas, e a -23ºC, por 12 horas (Gusta et al., 1982). Entretanto, quanto maior for o tempo de exposição à temperatura congelante, maiores serão os danos provocados ao trigo (Shroyer et al., 1995; Veisz et al., 2001).

Para Scheeren (1982) em termos de riscos climáticos para a cultura de trigo no Sul do Brasil, destacam-se como principais a ocorrência de geada, em particular na floração (antese), e o excesso de chuva por ocasião da colheita. A geada causa queima de folhas e estrangulamento de colmos e, atingindo os primórdios florais impede a formação de grãos.

Danos por geada em trigo no Brasil foram vastamente discutidos por Wendt e Teixeira (1989), especialmente quando ocorrem por ocasião do espigamento. Esses autores destacaram que temperaturas menores ou iguais a - 3,0°C podem ser letais à espiga de trigo. Também salientam que, abaixo de -2,0°C, embora não necessariamente haja dano nos tecidos vegetativos, essa temperatura é letal aos órgãos reprodutivos.

O estado hídrico do solo pode acentuar ou atenuar os efeitos da geada. Os danos serão mais severos em solos saturados do que em secos (Szúcs et al., 2003). Quanto maior a proximidade da capacidade de campo, maior será a disponibilidade hídrica às plantas, o que deixa as células bem hidratadas e potencializa os danos da geada (SILVA et al, 2008).

Durante a emergência até o estado de duas folhas, as plantas de trigo são sensíveis às baixas temperaturas (GASSEN, 2002).

Para Yang et al. (2002), a senescência, caracterizada pela clorose das folhas e maturidade precoce do grão, é a primeira resposta das plantas de trigo às altas temperaturas, o que ocasiona forte redução no rendimento de grãos e de seus componentes.

Schrodter & Grahl (1974) relatam que prejuízos à cultura de trigo, particularmente qualitativos, são determinados por excesso de chuva no período de colheita. Belderok (1968) destaca o risco de germinação na espiga em trigo, decorrente de chuvas no período de colheita, desde que tenha havido superação de dormência, por efeitos térmicos, durante a fase de enchimento de grãos. No entender de Luz (1982) excesso de chuvas no período de maturação e de colheita, além de diminuir o rendimento, (GUARIENTI; 1993 ; MANDARINO; 1993) afetam negativamente as características de qualidade dos grãos.

Os efeitos sobre o rendimento dependerão não somente da capacidade de compensação da cultura, mas também da possibilidade de recuperação, que permite o ambiente de produção. A capacidade de compensação do cultivo está em função dos órgãos afetados e pela fase de ocorrência. Mas, a possibilidade de alcançar essa recuperação dependerá das condições de umidade, temperatura e disponibilidade de nutrientes posterior ao

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momento do dano. Uma semeadura no cedo de trigo num bom ambiente de produção, seguramente compensará alguma perda de plantas e de área foliar inicial (SILVA, 2008).

As perdas em rendimento provocadas pela incidência de doenças em trigo variam, conforme o tipo de patógeno, incidência, severidade, as condições ambientais, a susceptibilidade da cultivar e as medidas de controle empregadas.

No período entre a germinação e a emergência as plantas se encontram na fase mais frágil, por isso é bem favorável ao ataque de doenças de solo e de pragas (AGROLINK, 2009).

Quanto aos danos por doenças a intensidade da perda na produção é determinada, geralmente, pela época em que ocorre a infecção e pelo órgão afetado na planta. No caso do trigo, os produtos da fotossíntese elaborados nas folhas situadas na porção superior do colmo (principalmente a folha bandeira) e nas aristas são responsáveis pela maior parte da produção.

As folhas inferiores contribuem com 15 a 20% do total da produção (GASSEN, 2002).

Assim, é comum observar morte de plantas pequenas durante a implantação, mas à medida que começa o crescimento vão adquirindo maior resistência. Na fase de perfilhamento, a bibliografia menciona que um dano importante se produz com uma exposição de 2 horas a -11 ºC. Logo com o espigamento começa um período de sensibilidade crescente que tem o máximo de suscetibilidade próximo da floração ou antese, com uma temperatura de -1 ºC com uma exposição de 2 horas. Neste momento, o maior efeito se dá pela redução de viabilidade do pólen que, origina esterilidade das flores afetadas e que ocorre ainda com temperaturas acima de zero (GASSEN, 2002).

Conforme Fischer (1985), o potencial de rendimento de grãos em trigo é determinado, principalmente, no final da fase vegetativa, etapa de alongamento do colmo, antes da antese, quando o número de flores férteis é definido. Geralmente, entre 6 e 12 primórdios florais são formados por espigueta, dependendo de sua posição na espiga. Desses, quatro a cinco são viabilizados e podem ser fertilizados na antese (KIRBY, 1988).

A aprovação de campos é uma das fases mais importantes se não, a mais importante do processo de produção de sementes, pois ao considerar o princípio básico de que: “semente se faz no campo”, é nas inspeções de campos que se avaliam as condições em que os mesmos se encontram. Critérios e padrões exigidos nas normas de produção de sementes devem ser obedecidos para que se obtenha êxito, recebendo na Unidade de Beneficiamento de Sementes – UBS, apenas materiais efetivamente aptos para produção de semente de alta qualidade.

O estabelecimento de campos para produção de sementes exige um planejamento antecipado e criterioso, levando em conta a espécie cultivada e suas características

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particulares, posto que cada cultivar requer técnicas apropriadas para sua multiplicação. É necessário um planejamento de instalação de campos que leve em conta as condições necessárias para evitar problemas durante o processo de produção e que envolva: a escolha do produtor; a seleção da gleba; a variedade a ser cultivada; a obtenção das sementes; a época e técnica apropriadas para a semeadura; os problemas fitossanitários e proteção do campo; a técnica de cultura; mão-de-obra e equipamentos adequados (TOLEDO; MARCOS FILHO, 1977).

Na fase de beneficiamento, é necessário realizar-se várias operações com intenção de eliminar impurezas ou sementes que não apresentem boa qualidade. Um lote de sementes, logo após a colheita, apresenta materiais diferentes junto com as sementes (palhas, ervas daninhas, sementes estranhas, poeira) que devem ser eliminados no beneficiamento (CARVALHO; NAKAGAWA, 1988).

Quanto à comercialização de sementes, no Brasil, a empresa de sementes surge revestida de características e modalidades variadas, abrangendo atividades específicas desde o plantio à comercialização. A comercialização reveste-se de complexidade, variando conforme a espécie, a dimensão do país, a produção e o consumo, além de outros fatores sócio- econômicos que influem no processo. A comercialização de sementes envolve a própria comercialização e a fiscalização desse comércio. Apresenta um conjunto de atividades pelas qual a semente, como mercadoria, e os serviços chegam do produtor até o agricultor que é o consumidor final (CARRARO e PESKE, 2005).

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3. MATERIAL E MÉTODOS

O estudo foi realizado no município de Cascavel, no Oeste do Paraná, na empresa agrícola Condor Agronegócios, através da análise dos dados históricos da produção de sementes de trigo das safras agrícolas (1997 a 2007). Durante o período em que ocorreu o levantamento e análise de dados da produção de sementes, os padrões de qualidade referiam- se às classes registrada e fiscalizada. Foram utilizados os dados de: área inscrita, área aprovada, produção bruta recebida, produção aprovada e produção comercializada.

Foram utilizados dados de dois segmentos: da Unidade de Beneficiamento de Sementes (UBS) e dos LAS (Laboratório de Análise de Sementes). Da UBS foram analisados os dados de recebimento, beneficiamento, aprovação e comercialização das sementes recebidas. Dos lotes analisados nos LAS foram avaliados as plântulas normais, sementes puras e outros cultivares.

As sementes foram produzidas de acordo com as Normas para Produção de Sementes (SEAG/PR, 1986), cujos cooperantes foram os clientes da Condor Agronegócios. Na nova lei de produção de sementes, estas classes de sementes são produzidas como categoria certificada C1, C2 e produção de semente da categoria não certificada S1, S2, respectivamente (BRASIL, 2004).

Área inscrita é obtida segundo um planejamento do setor comercial da empresa Condor, que faz uma estimativa do volume de sementes que será comercializado na próxima safra, corrigindo todas as possíveis quebras (área aprovada, produção beneficiada e produção aprovada), distribuindo o volume total em várias cultivares, definindo a área (hectares) necessária para cumprir essa meta.

A área aprovada é obtida por um laudo que é realizado por um engenheiro agrônomo responsável pela empresa, chamado de laudo pré – colheita, que pode ser preenchido até doze dias antes da colheita. Para a determinação do índice de aprovação de campos foram utilizados os dados de área aprovada em relação aos de área inscrita calculando assim o percentual de aprovação de campos.

Para a produção bruta recebida foi considerada toda a semente proveniente de campos aprovados, recebidos na unidade de beneficiamento, ainda com umidade,(corrigida para 13%) impurezas, triguilho, expresso em kg. A produção bruta em relação a área aprovada foi determinada pela divisão da produção bruta recebida pela área aprovada e expressa em kg/ha.

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A produção de sementes beneficiadas corresponde ao total de sementes produzidas após o beneficiamento. O descarte corresponde ao material retirado no processo de beneficiamento (impurezas, umidade e triguilho).

Para a determinação do percentual de descarte foi considerada a produção bruta de sementes recebidas em relação as sementes beneficiadas, e expresso em percentagem A produção de sementes aprovada, representa a fração das sementes beneficiadas que foram aprovadas nos testes de qualidade, realizados no laboratório de sementes.

O laboratório de análises de sementes da empresa realizou as análises de germinação, vigor e pureza e segundo os resultados obtidos reprovou ou aprovou os lotes de sementes.

A percentagem de sementes beneficiadas aprovadas foi determinada pela relação entre a quantidade de sementes beneficiadas e a quantidade de sementes aprovadas nos testes de laboratório, expresso em percentagem. Calculou-se também a quantidade de sementes beneficiada aprovada em relação a área aprovada, que foi expresso em kg/ha.

Sementes comercializadas correspondem aos volumes efetivamente comercializados pela empresa em cada safra, expresso em kg, enquanto que a percentagem de sementes comercializadas corresponde a proporção de sementes efetivamente comercializadas em relação a quantidade de sementes aprovada, expresso em percentagem.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Avaliaram - se os dados da produção de semente de trigo com o levantamento histórico de resultados da empresa Condor Agronegócios Cascavel – PR, no período de 1997 á 2007. Optou-se por analisar as variáveis mais relevantes e ao final deste trabalho, fez-se uma análise geral dos fatores que podem ter contribuído para a variação nas safras 1997/2007, no que diz respeito: a área inscrita, área aprovada, produção líquida recebida, produção beneficiada, produção aprovada, percentagem de produção beneficiada, percentagem de descarte, percentagem de comercialização.

A tabela 1 mostra uma grande variação da área inscrita entre os anos de 1997 a 2007.

O que ocasiona a variação é a maior ou a menor necessidade de volume de sementes, de acordo com as cultivares, segundo o planejamento da Condor Agronegócios. As condições de campo também podem influenciar.

A falta de chuva pode gerar a desuniformidade de germinação e o aumento do ataque de pragas iniciais podendo comprometer de forma parcial ou total o campo de sementes.

A percentagem de área aprovada oscila muito em função de variações climáticas principalmente geadas na fase de elongação e enchimento de grãos, granizo e excesso de chuva na colheita. De 1995 a 1999 (período pós Plano Real) a área plantada com trigo no Brasil (resumida às propriedades competitivas internacionalmente) oscilou entre 1,1 a 1,7 milhões de hectares. Nesse período, a valorização do Real frente ao Dólar favorecia as importações, mantendo o trigo nacional pouco competitivo, se comparado ao importado (CONAB, 2009).

A região Sul do Brasil sempre foi a maior produtora de trigo do país, respondendo por mais de 90% do total nacional. O desenvolvimento de variedades adaptadas a essa região, explicam a predominância do cultivo do trigo no Brasil em áreas situadas abaixo do paralelo 24 (trópico de capricórnio) (CONAB, 2009).

Dos Estados do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul são os únicos de expressão nacional no cultivo do trigo. O Paraná sempre foi o líder na produção nacional de trigo, à exceção de alguns poucos anos, quando as lavouras foram dizimadas por geadas e a liderança na produção ficou temporariamente com o Rio Grande do Sul (CONAB, 2009).

Referências

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