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A PRÁTICA AVALIATIVA NA FORMAÇÃO DO SUJEITO NO EAD NAS UNIVERSIDADES EVALUATION PRACTICE IN THE FORMATION OF THE SUBJECT IN THE EAD UNIVERSITIES

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A PRÁTICA AVALIATIVA NA FORMAÇÃO DO SUJEITO NO EAD NAS

UNIVERSIDADES

EVALUATION PRACTICE IN THE FORMATION OF THE SUBJECT IN THE EAD

UNIVERSITIES

Ana Paula Carvalho Mangili

1

, Edson Fernandes

2

RESUMO

Este artigo elucida o que é avaliação e os tipos existentes, o aluno como sujeito, no exercício de autonomia sendo protagonista de seu desenvolvimento. Concentramos nossa atenção no EAD e suas implicações nas Universidades. Após estudos sobre o aluno como sujeito, consideramos que é potencialmente positivo para o desenvolvimento de capacidades fundamentais que ele aprenda a se avaliar, organizar seu tempo e construir uma série de outras habilidades para a vida social, emocional e cognitiva.

Palavras-chave: EAD, Avaliação, aluno como sujeito.

ABSTRACT

This article elucidates what is evaluation and the existing types, the student as subject, in the exercise of autonomy being protagonist of its development. We focus our attention on EAD and its implications in universities. After studying the student as a subject, we consider that it is potentially positive for the development of fundamental skills that he learns to evaluate himself, organize time and build a host of other social, emotional and cognitive life skills.

Keywords: EAD, Evaluation, student as subject.

1 Universidade de Mogi das Cruzes, Universidade Anhanguera, Faculdade Campos Salles\ Esef Paulista, EMEI Jardim Felicidade, Colégio Estrela Sirius 2 PUC-SP, USP, Faculdades Integradas Campos Salles

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1.

INTRODUÇÃO

Considerando a importância do tema das praticas avaliativas na formação do sujeito no EAD envolve a tarefa de dizer como este aluno vai aprender e também envolve a definição de como vai ser avaliado.

No Projeto Pedagógico de cada unidade vai estar inserido na Lei de Diretrizes e Bases no seu artigo 26 que fala da base Nacional Comum. E na parte Diversificada do Currículo é importante ter claro que a avaliação é apenas um tópico do projeto pedagógico. Partindo deste principio a avalia-ção deverá ser melhor especificada visando o aluno em sua integridade e sujeito atuante de como esta sendo avaliado.

A avaliação precisa estar presente no currículo, nas diversas instâncias educativas no acompa-nhamento dos avanços e dificuldade dos alunos no processo de ensino e aprendizagem. Programa Mais Educação São Paulo (p.37)

Visando a avaliação mediadora uma postura de vida no sentido de perceber a avaliação como parte ao cotidiano do professor, valorizando as dúvidas dos educadores e educando. Entendendo que a relação que se estabelece via avaliação é absolutamente natural na convivência entre os homens.

As reflexões deste artigo se justificam dada a necessidade de profissionais da área de edu-cação ter um novo olhar para suas práticas a partir de uma analise teórica a respeito de seus pro-cedimentos, a desenvolver estratégias cada vez mais elaboradas para um melhor atendimento aos alunos. Sabendo disso, pretendemos refletir sobre a seguinte problemática: Quais são os tipos de avaliações? O que ela pode nos oferecer para iluminar as reflexões em uma pratica avaliativa? Que capacidades precisam ser trabalhadas com esses alunos nos Ensino a Distância de se organizar e serem sujeitos atuantes nesta aprendizagem?

Sendo assim, nosso artigo está embasado em pesquisa qualitativa de cunho bibliográfico em que nos debruçaremos a compreender o que é avaliação; suas contribuições para o sucesso do aluno no EAD e as propostas de avaliação entre professor e aluno.

2. ENTENDENDO A AVALIAÇÃO

Segundo Hoffmann (2001) avaliar tem como significado exercer o controle permanente sobre o aluno, compatíveis com os ideais definidos pelo docente.

Porém, dialogar é um processo de troca, acompanhando o sujeito, observando e registrando resultados, o que implica em alterar comportamento entre professor e aluno em uma interação aca-dêmica.

Dialogar é um exercício de reflexão entre docente e discente a respeito do conhecimento e do contato com as diferentes áreas do saber, de modo que novas descobertas serão favorecidas no processo de ensino e aprendizado.

Colasanto (2011) relata que o fato de avaliar e ser avaliada constitui como práticas reflexivas compartilhadas na qual, todos acabam se beneficiando pela aprendizagem dessa relação.

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A Avaliação é confundida muitas vezes como “medir” e/ou “examinar”, ou seja, medir através de notas com um fim classificatório.

HOFFMANN (2004) nos traz um alerta em relação à Avaliação como uma reflexão crítica sobre a prática para tomada de decisão, do que fazer para sanar ou superar os problemas da aprendiza-gem, e que só faz sentido se for para melhoria desta aprendizagem. No entanto esta Avaliação deve ser Mediadora, cujo objetivo é a promoção da aprendizagem.

Luckesi, citado por CAVALCANTI NETO e AQUINO (2009, p. 8) também sugere uma avaliação diagnóstica, ou seja, que os dados coletados sejam analisados não com o objetivo de aprovar ou reprovar os alunos, mas para que os professores revejam o desenvolvimento dos alunos dando opor-tunidades para que ele avance no processo de construção do conhecimento.

Na avaliação nós não precisamos julgar, necessitamos isto sim, de diagnosticar, tendo em vista encontrar soluções mais adequadas e mais satisfatórias para os im-passes e dificuldades. Para isso, não é necessário nem ameaça, nem castigo, mas sim acolhimento e confrontação amorosa (LUCKESI, 2005, p. 33).

Outra etapa importante do processo desta aprendizagem é a Avaliação Formativa,

conforme conceito do Educador Francês Charles Hadji citado por BOY (2010) “... mais do que

medir o desempenho da prova, o processo de avaliação deve mostrar como esses alunos

atuam durante a aprendizagem, permitindo uma reorientação da ação pedagógica.”

Por-tanto,

é importante verificar-se há necessidades de uma possível recuperação paralela,

re-visão de alguns conteúdos, com exercícios individuais, em duplas ou grupos, provas com

pesos diferenciados ou com consulta, enfim, buscar outras estratégias, cujo único objetivo

é a aprendizagem deste aluno.

Por fim, a Avaliação Somativa, onde se atribuirá notas através de provas ou trabalhos

para promoção deste aluno, baseando-se em resultados cumulativos. Porém, vale lembrar a

advertência de Dias Sobrinho (2002) citado por CAVALCANTE e MELLO (2015, p. 10).

Reduzir a avaliação à aplicação de uma prova é reforçar uma visão mecanicista e simplificadora, constituída como uma tecnificação da formação. É como se fosse possível estabelecer uma relação causal entre o sucesso de uma prova e o desem-penho profissional, assim como ligar, linearmente, as aprendizagens realizadas pe-los estudantes durante um curso e a capacidade de responder a um instrumento pontual de avaliação.

É possível perceber, por mais que se fale em “Avaliação Mediadora”, que ainda existe, dentro das Universidades, a ideia de uma Avaliação como fim e não como meio de aprendizagem.

De acordo com reflexões de Vasconcellos (1995), citado por MENDES (2005, p.7)

Ainda damos muito mais valor ao dia da prova do que aos dias em que acontecem diferentes aprendizagens. Por que cobramos de nossos alunos o estudo nos dias que antecedem as avaliações? Por que não mostramos orientamos a importância de se estudar todos os dias? Situações como estas confirmam o quanto temos desvaloriza-do o papel da avaliação e mesmo o papel da escola. Até parece que mais importante que conhecer saber o máximo possível é tirar uma nota x ou y. Isso mostra que a

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prática precisa ser questionada dentro das Universidades. Se quisermos avaliar e não apenas verificar conhecimentos mecanicamente memorizados, temos que avaliar durante o processo de aprendizagem, ou seja, sempre que for preciso e devemos avaliar para ajudar o aluno, não apenas para atribuir-lhe uma nota. Nesse contexto, não há como deixar de criticar a prova como instrumento meramente verificativo. Apesar de ser muitíssimo utilizada nas práticas atuais, em se tratando de avaliação processual, esse instrumento não cumpre um papel significativo.

3. CONTRIBUIÇÕES DA AVALIAÇÃO NO EAD

Precisamos falar e compreender conceitos de ensino e aprendizagem antes de pensar em fa-larmos no sucesso da avaliação isso porque segundo Piletti (2001) existe conceito etimológico da palavra “ensinar” (do latim signare) que significa “colocar dentro, gravar no espírito”. Partindo deste conceito surgiu a questão do ensino tradicional onde ensinar é transmitir o conhecimento. Então fica a pergunta o que é aprendizagem e Piletti (2001, p31) expõe que:

A aprendizagem é um fenômeno, um processo bastante complexo, e hoje existem muitas teo-rias sobre a aprendizagem. Elas são estudas em Psicologia Educacional. Inicialmente convém salien-tar que a aprendizagem não é apensa um processo de aquisição de conhecimentos, conteúdos ou informações. As informações são importantes, mas precisam passar por um processamento, muito complexo, a fim de tornarem significativas para a vida das pessoas. Todas as informações, todos os dados da experiência deve ser trabalhados, de maneira consciente e critica por quem os recebe.

Partindo desta ideia percebe-se que o ensino e aprendizagem estão intrinsecamente, ligados, pois um depende do outro, os dois fazem parte de “um caminhar” constante.

Colosanto (2011, p.80) fala que dentro da proposta de avaliação que visa à mediação a pesqui-sadora Fidalgo (2002) considera a auto avaliação como parte do processo de ensino-aprendizagem, não como evento isolado. Segundo a autora, ela pode ser um instrumento capaz de promover a constituição critica do sujeito, desde que a auto avaliação possibilite ao aluno descrever, argumentar justificar o seu ponto de vista e que tenha nesse instrumento oportunidade de aprendizagem.

Para a pesquisadora, a auto avaliação ainda serve como valioso feedback sobre o ensino sendo esta a melhor forma de conhecer o que os alunos realmente aprenderam.

Pensando neste desenvolvimento de auto avaliação onde não só a aluno se avalia como tam-bém o professor neste processo de aprender fazendo com que o aluno tenha a consciência de seu progresso.

4. EAD (ENSINO A DISTANCIA) NAS UNVIVERSIDADES

O que precisamos ter em mente é que a educação a distancia EAD que existe há muito tempo, dede os cursos por correspondência, que tinha a finalidade de capacitar estudantes em uma ativida-de, como por exemplo: corte e costura. No curso, professor ou a pessoa especializada iria corrigir e decidir se este estudante poderia ou não receber o certificado esta maneira de capacitar às pessoas era muito conveniente.

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A internet os meios de comunicação se adaptou rápido quando começaram a surgir as discus-sões referente à EAD para viabilizar de uma melhor maneira com informações materiais disponíveis para uma comunicação imediata. Em 1996 com a lei de diretrizes e bases, possibilita-se esta moda-lidade de ensino, ou metodologia em paralelo se é uma inovação será que vai substituir a educação presencial.

São questionamentos que já percebemos que só veio para agregar, somar a Educação a distân-cia sendo uma aprendizagem planejada que normalmente ocorre em local diferente do tradicional e como resultado requer projetos, métodos especiais de comunicação eletrônica e outras tecnologias. Para Moita (2007), a educação não pode estar desassociada das inovações tecnológicas, nem ignorar seus recurso comunicacionais, informacionais e didáticos, pelo simples fato que a sociedade infor-macional que ora se efetiva ora requer mudanças no processo de ensino e aprendizagem para além da mera transformação, criar novas possibilidade para os estudantes e professores como parceiros neste processo de aprendizagem.

Visando esta proposta a Educação a Distância apresenta grandes vantagens porque permitem combinar a flexibilidade de interação humana com independência no tempo e espaço. Segundo Hoffmann (2002) p. 123 diz das mudanças de paradigma de uma avaliação classificatória, seletiva, padronizada, deixaram de fazer parte da maioria dos cursos de Licenciatura, de metodologia do ensino superior.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considera-se este trabalho como um desafio para o professor e para o aluno com um olhar di-ferenciado para inovações apresentadas e uma avaliação Mediadora visando atingir que acompanhe o processo de ensino-aprendizagem.

A leitura deste artigo nos levou a conhecer o que é avaliação e como pode ser um instrumento a favorecer o desenvolvimento do aluno e a auto avaliação. Também foi possível conhecer um poço sobre o Ensino a Distância EAD suas evoluções e contribuição pra o aluno como sujeito e a flexibili-dade de avaliação do professor.

Pode-se observar também que as contribuições da avaliação no ensino a distância vem dando possibilidades para que o professor enxergue as inovações nas avaliações e oferece ao aluno um caminho para sua futura formação de forma autônoma utilizando os meios de comunicação e suas ferramentas oferecidas dentro desta pratica.

A proposta como estratégia a Avaliação Mediadora como a avaliação externa como uma ação que possibilita, por meio da analise de resultado possíveis intervenções, a garantia dos direitos de aprendizagem a todos os alunos.

Quando se trata de avaliação que atinge pessoas em sua vida escolar, portanto, em sua vida social, há cuidados imprescindíveis a tomar.

Envolve questões de ética, além de envolver conhecimentos científicos e técnicos. Não pode ser um processo construído com ligeireza e adesismo. É preciso refletir sobre os objetivos e os

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impac-tos desses processos avaliativos são processo que implicam necessariamente julgamento de valor, e é preciso que tenha consciência ética em relação aos objetivos, finalidades, procedimentos empre-gados, socialização das informações e ações decorrentes e seus consequentes (Gatti, 2012).

REFERÊNCIAS

CAVALCANTE, Leila; MELLO, Maria Aparecida. Avaliação da aprendizagem no ensino de graduação em saúde: concepções, intencionalidades, reflexões. Avaliação (Campinas) [online]. 2015, vol.20, n.2, pp.423-442. ISSN 1414-4077.  http://dx.doi.org/10.590/S1414-40772015000200008.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação Mediadora: uma prática em construção da pré-escola à Universida-de. 23. Ed. Porto Alegre: Mediação, 2004.

__________________. Avaliação Mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universida-de. Porto Alegre: Educação & Realidade, 2000.

__________________. Avaliação: Mito e Desafio: uma perspectiva construtivista. Porto Alegre: Me-diação, 2005.

HOFFMANN, Jussara. Pontos e contrapontos: do pensar ao agir em avaliação 7. ed. Porto Alegre: Mediação, 2002.

MENDES, OlenirMaria. Avaliação formativa no ensino superior: reflexões e alternativas possíveis. Tex-to extraído do livro VEIGA, Ilma Passos Alencastro, p. 175-197, 2005.

COLASANTO,Cristina Aparecida. O relatorio de avaliação na educação infantil\ 2 .ed – São Paulo: Editora All Print, 2011.

PROGRAMA Mais Educação São Paulo. Avaliação de Aprendizagem. 2015. Secretaria Munici-pal de Educação.

GATTI,B. A. Políticas de Avaliação em Larga Escala e a Questão da Inovação Educacional. Serie – Estudos (UCDB), v33, p29,2012. Disponível em: <HTTP: WWW.serie-estudos.ucdb.br\index. php|serie-estudos\artcle|viewFi-le\59\165>

INFORMAÇÕES DOS AUTORES

Ana Paula Carvalho Mangili

é professora de Educação Infantil, graduada em Pedagogia

pela Universidade de Mogi das Cruzes, pós-graduada em Psicopedagogia pela Universidade

Anhanguera, pós-graduada pela Faculdade Campos Salles\ Esef Paulista especialização

Educação e Neurociência. Trabalha na Prefeitura Municipal de Educação na EMEI Jardim

Felicidade e na rede particular no Colégio Estrela Sirius.

anamanda22@yahoo.com.br

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Edson Fernandes Doutor em Comunicação PUC-SP, Mestre em Educação USP, Pesquisador com livros e Artigos Publicados, coordenador dos cursos de pós-graduação em educação e professor das Faculdades Integradas Campos Salles.

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Referências

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