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TRABALHO DE PLIOMETRIA E SUA INFLUÊNCIA NA SAÍDA DOS ATLETAS DE NATAÇÃO

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TRABALHO DE PLIOMETRIA E SUA INFLUÊNCIA NA SAÍDA DOS ATLETAS DE NATAÇÃO

Arthur Alves Pereira, Marcus Vinicius Patente Alves

Centro Universitário do Triângulo (Unitri) - Uberlândia - MG - Brasil.

Endereço para correspondência: Arthur Alves Pereira Rua Montreal, 155 - Bairro Tibery Tel: (34) 32136263 (34)9124-4942 e-mail: alvesarthur@gmail.com Marcus Vinícius Patente Alves Rua Piauí 2390 – Bairro Custódio Pereira Tel: (34) 32122390 (34)99765677 e-mail:marcusalves2000@yahoo.com.br

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Resumo

A força explosiva, contração máxima, o tempo de reação e a capacidade de realizar movimentos potentes na freqüência mais alta, em pouco tempo, são habilidades dominantes e fatores importantes para realizar uma boa saída de natação. Um dos meios para realizar esse trabalho é com o treinamento pliométrico. Esse trabalho teve como objetivo analisar os impactos causados pela pliometria na saída de atletas de natação. O estudo qualitativo pré-experimental foi realizado na cidade de Uberlândia – MG, no período de nove semanas, no ano de 2006. Foram escolhidos 26 atletas, de 14 a 19 anos, para realizar o estudo, dos quais somente 13 foi o grupo experimental, realizando trabalho de pliometria, e os demais, somente realizaram a avaliação grupo de controle. Para controlar a dinâmica das alterações da potência, em relação ao treinamento, foi executado o Sargent Jump Test (teste vertical), o teste de tronco, para verificar a evolução dos membros superiores, e o teste de saída com a filmagem para medir a distância do salto dos atletas. No referencial analisado, só foi encontrado um artigo publicado em inglês pela University of Technology, Sydney, Austrália sobre essa temática. Desta forma, por ser um tema pouco pesquisado, houve dificuldades em realizar comparações sobre o assunto. Os resultados demonstraram que os atletas tiveram ganhos significativos de força explosiva.

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INTRODUÇÃO

A pliometria refere-se a um termo composto, provavelmente derivado do grego plio, que significa “mais”, e metria que significa “medir”, ou seja, ser maior ou ter uma melhora maior. Segundo Bompa (2004), pliometria são rotinas de exercício e exercícios que conectam a força e o explosivo-reativo. A contração máxima, o tempo de reação e a capacidade de realizar movimentos potentes na freqüência mais alta, em pouco tempo, são habilidades dominantes e fatores importantes, para que atleta, de qualquer desporto, alcance o mais alto nível de desempenho.

O uso de exercícios pliométricos desenvolve o “sistema de reação neuromuscular ou a atividade excêntrica e concêntrica, que carrega os componentes elásticos e contráteis do músculo. A elasticidade natural das fibras musculares permite que o músculo estoque energia potencial durante as fases excêntricas do movimento, que depois é liberada como energia cinética na contração concêntrica causando um movimento rápido e explosivo. (Bompa, 2004)”. Os programas de preparação física em modalidades que requerem velocidade e força explosiva têm utilizado o treinamento de saltos (Bompa, 2004) e de velocidade (Dintiman, Ward e Tellez, 1999) combinando força e treinamento geral como formas de melhorar a potência física e, conseqüentemente, o rendimento em várias modalidades esportivas.

A performance na natação, segundo Hay (1981), é estabelecida por três etapas distintas: a saída, o nado e a virada. Destaca-se, neste estudo, a primeira delas, a saída, que, segundo Cossor e Mason (2001), pode representar até 26,1% do tempo total de uma prova conforme sua distância. Maglischo (1999) afirma que os tempos de saída representam aproximadamente 10% do tempo total consumido nas provas de 50 metros e que, em média, a melhora da técnica de saída pode reduzir o tempo da prova em pelo menos um décimo de segundo.

Em um universo no qual a diminuição de frações de segundo no tempo final de prova é sempre objetivada, é crescente a demanda de estudos que ajudem a otimizar as técnicas e gestos nas execuções das saídas, sempre buscando melhores resultados. A representatividade de uma fração de tempo tão pequena pode ser observada no resultado da prova dos 50 metros livre nos Jogos Pan-Americanos, em Santo Domingo, no ano de 2003, no qual o brasileiro Fernando Scherer foi o vencedor da prova, superando o segundo e o terceiro colocado por

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diferenças de 0”02s e 0”03s, respectivamente (Fina 2006). Contudo, a razão principal para usar os exercícios pliométricos é a necessidade de ativar rapidamente as unidades motoras, na saída de natação, a fim de proporcionar uma melhor adaptação neurológica (Bompa, 2002).

A natação de alto nível utiliza muitos programas de treinamento de grandes metragens, onde, muitas vezes, o atleta passa grande tempo treinando metragem e esquece dos fundamentos de saídas, viradas, etc. Isso pode trazer grandes conseqüências, pois a saída em uma prova de 50 metros segundo Maglischo(1999) é 10 % no tempo total consumido e 5% nas de 100 metros. O que representa, em provas de alto desempenho, um grande percentual, também relacionando com o psicológico ou emocional do atleta, influenciando em seu resultado ao obter uma boa saída.

Muitas formas de fazer saída foram testadas ao longo dos anos. Inicialmente, os nadadores assumiram a posição de saída com seus braços estendidos para trás. Com o tempo, perceberam que podiam fazer com que seus corpos se movimentassem em direção da água, com maior rapidez, se dessem a saída com seus braços para frente, balançando-os, em seguida, para trás. (Maglischo, 1999)

Essa técnica tornou-se conhecida como saída com arremesso posterior dos braços num movimento retilíneo. Mais tarde, ela foi substituída por um arremesso posterior dos braços, com um movimento circular, que era mais veloz. No final dos anos 60, Hanauer introduziu a saída de agarre que conquistou sua popularidade (Maglischo, 1999)

Outra mudança importante na técnica de saída é conhecida mais comumente como saída carpada. Nesse estilo, os nadadores deslocam-se pelo ar em um arco elevado, freqüentemente carpado na cintura, de modo que entram na água em um ângulo muito excessivo. Antes do advento desse estilo, os nadadores eram aconselhados a “pranchar”, entrando na água em um ângulo muito pequeno. A principal vantagem da saída carpada é que os nadadores se deparam com menor arrasto no ponto de entrada. Conseqüentemente, eles se deslocam mais rápido durante o deslizamento submerso (Maglischo, 1999)

Lançada em 1973, a “Track Start”, a saída de atletismo para natação foi popularizada nos anos 80, com a explosão dos eventos de velocidade, especialmente, dos 50m livre. Na última Olimpíada, 60% dos finalistas de todas as

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dos 50m livre, tiveram a saída de atletismo. Ainda em Sidney, 80% dos finalistas das provas de 50m e 100m livre usaram a saída de atletismo. No Mundial de piscina curta em Moscou, em 2005, o podium da prova, aliás os quatro primeiros colocados tinham a saída convencional (Bestswimminig, 2006).

Segundo Alex Pussieldi (2003), existem três diferentes tipos de saída de atletismo e as diferenças entre elas estão na posição do corpo e dos pés na colocação do bloco:

_ Saída Atletismo Clássica - Esta foi a primeira edição da saída de atletismo, na qual existe a intenção máxima frontal da projeção do centro de gravidade. O nadador coloca as mãos no bloco e puxa o corpo para trás, tendo os dois pés colocados no chão do bloco, com uma posição do quadril mais baixa.

_ Saída Atletismo Moderna - Esta é a mais recente e usa a posição básica do nadador, mas com a projeção da parte de trás do centro de gravidade do nadador. O pé de trás não é plantado no bloco, e, sim, apenas a parte anterior, o que faz o quadril ter uma posição mais elevada e mais próxima da frente do bloco. As mãos são colocadas no bloco e não fixadas, empurrando como na saída anterior.

_ Saída Atletismo “Texas” - Esta saída foi uma adaptação das duas anteriores e que fez sucesso nas Olimpíadas com os americanos Gary Hall e Anthony Erwin, medalhas de ouro nos 50m livre, empatados. O treinador americano Randy Reese, da Universidade do Texas, esteve acompanhando várias práticas de saídas não de sua equipe de natação, mas da equipe de atletismo da Universidade. Após vários dias de análise e algumas perguntas aos treinadores de atletismo, Randy Reese voltou para a piscina e trouxe esta nova versão. Aqui o centro de gravidade do nadador está no meio, com os pés plantados no bloco. Mais equilíbrio e uma postura mais segura, segundo o seu criador (Alex Pussieldi, 2003).

Segundo Bompa (2004), embora esse termo tenha sido usado somente a partir da metade dos anos de 1960 ou 1970, os exercícios pliométricos já existem há muitos anos, mas eles só foram estudados nas últimas três décadas, quando pesquisadores começaram a dar mais atenção aos benefícios do treinamento de potência. Alguns atribuíram à pliometria qualidades mágicas e previram resultados milagrosos, ao passo que outros, desprezaram sua utilidade, citando seu potencial de causar lesões traumáticas, caso não seja bem orientada, devido à natureza balística dos exercícios.

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Bompa (2004) destaca os benefícios dessas práticas em atletas que utilizam a potência dos saltos. O músculo irá se contrair com mais força e rapidez, pois a pliometria desenvolve o sistema nervoso, que reagirá com velocidade máxima ao alongamento do músculo; desenvolvendo a capacidade de encurtar (contrair), rapidamente e com a máxima força. Ou seja, com esse treinamento, o atleta irá aumentar sua força, sua potência e sua velocidade no salto, podendo, assim, sair distante com uma potência maior, e um reflexo melhor.

Diante da escassez de estudos que possam comprovar o real benefício das práticas da pliometria na melhoria, ou não, na saída dos atletas de natação, a principal questão desse estudo é verificar se sua prática pode, realmente, propiciar a eficácia na saída dos atletas de natação, contribuindo, assim, para a melhoria dos tempos dos atletas.

Nos últimos anos, a pliometria está sendo usada pelas principais equipes e em quase todos os esportes. A pliometria refere-se aos exercícios que possibilitam que um músculo atinja a força máxima, em menos tempo possível, levando em consideração que, na saída de natação, o atleta precisa liberar a força e a energia o mais rápido, supondo-se que a pliometria é o programa ideal de treinamento para desenvolver a explosividade e aperfeiçoar a rapidez nas saídas da natação.

OBJETIVOS

Analisar os impactos causados pela pliometria na saída dos atletas de natação, verificando o impacto da pliometria na distância do salto e o impacto da pliometria no tempo de saída até os dez metros.

METODOLOGIA

1 - Amostra

O estudo quantitativo experimental, realizado na cidade de Uberlândia – Minas Gerais, no período de 9 semanas no ano de 2006.

Foram escolhidos 25 atletas voluntários dos clubes que disputam campeonatos estaduais e nacionais, para realizar o estudo, dos quais 13 fizeram

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parte do grupo experimental, realizando trabalho de pliometria, e os demais, somente realizaram a avaliação (grupo de controle).

No período de desenvolvimento da pesquisa, os atletas estavam voltando aos treinamentos para o começo da temporada (colocar qual ou de que). O estudo foi realizado no treinamento de base (treinamento com ênfase no fortalecimento muscular e no volume) indo até a metade do treinamento específico (treinamento individualizado, voltado para a prova específica de cada atleta), completando, assim, nove semanas. Foram escolhidos atletas de 14 a 19 anos, tendo os mesmos sido informados dos procedimentos de exclusão dos testes: (Colocar o tempo do

trabalho, o descanço) (colocar junto com a amostra)

_ Não poderiam estar em recuperação de lesões;

_ Não poderiam estar com dores em conseqüência da prática das competições e treinamento;

_ deveriam ter disponibilidade e querer participar da pesquisa. Os atletas podiam deixar de participar da pesquisa a qualquer tempo.

O treinamento físico obedeceu aos rigores científicos universalmente aceitos(por quem), tendo como base as individualidades biológicas e cronológicas dos participantes. Os atletas foram acompanhados pelos pesquisadores para que não sofressem nenhum tipo de lesão em decorrência dos testes.

2 - Procedimentos

Os testes foram realizados na piscina do UTC (Uberlândia Tênis Clube), utilizando como material: medicine balls com quatro e cinco quilos, cadeira, fita métrica, cone, cinturão, cronômetro (Speedo Touch Screen)Porque deste cronômetro) e filmadora (Panasonic AG DVC7 N.F+BAG AG DVC7)

Testes

Foram realizados os seguintes testes:

_ Teste de tronco Bompa (2004): Arremesso de medicine ball, na altura do peito, sentado, na cadeira, com os pés apoiados no chão, quadris e peito amarrados com um cinturão. Sob essas condições, apenas os braços estão realmente

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envolvidos na ação de arremesso. A bola é segura com as duas mãos e está próxima ao peito, cotovelo flexionado. Estendem-se os cotovelos dinamicamente para arremessar a bola o mais distante possível, o melhor de três tentativas é marcado.

_ Testes para as pernas Bompa (2004) Sargent Jump Test, salto vertical: o praticante deve saltar o mais alto possível e tocar na parede, no ponto máximo que conseguir. O corpo deve estar reto. A pontuação deve ser elaborada pela comparação da medida, em centímetros, mais próxima da primeira marcação, com o praticante em pé, com a segunda marcação, do salto feita na parede.

_Teste de saídausando um cronômetro manual marcando milionésimos de segundo na posição de saída de bloco, é realizada a saída, marcando-se o tempo nos dez metros. A melhor de três tentativas é marcada. Esse teste é filmado, para que se possa calcular a distância do salto, teste da distância horizontal da saída do bloco até o ponto em que ela encosta as mãos na água, a melhor de três tentativas é marcada.

Treinamento

O modelo de treinamento foi estruturado a partir de diversas informações colhidas em obras literárias especializadas em pliometria (Bompa, 2004; Dintman, Ward e Tellez, 1999), definitivamente adaptados ao nível técnico, físico e à faixa etária dos atletas.

Os atletas se submeteram a um programa de nove semanas de pliometria, consistindo nos seguintes exercícios: abdominal com medicine ball de quatro ou cinco quilos com a bola no peito ou em cima da cabeça; pular os elásticos amarrados na grade; saltos com os pés um à frente do outro atrás, mudando o posicionamento em cada salto; polichinelo; subir e descer escada; subir saltando com as duas pernas (uma perna flexionada na escada a outra no chão trocar as pernas); extensor (exercício específico da natação, um elástico amarrado na grade fazer o movimento de puxada, fora da água); e flexão de braço e saltar, amortecer a queda, levar as pernas atrás apoiando com os braços, encolher as pernas e levantar.

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Destes exercícios, em cada sessão foram escolhidos cinco para ser executados. Nas primeiras quatro semanas, os exercícios eram feitos por tempo de 30 segundos, com um minuto de intervalo, três séries por exercícios, em forma de circuito. Nas outras semanas, foi feito por repetições, o quantitativo correspondia ao tipo de exercício, no período de três a seis séries (TABELA 1).

TABELA 1

ESQUEMA DOS EXERCÍCIOS.

Primeira etapa Segunda etapa Terceira etapa

Tipo Circuito Série Série

Duração 2 semanas 4 semanas 3 semanas Freqüência 3 X semana 3 X semana 3 X semana

Série 3 3 3/6

Pausa entre

exercícios 30 segundos 30/40 segundos 45/1`00 min Pausa entre as

séries 30 segundos 1 min 1/1`30 min

As primeiras duas semanas caracterizaram-sepelo desenvolvimento de força e resistência óssea, dando-se maior ênfase ao volume, para obter uma adaptação do complexo neuromuscular utilizado. Nas outras quatro semanas, procurou-se desenvolver o aumento de força e velocidade, diminuindo o volume e aumentando a intensidade e o descanso, dando capacidade ao sistema neuromuscular de estabilizar o músculo e, assim, atingir o objetivo. Na terceira etapa desta fase da pesquisa, procurou-se desenvolver a potência, visando à rapidez do trabalho concêntrico para excêntrico, diminuindo o tempo de contato dos pés no solo com o aumento de séries e pausa entre os exercícios, bem como diminuição de repetições.

Análise estatística

Foi feita uma analise estatística descritiva, calculando-se a média e o desvio padrão de todos os dados. Foi mantido o nível de significância em 5 %.

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GRÁFICO 11

RESULTADOS MÉDIOS DOS TESTES TESTE DE SAÍDA DO GRUPO EXPERIMENTAL (GRUPO 1) E DE CONTROLE (GRUPO 2)

COMPARATIVO DOS GRUPOS EXPERIMENTAL (GRUPO 1) E DE CONTROLE

(GRUPO 2) 4,8 4,37 4,73 4,19 3,8 3,9 4 4,1 4,2 4,3 4,4 4,5 4,6 4,7 4,8 4,9 Segundos 1° Coleta 2° Coleta Grupo 1 Grupo 2

Teste de Saída comparando os dois grupos

GRÁFICO 12 RESULTADOS MÉDIOS DOS TESTES DE DISTÂNCIA HORIZONTAL DA DO GRUPO EXPERIMENTAL (GRUPO 1) E DE CONTROLE

(GRUPO 2) 2,75 2,67 2,78 2,97 2,5 2,55 2,6 2,65 2,7 2,75 2,8 2,85 2,9 2,95 3 Metros 1° Coleta 2° Coleta Grupo 1 Grupo 2

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Os dados referentes ao Teste de Tronco (GRÁFICOS 1,5 e 9) representam uma melhora de 4,3% da média de evolução dos atletas do grupo experimental e no grupo de controle. Pode ser observada uma evolução de 12,4%.

Infelizmente não encontramos nenhuma pesquisa utilizando este teste no referencial teórico pesquisado, para que houvesse uma comparação.

TABELA 2

COMPARAÇÃO GRÁFICOS 1, 5 E 9.

Teste de Tronco 1° coleta 2° coleta

Media Desvio Padrão Media Desvio Padrão Grupo Experimental 2,78 0,70 2,91 0,67 Grupo Controle 3,04 0,83 3,58 0,80

Como foi mostrado no Teste Para as Pernas (GRÁFICOS 2, 6 e 10), há uma indicação de melhora de 6,7% do G¹ , no G² observou-se uma evolução de 18%. Já no trabalho apresentado por Davies, Murphy, Whitty, Watsford (2001), na University of Technology, Sydney, Austrália, onde foi feito um trabalho de pliometria com atletas de natação de 15 a 26 anos, três vezes por semana, no período de seis semanas no mesmo teste, observou-se uma melhora de 33,9 para 34,4 (1,4%), no grupo de controle, e de 39,7 e 44,2 (11,3%), no grupo experimental.

TABELA 3

COMPARATIVO GRÁFICOS 2, 6 E10.

Teste Para as Pernas 1° coleta 2° coleta Media Desvio

Padrão Media Desvio Padrão Grupo Experimental 35,8 4,99 38,2 6,52

Grupo Controle 39,2 8,83 46,3 9,5

Pode-se analisar, no Teste de Saída, GRÁFICOS 3, 7 e 11, um crescimento de 1,4% do G¹ = experimental e, no G² = controle ,analisamos uma melhora de 4,2%

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nos tempos dos atletas. No referencial teórico analisado não achamos testes como esse, marcando o tempo de saída do atleta até os 10 metros.

TABELA 4

COMPARATIVO GRÁFICOS 3, 7 E 11.

Teste de saída 1° coleta 2° coleta

Media Desvio

Padrão Media Desvio Padrão Grupo Experimental 4,80 0,28 4,73 0,28 Grupo Controle 4,37 0,47 4,19 0,48

No artigo apresentado por Davies et al.(2001), foi marcado “

Block Time (BT)”

ou o início do estímulo até a decolagem do bloco; “Start Time (ST)” ou o

tempo em que o atleta começa o estimulo até o primeiro contato do nadador

com água; e o “5m time (5mT)” ou o tempo em que o atleta começa o estimulo

até a cabeça do nadador alcançar a marca de 5m.

No Teste da Distância da Saída, como demonstrado nos GRÁFICOS 4, 8 e 12 observa-se uma melhora de 1% do G¹. Já no G², pode-se constatar uma evolução de 11,2%. De acordo com os dados apresentados, no referencial analisado, não foram encontradas pesquisas com esse tipo de teste para se estabelecer um confronto. TABELA 4 COMPARATIVO GRÁFICOS 4, 8 E 12. Teste da Distância da Saída 1° coleta 2° coleta Media Desvio

Padrão Media Desvio Padrão Grupo Experimental 2,75 0,53 2,78 0,22 Grupo Controle 2,67 0,33 2,97 0,25

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CONCLUSÃO

O objetivo principal desse estudo consistiu em analisar os impactos causados pela pliometria na saída dos atletas de natação, contribuindo com a ciência do treinamento desportivo, trazendo alguns dados que podem ser de grande valia para a aplicação da pliometria no programa de treinamento dos atletas de natação.

Alguns pontos que puderam ser observados:

_ Atletas em maturação biológica, ou em fase de crescimento, obtiveram melhor resultado com o trabalho, do que atletas que passaram dessa fase.

_ Não conseguimos ter controle total dos atletas, pelo fato de cada um ter seus hábitos alimentares, vida cotidiana, tempo de descanso (sono) etc.

_ Em termos científicos, no referencial analisado, só foi encontrado um artigo publicado em inglês pela University of Technology, Sydney, Austrália, sobre essa temática, por ser um tema pouco pesquisado, havendo dificuldades em realizar pesquisas sobre o assunto.

Levando em consideração o nível de significância sendo 5%, o resultado do trabalho se apresentou dentro do esperado, tendo porcentagens significativas em quase todos os testes. Somente o teste de saída obteve 4,2% (grupo de experimental), mas obteve 11,2% no teste de distância horizontal do salto. Com isso, pode-se afirmar que os atletas tiveram um ganho de força (potência) na saída, se deslocando mais longe, mas, como o teste de saída era marcado até os dez metros, há outros fatores envolvidos como: adaptação neural com a força adquirida, adaptação da nova força com a técnica de saída, momento certo de começar as pernadas submersas, momento certo para sair da água e começar o nado, necessitando o atleta de uma adaptação. Deve-se levar, ainda, em consideração, que os atletas nunca passaram por esse tipo de treinamento, não faziam musculação, necessitando, portanto, de estudos mais apurados e com outros grupos.

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Anexos

GRÁFICO 1

TESTE DE TRONCO GRUPO 1

2,78 2,91 2,72 2,74 2,76 2,78 2,8 2,82 2,84 2,86 2,88 2,9 2,92 Metros 1° Coleta 2° Coleta Coleta

Melhora do grupo1 no teste de tronco de 2,79 para 2,91 metros

GRÁFICO 2

TESTE PARA AS PERNAS DO GRUPO 1

35,8 38,2 34,5 35 35,5 36 36,5 37 37,5 38 38,5 Ceníimetros Coleta 1° Coleta 2° Coletas

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GRÁFICO 3

TESTE DE SAÍDA DO GRUPO 1

4,8 4,73 4,66 4,68 4,7 4,72 4,74 4,76 4,78 4,8 4,82 Segundos Coleta 1° Coleta 2° Coletas

Melhora do grupo 1 no teste de saída 4”81 para 4”71 centésimos ate os 10 metros

GRÁFICO 4

TESTE DE DISTÂNCIA HORIZONTAL DE SAÍDA DO GRUPO 1

2,75 2,78 2,735 2,74 2,745 2,75 2,755 2,76 2,765 2,77 2,775 2,78 Metros Coleta 1° Coleta 2° Coletas

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GRÁFICO 5

TESTE DE TRONCO DO GRUPO 2

3,04 3,58 2,7 2,8 2,9 3 3,1 3,2 3,3 3,4 3,5 3,6 Metros Coleta 1° Coleta 2° Coletas

Melhora do grupo 2 no teste de tronco, de 3,04 metros para 3,58 metros

GRÁFICO 6

TESTE PARA PERNAS DO GRUPO 2

39,2 46,3 34 36 38 40 42 44 46 48 Centímetros Coleta 1° Coleta 2° Coletas

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GRÁFICO 7

TESTE DE TRONCO DO GRUPO 2

4,37 4,19 4,1 4,15 4,2 4,25 4,3 4,35 4,4 Segundos Coleta 1° Coleta 2° Coletas

Melhora do grupo 2 no teste de saída, de 4”37 centésimo para 4”19 centésimo até os 10 metros. GRÁFICO 8

TESTE DA DISTÂNCIA HORIZONTAL DA SAÍDA DO GRUPO 2

2,67 2,97 2,5 2,55 2,6 2,65 2,7 2,75 2,8 2,85 2,9 2,95 3 Metros Coleta 1° Coleta 2° Coletas

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GRÁFICO 9

RESULTADOS MÉDIOS DOS TESTES DE TRONCO DO GRUPO EXPERIMENTAL E DE CONTROLE 2,78 3,04 2,91 3,58 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 Metros 1° Coleta 2° Coleta 1° Grupo 2° Grupo

Teste de Tronco comparando os dois grupos GRÁFICO 10

RESULTADOS MÉDIOS DOS TESTES PARA PERNAS DO GRUPO EXPERIMENTAL E DE CONTROLE 35,8 39,2 38,2 46,3 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 Centímetros 1° Coleta 2° Coleta Grupo 1 Grupo 2

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Referências

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