“Ordem para Exportar”
Estratégia de
Internacionalização do setor
agroalimentar
Isabel Braga da Cruz
Knowledge Division - PortugalFoods
III Jornadas em Ciência e Tecnologia
Alimentar
IPVC
FEIRA SIAL PARIS 2012
FEIRA SIAL XANGAI 2012
A Estratégia de
Internacionalização
1. INTRODUÇÃO
A PortugalFoods surgiu em 2009
para transformar o agro-alimentar
PortugalFoods
[01] – RELEVÂNCIA DO SECTOR AGRO-ALIMENTAR
A indústria agro alimentar é aquela que gera maior Volume de
Negócios das indústria transformadoras (ca. 14milM€), com um peso
[02] – PERSPECTIVAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO Segmentação do Sector Agro-Alimentar
Indústria das Carnes e Produtos Cárneos
A análise feita incluiu dados dos seguintes produtos:
Carnes de suíno, carnes e miudezas, carnes de animais
de espécie bovina congeladas, carnes de animais da espécie
bovina frescas ou refrigeradas, carne de ovino e caprino,
miudezas comestíveis, toucinho, enchidos e semelhantes,
preparações e conservas de carnes, de miudezas ou de sangue e
carnes de aves.
Indústria das Carnes e Produtos Cárneos
RELEVÂNCIA
Indústria das Carnes e Produtos Cárneos
Matriz de Autoaprovisionamento (%)
Exportação / Produção interna
(mede a orientação para a exportação)
Produção interna (de matérias primas nacionais) / utilização interna total
(mede o grau de dependência de PT relativamente ao exterior e à necessidade de exportação)
Índice de vantagem comparativa revelada por tipo de carnes
Compara a quota
de um
determinado
produto nas
exportações
globais de PT,
relativamente à
quota nas
exportações
globais mundiais
Avalia se PT revela vantagens comparativas nas exportações mundiais
Principais mercados de Destino - enchidos e produtos semelhantes de carne
Angola 88% Espanha 3% França 2% Quantidade (tons) Angola Espanha França OutrosIndústria das Carnes e Produtos Cárneos
Da análise efetuada aos principais mercados de destinos das
várias categorias, posicionam-se
Angola e Espanha
enquanto
líderes de importação
destes produtos portugueses.
Há produtos onde Portugal assume uma posição de forte
dependência de Angola, enquanto principal mercado importador,
nomeadamente:
enchidos e semelhantes (88%)
; preparações e
conservas de carnes, de miudezas ou de sangue (80%); carnes
de animais de espécie bovina congeladas (73%) e miudezas comestíveis
salgadas (39%).
De igual modo
Espanha
, é também um grande mercado importador,
noutras categorias de produtos portugueses, nomeadamente: carnes de
animais da espécie bovina frescas ou refrigeradas (76%), toucinho
(69%) e miudezas comestíveis bovinas e suínas (55%).
Indústria das Carnes e Produtos Cárneos
Na categoria de carnes de suíno, Espanha e Angola representam,
em conjunto, 49% das importações portuguesas, seguidas
de Hong Kong, Reino Unido, Rússia e Polónia.
No caso do toucinho, Espanha e Polónia representam
um total de 88% de importações deste produto.
O mercado de carnes das aves é diversificado, destacando-se
Espanha, Angola, França e Jordânia
Principais mercados importadores – enchidos e produtos semelhantes
• EU é o maior
mercado
importador
• Japão tem
demonstrado
apetência, bem
como México e
Canadá
• Angola é muito
importante –
8º mercado
importador
mundial e
principal
mercado
destino dos
produtos PT
Perspetivas de internacionalização – enchidos e produtos semelhantes
Cap
aci
dad
e
de
s
ucess
o
[03] – PERSPECTIVAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO Conservas de Peixes
[03] – PERSPECTIVAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO Conservas de Peixes
Balança Comércio Internacional – Conservas de Peixe (1604)
6,719 4,306 3,755 4,648 2,196 3,222 7,493
[03] – PERSPECTIVAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO Conservas de Peixes
Matriz de Auto-Aprovisionamento e Orientação Exportadora – Conservas de Peixe (1604)
[03] – PERSPECTIVAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO Conservas de Peixes
[03] – PERSPECTIVAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO Conservas de Peixes
[03] – PERSPECTIVAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO Conservas de Peixes
[03] – PERSPECTIVAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO Conservas de Peixes
[03] – PERSPECTIVAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO Conservas de Peixes
[03] – PERSPECTIVAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO Sectores Excepcionais > Conservas de Peixe
Apesar do retrocesso que a indústria
conserveira portuguesa sofreu no século passado,
provocado pela forte concorrência de países
como Tailândia, China, Vietname e Marrocos,
o sector surge neste início do século com todo o vigor,
atingindo em 2011 um máximo histórico
[03] – PERSPECTIVAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO Sectores Excepcionais > Azeite
Portugal é líder destacado
na exportação para o mercado Brasileiro,
com mais do dobro da quota
do segundo exportador: »Um gigante
e o principal país produtor mundial,
[03] – PERSPECTIVAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO Sectores Excepcionais > Indústrias de Tomate
Portugal ocupa a 5ª posição
no ranking mundial de países exportadores - uma
performance ainda mais difícil de alcançar
quando apenas 7 actores actuam no mercado
[03] – PERSPECTIVAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO Sectores Excepcionais > Cerveja
A indústria cervejeira é uma indústria de marcas
e a maioria dos consumidores a nível mundial
prefere marcas domésticas e locais, o que justifica
o baixo peso das exportações dos países EU-27
face à produção.
A indústria cervejeira Portuguesa posiciona-se
no 5º posto dos países EU-27 com a maior
[05] – PRIORIDADES ESTRATÉGICAS
A internacionalização
do sector Agro-Alimentar é um processo de reconfiguração da situação
actual,
numa dimensão macro indispensável,
assente em prioridades estratégicas
[05] – PRIORIDADES ESTRATÉGICAS
Providenciar políticas públicas de apoio
à internacionalização do sector agroalimentar.
1.
As prioridades são:
•Promover Políticas de Eficiência Coletiva, aproveitando a presença externa de empresas e portuguesas, como elementos facilitadores, que potenciem a internacionalização de outras empresas.
•Dinamizar o potencial de produção nacional de bens transacionáveis que mais desequilibram a balança comercial do sector.
•Orientar as Políticas de Captação de Investimento Direto Estrangeiro em Portugal em subsectores estratégicos para a internacionalização do sector Agroalimentar.
•Promover Políticas que fomentem a incorporação de matérias-primas nacionais na indústria transformadora Agroalimentar.
•Orientar as Políticas de apoio ao Investimento Direto Português no Estrangeiro, em sectores que mais dependem do aprovisionamento externo.
•Criar um Fundo Financeiro específico para a internacionalização do sector Agroalimentar, inclusiva de todas fileiras (agrícola, pesca e aquacultura, indústrias alimentares e das bebidas). •Priorizar as atuações dos organismos que estão diretamente relacionados com os processos de habilitação para exportação (AICEP, DGAV e GPP).
[05] – PRIORIDADES ESTRATÉGICAS
Alinhar a oferta às reais necessidades de
um mercado global.
2.
As prioridades são:
•Promover a oferta de produtos diferenciados e de maior valor acrescentado, ajustados a nichos de mercado com necessidades nutricionais específicas, embalagens mais convenientes. •Promover sinergias entre o sector Agroalimentar e outras entidades de suporte ao sector (logística e entidades certificadores) como forma de otimizar processos de exportação.
•Promover a oferta por via de atributos de sustentabilidade (Origem, Certificação Biológica, Pegada de Carbono, …).
•Progredir na oferta pela certificação religiosa (HALAL, KOSHER, …)
•Promover a autenticidade e diferenciação de produtos e espécies tradicionalmente portugueses (Bacalhau Curado, Espécies de origem Vegetal, Animal e Piscícola).
•Reorganizar o modelo de negócio na vertente comercial, utilizando plataformas de
exportação de produtos alimentares, com pouca expressão numa oferta individual, conseguindo-se deste modo escala e complementaridade de oferta, aproveitando sinergias.
[05] – PRIORIDADES ESTRATÉGICAS
Posicionar Portugal, as suas marcas e os seus produtos.
3.
As prioridades são:
•Promover um posicionamento assente nos produtos portugueses como uma nova experiência de consumo em mercados externos, pela via da valorização de atributos e características únicas de um Portugal Excepcional.
•Oferecer produtos com posicionamento Premium, Indulgentes, Singulares, Naturais e Autênticos.
[05] – PRIORIDADES ESTRATÉGICAS
Consolidar e explorar novas geografias.
4.
As prioridades são:
•Dinamizar uma atuação mais abrangente, em economias emergentes e cujas categorias de produtos de valor acrescentado mais crescem, com foco em dois grupos:
• Grupo de Mercados Prioritários: Japão, Hong-Kong, China, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Rússia, México e Venezuela.
• Grupo de Mercados a aproveitar seletivamente: EUA, Canadá, Indonésia, Coreia de Sul, Irão, Síria, Kuwait, Austrália.
•Sustentar posições que detemos em mercados consolidados, em especial países da CPLP e Europeus, com foco para França, Alemanha e Reino Unido, identificando categorias bem
sucedidas no sentido de replicar o modelo de sucesso às restantes categorias do Agroalimentar.
•Promover sinergias e estabelecer parcerias intrasetoriais no que respeita à abordagem aos mercados.
[05] – PRIORIDADES ESTRATÉGICAS
Diplomacia económica.
5.
As prioridades são:
•Estabelecer políticas diplomáticas e de cooperação com os mercados da CPLP para
estabelecimento de pacto de exceção preferencial no abastecimento das necessidades desses mercados.
•Priorizar a diplomacia económica no que respeita aos mercados e categorias de produtos prioritários.
•Capacitar as redes diplomáticas para um suporte comercial efetivo (Brand Ambassadors), promovendo relações com agentes económicos estrangeiros, bem como por via da deteção de oportunidades para o sector Agroalimentar.
•Apoiar a internacionalização das empresas portuguesas quer na vertente comercial quer ainda na fixação de unidades produtivas no exterior.
[05] – PRIORIDADES ESTRATÉGICAS
Plano de comunicação e promoção.
6.
As prioridades são:
•Elaborar uma estratégia de comunicação e promoção (above e below the line) para uma gestão ativa da marca umbrella para o sector.
•Delinear ações sob a marca umbrella para promover o aumento das vendas de produtos portugueses no exterior, bem como aumentar o valor da marca país.
•Promover sinergias ao nível das ações contempladas no plano do Turismo de Portugal. •Promover um plano de comunicação alavancado ao plano da Wines of Portugal, fomentando uma “experiência portuguesa”, pela combinação do consumo de produtos alimentares com os
[05] – PRIORIDADES ESTRATÉGICAS
Capacitação tecnológica e de capital humano.
7.
As prioridades são:
•Promover apoio tecnológico no que respeita a técnicas de eficiência coletiva, conservação e logística.
•Estabelecer planos de formação para o desenvolvimento de competências específicas para a internacionalização das empresas.
•Interação mais vinculativa entre o sector primário e as Entidades do Sistema Cientifico e
[05] – PRIORIDADES ESTRATÉGICAS
Vantagens competitivas e comparativas.
8.
As prioridades são:
•Explorar as especificidades únicas e comprovar a qualidade excepcional dos produtos portugueses face às características edafoclimáticas, orla atlântica e Europa Meridional, por uma vertente científica.
[05] – PRIORIDADES ESTRATÉGICAS
Business Intelligence.
9.
As prioridades são:
•Criação de um modelo de Business Intelligence, assente numa entidade privada, especializada no sector, que providencie informação estratégica e de mercado
[05] – PRIORIDADES ESTRATÉGICAS
Transformar as prioridades estratégicas num modelo de
implementação excepcional.
10.
As prioridades são:
•Reconhecer uma entidade de carácter privado, responsável pela coordenação, atualização e supervisão da implementação da estratégia de internacionalização do sector Agroalimentar.
[06] – OBJECTIVOS [2012-2017]
Estima-se que o valor das exportações
do sector Agroalimentar (subsectores analisados) até 2017 possa crescer
anualmente 4%
2.277 M€
+556 M€