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Palavras-chaves: Imunofluorescência; Imunodiagnosticos ; Imunoeletroforese.

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Academic year: 2021

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IMUNOFLUORESCÊNCIA E IMUNOELETROFORESE: VANTAGENS E DESVANTAGENS

AMORIM, J. S.¹; PORTO, J. C. S.²; OLIVEIRA, F. V. B.¹; MACHADO, R. S.¹; COELHO, F. A.²; SILVA, M. M. S.²; SANTOS, V. M.³; SANTOS, V. M.4; NUNES, F.C1;MOBIN, M5.

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Graduando em Biomedicina pela UNINASSAU Campus Aliança Teresina-PI; 2Graduando em Biomedicina pelo UNINOVAFAPI; 3Graduando em Psicologia pela UNINASSAU Campus Parnaíba-PI; 4Graduando em

Biomedicina pela Universidade Federal Campus Parnaina-PI; 5Profa. Dra. do UNINOVAFAPI.

RESUMO

O século XX foi marcado por grandes avanços no campo das ciências médicas, onde novas técnicas de diagnóstico foram desenvolvidas ou melhoradas. Como exemplos de revolução no campo do imunodiagnóstico está a imunofluorescência e a imunoeletroforese. Esta pesquisa objetivou esclarecer as vantagens e desvantagens destas duas técnicas de imunodiagnóstico, de modo a fornecer subsídio científico para futuras aplicações ou melhoramento da imunofluorescência e imunoeletroforese. Este estudo de cunho qualitativo foi realizado através de uma revisão sistemática dos artigos disponíveis nos bancos de dados da CAPES, BVS e Google Acadêmico, onde cada artigo selecionado foi avaliado por, no mínimo, dois pesquisadores. Foram encontrados 80 artigos, dos quais 20 foram selecionados. A maioria dos artigos abordavam a imunofluorescência e buscavam validá-la como técnica decisiva no diagnóstico de parasitoses. Quanto as vantagens, ambas compartilham de uma grande sensibilidade e pouco período de tempo para o resultado final. A principal desvantagem da imunofluorescência é a interferência luminosa e o elevado custo da instalação e manutenção dos equipamentos necessários para sua aplicação. Já para a imunoeletroforese, a impureza do gel de agarose é principal desvantagem da técnica.

Palavras-chaves: Imunofluorescência; Imunodiagnosticos ; Imunoeletroforese.

ABSTRACT

The twentieth century was marked by great advances in the field of medical sciences, where new diagnostic techniques were developed or improved. Examples of a revolution in the field of immunodiagnosis are immunofluorescence and immunoelectrophoresis. This research aimed to clarify the advantages and disadvantages of these two immunodiagnostic techniques in order to provide scientific subsidy for future applications or improvement of immunofluorescence and immunoelectrophoresis. This qualitative study was carried out through a systematic review of the articles available in the databases of CAPES, VHL and Google Scholar, where each selected article was evaluated by at least two researchers. We found 80 articles, 20 of which were selected. Most articles addressed immunofluorescence

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and sought to validate it as a decisive technique in the diagnosis of parasitoses. As for the advantages, both share a great sensitivity and little time for the end result. The main disadvantage of immunofluorescence is the light interference and the high cost of installation and maintenance of the equipment required for its application. Already for immunoelectrophoresis, the impurity of the agarose gel is a major drawback of the art.

Keywords: Immunofluorescence; Immunodiagnostics; Immunoelectrophoresis. INTRODUÇÃO

O século XX foi marcado por grandes avanços no campo das ciências médicas, onde novas técnicas de diagnóstico foram desenvolvidas ou melhoradas. Como exemplos de revolução no campo do imunodiagnóstico está a Imunofluorescência e a Imunoeletroforese, criadas em 1942 e 1953 por Albert Coons e colaboradores e pelos imunologistas franceses Curtis Willians e Pierre Grabar, respectivamente (AOKI et al., 2010; OSAKI, 2012; OLIVEIRA et al., 2015).

A imunofluorescência vem sendo aperfeiçoada desde a sua criação, sendo uma técnica de diagnóstico alternativa para algumas patologias e decisivas para outras. Esta técnica baseia na emissão de uma luz com comprimento de onda específico de um conjugado quando excitado pela luz ultravioleta (COLA et al., 2011; MARINHO et al, 2011; CHANG, 2011).

Já a imunoeletroforese deriva da combinação de duas técnicas já bem conhecida no campo laboratorial: a eletroforese e a imunodifusão radial. Desta forma, a imunoeletroforese possibilita ao analista avaliar a sua amostra tanto pelas características de polaridade quanto pelo tamanho, peso molecular e afinidade de ligação antígeno-anticorpo (LEVANON et al., 2013, DE OLIVEIRA et al, 2015) .

Estas duas técnicas supracitadas albergam um longo espectro de aplicação no campo médico-laboratorial, desde o diagnóstico de doenças que afetam a pele (como lupos eritematoso) até afecções neurológicas ou sistêmicas (como neurocisticercose e doenças de Chagas) (OSAKI et al, 2012; PÁDUA JÚNIOR et al., 2010).

Como existi uma diversidade significativa de aplicações para a imunofluorescência e imunoeletroforese, esta revisão sistemática objetivou esclarecer as vantagens e desvantagens destas duas técnicas do imunodiagnóstico, de modo a fornecer subsídio científico para futuras aplicações ou melhoramento da imunofluorescência e imunoeletroforese.

METODOLOGIA

Este estudo de cunho qualitativo foi realizado através de uma revisão sistemática dos artigos disponíveis nos bancos de dados da CAPES, BVS e Google Acadêmico. Para a pesquisa dos artigos, foi utilizado os seguintes descritores: Imunofluorescência, Imunoeletroforese e Imunodiagnóstico.

Foram escolhidos apenas os artigos que abordassem a imunofluorescência e a imunoeletroforese no imunodiagnóstico, que estivessem completos, que estivessem escritos em português ou inglês e que datassem de 2010 a 2016.

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Como método de análise dos artigos selecionados, cada estudo foi avaliado independentemente por, no mínimo, dois pesquisadores.

RESULTADOS

Foram encontrados 80 artigos, dos quais 20 foram selecionados. Cerca de 70% dos artigos abordavam a imunofluorescência e apenas poucos menos de 20% discutiam a imunoeletroforese. Os demais 20% discutiam ambas as técnicas acrescidas de outros métodos não pertencentes ao imunodiagnóstico. Figura abaixo.

Figura 1 : Conteúdo dos artigos selecionados neste estudo

Legenda: IMF – Imunofluorescência; IME – Imunoeletroforese Fonte: Este estudo

A maioria dos artigos buscavam validar umas das técnicas do imunodiagnóstico aborda neste estudo frente a alguma patologia, sendo as técnicas moleculares os principais oponentes da Imunofluorescência e Imunoeletroforese.

As patologias mais usadas nos artigos eram as parasitoses, como a doença de chagas e a leishimaniose. Também verificou-se estudos que abordavam a imunofluorescência como teste de diagnóstico definitivo de doenças que afetam a pele, mas não houve nenhum trabalho que abordasse a imunoefetroforese como teste decisivo nestas doenças.

DISCUSSÃO

As reações imunológicas que envolvem a ligação antígeno-anticorpo podem ser visualizadas ou quantificadas por meio de diferentes marcadores para o antígeno ou para o anticorpo. Os primórdios da imunofluorescência direta datam de 1942, quando Albert Coons e colaboradores demonstraram a marcação de anticorpos antipneumococos com fluoresceína no tecido pulmonar (RIZZO et al., 2014.

A substância utilizada como marcador na imunofluororescência pertence ao grupo dos fluorocromos, onde os mais utilizados é o isotiocianato de fluoresceína (FITC), de cor verde, e a rodamina, de cor vermelha. O microscópio utilizado para a leitura de imunofluororescência pode ser de epiluminescência ou confocal (DELLAVANCE et al, 2011; PIVOTO et al, 2012).

70% 20%

10%

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Na leitura das reações de imunofluorescência devem-se enumerar três formas distintas de fluorescência: específica, não específica e autofluorescência. A fluorescência específica deve-se à reação entre o substrato e a proteína marcada com o fluorocromo (reação antígeno-anticorpo). A fluorescência não específica deve-se à coloração dos tecidos por corante livre ou proteínas fluoresceinadas, ou ambos. A autofluorescência ocorre devido à fluorescência natural dos tecidos quando expostos à luz ultravioleta (MAIA et al, 2011; COMO, 2010)

De acordo com a metodologia empregada e, consequentemente do alvo imunológico, a imunofluorescência é subdividida em imunofluorescência direta e imunofluorescência indireta. A primeira busca-se o antígeno propriamente dito e se utiliza amostras teciduais e a segunda objetiva encontrar um anticorpo específico e se utiliza o soro como amostra (NUNES, 2011)

Como principal a vantagem está a sensibilidade da técnica, pois apresentam baixos valores limiares de detecção. As desvantagens iniciam-se já na manipulação e efetuação da técnica, necessitando de profissionais altamente qualificados. Acrescido a esta desvantagem, também está o preço do equipamento e reagentes e a possibilidade de interferência luminosa dos próprios tecidos (autofluorescência) e da fluorescência não específica (MARINHO et al, 2011; CHANG, 2011).

Como nossos resultados indicam, são escassos os artigos que abordam a imunoeletroforese de forma completa e objetiva. Esta técnica criada pelos imunologistas franceses Curtis Willians e Pierre Grabar em 1953 foi um marco para a época. A técnica permitia a separação das frações proteicas a partir da precipitação dos anticorpos. Foi nomeada de imunoeletroforese e destacava-se das outras técnicas por utilizar uma fina película de gel de ágar espalhado sobre lâminas de vidro como suporte. Esse método foi aperfeiçoado para outros tipos de proteínas como enzimas, lipoproteínas e hemoglobinas, permitindo à quantificação por densitometria, apresentando excelente reprodutibilidade e sensibilidade, além de um curto tempo de quatro horas para a corrida eletroforética (LEVANON et al., 2013, DE OLIVEIRA et al, 2015).

Esta técnica permite identifica a amostra através dos seguintes parâmetros: polaridade da partícula ou molécula pesquisada, tamanho e massa molecular, e afinidade antígeno-anticorpo. Como principal desvantagem, está a possibilidade de impureza do gel de agarose que interfere significativamente nos resultados (DE OLIVEIRA et al, 2015).

CONCLUSÃO

Nossos resultados comprovam que apesar da possibilidade de várias aplicações da imunofluorescência, há poucos relatos na literatura. Quanto as vantagens, ambas compartilham de uma grande sensibilidade e pouco período de tempo para o resultado final. A principal desvantagem da imunofluorescência está interferência luminosa e o elevado custo da instalação e manutenção dos equipamentos necessários para a aplicação da técnica. Já para a imunoeletroforese, a impureza do gel de agarose é principal desvantagem da técnica.

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AOKI, V. et al. Imunofluorescência direta e indireta. Anais Brasileiros de

Dermatologia, v.85, n.4, p. 490-500, 2010.

CHANG, D. The need for direct immunofluorescence in the diagnosis of IgA bullous dermatosis. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, v. 48, n.1, p.55-57, 2012.

COLA, G. A. et al. Comparison of the indirect fluorescent antibody test and modified agglutination test for detection of anti-Toxoplasma gondii antibodies in rats. Semina:

Ciências Agrárias (Londrina), v. 31, n.3, p. 717-722, 2010.

COMO, I. L. R. U. Anexo 4–protocolo da reação de imunofluorescência indireta. Fernanda silva fortes, 87. 2010.

DELLAVANCE, A. et al. Das células LE às células HEp-2: perspectiva histórica e avaliação crítica do teste de imunofluorescência indireta para pesquisa de anticorpos antinúcleo. Rev Bras Med, v. 68, n. 7-21. 2011

DE OLIVEIRA, Evelyn et al. ELETROFORESE: CONCEITOS E APLICAÇÕES.

Enciclopédia Biosfera, v.11 n.22; p. 2015.

LEVANON, Yehuda; ROSSETINI, Stela. Estudo sobre a imunogenicidade de amêndoas de cacau. Revista do Instituto Adolfo Lutz, v. 25, n. 1-2, p. 1-10.

MAIA, M. C. S. et al. Obstrução tubária em mulheres com imunofluorescência indireta positiva para clamídia. Reprod, v. 1151, n. 26. 2011

MARINHO, W. F. P. T. W. et al. Diagnóstico de criptosporidiose em amostras fecais de bezerros por imunofluorescência direta e microscopia de contraste de fase. Ciência Rural, n. 41 v.6, p. 1057-1062, 2011.

NUNES, Edelvan. Identificação de Neospora caninum por reação de imunofluorescência indireta utilizando-se soropositividade para HIV como parâmetro de imunodeficiência em amostras de soros humanos do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. 2011.

ODAGUIRI, J. et al. Correlação entre achados clínicos e histopatológicos com aqueles da imunofluorescência direta no diagnóstico de lúpus eritematoso cutâneo crônico canino. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e

Zootecnia, v.13, n.3, p. 40-40, 2014.

OSAKI, S. C., et al. Produção de anticorpos policlonais anti-Cryptosporidium e padronização da Imunofluorescência Direta para a deteccção de oocistos em água. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 44, n.5, 2012.

PARMEZAN, S. N. Estudo comparativo de detecção de metapneumovírus humano pelos métodos de PCR e imunofluorescência direta. J. bras. patol. med. lab, v. 47, n.4, p. 427-430. 2011.

PÁDUA JÚNIOR, P. R; COSTA, C. H. N. Reações de imunofluorescência em aspirado de medula óssea para o diagnóstico de leishmaniose visceral (calazar) humana. Rev. Bras. Med. Trop. V. 23, n.4, 2010.

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PIVOTO, F. L. et al. Anticorpos anti-Neospora spp. em amostras sorológicas de potros pré-colostrais pela técnica de imunofluorescência indireta. Ciência

Rural, v.42, n.6, p.1061-1064. 2012.

RIZZO, H. et al. Comparação do ensaio imunoenzimático indireto (ELISA-teste) com a reação da imunofluorescência indireta na detecção de anticorpos IgG anti-Toxoplasma gondii em ovinos naturalmente infectados. Ciência Veterinária nos

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