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UNICESUMAR CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS TECNOLÓGICAS E AGRÁRIAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

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CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS TECNOLÓGICAS E AGRÁRIAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

PLANO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO (PSCIP) SEGUNDO O CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DO PARANÁ

GIOVANNA BULLA DOS REIS

MARINGÁ – PR 2018

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PLANO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO (PSCIP) SEGUNDO O CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DO PARANÁ

Artigo apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Civil da UNICESUMAR – Centro Universitário de Maringá como requisito parcial para a obtenção do título de Engenheira Civil, sob a orientação do Prof. Me. Claudio de Souza Rodrigues.

MARINGÁ – PR 2018

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PLANO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO (PSCIP) SEGUNDO O CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DO PARANÁ

Artigo apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Civil da UNICESUMAR – Centro Universitário de Maringá como requisito parcial para a obtenção do título de Engenheira

Civil, sob a orientação do Prof. Me. Claudio de Souza Rodrigues.

Aprovada em: ____ de _______ de _____.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________

Me. Claudio de Souza Rodrigues (UNICESUMAR – Centro Universitário de Maringá)

__________________________________________

Me. Moacir Feba Tetila (UNICESUMAR – Centro Universitário de Maringá)

__________________________________________

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Giovanna Bulla dos Reis

RESUMO

O crescimento urbano aumenta os riscos de incêndio. Os danos causados muitas vezes são irreparáveis. Portanto é necessário que a sociedade se conscientize sobre a importância de medidas preventivas. Dentro deste contexto, o presente artigo discursa a respeito da prevenção e do combate a incêndios, apresentando as características do fogo e suas formas de propagação e de extinção, discorre sobre o desenvolvimento do incêndio, suas fases e classes. Lista os equipamentos básicos de combate a incêndio e suas particularidades na instalação e utilização, pautados na legislação do estado do Paraná, que foi a base deste trabalho. Através da revisão bibliográfica realizada, pode-se concluir que a prevenção de incêndio engloba a participação da sociedade, dos órgãos competentes e dos profissionais envolvidos na área. Conclui-se também que a legislação paranaense é bastante completa, mas é importante que se desenvolva uma legislação nacional sobre o assunto.

Palavras-chave: Fogo. Legislação. Prevenção.

FIRE AND PANIC SAFETY PLAN (PSCIP) ACCORDING TO THE FIRE DEPARTMENT OF THE STATE OF PARANÁ

ABSTRACT

Urban growth increases the risk of fire. The damage done is often irreparable. Therefore it is necessary for society to become aware of the importance of preventive measures. In this context, this paper discusses fire prevention and combat, presenting the characteristics of fire and its forms of propagation and extinction, as well as its development,hases and classes. It lists the basic firefighting equipments and its peculiarities in the installation and use are listed based on the legislation of the state of Paraná, which was the basis of this work. Through the bibliographic review carried out it can be concluded that fire prevention encompasses the participation of society, competent bodies and professionals involved in the area. It is also concluded that the legislation of Paraná is complete, but it is important to develop national legislation on the subject.

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1 INTRODUÇÃO

Um grande marco para a história da civilização foi a descoberta e o domínio do fogo pelo homem, possibilitando que este pudesse aquecer seus alimentos e fundir metal para a confecção de utensílios e ferramentas, contribuindo para o desenvolvimento da humanidade até os dias atuais. Esse mesmo fogo que possibilitou o desenvolvimento pode destruir o que foi criado pela sua própria ação (CAMILLO JÚNIOR, 2013).

Com o crescimento, muitas vezes desordenado das cidades, crescem também os riscos de incêndio. Desse modo é importante que haja investimento em medidas de proteção, equipamentos e profissionais qualificados para o combate desses sinistros (FERNANDES, 2010).

Segundo Seito et al. (2008), a prevenção abrange as medidas que trabalham o controle dos materiais combustíveis, das fontes de calor e do treinamento de pessoas para hábitos e atitudes preventivas.

A prevenção e segurança no combate ao incêndio nas construções deve ser considerada ainda na fase de projeto, pois nessa etapa vários problemas que possam surgir durante a fase de utilização são identificados e solucionados sem afetar a qualidade e durabilidade da edificação e suas instalações de prevenção e combate a incêndio (SCHRADER, 2010).

Para evitar acidentes relacionados ao fogo, é importante que se conheça quais os materiais combustíveis presentes na edificação, bem como sua quantidade e localização.

As consequências deixadas por incêndios são de grande impacto na sociedade, uma vez que ocorrem prejuízos materiais e algumas vezes se perdem vidas. Porém, a sociedade só se atenta à importância de um plano eficiente de combate a incêndio quando ocorrem grandes tragédias, como por exemplo do edifício Joelma em São Paulo em 1974 e o da Boate Kiss em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em 2013.

Segundo a Polícia Militar do Estado de São Paulo, o incêndio do edifício Joelma, teve como possível causa de início, um curto circuito. Houve 189 vítimas fatais e 320 feridas. O incêndio da boate Kiss, deixou 242 mortos e 680 feridos. O início do fogo atribui-se a utilização indevida de fogos de artifício durante a apresentação de uma banda (SÃO PAULO, 2018).

Ainda sobre o incêndio da boate Kiss, outro fator a se destacar sobre a tragédia diz respeito à lotação do local. Perícias comprovaram que o alvará da casa de shows determinava uma capacidade máxima de 691 pessoas. A polícia concluiu com base em depoimentos de

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sobreviventes e número de vítimas e feridos, que no dia da tragédia o local continha mais de mil pessoas (REBELLO; CAVALHEIRO, 2013).

Outro ocorrido, este mais recente, que podemos citar é o incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro, em setembro de 2018. Segundo o portal de notícias G1, o incêndio aconteceu depois do horário de visitação e não deixou feridos, porém se perdeu um acervo de mais de 20 milhões de itens.

Ono (2004), afirma que não existe uma regulamentação de âmbito nacional sobre segurança contra incêndio. Sendo assim, cada Estado pode ter sua própria Legislação, baseadas em Normas Técnicas existentes. No Estado do Paraná, a Legislação vigente, ou seja, o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico, estrutura-se na forma de Normas de Procedimento Técnico (NPT), que discorrem sobre as medidas de segurança. No total, são 41 NPTs.

Diante dos exemplos de grandes incêndios ocorridos no Brasil acima mencionados, fica explicita a importância de se abordar o tema em questão, desta forma esse artigo tem como objetivo apresentar os aspectos de projeto de prevenção de incêndio, baseado na legislação do Estado do Paraná.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 CONCEITO DE FOGO

O fogo é um processo químico de transformação, também chamado combustão, de materiais combustíveis e inflamáveis. Numa definição mais simples: o fogo é uma reação química que produz luz e calor (CAMILLO JÚNIOR, 2013).

2.2 ELEMENTOS QUE COMPÕEM O FOGO

O fogo é composto por quatro elementos: combustível, comburente, calor e reação em cadeia. A reação em cadeia, que é o quarto elemento, forma o tetraedro, que substitui o antigo triângulo do fogo.

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Figura 1 – Elementos que compõem o fogo

Fonte: Camillo Júnior (2013, p. 15).

Combustível: É o elemento que alimenta o fogo, servindo de campo para que ele se

propague. Os combustíveis podem estar no estado sólido, líquido ou gasoso, precisando os sólidos e líquidos serem transformados em gases pelo calor, para formarem substância inflamável quando combinados com o comburente. De forma geral, combustível é uma substância que queima; é qualquer substância que reage com o oxigênio (ou outro comburente) liberando energia, que pode ser na forma de calor, chamas ou gases.

Comburente: Elemento que ativa o fogo. O oxigênio, presente no ar atmosférico

numa proporção de 21%, é o comburente mais comum. Em proporções que se aproximem de 13% não é produzida a chama, apenas brasa.

Calor: O calor é o elemento que inicia o fogo e faz com que ele se propague pelo

combustível.

Reação em cadeia: Processo contínuo e progressivo do aquecimento de materiais, que

produzem gases e se transformam em mistura inflamável quando em contato com o comburente (oxigênio). É o produto que gera outra transformação.

2.3 FORMAS DE PROPAGAÇÃO DO FOGO

Segundo Lavezo (2016), a forma de propagação do fogo nada mais é do que a maneira como o calor pode ser transmitido, gerando outros focos de fogo. Miranda Júnior et al. (2005) diz que o fogo pode se propagar pelo contato direto da chama com outros combustíveis, por meio do deslocamento de partículas incandescentes ou pela ação do calor, transmitindo o calor de várias formas.

O calor se propaga dos pontos mais quentes aos mais frios, através de três processos: condução, convecção e irradiação. Camillo Júnior (2013) define os três processos da seguinte maneira:

1. Condução: É a transferência de calor de molécula a molécula. Para haver condução de calor é necessário que os corpos estejam em contato. Os sólidos são

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melhores condutores que os gases. Um exemplo de transferência de calor por condução é uma barra de ferro levada ao fogo;

2. Convecção: É a transferência de calor que acontece pela movimentação das massas de ar aquecidas. A fumaça carrega uma grande quantidade de calor, que em contato com materiais combustíveis pode originar um novo foco de fogo. Essa é uma forma de transmissão de calor característica de gases e líquidos;

3. Irradiação: É a transmissão de calor por meio de ondas eletromagnéticas, que aquecem outras fontes combustíveis, sem utilizar nenhum tipo de meio material e nem contato direto. Um exemplo prático é o calor solar irradiado.

2.4 MÉTODOS DE EXTINÇÃO

Como citado anteriormente, segundo Camilo Júnior (2013), para que haja fogo é necessário que existam os quatro elementos do tetraedro: o combustível, o comburente, o calor e a reação em cadeia.

Para a extinção basta que um desses elementos seja cessado. São quatro as maneiras de extinção do fogo: isolamento, resfriamento, abafamento e extinção química. Miranda Júnior et al. (2005) apresentam as seguintes definições de cada método:

Isolamento: Consiste na retirada do material que está queimando ou do material que

se encontra próximo do fogo. Sem a presença de combustível, o incêndio se extingue de maneira mais rápida. Um exemplo seria a interrupção de um vazamento de líquido inflamável, fechamento de válvulas de gás etc.

Figura 2 – Métodos de extinção do fogo: isolamento

Fonte: São Paulo (2018, p. 7).

Resfriamento: Consiste na diminuição da temperatura, extinguindo o calor de forma

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fogo se apague. A forma mais comum de extinção de incêndio por resfriamento é o uso da água.

Figura 3 – Métodos de extinção do fogo: resfriamento

Fonte: São Paulo (2018, p. 7).

Abafamento: Consiste na retirada do comburente por abafamento, impedindo o

contato do combustível com o oxigênio. Com baixas quantidades de combustível, não há fogo. Segundo Saliba (2010), o abafamento é, dos métodos de extinção, o mais difícil, pois somente pequenos incêndios podem ser abafados com tampas de vasilhas, panos, cobertores, etc.

Figura 4 – Métodos de extinção do fogo: abafamento

Fonte: São Paulo (2018, p. 7).

Extinção química: Consiste na interrupção da reação em cadeia. Quando o

combustível por ação do calor entra em contato com o comburente, gera uma mistura inflamável. Ao se lançar certos agentes extintores de fogo, suas moléculas se associam a mistura, interrompendo a reação em cadeia, gerando uma substância não inflamável. Um exemplo que pode ser citado é o bicarbonato de sódio (extintor de PQS).

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Figura 5 – Métodos de extinção do fogo: extinção química

Fonte: São Paulo (2018, p. 7).

2.5 INCÊNDIO

A NBR 13860/97, define incêndio como “fogo fora de controle”. Pela Norma de Procedimento Técnico – NPT 003 (2014) do Código do Corpo de Bombeiros do Paraná, “incêndio é o fogo sem controle, intenso, o qual causa danos e prejuízos à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio”.

2.6 FASES DO INCÊNDIO

Segundo Seito et al. (2008), de maneira geral, o incêndio se inicia de forma pequena. Seu crescimento depende do primeiro item ignizado, de como os materiais nas proximidades se comportam diante do fogo e da sua distribuição no ambiente.

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Figura 6 – Curva de evolução de incêndio celulósico

Fonte: Seito et al. (2008, p. 44).

O gráfico apresenta três fases distintas do incêndio: a primeira fase ocorre de forma lenta, com duração média de cinco a vinte minutos, até o ponto de ignição, quando se dá início a segunda fase, onde as chamas começam a crescer pelo ambiente, aquecendo-o. No momento em que a temperatura do local se aproxima de 600ºC, o recinto fica tomado por gases, fumaça e vapores combustíveis. Se houverem líquidos combustíveis, estes contribuirão com seus vapores ocasionando uma inflamação generalizada e grandes labaredas tomarão conta do ambiente. Com essa temperatura, na utilização das estruturas de aço, estas começam a perder resistência e há o risco de desabamento. Na terceira fase, há a diminuição gradual das chamas e da temperatura.

Conforme exposto por Lima et al. (2004), as estruturas de concreto apresentam redução de capacidade estrutural quando expostas e altas temperaturas, porém resistem a ação do calor por tempo considerável sem atingir o colapso.

2.7 CLASSES DE INCÊNDIO

Lavezo (2016) diz que a classificação dos incêndios pode ser dividida em duas formas, quanto à proporção e quanto aos combustíveis. A proporção é a extensão que seu incêndio pode atingir e o combustível são as classes de incêndio, que são os combustíveis que estão sendo incendiados. O incêndio pode ser classificado em: classe A, classe B, classe C e classe D.

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Classe A: Tipo de incêndio que envolve combustíveis sólidos comuns, como papel por

exemplo. Caracterizado pelas cinzas e brasas que ficam como resíduo e pela queima que se dá na superfície e em profundidade (NPT 003, 2014).

Classe B: Tipo de incêndio que ocorre em líquidos ou gases combustíveis. Se

caracteriza por não deixar resíduos e queimar apenas na superfície exposta e não em profundidade (NPT 003, 2014).

Classe C: De acordo com a Cartilha de Orientação do Corpo de Bombeiros do Estado

de São Paulo (SÃO PAULO, 2011), este é o tipo de incêndio que ocorre em equipamentos elétricos energizados, como máquinas elétricas, quadros de força etc. Camillo Júnior (2013) diz que a extinção desse tipo de incêndio só pode ser realizada com agente extintor não condutor de eletricidade, para o operador não receber uma descarga elétrica.

Classe D: Segundo a Cartilha de Orientação do Corpo de Bombeiros do Estado de São

Paulo (2011), é o tipo de incêndio que ocorre em metais facilmente inflamáveis, como alumínio em pó, magnésio, carbonato de potássio etc. Camillo Júnior (2013) acrescenta ainda que estes metais têm como característica possuir oxigênio em sua composição molecular e reagirem em baixas temperaturas.

A National Fire Protection Association – NFPA, que é uma associação dos Estados Unidos, desde 1998 aponta também a Classe K.

Classe K: Classe de incêndio em equipamentos de cozinha ou similares, que

envolvam óleos vegetais e gorduras.

A NFPA é uma prestigiada referência mundial e internacionalmente reconhecida como uma autoridade em normas e regulamentos técnicos de segurança contra incêndio (SIEBEN, 2014). No Brasil, não existe um consenso a respeito do emprego de normas internacionais, uma vez que determinadas especificações técnicas conflitam com as especificações brasileiras.

2.8 LEGISLAÇÃO DO PARANÁ

Segundo Fernandes (2010), a prevenção, sob o aspecto legal, é de responsabilidade do Corpo de Bombeiros, no Brasil, conforme art. 144 da Constituição Federal/88.

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Como citado anteriormente não existe no Brasil uma regulamentação de validade nacional no que diz respeito a prevenção de incêndios, ficando cada Estado responsável pela elaboração de sua própria legislatura.

O Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná, estrutura sua legislação em seu Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (CSCIP) e em Normas de Procedimento Técnico (NPT), que são 41 no total, que podem ser acessadas através do site do Corpo de Bombeiros do Paraná. Essas normas passam por constantes revisões e atualizações e baseiam-se nas Normas Brasileiras Regulamentadoras (NBR), dentre as quais podemos citar:

 NBR 5419 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas;

 NBR 8660 – Revestimento de piso – Determinação da intensidade crítica do fluxo de energia térmica;

 NBR 9077 – Saídas de emergência em edifícios;

 NBR 9441 – Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio;

 NBR 9442 – Materiais de construção – determinação do índice de propagação superficial de chama pelo método do painel radiante;

 NBR 10897 – Proteção contra incêndio por chuveiro automático;  NBR 10898 – Sistema de iluminação de emergência;

 NBR 11742 – Porta corta-fogo para saídas de emergência;  NBR 13523 – Central predial de gás liquefeito de petróleo;

 NBR 14024 – Centrais prediais e industriais de gás liquefeito de petróleo com sistema de abastecimento a granel;

 NBR 14432 – Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações;

 NBR 14880 – Saídas de emergência em edifícios – escadas de segurança – controle de fumaça por pressurização;

 NBR 15514 – Área de Armazenamento de Recipientes Transportáveis de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), destinados ou não à comercialização – Critérios de Segurança.

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O Código de Prevenção de Incêndios fixa os requisitos mínimos de proteção contra incêndios, exigíveis em todas as edificações, tendo em vista a segurança de pessoas e bens (FERNANDES, 2010).

É através do código que se classifica a edificação (Anexo A) que se conhece quais as medidas de segurança serão necessárias. Para realizar essa classificação, é necessário que se conheça qual será a ocupação do local, a altura entre o piso de descarga e o piso do último pavimento, e a sua carga de incêndio.

2.10 PLANO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO (PSCIP) DO PARANÁ

Segundo a NPT 003 (2014), o Plano de Segurança Contra Incêndio e Pânico é a documentação que contém os elementos formais exigidos pelo Corpo de Bombeiros, na apresentação das medidas de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco, que devem ser projetadas para análise técnica, ou seja, o PSCIP é o “projeto de prevenção de incêndio”. As únicas edificações que não necessitam deste projeto, são as habitações unifamiliares (casas).

A NPT 001 – Parte 2 (2015), estabelece que o PSCIP deve ser composto das seguintes informações: planta de risco e quadro de estatística da obra, planta da implantação e situação do terreno, plantas baixas da edificação, cortes, isométricos do sistema de hidrantes e prancha que contenha os detalhes do projeto.

Todas as pranchas devem ser identificadas com carimbos padrões, como exemplificado na Figura 7, e devem apresentar legendas para a compreensão de cada medida de prevenção presente no projeto, conforme exemplo das Figuras 8 e 9. Essa simbologia deve estar de acordo com a NPT 004 – Símbolos Gráficos para Projetos de Segurança Contra Incêndio (2014).

Além das pranchas, a NPT 001 – Parte 2 (2015), também estabelece que o PSCIP, quando aplicável, deve apresentar os memoriais de cálculo de saída de emergência, cálculo de carga de incêndio, dimensionamento de hidrantes, memorial básico de construção, termo de responsabilidade das saídas de emergência e ofício.

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Figura 7 – Modelo de Carimbo

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Figura 8 – Exemplo de Legenda de Localização das Medidas de Segurança

Fonte elaborada pela autora (2018, adaptado de NPT 004, 2014).

Figura 9 – Exemplo de Legenda de Simologias

Fonte elaborada pela autora (2018, adaptado de NPT 004, 2014).

2.11 MEDIDAS PREVENTIVAS

De acordo com Ono (2007), medidas preventivas se destinam a prevenir a ocorrência do início do incêndio, isto é, controlar o risco do início do incêndio. E têm por objetivo:

 Fazer a proteção e a retirada da população e áreas de risco presente na edificação, caso haja incêndio;

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 Facilitar o controle do incêndio;

 Colaborar com o acesso do Corpo de Bombeiros na edificação;  Dificultar a expansão do sinistro e

 Garantir a continuidade de uso da edificação e áreas de risco.

É através da classificação da edificação no CSCIP que são determinadas quais serão as medidas preventivas necessárias para o projeto. Conforme exposto no item 5 é necessário que seja conhecida a carga de incêndio da edificação para classificá-la.

2.11.1.1 Cálculo da Carga de Incêndio

De acordo com a NPT 014 (2014), carga de incêndio é a soma das energias caloríficas possíveis de serem liberadas pela combustão completa de todos os materiais combustíveis em um espaço, inclusive os revestimentos das paredes, divisórias, pisos e tetos.

A carga de incêndio é estimada pelo método probabilístico através da seguinte equação:

Equação 1 – Método para Levantamento da Carga de Incêndio Específica

Fonte: NPT 014 (2014, p. 13).

Onde:

qfi – valor da carga de incêndio específica, em megajoule por metro quadrado de área de piso;

Mi – massa total de cada componente (i) do material combustível, em quilograma. Esse valor não poderá ser excedido durante a vida útil da edificação exceto quando houver alteração de ocupação, ocasião em que a Mi deverá ser reavaliada;

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Hi – potencial calorífico específico de cada componente do material combustível, em megajoule por quilograma; Esses valores podem ser verificados na Tabela C.1 da NPT 014 (2014).

Af – área do piso do compartimento, em metro quadrado;

O valor da carga de incêndio também pode ser estimado levando em consideração a ocupação da edificação (Anexo B) e a altura de armazenamento dos materiais (Anexo C), para depósitos.

É através do valor da carga de incêndio que se determina se o risco da edificação será leve, moderado ou elevado. A caracterização deste risco implica na determinação de quais medidas de segurança deverão estar presentes na edificação.

2.11.2 ACESSO DE VIATURAS DO CORPO DE BOMBEIROS

Esta medida de segurança está prescrita na NPT 006 (2014), que tem por objetivo indicar condições mínimas para o acesso de viaturas de bombeiros nas edificações e áreas de risco, visando o emprego operacional do Corpo de Bombeiros.

Essa norma estabelece que os acessos devem ter largura de 6m e suportar um peso de 25 toneladas distribuído nos eixos. No caso de haver portão, este deve ter no mínimo 4 metros de largura e 4,50 metros de altura, conforme ilustrado nas Figuras 10 e 11.

Seito et al. (2008) dizem que deve-se prever o acesso e um local para o estacionamento da viatura de bombeiros próximo à edificação, de maneira que o emprego de equipamentos na busca e salvamento das vítimas e no combate a incêndio sejam plenamente satisfatórios.

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Figura 10 – Largura da Via de Acesso de Viatura

Fonte: NPT 006 (2014, p. 3).

Figura 11 – Largura e Altura do Portão de Acesso de Viatura

Fonte: NPT 006 (2014, p. 3).

2.11.3 SEGURANÇA ESTRUTURAL CONTRA INCÊNDIO

O objetivo de projetar a segurança estrutural é fornecer elementos para o conjunto estrutural de uma edificação de modo que a mesma, em contato com o fogo, suporte um determinado tempo para que seja possível o retardamento da propagação das chamas e do colapso (RODRIGUES, 2015).

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Após a classificação da edificação pela ocupação e pela altura no CSCIP, é possível através de tabela (Anexo D) se conhecer qual o tempo de resistência ao fogo de cada material.

2.11.4 COMPARTIMENTAÇÃO DE ÁREAS

O Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná define compartimentação de áreas como medidas de proteção passiva, ou seja, medidas que são parte da edificação e independem de qualquer ação para seu funcionamento no caso de um incêndio, com elementos corta-fogo destinados a evitar ou minimizar a propagação do fogo, gases e calor no edifício internamente ou externamente. Esta medida de segurança está prescrita na NPT 009 (2014).

2.11.4.1 Compartimentação Horizontal

A compartimentação horizontal é destinada a impedir o desenvolvimento do incêndio do pavimento de origem para outros no plano horizontal, conforme ilustrado na figura 12.

Tal medida é composta por paredes fogo, portas fogo, vedadores corta-fogo, registros corta-fogo (dampers), selos corta-fogo e afastamento horizontal entre aberturas (NPT 009, 2014).

Figura 12 – Modelo de Compartimentação Horizontal

Fonte: NPT 009 (2014, p. 18).

2.11.4.2 Compartimentação Vertical

A compartimentação vertical destina-se a evitar a propagação do incêndio para outros pavimentos no plano vertical da edificação.

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Esse tipo de compartimentação inclui os seguintes elementos de vedação: entrepisos ou lajes corta-fogo, vedadores corta-fogo nos entrepisos ou lajes corta-fogo, enclausuramento de dutos (“shafts”) por meio de paredes corta fogo, enclausuramento das escadas por meio de paredes corta-fogo, selagem corta-fogo dos dutos (“shafts”) na altura dos pisos e/ou entrepisos, paredes resistentes ao fogo na envoltória do edifício, parapeitos ou abas resistentes ao fogo, separando aberturas de pavimentos consecutivos, registros corta-fogo nas aberturas em cada pavimento dos dutos de ventilação de ar condicionado (NPT 009, 2014). A figura 13 ilustra esse tipo de compartimentação.

Figura 13 – Modelo de Compartimentação Vertical

Fonte: NPT 009 (2014, p. 20).

2.11.5 CONTROLE DE MATERIAL DE ACABAMENTO (CMAR)

Em uma edificação, a segurança contra o fogo está totalmente relacionada ao que acontece nos momentos seguintes ao surgimento do foco de incêndio. É nesse curto intervalo de tempo que os aparatos incorporados de combate ao fogo têm melhor chance de sucesso. (LOTURCO, 2014).

Seito et al. (2008) ainda afirmam que é importante que haja uma atenção especial no momento da escolha dos materiais que serão destinados ao acabamento de paredes, pisos e tetos, para que se possa selecionar elementos cujo desempenho diante do fogo previna os riscos de queima, aumento e propagação do mesmo, assegurando a salvaguarda da vida humana e dos bens.

A NPT 010 (2014) estabelece as condições que os materiais de acabamento e revestimento devem atender para que restrinjam a propagação do fogo e o desenvolvimento

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da fumaça, na ocorrência de incêndios. O controle de materiais de acabamento (CMAR) é exigido em materiais de acabamento de pisos, paredes/divisórias, teto/forro e cobertura.

Após classificação da edificação no CSCIP, é possível identificar as classes dos materiais que devem ser utilizados (Anexo E). A norma também determina que esses elementos devem estar indicados nas plantas e respectivos cortes do PSCIP.

2.11.6 SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

A NBR 9077/17 define saídas de emergência como:

Caminho contínuo, devidamente protegido, proporcionado por portas, corredores, halls, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas ou outros dispositivos de saída ou combinações destes, a ser percorrido pelo usuário, em caso de um incêndio, de qualquer ponto da edificação até atingir a via pública ou espaço aberto, protegido do incêndio, em comunicação com o logradouro (ABNT, 2017, p. 4).

A NPT 011 (2016) do Corpo de Bombeiros do Paraná estabelece os requisitos mínimos para ser realizado o dimensionamento das saídas de emergência para que a população abandone a edificação de forma segura sem que sua integridade física seja comprometida e ainda, de forma que seja possível o acesso do corpo de bombeiros.

As saídas de emergência são calculadas em função da ocupação do ambiente e da população, utilizando constantes, denominada unidade de passagem (UP), para determinar a largura mínima de acessos, escadas e portas.

Utilizando uma tabela (Anexo F), é possível encontrar a população e a capacidade da unidade de passagem para cada grupo de ocupação, para ser realizado o cálculo da largura das saídas de emergência. A seguinte equação nos dá o número de unidades de passagem necessárias para atender a população estimada:

Equação 2 – Cálculo das Saídas de Emergência

N=P/C

Fonte: NPT 011 (2016, p. 4).

Onde:

N = Número de unidades de passagem, arredondado para número inteiro;

P = População, conforme coeficiente que pode ser verificado na Tabela 1 do Anexo A da NPT 011 (2016).

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De acordo com a NPT 011 (2016), a capacidade de uma unidade de passagem é relacionada com quantas pessoas passam por esta unidade de passagem no tempo de um minuto. A largura mínima para a passagem de um fluxo de pessoas nesse tempo é fixada em 0,55 m.

A norma ainda exige algumas larguras mínimas de saída de emergência. Em casos gerais, para acessos, escadas, rampas ou descargas a largura mínima deve ser de 1,20 m. Corrimãos deverão estar presentes em ambos os lados das escadas ou rampas com altura mínima de 80 cm e altura máxima de 92 cm acima do nível do piso, conforme exposto na figura 14.

Figura 14 – Especificação para Corrimãos e Guarda Corpos

Fonte: NPT 011 (2016, p. 23).

2.11.7 BRIGADA DE INCÊNDIO

Segundo o Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná, brigada de incêndio consiste em um grupo organizado de pessoas, voluntárias ou não, treinadas e capacitadas em prevenção e combate a incêndios e primeiros socorros, para atuação em edificações e áreas de risco.

A brigada de incêndios deve existir para garantir a segurança das pessoas e instalações. O brigadista tem papel fundamental na prevenção de sinistros na planta a qual ele pertence (SOUZA, 2008).

A composição mínima da brigada de incêndio por pavimento e o nível de treinamento dos brigadistas é determinada através de tabela (Anexo G) que leva em consideração a classificação da edificação, o seu grau de risco e a área por pavimento ou compartimento.

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Sistema que permite clarear áreas escuras de passagens, horizontais e verticais, incluindo áreas de trabalho e áreas técnicas de controle de restabelecimento de serviços essenciais e normais, na falta de iluminação normal (Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná).

Fernandes (2010), afirma que a iluminação das rotas de saída deverá ser natural e/ou artificial em nível suficiente, mesmo no caso de edificações destinadas ao uso unicamente durante o dia.

Essa medida de segurança é prescrita na NPT 018 (2014) que tem por objetivo fixar as condições necessárias para a instalação do sistema de iluminação de emergência de forma a atender o previsto no CSCIP.

De acordo com a NPT 018 (2014), a distância máxima entre dois pontos de iluminação de emergência não deve ultrapassar 15 metros e a distância entre o ponto de iluminação e a rede não deve ultrapassar 7,5 metros. A iluminação de emergência deve garantir em locais planos (corredores, halls, áreas de refúgio) um nível mínimo de iluminamento de 3 (três) lux e em locais com desnível (escada ou passagens com obstáculos) um nível mínimo de iluminamento de 5 (cinco) lux, com tensão de no máximo 30 Volts.

Dentre os diversos tipos de iluminação de emergência, os mais utilizados são do tipo simples e do tipo holofote duplo, como mostra a figura a seguir:

Figura 15 – a) Iluminação Simples – b) Holofote Duplo

(a) (b)

Fonte: KBR Eletrônica LTDA (2004, p. 2).

2.11.9 SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO

Segundo Uminski (2003), os sistemas de detecção e alarme de incêndio equivalem a um grupo de dispositivos distribuídos de forma interligada, que fornecem informações por indicações visuais e sonoras, quando ocorre algum início de incêndio. A detecção é feita por

(25)

meio de três ocorrências físicas: fumaça, aumento de temperatura do ambiente e radiação da luz de chama exposta. Pode-se acionar o alarme por meio de detectores automáticos ou acionadores manuais, como exemplifica a figura 16.

De acordo com a NPT 019 (2012), o sistema de detecção e alarme de incêndio deve conter duas fontes de alimentação, sendo a principal a rede do sistema elétrico da edificação e como auxiliares baterias, nobreak ou geradores. Estes devem ter autonomia de 24 horas em situação de supervisão e mínimo de 15 minutos, ou o tempo necessário para o abandono da edificação, em situação de alarme.

Os acionadores manuais devem ser instalados nas rotas de fuga preferencialmente sendo localizados junto aos hidrantes, próximos às saídas (escadas de seguranças e saídas de emergência), possibilitando aos usuários que detectarem o incêndio o acionamento do sistema de alarme ao mesmo tempo em que dão início à evacuação (SILVA; VARGAS; ONO, 2010). Além disso, devem obrigatoriamente assinalar funcionamento (cor verde) e alarme (cor vermelha) de forma a indicar o exercício e supervisão do sistema. Sua distribuição deve ser de tal maneira que não seja necessário que o usuário percorra um trajeto que exceda 30 metros, para ser acessível deve ser colocado a uma altura entre 90 e 135 cm.

Figura 16 – Acionador Manual de Alarme

Fonte: Schmitz (2018, p. 3).

2.11.9.1 Alarme Sonoro e Visual

Sistema de sinalização sonora, de acionamento automático ou manual, de qualquer anormalidade ou emergência em andamento em instalações residenciais, comerciais e/ou industriais, audível nas centrais de controle existentes e/ou nas próprias áreas afetadas e visíveis através de lâmpadas especiais nas próprias áreas afetadas (SOUZA, 2002).

(26)

A NPT 019 (2012) recomenda que os avisadores sonoros e/ou visuais sejam instalados com altura entre 2,20 m e 3,50 m, preferencialmente em paredes de maneira sobreposta ou embutida. Devem apresentar potência sonora de 15 dBA acima do nível médio do som ambiente ou 5 dBA acima do nível máximo do som ambiente, medidos a 3 m da fonte.

Seito et al. (2008) afirmam que não é permitido o uso de apenas avisadores visuais em ambientes com pessoal não qualificado, sendo necessário que este seja completado com sinal acústico. Avisadores que chamem a atenção para as saídas de emergência e obstáculos podem ser somente do tipo visual, desde que não utilizados como primeiro alarme.

2.11.10 SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA

É o conjunto de meios utilizados para indicar aos ocupantes de uma edificação as rotas de fuga e a posição dos equipamentos de combate a incêndio (Souza, 2002).

De acordo com a NPT 020 (2014), a sinalização de emergência facilita a localização dos equipamentos de combate a incêndio, e rotas de saída para um abandono seguro da edificação.

A sinalização de emergência se divide em sinalização básica e sinalização complementar.

2.11.10.1 Sinalização Básica

Conjunto mínimo de sinalização que uma edificação deve apresentar.

Sinalização de Proibição: Visa proibir e coibir ações capazes de conduzir ao início do

incêndio ou ao seu agravamento, como ilustrado na figura 17. Deve ser instalada a uma altura de 1,80 m, em local visível e distribuída em pontos estratégicos numa distância máxima de 15 m entre si.

Figura 17 – Sinalização de Proibição: Proibido Fumar

(27)

Sinalização de Alerta: Visa alertar para áreas e materiais com potencial risco de

incêndio ou explosão. Instalada em local visível, a uma altura de 1,80 m, distribuída em pontos estratégicos, que não excedem uma distância de 15 m entre si.

Figura 18 – Sinalização de Alerta: Cuidado, risco de exposição a produtos tóxicos

Fonte: NPT 020 (2014, p. 17).

Sinalização de Orientação e Salvamento: Visa indicar as rotas de saída. Deve ser instalada nas saídas de emergência, a uma distância de 10 cm da verga da porta ou a uma altura de 1,80 m do piso acabado. Deve estar em local visível, distribuída de forma estratégica com uma distância máxima de 15 m entre si.

Figura 19 – Sinalização de Orientação e Salvamento: Indicação de Sentido de Saída de

Emergência

Fonte: NPT 020 (2014, p. 18).

Sinalização de equipamentos: Visa indicar a localização e os tipos de equipamentos

de combate a incêndio e alarme disponíveis no local. Deve ser instalada a uma altura de 1,80 m do piso acabado.

(28)

Figura 20 – Sinalização de Equipamentos: Extintor

Fonte: NPT 020 (2014, p. 21).

2.9.18.2 Sinalização Complementar

Conjunto facultativo de sinalização, composto por faixas de cor ou mensagens complementares à sinalização básica, porém, das quais esta última não é dependente. Sua utilização é indicada em rotas de saídas de emergência, aplicada sobre o piso acabado ou paredes em escadas e corredores, conforme figura 21.

Figura 21 – Sinalização Complementar: Faixas no rodapé

Fonte: NPT 020 (2014, p. 31).

2.11.11 EXTINTORES

A NBR 12693/13 define extintor como um aparelho de acionamento manual, constituído de um recipiente e acessórios, contendo agente extintor destinado a combater o princípio de incêndio.

(29)

Segundo Seito et al. (2008), os extintores devem ter como principais características portabilidade, facilidade de uso, manejo e operação.

Como visto anteriormente, existem diferentes classes de incêndio, distintas pelo princípio do fogo e tipo de materiais que estão em combustão. Dessa forma, é necessário que existam diferentes tipos de agentes extintores, destinados a combater o fogo das diferentes classes de incêndio.

Chama-se de agente extintor a substância que preenche os extintores e define seu tipo. Os agentes extintores mais utilizados são: Água Pressurizada (AP), Dióxido de Carbono (CO2), Espuma Mecânica, Pó Químico Seco (PQS) e Gás Halogenado.

Além do agente extintor, para se definir o tipo de extintor, temos também sua capacidade extintora, que determina seu poder de extinção, ou seja, mede a quantidade de agente extintor necessária para apagar um incêndio com uma carga de incêndio definida pelas NBRs 15808 e 15809.

Um dos tipos mais utilizados de extintor é o extintor ABC. Esse tipo de extintor combate ao mesmo tempo incêndios das classes A, B e C e seu agente extintor é o monofosfato de amônia.

A classificação vem descrita no próprio extintor de acordo com as figuras abaixo.

Figura 22 – Cores e Formas de Simbologia de Acordo com a Classe

Fonte: Nogueira (2017, p. 4).

A NPT 021 (2014) estabelece as distâncias máximas de caminhamento para se alcançar um equipamento extintor, de acordo com o risco da edificação(Tabela 1). Quando o

(30)

layout da edificação não está representado no projeto, as distâncias descritas na tabela sofrem decréscimo de 30%.

Tabela 1 – Distância máxima de caminhamento

Fonte: NPT 021 (2014, p. 2).

A norma também estabelece que deve ser instalado ao menos um equipamento extintor a no máximo 5,00 metros dos acessos principais da edificação.

2.11.12 HIDRANTES E MANGOTINHOS

De acordo com Piolli (2003), os sistemas de hidrantes têm a função de extinguir o incêndio em seus estágios iniciais, ou seja, enquanto o incêndio ainda estiver localizado, não tiver ocorrido a inflamação generalizada e houver condições dos brigadistas se aproximarem para desenvolver, com segurança, as operações de combate ao incêndio.

De acordo com Saliba (2010), o hidrante é um aparelho que possui mangueira, esguicho e um conjunto de materiais que são capazes de funcionar e ser autossuficiente, disponibilizando água destinada ao combate ao incêndio.

A NPT 022 (2015) classifica o sistema em Tipo 1 (Mangotinhos) e Tipo 2, 3, 4 e 5 (Hidrantes). A aplicabilidade dos sistemas é em função da ocupação da edificação. Essa NPT ainda determina que os pontos de tomada de água devem estar posicionados da seguinte maneira:

a) Nas proximidades das portas externas, escadas e/ou acesso principal do ambiente a ser protegido, a não mais de 5,0 m;

b) Em posições centrais nas áreas protegidas, devendo atender ao item “a” obrigatoriamente;

c) Fora das escadas ou antecâmaras de fumaça; d) De 1,0 m a 1,5 m do piso.

(31)

A pressão deve ser regulada de forma que o alcance mínimo do jato de água, medido a partir da saída do esguicho, seja de 10 metros, podendo este alcance ser reduzido para duas vezes o pé direito em sistemas onde o abastecimento se dá por gravidade. Além disso, a NPT 022 (2015) ainda orienta que o dimensionamento dos sistemas de hidrante ou mangotinho determine o caminhamento da tubulação bem como os diâmetros dos acessórios e suportes necessários, calculados considerando o local mais desfavorável, ou seja, aquele que proporciona menor pressão dinâmica na saída do hidrante, de forma que a pressão máxima de trabalho nos esguichos não ultrapasse 100 mca (1.000 kPa).

2.11.12.1 Hidrante de Recalque

Segundo Souza (2002), é o hidrante que permite o abastecimento da rede de maneira externa, ou seja, destina-se a ligação da mangueira da bomba do carro do Corpo de Bombeiros para recalque de água da canalização pública para dentro do prédio incendiado.

A NPT 022 (2015) estabelece que todos os sistemas (hidrantes ou mangotinhos) devem ser dotados de dispositivos de recalque, com um prolongamento que tenha o mesmo diâmetro da tubulação principal, podendo haver redução para DN 65, com engates que sejam compatíveis com os utilizados pelo Corpo de Bombeiros.

Existem dois tipos de hidrante de recalque, os do tipo coluna, e os que são instalados no passeio público.

2.11.12.2 Dispositivo de Recalque Tipo Coluna

A NPT 022 (2015) orienta que o dispositivo deve ser instalado preferencialmente na fachada principal da edificação ou próximo da guarita, de forma que a interligação dos dispositivos necessários esteja voltada para a rua e para baixo em ângulo de 45º e altura entre 0,60 m e 1,50 m em relação ao piso do passeio. É obrigatório que haja proteção do dispositivo por meio de abrigo embutido no muro.

(32)

Figura 23 – Dispositivo de Recalque Tipo Coluna

Fonte: NPT 022 (2015, p. 7).

2.11.12.3 Dispositivo de Recalque no Passeio Público

Deve ser enterrado em caixa de alvenaria com fundo permeável ou com dreno, com dimensões de 0,40 m x 0,60 m, posicionado no passeio com afastamento mínimo de 0,50 m e máximo de 5,0 m da guia. A tampa deve ser constituída de ferro fundido na cor vermelha com o inscrito “HIDRANTE DE RECALQUE”.

Figura 24 – Dispositivo de Recalque no Passeio Público

(33)

2.11.12.4 Reservatório e Reserva de Incêndio

A reserva de incêndio consiste em um volume de água, que deve ser suportado pelo reservatório da edificação, com finalidade de uso exclusiva em ocorrência de incêndio.

Através da Tabela 4 da NPT 022 (2015) é possível verificar o volume mínimo que a edificação deve possuir, em função de sua área.

2.11.12.5 Bombas de Incêndio

A norma estabelece que as bombas de incêndio devem ser do tipo centrífuga, acionadas por motor elétrico ou combustão. Quando a edificação possuir ocupação mista, o dimensionamento da bomba e do reservatório deve ser feito considerando a principal ocupação. As bombas de incêndio devem ser utilizadas somente para este fim, podendo ser acionadas manualmente ou através de dispositivos instalados junto a cada hidrante ou mangotinho, e devem ser protegidas contra danos mecânicos, intempéries, agentes químicos, fogo ou umidade. A altura manométrica total da bomba deve ser calculada para o hidrante mais desfavorável do sistema.

O dimensionamento da rede de hidrantes não será abordado neste artigo devido a sua complexidade e a necessidade de um estudo mais aprofundado do assunto.

2.11.13 ISOLAMENTO DE RISCO

Conforme exposto por Seito et al. (2008), isolamento de risco consiste no controle do risco de propagação do incêndio por radiação do calor, convecção de gases aquecidos e transmissão de chamas, de forma a impedir que o incêndio proveniente de uma edificação (edificação expositora) não se propague para outra (edificação em exposição) como mostra a figura 25.

(34)

Figura 25 – Exposição entre edificações adjacentes

Fonte: NPT 007 (2012, p. 3).

A NPT 007 (2012) apresenta algumas formas de propagação de incêndio: propagação entre fachadas, propagação entre cobertura e fachada, propagação entre duas edificações geminadas com a mesma altura, e propagação entre duas edificações geminadas com alturas diferentes.

Dessa forma, é preciso que haja isolamento entre as edificações a fim de se evitar a propagação do incêndio. Em edificações com fachadas adjacentes com alturas iguais ou alturas diferentes, o isolamento é obtido por distância de segurança. Em edificações contíguas, o isolamento é através de parede corta-fogo sem aberturas, conforme exposto nas Figuras 24, 25 e 26.

Figura 26 – Distância de segurança entre edificações com fachadas adjacentes de mesma

altura

(35)

Figura 27 – Distância de segurança entre edificações com fachadas adjacentes de alturas

diferentes

Fonte: NPT 007 (2012, p. 5).

Figura 28 – Parede corta-fogo

Fonte: NPT 007 (2012, p. 5).

Quando utilizado o isolamento de risco através da distância de segurança, o dimensionamento desta distância é feito através da equação:

Equação 3 – Método para Dimensionamento da Distância de Separação

D = α x (altura ou largura) + β

Fonte: NPT 007 (2012, p. 8).

Onde:

(36)

α - Coeficiente tabelado em função da relação (largura/altura ou altura/largura), da porcentagem de aberturas e da classificação da severidade;

β - Coeficiente de segurança que assume os valores de 1,5m em municípios com Corpo de Bombeiros ou de 3,0m para municípios sem Corpo de Bombeiros.

É preciso que se conheça a relação largura/altura “x” da edificação, o percentual de aberturas da fachada “y”, e a severidade da carga de incêndio (Anexo H). Com esses dados é possível a obtenção do valor de “α” (Anexo H) e o cálculo da distância D. A dimensão da edificação considerada no cálculo da distância, deve ser o menor entre a altura e a largura.

2.11.14 CONTROLE DE FUMAÇA

Conforme exposto por Silva (2010), durante o processo de combustão em um incêndio, são produzidos quatro elementos que oferecem perigo ao ser humano: calor, chamas, fumaça e insuficiência de oxigênio, sendo a fumaça a maior causa de mortes. A inalação de fumaça é muito prejudicial e oferece grande risco, além disso a fumaça reduz a visibilidade do usuário dificultando a evacuação do local de maneira rápida, e o acesso do Corpo de Bombeiros na edificação.

A fumaça e os gases quentes se acumulam no interior da edificação próximo ao forro/teto, formando uma espessa camada escura em direção descendente. Desse modo, o estudo do alastramento da fumaça tem por finalidade determinar o tempo máximo para abandono da edificação pelos usuários. Este tempo deve ser menor que o tempo que a fumaça leva para atingir a altura de uma pessoa em pé, dificultando a visão e a respiração.

De acordo com a NPT 015 – Parte 1 (2012), o controle de fumaça é obtido por meio da introdução de ar limpo e da extração da fumaça, de forma natural ou mecânica. A norma estabelece que, de maneira genérica, o controle de fumaça deve ser previsto em espaços amplos (grandes volumes), átrios, malls e corredores, rotas de fuga horizontais e subsolos.

2.11.15 CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

O sistema de chuveiros automáticos, também chamados sprinklers, é um sistema fixo de combate a incêndio e caracteriza-se por entrar em operação automaticamente, quando ativado por um foco de incêndio, liberando água em uma densidade adequada ao risco do

(37)

local que visa proteger e de forma rápida, para extingui-lo ou controlá-lo em seu estágio inicial (SEITO et al. 2008).

Segundo Uminski (2003) as partes que compoem o sistema de chuveiros automáticos são:

 Abastecimento de água: Todo sistema deve dispor de ao menos um abastecimento de água exclusivo e de operação automática;

 Sistema de bombeamento: Soma de tubulações, equipamentos e dispositivos que se destinam a levar a água de um ponto mais baixo para um mais alto. As bombas de recalque não podem ser usadas para outros fins. Devem ser acionadas pela queda de pressão hidráulica na rede quando um chuveiro é solicitado. Podem ser elétricas ou de motor a explosão. Quando elétricas, devem dispor de ligação independente da rede elétrica da edificação;

 Conjunto de tubulações: Tubulações que formam uma instalação de chuveiros automáticos. São elas: ramais, tubulações subgerais, tubulações gerais, tubulações de subidas ou descidas e tubulação de subida principal;

 Chuveiros automáticos – sprinklers: Aparelhos instalados em diversos pontos da tubulação, equipados com uma unidade que ao atingir uma determinada temperatura previamente estipulada, se rompe, permitindo a livre passagem de água que é distribuída na forma de um chuveiro sobre o foco de incêndio. O sprinkler contem uma ampola que porta um fluido especial, que expande quando aquecido, controlado com precisão e desenvolvido para diferentes temperaturas de funcionamento.

A NPT 023 (2012) estabelece que quando necessário, o sistema de chuveiros automáticos deve atender todas as áreas da edificação, podendo a critério do projetista, não contemplar a casa do zelador quando esta se encontrar na cobertura. Também estabelece que o sistema de alarme dos chuveiros automáticos deve ser supervisionado e que o registro de recalque deve ser sinalizado de maneira clara, de forma que possa ser diferenciado do dispositivo de recalque de hidrantes, conforme ilustra a figura 29.

(38)

Figura 29 – Sinalização do registro de recalque do sistema de chuveiros automáticos

Fonte: NPT 023 (2012, p. 5).

A norma ainda afirma que o dimensionamento da rede deve ser feito por cálculo hidráulico. O dimensionamento não será abordado neste artigo devido a sua complexidade, porém, é possível encontrar no Anexo A da NPT 023 (2012) quinze passos básicos para o cálculo hidráulico de chuveiros automáticos.

A NPT 024 (2012) também trata do sistema chuveiros automáticos, porém destinado a áreas de depósito, onde leva em consideração os materiais armazenados, e a altura e forma de armazenamento, por exemplo.

2.11.16 SISTEMA FIXO DE GASES LIMPOS E DIÓXIDO DE CARBONO (CO2)

A NPT 026 (2012) define gás limpo como agentes extintores na forma de gás que não degradam a natureza, inodoros, incolores, não corrosivos e maus condutores de eletricidade. O dióxido de carbono não se classifica como gás limpo devido a sua propriedade asfixiante na concentração de extinção.

De acordo com a Norma, esse sistema é aplicável em situações em que o uso de outro agente extintor pode causar danos adicionais aos objetos e equipamentos da edificação, quando há risco pessoal no uso de outros agentes, quando os resíduos de combate a incêndio podem trazer riscos ao meio ambiente, ou ainda para prevenção e supressão de explosões em espaços confinados.

São exemplos de locais onde o sistema pode ser empregado: objetos de valor inestimável (obras de arte), transformadores, controles de subestações elétricas, laboratórios que armazenam agentes patológicos e produtos radioativos, etc.

Esse sistema não é recomendado em locais onde haja a presença de: metais reativos como lítio, sódio, potássio, magnésio, titânio, zircônio, urânio e plutônio, hidretos como os utilizados em baterias, produtos químicos capazes de decomposição autotérmica como

(39)

peróxidos orgânicos e hidrazina, pois os metais e hidretos quando aquecidos, decompõem o CO2.

O Corpo de Bombeiros do Paraná estipula que o projeto técnico deve apresentar as seguintes informações: a norma adotada, o tipo de sistema fixo, o agente extintor empregado, a forma de acionamento (manual ou automática) e se automática, indicar em planta o ponto de acionamento alternativo e o ponto de desativação do sistema, indicar o tempo de retardo para abandono do local anteriormente ao acionamento do sistema, indicar o local ou equipamento a ser protegido, indicar os pontos de detecção e os cilindros do sistema fixo. Deve ser apresentada a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do responsável técnico sobre o funcionamento do sistema.

3 CONCLUSÃO

Pode-se constatar através deste trabalho, que a ação no combate à incêndios é ampla, iniciando nos projetos e englobando não somente a atuação dos profissionais competentes como arquitetos e engenheiros, mas também os órgãos de normatização e fiscalização como Corpo de Bombeiros, e a população de forma geral.

Infelizmente, a sociedade só se atenta a importância de um sistema eficiente de combate a sinistros quando grandes tragédias, como a da Boate Kiss por exemplo, acontecem. Sendo assim, é de extrema relevância que os profissionais habilitados desenvolvam o dimensionamento dos dispositivos de forma consciente e ética, uma vez que ao realizar esse trabalho, assumem parte da responsabilidade pelas vidas dos ocupantes da edificação em situações de eventuais incêndios.

A sociedade também tem papel importante. É necessário que a população tenha conhecimento básico sobre as características do fogo, como o incêndio se comporta, bem como a utilização correta dos equipamentos. O Corpo de Bombeiros como órgão competente pode transmitir à população através de propagandas e visitas em escolas, por exemplo, noções básicas de segurança contra incêndio. É preciso também, que haja a consciência de que projeto não é sinônimo de gasto, e sim de investimento. Um projeto bem dimensionado e bem executado de prevenção e combate à incêndios, pode salvar muitas vidas, e a vida é um bem irreparável e de valor inestimável.

(40)

Por parte dos órgãos de fiscalização, é importante que este, como instituição competente, estimule a participação da sociedade no que diz respeito ao assunto e também que exerça seu papel na fiscalização de forma consciente e correta.

O Brasil possui uma grande variedade de instruções técnicas, normas, decretos, leis, portarias e livros a respeito de prevenção de incêndios. Porém não existe uma legislação unificada de vigência em todo o país e isso acaba por gerar aberturas para diferentes interpretações.

Impulsionado por tragédias como do Edifício Joelma e da Boate Kiss, citados nesse artigo, o cenário brasileiro aos poucos vem mudando em relação a prevenção e combate a incêndios. As normas ficaram mais rigorosas e completas, mas infelizmente muitas vezes a fiscalização ainda é falha e a falta dela abre espaço para ocorridos como o da boate Kiss, onde o maior problema no dia do incêndio foi a superlotação da casa. A formação técnica na área também vem ganhando espaço, através de cursos de especialização que já são oferecidos em universidades paranaenses, como a UEM (Universidade Estadual de Maringá) e UEL (Universidade Estadual de Londrina).

A conscientização de que os efeitos causados por um incêndio em uma edificação são muitas vezes irreversíveis, estimula o desenvolvimento de estudos a respeito do comportamento dos materiais na presença de fogo.

Ainda assim, seria de grande importância que houvesse uma legislação de competência nacional que padronizasse os procedimentos preventivos em todo o país.

No caso específico das normas do Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná, que foi objeto de estudo deste trabalho, pode-se concluir que oferece um material qualificado de apoio. Apresenta de forma clara quais são os documentos a serem apresentados e a forma como devem ser apresentados, fornece exemplos de dimensionamento, formulários, ofício, memoriais, pranchas, carimbos, legendas e símbolos etc. As NPTs possuem uma linguagem objetiva, bem como ilustrações para o auxílio da compreensão do conteúdo. Deixam claro quais os elementos são obrigatórios e quais os elementos são opcionais ou são apenas recomendados. Essas NPTs passam por constantes revisões, a mais recente de dezembro de 2017, diz respeito ao dimensionamento da brigada de incêndio. Essas atualizações exigem que os profissionais estejam em processo constante de atualização e aprendizado.

(41)

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POLICIA MILITAR DO PARANÁ COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS. NPT 007: Separação entre edificações (isolamento de riscos). Curitiba: Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária, 2012.

POLICIA MILITAR DO PARANÁ COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS. NPT 008: Resistencia ao fogo dos elementos de construção. Curitiba: Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária, 2012.

POLICIA MILITAR DO PARANÁ COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS. NPT 009: Compartimentação horizontal e compartimentação vertical. Curitiba: Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária, 2014.

POLICIA MILITAR DO PARANÁ COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS. NPT 010: Controle de materiais de acabamento e de revestimento. Curitiba: Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária, 2014.

POLICIA MILITAR DO PARANÁ COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS. NPT 011: Saídas de emergência. Curitiba: Secretaria da Segurança Pública e Administração

Penitenciária, 2016.

POLICIA MILITAR DO PARANÁ COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS. NPT 014: Carga de incêndio nas edificações e áreas de risco. Curitiba: Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária, 2014.

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POLICIA MILITAR DO PARANÁ COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS. NPT 015: Controle de fumaça – Parte 1 – Regras Gerais. Curitiba: Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária, 2012.

POLICIA MILITAR DO PARANÁ COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS. NPT 017: Brigada de incêndio – Parte 2 – Dimensionamento e orientações. Curitiba: Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária, 2017.

POLICIA MILITAR DO PARANÁ COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS. NPT 018: Iluminação de emergência. Curitiba: Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária, 2014.

POLICIA MILITAR DO PARANÁ COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS. NPT 019: Sistema de detecção e alarme de incêndio. Curitiba: Secretaria da Segurança Pública e

Administração Penitenciária, 2012.

POLICIA MILITAR DO PARANÁ COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS. NPT 020: Sinalização de emergência. Curitiba: Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária, 2014.

POLICIA MILITAR DO PARANÁ COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS. NPT 021: Sistema de proteção por extintores de incêndio. Curitiba: Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária, 2014.

POLICIA MILITAR DO PARANÁ COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS. NPT 022: Sistema de hidrantes e mangotinhos para combate a incêndio. Curitiba: Secretaria da

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POLICIA MILITAR DO PARANÁ COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS. NPT 023: Sistema de chuveiros automáticos. Curitiba: Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária, 2012.

POLICIA MILITAR DO PARANÁ COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS. NPT 026: Sistema fixo de gases para combate a incêndio. Curitiba: Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária, 2012.

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Referências

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