Notas de aula do curso
INTRODUÇÃO À ASTRONOMIA (AGA0210)
LUZ E TELESCÓPIOS
Prof.: Enos Picazzio
.
Notas de aula do curso
INTRODUÇÃO À ASTRONOMIA (AGA0210)
LUZ E TELESCÓPIOS
Prof.: Enos Picazzio
. el es có pi o SOA R , C er ro Pac ho n (C hi le )
Se nos dissessem que eles eram
“gêmeos univitelinos”,
Pois a Luz é mais enigmática ainda!
Pois a Luz é mais enigmática ainda!
• Experimentos revelam uma ambiguidade
da luz:
¬
ela tem natureza corpúscular e ondulatória,
ao mesmo tempo.
Luz e
Luz e
Telescópios
Telescópios
•
•
A
A
Natureza
Natureza
da
da
Luz
Luz
• Óptica e Telescópios
• Radio Astronomia ...
1000 a.C.:
Luz consistia de partículas diminutas
Newton:
Usou essa concepção para explicar os fenômenos de reflexão e refração
Huygens (1670):
Explicou várias propriedades da luz tratando-a como onda
Young (1801):
Fortaleceu o conceito de onda mostrando a interferência
Maxwell (1865):
Ondas eletromagnéticas viajam a velocidade (da luz) finita
Planck:
(a) Radiação eletromagnética é quantizada. Isto implica na característica de partícula (b) Explicou o espectro eletromgnético emitido por objetos aquecidos (radiação de
corpo negro)
Einstein:
A luz tem natureza de partícula. Explicou o efeito fotoelétrico
A n
• Luz viaja em linha reta num meio homogêneo.
Quando muda de meio, altera a direção.
• Feixe de luz é conceito decorrente da
aproximação de raio.
• Raio de luz é uma linha imaginária desenhada ao
longo da direção em que a luz viaja.
A n
Próximo a uma fonte pontual, as frentes de onda (i.e., superfícies de fase contante) são circulares em 2 dimensões e esféricas em 3 dimensões.
Longe do fonte pontual, as frentes de onda são aproximadamente lineares ou planas. A linha perpendicular à frente de onda e na direção de propagação é denominada raio.
A n
A n
ature
ature
za da luz
za da luz
Fonte Pontual Frentes de onda Raio Raio Onda Raio Frente de onda
• Raio
ϕ
: incidente
• Raio
κ
: refletido
• Raio
λ
: refratado
• Raio
µ
: internamente
refletido
• Raio
ν
: refratado assim
que atinge o ar ao sair
do cubo
Reflexão e
Luz:
Luz:
propriedades
propriedades
Propriedades de raio luminoso
• Reflexão: desvio de direção do raio luminoso quando este incide sobre uma superfície.
Refle
Refle
xão Esp
xão Esp
ecular
ecular
e Difusa
e Difusa
• Reflexão especular é a reflexão numa superfície lisa
• Os raios refletidos são paralelos entre sí
• Reflexão difusa é a reflexão de uma superfícies rugosa (não lisa)
• Os raios refletidos viajam em direções diversas
Especular
Difusa
Refle
Luz:
Luz:
propriedades
propriedades
Propriedades de raio luminoso
• Refração: desvio de direção do raio luminoso quando este passa por meios diferentes.
Í
Í
nd
nd
ic
ic
e
e
de
de
refra
refra
ção
ção
• Velocidade da luz é constante NUM MESMO MEIO.
Seu valor muda com a natureza do meio.
• O
índice de refração
é quem define a velocidade da
luz
→
cn.
v
c
n
=
velocidade da luz no vácuo velocidade da luz no meio índice de refração n = 1 no vácuo n > 1 em outro meiov = c/n
água é mais
densa que o ar
ar
água
v = c
Constância da
Constância da
Frequ
Frequ
ê
ê
nc
nc
ia
ia
• Na mudança de meio a
freqüência não se altera
– Mas a velocidade e o
comprimento de onda sim
– As frentes de onda se
arranjam de tal forma que a
frequência se mantém
Variação do comprimento de onda
Variação do comprimento de onda
f
f
v
c
n
n
λ
λ
0
=
=
n=
λ
0
/
λ
n
comprimento de onda no vácuo
comprimento de onda no
meio de índice refrativo n
A quantidade de energia que passa pela “pirâmide” é conservada. O que varia é a “área transversal da pirâmide”, relativa a uma distância qualquer do vértice.
Como a área aumeta com o quadrado da distância a intensidade da luz decai com o quadrado da distância. Isto se mede através do “fluxo”:
Fluxo = energia / área
Fluxo = energia / área ×××× tempotempo
B ∝
∝ 1 / d
2B ∝
∝ 1 / d
2Lei de Propagação da
Lei de Propagação da
Luz
Luz
Fonte Luminosa
Luz:
Luz:
Onda ou Partícula
Onda ou Partícula
?
?
Para Newton era partícula
Ondas Eletromagnéticas
Ondas Eletromagnéticas
• As ondas são descritas por:
– comprimento de onda, λ
– freqüência, ν
– velocidade, v = λ×ν (v = 3 × 108 m/s, no vácuo)
– energia, Eν = h×ν (h=6,63×10-34 Js, cte de Planck) •
• OOnda nda luminosa (luminosa (electromagnéticaelectromagnética): ): é uma perturbação
eletromagnética, que apresenta oscilações nos campos elétrico e
magnético que não necessita de meio material para propagar-se. Ela resulta do movimento dos elétrons.
Campo magnético Campo elétrico
Comprimento de onda
Direção de propagação
Difração da luz ao passar por um orifício (Adaptado de R.R.Robbins, 1995, Fig.11-1, p.239.
Propriedades ondulatórias
• Difração: desvio de direção que a luz sofre ao
passar por bordas, por exemplo, de um orifício • Interferênciade combinação : fenômeno construtiva ou destrutiva de ondas. A luz branca é a combinação resultante da interferência de luz de diferentes cores
(comprimentos de onda).
Luz:
• Albert Einstein mostrou que a luz
continha energia em pacotes
discretos.
–
– FótonsFótons: partículas de luz e energia.
• A energia do fóton:
- aumenta com a frequência,
- diminui com o comprimento de onda.
Luz:
Luz:
Onda ou Partícula
Onda ou Partícula
?
?
E = h
ν
= hc /
λ
h
ν
e
-Efeito fotoelétrico onde:
h = 6,63×10-34 Js, cte de Planck; ν é freqüência (Hz);
c = ν× λ = 3×108 m/s, velocidade da luz
Portanto, a luz:
Portanto, a luz: (a) interage como partícula(a) interage como partícula (b) tem freqüência como onda
A
A
Natureza da
Natureza da
Luz
Luz
Primeiras descobertas
• Luz branca é composta de um espectroespectro de cores.
• Isaac Newton
demonstrou que as cores são inerentes à luz, e não adicionadas pelo prisma.
O
O
Espectro Electromagnético
Espectro Electromagnético
• Diferentes tipos espectrais
correspondem a diferentes
fenômenos físicos.
–
– Raios GamaRaios Gama e Xe X: gerados por energia extrema.
–
– LuzLuz visívelvisível: gerada por processos atômicos e moleculares.
–
– LuzLuz infravermelhainfravermelha: gerada por calor e processos
moleculares. –
– OndasOndas de radiode radio: geradas por movimento de elétrons livres e íons.
Fótons de alta energia
Fótons de alta energia
Imagem
Imagem
no
no
infravermelho
infravermelho
Quanto mais
clara a cor,
mais elevada
é a
temperatura.
(NASA/JPL) Chama14 Sep 2000 ASTR103, GMU, Dr. Correll 27
Júpiter
Júpiter
Aurora em Raio-X Visível Infravermelho Radio 13 cm 22 cmImagem composta dos telescópios Hubble e Chandra
http://www.the-planet-jupiter.com/Shoemaker-Levy-9/Shoemaker-Levy-9-impact.html
Ultravioleta http://www.the-planet-jupiter.com/Shoemaker-Levy-9/Shoemaker-Levy-9-impact.html
Zonas de queda dos fragmentos do cometa Shoemaker-Levy 9
O
O
céu visto em raios gama
céu visto em raios gama
adc.gsfc.nasa.gov/mw/mwpics/ egret_allsky.gif
Efeito
Efeito
Doppler
Doppler
Alteração
Alteração dodo comprimentocomprimento dede onda onda provocada pela velocidade relativa
provocada pela velocidade relativa
entre fonte emissora
entre fonte emissora ee observadorobservador.. Com a luz, esse efeito manifesta-se na mudança da cor:
• aproximação: a cor torna-se azulada (desvio para o azul) • recessão: a cor torna-se avermelhada
(desvio para o vermelho)
Medida do deslocamento
∆λ / λ = v / c
λ = comprimento de onda verdadeiro;
∆λ = desvio
v, c = velocidades de recessão e da luz, respectivamente;
Repouso (valor de laboratório)
Desvio para o azul→→: fonte aproximando-se do observador
Efeito
Efeito
Doppler
Doppler
-
-
Medida
Medida
de
de
Velocidade
Velocidade
Radial
Radial
Exemplo
Exemplo
Comprimento de onda observado = 600 nm; Comprimento de onda de laboratório = 400 nm v / c = ∆λ / λ = (600 - 400) / 400 = 200/400 = 0.5
Portanto, a fonte afasta-se do observador com velocidade v = 0.5 c, ou seja, com 50% da velocidade da luz (150.000 km/s)
Efeito
Efeito
Doppler
Doppler
-
-
Alargamento
Alargamento
de
de
Linha
Linha
Luz proveniente de diferentes partes da estrela em rotação apresenta desvios diferentes, proporcionalmente à velocidade radial (velocidade verdadeira, projetada na direção do observador). A soma dos vários
Leis de
Leis de
Radiação
Radiação
de
de
Kirchoff
Kirchoff
2.
2. EmissãoEmissão ((Linha Linha Brilhante Brilhante)) Produzida por um gás quente e pouco denso. 3. 3. AbsorçãoAbsorção Produzida quando um espectro contínuo é visto através de um gás frio de pouco denso.
Fonte de emissão contínua Espectro contínuo Espectro de Espectro de linhas de absorção Linhas claras Linhas escuras Nuvem de gás Prisma 1.
1. ContínuoContínuo ((Radiação TérmicaRadiação Térmica)) Produzida por gás quente e
Espectro
Espectro
de
de
Corpo
Corpo
Negro
Negro
A curva de corpo negro, ou de Planck, representa a distribuição da intensidade de radiação emitida por um objeto aquecido.
Lei
Lei da Radiaçãoda Radiação de Planckde Planck
Iλλ- intensidade monocromática de radiação; λλ- comprimento de onda, h - cte. de Planck; k - cte. de Boltzmann; t - temperatura (K);
Espectro
Espectro
de
de
Corpo
Corpo
Negro
Negro
O
O comprimentocomprimento dede ondaonda dede Emissão MáximaEmissão Máxima é dadoé dado pelapela Lei deLei de Wien:Wien
λmax (cm) = 0,29 / T(K)
Exemplo: Sol, T = 5780 K
Lei de Planck Lei de Wien
Espectro Espectro Divisão da luz em seus diferentes comprimentos de onda. Espectroscopia Espectroscopia
Técnica que analisa o espectro. Espectrógrafo Espectrógrafo Instrumento que decompõe a luz em seu espectro.
O
O
Espectro Electromagnético
Espectro Electromagnético
Princípio de funcionamento de 2 tipos de espectrômetro Princípio de funcionamento de 2 tipos de espectrômetro
Espectro Espectro Divisão da luz em seus diferentes comprimentos de onda. Espectroscopia Espectroscopia
Ciência que analisa o espectro. Espectrógrafo Espectrógrafo Instrumento que decompõe a luz em seu espectro.
O
Lei de Stefan
Lei de Stefan
-
-
Boltzmann
Boltzmann
• A energia total emitida por tempo e por área é proporcional à 4a. potência da temperatura:
E = σ T 4 [watts/m2; Joules]
Exemplo: se a razão entre as temperaturas de duas estrelas é 2, a mais quente irradia 16 vezes mais.
• Luminosidade de um objeto = Energia Total Emitida [Watts]: L = (área do emissor) x E = 4π R2 σ T 4
Exemplo.
Consideremos duas estrelas: estrela A com temp. T e raio R; estrela B com temp. 2T e raio 2R. Qual a razão de luminosidade entre ambas?
L = (2)4 x (2)2 = (2 • 2 • 2 • 2) ( 2 • 2) = 64
O
O
Átomo
Átomo
e as
e as
Linhas Epectrais
Linhas Epectrais
(Deutsches Museum, Munich)
Desenho do espectro solar de Josef Fraunhofer, o primeiro a estudar as linhas escuras do espectro solar. A curva mostra a intensidade relativa da luz em função do comprimento de onda.
O
O
Átomo
Átomo
e as
e as
Linhas Epectrais
Linhas Epectrais
Bunsen demonstrou que chamas mostravam linhas de emissão, diferentes para cada elemento e posicionadas diferentemente no espectro.
Niels Bohr, observando o espectro de emissão do hidrogênio determinou os níveis de energia. Admitindo energia zero para o estado fundamental, ele representou os níveis de energia por: En = 13,6 [1 - (1/n2)] eV eV (elétron-volt) = 1,6 10-19 joule n = 1, estado fundamental: E1 = 0 n = 2, 1o estado excitado: E 2 = 10,2 eV n = 3, 2o estado excitado: E 3 = 12,1 eV n = ∞, ionização: En = 13,6 eV
As
As
As
Linhas Epectrais
Linhas Epectrais
e o
e o
Átomo
Átomo
n = 1 n = 2 n = 3 n = 4 n = infinito 13,6 eV 12,8 eV 12,1 eV 10,2 eV 0 eV α 121,6 nm β 102,6 nm γ 93,7 nm 91,2 nm Série de Lyman α 656,3 nm β 486,1 nm 364,8 nm Série de Balmer α 1876,1 nm 820,8 nm Série de Paschen ionização
Série de Brackett: transições para n ≥ 4 (3o estado excitado)
Excitação e Ionização
Excitação e Ionização
n = infinito n = 1 n = 2 Energia Excitação Excitação causacausa:: absorçãoabsorçãodede fótonsfótons,, colisão entre átomos
colisão entre átomos,,ou ou colisão entre átomos
colisão entre átomos ee
Ionização
Ionização
causa
causa:: elétrons ganham elétrons ganham energia suficiente para energia suficiente para escapar
Emissão
Emissão
:
:
transição do nível superior para o inferior. A
diferença de energia é positiva, e transformada em
fóton de comprimento de onda:
λ
= (hc) / E ;
h = cte de Planck, c = veloc. da luz, E = diferença de
energia da transição. Este processo cria um fóton.
Absorção
Absorção
:
:
processo oposto, proveniente da destruição
de um fóton.
Emissão e Absorção
A luz muda de direção durante seu trajeto na atmosfera. Este efeito é devido à variação do índice de refração, que muda de acordo com as condições físicas do meio.
Atmosfera terrestre:
Decomposição da luz nas suas várias componentes (cores), na forma de um espectro.
vermelho
vermelho e laranjaelaranjasão absorvidos pelosão absorvidos pelovaporvapord’águad’água
Atmosfera terrestre:
Atmosfera terrestre:
Atmosfera terrestre:
Janela
Janela
s
s
• A maior parte da energia eletromagnética é absorvida pela atmosfera, mas ondas de radio e visível atravessam livremente.
Ondas de
radio infravermelhaRadiação visívelLuz ultravioletaLuz Raios X Raios Gama
Variação rápida da refração provocada por movimentos convectivos e turbulentos da atmosfera. O resultado é a mudança rápida do trajeto do raio luminoso pela atmosfera, dando a impressão errônea de que a fonte luminosa cintila. Este efeito também é mínimo no zênite e máximo no horizonte. Tem-se a impressão que a imagem não está no foco
Objetos maiores cintilam menos que os menores: os planetas parecem cintilar menos que as estrelas.
Atmosfera terrestre:
Atmosfera terrestre:
Cintilação
Cintilação
Sonda espacial, a 190 km da Telescópio de 2,54 m do Monte
Luz e
Luz e
Telescópios
Telescópios
• A Natureza da Luz
•
•
Óptica
Óptica
e
e
Telescópios
Telescópios
• Radio Astronomia ...
Distância
Distância focalfocal
distância entre a lente objetiva, ou espelho, e o plano focal Razão
Razão focalfocal
razão entre a distância focal e o diâmetro da objetiva, ou espelho primário (representa a rapidez com que a imagem de um objeto pode
ser registrado) Escala
Escala dede imagemimagem ((ou placaou placa))
relação entre a dimensão angular no céu e a correspondente distância linear no plano focal
Telescópios Ópticos
Telescópios Ópticos
Telescópios Ópticos
-
-
Termos
Termos
Potência
Potência dede acúmuloacúmulo dede luzluz
uma quantidade proporcional ao quadrado do diâmetro da objetiva Campo de
Campo de VisãoVisão
área visível, determinada pela abertura da entrada e a pupila de saída do sistema
Limite
Limite dede resoluçãoresolução
distância mínima para que duas fontes possam ser distinguidas (Critério de Rayleigh, Sparrow...)
Critério: máximo de uma fonte coincide com o mínimo da outra. É o limite teórico de resolução de um telescópio -> melhora com o aumento da abertura “d”:
• Telescópio LNA (1.6-m) = 0.71" • Telescópio Hubble (2.5-m) = 0.046" • Telescópio Keck (10-m) = 0.012"
Telescópios Ópticos
Telescópios Ópticos
-
-
Termos
Termos
Critério: máximo de uma fonte coincide com o mínimo da outra. É o limite teórico de resolução de um telescópio -> melhora com o aumento da abertura “d”:
• Telescópio LNA (1.6-m) = 0.71" • Telescópio Hubble (2.5-m) = 0.046" • Telescópio Keck (10-m) = 0.012"
α = 1.22 ( λ / d)
Região lunar da cratera Clavius, vista através de dois telescópios diferentes:
Telescópios Ópticos
Telescópios Ópticos
-
-
Termos
Termos
Potência
Potência dede acúmuloacúmulo dede luzluz
uma quantidade proporcional ao quadrado do diâmetro da objetiva Campo de
Campo de VisãoVisão
área visível, determinada pela abertura da entrada e a pupila de saída do sistema
Limite
Limite dede resoluçãoresolução
distância mínima para que duas fontes possam ser distinguidas Magnificação
Magnificação
distância focal da objetiva / distância focal da ocular m = fobjetiva/ focular
Exemplo: um telescópio de F = 100 cm com ocular de f = 50 mm formará uma imagem aumentada 20 vezes (χ = 20). Já para uma ocular de f = 10 mm, a imagem será aumentada 100 vezes.
Telescópios Astronômicos
Telescópios Astronômicos
Refrator Refrator:: luz passa luz passa pela lente pela lente Lente primária Espelho primário Espelho secundário Ocular OcularOs dois modelos básicos:
Refletor Refletor:: luz reflete luz reflete no no espelhoespelho
Refração
Refração
•
•
Refração
Refração
:
:
luz muda de direção qdo atravessa uma
interface entre meios diferentes, por exemplo, ar e
vidro.
Raios paralelos Refração Vidro plano Refração Foco Distância focal Lente curvaLentes
Lentes
• Uma lente coleta luz
de um objeto distante
e a concentra numa
imagem focalizada.
• Cada lente tem uma
distância
distância
focal
focal
característica
característica
.
.
Objeto extenso Imagem extensa Plano focalTelescópio Refrator
Telescópio Refrator
Elementos ópticos de um telescópio refrator
Objetiva
Ocular Distância focal
da ocular
Distância focal da objetiva
fobjetiva
focular
Desempenho
Desempenho
de um
de um
Telescópio
Telescópio
•
•
Abertura
Abertura
– Grandes objetivas têm áreas grandes, portanto coletam mais luz. Área
∝
raio2•
•
Poder
Poder
de
de
Resolução
Resolução
– Lentes objetivas maiores e superfícies
corretamente curvadas melhoram a resolução.
•
•
Magnificação
Magnificação
(
(
Aumento
Aumento
)
)
A
A
Resolução Revela
Resolução Revela
Detalhes
Detalhes
Quanto maior a resolução, mais nítida e rica em
detalhes será a imagem
Complicações
Complicações
com
com
os Refratores
os Refratores
Ponto focal da luz vermelha Ponto focal
da luz azul
•
•
Aberração Cromática
Aberração Cromática
:
:
cores diferentes refratam
em ângulos diferentes, produzindo diferentes
focos.
Aberração Esférica
Aberração Esférica
:
:
lentes esféricas não
produzem bom foco. As lentes parabólicas sim,
mas são de construção difícil.
Complicações
Telescópios Refletores
Telescópios Refletores
• Espelhos refletores
são isentos de
aberração cromática.
• Mas as aberrações
esféricas persistem e
devem ser
corrigidas.
Perpendicular à superfície do espelho Espelho è èConfigurações padronizadas
Telescópios Refletores
Telescópios Refletores
a. Foco Newtoniano b. Foco primário c. Foco Cassegrain d. Foco Coudé foco focoDefeitos ópticos
Defeitos ópticos
Coma
Coma
Astigmatismo
Astigmatismo
Os pontos aparecem difusos, lembrando a forma de um
cometa As linhas aparecem fora de foco
Curvatura
Curvatura
de Campo e
de Campo e
Distorção
Distorção
Periferia do campo aparece fora foco
O objeto é plano
A imagem, não.
Imagem original Objeto Lente Imagem
Distorção positiva
Distorção negativa
Montagem
Montagem
Equatorial
Equatorial
horizonte
14 Sep 2000 ASTR103, GMU, Dr. Correll 66
Montagem Altazimutal
Montagem Altazimutal
horizonte William Herschel, 4,2 m Ilha CanáriasObservatório Pico dos Dias, Laboratório
Nacional de Astrofísica (LNA), Minas Gerais
Observatório
Observatório
Pico dos
Pico dos
Dias
Dias
,
,
Laboratório
Laboratório
Nacional de Astrofísica (LNA), Minas Gerais
Nacional de Astrofísica (LNA), Minas Gerais
Perkin&Elmer
Espelho primário = 1,6 metros
Razão focal: foco Cassegrain = f/10 foco Coudé = f/31,2. secundário = f/150 Projeto óptico é tipo Ritchey-Chrétien.
Observatório Pico dos Dias, Laboratório
Nacional de Astrofísica (LNA), Minas Gerais
Observatório
Observatório
Pico dos
Pico dos
Dias
Dias
,
,
Laboratório
Laboratório
Nacional de Astrofísica (LNA), Minas Gerais
Nacional de Astrofísica (LNA), Minas Gerais
Boller&Chivens IAG
Espelho primário = 0,6 metros
Razão focal: foco Cassegrain = f/13,5 Projeto óptico é tipo Ritchey-Chrétien.
Observatório Pico dos Dias, Laboratório
Nacional de Astrofísica (LNA), Minas Gerais
Observatório
Observatório
Pico dos
Pico dos
Dias
Dias
,
,
Laboratório
Laboratório
Nacional de Astrofísica (LNA), Minas Gerais
Nacional de Astrofísica (LNA), Minas Gerais
Zeiss
Espelho primário = 0,6 metros
Razão focal: foco Cassegrain = f/12,5.
Observatório Pico dos Dias, Laboratório
Nacional de Astrofísica (LNA), Minas Gerais
Observatório
Observatório
Pico dos
Pico dos
Dias
Dias
,
,
Laboratório
Laboratório
Nacional de Astrofísica (LNA), Minas Gerais
Nacional de Astrofísica (LNA), Minas Gerais
Telescópio batizado em 13/11/2002 como "The Frederick C. Gillett Gemini
Telescope”, Mauna Kea, Havaí
EUA, Inglaterra, Canadá, Chile, Austrália, Brasil e Argentina
Consórcios Internacionais
GEMINI
http://www.lna.br/gemini/gemini.htmlConsórcios Internacionais
GEMINI
Consórcios Internacionais
Consórcios Internacionais
GEMINI
GEMINI
Consórcios Internacionais
Consórcios Internacionais
SOAR, Cerro
SOAR, Cerro
Pachon
Pachon
, Chile
, Chile
http://www.lna.br/gemini/gemini.html
Consórcios Internacionais
SOAR
Consórcios Internacionais
Consórcios Internacionais
SOAR
SOAR
SOAR (Southern Astrophysical Research, Chile) de 4 m. Gemini Sul de 8 m (são dois telescópios
indênticos, Gemini Norte no Havaí e Gemini Sul no Chile).
Distorção Atmosférica
Distorção Atmosférica
• A luz visível propaga-se através da atmosfera, é distorcida e
cintila
cintila..
• A turbulência atmosférica altera as trajetórias dos fótons
individuais fazendo com que atinjam o plano focal em pontos diferentes. Com isso, a imagem de uma fonte puntual torna-se difusa.
• remove distortion
Fótons individuais
Seeing
Seeing
Disco, ou área do plano focal, dentro do qual os fótons de uma fonte puntual convergem. O seeing aumenta com a turbulência. Fora da atmosfera o
14 Sep 2000 ASTR103, GMU, Dr. Correll 75
Ópticas Ativa
Ópticas Ativa
e
e
Adaptativa
Adaptativa
Ativa Ativa Sistema computadorizado que corrige as deformações do espelho primário. Adaptativa Adaptativa Sistema computadorizado que corrige milhares de vezes por segundo a superfície do espelho secundário. Isto
permite minimizar a cintilação atmosférica. Feixes de laser
simulam uma imagem na atmosfera, que é
Telescópio
Telescópio
de
de
espelhos múltiplos
espelhos múltiplos
Seis espelhos de 1,8m, refletem a luz coletada num único foco. O resultado é equivalente ao de um telescópio de 4,5m.
Telescópio
Telescópio
Keck 10
Keck 10
-
-
metros
metros
Fofografia de longa exposição, à bordo de um helicóptero acompanhando a rotação da
abertura da cúpula. (© 1992 Roger H. Ressmeyer/Starlight)
Telescópio Espacial
Hubble
Solo Solo com
óptica adaptativa
Distorção Atmosférica
Registro
Registro
de
de
Imagens
Imagens
• Desenhos
• Filmes
• Dispositivo electrônico
CCD (Charge Coupled Device)
Luz e
Luz e
Telescópios
Telescópios
• A Natureza da Luz
• Óptica e Telescópios
•
Radiotelescópios
Radiotelescópios
• Ondas de Radio têm
comprimentos longos
(mm, cm, m)
– as objetivas são discos côncavos grandes, que não precisam ser polidos como os espelhos dos telescópios ópticos. – Os dados sãoregistrados com antena, não com
CCDs. O primeiro radio-telescópio foi
construído em 1930s, por Karl Jansky, nos Laboratórios Bell.
A combinação adequada
(interferência construtiva)
dos sinais coletados de
múltiplas antenas produz
um sinal único mais
intenso e de maior
resolução.
Com ele pode-se sintetizar
uma “imagem em radio”
Radiotelescópios
Radiotelescópios
14 Sep 2000 ASTR103, GMU, Dr. Correll 83
Esquema do telescópio espacial de raio-X Einstein, operado no início dos anos 1980.
Outras regiões espectrais
1. A luz tem simultaneamente propriedades de onda e de partícula, e esses aspectos são combinados na concepção do fóton.
2. A luz visível é apenas uma parte do espectro eletromagnético, que se extende dos raios gama (altas energias e comprimentos de onda curtos) às ondas de radio (baixas energias e comprimentos de onda longos).
3. O contínuo de uma fonte emissora fornece informações sobre sua temperatura, luminosidade, e raio através das leis de Wien, Stefan-Boltzmann, e Planck.
4. O brilho aparente de um objeto é inversamente proporcional ao quadrado da distância objeto-observador.
Sumário
5. As linhas espectrais são produzidas por transições de elétrons entre níveis de energia em átomos e íons. A absorção ocorre
quando um elétron ganha energia. Emissão ocorre quando o eléltron perde energia. Em ambos os casos o comprimento de onda
corresponde à energia envolvida.
6. Cada elemento químico tem um conjunto de linhas espectrais próprio. Portanto, a composição química de um objeto distante pode ser determinada pelas suas linha espectrais.
7. A ionização e a excitação de um gás podem ser inferidas do espectro. Analizadas elas podem fornecer informações sobre
temperatura e densidade do gás que produziu o espectro observado. 8. A comparação das informações obtidas de diferentes regiões
espectrais permite conhecer melhor os processos físicos envolvidos.
Sumário
9. Qualquer movimento ao longo da linha de visada entre
observador e fonte de luz produz deslocamentos nos comprimentos de onda das linhas espectrais observadas (Efeito Doppler). A
medida desses deslocamentos revela a velocidade relativa entre fonte e observador.
10. Os telescópios servem para coletar luz. Se comparados aos olhos humanos, os enormes espelhos coletam muito mais luz e possuem resolução espacial muito maior. Além disso permitem longas exposições.
11. Os instrumentos que detectam e analisam a luz operam nos
focos dos telescópios. Esses instrumentos podem registrar imagens, medir os brilhos, ou analisar os espectros dos objetos.
12. A interferometria pode ser feita em todos os comprimentos de onda, e produz imagens de alta resolução espacial.