Vivaldo Armelin Júnior
2008
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Telejornal
Atividade
Metodologia
I- PREPARAÇÃO:
Esta atividade proporcionará outras pesquisas além das informações obtidas anteriormente. Isso irá ocorrer pela amplitude inerente tipo de programa que é um telejornal principalmente no que se refere à temática e ao assunto. Por esse motivo é muito importante um controle sobre os limites da pesquisa.
Fazer a distribuição de funções entre os alunos.
Os textos poderão ser escritos inicialmente à mão, datilografados ou digitados e depois redigitados, mas agora no formato de uma lauda.
a. A escolha do nome do telejornal deve ser o primeiro passo. b. Escolha dos Repórteres, câmera, iluminador (se necessário); c. do produtor, diretor e assistente;
d. iluminador(es) – O ideal é ter pelo menos três, um para o controle geral e dois auxiliares para os rebatedores;
e. editor de imagem e assistente;
f. os apresentadores ou âncoras. No mínimo dois e se possível um aluno e uma aluna;
g. comentaristas: tempo; economia; lazer e turismo etc. h. figurino e maquiagem.
Do Equipamento
O equipamento poderá ser uma câmera digital que grave vídeo com áudio; uma câmera de vídeo VHS, S-VHS, Digital (em cartão de memória, DVD, mini-Dv
etc.), ou ainda, uma webcam.
a. Câmera de vídeo com microfone integrado ou não, rebatedor de luz, tamanho mínimo 80 x 80 cm, branco ou prateado.
b. Microfone externo – Caso a câmera aceite, pois a qualidade do áudio é melhor, por não ter muito “ruído” interferindo.
c. Estúdio: a sala de aula ou outro espaço onde possa ser montado o cenário, colocação da câmera e outros equipamentos.
d. Rebatedores: dois pelo menos.
e. Computador para edição dos vídeos. No computador deverá ter instalado um editor de vídeo, por exemplo: no Windows o MS Movie Maker ou o Virtualdub e no Linux o Virtualdub.
f. Sendo VHS ou VHS-C, dois vídeos cassete com gravador ou uma placa de captura para a conversão desses formatos para o digital.
Da Temática e do Assunto
Utilizar fatos do dia-a-dia do aluno e de sua comunidade com conteúdo relacionado ao filme assistido. É importante levar em conta a inter-relação de conteúdos e a interdisciplinaridade.
Realizar gravações externas para aumentar o material. Uma possibilidade interessante é a realização de entrevistas com o público logo após a exibição do filme.
Uma gravação no espaço do cinema com explicação dada por um funcionário sobre a sala de exibição, a tela (tamanho, material que é feita, a cor etc.), a sala de projeção, o equipamento de projeção, a película, o processo de projeção etc.
Telejornal
II - ORGANIZAÇÃO:
1. Projeto:
O projeto escolar não precisa ter qualidade profissional, mas a qualidade é muito importante e necessária para o interesse e a motivação.
a. Objetivo: fazer uma breve descrição dos objetivos.
b. Gênero: Telejornal político, econômico, geral (multitemático), esportivo, policial, popular, histórico etc.
c. Formato: Com ou sem âncora apresentando; quantos blocos; a duração de cada bloco; a temática em cada bloco, com ou sem link ao vivo etc.
d. Duração:
e. Faixa de horário a ser exibido: Este item não tem grande importância para um trabalho escolar, mas poderá ser necessário se a escola possuir vários níveis de escolarização, por exemplo: Fundamental I, Fundamental II, EJA, Ensino Médio.
f. Público alvo: Destacar se terá um público específico ou se o programa atingirá a todos os públicos.
g. Equipe: O nome do aluno e sua função (o que fará).
h. Apresentador ou Âncora: Um ou mais apresentadores. O ideal, como já foi destacado é a utilização de pelo menos dois, um aluno e uma aluna.
i. Cenário: Descrever e fazer um croqui do cenário contendo a posição de cada apresentador ou âncora, da(s) câmera(s), do(s) microfone(s), da iluminação, dos rebatedores, do diretor etc.
j. Transporte: Caso haja externa. poderá ser uma excursão, caminhada etc.
2. Roteiro de Externa:
a. Nome e função dos alunos que farão as gravações externas, por exemplo: repórter, câmera, iluminador etc.
b. Assunto (pauta): Descrever rapidamente o assunto para cada externa com conteúdo diferente.
c. Informações sobre o assunto a ser tratado.
d. Caso haja um ou mais entrevistados: Identificar quem será (ao) e as informações pessoais, profissionais, o perfil de cada um e em um tópico separado e de fácil leitura.
e. Relação das perguntas básicas. Nesse momento é importante que o repórter saiba improvisar. O entrevistado poderá oportunizar uma pergunta diferente das previstas.
f. Imagens: Fazer não apenas a imagem do local em plano bem aberto ou muito fechado. É importante relacional quais as tomadas mínimas necessárias do espaço e/ou do entrevistado(s). Quais os principais planos e o tempo de tomada mínimo necessária.
g. Observações: Inserir observações antes da realização da externa, durante e posterior a sua realização.
3. Check List:
3.1. Interno (estúdio):
Basicamente são quatro itens que comporão os títulos da tabela horizontal na qual serão geradas as informações verticais e de cada célula cruzada, são eles:
a. Equipamento: Nome do equipamento.
b. Quantidade: Descrição da quantidade de equipamento. c. Início: Horário de início das gravações.
d. Término: Horário de término das gravações.
Nota: Veja na página, na coluna “Importante”, o link para o acesso ao
modelo do Check List de Estúdio e Interno.
3.2. Externo:
Muito semelhante ao Check Lint de estúdio e tem os mesmos quatro itens. A variação está na descrição do item “Equipamento”.
a. Equipamento: Nome do equipamento.
b. Quantidade: Descrição da quantidade de equipamento. c. Início: Horário de início das gravações.
d. Término: Horário de término das gravações.
Nota: Veja na página na coluna “Importante”, o link para o acesso ao
4. Decupagem:
Do francês découper - Le-se: dêkupê, que significa ato de recortar. No cinema, televisão e vídeo a folha (relação ou lista) de decupagem ganha um novo sentido que é o de ser uma relação com recortes, ou seja, uma relação que descreverá desde o movimento da(s) câmera(s), os planos das tomadas, uso do zoom, movimento da câmera, descrição da tomada e/ou cena, descrição do áudio (primeiro plano
e/ou em off), efeitos sonoros, fundo musical etc.
Os textos nessa relação são simples no que se refere à fácil visualização e localização, no entanto completo no que se refere ás informações.
Dependendo do que será filmado ou gravado será necessário mais de uma folha de decupagem. Esta folha servirá para a orientação durante as filmagens.
Basicamente são três os itens desta relação, mais o cabeçalho, são eles: a. Cabeçalho: Nome, assunto, cena e tomada.
b. Tempo inicial/Final: Registra o tempo previsto para a tomada/cena. Esse tempo poderá variar depois das filmagens ou gravação.
c. Descrição do texto e das imagens. d. Observações.
Nota: Veja na página, na coluna “Importante”, o link para o acesso ao
modelo da Folha de Decupagem.
Veja a seguir um exemplo do preenchimento da Folha de Decupagem:
FOLHA DE DECUPAGEM
Nome: Tomada/Cena nº
Assunto:
Tempo: Inicial Descrição: Texto e Imagem Observações
00:00:03
00:00:11
00:00:28
00:00:40
00:01:14
PG fechando para PM: Ambos os apresentadores
saúdam o público.
Cl: Apresentador “A”. Primeira manchete.
Cl: Apresentador “B” em Off. Segunda manchete
com imagens.
PM fechando Cl Apresentador “A”. Primeira
notícia.
Cl Apresentador “B”. Segunda Notícia.
00:01:10
00:00:27
00:00:39
00:01:13
00:01:58
Nota: Onde aparece “primeira manchete”, “segunda manchete” ou
“primeira notícia”, “segunda notícia”, deverá constar o título da manchete ou notícia. Como essa sugestão está vinculada a um filme os títulos corresponderão à releitura e reescrita do mesmo produzido pelos alunos.
5. Lauda ou Script de TV:
A lauda é o documento onde será feito a leitura das manchetes e notícias. Essa deverá ser escrita com fonte de letra Verdana, tamanho mínimo 14, espaço entre linhas 1,5, dois espaços de 1,5 entre uma manchete e outra. O mesmo espaço entre uma notícia e outra.
Evitar texto manuscritos com letra cursiva. Optar nesse caso por letra gráfica ou bastão, usando uma caneta preta com ponta grossa.
Na coluna Vídeo constará o tempo, a identificação do apresentador, a dica da notícia e os planos das tomadas.
Na coluna áudio a dica do momento que o som será em off, ou seja, o apresentador não estará aparecendo, mas sim um vídeo. O som off poderá ser gravado previamente.
modelo da Folha de Decupagem.
Abaixo um exemplo de preenchimento da:
TV Luz - Lauda
Programa: Telejornal Assunto: Notícias Editor: Miguel Ninguém Data: 19/08/2008 Tempo: 00:32:13 Horário: Manhã
Vídeo
Áudio
00:00:00 – Saudação – PG para PM.
Ambos.
00:00:12 – Apres. “A”; Cl – Cam. 01 –
Manchete 1.
00:00:19 – Apres. “B”, Cl – Cam 02 –
Manchete 2.
00:00:27 – Apres. “A”, Cl – Cam 01 –
Notícia 1. GC: Azulão
00:00:40 – Apres. “B”, PM – Cam 03
– Notícia 2 com entrevista: Sra. Luz da
Viva da Silva.
00:01:22 – Apres. “A” – PG – Cam 02
– Notícia 3. GC: Boi Ing 700,0011
Apres. “A” – Boa noite.
Apres. “B” – Boa noite.
Goiaba estava com bicho.
Cavalo salta de uma margem para
outra do Rio Tietê em São Paulo e
interrompe o trânsito.
Hoje na cidade de São Paulo um
cavalo em disparada saltou de uma
margem para outra do Rio Tietê. São
mais de quarenta metros de largura de
uma margem até a outra.
(Off – 00:00:39)
O trânsito ficou parado até que os
agentes de trânsito retirassem o animal,
que por incrível que pareça não se
feriu. Apenas uma ferradura se soltou.
A Sra. Luz Viva da Silva ganhou nesta
quarta-feira um grande presente
antecipado de Natal. Sua casa de tijolo
foi demolida e será reconstruída com
papel reciclado.
O repórter Juvenciano Molhado fala ao
vivo com essa felizarda. Boa noite
Juvenciano!
(00:00:62 - entrevista em link ao vivo)
Na noite passada um avião pousou no
ninho de uma garça no Central Park
em Nova York. Ninguém ficou ferido,
mas os filhotes levaram um grande
susto achando que aquela aeronave
seria o alimento do dia trazido por sua
mãe.
No exemplo, na notícia 1, aparece o seguinte texto, denominado deixa ou comando, (Off – 00:00:39). Esse tem a função de indicar ao apresentador ou âncora que a partir daquele momento o áudio será em Off, podendo portanto ser pré gravado. No entanto o texto é digitado para que o apresentador, em caso de alguma pane, faça a leitura da matéria.
--- X ---
O telejornal deverá obedecer a algumas normas para a sua produção, são elas:
a. Identificar em GC o nome dos apresentadores ou âncoras, entrevistados, locais, datas etc.
b. Antes do início do telejornal exibir o logo que o identifica, com ou sem áudio em Off.
c. As manchetes deverão ser curtas e bem elaboradas para que não haja dupla interpretação.
d. Manchete principal – áudio seguido ou não de imagem.
e. As dálias (cartaz com texto ou deixas) poderão substituir o teleprompter (acessório que é acoplado à câmera para que o apresentador faça a leitura da
notícia ou uma propaganda).
f. Durante a gravação é interessante que os apresentadores façam algum tipo de comentário improvisado sobre a notícia.
g. As letras exibidas pelo GC devem ter tamanho bom para a leitura, mas não podem cobrir o vídeo ou apresentadores.
h. Editar o telejornal corrigindo erros e cortando o vídeo em pontos com erro ou desnecessários, por exemplo: longo tempo sem áudio.
i. Não se esquecer de inserir no final do telejornal colocar a legenda com o nome de todos os participantes.
Edição:
Editar o vídeo seguindo as seqüências predefinidas pelo projeto.
Caso ocorra algum problema com uma imagem sempre haverá a possibilidade de se inserir sobre a primeira outra e assim preservar o áudio.
É importante a participação de todos os alunos, mesmo porque poderá ser necessário dublar alguma parte do vídeo. Os editores mais simples não permitem a sobreposição de imagens, mas nesse caso poderá ser feita dublagem seguindo o áudio original.
A edição com dois vídeos cassete ou duas câmeras produzirá um trabalho mais simples e sem muitos efeitos de transição, GC, áudio etc.
A resolução mínima a ser salvo o vídeo é de pelo menos 640 x 480 pixels por polegada. Essa resolução proporcionará uma imagem razoavelmente boa quando ampliada ou projetada em um telão.
