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Uso da Tecnologia da Informação e Comunicação no Ensino Superior: Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas da UFC

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Academic year: 2018

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MESTRADO PROFISSIONAL EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

MARIA NAIRES ALVES DE SOUZA

USO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR: SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DE ATIVIDADES ACADÊMICAS

DA UFC

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MARIA NAIRES ALVES DE SOUZA

USO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR: SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DE ATIVIDADES ACADÊMICAS

DA UFC

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior. Área de concentração: Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior.

Orientador: Prof. Dr. André Jalles Monteiro.

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca de Ciências Humanas

S716u Souza, Maria Naires Alves de.

Uso da tecnologia da informação e comunicação no ensino superior: sistema

integrado de gestão de atividades acadêmicas da UFC. / Maria Naires Alves de Souza. –

2013.

89 f.: il. color., enc.; 30 cm.

Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Gestão da

Educação Superior, Mestrado Profissional em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior, Fortaleza, 2013.

Área de Concentração: Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior. Orientação: Prof. Dr. André Jalles Monteiro.

1. Sistemas de Informação. 2. Tecnologia da Informação e Comunicação. 3. Sistema Integrado de Gestão Acadêmica. 4. Ensino Superior. 5. Universidade Federal do Ceará. 6. Professores Universitários – Fortaleza (CE). 7. Ensino Superior - efeito de inovações tecnológicas. 8. Tecnologia Educacional. I. Título.

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MARIA NAIRES ALVES DE SOUZA

USO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR: SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DE ATIVIDADES ACADÊMICAS

DA UFC

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior do Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior.

Aprovada em: 19/12/2013.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________ Prof. Dr. André Jalles Monteiro (Orientador)

Universidade Federal do Ceará (UFC)

_________________________________________ Profa. Dra. Maria do Socorro de Sousa Rodrigues

Universidade Federal do Ceará (UFC)

_________________________________________ Prof. Dr. Antonio Clecio Fontelles Thomaz

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A Deus.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Onécio e Maria Neuza, pelo amor e apoio incondicionais.

Aos (às) meus (minhas) irmãos, irmãs, sobrinhos (as), simplesmente por existirem.

Ao Prof. Dr. André Jalles Monteiro, pela excelente orientação.

Aos professores participantes da banca examinadora Antonio Clecio Fontelles Thomaz e Maria do Socorro de Sousa Rodrigues, pelas valiosas colaborações e sugestões.

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RESUMO

Nos tempos atuais vivencia-se uma revolução da tecnologia, da comunicação e da informação. Essa revolução tem afetado, além de outras esferas da vida social, a educação, as instituições de ensino superior, a prática docente, a formação do professor e consequentemente sua prática pedagógica em sala de aula, bem como seu relacionamento com os discentes. O interesse por esta pesquisa surgiu em decorrência de serem os docentes os profissionais que têm maior aproximação com os discentes, cabendo a eles, dentre outras funções, transitarem pelo universo da informação, transmitirem informação, possibilitarem o conhecimento e viabilizarem o fluxo de informação e comunicação com seus discentes. Com este estudo objetiva-se investigar o uso do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas- SIGAA pelos docentes de graduação da UFC, mediante uma análise desse uso entre as diversas unidades/subunidades acadêmicas da universidade. Trata-se de uma pesquisa exploratória descritiva na qual os dados principais foram coletados no banco de dados da instituição, seguidos por entrevistas abertas com os docentes que mais usam o sistema SIGAA. Conforme verificado, o SIGAA detém precário uso pelos docentes de graduação da UFC, e as postagens por parte dos docentes no mencionado sistema, nos últimos três semestres letivos, têm apresentado uma estabilidade de uso. Deste modo, alguma iniciativa deverá ser implementada pela administração superior da universidade para uma efetiva ampliação da sua utilização.

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ABSTRACT

Nowadays we are living a revolution in technology, communication and information. This revolution has affected not only the social life, but also education, the institutes of higher education, the way of teaching, teacher education and consequently his/her own way of teaching in the classroom, and also his/her relationship with the students. The interest in this research arouse from the point that professors are the professionals that have more involvement with the students. Those are responsible for the universe of information, share information, make the knowledge possible and enable the flux of information and communication with his/her students. With this study, we aim to investigate the use of Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmica- SIGAA by professor of undergraduation courses at UFC (Universidade Federal do Ceará), establishing an analysis of its use among the many units/subunits of the university. This is a descriptive explanatory research in which the main data were collected in the internal documents of this institution, followed by open interviews made with some professors that frequently use the SIGAA system. As it could be verified, the professors from the undergraduation courses of this institution has little knowledge of how to manage SIGAA, although the number of posts made by these professors on the last three semesters have been stable. So, an initiative must be implemented by the administration personnel from UFC in order to maximize the use of SIGAA among the undergradation professors.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Etapas de geração do conhecimento nas organizações... 34

Figura 2 – Funções de um sistema de informação... 36

Figura 3 – Rede de cooperação técnica: UFRN e Rede IFES e Rede Ciclo... 38

Figura 4 – Integração entre os sistemas de informação institucional... 39

Figura 5 – Módulos do SI3 - UFRN... 40

Figura 6 – Módulos do SIGAA - UFRN... 42

Figura 7 – Módulos do SI3 - UFC... 44

Figura 8 – Módulos do SIGAA - UFC... 45

Figura 9 – Formato padrão do SIGAA... 46

Figura 10 – Portal Docente... 47

Figura 11 – Tela inicial de disciplina... 48

Figura 12 – Menu Turma Virtual... 49

Quadro 1 – Frequência de uso do SIGAA pelos docentes da UFC... 72

Quadro 2 – Tipo de postagem no SIGAA realizado pelos docentes da UFC... 72

Quadro 3 – Opinião dos docentes da UFC sobre o SIGAA... 73

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Comparativo de postagens de arquivos entre as unidades acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1... 51

Gráfico 2 – Postagens de arquivos do Centro de Ciências por subunidades

acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1... 53

Gráfico 3 – Postagens de arquivos do Centro de Ciências Agrárias por

subunidades acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1... 54

Gráfico 4 – Postagens de arquivos do Centro de Humanidades por

subunidades acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1... 56

Gráfico 5 – Postagens de arquivos do Centro de Tecnologia por subunidades acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1... 57 Gráfico 6 – Postagens de arquivos da Faculdade de Direito por subunidades

acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1... 58

Gráfico 7 – Postagens de arquivos da Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade por subunidades acadêmicas da UFC –

2011.1 a 2013.1... 59 Gráfico 8 – Postagens de arquivos da Faculdade de Educação por

subunidades acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1... 60

Gráfico 9 – Postagens de arquivos da Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem por subunidades acadêmicas da UFC – 2011.1 a

2013.1... 61 Gráfico 10 – Postagens de arquivos da Faculdade de Medicina por subunidades

acadêmicas da UFC – 2011.1 a 2013.1... 62

Gráfico 11 – Postagens de arquivos dos Institutos da UFC - 2011.1 a 2013.1... 63

Gráfico 12 – Postagens de arquivos dos campi da UFC no interior do Estado do Ceará – 2011.1 a 2013.1... 64

Gráfico 13 – Percentual de turmas com postagens de tópicos de aulas - 2011.1 a 2013.1... 65

Gráfico 14 – Média das turmas com postagens de tópicos de aulas – 2011.1 a 2013.1... 66

Gráfico 15 – Percentual de turmas com postagens de arquivos – 2011.1 a

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Gráfico 16 – Média das turmas com postagens de arquivos – 2011.1 a 2013.1... 68

Gráfico 17 – Percentual de turmas com postagens de notícias - 2011.1 a 2013.1. 69

Gráfico 18 – Média das turmas com postagens de notícias – 2011.1 a 2013.1... 70

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Distribuição dos dados da graduação no SIGAA, por semestre e de acordo com o número total de turmas, sem e com postagens de tópicos de aula definidos. Fortaleza-CE, 2013... 65

Tabela 2 – Distribuição dos dados da graduação no SIGAA, por semestre e de acordo com o número total de turmas, sem e com postagens de arquivos. Fortaleza-CE, 2013... 67

Tabela 3 – Distribuição dos dados da graduação no SIGAA, por semestre e de acordo com o número total de turmas, sem e com postagens de notícias. Fortaleza-CE, 2013... 69

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABIN Agência Brasileira de Inteligência CGU Controladoria Geral da União CONAE Conferência Nacional de Educação DPF Departamento de Polícia Federal

DPRF Departamento de Polícia Rodoviária Federal

FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação IES Instituições de Ensino Superior

IFAC Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre IFAL Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas IFPA Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará IFPR Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná

IFRS Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul

LDBEN Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional MINC Ministério da Cultura

MJ Ministério da Justiça

MPOG Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão NPD Núcleo de Processamentos de Dados da UFC ONU Organização das Nações Unidas

PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento SAD Sistema de Apoio à Decisão

SIE Sistema de Informação Executiva SIG Sistema de Informação Gerencial

SIGAA Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas SIGADMIM Sistema de Administração dos Sistemas

SIGED Sistema de Gestão Eletrônica de Documentos SIGPP Sistema de Planejamento e Projetos

SIGPRH Sistema Integrado de Planejamento, Gestão e Recursos Humanos SIPAC Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos SNE Sistema Nacional de Educação

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TI Tecnologia da Informação

TIC Tecnologia da Informação e Comunicação UFBA Universidade Federal da Bahia

UFC Universidade Federal do Ceará UFCA Universidade Federal do Cariri

UFERSA Universidade Federal Rural do Semi-Árido UFMA Universidade Federal do Maranhão

UFOPA Universidade Federal do Oeste do Pará UFPA Universidade Federal do Pará

UFPB Universidade Federal da Paraíba UFPI Universidade Federal do Piauí

UFRA Universidade Federal Rural da Amazônia UFRB Universidade Federal do Recôncavo da Bahia UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRR Universidade Federal de Roraima

UFS Universidade Federal de Sergipe UNIFEI Universidade Federal de Itajubá

UNILA Universidade Federal da Integração Latino-Americana

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO... 15

2 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO... 21

2.1 Tecnologia da informação e comunicação no ensino superior... 24

3 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO... 34

3.1 Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas ... 37

3.2 Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas na UFC... 43

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS... 51

4.1 Arquivos postados por unidades/subunidades acadêmicas – turmas de graduação 2011.1 a 2013.1... 51

4.2 Postagens de tópicos de aulas... 65

4.3 Postagens de arquivos diversos... 67

4.4 Postagens de notícias... 69

4.5 Uso do SIGAA pelos docentes de graduação por idade... 71

4.6 Docentes de graduação que individualmente mais fazem uso do SIGAA.... 71

4.7 Subunidades e unidade acadêmicas que utilizam o SIGAA com mais e menos frequência... 74

5 CONCLUSÃO... 76

REFERÊNCIAS... 79

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1 INTRODUÇÃO

Na sociedade da informação, ora vigente, a base do desenvolvimento do processo de produção e, portanto, do progresso, é o conhecimento. Está alicerçada num cenário essencialmente informático, onde os indivíduos percebem angústia diante do impacto gerado pela velocidade da evolução tecnológica e a crescente disponibilidade da informação. Neste cenário, as tecnologias formaram a base para

a “sociedade da informação”.

A sociedade do conhecimento traz em si um novo paradigma socioeconômico, no qual o real valor dos produtos reside no conhecimento neles embutido. Nesta perspectiva, a informação passa a ser o elemento propulsor desse crescimento econômico nas organizações. Segundo Fidelis e Cândido (2006, p.

425), “a nova economia mundial, baseada na informação, requer das organizações um conhecimento para coletar, trabalhar, interpretar e gerenciar este recurso”.

Pessoas e organizações usam informações todos os dias e estas são utilizadas em quase todas as ocupações. Contudo, a “explosão” da informação

gerou obstáculos ao seu acesso, tais como: o custo elevado pela sua busca, o imenso número de fontes de informação, o desconhecimento de novas ferramentas informacionais e a falta de habilidade em lidar com tais ferramentas.

Apesar dos obstáculos, a tecnologia da informação com suas ferramentas caracteriza-se como um fator facilitador para que o indivíduo transite melhor no universo informacional. Trata-se de um instrumento capaz de proporcionar aos usuários saber agir, integrar saberes múltiplos, saber aprender e ter melhor visão estratégica. Logo, é mister aos indivíduos que fazem uso da informação e a transmitem adquirirem competência com vistas a usá-la de forma eficiente e, sobretudo a transformá-la em conhecimentos, conforme proposto:

É indiscutível o aumento da tecnologia da informação nas organizações, e esta pode ser uma força poderosa para mudar o modo como fazemos nosso trabalho. A tecnologia, incluindo computadores, redes de comunicação e softwares, tornou-se não apenas uma ferramenta para administrar a informação, mas também um setor vigoroso em si mesmo (DAVENPORT, 1998, p. 15).

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uma teoria que se observa na sociedade da virada do século XX para o século XXI, e assinala uma nova realidade de práticas sociais geradas pelas transformações

decorrentes da “revolução tecnológica concentrada nas tecnologias de informação”. Por se tratar de ambiente tão diferente e mutável, exige novas habilidades, pois com a “explosão da informação” alteraram-se o conhecimento e as aptidões que os profissionais precisarão desenvolver para conviver e produzir positivamente.

No cenário da informação, com tantas mudanças de paradigmas, Lojkine (1995, p. 11) assim se pronuncia sobre revolução.

Este fim de século acena com uma mutação revolucionária para toda a humanidade, só comparável à invenção da ferramenta e da escrita e que ultrapassa largamente a da revolução industrial [...]. A revolução informacional está em seus primórdios e é primeiramente uma revolução tecnológica [...]. A transferência para as máquinas de um novo tipo de funções cerebrais abstratas encontra-se no cerne da Revolução.

O desenvolvimento social do homem confunde-se com as tecnologias implementadas e agregadas no decorrer do tempo. Todavia, neste contexto, o desenvolvimento não se restringe apenas ao uso de equipamentos e produtos, mas participa diretamente de mudanças de comportamentos.

Consoante evidenciado, as novas tecnologias estão cada vez mais presentes no nosso cotidiano. Isso porque o avanço tecnológico é cada vez mais imprescindível para o crescimento da humanidade. Nos tempos atuais vivencia-se uma revolução da tecnologia, da comunicação e da informação. Essa revolução tem afetado, além de outras esferas da vida social, a educação, as Instituições de Ensino Superior (IES), a prática docente, a formação do professor e consequentemente sua prática pedagógica em sala de aula bem como seu relacionamento com os discentes.

Na educação, as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) favorecem novas formas e espaços de acesso à informação, de produção e ampliação

de conhecimento. “A escola não pode ignorar o que se passa no mundo. Ora, as novas

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Faz-se necessário conhecer o percurso e o contexto das transformações tecnológicas na educação superior, num âmbito maior, para analisar as repercussões na prática docente e a qualidade de serviços nas IES.

O Brasil depara-se, portanto, com desafios. É preciso não apenas expandir as oportunidades de acesso às suas universidades como também zelar pela qualidade do ensino praticado por todas as Instituições de Ensino Superior. Para Rocha Neto e Lima, as universidades modernas têm como característica importante um bom sistema de informações que registre, como um todo, todas as

atividades acadêmicas. “O sistema de informação acadêmico, ou simplesmente

sistema acadêmico, é a base para uma boa gestão da universidade como um todo”

(ROCHA NETO; LIMA, 2009, p. 1).

Em âmbito local, o Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas é a ferramenta de tecnologia da informação que a UFC disponibiliza para sua comunidade acadêmica e no qual os procedimentos da área acadêmica são informatizados através de módulos, dentre os quais o módulo de registro e relatórios da produção acadêmica dos docentes. O SIGAA entrou em produção em 2007, tendo sido desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Foi adquirido pela UFC por meio de convênio de cooperação técnica em 2009. Através deste sistema os docentes acessam recursos e informações relativas à vida acadêmica e pode utilizá-lo para postar conteúdos de aula, divulgar notícias e avisos sobre as aulas, registrar a frequência das turmas, agendar avaliações, dentre outras funções. Também é por meio do SIGAA que os estudantes têm acesso aos recursos e informações sobre suas vidas acadêmicas na universidade e interagem com os professores.

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novas tecnologias da informação e comunicação. Por conseguinte, é imprescindível os docentes também a possuírem.

Desta forma, pergunta-se: Que uso os docentes da Universidade Federal do Ceará fazem dos recursos do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas?

Com este estudo objetiva-se investigar o uso do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmica pelos docentes de graduação da UFC, estabelecendo uma análise do uso entre as diversas unidades/subunidades acadêmicas da universidade como instrumento de comunicação entre docentes e discentes, tendo em vista o controle e o armazenamento de dados referentes ao universo de desempenho do docente e discente. Especificamente buscar-se-á:

a) Apresentar o panorama de utilização da ferramenta SIGAA pelos docentes da UFC nos semestre letivos 2011.1; 2011.2; 2012.1; 2012.2 e 2013.1;

b) Descrever como os docentes lidam com o SIGAA e como este colabora na execução das suas ações.

A atuação dos docentes é de grande relevância para a interface entre a informação e os discentes na produção do conhecimento; seu desempenho é fundamental no contexto da informação educacional, porquanto está envolvido em todos os segmentos desse ciclo, desde a geração até o uso. É, pois, necessário haver profunda interlocução entre os sujeitos envolvidos no processo de geração, tratamento, disseminação, recuperação e uso das fontes informacionais, sejam elas analógicas (papel) ou digitais.

Ademais, o estudo deste objeto poderá contribuir para a melhoria da qualidade de formação dos profissionais que lidam com o ensino de graduação, sobretudo os docentes, dada a importância dessa área profissional e por ser esta interface docência versus tecnologia da informação, até então, pouco explorada por parte dos pesquisadores.

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observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los”. Quanto ao método de abordagem, deu-se pelo procedimento de métodos mistos, ou seja, pesquisa qualitativa e quantitativa. Ainda no referente ao método, utilizou-se a “estratégia explanatória sequencial que é caracterizada pela

coleta e análise de dados quantitativos, seguida pela coleta e análise de dados qualitativos. Os dois métodos são integrados durante a fase de interpretação dos

dados” (CRESWELL, 2007, p. 217). O universo da pesquisa foram todos os docentes de graduação da UFC, cadastrados no SIGAA, vinculados a alguma turma, e que fizeram ou não uso do módulo Portal docente nos semestres letivos entre 2011.1 a 2013.1.

Empreendeu-se uma pesquisa no banco de dados da instituição UFC, onde se procurou identificar dentro do módulo Portal docente do sistema SIGAA atividades como: arquivos postados, postagem de tópicos de aulas, notícias e arquivos diversos.

Também se buscou, por meio da entrevista aberta, compreender como os professores que usam com maior frequência o SIGAA o utilizam e lidam com ele. Os docentes entrevistados foram o professor MV, do Departamento de Engenharia Mecânica e de Produção; o professor JC e o professor RE, do Departamento de Ciências do Solo; e o professor JF, do Departamento de Computação. Com esse grupo de docentes aplicaram-se as questões referentes à frequência de uso do SIGAA, ao tipo de postagem que costumam empreender no sistema e à opinião deles sobre as funcionalidades oferecidas pelo SIGAA.

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2 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Por tecnologia da informação e comunicação entende-se um conjunto de recursos tecnológicos que poderão ser utilizados de forma integrada na indústria, no comércio e serviços e na educação. Esses recursos tecnológicos possibilitaram rapidez e difusão em rede1 dos conteúdos de comunicação.

Especificamente sobre tecnologia da informação, Laudon e Laudon (2011, p.410), as define como todas as “tecnologias de hardware e software de que uma

empresa precisa para atingir seus objetivos organizacionais”.

Para Rezende e Abreu (2011), TI são recursos tecnológicos e computacionais para geração e uso da informação e que possuem por componentes: hardware e seus dispositivos periféricos, software e seus recursos, sistemas de telecomunicações e gestão de dados e informações.

Dentre as tecnologias da comunicação, Castells (2008, p.67) inclui o

“conjunto convergente de tecnologias em microeletrônica, computação (software e

hardware), telecomunicações/radiodifusão, e optoeletrônica”. Segundo esse mesmo autor, as tecnologias da informação começaram a remodelar a base material da

sociedade em ritmo acelerado, provocando assim uma “revolução tecnológica”. Em corroboração a esse pensamento, Lojkine (1995) afirma que a revolução informacional é primeiramente uma revolução tecnológica.

Na ótica de Osz e Fodor (2013), os últimos séculos foram caracterizados pelo fato de que serem dominados pela indústria e invenção técnica. Enquanto o século 18 foi dominado pela revolução industrial e sistemas mecânicos, o século 19 o foi pela máquina a vapor e tecnologias mecanizadas nos domicílios e o 20 caracteriza-se pela acumulação, processamento e difusão da informação relacionada com o desenvolvimento das tecnologias da informação. Já o século 21 é destinado ao desenvolvimento da robótica no cotidiano do homem, mas, de agora em diante, não é possível caracterizar, porque o desenvolvimento se manifesta em alta velocidade.

A tecnologia da informação possui determinadas funções. Entre estas, segundo Beal (2008), incluem-se monitorar, integrar, otimizar e reduzir custos. Já para Barros (2006), facilitar a guarda e a recuperação de dados/informações,

1 Rede Ligação entre dois ou mais computadores, para compartilhamento de dados ou recursos

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agregar e inter-relacionar dados/informações e minimizar o tempo de resposta do subsistema de controle estão nas funções da TI.

As tecnologias de informação e comunicação e seus avanços têm sido responsáveis pelas mudanças nos formatos pelos quais a informação é produzida e disseminada. Os indivíduos decidem com base em informações. De acordo com

Bethlem (2005, p. 10), “as informações são a matéria-prima do processo decisório e elas são captadas no mundo exterior e interior da empresa e no interior e exterior dos indivíduos”.

Nesse contexto, conforme preceituam Tarapanoff, Araújo Junior e Cornier (2000, p. 93), a “sociedade da informação é também conhecida como era digital e

está diretamente ligada à qualidade da infraestrutura de telecomunicações do país”.

Com o advento das TICs, a busca pela informação foi facilitada. Com essas tecnologias, surgiram novas práticas sociais de comunicação e interação. Como exemplo, menciona-se a comunicação online ou virtual, caracterizada pela velocidade na distribuição da informação em tempo real. “Viver na sociedade da informação significa conviver com abundância e diversidade de informação, e a tecnologia é o instrumento que facilita o acesso a esse universo informacional amplo

e complexo, bem como a seu uso” (CAMPELLO, 2009, p. 13).

Tecnologia é poder. Grandes potências mundiais, sejam nações ou corporações, gastam parte dos seus orçamentos com pesquisas sobre inovações tecnológicas que lhes garantam algum tipo de supremacia sobre os demais. Para

Davenport (1998, p. 25), a “TI com certeza tornou muito mais fácil o acesso a numerosos tipos de informação; novas tecnologias para comunicação em grande largura de banda, administração orientada a objetos e multimídia, ampliam o ambiente informacional de todos”.

Consoante divulgado, a tecnologia é generalizada, e revolucionou a sociedade talvez até mais do que a imprensa fez em sua época. As maneiras pelas quais nos comunicamos, realizamos negócios, aprendemos, viajamos, e até mesmo jogamos são afetadas pela tecnologia. Assim, o uso de ferramentas de TIC e redes digitais para o desenvolvimento de serviços baseados na web implicam uma série de transformações organizacionais e habilidades para todos os atores envolvidos (ARDUINI; DENNI; LUCCHESE; NURRA; ZANFEI, 2013).

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comunicação oriundo da interconexão mundial dos computadores. Trata não apenas da infraestrutura material da comunicação digital, mas também do universo oceânico de informações que ela abriga, como também dos seres humanos que navegam e alimentam esse universo. Já cibercultura é o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço (LÉVY, 1999).

Inegavelmente, as TICs proporcionam diversos modos de comunicação e de interação. Levy (1999) enumera algumas dessas possibilidades, como o acesso a distância aos diversos recursos de um computador, o correio eletrônico; as conferências eletrônicas; bases de dados, alimentadas por coletivos de pessoas interessadas pelo mesmo assunto (groupware); comunicação através de mundos

virtuais compartilhados, facilidade na “navegação eletrônica”.

O ser humano é invariavelmente um ser social e cultural, e a construção de significados vai sendo definida por meio das suas relações sociais. Segundo Kenski (2007), em suas convivências cotidianas, hoje surge de maneira decisiva a linguagem digital expressa por meio das TICs. Com a nova forma de expressão trazida pelas TICs, promoveram-se mudanças radicais nas formas de acesso à informação e à cultura. O poder advindo desse novo tipo de linguagem digital, baseado no acesso a computadores e internet, com diversas possibilidades de convergência e sinergia entre as mais variadas aplicações dessas mídias, acarretou mudanças sobre a construção do conhecimento, valores e atitudes.

Informação é a essência da sociedade informacional e está-se diante do paradoxo da grande quantidade de informação à qual se tem acesso e daquelas que servem para as tomadas de decisão. Neste prisma, a adoção das TICs está associada a uma série de mudanças organizacionais dentro de um departamento (organização), incluindo expansão de pessoal (apoio técnico), treinamento avançado e requisitos educacionais (SERI; ZANFEI, 2013).

No desenvolvimento de organizações e nações, a tecnologia ocupa espaço de destaque. Consoante Ahmed e Riozuan (2012), a importância da tecnologia para o desenvolvimento econômico tem sido reconhecida, especialmente, em relação às TICs que oferecem potencial para aumentar a disponibilidade das informações.

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ferramentas que propiciam ao docente gerir suas atividades, como também facilitar o intercâmbio com os discentes. Por sua relevância, discute-se na seção a seguir os diversos aspectos das TICs no ensino superior.

2.1 Tecnologia da informação e comunicação no ensino superior

Educação e conhecimento são itens essenciais para o desenvolvimento social e econômico das nações. Considera-se a educação o elemento-chave na edificação de uma sociedade baseada na informação, no conhecimento e no aprendizado. Pensar a educação na sociedade da informação exige levar em conta um leque de aspectos relativos às tecnologias de informação e comunicação, a começar pelo papel que elas desempenham na construção de uma sociedade na qual a inclusão e a justiça social constituem prioridade.

Consoante a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996), em seu artigo 43, uma das finalidades da educação superior é incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, com vistas ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia e criação e difusão da cultura e, desse modo, ampliar o entendimento do homem e do meio onde vive.

De acordo com o Livro Verde do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (BRASIL, 2000), em seu relatório, o primeiro e talvez mais fundamental impacto de tecnologias de informação e comunicação na educação foi ocasionado pelo advento de computadores e sua fenomenal multiplicação nas capacidades de processamento numérico (exemplo: previsão meteorológica) e de processamento simbólico/lógico (exemplos: editoração de texto, sistemas especialistas). Em seguida, uma terceira capacidade, a de comunicação, veio amplificar o impacto de computadores em duas vertentes, a saber:

a) A interação multimídia e a instrumentação de dispositivos físicos, abrindo possibilidades para interação via imagens, sons, controle e comando de ações concretas no mundo real, etc.;

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Conforme consta no documento final da Conferência Nacional de Educação (2010), o Sistema Nacional de Educação deverá prover tecnologias educacionais e recursos pedagógicos apropriados ao processo de aprendizagem.

Portanto, a instituição universitária, ao associar ensino e pesquisa, contribui de maneira robusta e definitiva para a afirmação das identidades culturais, para a formação do capital humano e para o desenvolvimento das suas riquezas materiais. Segundo Dias Sobrinho (2004, p. 704), “a educação superior tem sido considerada uma instituição que produz conhecimentos e forma cidadãos para as práticas da vida social e econômica, em benefício da construção de nações livres e desenvolvidas”.

Em relação à qualidade do ensino e às mudanças esperadas, diante das alterações no perfil dos alunos e das mudanças de paradgmas no ensino e aprendizagem, é mister os professores ocuparem-se das inovações tecnológicas. Nesta ótica, Ekizoglu, Tezer e Bozer (2010) apresentam os padrões de desempenho para professores em face das TICs listados pela Sociedade Internacional de Tecnologia em Educação como:

a) Professores usam o seu conhecimento do assunto, no ensino e aprendizagem, e tecnologia para facilitar experiências em que o aprendizado do aluno seja enriqueçido em criatividade e inovação, tanto face a face quanto em ambientes virtuais;

b) Professores buscam desenvolver e avaliar experiências de aprendizagem autênticas e avaliações que incorporam ferramentas contemporâneas e recursos para maximizar o conteúdo de aprendizagem em contexto e desenvolver o conhecimento, as habilidades e atitudes identificadas nas redes;

c) Professores apresentam conhecimentos, habilidades e processos de trabalho representativos de um profissional inovador em um sistema global e da sociedade digital;

d) Professores entendem as questões e responsabilidades da sociedade local e global em uma cultura digital em evolução e apresentam um comportamento legal e ético em suas práticas profissionais;

(28)

demonstrando o uso efetivo da tecnologia digital, ferramentas e recursos.

Em seu relatório de 2001, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas, apresenta importantes dados sobre o desenvolvimento tecnológico no Brasil e nas IES brasileiras. Como já afirmava, as tecnologias de informação e comunicação implicam inovações na microelectrônica, na informática (hardware e software), nas telecomunicações e na optoelectrônica, microprocessadores, semicondutores e fibras ópticas. Estas inovações permitem o processamento e armazenamento de enormes quantidades de informação, juntamente com a rápida distribuição da informação por meio de redes de comunicação. Indivíduos, famílias e organizações estão ligados pelo processamento e execução de elevado número de instruções, em períodos de tempo imperceptíveis. Isto altera radicalmente o acesso à informação e a estrutura da comunicação – estendendo o alcance da rede a todos os cantos do mundo (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 2001).

Anteriormente ao relatório da ONU, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação publicou o Livro Verde, em 2000, o qual evidenciava a preocupação por parte do governo com a era da informação e conhecimento. Este livro contemplava um conjunto de ações para impulsionar a sociedade da informação no Brasil em todos os seus aspectos: ampliação do acesso, meios de conectividade, formação de recursos humanos, incentivo à pesquisa e desenvolvimento, comércio eletrônico, desenvolvimento de novas aplicações (BRASIL, 2000).

Poder, conhecimento e tecnologia estão conectados e presentes nas

relações da sociedade. “A educação também é um mecanismo poderoso de articulação das relações de poder, conhecimento e tecnologias” (KENSKI, 2007, p. 18).

(29)

Mesmo após o início do movimento tecnológico nas IES brasileiras, para muitos professores universitários, as TICs ainda são estranhas na sala de aula e em seu relacionamento com os alunos. No entanto, várias experiências utilizando recursos de multimídia aplicados ao ensino [...] vêm sendo efetuadas tanto no Brasil como no exterior, até porque as novas tecnologias de informação e comunicação têm o potencial de gerar uma nova forma de aprendizagem, introduzindo uma nova dimensão ao ensino em que a assimilação de conceito poderá ser mais eficiente (ASSIS; BITTENCOURT; NORONHA, 2013).

De modo geral, a tecnologia está presente em todos os espaços da sociedade, e a academia não é exceção. Mas a despeito da crescente demanda por tecnologia, técnicas e conteúdos de informática no currículo, parte do corpo docente caminha em ritmo lento diante deste desafio educacional. Dessa forma, os alunos estão ultrapassando os professores no uso de sistemas eletrônicos em rede (CURRAN, 2008).

Urge superar tal desafio, sobretudo porque, atualmente, as IES dependem das tecnologias da informação. O acesso ao aluno, registros, estatísticas de matrículas, bases de dados de pesquisa, e-mail, lista de discussão e sala de aula multimídia são atividades diárias nessas instituições. Muitas universidades disponibilizam educação à distância como opção de tecnologias para atender às necessidades dos alunos no referente à conveniência e disparidade geográfica (BRONNSON; HARRIMAN, 2000).

A tecnologia pode ser uma importante estratégia para melhorar a eficiência de uma instituição de ensino. Mediante o poder do computador, pode tornar a vida menos estressante e mais produtiva. Há uma série de programas de software que os novos professores precisam conhecer para colaborar na eficiência do ensino, pesquisa, bolsa de estudos e de serviços (GONYEAU, 2009).

(30)

A habilidade em localizar, gerenciar e utilizar informações de forma eficaz para uma variedade de propósitos é o que Bruce (2003) conceitua de literacia da informação. Na concepção de literacia baseada na tecnologia da informação, diz-se tratar da utilização da tecnologia da informação para recuperação da informação e comunicação. Um dos principais papéis da tecnologia é fazer com que a informação se torne acessível.

Consoante ressalta Grant (2004), as tecnologias da informação têm o potencial de afetar substancialmente o modo como os professores ensinam e os alunos aprendem.

As TICs, especialmente a televisão e o computador, movimentaram a educação. Assim, a tecnologia tornou-se essencial para a educação, e a maioria das tecnologias são usadas como auxiliares no processo educativo. Sem dúvida, as novas TICs trouxeram mudanças consideráveis para a educação, novas possiblidades para que os atores dessa área possam se relacionar melhor.

Já não se trata apenas de um novo recurso a ser incorporado à sala de aula, mas de uma verdadeira transformação, que transcende até mesmo os espaços físicos em que ocorre a educação. A dinâmica e a infinita capacidade de estruturação das redes colocam todos os participantes de um momento educacional em conexão, aprendendo juntos, discutindo em condições de igualdade de condições, e isso é revolucionário (KENSKI, 2007, p. 47).

Diante desta realidade, os profissionais precisam atualizar seus conhecimentos e competências periodicamente a fim de manter qualidade em seus desempenhos profissionais. Novos atributos, advindos das novas tecnologias, reconfiguram espaço e tempo do saber em novos e diferenciados caminhos. No ponto de vista de Lévy (1999), estamos vivendo a abertura de um novo espaço de comunicação.

A presença das TICs no cenário educacional tem sido abordada por percepções múltiplas. Estas variam da alternativa de ultrapassagem dos limites

postos pelas “velhas tecnologias”, representadas pelo quadro e materiais impressos,

à resposta para os mais diversos problemas educacionais ou até mesmo para as questões socioeconômico-políticas (BARRETO, 2004).

(31)

docente, como: conhecer tecnologias, identificar possibilidades e limites do uso de cada tecnologia, desenvolver novas tecnologias para o processo de ensino, aprendizagem, dentre outras.

No processo de globalização, dominante no mundo, está implicada a revolução científico-tecnológica, cujos reflexos são sentidos nos contextos das salas de aula. Na nova ordem mundial, em razão deste processo de globalização, novas configurações marcam a educação em geral, as políticas educacionais, a escola e o trabalho docente (MOREIRA; KRAMER, 2007). Ainda segundo os mesmos autores, o conhecimento escolar apropriado é o que possibilita ao estudante tanto um bom desempenho no mundo imediato quanto à análise e a transcendência do seu universo cultural. Para isso, há de se valorizar, acolher e criticar as vozes e as experiências dos alunos.

No âmbito de uma política nacional de formação e valorização dos profissionais do magistério, é imprescindível a garantia do desenvolvimento de competências e habilidades para o uso das TICs na formação inicial e continuada dos (das) profissionais da educação, na perspectiva de transformação da prática pedagógica e da ampliação do capital cultural dos (das) professores (ras) e estudantes (CONFERÊNCIA NACIONAL EDUCAÇÃO, 2010).

Como evidenciado, no Documento-Referência da CONAE, há considerações a respeito da importância da ampliação da chamada educação tecnológica, sobretudo no incentivo à presença dos laboratórios de informática nas escolas, pesquisas on-line e intercâmbios científicos e tecnológicos, nacional e internacional, entre instituições de ensino, pesquisa e extensão. Entretanto, observa-se a inexistência de uma reflexão mais profunda sobre a forma como as novas TICs determinam os rumos dos atuais processos de ensino e aprendizagem. Contudo, a ênfase sobre os aspectos técnicos envolvidos no uso dos instrumentais listados no documento não pode ser tratada de forma absoluta a ponto de ofuscar a necessária discussão sobre o papel da tecnologia como processo social que reconfigura as características identitárias dos agentes educacionais (ZUIN, 2010).

(32)

têm sido identificados para explicar por que alguns professores não se sentem preparados para usar a tecnologia em sala de aula, incluindo insuficiente acesso à tecnologia (TONDEUR, 2012), a falta de tempo (WEPNER; ZIOMEK; TAO, 2003) e a falta de habilidades tecnológicas (TEO, 2009).

Há muitos recursos tecnológicos disponíveis para auxílio dos docentes em suas atividades cotidianas. Nesse aspecto, a tecnologia poderá ser um poderoso aliado para melhorar a eficiência numa instituição de ensino; inclusive com o uso do computador poderá tornar a vida do estudante menos estressante e produtiva. Para Gonyeau (2009), dentre as diversas atividades com o uso de tecnologias, sobressaem algumas, como:

a) Uso rotineiro de programas como o Microsoft Powerpoint para ajudar na divulgação de informações durante uma apresentação em sala de aula;

b) Uso de plataforma de ensino com base na Web2 como Blacboard e Wbct;

c) Utilização de audiências em sala de aula para aumentar a participação ativa e o envolvimento dos estudantes;

d) Disponibilização de apostilas com acompanhamento de áudio e vídeo através de programas como webcats3 e podcats4;

e) Compartilhamento de documento de armazenamento organizacional disponibilizado em um único local integrado onde professores e alunos podem colaborar de forma eficiente;

f) Programa multiusuário como programas servidor-cliente Sharepoint ou Lotus Note que permite a gestão e acesso em tempo real;

g) Utilização de banco de dados.

Nos últimos dez anos verifica-se uma corrida no intuito de democratizar a tecnologia no ensino superior. Há muita discussão sobre a integração da tecnologia entre os docentes de todas as disciplinas neste nível de ensino. Historicamente, a

2 De acordo com Stair e Reynolds (2011, p. 590),

Webé “[...] uma plataforma computacional que dá

suporte e aplicações de software e o compartilhamento de informações entre os usuários”.

3 Webcast é a transmissão de áudio e vídeo utilizando a tecnologia streaming media. Pode ser

utilizada por meio da internet ou redes corporativas ou intranet para distribuição deste tipo de conteúdo (WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre, 2013).

4 Podcast “Método de transmissão de áudio via internet em que os usuários assinantes podem

(33)

primeira definição oficial de alfabetização de tecnologia vem do Departamento de Educação dos EUA, assim expressa: “É a capacidade de usar computadores e outras tecnologias para melhorar o aprendizado, produtividade e desempenho [tecnologia alfabetização] e tornou-se tão fundamental para a capacidade de uma pessoa para navegar pela sociedade como habilidades tradicionais, como leitura, escrita, e aritmética” (GEOGINA; OLSON, 2008, p. 5). No entanto, o Departamento de Educação não sugere orientações sobre como usar o computador e outras tecnologias para garantir os níveis competentes de alfabetização tecnológica.

De acordo com Shackelford, Brown e Warner (2004), alfabetização tecnológica significa que um indivíduo deve ter a capacidade de “projetar, desenvolver, controlar, usar e avaliar os sistemas e processos tecnológicos”. É evidente o movimento em direção à integração da tecnologia. O novo objetivo no ensino superior agora parece ser a criação de uma universidade onde o professorado possua alfabetização tecnológica. Portanto, a maneira pela qual o treinamento em tecnologia é realizado pode ser muito importante. Tecnologia sozinha não faz nada para melhorar a pedagogia; a integração bem- sucedida é tudo sobre as maneiras pelas quais as ferramentas tecnológicas são usadas e integradas pelo ensino. Isto, naturalmente, significa que os docentes devem ser treinados para o uso das ferramentas e não apenas ter acesso e que as ferramentas de integração dos novos softwares façam parte de um interativo da estratégia ensino-aprendizagem.

Com o advento da internet e seu uso intensivo em todo o mundo, as definições conduzem ao processo de aprendizagem, como resultado do emprego de um meio, isto é, na maioria dos casos, a internet. Contudo, a utilização eficaz da tecnologia na educação não é instantânea e deve levar em conta que é mister usá-lo com planejamento cuidadoso, design, reflexão e testes (CASANOVA; MOREIRA; COSTA, 2011).

Na educação o termo qualidade é um conceito orientado para o cliente. Ao se referir à qualidade do ensino é preciso responder às percepções das partes interessadas.

(34)

Membros do corpo docente são os principais integrantes das universidades públicas e privadas e, mediante aceitação e utilização das TICs, podem ajudar o ensino superior a se expandir consideravelmente. Ao mesmo tempo, os membros do corpo docente, como pessoas-chave para melhorar e aumentar a qualidade da educação, são fortemente dependentes de recursos eletrônicos para acessar as informações necessárias e para se manterem atualizados em suas áreas de atuação (FAGHIHARAM et al., 2012).

Hoje, as TICs são desenvolvidas com intensa velocidade em todo o mundo e milhões de pessoas estão interagindo umas com as outras graças ao avanço da tecnologia da informação. Além disso, a produtividade de muitas atividades ampliou-se efetivamente após os avanços na tecnologia da informação, o crescimento do computador e o desenvolvimento da internet. Como observado, a utilização das TICs parece imprescindível nas universidades, em virtude, sobremodo, de algumas razões. Em primeiro lugar, as TICs são essenciais para um melhor ensino por professores e mais aprendizagem pelos alunos, como representação através de PowerPoint. Em segundo lugar, os membros do corpo docente e alunos têm urgente necessidade de um sistema de TIC, especialmente da internet, com vistas a permutar ideias científicas e receber ou enviar suas produções científicas. Em terceiro lugar, são úteis para salvar e manter os registros dos membros do corpo docente, dos alunos e garantir fácil acesso a esses registros.

Inúmeras transformações estão em curso no cenário mundial, provocando mudanças no perfil da sociedade e suas organizações. Nesse prisma, as IES sofreram significativas alterações nos processos de gerenciamento das suas informações.

Dentre os instrumentos que auxiliam essas instituições a manterem-se eficientes na gestão de seus processos internos, neste ambiente completamente instável, destacam-se os modernos e sofisticados sistemas de informações (SI). Sua plena aplicação e utilização devem-se, principalmente, ao fato de serem capazes de fornecer dados, informações e conhecimentos que contribuem e sustentam o processo de tomada de decisão. A necessidade que as instituições de ensino superior têm de utilizar este tipo de tecnologia decorre, na sua essência, da grande quantidade de informações que devem ser acessadas, coletadas, filtradas, processadas e analisadas pelos gestores (SENGER; BRITO, 2005, p. 15).

(35)

para poder adentrar e dominar os modernos sistemas de informação que impreterivelmente estarão nos sistemas das melhores universidades.

(36)

3 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

As tecnologias da informação transformam recursos de dados em produtos de informação, os quais podem ser organizados e gerenciados dentro de um sistema. Detentor de ampla utilização, o termo “sistema” indica um grupo de elementos inter-relacionados que trabalham em busca de uma meta comum, formando um todo organizado. Informação é o resultado de dados relacionados e contextualizados.

Para armazenamento e recuperação de uma grande gama de informações, as empresas foram impelidas a organizarem seus dados sistematizados em grandes repositórios ou bancos de dados. Como afirma Bio (2008, p. 143), sistema de informação “é uma coleção de arquivos estruturados, não

redundantes e inter-relacionados, que proporciona uma fonte única de dados para

uma variedade de aplicações”.

Conforme Senger e Brito (2005), um sistema de informação pode ser compreendido como um conjunto de componentes inter-relacionados que possibilita a coleta (ou recuperação), o processamento, a armazenagem e a distribuição das informações para suportar o planejamento, o controle, a coordenação e a tomada de decisões nas organizações.

Os sistemas de informação manipulam dados, geram informação a partir da utilização ou não de tecnologia da informação. Dado é um registro isolado, ou, ainda, são observações sobre o mundo, facilmente estruturados. Já a informação é o resultado da correlação ou organização dos dados (TJADEN, 1996). Por sua vez, o conhecimento é a informação eficaz, valiosa, focalizada em resultados, incluindo reflexão, e é de difícil estruturação (VALENTIM et al., 2003).

Como exposto, o processo de desenvolvimento de dados em conhecimentos dá-se em etapas (Figura 1).

Figura 1 – Etapas de geração do conhecimento nas organizações

2

1 Registros não mensurados. 2 Registros correlacionados, agregados e consolidados.

Fonte: Adaptado de Tjaden (1996).

Dado

Informação

Conhecimento

1

(37)

Para as organizações, conhecimento é componente importante à tomada de decisão. A transformação dos dados em informação é um processo. Nas palavras de Stair e Reynolds (2010, p. 5), “conhecimento é a consciência e a compreensão

de um conjunto de informações e os modos como essas informações podem ser úteis para apoiar uma tarefa específica ou para chegar a uma decisão”.

Consoante O’Brien (2004, p. 6), um sistema de informação “é um conjunto de pessoas, hardware, software, redes de comunicação e recursos de dados que coleta, transforma e dissemina informações em uma organização”.

Segundo Laudon e Laudon (2011), sistemas de informação é um conjunto de componentes inter-relacionados trabalhando juntos para coletar, recuperar, processar, armazenar e distribuir informações com o fim de facilitar o planejamento, controle, coordenação, análise e decisão das organizações.

Ainda para Bio (2008), um SI é uma rede de subsistemas. Nele, cada qual se decompõe em procedimentos que coletam dados, processam, produzem e distribuem as informações.

O valor de um SI consiste em sua capacidade de organizar as informações com a finalidade de prover as organizações para suas tomadas de decisão em razão dos seus objetivos. “Um sistema de informação (SI) é um conjunto

de componentes inter-relacionados que coleta, manipula, armazena e dissemina dados e informações e fornece um mecanismo de realimentação para atingir um objetivo” (STAIR; REYNOLDS, 2010, p.3).

Há diversos tipos de sistemas de informação bem como diferentes formas de classificar esses sistemas. Audy, Andrade e Cidral (2005) citam os seguintes sistemas de informação: sistema de processamento de transações, sistemas de informação gerencial, sistema de apoio à decisão, sistema de informação executiva, sistemas de informação como suporte à integração entre processos de negócio e funções empresarias, sistemas de informação como suporte ao processo decisório e sistemas de informação como elemento estratégico para a organização empresarial.

(38)

Entre as funções de um sistema de informações (Figura 2), incluem-se a coleta, o processamento, o armazenamento, a distribuição e retroalimentação ou feedback dos dados. “Os dados ao serem relacionados e contextualizados pelos usuários, proporcionarão as informações necessárias para a organização” (AUDY;

ANDRADE; CIDRAL, 2005, p. 111).

Figura 2 – Funções de um sistema de informação

Retroalimentação

Fonte: Adaptado de Laudon e Laudon (2011).

Os sistemas de informação apresentam características distintas. “Vários sistemas podem compartilhar o mesmo ambiente; alguns deles podem ser conectados entre si por meio de uma fronteira compartilhada ou interface” (O’BRIEN, 2004, p. 10).

Um SI bem estruturado oferece vantagens diversas às organizações, como otimização do fluxo informacional, integridade e veracidade de informações e mais segurança no acesso à informação.

Como observado, as IES utilizam sistema de gerenciamento acadêmico. Este sistema promove o gerenciamento de aspectos institucionais, e também dispõe de um conjunto de ferramentas de apoio ao ensino presencial. Como ferramentas de apoio ao ensino, permitem que o docente possa aperfeiçoar a comunicação com sua turma, organizar suas aulas, fornecer material de apoio on-line, dentre outras atividades.

Um dos tipos de sistemas de informação de grande relevância para as IES são os sistemas de gestão acadêmica, conforme exposto em seguida.

Entrada

Processar Classificar Organizar

Calcular

(39)

3.1 Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas

Por sistemas de gestão acadêmica entendem-se sistemas de informação essenciais para o gerenciamento das atividades acadêmicas, pois permitem o controle de informações dentro das instituições, e consolidam informações relevantes para elas como dados sobre matrículas, frequência, evasão, etc.

Sistema de gestão acadêmica é uma plataforma geralmente desenvolvida em ambiente web para atender às necessidades de gestão e planejamento de uma instituição de ensino, seja esta pública ou privada, mediante otimização dos recursos físicos, humanos, materiais e financeiros (ZIUKOSKI, 2010).

Originalmente, o SI3 (Sistema Integrado de Informações Institucionais) foi desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte com a finalidade de integrar sistemas institucionais de órgãos públicos federais (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, 2010). Do SI3 faz parte o Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas.

Integrante do SI3, o SIGAA foi desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que transfere o sistema para outras IES através da rede de cooperação técnica (Figura 3). Consoante o Decreto presidencial nº 6.619/2008, que regulamenta a cooperação técnica, o termo de cooperação consiste no instrumento por meio do qual é ajustada a transferência de crédito de órgão da administração pública federal direta, autarquia, fundação pública, ou empresa estatal dependente, para outro órgão ou entidade federal da mesma natureza (BRASIL, 2008).

(40)

Figura 3 – Rede de cooperação técnica: UFRN e Rede IFES e Rede Ciclo

Fonte: http://www.info.ufrn.br/html/conteudo/cooperacoes/ - 2013

(41)

G11. A rede de cooperações técnicas institucionais promove uma rede de colaboração entre as instituições e uma maior interoperabilidade com os sistemas do governo. Tais termos permitiram a transferência tecnológica da UFRN para as instituições cooperadas. De acordo com os termos firmados, as solicitações de aprimoramentos e sugestões para os sistemas são contempladas com uma restrição, qual seja, se o benefício solicitado for para apenas uma das partes, essa deverá desenvolver internamente. O projeto de cooperação consiste em implantar os sistemas existentes na Universidade Federal do Rio Grande do Norte em outras instituições. São estes os sistemas em discussão: sistemas das áreas administrativas (SIPAC), recursos humanos (SIGPRH) e acadêmica (SIGAA). (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, 2013).

Ademais, o Sistema Integrado de Informações Institucionais ainda promove integração entre as áreas fim e meio das IES (Figura 4).

Figura 4 – Integração entre os sistemas de informação institucional

Fonte:http://www.info.ufrn.br/html/conteudo/diretorias/img/sistemas_diagramaMaior.jpg - 2013

(42)

meio da instituição (Figura 4). Trata-se de um repositório de informações para a gestão acadêmica da instituição, principalmente em relação à atividade fim da universidade, o ensino.

O Sistema Integrado de Informação Institucional – SI3 (Figura 5) compreende:

 Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas;  Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos;  Sistema Integrado de Planejamento, Gestão e Recursos Humanos;  Sistema de Planejamento e Projetos;

 Sistema de Gestão Eletrônica de Documentos;  Sistema de Administração dos Sistemas.

Figura 5 – Módulos5 do SI3 UFRN

Fonte: https://www.sigaa.ufrn.br/sigaa/verTelaLogin.do - 2013

5 Na programação, um módulo é uma parte de um programa de computador. Das várias tarefas a

serem desenvolvidas por um programa para executar a sua função ou alvos, um módulo geralmente executa uma dessas tarefas [...].

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Em 2003, a UFRN iniciou um projeto denominado “base de dados integradas” com o propósito de construir um único banco de dados que integrasse a

área acadêmica, administrativa e de recursos humanos, servindo como repositório de informação para a sua comunidade acadêmica. Com a evolução desse projeto surgiu o SIGAA, que entrou em produção para os cursos de graduação em agosto de 2007 e para os de pós-gradução em meados de 2008 (ROCHA NETO; LIMA, 2009).

Segundo Rocha Neto e Lima (2009), os pré-requisitos são:

 Qualquer pessoa da comunidade universitária (professores, alunos e técnicos) deverá utilizar a mesma identificação (login) e senha para todos os sistemas;

 Todos os sistemas devem ser em página web e utilizar o mesmo padrão visual (componentes de interface) para que o usuário tenha a sensação de que sempre está utilizando o mesmo modelo de navegação;

 Através de um único login qualquer pessoa poderá ter acesso a qualquer informação armazenada na base de dados única que esteja relacionada ao seu perfil.

Como referido, o SIGAA tem suas aplicações baseadas em tecnologia JAVA; usa-se arquitetura de software baseada em componentes; a auditoria dos aplicativos é obtida através de Log de atuação de banco de dados e de navegação na web, a conexão com os sistemas é criptografada com o uso de Secure Socket Layer. (LIMA; ROCHA NETO, 2007).

(44)

Figura 6 – Módulos do SIGAA – UFRN

Fonte:http://www.info.ufrn.br/wikisistemas/doku.php?id=suporte:sigaa:visao_geral – 2013.

Ainda como referido, o SIGAA traz um conjunto de unidades e serviços para a comunidade acadêmica, com o propósito de diminuir o tempo de operação das atividades mediante automação de atividades acadêmicas, entre estas, unifica os processos intrínsecos às atividades de ensino, pesquisa e extensão, além de outras atividades acadêmicas.

É através deste sistema que os docentes terão acesso a todos os recursos e informações relacionadas à vida acadêmica. Por exemplo, o acompanhamento de notas e frequências nos componentes matriculados; também poderá interagir com professores e outros alunos da turma, imprimir declarações de vínculo relacionadas ao curso e também receber comunicados da coordenação do curso. Ademais, é possível ver cursos e seus currículos e obter documentos assinados digitalmente pelo sistema (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, 2013).

(45)

vestibular e solicite compra de livros à biblioteca. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, 2013).

Assim, os docentes poderão usar o sistema para disponibilizar materiais empregados ou não em sala de aula, apresentar planejamento de aula a ser divulgado, divulgar notícias e avisos sobre as aulas, registrar frequência de aula, agendar avaliações programadas para o semestre, divulgar as notas dos alunos, dentre outras funcionalidades.

3.2 Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas na UFC

O Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas na UFC compõe o Sistema Integrado de Informações Institucionais, SI3, gerenciado pela Secretaria de Tecnologia da Informação (Figura 8). Em substituição ao Núcleo de Processamento de Dados foi criada a Secretaria de Tecnologia da Informação por meio da Resolução nº 23 do Conselho Universitário em 2010 (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, 2010a).

Para atender às realidades da UFC, incluindo suas diferenças de gestão e regimentais em relação à criadora do SI3, UFRN, a Secretaria de Tecnologia da Informação vem promovendo diversas alterações e melhoras no sistema. Na UFC, a utilização do SIGAA iniciou-se em agosto de 2010 no nível de ensino de pós-graduação (stricto sensu). Para o nível de ensino da pós-graduação presencial começou em 2011 (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, 2010b).

Na UFC o sistema SI3 (Figura 7) compreende:

(46)

Figura 7 – Módulos do SI3-UFC

Fonte: http://www.si3.ufc.br/sigaa

O SIGAA, primeiro dos sistemas SI3 a ser implantado na UFC, seguiu, primeiramente, com alterações impactantes no sistema, no intuito de adaptá-lo às regras vigentes na UFC. Como observado, os desenvolvedores da UFC têm procurado maior cooperação e atualização constante com a UFRN, mantendo a mesma linha padrão de códigos, contudo com adaptações aos processos de matrícula, criação de turmas, entre outros processos que operam de forma diferente (UNIVERSIDADE..., 2013).

Na Figura 8, expõe-se a tela inicial de entrada no sistema SIGAA. Nela, para ser usuário do SIGAA, o aluno ou servidor da UFC deverá acessar o sistema SI3/ SIGAA e fazer um cadastro (aluno ou professor ou funcionário/técnico). Nesse cadastro, o usuário preencherá uma planilha com vários dados onde optará por um login e registrará uma senha que lhe permitirá os futuros acessos ao sistema SIGAA.

(47)

Ao se logar no sistema acadêmico SIGAA, o professor/aluno verá uma página contendo as disciplinas que ele está lecionando/cursando no semestre corrente, a partir dos links presentes no nome de cada disciplina ao ambiente daquela turma. Segundo Rocha Neto e Lima (2009), o menu de navegação é dividido em diversas categorias:

 Turma: contém informações gerais sobre a turma;  Alunos: operação de frequência e nota de alunos;

 Impressos: impressão do diário de turma e lista de frequência;  Material: material de aula (slides, apostilas, textos, etc.);  Atividades: opções de interatividade com os alunos;

 Configurações: políticas de permissão e exibição de dados.

Como ilustrado a seguir, o SIGAA é composto por módulos (Figura 8). Figura 8 – Módulos do SIGAA – UFC

Fonte: http://www.si3.ufc.br/sigaa

Dentro da página Módulos do SIGAA há o menu principal e os portais. Previamente, o usuário deverá optar por qual vínculo com a UFC (aluno, professor ou servidor técnico) pretende ter acesso. Os portais aos quais o usuário terá acesso dependerão do vínculo dele com a instituição.

(48)

Os portais são disponibilizados a fim de atender à demanda acadêmica: Portais do Docente e Discente, Portal6 do Tutor, Portais dos Coordenadores Lato e Stricto Sensu, Portais dos Coordenadores de Graduação e Polo, Portal CPDI, Portal da Reitoria, Portal da Avaliação Institucional e Portal de Relatórios de Gestão.

Os portais apresentam um formato padrão aos usuários com diversos canais de comunicação (Figura 9).

Figura 9 – Formato padrão do SIGAA

Fonte: http://www.si3.ufc.br/sigaa

Através do Portal Padrão (Figura 9), o usuário do sistema SIGAA tem acesso tanto aos diversos serviços referentes à vida acadêmica da comunidade universitária, como declarações de matrícula, quanto às notas de aulas, avisos e notícias, notas de disciplinas, etc. Há entrada para postagem de arquivos relacionados aos conteúdos das disciplinas lecionadas, acompanhamento de notas e frequência dos matriculados, enfim, um recurso de interação entre os membros da comunidade acadêmica.

Após inserir seu usuário e senha na tela inicial do SIGAA (Figura 8), o docente acessará sua página inicial do sistema, o Portal Docente (Figura 10).

6Segundo Laudon e Laudon (2011, p. 405), Portal “[...] apresenta conteúdo personalizado, integrado

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Figura 10 – Portal Docente

Fonte: http://www.si3.ufc.br/sigaa

No Portal Docente, os dados do docente são visualizados no lado direito, onde há o acesso às mensagens, edição de seu perfil, agenda de turma e demais informações institucionais. À esquerda da tela, encontram-se as disciplinas que o docente está ministrando no semestre corrente acrescidas das informações sobre local, semestre e código das mesmas.

Em cada disciplina há o total de créditos e a carga horária atribuída. Identifica-se também o total de alunos matriculados e a capacidade total de alunos na referida turma.

Nessa mesma tela, o docente encontrará o campo “minhas turmas no semestre” no qual poderá verificar a agenda da turma no que se refere às atividades e avaliações agendadas, também se localiza a grade de horários e disposição das turmas.

O docente pode selecionar qual disciplina deseja acessar. Após a escolha, o sistema remete o docente à página da turma referente à disciplina (Figura 11).

Identificação

Imagem

Figura 3  –  Rede de cooperação técnica: UFRN e Rede IFES e Rede Ciclo
Figura 4  –  Integração entre os sistemas de informação institucional
Figura 5  –  Módulos 5  do SI3  –  UFRN
Figura 6  –  Módulos do SIGAA  –  UFRN
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