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ARTE, CIÊNCIA, COMPORTAMENTO.

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Academic year: 2021

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ARTE, CIÊNCIA, COMPORTAMENTO. Em meio à instabilidade que a pandemia impôs ao mundo, a milenar arte da tiragem de cartas do tarô desponta dentre as práticas que despertaram atenção e interesse. Nossa

capa é uma carta desenhada pelo ilustrador e quadrinista Talles Rodrigues, que está criando um tarô completo, o Mahou Shoujo Smith, mesclando elementos do modelo clássico de Pamela Colman Smith e Edward Waite com seu amor pelos animes. Entre no mundo de magia e ciência das cartas.Páginas 2 e 3

EDIÇÃO: ClóvIs hOlANdA clovisholanda@opovo.com.br

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arô

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FORTALEZA_CEARá_DOmingO_28 DE FEvEREiRO DE 2021

No camiNhar da vida, sujeitos elaboram diver-sas estratégias para entender dinâmicas, conflitos, metamorfoses e tendências sobre si e o entorno. Em tempos tão incertos, o tarô (em francês, “tarot”) ga-nha cada vez mais destaque. Ferramenta das artes divinatórias — que mapeiam acontecimentos, des-vendam porquês e revelam caminhos do porvir — este baralho com diversos símbolos acena para uma experiência de reflexão, autoconhecimento e orienta-ção desta jornada.

Nas tiragens de tarô, cartomantes, tarólogos e en-tusiastas acessam o oráculo — que apresenta ques-tões sobre a vida de quem o consulta. Dependendo do baralho, também é possível ler enigmas de pessoas próximas do consulente. Saber milenar, o jogo do tarô

Baralho com símBolos diversos, o tarô propõe reflexão,

autoconhecimento e orientação da vida. em tempos tão

incertos, esta arte ganha cada vez mais adeptos

Luiza EstEr

luiza.ester@opovo.com.br

A VIDA PELAS CARTAS

B

ARB

ARA mOiRA

O POVO MAIS

mAis.OpOvO.COm.BR

galeria de fotos com as personagens e mais dicas de livros.

compreende o estudo dos arcanos, os símbolos conti-dos em cada carta. “A gente vê aspectos da persona-lidade e vislumbres do futuro. Há, também, frontei-ras invisíveis, do campo da sensação”, diz a taróloga Emilly Guilherme.

Logo no início da pandemia da Covid-19 no Bra-sil, Emilly passou a realizar consultas virtuais. Chegou a fazer três tiragens por dia. “Ao se isola-rem, houve o olhar para o processo interno. Não só o tarô, mas as pessoas estão se voltando para reiki, astrologia, uso de cristais, para a magia e os co-nhecimentos esotéricos. Um dos povos que formou o Brasil é um dos povos mais mágicos, os indíge-nas. As pessoas estão tentando, também, resgatar o poder ancestral”, acentua a taróloga.

À época, Emilly via cartas se repetindo em con-sultas de diferentes pessoas. Dois arcanos se desta-cavam nas tiragens: Eremita (retiro, solidão e bus-ca espiritual) e Enforbus-cado (sacrifício, dificuldades e

limitações). “Na pandemia, se para de fazer o quê, como e com quem quer. Há o sentimento de que, se você fica em casa, é um sacrifício pelo bem coletivo. Isso traz uma iluminação, que é: ‘se eu fico em casa, as pessoas se livram do coronavírus’. Nesse processo, o isolamento mostra tesouros escondidos”.

Também cineasta, Emilly iniciou sua jornada no tarô quando era estudante. Adquiriu o baralho para criar a narrativa de um roteiro, mas o fascínio des-pertou algo maior: “o potencial mágico de usar o tarô para ajudar as pessoas, sempre”. Seu amigo, o arte -educador, artista e comunicador comunitário Iago Barreto, a ensinou sobre o Tarô de Marselha — clás-sico baralho e um dos mais conhecidos. Para a práti-ca, há vários outros baralhos e técnicas. As tiragens dependem de cada tarólogo.

“Passou um tempo, deixei o tarô de lado. De vez em quando, tirava para alguém de modo recreativo. Quando começou a pandemia, algo me puxou para voltar. Um dia, acordei e sabia que ia tirar o tarô do anonimato”, diz Emilly. Após tal sentimento, ela criou o perfil no Instagram onde atende e divide estudos. Para a taróloga, “a energia ultrapassa qualquer bar-reira virtual”. Nas tiragens, usa materiais filtradores dos quatro elementos: vela (fogo), folha ou cristais (terra), incenso ou pena (ar) e um copo com água. Iago Barreto ainda tira tarô, mas agora em menor frequência. Joga com o propósito de montar biblio-tecas comunitárias, trocando consultas por livros. “Como trabalho e habito em ocupação e retomada de terra, por onde vou, começo uma biblioteca ou aju-do alguma. Tiro carta em troca de livro, porque toaju-do mundo tem um livro que pode doar”, destaca.

Para quem deseja conhecer o tarô, Iago recomen-da ter cautela ao tirar: “É energia envolvirecomen-da, é respei-tar seu tempo. Quando você tira para o outro, precisa respeitar demais o processo que a pessoa está pas-sando e entender que são conversas, não previsões”.

Acima, Emilly guilherme com dois baralhos: Tarô de marselha (esquerda) e Tarô da pamela Colman smith (direita). na pele da taróloga, a pintura indígena de marcos pitaguary. Abaixo, ilustrações de Talles Rodrigues, que criou um tarô, o mahou shoujo smith, mesclando o modelo de pamela Colman smith e Edward Waite com a sua paixão por animes.

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FORTALEZA_CEARá_DOmingO_28 DE FEvEREiRO DE 2021

t a r ô

Tarô, relações

e conecTividade

A tArólogA IsAbellA CâmArA tem percebido a procura por consultas de tarô para relacionamentos afetivos e vida profissional. Para ela, as tiragens estão cada vez mais acessíveis por meio das redes sociais. “Com a pandemia, muitos casais precisaram conviver mais tempo juntos do que estavam acostumados, aumentando o número de conflitos, dúvidas e separações. O fato de muitas pessoas terem ficado desempregadas, com incertezas sobre o futuro profissional, também gerou muita ansiedade”, recorda.

De acordo com isabella, sempre

existiram conflitos amorosos, financeiros, familiares, espirituais. Há milhares de anos, os tarólogos ajudam nessas tramas. “Como a propaganda na internet vem atingindo mais pessoas ao mesmo tempo, cada vez mais tarólogos estão expondo a si e os seus serviços nas mídias sociais. isso gera conexão com aqueles que já estão abertos a quererem uma consulta e desperta curiosidade naqueles que nunca cogitaram se consultar”, aponta a taróloga, que sempre se interessou por assuntos espirituais e esotéricos.

Por consultas virtuais, isabella auxilia na resolução de conflitos pessoais,

principalmente na vida amorosa e espiritual. Além disso, ministra cursos de tarô e baralho cigano, tanto para quem deseja se tornar profissional quanto para quem quer utilizar as cartas para benefício próprio. A taróloga isabella Câmara mostra o

Tarô de Botticelli

o que o Tarô

diz sobre nós?

Auxilia a resolver conflitos;

explica por que determinadas situações estão acontecendo;

Desvenda o passado; mostra tendências futuras;

orienta a escolher o melhor caminho a seguir; oportuniza mudanças de atitudes para um futuro melhor;

Promove autoconhecimento por meio das revelações.

mostra uma visão ampla sobre as questões da vida, mesmo aquelas que não se consegue enxergar de imediato.

Fonte: isabella Câmara, taróloga

“É ciência

CaCique Climério anaCé, da aldeia Japuara, tira tarô há cerca de cinco anos. Os saberes desta arte o ajudam a tomar decisões. Para saber jogar, “é preciso estudo, pois tarô é ciência. As cartas seguem uma série de posições e somam à interpretação”, diz Climério. Também sacerdote da umbanda, Cacique Climério explica que, ao contrário do que muitos pensam, as religiões não interferem nas tiragens. “não é fé, é ciência e estudo”, reforça. Ele também realiza outros tipos de trabalhos, com foco no levante financeiro e na saúde, como banhos de ervas, firmeza e aconselhamento. Em seu perfil no instagram, compartilha estudos diversos.

Tiragens de tarô

Tarot da Mlinha

Consultas e estudos sobre tarô Instagram: @mlinha_tarot

Isabella Câmara Tarot e Relacionamentos Consultas, cursos de tarô e baralho cigano Instagram: @isabellacamara.tarot Cacique Climério Anacé

Trabalhos de cura, banhos de ervas, firmeza, aconselha-mento e estudos

Instagram: @c.e.u_exutatacaveira Estrela Guia

Tarôs, búzios e baralho cigano

Onde: rua Antônio Pompeu, 695 - Centro Contato: (85) 3231-7064

Cacique do povo Anacé da aldeia Japuara é pintor indígena, escritor, babalorixá, artesão, raizeiro, rezador, palestrante e oficineiro

A grife francesa Dior lançou, em janeiro de 2021, uma coleção inspirada no tarô. A estilista maria grazia Chiuri utiliza símbolos do baralho para estampar as peças, com elementos dos arcanos, brilhos e detalhes dourados

iAgO B

ARRETO

no livro “Jung e o Tarô: uma jornada arquetípica”, Sallie nichols,

ex-aluna de Carl Jung, explora as representações dos arquétipos humanos pela teoria do professor. Para o psicanalista, o tarô é uma tradução do inconsciente coletivo. Disponível na Amazon (R$ 41,61) DivuLgAçãO

THAiS mESquiT

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S U P E RNOVAS

Por JULLY LOURENÇO

SABE O QUE É ENGRAÇADO? Ter a graça, que é de graça. Extravasar - por que não? Usar tudo e nada ao mesmo tempo. Descobrir-se.

Peguei o primeiro produto que me deu vontade. Nem deu tempo de ler direito o que era. As cores da embalagem (de papel 100% reciclado) falaram pri-meiro. Dentro, uma caneta como aquelas que a gente queria nos 1990, com opções de Bic. Mas era uma caneta do novo lançamento de Intense com Manu Ga-vassi, para olhos e sobrancelhas. Gênio. Risquei em uma cicatriz de infância, na sobrancelha. Quando dei por mim, frente ao espelho, não era só eu e alguns itens de maquiagem querendo maquiar algo. Pelo contrário! Querendo revelar, ressaltar, criar. O make tem disso; te acrescenta criação, se se imaginar.

Segui então ao segundo item que a curiosidade me chamou: o pote de glitter - aí do lado. Ele, como os demais itens da linha (que passa por um rebranding; 100% vegana e cruelty free - parabéns!), acompa-nha a silhueta do corte icônico que se transformou o de sua musa, Manu. É ela a diretoria criativa do vídeo que talvez já visto na TV. “Exagerei?” Com prazer! A ousadia faz parte. A mim - e a você - também, quan-do a permitimos. Dou meu toque. Personalizo, como o que faço com os visuais que assino, aqui, por exem-plo. Qual o seu “intense” hoje?

EXAGERADA

FORTALEZA_CEARÁ_DOMINGO_28 DE FEVEREIRO DE 2021 JARDIM SUSPENSO - Muitas vezes, as flores - e o maxi - adormecem dentro de nós; há horas que não (@adutakech - por Nadine Ijewere - para a Vogue UK) @anna.nails.berlin A arte de unha é terapêutica. Nasceu no Egito, em 3000-4000 a.C. Hoje, a desconstruímos; o belo é a organicidade FOTOS REPRODUÇÃO/INS TAGRAM FOTOS REPRODUÇÃO/SITE D A MAR CA

MISTURINHA - Um pouco do glitter - que não “arranha”, é macio - com creme hidratante

Caneta 4 em 1 + Gloss Labial (nessa proposta divertida) + Máscara (para dar volume!) por R$ 99,89 no site. MAIS: 82% dos produtos são produzidos com energia renovável - parabéns 2!

@yeswhatnails Quem aí se arrisca?

Vale experimentar; toda forma de arte e de traçado (procure por caneta decorativa - na Amazon - ou por pincéis para unhas)

Cantora é a própria musa

FICA TRANQUILA - Sombra Glitter (com brilho livre de plástico) 3,8g - No site por R$ 41,90

NAIL ART

JARDIM SUSPENSO - Muitas vezes, as flores - e o maxi - adormecem dentro de nós; há horas que não (@adutakech - por Nadine Ijewere - para a Vogue UK)

EFEITO Kamala Harris? O tênis Converse All Star Chuck Taylor volta com tudo e este é o meu eleito

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clovisholanda@opovo.com.br

C L Ó V I S

HOLANDA

FORTALEZA_CEARÁ_DOMINGO_28 DE FEVEREIRO DE 2021

“NOSSA CULTURA

SE ENTRANHOU NA

DEPRESSÃO”

Considerada pela OMS como a doença do século XXI, a depressão se instaurou, na nossa compreensão de mundo e da vida, como algo quase impossível de se fugir em algum momento da existência. Mas nem sempre foi assim. É o que diz o psicanalista Christian Dunker, professor titular da USP, pós-doutor pela Manchester Metropolitan University. Duas vezes agraciado com o prêmio Jabuti, apresenta seu novo trabalho: “Uma Biografi a da Depressão”, pela Editora Planeta.  Ao longo do livro, Dunker refaz os passos genealógicos do transtorno, a partir de seus “parentes” distantes nas famílias da tristeza e da melancolia, para mostrar que a depressão é “um nome demasiado pequeno para tantas formas e cores, que reúne coisas que não andam juntas”. Em entrevista, fala sobre a importância da compreensão do percurso da doença e sua relação com o mundo hoje.  

O POVO - Compreender e recontar a história da de-pressão é um caminho, uma forma de ajudar o mundo a superá-la? O que lhe motivou nesta jornada? Christian Dunker - A ideia de

contar, de fazer a história da depressão me parece uma maneira importante para enfrentá-la no seu vido volume e com a sua de-vida diversidade. A ideia de que a depressão seria uma diabetes mental, refratá-ria à forma como a gente a descreve, como uma doença orgânica, me parece ter fei-to muifei-to mal para o campo dos transtornos mentais. A confiança que se estabele-ceu em torno da unidade da depressão, ainda que a gen-te gen-tenha 17 diagnósticos dis-tintos disponíveis, também. Pensando desta maneira, não estou elidindo as mo-dificações que efetivamente acontecem no cérebro, mas é difícil ainda para as pes-soas aceitarem que a lin-guagem muda o cérebro e o cérebro muda a linguagem. O POVO - Vendo o percur-so pelo qual a humanida-de passou em relação à depressão, o senhor acre-dita que vivemos hoje em um mundo cada vez mais depressivo?

Christian Dunker - É possível que a ciência tenha dirimido melhor o processo depres-sivo, mas não deixa de ser uma grande coincidência

que a invenção dos antide-pressivos, basicamente na década de 80, tenha coin-cidido com a expansão do diagnóstico de depressão. Ou seja, como se a gente ti-vesse primeiro inventado o remédio e, daí, começamos a ver a doença, o transtor-no em mais e mais lugares. Isso é sempre suspeito. É preciso pensar que a de-pressão passou a ser mais facilmente diagnosticada e principalmente por não es-pecialistas. A maior parte dos receituários, de antide-pressivos, vem de cardio-logistas, dermatocardio-logistas, gastroenterologistas, quan-do não são receitas empres-tadas de um amigo, e do autodiagnóstico. Ou seja, a nossa cultura se entranhou na depressão. A pergunta deste livro é: como foi que isso aconteceu?

Muito se fala sobre o fenô-meno das redes sociais e o efeito maléfico sobre as mentes. O senhor consi-dera estes canais de inte-ração nocivos do ponto de vista das individualidades? Christian Dunker: Há uma as-sociação consistente entre um certo uso de rede social e o aumento do sentimen-to de solidão. Essa relação com o uso da linguagem mais acelerado, talvez mais impessoal, o uso da lingua-gem que me põe em bolhas, não vou dizer que tenha um papel etiológico, não tem um papel causal, mas acaba

amplificando certos tipos de depressão, principalmen-te aquelas depressões que dependem basicamente da nossa gramática de reco-nhecimento, ou seja, da re-lação que a gente faz entre os nossos ideais, ou seja, do que gostaríamos de ser, nos-sa apreciação do que somos e nossa apreciação de como fomos amados até aqui. O cenário político brasilei-ro de intenso acirramento e divisão, transbordando da cena pública para a do-méstica, pode contribuir para o desenvolvimento de uma depressão?

Christian Dunker: Um dis-curso ascendente de ódio, de imputação de culpa a grupos minoritários, um discurso que preza a vio-lência, ele pode produzir

WALTER CRAVEIRO/ FLIP FESTA LITERÁRIA / DIVULGAÇÃO

“Uma

biografia da

depressão”

Autor: Christian Dunker Páginas: 240 Preço: R 46,90 Editora Planeta | Selo Paidós

O POVO MAIS

MAIS.OPOVO.COM.BR Na área exclusiva do assinante, a entrevista completa e outros conteúdos com o autor e psicanalista.

de forma discriminada um sentimento de melanco-lização do poder. A gente não consegue fazer frente a um poder que se coloca desta maneira, autoritária para alguns, fascista para outros. A polarização tem o efeito de romper laços. A gente viu isso nas famílias, nas empresas, nas comuni-dades. A ruptura de laços é como se fosse a retirada de elementos que podem ter uma função protetiva para processos depressivos.

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FORTALEZA_CEARá_DOmingO_28 DE FEvEREiRO DE 2021

QUADRÃO

POR

Daniel Brandão

hORóscOpO

peRsOnARe

w w w. p e r s o n a r e . c o m . b r a.martins@personare.com.br

peIXes

20 DE FEvEREiRO A 20 DE mARÇO

AQUÁRIO

21 DE JAnEiRO A 19 DE FEvEREiRO

cApRIcóRnIO

22 DE DEZEmBRO A 20 DE JAnEiRO

sAGITÁRIO

22 DE nOvEmBRO A 21 DE DEZEmBRO

escORpIÃO

23 DE OUTUBRO A 21 DE nOvEmBRO

LIBRA

23 DE SETEmBRO A 22 DE OUTUBRO

VIRGeM

23 DE AgOSTO A 22 DE SETEmBRO

LeÃO

23 DE JULHO A 22 DE AgOSTO

cÂnceR

21 DE JUnHO A 22 DE JULHO

GÊMeOs

21 DE mAiO A 20 DE JUnHO

TOURO

21 DE ABRiL A 20 DE mAiO

ÁRIes

21 DE mARÇO A 20 DE ABRiL A combinação de sensibilidade, senso crítico e proatividade podem lhe favorecer ao agir. A eficiência tende a marcar sua postura frente às demandas, ajudando-lhe a conseguir lidar com transformações, conforme aponta o grande trígono entre Lua, plutão e Marte no segmento cotidiano-trabalho-finanças.

Tente aproveitar o dia para planejar suas ações e cuidar do seu bem-estar. O momento exige estratégias para lidar com as demandas do dia a dia e do trabalho. O grande trígono formado por Lua, Marte e plutão poderá lhe fortalecer nisso, promovendo sensibilidade, resistência e senso crítico.

este é um período de atuar conjuntamente para se adaptar às mudanças, compartilhando responsabilidades e repartindo frutos. A harmonia entre Lua, Marte e plutão tende a favorecer as alianças na gestão do dia a dia, ampliando os valores da coletividade e promovendo maior sintonia com os demais.

Seus instintos tendem a aflorar, mas não permita que afete o bom senso. Você vai encontrar prazer fora da rotina, considerando que os aspectos harmoniosos entre Lua, Marte e Plutão lhe fazem seguir em busca de horizontes mais amplos, dando vazão à sua capacidade de conquista e sua sensualidade. Busque ter mais ousadia com relação às suas conquistas, saindo do lugar comum e experimentando novos caminhos. Você irá longe. procure explorar as possibilidades! Lua, Marte e plutão se associam em trígono, trazendo-lhe força de vontade e perseverança para chegar em seus objetivos.

Os acontecimentos em sociedade podem lhe ajudar a definir metas que condizem com a realidade. Harmonizando seu signo e os setores social e espiritual, o grande trígono formado por Lua, Marte e plutão lhe faz encarar as transformações de maneira positiva, como chances de mudar para melhor.

O desafio será lidar com interesses diversos e até conflitantes. Sendo assim, bom senso é fundamental. Lua, Marte e plutão se aspectam harmoniosamente, evidenciando sua capacidade de dialogar e de liderar, características que poderão lhe ajudar a fazer acordos importantes na vida pessoal.

As conversas podem impactar de modo sensível a forma como você vê o mundo. Os aspectos harmoniosos entre Lua, Marte e plutão apuram seu olhar para as relações humanas, fazendo com que você dê valor as ações organizadas em grupo para afrontar as mudanças de ordem social.

A cumplicidade marca esta fase, visto que a troca de experiências faz a diferença. Você vai notar o quanto tais relações são importantes. A harmonia entre Lua, Marte e plutão beneficia os relacionamentos pessoais, favorecendo o sentimento de união e amizade através do diálogo e ações conjuntas. Os desafios que antes lhe

perturbavam começam a ser vistos como meros obstáculos, e o desapego pode lhe ajudar a virar a página de situações que não tem sentido em sua vida. Lua, Marte e Plutão harmonizados indicam uma fase de superação em que o senso crítico levam a ações eficientes.

esse momento de introspecção será positivo para que você encontre paz interior e se fortaleça, pois a harmonia entre Lua, Marte e plutão lhe dará força para superar os desafios. É recomendável se recolher e refletir sobre os empecilhos que vêm afetando seu equilíbrio emocional.

procure colocar suas ideias em dia, fortalecer mente, corpo e espírito. Que tal traçar metas para os próximos dias? Você tem o poder de transformar sua vida! O grande trígono formado pelos trânsitos de Lua, plutão e Marte indica este é um momento de aperfeiçoamento para fazer frente aos obstáculos.

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FORTALEZA_CEARá_DOmingO_28 DE FEvEREiRO DE 2021

Nascido no ano 390, o monge Romano era discípulo de um dos primeiros mosteiros do Ocidente, o de Ainay, próximo a Lion, na França. No século IV, quando nascia a vida monástica

no Ocidente, com o intuito de propiciar elementos para a perfeição espiritual assim como para a evolução do progresso, ele se tornou um dos primeiro monges franceses.

O ANJO

Anjo NITHAEL é da hierarquia angelical dos PRINCIPADOS. São os protetores das comunidades, estados, países e reinos. Também são responsáveis pelo

reino mineral, a fauna e a flora. O Príncipe desta categoria é o ARCANJO HANIEL ou ANIEL, e seu nome significa glória ou graça de Deus.

São Romano

Anjo Nithael

SudOku

CruzAdiNhA

O que é e como jogar

1. O jogo é constituído de 81 quadrados numa grade de 9 x 9 quadrados, subdivivida em nove grades menores de 3 x 3 quadrados.

2. Cada fileira (vertical e horizontal) deverá conter números de 1 a 9.

3. Cada grade menor, de 3 x 3 quadrados, deverá conter números

de 1 a 9.

4. nas fileiras horizontais e verticais da grade maior, cada número deverá aparecer uma só vez.

O SANTO

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C R Ô N I C A S

Por IZABEL GURGEL JORNALISTA

Coluna publicada quinzenalmente. Na próxima semana, Tércia Montenegro FORTALEZA_CEARÁ_DOMINGO_28 DE FEVEREIRO DE 2021

COMO MINHA

MÃE FAZIA BOLO

Era sempre à tarde. Só lembro de ter visto

mi-nha mãe fazer bolo depois do almoço. Para ver me-lhor, eu fi cava em pé na cadeira, comendo com os olhos. Difícil fazer claras em neve. Pior do que raiz quadrada. Bater até fi rmá-las. O teste era virar a tigela e a neve de claras não sair do lugar. A tij ela existe ainda. Veio da avó Rosa. Da casa que se es-vaziou com a morte dela, antes da morte do avô.

Meu avô foi deixando de comer. Nos seus últi-mos dias, tomava líquidos em colheres de sobre-mesa. Depois, em colheres menores, como aque-las de brincar de casinha. Bem perto do fi m, só água em breve passagem pelos lábios. Água, al-godão. Nuvens nas mãos das tias. Revezavam-se, dia e noite, e era bonito ver o cuidado, mas doía muito também. Tudo junto. Um dia, molhei o al-godão e passei nos lábios do avô João. Passou um fi lme da minha vida com ele.

Ele já não chorava mais de saudade da minha avó. Talvez chorasse sem lágrimas, sem som. Desligava poro por poro? A respiração foi fi cando mais lenta. As tias e o espelhinho no nariz. Pas-savam um espelho junto ao nariz do avô. Era um alívio ver o espelho embaçar, lento também.

Ia e voltava da escola ausente da zoada da rua. O avô cego que saudava Deus e o mundo, e era saudado no meio do caminho, ele foi desapare-cendo, como o Rio do Angelim. A avó Rosa morreu no Carnaval e João começou a murchar. Ela mor-reu em casa, entre fi lhas e fi lhos, netas e netos. É difícil ver morrer uma pessoa que a gente gosta. Mas pode ser bonita, em sendo possível, a despe-dida. É um momento grande o de cessar.

O avô passeador deixou de sair de casa. Abria o olho quando eu tomava a bênção. Penso que ele estava me vendo. Narrativas da consolação. Queríamos vê-lo voltar a comer, a conversar, a passear. Ele só queria encontrar a Rosa.

Assim como minha mãe sabia o que podia ir junto no bolo, sempre imaginei meu avô junto com minha avó. Talvez pela foto do álbum, tam-bém sumindo devagar, como o rio. Estão juntos no tornar-se outra coisa.

Depois da morte da avó, o gato preto que ela criava nunca mais entrou em casa. Andava pelo muro do quintal, sozinho a cismar com o abacatei-ro plantado por ela. O abacateiabacatei-ro secou junto com o avô. Anos depois, voltou a fl orescer, minha mãe co-locando água todo dia bem cedo. Meu pai, à tarde.

Era assim que minha mãe fazia bolo. Misturava, batia, assava em fogo lento que era o modo como a cidade, um pé de serra, fi cava em meio ao calor da tarde. O bolo era para comer com café forte e quente. Às vezes, tão quente que tirava a pele do céu da boca. A gente passava a língua para aliviar. Mas, às vezes, não aliviava.

...

Além da vacina, o que hoje nos daria algum alí-vio em meio à matança em curso? Como vamos fazer o luto (quase) impossível de cada uma das mortes por Covid-19?

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