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Confiança para vencer!

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Publicação Bimestral da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores

Setembro/Outubro 2017

71

Com a presença de autoridades políticas e um público de mais de

3,5 mil pessoas, o 27

o

Congresso & ExpoFenabrave, com o tema

“CONFIANÇA! É preciso acreditar para vencer”, se consolida como o maior

evento da Distribuição Automotiva da América Latina.

Confiança para vencer!

Michel Temer

Presidente da República Governador de São PauloGeraldo Alckmin Henrique MeirellesMinistro da Fazenda Prefeito de São PauloJoão Dória

ExpoFenabrave

Mais de 50 empresas

apresentaram produtos e serviços destinados

aos Concessionários de todos os segmentos, em

mais de 10 mil m². Banco Itaú foi, pelo 10º ano

consecutivo, o Patrocinador Máster dos eventos

Rodrigo Maia

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A PACCAR COMPANY DRIVEN BY QUALITY

Trabalho sério, compromisso com a qualidade, respeito por você e disposição para inovar. Foi assim que, pelo 2º- ano consecutivo, a DAF foi eleita como a Marca e a Associação de Marca do Ano na categoria “Caminhões e Ônibus” da Fenabrave.

A DAF está em constante expansão, já são dezenas de concessionárias e diversos postos de serviços autorizados espalhados pelo Brasil.

EUROPEU MADE IN BRASIL EUROPEU FABRICADO NO BRASIL F I N A N C I A M E N T O FINAME

Cinto de segurança salva vidas.

Concessionárias DAF em operação Postos de Serviços Autorizados

A DAF não para de conquistar

territórios e o respeito

de clientes e parceiros.

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Confiantes, acima de tudo!

ealizamos o 27º Congresso & ExpoFenabrave e acredito que este tenha sido o mais representativo evento, politicamente falando, que a Fenabrave já organizou em sua história. Ainda que diante de um ano extremamente difícil, no qual temos apenas a sinalização de recuperação da crise, tivemos 3,5 mil participantes nos dois dias de evento e com a presença de muitas autoridades políticas, além das lideranças do nosso setor.

Contar com a presença da autoridade máxima do País, que é o Presidente da República, Michel Temer, seguido de seu sucessor direto, o Presidente da Câmara dos Deputa-dos, Rodrigo Maia, da autoridade máxima do estado de São Paulo em que

realizamos o nosso Congresso, o Governador Geraldo Alckmin, além de outras autoridades como o Prefeito de São Paulo, João Dória, o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, do Presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, do Presidente da FREMOB, Herculano Passos, entre tantos outros expoentes de nosso País, nos deu a convicção de que pertencemos a um setor, de fato, fundamental para o futuro do Brasil.

Ao lado dessas autoridades, também fomos prestigiados com a participação das lideranças da Distribuição Automotiva, que são as Associações de Marca filiadas à Fenabrave, os nossos Regionais e SINCODIV´s, os ex-presidentes da Fenabrave, os concessionários de todos os segmentos e suas equipes, as montadoras de veículos, as entidades congêneres como ANFAVEA, ABEIFA, ANFIR, ABRACICLO, SINDIPEÇAS, FEBRABAN, entre outras, e os nossos patrocinadores e expositores da ExpoFenabrave, além da imprensa e outros convidados. Todos, absolutamente todos se somaram aos nossos propósitos de restabelecer a CONFIANÇA no nosso País e no nosso setor, acreditando que é possível vencer no mercado nacional e investindo, principalmente, em relacionamento, em aprimoramento

profissional, no fortalecimento de alianças que servirão de alicerce seguro para a nossa travessia até o ano de 2018. Um ano que, se tudo ocorrer como esperamos, com as Reformas necessárias e os investimentos advindos da retomada da CONFIANÇA no País, será melhor, muito melhor.

Por essas e outras razões, que fizeram do nosso 27º Congresso & ExpoFenabrave um absoluto sucesso, com 98% de aprovação por parte dos participantes, quero agradecer a cada um que con-fiou na Fenabrave e empreendeu seu tempo para estar presente, engrandecendo o nosso evento e deixando ainda mais evidente, às nossas autoridades, a coesão e magnitude de nosso setor. Um setor que nasceu para prosperar e vencer! Basta Confiar e Acreditar!

Que os textos desta edição especial da Revista Dealer possam retratar, ainda que resumidamente, o que estamos construindo juntos: O futuro do nosso setor!

Boa leitura e ótimos negócios!

editorial

R

Por Alarico Assumpção Júnior Presidente da Fenabrave e ALADDA

3 Revista Dealer

A PACCAR COMPANY DRIVEN BY QUALITY

Trabalho sério, compromisso com a qualidade, respeito por você e disposição para inovar. Foi assim que, pelo 2º- ano consecutivo, a DAF foi eleita como a Marca e a Associação de Marca do Ano na categoria “Caminhões e Ônibus” da Fenabrave.

A DAF está em constante expansão, já são dezenas de concessionárias e diversos postos de serviços autorizados espalhados pelo Brasil.

EUROPEU MADE IN BRASIL EUROPEU FABRICADO NO BRASIL F I N A N C I A M E N T O FINAME

Cinto de segurança salva vidas.

Concessionárias DAF em operação Postos de Serviços Autorizados

A DAF não para de conquistar

territórios e o respeito

de clientes e parceiros.

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Autorização para reprodução de textos

As matérias assinadas nesta revista são de responsabilidade do autor não representando, necessariamente, a opinião da Fenabrave. Autorizada a reprodução total ou parcial das matérias sem assinatura, desde que mencionada a fonte. A reprodução de matérias e artigos assinados devem contemplar autorização prévia e por escrito do autor.

sumário

Baixe em seu tablet ou smartphone, esta edição da Revista Dealer

Editorial 4

Alarico Assumpção Júnior

Cerimônia de Abertura 8

Palestras

Workshops e seminários voltados a todos os segmentos automotivos marcaram o sucesso do 27º Congresso & ExpoFenabrave. Especialistas nacionais e estrangeiros apresentaram, durante dois dias, as tendências do setor e, principalmente, como as Redes podem ampliar a rentabilidade de seus negócios. Confira a cobertura por área de interesse:

Palestra Magna de ABERTURA 16

Palestra Magna de Encerramento 18

ENCONTRO DO VENDEDOR 19

Mercado e Economia 22

MARKETING DIGITAL 22

NEUROCIÊNCIA 24 ExpoFenabrave 28

Foram mais de 50 empresas expondo no Transamérica Expo Center, em São Paulo. Os resultados, para visitantes e expositores, foram positivos e demonstram que as parcerias no setor geram bons negócios.

Confira a opinião dos patrocinadores e expositores da maior feira dedicada ao Setor da Distribuição Automotiva na América Latina.

Publicação bimestral da

Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores.

Ano 7 – Edição 71 – Setembro/Outubro 2017

Conselho Diretor Presidente

Alarico Assumpção Jr.

1º Vice-Presidente

Luiz Romero C. Farias

2º Vice-Presidente

José Carneiro de Carvalho Neto

Vice-Presidentes

Antonio Figueiredo Netto, João Batista Simão, Marino Cestari Filho, Marcelo Nogueira, Ricardo Lima e Sergio D. Zonta

Vice-presidentes “Ad-hoc”

Glaucio José Geara, José Maurício Andreta Jr., Luciano Piana, Luís Antônio Sebben, Octávio Leite Vallejo e Waleska Cardoso

Conselho de Ex-presidentes

Alencar Burti, Flavio Meneghetti, Sergio Antonio Reze e Waldemar Verdi Jr.

Conselho Editorial

Alarico Assumpção Jr., Marcelo Franciulli, Valdner Papa e Rita Mazzuchini

Editoria e Redação

MCE Comunicação

R. Frei Rolim, 59 – CEP 04151-000 – São Paulo, SP Tels.: (11) 2577-6533 / 5582-0049

e-mail: rita@mcepress.com.br

Editora e Jornalista Responsável

Rita Mazzuchini (Mtb 22128)

Editor Assistente

Igor Francisco (Mtb 57082)

Colaboração

Jô Ribeiro, Luís Massao e Márcia Moreno

Projeto Gráfico e Edição de Arte

Heraldo Galan e Patricia Tagnin

Fotos

André Bichir Jannuzzi, Katy Lucia Santos, Sergio Kanazawa e Thiago Rodrigues

Comercial

DNF Comunicação – Gutenberg Soledade Tels.: (11) 2281-8134 e (11) 97732-7042 E-mail: dealer@dnfpropaganda.com.br

Endereço para correspondência

Av. Indianópolis, 1967 – Planalto Paulista CEP 04063-003 – São Paulo/ SP Tel.: (11) 5582-0000 / Fax: (11) 5582-0001 E-mail: fenabrave@fenabrave.org.br

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7.500 exemplares (distribuição gratuita)

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Com número recorde de autoridades

políticas presentes, incluindo o Presidente da

República, Michel Temer, o evento promete

entrar para a história como um dos mais

representativos já realizados pela Fenabrave.

Promovido e organizado pela Reed Exhibitions

Alcântara Machado, o evento teve, como tema,

“CONFIANÇA. É preciso acreditar para vencer”, e

superou as expectativas da Fenabrave. “Considerando

os desafios futuros para o nosso setor, que passa por

grandes transformações, as lideranças, incluindo

Associações de Marca, Concessionários de todo o

Brasil, montadoras, parceiros e, especialmente, as

autoridades políticas presentes em nosso evento se

mostraram confiantes em um futuro próspero. O

clima geral estava bastante positivo”, comentou o

presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.

A Programação Temática do evento contou com

30 palestras que levaram conteúdo voltado a

atender a atual demanda de todos os segmentos da

Distribuição Automotiva, considerando a realidade

econômica do País. Além disso, em parceria com o

SINCODIV-SP, foi realizado, mais uma vez, dentro

da programação oficial, o Encontro FENACODIV

de Vendedores e Gestores de Concessionárias.

Já a ExpoFenabrave, feira de negócios realizada

paralelamente ao 27º Congresso, reuniu 50 marcas,

em uma área de 10 mil m². “A feira também foi

um sucesso e tivemos um aumento expressivo de

circulação de visitantes nos estandes, reforçando a

importância da geração de negócios para as Redes

de Concessionárias e empresas ligadas ao setor.

Grande parte dos participantes manifestaram

intenção de renovar sua presença na próxima

edição do evento”, comemora Fernando Fischer,

presidente da Reed Exhibitions Alcântara Machado.

Pelo 10º ano consecutivo, o Banco Itaú foi o

Patrocinador Máster do evento. Os patrocinadores

Ouro foram B3, OLX e Grupo Disal.

CONFIANTES NO FUTURO!

Entre os dias 8 e 9 de agosto, mais de 3,5 mil pessoas

estiveram no Transamérica Expo Center, em São Paulo, para

participar do 27º Congresso & ExpoFenabrave, consolidando

o evento como o maior do Setor da Distribuição de Veículos

da América Latina e o segundo maior do mundo.

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A Cerimônia de Abertura, realizada na manhã

do dia 8 de agosto, contou com a presença

de mais de 2 mil pessoas, com destaque

para a presença do Presidente da República,

Michel Temer, do Presidente da Câmara dos

Deputados, Rodrigo Maia e do Governador do

Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, além

de representantes de entidades de classe,

lideranças da Fenabrave, Concessionários de

veículos, parceiros e imprensa convidada.

Também participaram da extensão do palco o

Presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro,

o ex-Governador do Estado de São Paulo, Luiz

Antonio Fleury Filho, o Presidente da FREMOB,

Deputado Herculano Passos, entre outros

líderes de entidades congêneres ao setor

automotivo e ex-presidentes da Fenabrave.

Entre as autoridades políticas que prestigiaram o

evento, após a Cerimônia de Abertura, estiveram

o Prefeito da Cidade de São Paulo, João Dória, que

participou da abertura da ExpoFenabrave e de almoço

com as lideranças do setor, e o Ministro da Fazenda,

Henrique Meirelles, que ministrou palestra sobre os

rumos da economia nacional.

Representatividade

política e confiança

marcam Cerimônia

de Abertura

Na composição do palco da Cerimônia de Abertura, da esquerda para a direita, o presidente da Anfavea –

Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos, Antonio Megale, o Presidente da Câmara dos Deputados,

Rodrigo Maia, o Presidente da República, Michel Temer, o Governador do Estado de São Paulo,

Geraldo Alckmin, o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior e o diretor da

área de veículos do Itaú Unibanco, Rodnei Bernardino de Souza.

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Acreditar para vencer!

O presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, abriu os pronunciamentos da Cerimônia se dirigindo ao Presidente da República, relembrando que, em 2016, em vídeo enviado ao evento, Michel Temer pediu que o setor confiasse em seu gover-no. “Não é por acaso que a 27ª edição do nosso Congresso & ExpoFenabrave tem, como tema, a Confiança, uma palavra que carrega tantos significados e, dentro deles, nossas mais profundas aspirações. Mais do que um sentimento, a confiança é um ato de fé, como dizia Carlos Drummond de Andrade”, lembrou, refor-çando que é preciso, mais do que nunca, resgatar a fé, a confiança em nós mesmos, em nossas equipes, pares, governantes e, “acima de tudo, na capacidade de recuperação do nosso País”.

Alarico comentou que a pior crise vivida no Brasil, nos últimos anos, foi, certamente, a crise de confiança que abalou a economia e todo o setor que, desde 2015, viu mais de 1,8 mil concessionárias de veículos deixarem de operar, provocando a perda de mais de 170 mil empregos. “Um naufrágio coletivo, com mortes sem dignidade, pois esses empresários e seus cola-boradores não tiveram a chance de se salvar”, completou.

Nos próximos 10 anos, o presidente da Fenabrave disse que o setor passará por mudanças maiores do que as ocorridas nos últimos 50 anos. E, para fazer parte desta mudança, todos devem estar preparados, confiantes no sucesso de um novo modelo de negócio, que será gerado em um cenário totalmente diferente do atual. “Por isso, dentre os pilares da Fenabrave, desenvolvemos projetos que podem contribuir com a formação

e aprimoramento de profissionais e gestores do segmento, assim como debater as melhores práticas de processos e negócios, por meio de intercâmbios com associações congêneres internacio-nais”, detalhou.

Descrevendo a grandeza do setor da Distribuição Automoti-va, que responde por parcela importante do PIB brasileiro e gera centenas de milhares de empregos, em mais de 1 mil municípios, Alarico Assumpção Júnior disse, ao Presidente Michel Temer, que “conscientes de que estamos fazendo a nossa parte, não queremos pedir nada além da retomada da economia e, desde já, a nossa Federação e o nosso setor declaram integral apoio às reformas necessárias ao País, tanto as que estão em curso, como ousamos pedir, à vossa excelência, que inscreva seu nome com letras ainda maiores na história do Brasil, realizando a Reforma Tributária, tão sonhada por todos nós”, completou o presidente da Fenabrave, aplaudido pelo público presente.

O presidente da Fenabrave continuou seu pronunciamento, dizendo que é preciso reavivar projetos já apresentados pela Federação e outras entidades do setor que, se implantados, po-derão ser catalisadores do processo de recuperação do mercado automotivo e da economia. “Este é o caso da Lei de Retomada de Veículos Inadimplentes, do RENAVE e do Programa de Sustentabilidade Veicular que, se implantado, contribuirá com o meio ambiente e com a segurança viária”, explicou, destacando grandes conquistas do setor, como a constituição da FREMOB – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Setor da Distribuição de Veículos e da Mobilidade, formada há quase dois anos e que conta com mais de 240 parlamentares.

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Por fim, Alarico Assumpção Júnior relembrou seu pai ao comentar sobre a agenda positiva estabelecida entre a Fenabrave e a Anfavea, que estão engajadas no Programa Rota 2030, assim como o trabalho desenvolvido em conjunto com o governo, parceiros de negócio e entidades congêneres. “Aprendi, com meu saudoso pai, que devemos ser menos indivíduos e mais fração da comunidade. E, por isso, acredito que cada um de nós é parte fundamental para a recomposição do setor. Precisamos recu-perar a nossa confiança, a nossa autoestima como empresários do setor e, acima de tudo, como brasileiros. Precisamos confiar que é possível vencer as dificuldades, ultrapassar as barreiras que ainda temos pela frente, reparando danos, nos tornando mais fortes e resistentes, porque é preciso acreditar para vencer!”, finalizou o presidente da Fenabrave.

Mais crédito para o setor

Rodnei Bernardino de Souza, diretor da área de veículos do Itaú Unibanco, salientou seu orgulho, em nome da instituição, em ser o Patrocinador Máster, pelo décimo ano consecutivo, do evento promovido pela Fenabrave. Na sequência, comentou so-bre os desafios impostos pelo cenário econômico, mas declarou que o Banco está confiante na retomada do mercado. “Nossa equipe de macroeconomia prevê PIB de 0,3% em 2017 e de 2,7% em 2018, e este cenário, de boas perspectivas, tem refletido nas atividades do Itaú Unibanco. No primeiro semestre deste ano, concedemos R$ 4,6 bilhões em crédito para financiamento de veículos no Brasil, valor 7% maior que o ofertado no mesmo período de 2016”, disse.

Para estimular o setor, o diretor do Itaú Unibanco afirmou que o banco vem investindo em novas soluções para auxiliar a operação das concessionárias e melhorar a experiência de compra do consumidor. “Estamos trazendo quatro novidades ao mercado. Uma delas é a parceria entre o iCarros e a Kelley Blue Book, uma das marcas mais reconhecidas no mercado au-tomotivo norte-americano que permitirá, tanto ao consumidor, como ao Concessionário, conhecer o preço certo de um veículo

usado, auxiliando na negociação de compra e venda”, explicou Rodnei, salientando o lançamento da Contratação Digital de Financiamento, o Credline, que permite ter todo o processo de contratação de crédito e pagamento em apenas alguns cliques. Por fim, anunciou o financiamento de acessórios e serviços, que permite, ao cliente, incluir a compra desses itens no finan-ciamento do veículo adquirido. “Todos esses investimentos fazem parte do objetivo de gerar mais valor em toda a cadeia automotiva”, completou.

Para Antonio Megale, presidente da Anfavea, os temas esco-lhidos para os eventos realizados pela Fenabrave sempre foram muito apropriados para a realidade do setor. “E, neste ano, especificamente, existe uma ‘trava’ que tem impedido a nossa retomada, que é justamente a Confiança, tema deste evento”, elogiou. “Nós precisamos acreditar! Acreditar na nossa capaci-dade de avançar e resolver as questões políticas e econômicas, para devolver, ao Brasil, a rota da estabilidade e do crescimento. Precisamos confiar e apoiar, fortemente, as reformas que são

Alarico Assumpção Júnior

Antonio Megale

Rodnei Bernardino de Souza

9 Revista Dealer

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tão necessárias para o crescimento”, destacou, ressaltando a necessidade de união de todo o setor para o desenvolvimento do mercado e a importância da Distribuição Automotiva para a economia do País. “Quando o mercado automotivo não vai bem, a economia também não vai. E este segmento, tão sofrido, e que gera milhares de empregos, precisa voltar ao processo de cres-cimento, assim como os demais integrantes deste setor”, disse. Dirigindo-se ao Presidente Michel Temer, Megale falou so-bre o Programa Rota 2030, que tem o objetivo de ter, na indús-tria automobilística, mais previsibilidade para que as empresas possam sair da crise mais organizadas, transformando o Brasil, novamente, num dos cinco maiores mercados mundiais. “A vocação do Brasil é ser um grande mercado, e o Programa Rota 2030 deve trazer a competitividade tão esperada, permitindo que a indústria coloque seus produtos em níveis mundiais dentro de nosso País, além de ter maior excelência nas exportações”, completou Megale, informando que este projeto faz parte da união de esforços de todos os elos da cadeia automotiva.

Agenda em favor das Reformas

“O Brasil não aguenta mais pagar impostos”. Foi assim que Rodrigo Maia, Presidente da Câmara dos Deputados, iniciou seu discurso na Cerimônia, muito aplaudido pelo público. “Todos nós, juntos, precisamos ter a coragem de destruir todos os males que foram feitos”, continuou, explicando que, nos últimos anos, o superávit primário chegou a 3% do PIB mas, quando ele assumiu a Câmara dos Deputados e Michel Temer a Presidência da República, já havia um déficit perto de R$ 200 bilhões. “Estamos falando que o Estado Brasileiro, ao longo de 10 anos, tirou da sociedade brasileira mais de R$ 300 bilhões. E é aqui que está o nosso desafio! Fazer com que o Estado Brasi-leiro volte ao equilíbrio fiscal forte, o que garantirá a confiança para que sejam feitos os investimentos de longo prazo”, disse,

explicando que o “coração de todas as reformas” é a Previdência. Segundo ele, esta mudança pretende “acabar com os privilégios no Brasil”. Em seguida, o presidente da Câmara comentou que o crédito no Brasil é caro, o que inviabiliza muitos negócios e, consequentemente, a geração de empregos.

Sobre a Reforma Tributária, Rodrigo Maia afirmou que o Brasil é um dos países que mais sofrem com a alta carga de impostos. “A tributação da produção brasileira é uma das maiores do mundo e nós vamos ter que enfrentá-la. Para isso, já temos um relatório pronto, que é desafiador, pois precisamos identificar se cabe uma votação completa ou o seu fatiamento para aprovação. Não podemos mais fugir da simplificação do sistema tributário e, depois, a médio e longo prazo, da redução da máquina do Estado para que o cidadão brasileiro possa decidir como aplicar suas riquezas. Este é o nosso desafio, e o desafio daqueles que fazem política séria no Brasil”, afirmou, complementando que este deverá ser o papel do governo. “Na Câmara dos Deputados, a pauta é pró-mercado, geração de empregos e segurança jurídica para que o Brasil possa ter um futuro melhor”, finalizou.

RENAVE

Em seu discurso, o Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou que, como fruto das audiências realizadas com o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, por meio das quais a entidade pôde esclarecer os benefí-cios do RENAVE, o Estado de São Paulo será o primeiro da Fe-deração a assinar o Registro Nacional de Veículos em Estoque. “Queremos simplificar o processo e ajudar o governo a reduzir a informalidade”, declarou o Governador.

Alckmin seguiu falando do fascínio do brasileiro por automóveis, além de toda a geração de riquezas proporcionada pelos diversos segmentos automotivos, como o de máquinas agrícolas e caminhões.

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Rodrigo Maia

Geraldo Alckmin

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Salientou o aumento do volume de créditos destinados a programas como o Pró-Trator e o Pró-TI, que realiza a devolução imediata do ICMS para investimentos na indústria automotiva dentro do Estado. O Governador defendeu, ainda, a necessidade de se realizar a Reforma Tributária, a Política e, especialmente, a da Previdência no país. Para ele, este é um desafio difícil, mas que deverá ser enfrentado por todos para que o Brasil volte a se desenvolver. “Está no DNA deste setor o desenvolvimento. E podem contar conosco para a retomada do crescimento e do emprego. Vocês são os arautos do desenvolvimento e da paz!”, finalizou Alckmin.

Governo reformista

Quebrando o protocolo e discursando de improviso aos mais de 2 mil participantes da Cerimônia de Abertura, o Pre-sidente da República, Michel Temer, destacou o tema CON-FIANÇA, escolhido para o 27º Congresso & ExpoFenabrave, explicando que o termo está relacionado à fiança ou afiançar. “E a palavra escolhida como tema traz, justamente, este sen-tido, para lançar uma mensagem, a nós todos, que somos da área pública, de que vocês confiam no que estamos fazendo”, comentou Temer, dizendo que isso é constatado não apenas pelas palavras, mas também pelas ações. “Convenhamos, foram citadas aqui três reformas fundamentais, que fecham o ciclo de reformas levadas à frente nos últimos 14 meses. No caso da Previdência, que prevê um déficit de R$ 184 bilhões para este ano, se não for feita a Reforma, será dificílimo en-frentarmos os próximos anos, ou seja, chegaremos a um ponto onde haverá apenas recursos para pagamento do funcionalismo público e das pensões previdenciárias”, enfatizou o Presidente da República.

Temer continuou afirmando que faz um governo reformis-ta, que busca colocar o País nos trilhos. Em seguida, lembrou que, quando assumiu a Presidência, o Brasil registrava inflação de quase 10% e que, atualmente, o índice está em 3%. “A taxa Selic, que estava em 14,25%, hoje está em 9,25%, devendo chegar a 7,5% no final deste ano. Isso exigirá que a taxa de juros real também caia e isso vai significar possibilidade de crédito mais aberto”, disse.

O Presidente da República lembrou, ainda, que não foi fácil propor o teto para os gastos públicos, que significa cortar na própria carne. “Muitos chamaram isso de PEC [Proposta de Emenda à Constituição] da Morte, que iria acabar com a educação e com a saúde. Passou o tempo e construímos o orçamento de 2017 pautados pela PEC da Morte e aumenta-mos a verba para R$ 10 milhões para cada área”. Quanto à reforma do ensino médio, Temer ressaltou que a proposta foi feita com base em trechos de vários Projetos de Lei propostos no Congresso Nacional. “Houve oposição e crítica, mas foi aprovada por mais de 95% de todos os setores educacionais do Brasil”, destacou.

Temer disse, também, que foi positiva a Reforma Traba-lhista. Ele ressaltou que a modernização da legislação foi ob-tida com diálogo aberto entre governo, empresários e centrais sindicais. Segundo o Presidente, ao longo dos últimos 14 me-ses, seu governo tem prestigiado a iniciativa privada com a con-vicção de que o combate ao desemprego ocorre pelo estímulo à atividade do setor privado. “Uma das tarefas é tentar mudar a cultura do Brasil, dizendo que há desemprego, mas não querer que haja produção. Se você não incentivar a indústria, o setor de serviços, o agronegócio, como se criará emprego? É preciso incentivar a atividade conjugada de todos os setores da iniciativa privada”. O Presidente ressaltou, ainda, que o Estado não pode prosperar se não transferir várias de suas atividades para a iniciativa privada”, enfatizou Temer. “É o que estamos fazendo. Estamos modernizando o País”, disse, encerrando seu discurso e dirigindo-se aos empresários do setor automotivo: “É fundamental que os senhores tenham confiança no que estamos fazendo e, especialmente, no otimismo apresentado pelo Alarico e pelo Antonio Megale”, concluiu.

Michel Temer

A Assobrav, pioneira entre as associações de marca e mentora

de muitas conquistas para o setor da distribuição de veículos

no País ao longo de 45 anos, continua na vanguarda e projeta

seu futuro, perfeitamente inserida no universo tecnológico e

digital, oferecendo a seus associados, entre outros benefícios,

a ampliação do leque de atuação do Grupo Disal, agora,

aberto ao mercado.

Assobrav, 45 anos. Rumo ao futuro.

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Associação de Marca do Ano 2017

AUTOHONDA

Associação Brasileira dos Distribuidores Honda de Veículos Automotores

ASSODEERE

Associação Brasileira de Distribuidores John Deere

ABRADIGUE

Associação Brasileira dos Distribuidores Guerra

ASSODAF

Associação Brasileira dos Distribuidores DAF

ABRAT

Associação Brasileira dos Concessionários Triumph Automóveis e Comerciais Leves

Marca do Ano 2017

HYUNDAI Tratores e Máquinas Agrícolas Implementos Rodoviários Caminhões Motocicletas JOHN DEERE LIBRELATO DAF TRIUMPH

Durante a Cerimônia de Abertura do 27º Congresso & ExpoFenabrave, foram revelados os vencedores dos prêmios “Marca do Ano” e “Associação de Marca do Ano”.

Os resultados foram apurados com base na 22ª Pesquisa Fenabrave de Relacionamento com as Marcas, desenvolvida online, entre abril e junho deste ano, pela Scheuer Consultoria, e que obteve grande participação das concessionárias – em 18 Associações de Marca filiadas à Fenabrave, 100% das redes responderam à Pesquisa. “Com o engajamento e a participação maciça dos concessionários, conseguimos realizar esta impor-tante pesquisa, que já é parâmetro para identificar os pontos fortes e os que merecem atenção no relacionamento das

mon-Premiações para Marcas e Associações

tadoras com suas Redes, assim como da Associação de Marca com seus filiados”, destaca o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, que entregou as estatuetas aos premiados.

A eleição teve, como critério, a participação mínima de 20% dos concessionários de cada marca, como respondentes da 22ª Pesquisa, sendo que a Marca e a Associação de Marca vencedoras, de cada categoria, foram as que obtiveram a melhor média das notas atribuídas às questões relacionadas à Parte Geral. “A premiação é um reconhecimento importante, pois o resultado é validado por todas as Redes de Concessionárias, de todas as marcas e segmentos do País”, conclui o presidente da Fenabrave.

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Palestra Magna de Abertura

N

a palestra Magna de Abertura “Tendências e Inovação: os novos desafios da cadeia automoti-va”, Wilson Lirmann, presidente do Grupo Vol-vo na América Latina relembrou sua carreira, iniciada como estagiário na fábrica da Volvo, em Curitiba (PR), em 1990, até chegar à Presidência, incluindo sua experiência como diretor-executivo da Lapônia, grupo de concessionárias da marca no interior de São Paulo.

O palestrante comentou que o setor deve passar por mu-danças nos próximos 20 anos, impulsionadas por demandas por mais eficiência, segurança no trânsito e menor impacto ambiental, alterando, consideravelmente, o modelo de negó-cio, incluindo concessionárias. “De fato, nós já vivemos uma realidade disruptiva em diversos sentidos. A revolução digital, as pressões sociais e as mudanças econômicas se aceleram sem precedentes, num verdadeiro turbilhão de escala global, que exige que a gente refaça os nossos paradigmas e os nossos com-portamentos de gestão”, disse o executivo.

Lirmann afirmou que, além da revolução digital, o setor automotivo está desenvolvendo três grandes tecnologias dis-ruptivas: “a eletromobilidade, os veículos conectados e a auto-mação”, explicou.

Entre as lições deixadas pela crise dos últimos anos, Lirmann afirmou que “para o País, a lição foi a importância do controle da inflação e da estabilidade fiscal. Para os empresários, foi a necessidade de crescer, com competitividade, para abrir novos mercados. Temos mais dificuldades em colocar um produto brasileiro no mercado sul-americano do que um produto da Suécia”. Para que se obtenha aumento na produtividade e na competitividade, Lirmann apontou o investimento em novas tecnologias e na capacitação de pessoas. “A grande diferença está na base, nas equipes e nas pessoas. Por isso, você tem que prepará-las para esses desafios e mudanças. Vivemos em um ambiente de grande complexidade e de margens decrescentes nas vendas de produtos. Portanto, as pessoas que atuam nos serviços nos ajudarão a agregar mais resultados e fidelizar cada vez mais clientes, especialmente dos concessionários”, explicou.

Com relação às tendências futuras, além do investimento em novas tecnologias e ênfase em serviços, Lirmann apontou

Tecnologia e

serviços no

futuro do setor

a inteligência artificial, veículos autônomos, conectados e au-tomação. “Isso já não é grande novidade, pois temos exemplos dessas soluções no mercado”.

Todas essas mudanças, na opinião de Lirmann, exigirão adaptações na forma de trabalhar: “Serviços, serviços e servi-ços!”, determinou. Para ele, as receitas com vendas de produtos vão diminuir ainda mais e, para complementá-las, será neces-sário um grande foco com relação aos serviços e, especialmente, em toda a tecnologia que isso empregará. “Nós já começamos essa trajetória, mas ainda há muito a se desenvolver. A minha recomendação, a todos vocês, concessionários, é que foquem muito a questão de serviços, revejam as práticas, com ofertas integradas de diversos canais de venda, e melhoria de proces-sos”, aconselhou o presidente da Volvo, finalizando: “Empresas fecham as portas não apenas porque fizeram coisas erradas, mas porque fizeram as coisas certas em um tempo demasiadamente longo, sem perceber as mudanças à sua volta”, concluiu.

Wilson Lirmann

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Na cidade somos todos pedestres

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(18)

Palestra Magna de Encerramento

U

m dos maiores palestrantes do País acredita que a crise separa os profissionais dos amadores, e acha que devemos agir, com inteligência, para superar o momento de incertezas.

O historiador e professor Leandro Karnal encerrou o 27o Congresso & ExpoFenabrave com a palestra “Olhando a Crise em Perspectiva”. Com auditório cheio, deixou uma mensagem de otimismo em relação à crise brasileira, mas salientou que só sobrevive quem cria estratégias e as coloca em ação. “A crise é separadora de amadores e profissionais”, afirmou. Karnal ressaltou que, além da crise econômica, há uma forte crise de valores entre os políticos, o que deixa as pessoas perdi-das. No entanto, afirmou que temos capacidade de responder, com inteligência e escolhas certas. Ele acrescenta que, na zona de conforto, não encontramos desafios e que ela “é aquilo que me agrada e que me impede de ir além”. Brincou com uma frase de Rubem Alves: “Ostra feliz não produz pérolas”. Para Karnal, a crise é o momento para avaliação, já que “todas as vezes que saio da minha zona de conforto eu repenso os meus valores”.

Segundo o professor, os jovens não têm experiência de crise como os mais velhos, que viveram a hiperinflação dos anos 80. Citou os índices inflacionários de 1985, que chegavam a mais de 84% ao mês no Brasil e, também, alguns índices de outros países, para dizer que, na verdade, não se pode tomar o momen-to pela realidade. “Nos pintam um quadro depressivo” disse, “mas há países em condições piores que a nossa”. Ele acredita que quanto maior a dificuldade, mais forte ficamos.

Para criar estratégias, o historiador acredita ser necessário prever possibilidades, diminuir surpresas e racionalizar o esfor-ço. “É preciso redescobrir a criatividade”. Em sua análise, a crise veio para todos e o esforço é, igualmente, necessário em todos os níveis. “O querer é uma disposição. A ação é que constrói”.

O historiador ressaltou que as pessoas erram ao olhar apenas para o centro da crise, sem traçar planos e estratégias para se chegar ao futuro da forma planejada. Para ele, há evidências de que a crise começou a diminuir e que o ano de 2018 será melhor que 2017. Mas perguntou: “Onde você estará no final da crise?”. Responder a essa pergunta é essencial para olhar a crise em perspectiva, de acordo com Karnal, que aconselhou: “não espere que façam por você. O conhecimento é o que muda o mundo”. Os novos valores, significativos para Karnal, são: inteligência, iniciativa e criatividade. “Hoje, estamos na incerteza, não sabe-mos nada do futuro. Mas o que é gestado hoje é o que define o seu amanhã”. E sentenciou: “Não espere que façam por você”.

Estratégia é a saída para driblar a crise

Leandro Karnal

(19)

Encontro do Vendedor renova

participação no Congresso

O

Encontro Fenacodiv dos Vendedores e Gestores de Concessionárias foi rea-lizado, pelo segundo ano consecutivo, durante o 27º Congresso & ExpoFenabrave, e contou com a parceria do SINCODIV-SP. Cada participante realizou sua inscrição com a doação de alimentos e outros itens, que foram entregues à APAE - Associação de Pais Amigos Excepcionais de Santo André e à Casa Ronald McDonald’s do ABC.

Direcionadas a vendedores, gestores e consultores técnicos, as palestras conta-ram com especialistas que apresentaconta-ram conceitos de vendas, pós-vendas e técni-cas de Programação Neurolinguística para todos os segmentos automotivos. Entre os palestrantes estiveram especia-listas como Valdner Papa, Silvana Val-lochi, Ricardo Cavalcante, Rose Santi, Osmar Hidalgo, Eduardo Cortez, Victor Vilanova, entre outros.

Osmar Hidalgo

Eduardo Cortez Ricardo Cavalcante

Ricardo Patah

Rose Santi

Valdner Papa

Silvana Vallochi

Victor Vilanova

Octavio Leite Vallejo

E

m painel moderado por Octavio Leite Vallejo, su-perintendente do SINCODIV-SP, os especialistas Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores) e do SEC SP (Sindicato dos Comerciários de São Paulo), e Ricardo Dagre Schmid, assessor jurídico-trabalhista do Sincodiv-SP, discutiram a evolução das regras trabalhistas ao longo da história até o atual momento, considerando as consequências da modernização da proposta sancionada pela Presidência, transformada na Lei 13.467/2017. “Pensemos no futuro. Despojemo-nos de convicções arraigadas para olhar a Reforma Trabalhista, que vem para atender novos tempos!”, alertou Vallejo.

Para Patah, o texto aprovado passou ao largo do que foi, inicialmente, negociado com a UGT, situação que levou à necessidade de uma MP (Medida Provisória) para a correção de distorções. Já para Schmid, a Reforma deve recuperar o equilíbrio de forças entre os Poderes na aplicação das normas.

Legislação Trabalhista

Ricardo Dagre Schmid

19 Revista Dealer

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Reunião de lideranças da ALADDA

R

epresentantes da ALADDA – Asociación Latinoame-ricana de Distribuidores de Automotores estiveram presentes no 27º Congresso & ExpoFenabrave e par-ticiparam, no dia 7 de agosto, na sede da Fenabrave,

em São Paulo, de um coquetel de boas-vindas, que contou com a presença de líderes da Argentina, Bra-sil, Chile, Costa Roca, Colômbia, Estados Unidos, Peru e México.

No dia 9, no Transamérica Expo Center, as lideranças estiveram reunidas para tratar de

assun-tos relacionados à entidade, com exposição de cada país sobre a situação política e de mercado.

O encontro foi comandado pelo Secretário Geral da ALA-DDA, Alejandro Saubidet, além de contar com uma palestra

de Roberto Rinaldi, que mostrou as principais tendências para o futuro do setor automotivo mundial e o papel das concessio-nárias neste contexto.

O anfitrião do evento e presidente da Fena-brave e ALADDA, Alarico Assumpção Júnior, abriu e encerrou a reunião com agradecimentos especiais aos participantes: “Agradeço, mais uma vez, a oportunidade de nos reunirmos e tratarmos de assuntos de extrema importância para o nosso negócio. Como sempre, as reuniões da ALADDA são fórum para debates e discussões do que acontece nos principais mercados da América Latina, Estados Unidos e Caribe, tanto em aspectos de mercado, como em relação às suas especificidades políticas”, concluiu.

Acima, representantes dos países que compõem a ALADDA, no encontro realizado no dia 9 de agosto. Abaixo (esq), parte dos membros participa de coquetel de boas-vindas realizado na sede da Fenabrave, em São Paulo. À direita, Alarico Assumpção Júnior, Presidente da ALADDA e o Secretário Geral da entidade, Alejandro Saubidet.

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Não precisa de lâmpada mágica: o segredo para aumentar os lucros é vender consórcio.

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(22)

Tendências e inovação!

Ao longo da programação do 27º Congresso & ExpoFenabrave, Concessionários de todo o Brasil

puderam conhecer quais são as principais tendências voltadas ao mercado automotivo, e

vislumbrar uma perspectiva macroeconômica, por meio de especialistas de renome no mercado.

Confira, a seguir, quais foram as principais tendências de economia e de

mercado apresentadas entre os dias 8 e 9 de agosto de 2017.

O futuro do mercado

automotivo

ICDP mostra qual será o papel das Redes

de Concessionárias e o que será preciso

fazer para garantir espaço neste futuro.

A

Fenabrave, preocupada em antecipar as tendências de mercado para a Distribuição nos segmentos de automó-veis e comerciais leves, encomendou uma pesquisa ao ICDP - International Car Distribution Program, institu-to de pesquisa europeu, especializado no Seinstitu-tor da Distribuição Au-tomotiva, para identificar o “Futuro Negócio do Concessionário de Automóveis e Comerciais Leves no Brasil”. “Este trabalho envolveu diversos grupos de concessionárias e, também, Associações de Marca dos segmentos, montadoras e players do mercado que ajudaram a identificar as principais tendências e a projetar, para os próximos 10 anos, como será o modelo de negócio para a distribuição no Brasil”, explicou Andrew Tongue, diretor de pesquisa do ICDP, ao iniciar sua palestra no 27º Congresso & ExpoFenabrave.

De acordo com o palestrante, o trabalho mostrou que o mercado está otimista com o futuro, porém, com preocupações relacionadas ao impacto das tendências globais do setor na operação brasileira. “Temos que reconstruir e recriar. É como trocar o pneu de um carro com ele em movimento”, alertou, dizendo que é preciso preparação dos empresários e das equipes enquanto lidam, ao mesmo tempo, com os impactos da crise brasileira. “O mercado caiu mais de 45% nos últimos quatro anos”, destacou.

O especialista disse que os empresários devem ser realistas com a questão das megatendências globais, como a autonomia, a conec-tividade, o uso do veículo em detrimento da posse e a utilização de combustíveis alternativos. “Algumas particularidades no Brasil, como a segurança nas estradas, a gestão do tráfego, congestiona-mentos, a urbanização e o custo da mobilidade farão com que essas tendências demorem mais a chegar”, disse.

Mesmo assim, Tongue mostrou que é preciso estar preparado para a adaptação a essas mudanças, como os serviços de carros com-partilhados, que já é comum no Brasil e podem ter impacto negativo

nas vendas no varejo e, também, a produção de novos motores, que podem ter impacto positivo no negócio, mas é preocupante no aspecto do pós-venda. “Um carro movido a hidrogênio não quebra tão fácil. Isso pode gerar uma queda nas receitas com o pós-venda”, disse, completando que os veículos elétricos devem demorar a se po-pularizar no mercado brasileiro, já que não há incentivo do governo para produção e, muito menos, investimentos em infraestrutura.

Com relação aos veículos autônomos, Tongue disse que esta tecnologia ainda está muito longe da realidade, porém, alertou para a questão da conectividade, que é cada vez mais crescente e com bom impacto entre o público jovem. “Além da conectividade, vejo como uma grande tendência, no Brasil, a restrição da circulação de veículos em áreas de grande densidade populacional, o que também impacta o negócio”, detalhou, completando que os serviços de mobilidade e conectividade poderão dobrar até 2021 no País, impactando, diretamente, no pós-venda.

O especialista do ICDP disse que é preciso maior investimento nas áreas de serviços. Segundo Tongue, com a crise econômica, além do fechamento de cerca de 20% das Redes, houve queda na média de vendas por loja. “Aqueles que estavam atentos conseguiram aumen-tar receitas por meio de vendas de usados e pós-venda”, explicou, acrescentando que “o digital também terá uma grande importância no negócio. As concessionárias têm de entender sua função online e medir seus resultados”, aconselhou.

Além disso, Tongue comentou que o ganho em escala será fundamental para o sucesso do negócio mas, para isso, é preciso investir em capacitação e gerar maior performance das equipes. “Os leads ficarão cada vez mais dinâmicos. É preciso entregar uma boa experiência no ambiente virtual e no real”, completou, informando que os grandes grupos sairão na frente, pois a gestão centralizada facilita o processo.

Andrew Tongue

22 Revista Dealer

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Para Meirelles, recessão

ficou para trás

Ministro da Fazenda defendeu a continuidade

das reformas e disse que País inicia nova

etapa de crescimento sustentado.

B

aixa nos juros de longo prazo, melhora dos índices de pro-dução industrial, repro-dução no endividamento das empresas, queda da inflação, do gasto público e a aprovação de re-formas que podem mudar o rumo da economia brasileira nas próximas décadas. Os últimos meses foram de trabalho duro para o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, mas sua avaliação é de que, enfim, o Brasil demonstra sinais de que a pior recessão já enfrentada pelo País ficou para trás. “Os dados mostram isso”, afirmou Meirelles na palestra “Os rumos da economia brasileira”, na qual afirmou que as reformas econômicas recentes devem criar um ambiente de crescimento contínuo e baixa volatilidade para os próximos anos.

“Quando você atua na base da economia, cria condições para isso”, disse, ressaltando, porém, que o momento ainda é delicado. “É a recessão mais longa e mais profunda da nossa história. O PIB brasileiro caiu 8% (nos últimos dois anos). São 14 milhões de desem-pregados. Não vamos menosprezar estes números, mas já estamos na rota certa e, cada vez mais, as empresas e a população vão perceber a melhora na economia”, declarou Meirelles.

Para o Ministro, dados como a retomada de produção dos setores têxteis, de informática e de eletrônicos – e mesmo a tímida alta na produção de veículos – a partir do segundo semestre de 2016, além da redução do endividamento das empresas e a baixa na inflação dos alimentos são sinais claros da retomada da economia, tanto que ele projeta um crescimento do PIB de 3,2% para 2018. “A reforma do teto é que deu consistência para a economia voltar a crescer”, defendeu.

A reforma citada por Meirelles é a PEC 241, que atrela o au-mento dos gastos públicos à inflação do ano anterior. “A despesa do governo saltou de 10,8% do PIB, em 1991, para 19,8% em 2016, sendo que poderia chegar a mais de 25% do PIB em 2026”, afirmou, explicando que, com a medida, o gasto deve estacionar na casa dos 15% em 10 anos. “Era importante dar um limite a esse aumento de despesa”, completou, lembrando que o governo trabalha, ainda, em outras reformas estruturais, como a da Previdência e a Tributária.

No âmbito das microrreformas, Meirelles destacou medidas que devem aumentar a eficiência e reduzir a burocracia do Estado, como o Programa Portal Único de Comércio Exterior, que deve reduzir, pela metade, o tempo gasto para importar e exportar mercadorias no país, a redução do spread bancário, o lançamento de um sistema para agilizar a liberação e administração de patentes, e a facilitação do pagamento de tributos. “Hoje, a média nacional é uma empresa gastar 2.600 horas por ano preenchendo documentos para pagar imposto. A ideia é reduzir este tempo para menos de um quarto do que é gasto hoje”, disse, citando, também, o projeto que deve reduzir o tempo de abertura e fechamento de empresas dos atuais 101 dias para três dias.

No setor de infraestrutura, Meirelles citou o Programa de Parce-ria de Investimentos, que deve atrair capital privado para rodovias, portos, aeroportos, ferrovias e energia, com estimativa de aporte de R$ 77 bilhões. “Quando estes programas de investimento entrarem em prática, mudarão o País”, finalizou.

"Os programas de investimentos mudarão o país", diz o Ministro da Fazenda.

(24)

D

e acordo com dados da ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), as vendas de consórcios registraram alta de 8,4% no primeiro semestre de 2017, em comparação ao mesmo período do ano anterior, che-gando a 7 milhões de consorciados no país, sendo 6 milhões apenas no segmento automotivo.

Além disso, o tíquete médio, de R$ 40,5 mil, apontado em junho, foi 7,1% maior que os R$ 37,8 mil registrados em 2016. Em alta, a modalidade de compra programada foi tema da palestra “Consórcio como ferramenta de lucratividade”, debatida por Lu-ciana Precaro (Diretora da Disal Consórcios) e Vitor Bonvino (Pre-sidente do Conselho da ABAC), e mediada pelo diretor executivo da Fenabrave, Marcelo Ciardi Franciulli.

Na apresentação, Bonvino defendeu que os Concessionários devem se dedicar a entender o perfil de compradores de veículos por meio do consórcio já que, segundo ele, são consumidores que têm, como característica, o planejamento financeiro. “É necessário um novo profissional de vendas, com conhecimento técnico de negociação, de matemática, e que funcione até como um consultor, para que o consumidor compre de forma consciente”, afirmou, lembrando que treinamento é mais importante do que o número de membros da equipe. “Não é necessário uma equipe de 10 pessoas para começar a trabalhar com consórcio”, esclareceu.

O presidente da ABAC sugeriu, ainda, que os Concessionários busquem estreitar os laços com os consorciados para fidelizá-los an-tes da retirada do bem. “A concessionária tem que fazer a fidelização durante o prazo de duração do grupo de consórcio e não apenas após a contemplação da cota”, destacou Bonvino, aconselhando: “Mante-nha contato constante, fale das assembleias, ofereça test drive, revisão

Consórcio e Seguros: oportunidades para concessionárias

Os segmentos de consórcio e de seguros são ótimas estratégias para incremento dos

negócios das Redes. E, para discutir sua relevância na Distribuição Automotiva, durante o

27º Congresso & ExpoFenabrave, foram realizadas duas Mesas Redondas abordando os temas.

de férias e promoções. O cliente abordado dessa maneira tem uma chance grande de ser fidelizado e, no momento da contemplação, deverá adquirir o bem na concessionária que lhe vendeu a cota”.

Para Luciana Precaro, para ter sucesso no Sistema de Consórcios, é importante que o Concessionário também crie uma estratégia definida para os canais digitais, como sites, mídias sociais e aplicati-vos de smartphones. “O olho no olho ainda faz toda a diferença no fechamento de uma venda, mas os canais online podem potencializar os negócios”, disse a executiva da Disal Consórcio, citando casos de empresas que chegaram a quadruplicar as vendas de consórcios com baixo investimento e foco em mídias sociais.

Rentabilidade em Seguros – Considerando a importância do mercado de seguros e do relacionamento entre concessionárias e seguradoras, a Comissão que trata desse assunto na Fenabrave desenvolveu, no 1º semestre de 2017, uma “CARTILHA DE ORIENTAÇÕES PRÁTICAS NA OPERAÇÃO DE SEGUROS”, com o objetivo de auxiliar as Redes de Concessionárias a obter os melhores resultados como fruto da transação de seguros junto às diversas companhias existentes no país, por meio de corretoras próprias ou parceiras. Este foi dos temas debatidos durante o 27º Congresso & ExpoFenabrave, que teve a mediação do coordenador da comissão, José Carneiro de Carvalho Neto e contou com especialistas da área de seguros.

Para o especialista André Luis Cuque, da consultoria de vendas AL&C, que atuou na pesquisa que gerou a Cartilha editada pela Fenabrave, “há muito tempo, o setor busca receitas adicionais e, com base na realidade e expectativas deste mercado, acreditamos que as concessionárias possam obter os melhores resultados na operação de seguros, um segmento que gera uma receita anual de R$ 32 bilhões.

24 Revista Dealer

Mercado e Economia

Marcelo Ciardi

(25)

Por isso, desenvolvemos a pesquisa e a Cartilha de Orientações”, explicou Cuque.

Para Jaime Soares, diretor da Porto Seguro, tratar deste assun-to, ligado a práticas de seguros, foi um pontapé inicial para quebrar paradigmas e aproximar os interessados dos players do setor. “O seguro de automóvel deveria ser, cada vez mais, considerado como fonte de negócios das concessionárias. Não falo apenas do seguro para os veículos novos. Temos notado que os veículos seminovos, de 0 a 5 anos, estão sendo segurados com uma frequência maior. Acho que isso é um exemplo para repensarmos que este mercado está se potencializando”, concluiu Soares.

O sucesso nesta prática de seguro, dentro da concessionária, não é apenas conseguir vender produtos para os clientes. Um dos pontos principais para se ter bons resultados, conforme Ivan Ricardo Abaut, do Grupo Sinal, o bom relacionamento interno entre o vendedor de automóveis e o vendedor de seguros. “O Concessionário tem que ter, como prioridade, a construção de um bom relacionamento interno na equipe. Quando o vendedor do automóvel consegue fechar a venda com o cliente, ele já está íntimo desta pessoa. Com isso, consegue vender mais a este clien-te. Portanto, favoreça este momento e venda o seguro junto ao veículo”, completou Abaut.

25 Revista Dealer

International Round Table

Com a presença de lideranças internacionais que compõem a ALADDA – Asociación Latinoamericana de Distribuidores de Automotores, além de representantes de Portugal, Itália e Austrália, a tradicional Mesa Redonda Internacional contou com a abertura feita por Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave e da ALADDA, que comentou sobre sua trajetória empresarial, iniciada como balconista de uma concessionária e que, com confiança, conseguiu suplantar os desafios impostos para que, hoje, pudesse estar realizado como cidadão e empresário, gerando empregos e riquezas para o País. “É por este motivo que acordo todos os dias. Muitas pessoas dependem de mim e de meus esforços, assim como muitos outros companheiros, concessionários que administram suas empresas diariamente”, disse.

Albert Gallegos, diretor internacional da NADA – National Au-tomobile Dealers Association, entidade que reúne os Concessioná-rios de automóveis e comerciais leves dos Estados Unidos, mostrou que o mercado norte-americano chegou a 8,4 milhões de unidades comercializadas no primeiro semestre deste ano, uma queda de 2,1% se o resultado for comparado ao mesmo período de 2016. “Já espe-rávamos esta leve queda, mas destaco o excelente desempenho de crossovers, que representam parcela importante do nosso mercado (33%) e, também, em toda a América Latina”, detalhou.

De acordo com as expectativas da NADA, o mercado de auto-móveis nos Estados Unidos deve encerrar 2017 com 17,1 milhões de unidades comercializadas. “Vamos manter esse volume em torno de dois ou três anos, salvo algum colapso que possa ocorrer na eco-nomia”, completou.

Concessionária do Futuro – A principal apresentação da Mesa Re-donda Internacional ficou a cargo de Stefano Portigliatti, vice--presidente da Florida Christian University (FCU), parceira da Fenabrave na área educacional, que mostrou sua visão sobre o futuro das concessionárias.

José Carneiro de Carvalho Neto, André Luís Cuque, Jaime Soares e Ivan Ricardo Abaut.

Stéfano Portigliatti Albert Gallegos

Na opinião do especialista, o sistema de franquias não terá fim até 2025, mas as vendas diretas vão crescer, o que preocupa os empresários do setor. “Com isso, a tendência é a concentração do negócio em grandes grupos, que estão comprando redes menores para sua consolidação futura”, apontou, dizendo que outras ten-dências, como o compartilhamento de veículos, carros autônomos e aspectos relacionados à mobilidade em grandes cidades podem influenciar, ainda mais, no modelo de negócio. “As empresas não precisam crescer, mas precisam mudar. Não devemos esperar até 2025 para saber o que fazer”, pontuou.

Outro ponto destacado por Portigliatti está relacionado às equipes, especialmente nas formas de alinhamento, processos e motivação para o trabalho. “Não podemos nos acomodar e manter o nosso trabalho apenas nas tarefas do dia a dia. Temos que motivar as equipes a mudar a forma como enxergam o mundo”, completou, finalizando: “É preciso acreditar! É preciso entender que vocês farão parte de algo maior que, juntos, têm uma missão”.

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“O cenário internacional tem se mostrado mais benigno, compensando a piora dos fundamentos do Brasil”, avaliou o eco-nomista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita, em palestra no 27º Congresso & ExpoFenabrave.

Em sua análise, o preço do Risco Brasil vem caindo nos últimos 18 meses, com uma taxa de câmbio bastante comportada, entre R$ 3,30 e R$ 3,50. Segundo Mesquita, o mundo está mostrando muito apetite por ativos de países emergentes. “Mesmo com toda a incerteza, o investidor estrangeiro segue propenso a comprar ativos brasileiros”, destacou.

A queda da inflação é outro fator positivo, observado pelo economista, que sinaliza a recuperação na economia brasileira. “Estimamos que a inflação termine, este ano, em 3,4% e, que, em 2018, fique em 4%, o que permite, ao Banco Central, reduzir a taxa de juros, um movimento importante para o setor automotivo”, avalia Mesquita.

Nas projeções do economista, os juros devem ficar entre 7% e 8%, encerrando o ano em 7,25%. Para 2018, a perspectiva do economista-chefe do Itaú Unibanco é a taxa de juros ficar entre 6,5% e 7,5%.

A recuperação do mercado de trabalho é outro fator positivo, que propõe uma melhor perspectiva à retomada do consumo. “O desemprego parou de subir e acreditávamos que isso só aconteceria em 2018. Para o setor automotivo isso é muito importante e deve dar um alento à retomada de vendas de veículos”, observou Mesquita.

Em sua análise, há sinais de recuperação, ainda, na concessão de crédito para as pessoas físicas, com o endividamento das famílias em queda, o que revela espaço para a tomada de crédito, movimento importante para segmento de automóveis. Também para o PIB há boas notícias. O economista projeta um crescimento de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) para esse ano, com desempenho mais consistente em 2018, com a retomada dos investimentos. Segundo ele, as estatísticas não confirmam que os investimentos caem em anos de eleição. “Isso depende muito do ano. Não dá para dizer que as empresas não investem por causa da eleição. Isso não está no dado. A previsão é de uma expansão de 2,7% na economia brasileira para o ano que vem. A projeção da inflação é de 4% para 2018 e de 4,3% para 2019”, finaliza.

Agronegócio – O Brasil registra, em 2017, a maior safra de sua his-tória, com 240 milhões de toneladas de grãos. “Ainda que a safra de 2018 não seja tão exuberante quanto esta, teremos uma movi-mentação de carga muito grande no país”, afirmou o engenheiro agrônomo e sócio-consultor da MB Agro, Alexandre Mendonça de Barros, destacando a importância deste cenário para o setor de caminhões e implementos rodoviários.

Mendonça de Barros observou que a logística do Brasil vem passando por transformações, com aberturas de novas rotas,

inclu-sive, com a evolução das exportações pelos portos do Norte do País. “A maior movimentação ainda fica em Santos e Paranaguá, mas já observamos soja em São Luís, com quase 4 milhões de toneladas. Há uma nítida movimentação de rotas alternativas de cargas e uma concorrência crescente com as ferrovias”, alertou o consultor. Segundo ele, é importante observar a questão do frete curto versus o longo, com as necessidades de deslocamento da fazendo para os pólos de distribuição. “Provavelmente, vamos ter um aumento de cerca de 20% em quase toda essa estrutura logística brasileira”, acredita Barros.

Para 2018, as previsões do especialista sinalizam que o Brasil terá uma demanda de frete bastante alta, bem como área plantada e estoque de passagem.

Mercado e Economia

Trajetória favorável

Inflação em queda, câmbio equilibrado, recuperação do mercado de trabalho e o agronegócio com

safra recorde na história do País gera otimismo para o Brasil, apesar das incertezas políticas.

26 Revista Dealer

Alexandre Mendonça de Barros Mario Mesquita

(27)

C

oncessionários brasileiros passam por dias difíceis. Não bastassem os resquícios da maior recessão econômica já enfrentada pelo País, a nova geração de consumidores, mais conectada e com uma nova visão sobre mobilidade, tem exigido uma reestruturação no negócio da distribuição de veículos. O cenário, de fato, é complexo mas, para Darren Slind, da J.D. Power, não há motivo para pânico. “As pessoas dizem que as concessionárias vão acabar desde a década de 1990, e isso nunca aconteceu. Os dealers têm histórico de inovação e adaptação”, disse o executivo, que apresentou a palestra “Disrupção Automotiva – implicações aos Concessionários”.

Para Slind, o desafio da distribuição de veículos é mundial e não passa apenas por retrações de PIB mas, também, pela abordagem dos consumidores em relação à mobilidade, com o advento de aplicativos de transporte e compartilhamento e carros autônomos. “No Canadá, por exemplo, os consumidores já não vêem mais o carro como um objeto de desejo. Para eles, é uma mercadoria fun-cional”, disse. Neste cenário, segundo ele, empresas que investem no conceito de transporte como forma de serviço – e não como sonho de consumo – saem na frente. “Uber, Amazon e Tesla estão reescrevendo a história da mobilidade”, garantiu Slind.

Para ser bem-sucedido neste ambiente, Slind defendeu que os Concessionários devem buscar meios de continuar gerando valor para seus consumidores, o que acontece pela melhora na comu-nicação e dos canais digitais, que passam a funcionar tanto para agendamento online de serviços, assim como fonte de informações e aconselhamento sobre os veículos. “Tente se tornar a única referência para o seu cliente. Enquanto você tiver a resposta para os anseios de seus compradores, haverá futuro para o seu negócio”, conclui.

Com base em pesquisa realizada no mercado brasileiro, Fábio Braga, da J.D. Power Brasil, apresentou A Voz do Consumidor apli-cada ao mercado automobilístico brasileiro, pesquisa que destacou a importância da melhoria da comunicação com o cliente, especial-mente no agendamento e disponibilização de informações sobre andamento de serviços, na adaptação dos sites corporativos para exibição em celulares e tablets, além de treinamento de consultores técnicos para indicar apenas serviços necessários ao consumidor. Bra-ga destacou, ainda, a importância de criar uma relação de confiança com o consumidor durante o processo de venda. “É fundamental ter transparência na política de preços, por exemplo”.

Novos tempos, novos

consumidores

Para executivos da J.D. Power, nova geração

de consumidores vai demandar inovação

e adaptação dos Concessionários.

Darren Slind Fábio Braga

27 Revista Dealer

Inteligência de Mercado

para sobrevivência

A mesa redonda “Inteligência de Mercado: Visão Interna-cional, Inovação e Parâmetros de Gestão de Concessionárias”, realizada no segundo dia do Congresso, contou com a mode-ração do professor da FCU (Florida Christian University), Stefano Portigliatti e a presença de Rodnei Bernardino de Souza, diretor do Itaú Unibanco, além dos concessionários Flávio Meneghetti (Grupo

Mara-jó), Vladimir Freitas (Grupo Saga) e Geraldo Simões (Grupo Jorlan). Entre outros assuntos, os participan-tes mostraram suas ações individuais para sobreviver à recessão brasileira e concordam que aprenderam com o que foi feito durante a crise de 2008, nos Estados Unidos. “Estamos saindo mais fortes”, avalia Freitas, reforçando: “Adequamos os nossos custos com a realidade do mercado e fomos obriga-dos a enxergar oportunidades”.

Para Flávio Meneghetti, na crise, só há dois caminhos: o apavoramento – que faz com que o concessionário se deprima e feche seu negócio-, ou a energia vinda do desafio de sobreviver. “Foi necessário ajustar a empresa ao nível de atividade, mas sempre com otimismo”, disse.

Simões acredita que houve uma mudança na atuação do vendedor que, em sua avaliação, “antes da crise era tomador de pedido e agora tem que se aprimorar”.

Segundo Rodnei Bernardino de Souza, a crise encorajou o mercado na tomada de decisões. “Num momento bom, o sucesso coloca fumaça nos olhos. A dificuldade separa os homens dos meninos. Abraçar a causa é uma questão de comportamento”, avaliou o diretor do Itaú Unibanco. “Foi preciso muita análise de dados e menos emoção. Fizemos a nossa lição de casa, com redução de custos. É um aprendizado que se leva para a vida”, considerou.

Outra questão importante abordada foi o novo perfil de consumidor, que está em busca de soluções digitais, que inicia o processo de compra pela internet e que buscas respostas em tempo real. “Esse modelo ainda é um forte desafio para todos nós”, afirmou Vladimir Freitas, do Grupo Saga, complementa-do pelo diretor complementa-do Itaú: “O cliente está no centro da estratégia. Tivemos que entender toda jornada de expectativa e compra”, disse Souza.

Rodnei Bernardino de Souza, Vladimir Freitas,

Geraldo Simões, Flávio Meneghetti e Stéfano Portigliatti.

Referências

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