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ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Departamento de Engenharia Mecânica

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Academic year: 2021

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(1)

PME 2100 – MECÂNICA A – (reof.) – Recuperação 24 de julho de 2009

Duração da Prova: 120 minutos (não é permitido o uso de calculadoras)

QUESTÃO 1 (3,5 pontos). O carretel de massa m e centro de massa G possui distribuição de massa tal que o momento de inércia em relação ao seu pólo A dado por JAz=5mr2/4. Sobre o carretel, enrola-se um cabo ideal sujeito à ação das forças de módulo constante porém desconhecido F. O carretel apóia-se constantemente sobre um suporte em “V”. O coeficiente de atrito dinâmico entre as superfícies é µ e o ângulo θ vale π/4 radianos. Nessas condições, pedem-se:

a) o diagrama de corpo livre do carretel;

b) o valor das forças constantes F aplicadas ao cabo e capazes de proporcionar ao carretel uma aceleração angular de módulo α.

SOLUÇÃO:

a) o diagrama de corpo livre é dado abaixo onde: B e C são os pontos de contato do cabo com o carretel;

D e E são os pontos de contato entre o carretel e o apoio em “V”;

ND, NE, FD e FE são respectivamente as forças normais e de atrito no contato entre o carretel e o apoio.

b) o carretel, na situação proposta, apenas gira em torno de seu centro de massa G. A aplicação do TMB, já levando em conta o valor do ângulo θ conduz a:

0 2 2 2 2 2 2 2 2 0 0 2 2 2 2 2 2 2 2 0 = − + + − ⇒ = = + − + + + − ⇒ =

P F N F N F F N F N F F F E E D D y E E D D x (1)

Como há escorregamento puro entre as superfícies em contato, podemos escrever, a partir das equações (1),

P N N F N N F E D y E D x 2 ) 1 ( ) 1 ( 0 0 ) 1 ( ) 1 ( 0 = + + − ⇒ = = − − + ⇒ =

µ µ µ µ (2)

Resolvendo as equações (2) obtém-se P G F F θ B C D E ND NE FE FD x y A F F r θ θ 2r G A

(2)

) 1 ( 2 ) 1 ( 2 ) 1 ( 2 ) 1 ( 2 2 2 µ µ µ µ + + = + − = P N P N E D Com NE e ND temos FE e FD: ) 1 ( 2 ) 1 ( 2 ) 1 ( 2 ) 1 ( 2 2 2 µ µ µ µ µ µ + + = + − = P F P F E D

Aplicando o TMA em relação ao baricentro temos:

=

ext G Gz

M

J

r

r

α

+

+

+

=

J

Gz

k

B

G

F

C

G

F

D

G

F

D

E

G

F

E

r

r

r

r

r

)

(

)

(

)

(

)

(

α

+

+

=

J

Gz

k

rF

rF

rF

D

rF

E

k

r

r

)

2

2

(

α

(3) Efetuando a mudança de pólo para o momento de inércia, temos:

4 2 2 2 , mr J mr J J md J JAz = Gz+ AGGz = Az − ⇒ Gz =

Utilizando também os valores das forças de atrito calculadas anteriormente, a equação (3) leva a:

        + + + − + − = − ) 1 ( ) 1 1 ( 2 2 2 4 2 2

µ

µ

µ

µ

α

r F P mr (4)

Resolvendo (4) para F obtemos

8 ) 1 ( 2 2

α

µ

µ

P mr F + + =

(3)

QUESTÃO 2 (3,5 pontos). A plataforma de transporte ao lado desloca-se com velocidade constante vrem relação ao referencial fixo

O

I

J

K

r

r

r

'

. Um atuador hidráulico faz com que a rampa inclinada seja erguida com velocidade angular Ω

r

de módulo constante. Um cilindro de centro A e raio R rola sem escorregar sobre a rampa inclinada, tendo C como ponto de contato. O cilindro possui, no instante mostrado, velocidade angular

ω

r e aceleração angular

ω

&r . No mesmo instante, o ângulo entre a rampa inclinada e a horizontal é θ=45º e a distância entre os pontos C e O é d. Pede-se, em relação ao sistema de referência Oijk

r r r

, solidário à rampa inclinada:

(a) as velocidades absoluta, relativa e de arrastamento do ponto A; (b) as componentes da aceleração do ponto A;

(c) os vetores rotação e aceleração angular do cilindro de centro A.

SOLUÇÃO:

Analisando-se o movimento relativo do cilindro segundo o referencial Oi jk r r r

fixo à rampa inclinada, calcularemos a velocidade e a aceleração relativas do ponto A.

Notemos que, para um observador situado na rampa inclinada, o ponto C de contacto entre o cilindro e a rampa é o centro instantâneo de rotação, já que o movimento do cilindro é de rolamento puro. Dessa forma, podemos escrever que:

(

k

)

Rj Ri v vrA rC r r r r

ω

ω

∧ = − + =

Como o baricentro A do cilindro realiza movimento retilíneo, a sua aceleração é dada por: i R v arA rA r & & r r

ω

= =

Para estudarmos o movimento de arrastamento do cilindro consideraremos este como um corpo solidário à rampa inclinada. Nessas condições, a velocidade de arrastamento do ponto A será:

( )

k

(

A O

)

vI k

(

di Rj

)

vI Ri dj v vaA O r r r r r r r r r r Ω + Ω + − = + − ∧ Ω − − = − ∧ Ω − + =

E a aceleração de arrastamento de A, será:

(

A O

)

[

(

A O

)

]

(

A O

)

k

[

k

(

di Rj

)

]

(

di Rj

)

a aaA aO r r r r r r r r r & r r r − Ω = + − ∧ Ω − ∧ Ω − − ∧ + = − Ω ∧ Ω + − ∧ Ω + = 2 0 0

A aceleração complementar do ponto A do cilindro será:

( )

k

( )

R

i

R

j

v

a

cA a rA

r

r

r

r

r

r

ω

ω

ω

=

=

=

2

2

2

Estudando-se, finalmente, o movimento absoluto do cilindro, tem-se que:

A C O θ ω ω v O’ J I i j

(4)

• O vetor rotação absoluto é:

(

)

k a r abs r r r r Ω + − = + =ω ω ω ω

• O vetor aceleração angular absoluto é:

k

a r abs

r

&

&

r

&

r

&

r

ω

ω

ω

ω

=

+

=

A velocidade absoluta do ponto A, é:

(

)

Ri dj I v v v vA = rA+ aA=− + ω+Ω +ω r r r r r

Para expressar o resultado em relação ao sistema móvel temos, da geometria do sistema: j i I r r r

θ

θ

sen cos + =

Assim, a velocidade absoluta do ponto A, é:

(

)

(

)

R

i

v

d

j

v

v

j

d

i

R

j

i

v

v

A A

+

+

+

+

=

+

+

+

+

=

ω

ω

ω

ω

2

2

2

2

)

(

2

2

r

r

r

r

r

r

A aceleração absoluta do ponto A, é:

(

R d

) (

i R R

)

j a a a aA rA aA cA r r r r r r Ω − + Ω − = + + =

ω

2 2

ω

2 2

ω

(5)

QUESTÃO 3 (3,0 pontos). A estrutura ao lado é formada por barras de massa desprezível. Todas as conexões entre elementos e ao solo são efetuadas através de articulações (juntas) esféricas. O sistema está em equilíbrio. Em B e E há forças verticais de intensidade F. Pedem-se:

(a) os diagramas de corpo livre de todas as barras; (b) as reações na articulação A;

(c) as reações na articulação D.

(d) as forças atuantes na barra BC, indicando se são de tração ou compressão.

SOLUÇÃO

As barras AB e BC estão em equilíbrio sujeitas a apenas duas forças atuantes em suas extremidades; logo, essas são iguais, diretamente opostas e atuam ao longo das direções AB e BC, respectivamente.

A barra BD, por sua vez, está em equilíbrio sob a ação de três forças; portanto, estas são, necessariamente, forças coplanares (paralelas ou concorrentes). Como a força atuante em E tem a direção z e as outras duas atuam nos pontos B e D, o plano de ação dessas três forças é o plano (B, D, z) que, no caso, coincide com o plano yz. A partir dessas considerações, constroem-se os diagramas de corpo livre das barras AB, BC e BD (ilustrados na figura abaixo). Observe-se que existem duas hipóteses possíveis para o diagrama de corpo livre da barra BD – forças concorrentes ou forças paralelas.

(a) (b) (c) (d) Figura 1. (a) DCL da barra AB; (b) DCL da barra BC;

(c) 1ª hipótese para o DCL da barra BD; (d) 2ª hipótese para o DCL da barra BD. Para determinarmos as 6 incógnitas do problema  intensidades e sentidos das forças FAB

r

e FBC r

e componentes YB, ZB, YD e ZD das forças FB

r

e FD r

 precisaremos resolver um sistema com 6 equações de equilíbrio. Para tanto, consideraremos o equilíbrio do nó B e o da barra BD.

Conforme ilustrado na Figura 2, as condições de equilíbrio para o nó B fornecem a seguinte equação vetorial: D A B C x y a a a E F r z F r a/2 AB F r AB F r A B BC F r BC F r B C B F r F r D F r B D E B Y B Z D Z D Y F r D F r B D E B F r

(6)

Figura 2. Forças atuantes no nó B. 0 2 2 2 2r r r r r r r = − + + − + −Fk FBCk FAB i FAB k YBj ZBk

Esta equação corresponde ao seguinte ao sistema de equações escalares abaixo:

0 0 2 2 = ⇒ = −FAB FAB (Eq.1) 0 = B Y (Eq.2) F Z F Z F F F+ BC + ABB = ⇒ BCB = − 0 2 2 (Eq.3)

Como YB é nula concluímos que a barra BD está em equilíbrio sob a ação de um sistema de forças paralelas, Em

outras palavras, YD=0.

Aplicando-se as equações de equilíbrio para a barra BD segundo o plano yz, obtém: 0 = − +Z F ZB D (Eq.4) B D B D Z Z a Z a Z − =0⇒ = 2 2 (Eq.5)

Resolvendo-se o sistema de equações (3), (4) e (5) anteriores, chega-se, finalmente, a:

2 F ZB = 2 F ZD = 2 3F FBC =

Portanto, concluímos que:

Sob o carregamento dado, a barra AB está sujeita a uma força nula. Logo, a reação na articulação em A é nula.

A barra BC está sujeita a uma força de compressão de módulo 3F/2.

A barra BD está sujeita a um sistema de forças paralelas constituído pela força Fk

r

dada e pelo par de forças

k F FB r r 2 = e FD Fk r r 2

= atuantes em suas extremidades. Logo, a reação na articulação D é FD Fk r r 2 = . F r B Y BC F r AB F r B Z

Referências

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