ELETRICISTA INSTALADOR
INDUSTRIAL
Qualificação
© SENAI - PR, 2004
0004BA0104104
Elaboração Técnica Edmir Carvelli
Revisão Técnica Laércio Facina e Cláudio Alves Batista
Equipe de editoração
Coordenação do Labtec Eduardo Fayet Diagramação Virtual Grafic Design
Ilustração Virtual Grafic Design Capa Ricardo Mueller de Oliveira
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Eletricista Instalador Industrial / SENAI. PR. -- Curitiba, 2004.
96 p.
1. Instalação Elétrica Industrial.
CDU: 621.3 Ficha Catalográfica
NIT - Núcleo de Informação Tecnológica Diretoria de Tecnologia SENAI - DR/PR
SUMÁRIO
SUMÁRIO
MOTORES ELÉTRICOS ... 5
MOTOR MONOFÁSICO DE CORRENTE ALTERNADA ... 6
MOTOR TRIFÁSICO ... 8
MOTOR 9 TERMINAIS ... 12
MOTOR 12 TERMINAIS ... 14
CHAVE DE PARTIDA – ESTRELA TRIÂNGULO ... 16
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO ... 20
DISPOSITIVOS DE COMANDO ... 25
CHAVES MAGNÉTICAS ... 29
PARTIDA ESTRELA-TRIÂNGULO ... 33
ESTRELA TRIÂNGULO COM REVERSÃO ... 36
COMPENSADORA ... 37
COMPENSADORA COM REVERSÃO ... 38
3 MOTORES 1 COMPENSADORA ... 39
DAHLANDER ... 40
DAHLANDER COM REVERSÃO ... 41
MOTOR 2 ENROLAMENTOS ... 42
MOTOR 2 ENROLAMENTOS COM REVERSÃO ... 43
PARTIDA ROTÓRICA ... 44
PARTIDA ROTÓRICA COM REVERSÃO ... 45
PARTIDA SÉRIE PARALELA ... 46
PARTIDA CONSECUTIVA ... 48
INTERRUPTOR FIM-DE-CURSO ... 49
RELÊ FALTA DE FASE ... 51
CHAVE BÓIA ... 52
RELÊ DE NÍVEL ... 53
SENSOR DE APROXIMAÇÃO ... 54
FRENAGEM POR CORRENTE CONTÍNUA ... 56
SISTEMAS DE PARTIDA ... 57
DIMENSIONAMENTO ... 63
TABELA DE CONTADORES ... 68
TABELA DE SEGURANÇA - TIPO D ... 69
TABELA DE SEGURANÇA - TIPO NH ... 70
CÁLCULO DOS ALIMENTADORES ... 71
CÁLCULO DE CONVERSÃO DE POTÊNCIA ... 75
GRAU DE PROTEÇÃO ... 77
CATEGORIA DE MOTORES ... 78
FATOR DE POTÊNCIA ... 79
RENDIMENTO E PERDA ... 86
CÁLCULO FATOR DE POTÊNCIA ... 90
RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS ... 95
5 SENAI-PR
Motor elétrico é uma máquina capaz de transformar energia elétrica em mecânica. É o mais usado entre todos os tipos de motores, pois combina as vantagens da utilização da energia elétrica com o baixo custo, facilidade de transporte, limpeza e facilidade de comando, custo reduzido, grande versatilidade de adaptação às cargas dos mais diversos tipos e melho-res rendimentos. Os tipos mais comuns são:
1. Motores de corrente contínua
São motores de custo mais elevados, além de necessitarem de uma fonte de corrente contínua.
Podem funcionar com velocidade ajustável entre amplos limites e se prestam a contro-les de grande flexibilidade e precisão. Por isso seu uso é restrito a casos especiais onde estas exigências compensam o custo muito mais alto de sua instalação.
2. Motores de corrente alternada
São os mais utilizados, pois a distribuição de energia elétrica é feita quase que totalmen-te em correntotalmen-te altotalmen-ternada. Dentre os principais tipos de motores de correntotalmen-te altotalmen-ternada pode-mos citar:
v Motor síncrono: funciona com velocidade fixa. É utilizado somente para grandes
potên-cias (em função de seu alto custo para motores de pequena potência) ou quando se necessite de velocidade invariável.
v Motor de indução: funciona normalmente com velocidade constante, que pode variar
ligeiramente com a carga mecânica aplicada ao eixo.
Devido a sua grande simplicidade, robustez e baixo custo, é o motor elétrico mais usado entre todos, sendo adequado para quase todos os tipos de máquinas acionadas, encontradas na prática.
MOTORES ELÉTRICOS
MOTORES ELÉTRICOS
MOTOR MONOFÁSICO DE
MOTOR MONOFÁSICO DE CORRENTE ALTERNADA
CORRENTE ALTERNADA
É aquele projetado para ser alimentado por circuito de corrente monofásica ou bifásica. Os principais tipos são:
v de fase dividida;
v de arranque capacitivo;
v de pólos amortecedores;
v universal.
Dentre estes trataremos do motor monofásico de arranque capacitivo por ser um dos mais utilizados.
Este motor é constituído por duas partes principais. Uma fixa (estator) que é formado por chapas finas de ferro silicioso, isoladas eletricamente e prensadas umas junto às outras.
É no estator onde os enrolamentos são alojados. A parte móvel (rotor) é também forma-da por um conjunto de finas chapas de ferro silicioso isolaforma-das eletricamente umas forma-das outras.
Os elementos principais responsáveis pelo funcionamento deste tipo de motor são:
v enrolamento de trabalho ou principal - é o enrolamento que entra em funcionamento a
partir do momento em que o motor é ligado e só deixa de funcionar quando o mesmo é desligado;
v enrolamento de partida ou auxiliar - enrolamento que devido à sua combinação com o
capacitor, proporciona um outro campo magnético, que em conjunto com o campo mag-nético produzido pelo enrolamento de trabalho, irá provocar a partida do motor.
v interruptor centrífugo - dispositivo que tem a função de colocar o enrolamento de
parti-da em funcionamento no instante parti-da partiparti-da e de retirá-lo quando o motor atingir aproxi-madamente 75 % de sua rotação nominal .
7 SENAI-PR
A numeração interna dos enrolamentos de partida e de trabalho, assim como as liga-ções externas (ligaliga-ções que se encontram na placa de identificação do motor) estão repre-sentadas abaixo:
MOTOR TRIFÁSICO
MOTOR TRIFÁSICO
É um motor próprio para ser alimentado por um sistema elétrico de 3 fases. São motores de emprego mais amplo na indústria. Oferecem melhores condições de operação do que os monofásicos (não necessitam de auxílio na partida e apresentam rendimento mais elevados), e não dependem de redes elétricas especiais como os motores de corrente contínua.
Este tipo de motor é utilizado em inúmeras situações, atendendo a uma variada gama de potência.
Eles podem ser de vários tipos:
v assíncrono de rotor em curto:
para serviços que não exijam velocidades variáveis e partida com carga, como moinhos, ventiladores, prensas, bombas centrífugas, máquinas operatrizes, etc;
v assíncrono de rotor bobinado:
para serviços que requerem velocidade variável e partida com carga, como compresso-res, transportadocompresso-res, guindastes, pontes rolantes, etc;
v síncrono:
para serviços que exijam velocidade constante ou onde se deseja corrigir o fator de po-tência da rede elétrica.
Entre os tipos de motores de C.A. citados, o motor assíncrono com rotor em curto é o mais utilizado. Por este motivo, iniciaremos nossos estudos sobre motores elétricos trifásicos com ele.
Este motor, assim como os monofásicos, também são formados por duas partes principais:uma fixa, chamada estator e outra móvel, denominada rotor. É no estator onde encontramos as bobinas que são isoladas do núcleo e distribuídas nas ranhuras do mesmo.
LIGAÇÃO INTERNA DE MOTOR TRIFÁSICO DE 6 TERMINAIS
Na ligação triângulo 220 V ( D ) as bobinas são agrupadas de acordo com o esquema abaixo representado:
Já na ligação estrela 380 V ( Y ) tem-se:
Para identificarmos os terminais deste motor, podemos seguir o roteiro abaixo:
1) Através de um multímetro (na função Ohm), de um teste de continuidade ou com o auxí-lio de uma lâmpada para teste, localizar as 3 bobinas internas;
2) Separe três pontas, uma de cada conjunto e junte-os;
3) As três restantes coloque R, S e T;
4) Energize o motor;
5) Se funcionar, os pontos que estão em R, S e T são os pontos 1, 2 e 3 e de acordo com o fechamento interno numere os três restantes, o par da 1 é o número 4, o par da 2 é o número 5 e o par da 3 é a número 6.
6) Se não funcionar, inverta uma bobina pela do seu par e refaça o teste. Se ainda não deu, volte na posição inicial e inverta outra bobina; faça isso até funcionar.
OBSERVAÇÕES:
1. Para inverter-se o sentido de rotação do motor, basta trocar uma linha por outra qualquer. Por exemplo, a Linha1 com a Linha2.
2. Na ligação Y, (estrela) a alimentação das bobi-nas podem ser invertidas, ou seja, as linhas energizam os terminais 4, 5 e 6 , enquanto que os de números 1, 2 e 3 são curto-circuitados.
3. A identificação dos terminais do motor também pode ser encontrada através de letras. A corres-pondência com os números são:
U - 1
V - 2
W - 3
11 SENAI-PR
1) Como são ligadas internamente os enrolamentos do motor trifásico de indução de seis terminais?
2) Mostrar o esquema de ligação dos terminais do motor em 220 V.
3) Mostrar o esquema de ligação dos terminais do motor em 380 V.
4) O que é necessário para se inverter o sentido de rotação do motor trifásico?
5) Mostrar o diagrama de ligação de uma chave reversora trifásica para ligação de um motor em 220 V.
(Representar a chave nas 3 posições).
Solucionando
Problemas
MOTOR 9 TERMINAIS
MOTOR 9 TERMINAIS
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MOTOR 12 TERMINAIS
MOTOR 12 TERMINAIS
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CHAVE DE PARTIDA – ESTRELA TRIÂNGULO
CHAVE DE PARTIDA – ESTRELA TRIÂNGULO
A chave de partida estrela-triângulo tem por objetivo limitar a corrente de partida do motor
no instante de sua partida.
É utilizada para atender às exigências das companhias fornecedoras de energia elétrica que consideram necessário o emprego de dispositivos especiais para limitar a corrente de partida, a fim de evitar perturbações no funcionamento de instalações vizinhas. Para a utiliza-ção deste sistema de partida, necessita-se observar os seguintes critérios:
v Quanto a carga - o motor deverá partir com a máquina acionada em vazio, isto é, sem
carga aplicada a seu eixo. A mesma só poderá ser incrementada à máquina após o motor ter atingido aproximadamente 80 % de sua velocidade síncrona.
v Quanto a tensão da rede - deverá ser igual ao valor de tensão da ligação ∆ do motor e
não ser superior a 500V.
v Quanto ao motor - deverá atender as seguintes exigências:
1) Possuir pelo menos 6 terminais para ligação (1, 2, 3, 4, 5, 6 ou U, V, W, X, Y, Z );
2) Ter disponibilidade de ligação em dupla tensão, ou seja, 220 / 380 V, 380 / 660 V ou 440 V / 760 V. As tensões duplas deverão estar relacionadas matematicamente pelo fator trifásico
(
3
).A tabela seguinte mostra quando podemos usar este tipo de partida em função da tensão da rede e das tensões de ligações dos motores a serem comandados:
Tensão da rede Tensão de ligação em D Tensão de ligação em Y
220 V 220 V 380 V
380 V 380 V 660 V
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A ligação estrela-triângulo apresenta vantagens em relação a partida direta do motor como a redução da corrente de partida para 25 a 30 % da corrente de partida direta na ligação estrela.
Se a partida fosse direta a ligação absorveria da rede 500 % da corrente nominal. Em contra partida tem-se também a potência do motor reduzida a 1/3 da nominal .
CHAVE DE PARTIDA – COMPENSADORA
Dispositivo para partida de motor elétrico com tensão reduzida.
Seu emprego é justificado em atendimento as exigências das companhias fornecedoras de energia elétrica, a fim de evitar perturbações nas redes vizinhas devida à acentuada queda de tensão provocada pela corrente de partida.
Este sistema de partida de motores vem atender também um detalhe técnico importante que é o de permitir a partida do motor sob carga. Os terminais do motor deverão ser conectados de acordo com a tensão da rede.
A tensão na chave é reduzida através do autotransformador que possui normalmente “taps” de 65% e 80% da tensão nominal da rede. A manobra para a posição definitiva de funcionamento deve ser feita quando o motor alcançar aproximadamente 80% de sua veloci-dade nominal para receber tensão plena .
É obrigatória a instalação de um seccionador com fusíveis antes da chave compensadora para proteção da mesma.
A principal desvantagem deste tipo de partida para motores está no seu maior custo em função do autotransformador, além da limitação de sua freqüência de manobra, pois devem ser respeitados os números de partidas bem como sua duração para um determinado interva-lo de tempo.
Outro fator negativo neste sistema de partida com chave manual é que na passagem de tensão reduzida para tensão plena, o motor é desligado. Isto faz com que se tenha um novo pico de corrente quando a tensão no motor é restabelecida.
CHAVE COMUTADORA DE PÓLOS
Dispositivo previsto para proporcionar duas ou mais velocidades a um motor através da comutação do número de pólos de seu enrolamento ou entre dois enrolamentos do mesmo.
A velocidade síncrona (ns) de um motor é definida pela velocidade de rotação do cam-po girante, a qual depende do número de pólos do motor (p) e da freqüência da rede (f) dada em Hertz ou ciclo por segundo. A velocidade do campo então pode ser expressa da seguinte maneira:
p
f
ns
=
120
×
Assim, temos as seguintes velocidades síncronas para os valores de número de pólos abaixo representados:
Quando o motor gira numa velocidade diferente da velocidade síncrona, temos um motor assíncrono. A diferença percentual entre a velocidade do motor e a velocidade síncrona é definida como escorregamento ( S ) que pode ser calculado pela fórmula:
100
(%)
x
ns
n
ns
S
=
−
Número de Pólos
Rotações Por Minuto ( síncrona )
do Motor
50 Hz
60 Hz
2
3000
3600
4
1500
1800
6
1000
1200
8
750
900
Os motores de rotor de gaiola apresentam escorregamento entre 2 a 5 %. Por exemplo, um motor com 1750 RPM ( IV pólos ) possui escorregamento de:
19 SENAI-PR
0 1 2
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
Os condutores e equipamentos que fazem parte de um circuito elétrico devem ser prote-gidos automaticamente contra correntes de curto-circuito e contra sobrecargas de longa duração (intensidade de corrente acima do valor compatível com o aquecimento do condutor e que poderiam danificar a isolação do mesmo ou deteriorar o equipamento). Quando ocorrer um curto-circuito, o dispositivo de proteção deverá interromper a corrente antes que os efeitos térmicos e mecânicos da mesma possam tornar-se perigosos aos condutores, terminais e equipamentos.
A) FUSÍVEIS
São dispositivos de proteção com corpo de porcelana, com suficiente resistência mecâ-nica, com extremidades metálicas interligadas internamente pelo élo fusível e imerso em areia de granulação adequada.
Finalidade: Os fusíveis tem a finalidade de proteger um circuito elétrico (equipamento,
fiação) contra corrente de curto-circuito ou sobrecarga de longa duração.
Simbologia :
Tipos de segurança:
Segurança NH Segurança D
NH :
N (do alemão - Niederspannung) => baixa tensão H (do alemão - Hochleistung) => alta capacidade
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A segurança NH é composta de:
Base: material de construção à base de esteatita. Possui contatos em forma de garras pratea-das pressionapratea-das por molas.
Fusível: corpo retangular de porcelana com extremidades metálicas em forma de faca . No interior do corpo de porcelana encontra-se o elo fusível e o elo indicador de queima, imerso em areia especial de granulometria adequada.
O fusível é formado pelo:
Elo fusível : feito de cobre, em forma de lâminas vazadas em determinados pontos a fim de redução da seção condutora;
Elo indicador de queima : constituído por um fino fio ligado em paralelo com o elo fusível. Quando o elo fusível se funde este fio também se funde, provocando então o desprendimento da espoleta;
Areia especial: é utilizada como meio extintor do arco voltaico, evitando portanto o perigo de explosão do fusível.
O arco voltaico se desenvolve por um caminho, formado pela ionização sucessiva da parte gasosa que se interpõe entre os contatos, devido à abertura lenta dos contatos pôr onde circule uma corrente de um circuito com carga.
A segurança D é composta de:
Base: elemento de porcelana onde é conectada a entrada/saída de energia e aloja todos os componentes da segurança D.
Tampa: corpo de porcelana com um corpo metálico roscado. Serve para fixar o fusível à base.
Anel de proteção : elemento também de porcelana, num formato de anel cuja finalidade é de evitar a possibilidade de contato acidental, na hora da troca do fusível.
Parafuso de ajuste: dispositivo de porcelana com parafuso metálico que faz a união de entrada de energia elétrica para o fusível . Impede o uso de fusível de capacidade de corrente superior à indicada.
Fusível: corpo que se assemelha ao formato de uma garrafa. Possui extremidades me-tálicas, em uma das quais está localizada a espoleta.
A fusão do elo fusível dá-se pelos efeitos térmicos da corrente.
As classes de função são :
g : fusíveis que suportam a corrente nominal por tempo indeterminado e são capazes de desligar a partir do menor valor de sobrecorrente até a corrente nominal de desligamento. Este tipo reage à menor intensidade de sobrecorrente.
a: fusíveis que suportam a corrente nominal por tempo indeterminado e são capazes de desligar a partir de um determinado múltiplo do valor da corrente nominal até a corrente nomi-nal de desligamento. Este tipo reage a partir de um valor elevado de sobrecorrente.
As classes de objetos protegidos são:
L: cabos e linhas
M: equipamentos eletromecânicos
R: semicondutores
B: instalações em condições pesadas (minas)
Portanto os fusíveis são especificados para classes de serviços, compostos de classe de função e da classe de objetos protegidos. Consequentemente as classes de serviços são indicadas por duas letras:
gL: proteção total de cabos e linhas em geral
aM: proteção parcial de equipamentos eletromecânicos
aR: proteção parcial de equipamentos eletrônicos
B: proteção total de instalações em minas
Geralmente empregam-se fusíveis da classe de serviço aM.
Os equipamentos de segurança devem ser instalados no ponto inicial do circuito que deve ser protegido.
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Os locais a serem colocados as seguranças devem ser arejados, evitando-se ambien-tes confinados, para que a temperatura seja igual a do ambiente. Esses locais devem ser de fácil acesso para que haja facilidade quando da inspeção e da manutenção.
FUSÍVEIS TIPO RÁPIDO E TIPO RETARDADO
O fusível tipo retardado: suporta elevações de corrente por certo tempo, sem ocorrer a fusão do elo fusível. É indicado para proteção de circuitos onde existam cargas indutivas e capacitivas.
Fusível tipo rápido: fusíveis para o uso em circuitos predominantemente resistivos, ou seja, onde não haja picos de correntes.
B) RELÉ DE SOBRECARGA
É um dispositivo construído para proteger, controlar ou comandar um circuito elétrico, atuando sempre pelo efeito térmico provocado pela corrente elétrica. Possui um regulador de corrente, onde a regulagem pode ser variada conforme as características do circuito.
Os relés de sobrecarga não podem ser operados manualmente. São, portanto, emprega-dos em combinação com contatores, em geral na proteção de motores. Também chamaemprega-dos de relés térmicos, esses dispositivos tem como elemento básico o bi-metal. Esse bi-metal é cons-tituído de duas lâminas finas (normalmente ferro e níquel), sobrepostas e soldadas.
Funcionamento: Quando dois metais de coeficientes de dilatação diferentes são unidos
em superposição, temos um par metálico com a conformação apropriada para o relé.
Em virtude da diferença de coeficiente de dilatação, um dos metais alonga-se mais do que o outro. Por estarem rigidamente unidos, o de menor coeficiente de dilatação provoca um encurvamento do conjunto para o seu lado, afastando o mesmo para um determinado ponto.
Esse movimento pode ser usado para diversos fins, como disparar um gatilho e abrir um circuito. O gatilho tem a função de fazer com que a abertura ou o fechamento dos contatos seja o mais rápido possível, a fim de que o arco elétrico não provoque a soldagem ou o desgas-te dos contatos.
Os bornes de numeração ímpar são para entrada de energia, ou seja, devem receber alimentação, enquanto que os bornes de numeração par são para saída de energia.
O borne 98 é utilizado para conectar a lâmpada de indicação de parada do motor por sobrecarga.
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DISPOSITIVOS DE COMANDO
DISPOSITIVOS DE COMANDO
BATERIA
As chaves auxiliares tipo botoeira são chaves de comando manual que tem por finalida-de interromper ou estabelecer momentaneamente, por pulso, um circuito finalida-de comando, para iniciar, interromper ou comandar um processo de automação.
Vermelho => para, desligar, botão de emergência;
Amarelo => iniciar um retorno, eliminar uma condição perigosa;
Verde ou Preto => arranque, ligar, partida;
Branco ou Azul => qualquer função que não corresponda a uma das cores anteriores
Devem ser instaladas bem à mão, na altura prevista e dispostas fisicamente na posi-ção e espaçamento correto, quando se instalarem várias botoeiras.
Quanto à sua disposição, o botão desliga deve ficar sob o botão liga na posição vertical. Na posição horizontal, o botão desliga geralmente está à direita do botão liga.
OBSERVAÇÕES:
1) a entrada de energia é conectada nos bornes de numeração ímpar, e a saída nos bornes pares.
2) considerando o botão na posição de repouso:
ü o contato NF (normalmente fechado ou abridor) recebe a numeração: 1 - 2
ü o contato NA (normalmente aberto ou fechador) recebe a numeração: 3 - 4
INTERRUPTORES FIM DE CURSO
São dispositivos auxiliares de comando, de acionamento, que atuam num circuito com função bastante diversificada, como:
v comandar contatores;
v comandar circuitos de sinalização para indicar a posição de um determinado móvel.
As chaves auxiliares fim de curso são basicamente constituídas por uma alavanca ou haste, com ou sem roldanas na extremidade, que transmite o movimento aos contatos que se abrem ou se fecham de acordo com a sua função.
Estes dispositivos são utilizados para:
1. Controle - determinar os pontos de parada dos elevadores, sinalização, produzir seqüência e controle de operação.
2. Comando - paradas, inversão de curso ou sentido de rotação de partes móveis.
3. Segurança - paradas de energia, alarme e sinalização.
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CONTATOR
São dispositivos de comando, acionados eletromagneticamente, construídos para uma ele-vada freqüência de operação.
Para o comando de motor, geralmente é acoplado a relés de sobrecarga. Possuem câ-mara para extinção do arco voltaico.
Os contatores pertencem a classe das chaves.
Basicamente existem contatores para os motores e contatores auxiliares.
Características dos contatores para os motores:
v Possuem dois tipos de contatos com capacidade de corrente diferentes (contatos
princi-pais e contatos auxiliares);
v maior robustez de construção;
v recebem relés de proteção;
v tamanho físico de acordo com a potência a ser comandada;
v potência da bobina do eletroímã varia de acordo com o tipo de contator.
0004BA0104104 - ELETRICISTA INSTALADOR INDUSTRIAL
CATEGORIAS DE EMPREGO DE CONTATORES WEG CONFORME A VDE 0660
TIPO DE CORRENTE CATEGORIA APLICAÇÕES SERVIÇO NORMAL SERVIÇO OCASIONAL Ligar Desligar Ligar Desligar
AC1
Manobras leves; carga ôhmica ou pouco indutiva (aquecedores, lâmpadas incandescentes e fluorescentes compensadas) .
1 x In 1 x In 1,5 x In 1,5 x In
AC2
Manobras leves; comando de motores com anéis coletores (guinchos, bombas, compressores, etc ). Desligamento em regime .
2,5 x In 1 x In 2,5 x In (1) 4 x In 4 x In C.A. AC3
Serviço normal de manobras de motores com rotor de gaiola (bombas, ventiladores, compres sores, etc). Desligamento em regime.
6 x In 1 x In 10 x In 8 x In (2)
8 x In 8 x In (2)
AC4
Manobras pesadas. Acionar motores com carga plena; comando intermitente ( pulsatório ); reversão a plena marcha e paradas por contra-corrente ( pontes rolantes, tornos, etc ). 6 x In 6 x In 12 x In 10 x In (2) 10 x In 8 x In (2)
DC1 Carga ôhmica ou pouco indutiva 1 x In 1 x In 1,5 x In 1,5 x In
C.C. DC2
DC3
Acionar motores com excitação em
paralelo. 1 x In 1 x In 4 x In 2,5 x In (3) 4 x In DC4 DC5
Acionar motores com excitação em
série. 2,5 x In
1 x In 2,5 x In
(3)
4 x In 4 x In AC11 Circuitos de comando em corrente
alternada. 10 x In 1 x In 10 x In 10 x In
DC12 Circuitos de comando em corrente
contínua. 1 x In 1 x In 1,1 x In 1,1 x In
1) Refere-se a paradas por contra - corrente. 2) Para In > 100 A.
0004BA0104104 - ELETRICISTA INSTALADOR INDUSTRIAL
29 SENAI-PR
CHAVES MAGNÉTICAS
CHAVES MAGNÉTICAS
LIGA DESLIGA TRIFÁSICA
INSTALAÇÃODEMOTORTRIFÁSICOCOMANDADOPORBOTEIRAS, CONTATORERELÊDESOBRECARGA
LIGAÇÕES DE MOTOR MONOFÁSICO (127 V E 220 V)
INSTALAÇÃODEMOTORTRIFÁSICOCOMANDADOPORBOTÕES, RELÊDESOBRECARGAECONTATORESPARAREVERSÃO
31 SENAI-PR
CHAVE REVERSORA MONOFÁSICA (127 V)
Solucionando
Problemas
33 SENAI-PR
PARTIDA ESTRELA-TRIÂNGULO
PARTIDA ESTRELA-TRIÂNGULO
O sistema de partida estrela-triângulo tem como objetivo, reduzir o pico de corrente na partida do motor.
Na ligação estrela, os mesmos podem partir no máximo, com 30% de sua carga nomi-nal, pois na partida, a corrente e o conjugado são reduzidos para 25 à 33% do valor atingido na partida em ligação triângulo.
A curva de conjugado do motor deverá ser suficientemente elevada para poder garantir a aceleração das máquinas de até 95% da rotação nominal, com a corrente de partida.
Os motores deverão ter disponibilidade de ligação em dupla tensão (220/380V, 380/660V, 440/760V).
Os valores de tensão das ligações estrela e triângulo deverão estar relacionadas
mate-maticamente pelo fator tráficos (
3
).Vantagens :
v baixo custo;
v pequeno espaço ocupado por seus componentes;
v número sem limites de manobras;
Desvantagens:
v se o motor não atingir pelo menos 90% de sua rotação nominal, na comutação para a
ligação triângulo, o pico de corrente é quase que o mesmo para a partida direta devido ao desligamento do motor;
v o motor deverá ter pelo menos 6 terminais acessíveis para ligações;
v o valor de tensão da rede deverá coincidir com o valor de tensão da ligação triângulo do
INSTALAÇÃODEMOTORTRIFÁSICOCOMPARTIDAESTRELA - TRIÂNGULOAUTOMÁTICA
INSTALAÇÃODEMOTORTRIFÁSICOCOMANDADOPORBOTOEIRAS, RELÊDESOBRECARGA, RELÊTEMPORIZADORECONTATORESPARAPARTIDAESTRELA - TRIÂNGULO AUTOMÁTICA
35 SENAI-PR
INSTALAÇÃODEMOTORTRIFÁSICOCOMANDADOPORBOTOEIRAS, RELÊDESOBRECARGA, RELÊTEMPORIZADORECONTATORESPARAPARTIDAESTRELA - TRIÂNGULO AUTOMÁTICA
INSTALAÇÃODEMOTORTRIFÁSICOCOMANDADOPORCONTATORES, RELÊDESOBRECARGA, TEMPORIZADOREBOTOEIRASPARAPARTIDAEMESTRELA - TRIÂNGULO AUTOMÁTICACOMREVERSÃO
ESTRELA TRIÂNGULO COM REVERSÃO
ESTRELA TRIÂNGULO COM REVERSÃO
INSTALAÇÃODEMOTORTRIFÁSICOCOMANDADOPORCONTATORES, RELÊDESOBRECARGA, TEMPORIZADOREBOTOEIRASPARAPARTIDAEMESTRELA - TRIÂNGULO AUTOMÁTICACOMREVERSÃO
37 SENAI-PR
COMPENSADORA
COMPENSADORA
INSTALAÇÃODEMOTORTRIFÁSICOCOMANDADOPORBOTOEIRAS, RELÊTEMPORIZADOR, RELÊDESOBRECARGAECONTATORESPARAPARTIDAEMCOMPENSADORA AUTOMÁTICA
COMPENSADORA COM REVERSÃO
COMPENSADORA COM REVERSÃO
PARTIDAEMCOMPENSADORAAUTOMÁTICACOMREVERSÃO
39 SENAI-PR
3 MOTORES 1 COMPENSADORA
3 MOTORES 1 COMPENSADORA
INSTALAÇÃODECHAVECOMPENSADORAAUTOMÁTICACOM 1 AUTO-TRANSFORMADORPARAPARTIDADE 3 MOTORES
DAHLANDER
DAHLANDER
41 SENAI-PR
DAHLANDER COM REVERSÃO
DAHLANDER COM REVERSÃO
MOTOR 2 ENROLAMENTOS
MOTOR 2 ENROLAMENTOS
43 SENAI-PR
INSTALAÇÃODEMOTORTRIFÁSICODEDOISENROLAMENTOSSEPARADOS (2 E 4 PÓLOS) COMCOMUTAÇÃOPOLAREREVERSÃOPORBOTÕES
MOTOR 2 ENROLAMENTOS COM REVERSÃO
MOTOR 2 ENROLAMENTOS COM REVERSÃO
PARTIDA ROTÓRICA
PARTIDA ROTÓRICA
PARTIDARETÓRICASEMI-AUTOMÁTICA
45 SENAI-PR
PARTIDA ROTÓRICA COM REVERSÃO
PARTIDA ROTÓRICA COM REVERSÃO
PARTIDARETÓRICA AUTOMÁTICACOMREVERSÃO
PARTIDA SÉRIE PARALELA
PARTIDA SÉRIE PARALELA
INSTALAÇÃODEMOTORTRIFÁSICODE 12 TERMINAISCOMANDADOPORBOTOEIRAS, RELÊTEMPORIZADOR, RELÊDESOBRECARGAECONTATORESPARAPARTIDA SÉRIE - PARALELAEMTRIÂNGULO (220 / 440V)
INSTALAÇÃODEMOTORTRIFÁSICODE 12 TERMINAISCOMANDADOPORBOTOEIRAS, RELÊTEMPORIZADOR, RELÊDESOBRECARGAECONTATORESPARAPARTIDA SÉRIE - PARALELAEMTRIÂNGULO (220 / 440V)
47 SENAI-PR
INSTALAÇÃODEMOTORTRIFÁSICODE 12 TERMINAISCOMANDADOPORBOTOEIRAS, RELÊTEMPORIZADOR, RELÊDESOBRECARGAECONTATORESPARAPARTIDA SÉRIE - PARALELAEMESTRELA (380 / 760V)
INSTALAÇÃODEMOTORTRIFÁSICODE 12 TERMINAISCOMANDADOPORBOTOEIRAS, RELÊTEMPORIZADOR, RELÊDESOBRECARGAECONTATORESPARAPARTIDA SÉRIE - PARALELAEMESTRELA (380 / 760V)
PARTIDA CONSECUTIVA
PARTIDA CONSECUTIVA
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INTERRUPTOR FIM-DE-CURSO
INTERRUPTOR FIM-DE-CURSO
INSTALACÃODEPORTÃOELÉTRICOCOMANDADOPORINTERRUPTORESFIM-DE-CURSOERELÊTEMPORIZADOR
Abertura e fechamento manual
Estágio 1 (Abrir portão):
Acionando-se a botoeira S1 ou S’1, a bobina do contator K1 é energizada. O contato fechado de K1(21-22) intertrava a bobina do contator K2. A bobina do contator K1 é selada pelo contato aberto K1(13-14) e os contatos principais colocam o motor sob tensão, fazendo com que o portão comece a abrir. Chegando ao fInal de seu curso, o portão pressiona o interruptor fim-de-curso S2. Neste instante, seu contato fechado S2(1-2) abre-se, desenergizando a bobi-na de K1 e conseqüentemente, parando o motor. O contato aberto do interruptor fim-de-curso S2(3-4) fecha-se e energiza a bobina do contator auxiliar Ka. (o contato da chave de 3 bornes está fechado no manual). O contato de Ka(13-14) fecha-se.
Estágio 2 (fechar portão):
Acionando-se a botoeira S1 ou S’1, a bobina do contator K2 é energizada. O contato fechado de K2(21-22) intertrava a bobina do contator K1. A bobina do contator K2 é selado pelo contato aberto K2 (13-14) e os contatos principais colocam o motor sob tensão, fazendo com que o portão comece a fechar. O interruptor fim-de-curso S2 é liberado (o contato NA volta a permanecer aberto e o contato NF volta a permanecer fechado). Chegando ao final de seu curso, o portão pressiona o interruptor fim-de-curso S3. Neste instante, seu contato fechado S3(1-2) abre-se, desenergizando a bobina de K2 e conseqüentemente, parando o motor atra-vés da abertura de seus contatos principais.
A nova abertura do portão é iniciada com o acionamento da botoeira S1 ou S’1 conforme descrito no estágio 1.
Abertura manual e fechamento automático
Estágio 1 (Abrir portão):
Acionando-se a botoeira S1 ou S’1, a bobina do contator K1 é energizada. O contato fechado de K1(21-22) intertrava a bobina do contator K2. A bobina do contator K1 é selada pelo contato aberto K1(13-14) e os contatos principais colocam o motor sob tensão, fazendo com que o portão comece a abrir. Chegando ao final de seu curso, o portão pressiona o interruptor fim-de-curso S2. Neste instante, seu contato fechado S2(1-2) abre-se, desenergizando a bobi-na de KI e conseqüentemente, parando o motor. O contato aberto do interruptor fim-de-curso S2 fecha-se e energiza a bobina do relê temporizador Kr. (o contato da chave de 3 bornes está fechado no automático).
Estágio 2 (fechar portão):
Decorrido o tempo ajustado para o relê temporizador, seu contado (15-18) fecha-se, energizando a bobina do contator K2. O contato fechado de K2(21-22) intertrava a bobina do contator KI. A bobina do contator K2 é selada pelo contato aberto K2(13-14) e os contatos principais colocam o motor sob tensão, fazendo com que o portão comece a fechar. O inter-ruptor fim-de-curso S2 é liberado (o contato NA volta a permanecer aberto e o contato NF vota a permanecer fechado). Chegando ao final de seu curso, o portão pressiona o interruptor fim-de-curso S3. Neste instante, seu contato fechado S3(1-2) abre-se, desenergizando a bobina de K2 e conseqüentemente, parando o motor através da abertura de seus contatos principais.
A nova abertura do portão é iniciada com o acionamento da botoeira S1 ou S’1 conforme descrito no estágio 1.
Observações:
1) Por medida de segurança, o contator K1 deve abrir o portão.
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RELÊ FALTA DE FASE
RELÊ FALTA DE FASE
CHAVE BÓIA
CHAVE BÓIA
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RELÊ DE NÍVEL
RELÊ DE NÍVEL
INSTALAÇÃODEDOISMOTORESTRIFÁSICOS (PARABOMBADERECALQUE) COMCOMUTAÇÃOAUTOMÁTICAEMANUALCOMANDADAPORRELÊSDE: NÍVEL, FALTADE FASEESOBRECARGA
SENSOR DE APROXIMAÇÃO
SENSOR DE APROXIMAÇÃO
SENSORES DE APROXIMAÇÃO
Definição
Dispositivo que comuta um circuito elétrico, mediante a aproximação de um corpo, frente à sua face sensível.
Princícipio de funcionamento
Baseia-se na existência de uma bobina geradora de campo eletromagnético que cria a região ativa do sensor. A presença de um material metálico nesta região, faz com que o campo magnético seja atenuado, causando então a mudança de estado da saída do mesmo.
A alta velocidade e confiabilidade dos sensores são as principais vantagens que estes dispositivos oferecem em relação aos eletromecânicos.
Os sensores de aproximação indutiva são dispositivos que comutam um circuito elétri-co, quando aproximamos de sua face sensível uma peça metálica.
Já os de aproximação capacitivo, além dos metais, também respondem à aproximação de materiais como vidros, líquidos, granulados (condutores ou não).
Os principais componentes de um sensor de aproximação são:
v corpo encapsulado, onde são alojados todos os componentes eletrônicos;
v elemento de fixação, que tem a função de fixar o sensor no seu local de trabalho;
v condutor, que são destinados as ligações do sensor.
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v Corrente nominal - valor máximo de corrente que os componentes eletrônicos internos
suportam sem se danificarem;
v Tipo de contato - normalmente aberto (NA) e/ou normalmente fechado (NF);
v Sensibilidade - ou distância de acionamento (Sn) dada em milímetros. É a distância
má-xima que atua o sensor apromá-ximando-se de sua face sensível uma chapa quadrada de aço de 1 mm de espessura e de lado igual ao diâmetro do sensor;
v Freqüência de comutação.
FRENAGEM POR CORRENTE CONTÍNUA
FRENAGEM POR CORRENTE CONTÍNUA
PARTIDAAUTOMÁTICADEMOTORTRIFÁSICODEINDUÇÃOCOMREVERSÃOEFRENAGEMELETROMAGNÉTICA
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SISTEMAS DE PARTIDA
SISTEMAS DE PARTIDA
PARTIDA COMPENSADORA
Este sistema de partida foi desenvolvido para reduzir o pico de corrente proveniente da partida do motor elétrico, porém, deixando o mesmo com conjugado suficiente para a partida e aceleração com carga.
Neste sistema, a tensão é reduzida através de um auto-transformador que possui termi-nais ( tap ) de 65% e de 80% da tensão nominal, a fim de que os motores possam partir satisfatoriamente. Assim sendo, a corrente e o conjugado de partida ficam reduzidos a aproxi-madamente 42 % e 64 % dos valores atingidos em partida direta, para os terminais ( tap ) de 65 % e 80 % respectivamente.
Vantagens:
v na comutação do tap de partida para a tensão plena (da rede), o motor não é desligado e
o segundo pico é bem reduzido, visto o auto-transformador trabalhar como uma reatância;
v para que o motor possa partir satisfatoriamente, é possível variar o tap de 65% para 80%
ou até mesmo para 90% da tensão da rede;
v o valor de tensão da rede poderá ser igual ao valor de tensão da ligação triângulo ou
estrela do motor.
Desvantagens:
v limitação de sua freqüência de manobra;
v custo mais elevado em função do auto-transformador;
Limitação da corrente de partida em motores trifásicos:
Sempre que possível, a partida de um motor trifásico de gaiola, deverá ser direta, por meio de contatores. Deve ter - se em conta que para um determinado motor, as curvas de conjugado e correntes são fixas, independente da dificuldade de partida, para uma tensão constante.
Nos casos em que a corrente de partida do motor é elevada podem ocorrer as seguintes conseqüências prejudiciais:
a) Elevada queda de tensão no sistema de alimentação da rede. Em função disto, provoca a interferência em equipamentos instalados no sistema;
b) O sistema de proteção (cabos, contatores) deverá ser superdimensionado, ocasionan-do um custo elevaocasionan-do;
c) A imposição das concessionárias de energia elétrica que limitam a queda de tensão da rede.
Caso a partida direta não seja possível, devido aos problemas citados acima, pode - se usar sistema de partida indireta para reduzir a corrente de partida.
Estes sistemas de partida indireta (tensão reduzida) são:
v chave estrela - triângulo;
v chave compensadora;
v chave série - paralelo;
v resistor primário;
v reator primário;
v partida eletrônica (soft - start).
Partida com chave estrela - triângulo
É fundamental para a partida com a chave estrela - triângulo que o motor tenha a possi-bilidade de ligação em dupla tensão, ou seja, em 220/380V, em 380/660V ou 440/760V. Os motores deverão ter no mínimo seis bornes de ligação. A partida estrela - triângulo poderá ser
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Na ligação estrela, o conjugado fica reduzido para 25 a 33 % do conjugado de partida na ligação triângulo. Por este motivo, sempre que for necessária uma partida estrela - triângulo, deverá ser usado um motor com curva de conjugado elevado.
Os motores Weg têm alto conjugado máximo e de partida, sendo, portanto, ideais para a maioria dos casos, para uma partida estrela - triângulo.
Antes de se decidir por uma partida estrela - triângulo, será necessário verificar se o conjugado de partida será suficiente para operar a máquina. O conjugado resistente da carga não poderá ultrapassar o conjugado de partida do motor, nem a corrente no instante da mudan-ça para triângulo poderá ser de valor inaceitável. Existem casos onde este sistema de partida não pode ser usado.
No caso de termos um alto conjugado resistente e se a partida for em estrela, o motor acelera a carga aproximadamente até 85% da rotação nominal. Neste ponto, a chave deverá ser ligada em triângulo. Neste caso, a corrente, que era aproximadamente a nominal, ou seja, 100%, salta repentinamente para 320%, o que não é nenhuma vantagem, uma vez que na partida era de somente 190%.
Num outro caso temos um motor com as mesmas características, porém, o conjugado resistente é bem menor. Na ligação estrela, o motor acelera a carga até 95% da rotação nomi-nal. Quando a chave é ligada em triângulo, a corrente, que era de aproximadamente 50%, sobe para 170%, ou seja, praticamente igual a da partida em estrela. Neste caso, a ligação estrela -triângulo apresenta vantagem, porque se fosse ligado direto, absorveria da rede 600% da cor-rente nominal.
A chave estrela - triângulo em geral só pode ser empregada em partidas da máquina em vazio, isto é, sem carga. Somente depois de ter atingido a rotação nominal, a carga poderá ser aplicada. O instante da comutação de estrela para triângulo deve ser criteriosamente determi-nado, para que este método de partida possa efetivamente ser vantajoso nos casos em que a partida direta não é possível. No caso de motores tripla tensão nominal ( 220/380/440/760V ), deve - se optar pela ligação 220/380V ou 440/760V, dependendo da rede de alimentação.
Esquematicamente, a ligação estrela - triângulo num motor para uma rede de 220V é feita da maneira indicada na figura 1, notando - se que a tensão por fase durante a partida é reduzida para 127V.
Partida com chave compensadora (autotransformador)
A chave compensadora pode ser usada para a partida de motores sob carga. Ela reduz a corrente de partida, evitando uma sobrecarga no circuito, deixando, porém, o motor com um conjugado suficiente para a partida e aceleração. A tensão na chave compensadora é reduzida através de autotransformador que possui normalmente taps de 50, 65 e 80% da tensão nominal.
Comparação entre chaves estrela - triângulo e compensadoras “automáticas”:
Estrela - triângulo (automática):
Vantagens:
a) a chave estrela - triângulo é muito utilizada por seu custo reduzido;
b) não tem limite quanto ao seu número de manobras;
c) os componentes ocupam pouco espaço;
d) a corrente de partida fica reduzida para aproximadamente 1/3
Desvantagens:
a) a chave só pode ser aplicada a motores cujos seis terminais ou bornes sejam acessí-veis;
b) a tensão de rede deve coincidir com a tensão em triângulo do motor;
c) com a corrente de partida reduzida para aproximadamente 1/3 da corrente nominal, re-duz-se também o momento de partida 1/3;
d) caso o motor não atingir pelo menos 90% de sua velocidade nominal, o pico de corrente na comutação de estrela para triângulo será quase como se fosse uma partida direta, o que se torna prejudicial aos contatos dos contatores e não traz nenhuma vantagem para
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Chave compensadora (automática)
Vantagens:
a) no tap de 65% a corrente de linha é aproximadamente igual a da chave estrela - triângulo, entretanto, na passagem da tensão reduzida para a tensão da rede, o motor não é desli-gado e o segundo pico é bem reduzido, visto que o auto - trafo por curto tempo se torna uma reatância.
b) é possível a variação do tap de 65% para 80% ou até para 90% da tensão da rede, a fim de que o motor possa partir satisfatoriamente.
Desvantagens:
a) a grande desvantagem é a limitação de sua freqüência de manobras. Na chave compensadora automática é sempre necessário saber a sua freqüência de manobra para determinar o auto - trafo de acordo;
b) a chave compensadora é bem mais cara do que a chave estrela - triângulo, devido ao auto - trafo;
c) devido ao tamanho do auto - trafo, a construção se torna volumosa, necessitando qua-dros maiores, o que torna o seu preço elevado.
Partida com chave série - paralelo
Para partida em série - paralelo é necessário que o motor seja religável para duas ten-sões, a menor delas igual a da rede e a outra duas vezes maior.
Este tipo de ligação exige nove (9) terminais no motor e a tensão nominal mais comum é 220/440V, ou seja: durante a partida o motor é ligado na configuração série até atingir sua rotação nominal e, então, faz-se a comutação para a configuração paralelo.
Partida com resistor primário
Neste método de partida são colocados resistores em série com cada uma das fases, provocando uma queda de tensão nos bornes do motor e conseqüentemente, uma redução na corrente absorvida. Naturalmente, o conjugado de partida também fica reduzido. Quando o motor está próximo de sua velocidade nominal é ligado diretamente à rede. Este método de partida melhora o fator de potência na partida, mas, possui o inconveniente de produzir maior perda de energia nos próprios resistores. Na prática, é um método pouco utilizado.
Partida com reator primário
Este método de partida é similar ao anterior, sendo inserida uma reatância indutiva nas fases de alimentação. Tem-se com isso, perdas menores, maior fator de potência e torque máximo maior que no caso do resistor primário. Porém, os reatores são mais caros, sendo utilizados, na prática, apenas para partida de motores de grande potência e de média tensão.
Partida eletrônica (soft - start)
O avanço da eletrônica permitiu a criação da chave de partida a estado sólido a qual consiste de um conjunto de pares de tiristores (SCR) (ou combinações de tiristores/ diodos),um em cada borne de potência do motor. O ângulo de disparo de cada par de tiristores é controlado eletronicamente para aplicar uma tensão variável aos terminais do motor durante a “aceleração”. Este comportamento é, muitas vezes, chamado de “parti-da suave” (soft - start). No final do período de parti“parti-da, ajustável tipicamente entre 2 e 30 segundos, a tensão atinge seu valor pleno após uma aceleração suave ou uma rampa ascendente, ao invés de ser submetido a incrementos ou “saltos “ repentinos, como ocorre com os métodos de partida por autotransformador, ligação estrela - triângulo, etc. Com isso, consegue - se manter a corrente de partida (na linha) próxima da nominal e com suave variação, como desejado. Além da vantagem do controle da tensão (corren-te) durante a partida, a chave eletrônica apresenta, também, a vantagem de não possuir partes móveis ou que gerem arco, como nas chaves mecânicas. Este é um dos pontos fortes das chaves eletrônicas, pois sua vida útil é mais longa (até centenas de milhões de manobras). É importante lembrar, porém, que uma vida útil tão longa, tem pouco a ver
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DIMENSIONAMENTO
DIMENSIONAMENTO
SELEÇÃO DOS DISPOSITIVOS DE COMANDO E PROTEÇÃO
Partida direta
1) Através da placa do motor, identificar:
v In (corrente nominal em ampére)
v E (tensão nominal em volt)
v P (potência em CV, HP ou KW)
v Cod ou Ip/In (corrente com o rotor bloqueado)
v F.S. (fator de serviço)
2) Procurar na Tabela 1:
v Contator baseado na potência e/ou na corrente máxima de serviço;
3) Calcular a corrente de partida em triângulo (Ip?): quando não encontrar o Cod ou Ip/In estipular um valor em torno de 6 à 8 vezes a In para a partida direta.
4) Através da IpD, ir na Tabela 3 ou 4 (Curva de desligamento tempo/corrente) e procurar o fusível.
OBS: O fusível deve suportar a corrente de partida sem fundir-se (adotar tempo de
partida do motor em torno de 4 à 6 segundos ).
5) Identificar a laj do relé:
6) Através desta, identificar na Tabela 1 o relé de sobrecarga.
IpD = InxCod. ou Ip
In IpD = In .
Partida em estrela - triângulo
1) Através da placa do motor, identificar:
v In (corrente nominal em ampére)
v E (tensão nominal em volt)
v P (potência em CV, HP ou KW)
v Cod ou Ip/In (corrente com o rotor bloqueado)
v F.S. (fator de serviço)
K1 e K2 = 0,58 x In
v Com o resultado, ir na Tabela 1 e localizar o contator através da corrente máxima de
serviço;
v Com o contator encontrado achar o fusível máximo;
3) Encontrar o contator K3 (partida - ver diagrama):
K
3= 0,33 x In
v Com o resultado, ir na Tabela 1 e achar o contator através da corrente máxima de
serviço.
OBS: Em K3 não é necessário identificar o fusível máximo.
4) Calcular a corrente de partida em estrela (IpY)
3
∆
=
Υ
Ip
Ip
Através da IpY, ir na Tabela 3 ou 4 e procurar o fusível.
IpD = InxCod. ou Ip
In IpD = In .
65 SENAI-PR
5) Encontrar o relé de sobrecarga:
Iaj = 0,58 x In
v Com o resultado, ir na Tabela 1 e identificar o relé.
Partida em compensadora
1) Através da placa do motor, identificar:
v In (corrente nominal em ampére)
v E (tensão nominal em volt)
v P (potência em CV, HP ou KW)
v Cod ou Ip/In (corrente com o rotor bloqueado)
v F.S. (fator de serviço)
2) Dimensionar o contator de acordo com o “tap” do auto-tranformador a ser utilizado. OBS : É preferível dimensionar K3 ( ver figura 2 e/ou 3 ) para o “tap” de 80% visto este dar condições de trabalho também em 65% sem alteração dos contatores:
K3 = 0,64 x In para 80 % ou K3 = 0,42 x In para 65 %
v Com o relultado, ir na Tabela 1 e achar o contator baseado na corrente máxima de
serviço;
3) Para dimensionar K1 (ver figura 2 e/ou 3) é preferível usar o “tap” de 65%, visto este dar condições de trabalho também em 80% sem alteração dos contatores:
K1 = 0,23 x In para 65 % ou K1 = 0,16 x In para 80 %
4) Dimensionar K2 de acordo com a In do motor:
OBSERVAÇÕES:
1) O fusível deve suportar a IpY sem fundir-se (tempo de partida em estrela em torno de 9 a 11 segundos);
2) Se o fusível encontrado for abaixo da In do motor, deve-se optar pelo próximo fusível da escala imedia-tamente superior a corrente nominal do motor.
6) Com uma das correntes de partida, ir na Tabela 3 e ou 4 e localizar o fusível.
OBS: O fusível deve suportar a Ipc sem fundir-se (tempo de partida do motor em torno de 14 a 16 segundos).
7) Relé de sobrecarga:
Ver Tabela 1 e localizar o relé.
EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTO
PARTIDA DIRETA
Selecionar os dispositivos de comando (contator) e de proteção (fusíveis e relê de sobre-carga) para o motor trifásico com os seguintes dados:
1730 RPM P = 4 CV In = 11,4 A em 220 V Ip/In = 7,4 F.S. = 1,15 OBS.:
v Com o valor encontrado, ir na Tabela 1 e achar o contator baseado na corrente
máxi-ma de serviço;
v Através do contator encontrado, localizar o fusível máximo;
5) Calcular a corrente de partida em compensadora:
Ipc65% = 0,42 x Ip∆∆
IpD = InxCod. ou Ip
In IpD = In .
67 SENAI-PR
PARTIDA EM ESTRELA - TRIÂNGULO
Seleciomar os dispositivos de comando (contatores) e de proteção (fusíveis e relè de sobrecarga) para o motor trifásico com os seguintes dados:
3520 RPM P = 30 CV In = 70 A em 220 V Ip/In = 9,2 F.S. = 1,15 OBS.:
1) Conciderar categoria de emprego para o contator, a AC3
2) Tempo de partida do motor = 10 segundos
PARTIDA EM COMPENSADORA
Selecionar os dispositivos de comando (contatores) e de proteção (fusíveis e relé de sobrecarga) para o motor trifásico com os seguintes dados:
1775 RPM P = 60 CV In = 140 A em 220 V Ip/In = 8 F.S. = 1,0 OBS.:
1) Considerar categoria de emprego para o contator, a AC3
TABELA DE CONTADORES
TABELA DE CONTADORES
69 SENAI-PR
TABELA DE SEGURANÇA - TIPO D
TABELA DE SEGURANÇA - TIPO D
TABELA DE SEGURANÇA - TIPO NH
TABELA DE SEGURANÇA - TIPO NH
71 SENAI-PR
CÁLCULO DOS ALIMENTADORES
CÁLCULO DOS ALIMENTADORES
No cálculo dos alimentadores devem ser seguidas as seguintes condições básicas: 1) Obediência aos limites de queda de tensão estabelecidos por norma (NBR 5410/90). 2) Obediência a capacidade de condução de corrente do condutor.
CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTADORES
a) ALIMENTADORES DE ILUMINAÇÃO
Para este tipo de alimentador, a queda de tensão do medidor até o ponto final de consu-mo, deverá ser de 4%, sendo 2% no alimentador e 2% nos ramais.
b) ALIMENTADORES DE FORÇA
Podemos encontrar as seguintes distribuições de alimentadores:
1) Radial - A carga é alimentada diretamente pelo quadro de distribuição, sendo a queda máxima entre o quadro e a carga de 5%.
2) Linear - Já neste caso, a queda de tensão poderá ser distribuída em 4 % na linha que alimenta os ramais e 1% nos ramais.
3) Mista - Tem-se aqui uma combinação dos tipos de distribuições acima mencionadas.
Para alimentadores trifásicos, devem ser feitas as seguintes recomendações:
1) Para cargas resistivas, a corrente de cálculo deve ser igual a corrente nominal .
2) Para cargas indutivas , a corrente de cálculo deve ser acrescida dos seguintes valo-res:
v 25 % para o(s) maior(es) motor(es) em potência;
v 15 % para o(s) motor(es) imediatamente inferior(es) ao maior(es).
73 SENAI-PR
Pe = Potência Efetiva ( W )
MONOFÁSICO I = P
(w)/ E * COS
ϕ
Pr = Potência Reativa ( VA
r)
TRIFÁSICO I = P
(w)/ 3 * E * COS
ϕ
Pa = Potência Aparente ( VA )
MONOFÁSICO
S = ( 200 *
ρ
/ e
%* E ) *
Σ
L * I
e
%= ( 200 *
ρ
/ S * E ) *
Σ
L * I
TRIFÁSICO
S = ( 100 * 3 *
ρ
/ e
%* E ) *
Σ
L * I
e
%= ( 100 * 3 *
ρ
/ S * E ) *
Σ
L * I
S = Seção do condutor em ( mm2 )ρ = Resistividade elétrica do condutor
Para o cobre : ( 1/56 Ω * mm2/m)
E = Tensão de alimentação da carga em ( V )
e% = Queda de tensão percentual
L = Comprimento do trecho percorrido pela corrente em ( m ) I = Corrente no comprimento considerado em ( A )
TABELA CAPACIDADE DE CONDUÇÃO
TABELA CAPACIDADE DE CONDUÇÃO
75 SENAI-PR
CÁLCULO DE CONVERSÃO DE POTÊNCIA
CÁLCULO DE CONVERSÃO DE POTÊNCIA
Potência Elétrica: é o trabalho realizado pela corrente elétrica na unidade de tempo.
A grandeza potência elétrica é quem nos informa a capacidade do aparelho em transfor-mar energia elétrica em outras formas de energia. Portanto, quanto maior a potência elétrica de um receptor, mais corrente elétrica o mesmo consome e, mais energia ele produz. Veja o exemplo a seguir.
A lâmpada de esquerda tem uma potência elétrica três vezes maior do que a lâmpada da direita, como conseqüência, o consumo é proporcional.
Outro exemplo:
O mesmo caso se aplica aqui. O motor da esquerda tem potência três vezes maior que o motor da direita. Logo, tanto a quantidade de energia que o motor produzirá e o consumo serão cerca de três vezes maior que o motor da direita.
Desses dois exemplos, podemos perceber as unidades referentes a potência elétrica usadas para os aparelhos, ou seja:
Lâmpadas e outros aparelhos resistivos => WATT (W)
Motores elétricos em geral => CAVALO-VAPOR (CV)
RELAÇÃO ENTRE “WATT” , “CV” e “HP” 1 Cavalo-Vapor (CV) = 736 Watts 1 Horse-Power (HP) = 746 Watts 1 Cavalo-Vapor (CV) = 0,9867 HP 1 Horse-Power (HP) = 1,0136 CV EXEMPLOS
1) Quantos Watts tem um motor de 7,5 CV?
1 CV ————— 736 Watts 7,5 CV ————— X 7,5 x 736 X = ————— 1 X = 5.520 Watts
Logo, um motor de 7,5 CV tem 5520 Watts.
2) Quantos Watts possui um motor de 15 HP?
1 HP ———— 746 Watts 15 HP ———— X 15 x 746 X = ————— 1 X = 11.190 Watts
77 SENAI-PR
GRAU DE PROTEÇÃO
GRAU DE PROTEÇÃO
GRAU DE PROTEÇÃO DE MOTORES (IP)
O grau de proteção dos motores elétricos é normalmente expresso através de 2 dígitos. O primeiro indica a proteção contra corpos sólidos que varia de 50 mm de tamanho até chegar ao pó.
Dígito Indicação do Primeiro Dígito
0 Não protegido
1 Protegido contra objetos sólidos maiores que 50 mm 2 Protegido contra objetos sólidos maiores que 12 mm 3 Protegido contra objetos sólidos maiores que 2,5 mm 4 Protegido contra objetos sólidos maiores que 1,0 mm 5 Protegido contra poeira prejudicial ao motor
6 Totalmente protegido contra poeira
O segundo dígito indica a proteção contra água
Dígito Indicação do Segundo Dígito
0 Não protegido
1 Protegido contra quedas verticais de gotas de água
2 Protegido contra quedas de gotas de água para uma inclinação máxima de 15 graus
3 Protegido contra água espergida de um ângulo de 60 graus da vertical (chuva) 4 Protegido contra projeções de água de qualquer direção
5 Protegido contra jatos de água de qualquer direção
6 Protegido contra ondas do mar ou de água projetada em jatos potentes 7 Protegido contra imersão e água, sob condições definidas de tempo e pressão 8 Protegido para submersão contínua em água, nas condições
CATEGORIA DE MOTORES
CATEGORIA DE MOTORES
CATEGORIA DE MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS
Conforme as suas características de conjugado em relação à velocidade e corrente de partida, os motores de indução trifásicos com rotor de gaiola, são classificados em categorias, cada uma adequada a um tipo de carga. Estas categorias são definidas em norma (NBR 7094), e são as seguintes:
Categoria N
Conjugado de partida normal, corrente de partida normal e baixo escorregamento. Constitu-em a maioria dos motores encontrados no mercado, prestando-se ao acionamento de cargas normais, como bombas, máquinas operatrizes, ventiladores.
Categoria H
Conjugado de partida alto, corrente de partida normal e baixo escorregamento. Usados para cargas que exigem maior conjugado na partida, como peneiras, transportadores carrega-dores, cargas de alta inércia, britacarrega-dores, etc.
Categoria D
Conjugado de partida alto, corrente de partida normal e alto escorregamento (> que 5%). Usados em prensas excêntricas e máquinas semelhantes, onde a carga apresenta picos pe-riódicos. Usados também em elevadores e cargas que necessitam de conjugados de partida muito altos e corrente de partida limitada.
79 SENAI-PR
FATOR DE POTÊNCIA
FATOR DE POTÊNCIA
Para entendermos melhor o que venha ser fator de potência, definiremos antes alguns conceitos importantes:
Potência - capacidade de produzir trabalho na unidade de tempo;
Potência ativa ou efetiva - é aquela que efetivamente produz trabalho útil. É normal-mente expressa em quilo-watt (kW);
Potência reativa - é utilizada para criar o fluxo magnético necessário ao funcionamento de equipamentos indutivos como os motores elétricos, transformadores e reatores. É expres-sa em quilovolt-ampere-reativo (kVAr);
Potência aparente - é a potência total absorvida por uma instalação elétrica, e é normal-mente expressa em (kVA) .
Energia - é a utilização da potência num determinado intervalo de tempo;
Energia ativa ou efetiva - utilização da potência ativa durante qualquer período de tem-po. É normalmente expressa em kWh;
Energia reativa - é a utilização da potência reativa em um período de tempo qualquer. Expressa em (kVArh);
Os equipamentos elétricos podem consumir energia ativa e/ou reativa para o seu funci-onamento.
A soma geométrica das potências ativa e reativa resulta na potência aparente como mostra a figura abaixo:
cos ϕ = ϕ = Kwh / KVAh = KW / KVA
O fator de potência ou cos ϕ pode ser expresso pela relação:
O baixo fator de potência numa instalação elétrica geralmente provoca:
v perdas de energia dentro das instalações;
v danos em equipamentos devido à sobrecarga;
v aumento de desgaste nos dispositivos de proteção de manobras;
v aumento de investimentos em condutores e equipamentos elétricos sujeitos à limitação
térmica de corrente;
v obstrução de capacidade dos equipamentos, impedindo a ligação de novas cargas;
v queda de tensão nos circuitos de distribuição de energia elétrica e flutuações de tensão,
que podem provocar a queima de motores;
v dificuldades de regulação do sistema.
As principais causas do baixo fator de potência são:
v motores e/ou transformadores operando em “vazio“ ou com pequenas cargas;
v motores e/ou transformadores superdimensionados;
v lâmpadas de descarga sem reatores de alto fator de potência;
v grande quantidade de motores de pequena potência;
81 SENAI-PR F A T O R D E P O T Ê N C I A N Ú M E R O D E P Ó L O S CV II IV VI VIII 3600 RPM 1800 RPM 1200 RPM 900 RPM 1 0,800 0,730 0,690 0,660 1,5 0,870 0,810 0,670 0,560 2 0,930 0,810 0,710 0,620 3 0,830 0,840 0,710 0,690 4 0,830 0,830 0,740 0,700 5 0,870 0,850 0,750 0,730 6 0,880 0,830 0,770 0,640 7,5 0,860 0,860 0,720 0,670 10 0,910 0,840 0,780 0,700 12,5 0,920 0,840 0,810 0,780 15 0,910 0,860 0,800 0,790 20 0,910 0,870 0,790 0,800 25 0,930 0,870 0,860 0,770 30 0,920 0,870 0,860 0,830 40 0,890 0,870 0,870 0,780 50 0,890 0,880 0,820 0,820 60 0,910 0,880 0,790 0,820 75 0,910 0,890 0,830 0,780 100 0,910 0,890 0,850 0,810 125 0,890 0,880 0,850 0,790 150 0,900 0,870 0,830 0,790 175 0,900 0,890 0,840 200 0,900 0,890 0,840 250 0,900 0,880
O fator de potência dos motores elétricos varia de motor para motor e também é influenciado pelas condições de operação.
Para ilustrarmos melhor esta situação, vejamos a tabela:
Observe que o fator de potência aumenta com a potência do motor e diminui com o aumento do número de pólos.
O instrumento utilizado para medir o fator de potência denomina-se fasímetro, também chamado de cosfímetro. Os procedimentos para se corrigir o fator de potência são:
v dimensionar e utilizar corretamente os equipamentos elétricos;
v quando ocorrerem ampliações ou modificações previstas para as instalações
industri-ais, introduzir, se possível, equipamentos que aumentem o consumo de energia elétrica ativa mas não reativa, tais como:
n motores síncronos de alto fator de potência com operação à plena carga;
n reatores de alto fator de potência para lâmpadas de descarga;
n caldeiras elétricas;
n capacitores onde sejam necessário.
FATOR DE POTÊNCIA
Fator de Potência é o número que indica o quanto de energia elétrica é transformada
em outras formas de energia. Este número varia entre zero (0) e a unidade (1).
Um fator de potência igual a 1 indica que o aparelho utilizou toda a energia elétrica consumida, transformando - a em outras formas de energia. Um aparelho que apresentasse o fator de potên-cia igual a zero não transformaria nenhuma energia elétrica, ou seja, estaria desperdiçando toda a energia recebida.
CONSEQÜÊNCIAS DE UM BAIXO FATOR DE POTÊNCIA
a) crescimento da conta de energia elétrica; b) crescimento na queda de tensão;
c) sobrecarga no sistema elétrico; d) iluminação reduzida;
e) aumento das perdas de energia por calor.
CAUSAS DO BAIXO FATOR DE POTÊNCIA
a) instalação de lâmpadas fluorescentes; b) retificadores;
c) equipamentos eletrônicos;
d) motores de indução subcarregados;
e) transformadores em vazio ou superdimensionados.
OBJETIVOS PRINCIPAIS DA MELHORIA DO FATOR DE POTÊNCIA
a) redução dos custos com energia elétrica; b) liberação da capacidade do sistema;