Célia Martins 1 CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO ALENTEJO LITORAL
São publicados por portaria do Ministério das Finanças, os modelos para as seguintes demonstrações financeiras:
Balanço;
Demonstração de resultados (por natureza e
função);
Demonstração das alterações de Capital
Próprio;
Demonstração dos fluxos de caixa; Anexo.
São ainda publicadas nas portarias do Ministério das Finanças os modelos simplificados das demonstrações financeiras a utilizar, pelas entidades que adoptam “Normas Contabilísticas de Relato Financeiro pelas Pequenas Entidades”.
A preparação e apresentação das demonstrações financeiras deverá ter como
objetivo proporcionar informação útil a diferentes entidades externas e internas, as quais necessitarão de diferente informação para a tomada de decisões.
As entidades que deverão recorrer a estas demonstrações financeiras são os/as:
Acionistas/Investidores Trabalhadores
Entidades Financeiras
Fornecedores e Outros Credores
Clientes Governo Público
Acionistas/Investidores
Acionistas- informação que lhes permita avaliar a
capacidade de a empresa pagar dividendos.
Investidores- informação que os ajude a tomar
decisões: O que comprar? O que manter? O que e quando vender?
Trabalhadores
Informação sobre a estabilidade económico-financeira da empresa.
Entidades Financeiras
Informação que lhes permita avaliar a capacidade de cumprimento dos pagamentos relativos a empréstimos concedidos.
Fornecedores e Outros Credores
Informação sobre a liquidez e solvabilidade dos seus clientes.
Liquidez - o conceito liquidez traduz a capacidade ou facilidade de um determinado ativo de uma empresa ser transformado em meios líquidos.
Exemplo: o dinheiro em caixa de uma empresa é um ativo perfeitamente líquido, uma máquina já o será menos, na medida em que mais difícil ou pelo menos demoradamente se poderá transformar em dinheiro (através da sua alienação).
Solvabilidade
Solvabilidade - Mede a relação entre os capitais próprios e os capitais alheios de uma sociedade. A solvabilidade de uma instituição será tanto maior quanto maior for o valor do rácio = Capital próprio/Capital alheio. Um valor muito baixo pode indiciar uma fraca viabilidade da empresa no futuro, pois significa uma elevada fragilidade económico-financeira.
Clientes
Informação sobre a continuidade da empresa, principalmente se está em causa a sua própria continuidade.
Governo
Informação sobre a distribuição de recursos e atividade empresarial.
Informação que permita regulamentar a atividade das empresas e a determinação das políticas de tributação.
Público
Informação sobre as tendências e desenvolvimento das atividades empresariais.
É igualmente publicado por Portaria pelo Ministério das Finanças o Código de Contas, contendo o essencial:
-O quadro síntese das contas;
-O código das contas (lista codificada das contas);
-notas de enquadramento.
O C.C. também deverá ser adoptado pelas entidades que estejam abrangidas pelos requisitos das NCRF-PE.
Contas de Balanço
Classe 1 – Meios financeiros líquidos Classe 2 – Contas a receber e a pagar Classe 3 – Inventários e ativos biológicos Classe 4 – Investimentos
Classe 5 – Capital, Reservas e Resultados transitados
Contas de Demonstração dos Resultados
Classe 6 – Gastos
Classe 7 – Rendimentos Classe 8 – Resultados
Outras Contas
Classe 9 – Contabilidade de custos Classe 0 - Livre
Os recursos controlados por uma entidade são também denominados elementos patrimoniais ativos e o seu conjunto constitui a massa patrimonial designada por ativo (A).
As obrigações são, também, denominados
elementos patrimoniais Passivos e o seu conjunto
constitui a massa patrimonial designada por
Assim temos:
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ativo (A) = R (recursos)
Para sabermos o que a empresa possui, depois de pagar as suas dívidas, vamos subtrair as (O) obrigações aos R (recursos), ou seja:
R - O
Ou ainda
E ficamos com o valor do património (VP) da empresa. Então: Célia Martins 21
VP= R - O
Ou
VP= A – P
O valor do património (VP) representa aquilo de que a empresa dispõe depois de pagar as suas dívidas.
O valor do património também se
denomina Capital Próprio (CP), logo:
Os três grandes grupos de elementos patrimoniais representados na equação anterior denominam-se Massas Gerais.
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Massas Gerais
No entanto, a entidade necessita de
informações mais pormenorizadas. Assim,
as Massas Gerais, constituídas por grupos
diversificados, serão divididas em subgrupos
com características comuns a que se dá o
nome de Massas Parciais.
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Passivo corrente
Massas Parciais
ativo não corrente
Passivo não corrente
ativo corrente
ativo corrente
De acordo com a NCRF 1 são ativos que
satisfaçam qualquer dos seguintes critérios:
•Se espera que sejam realizados, ou se pretende
que sejam vendidos ou consumidos, no decurso
normal do ciclo operacional da entidade;
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ativo corrente
•Sejam detidos essencialmente com a finalidade
de serem negociados;
•Se espere que sejam realizados num período
de doze meses após a data do Balanço;
ativo corrente
•Sejam caixa ou um ativo equivalente de caixa a
menos que lhes seja limitada a troca ou o uso
para liquidar um passivo pelo menos doze
meses após a data do balanço.
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ativo não corrente
São ativos que não satisfaçam a
definição de ativo corrente.
Será que estas divisões são suficientes
para arrumar todo o património da
empresa?
Claro que não.
Para facilitar ainda mais a arrumação do
património da empresa, existe ainda, a
O código das contas é um instrumento
contabilístico de aplicação obrigatória para as
entidades sujeitas ao SNC.
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Classe 1 – Meios financeiros líquidos Classe 2 – Contas a receber e a pagar Classe 3 – Inventários e ativos biológicos Classe 4 – Investimentos
Classe 5 – Capital, Reservas e Resultados transitados Classe 6 – Gastos
Classe 7 – Rendimentos Classe 8 – Resultados
Classe 9 – Contabilidade de custos Classe 0 - Livre
As classes anteriormente descritas são, ainda,
constituídas por um vasto grupo de elementos,
tornando-se, pois, necessária a sua divisão em
grupos mais específicos, a que se dá o nome de
Conta, a qual tem um título que dá a conhecer o
seu conteúdo e que se expressa em unidades
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Definição de conta:
É um conjunto de elementos patrimoniais com
características comuns e específicas e que se
expressa em unidades monetárias.
Características da conta
Título
Código da classe
Código da contaCódigo da subconta
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1 - Meios
Financeiros Líquidos
Contas 11 12 13 14Subcontas
111 112 113 …
Por exemplo:
Estas subcontas podem ainda dividir-se em mais
subcontas.
Cada elemento patrimonial pertence a uma conta,
a qual tem um título e uma correspondente
extensão
em
unidades
monetárias,
que
representam as características de uma conta.
Tipos de contas
Consoante as características de cada conta,
assim será considerado um tipo de conta.
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Tipos de contas
Contas do ativo
Contas do Passivo
Contas do Capital
Próprio
Classe 1 – Meios financeiros líquidos
Esta classe destina -se a registar os meios
financeiros líquidos, que incluem quer o
dinheiro e depósitos bancários quer todos os
ativos ou passivos financeiros mensurados ao
justo
valor,
cujas
alterações
sejam
Classe 2 – Contas a receber e a pagar
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Esta classe destina -se a registar as operações
relacionadas
com
clientes,
fornecedores,
pessoal, Estado e outros entes públicos,
financiadores, accionistas, bem como outras
operações com terceiros que não tenham
cabimento nas contas anteriores ou noutras
classes específicas.
Classe 2 – Contas a receber e a pagar
Incluem -se ainda nesta classe os diferimentos
(para permitir o registo dos gastos e dos
rendimentos nos períodos a que respeitam) e
as provisões.
Classe 3 – Inventários e ativos biológicos
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Esta classe inclui os inventários (existências):
•Detidos para venda no decurso da atividade
empresarial;
•No processo de produção para essa venda;
•Na forma de materiais consumíveis a serem
aplicados no processo de produção ou na
prestação de serviços.
Classe 3 – Inventários e ativos biológicos
Integra, também, os ativos biológicos (animais e
plantas vivos), no âmbito da atividade agrícola,
quer consumíveis no decurso do ciclo normal da
atividade, quer de produção ou regeneração. Os
produtos agrícolas colhidos são incluídos nas
apropriadas contas de inventários.
Classe 4 – Investimentos
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Esta classe inclui os bens detidos com
continuidade ou permanência e que não se
destinem a ser vendidos ou transformados no
decurso normal das operações da entidade,
quer sejam de sua propriedade, quer estejam
em regime de locação financeira.
Classe 4 – Investimentos
Compreende os investimentos financeiros, as
propriedades de investimento, os ativos fixos
tangíveis,
os
ativos
intangíveis,
os
investimentos em curso e os ativos não
correntes detidos para venda.
Classe 5 – Capital, Reservas e Resultados transitados
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Esta conta evidencia o capital subscrito, as
reservas e os resultados transitados.
Classe 6 – Gastos
Esta classe inclui os gastos e as perdas
respeitantes ao período.
Gastos
– resultam do decurso das atividades
correntes, como, por exemplo, o custo das
vendas, os salários e as depreciações.
Classe 6 – Gastos
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Perdas
– incluem valores que provêm de
desastres como o fogo e inundações e ainda
outros que provêm da alienação de ativos não
correntes.
Classe 7 – Rendimentos
Inclui os rendimentos (réditos) e os ganhos
respeitantes ao período.
Rendimentos
– provêm do decurso das
atividades correntes (ordinárias) de uma
empresa.
Classe 7 – Rendimentos
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Ganhos
– incluem os valores que provêm da
Classe 8 – Resultados