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TRADUÇÃO JORNALÍSTICA E AS INFLUÊNCIAS CULTURAIS NA TRADUÇÃO DO FATO NOTICIOSO

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Academic year: 2021

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TRADUÇÃO JORNALÍSTICA E AS INFLUÊNCIAS CULTURAIS NA TRADUÇÃO DO FATO NOTICIOSO

Laís Gonçalves Natalino 

RESUMO: A tradução, sob a concepção funcionalista, é vista como ação comunicativa, portanto, carregada de intenção. O tradutor, nesse sentido, é considerado como um produtor de textos na cultura de chegada, e a tradução funciona como ponte entre culturas, não apenas entre textos. Ancorada no funcionalismo alemão, Zipser (2002), faz a interface tradução-jornalismo, em que tradutor e jornalista desempenham papeis semelhantes e, através de diferentes olhares de um mesmo fato, o reproduzem, ancorando propósitos e públicos distintos. Partindo desses conceitos, o objetivo deste trabalho é analisar, a partir do modelo de análise textual orientada à tradução de Nord (1991), duas notícias, no par de línguas português-espanhol, retiradas dos jornais online “Folha de São Paulo” e “El Clarín”, que tratam da escolha do novo Papa, fato que ocorreu em março de 2013, no Vaticano. O resultado deste trabalho é a identificação e discussão do modo com que cada cultura representa em texto sua visão do mesmo fato noticioso.

PALAVRAS-CHAVE: Funcionalismo. Tradução. Jornalismo.

1. Introdução

Após a década de oitenta, período em que a Tradução se consolida como disciplina autônoma e ganha espaço no campo das pesquisas acadêmicas, surge, então, a possibilidade de pensar a tradução a partir da interdisciplinaridade. Bassnett (2003) entende a tradução como área de investigação interdisciplinar, nesse sentido, é plausível integrá-la a outras áreas do conhecimento tais como a antropologia, a filosofia, a psicanálise, a comunicação, o jornalismo, entre outros campos do saber.

Também na década de oitenta, emerge no panorama dos Estudos da Tradução, a Teoria Funcionalista, em que Nord (1991, 1997), Reiss e Vermeer (1996) estabelecem um processo de tradução guiado por um propósito, o que Vermeer (1986) caracteriza como skopos, sendo de competência do tradutor, garantir que se alcance esse propósito no texto de chegada apesar das barreiras culturais e linguísticas existentes.

A teoria funcionalista parte do princípio de que a tradução consiste em uma ação humana, ou situação comunicativa intencional, que ocorre em contextos não padronizados. Nesse sentido, para chegar ao propósito de um texto, naturalmente, faz-se necessário o questionamento quanto algumas perguntas fundamentais, Polchlopec, Zipser e Costa (2012), mencionam que ser funcional (ou funcionalista) implica às questões: para que quero dizer (função comunicativa), por que quero dizer (intenção pragmática), como vou dizer (estruturas) e para quem vou dizer (interlocutor/audiência).

Com olhar funcionalista, Zipser (2002) atenta para os textos jornalísticos e estabelece a interface: tradução-jornalismo, baseando-se inicialmente na ideia da impossibilidade da neutralidade das duas atividades, já que ambas são carregadas de intensão, a tradução por ser

Texto completo de trabalho apresentado na Sessão de Tradução do Eixo Temático Estudos da Língua e da Linguagem II do 4. Encontro da Rede Sul Letras, promovido pelo Programa de Pós-graduação em Ciências da Linguagem no Campus da Grande Florianópolis da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) em Palhoça (SC).

 Doutorada do Programa de Pós-graduação em Estudos da Tradução da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestra. laisnatalino@hotmail.com

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considerada uma ação intencional e o jornalismo por ser observado, segundo o pesquisador e jornalista Frank Esser (1998), marcado pela história, economia e cultura do país.

O tradutor e o jornalista, sob esse ponto de vista, desempenham papeis semelhantes, e através de diferentes olhares de um mesmo fato, o reproduzem, ancorando propósitos e públicos distintos. Partindo desses conceitos o objetivo deste trabalho é analisar, a partir do modelo de análise textual orientada à tradução de Nord (1991), duas notícias, no par de línguas português-espanhol, retiradas dos jornais online “Folha de São Paulo” e “El Clarín” que tratam da escolha do novo Papa, fato que ocorreu em março de 2013, no Vaticano.

O artigo encontra-se divido em quatro pequenas seções, a primeira seção é dedicada a uma pequena abordagem à teoria funcionalista da tradução; na segunda parte discute-se a respeito da interface tradução-jornalismo, a terceira seção dedica-se às análises e por fim, na quarta seção estão reunidas as conclusões da pesquisa.

Repensando língua e tradução sob o viés funcionalista

Para ser funcional (ou funcionalista) na tradução é necessário, além de repensar o conceito de tradução, refletir quanto ao conceito de língua. Vários autores tratam sobre a importância da cultura nos processos tradutórios, entretanto, faz-se necessário vincular a cultura como parte integrante da língua, para então, entender o processo tradutório tal como ele é. Nesse sentido, Azenha (1999) é muito citado ao falar da relação embrionária, existente entre linguagem e cultura, relação esta que tem sido “ponto de partida para a construção da dimensão cultural dos Estudos da Tradução” (Azenha, 1999, p. 30).

Bassnett (2003, p. 36) afirma que “o tradutor não pode tratar o texto separado da cultura sem correr um grande risco”. A autora compara a relação língua-cultura com o corpo humano e considera a língua o coração do corpo da cultura, sendo a interação entre as duas que irá assegurar a continuação da energia vital. Sendo assim, não se deve entender língua e cultura como partes isoladas no processo de tradução, e sim, como elementos atrelados e constituintes de uma mesma realidade social.

Tendo entendido a importante relação existente entre língua e cultura e sua relevância para a tradução, deve-se, então, observar a tradução como ponte, transporte, movimento, ação, o que Eco (2007, p.29), fazendo referência á Zingarelli, define como “converter, transportar de uma língua para outra”. Nesse processo de “transporte”, autor menciona que “as palavras assumem significados diversos segundo o contexto”, para ele, os textos são considerados enunciados que aparecem em contextos linguísticos ou são proferidos em alguma situação específica.

Semelhante ao que menciona Eco, as situações comunicativas, na abordagem funcionalista da tradução ocorrem em contextos não padronizados, ou seja, cada situação possui uma dimensão histórico-cultural que irá condicionar o comportamento dos agentes. Nord identifica como destinatário, a pessoa (ou grupo de pessoas) a que o emissor dirige sua mensagem, este se torna receptor no momento em que a recebe. Quando os agentes da situação comunicativa não compartilham da mesma cultura, há então, a necessidade de um mediador que facilite a comunicação e ultrapasse as barreiras cultuais e/ou linguísticas, esta atividade é chamada por Nord de “comunicação intercultural”.

Para a autora a situação em que ocorre a comunicação determina sua função no texto e é representada pelo que ela classifica como fatores extratextuais (ou elementos externos ao texto), a saber: emissor, receptor, tempo, meio, lugar, propósito e função; e fatores intratextuais (ou elementos internos ao texto), são eles: tema, conteúdo, estruturação, elementos não verbais, elementos supra-segmentais, sintaxe, léxico e efeito do texto.

Nord, ao falar da teoria da ação, baseia-se na Skopostheorie, ou “Teoria do Escopo” de Vermeer, que coloca em evidência a função, o propósito da tradução como determinante para as

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escolhas que o tradutor deve fazer. Segundo Vermeer (1986, p.08) “não é o texto de partida o fator determinante, não o é a fidelidade a este, mas a "fidelidade” ao objeto, à intenção ao destino que se dá ao texto de chegada”.

É importante mencionar que sob essa perspectiva atribui-se ao texto o conceito de oferta informação da qual o receptor será quem irá selecionar os elementos que considera importantes em sua situação de prospecção. Vermeer (1986, p.12) expõe que “há tantas versões dum texto, ou mesmo tantos “textos” diferentes, como há leituras e interpretações”. Para o autor toda forma de comunicar pode e deve ser considerada como texto, podendo existir várias versões de um texto base, o que suprime o conceito fixo de texto de partida e texto de chegada e permite várias possíveis traduções para um mesmo texto, ao invés de “a melhor tradução”.

Nesse sentido, Vermeer rompe com a ideia arcaica de equivalência e fidelidade ao texto original e propõe um novo olhar sobre a tradução colocando em evidência o objetivo ou escopo da tradução e o público-alvo pretendido e seu entendimento de mundo, determinado por sua cultura, suas expectativas e necessidades de comunicação (NORD, 1997, p. 12). Sendo assim, a tradução passa a ser fiel desde que a intenção comunicativa seja atingida no texto de chegada.

Tradução e jornalismo em interface

Assim como os tradutores, os jornalistas e profissionais da comunicação defenderam por muito tempo uma postura neutra frente a seus textos, entretanto, estudos focados na linguagem, na tradução e no próprio jornalismo vêm comprovando que o contexto reflete significativamente na escolha, na elaboração e na constituição de sentido dos textos. A “Teoria do Contexto”, por exemplo, estabelece que a relação entre sociedade e discurso é indireta e mediada por definições consideradas subjetivas e estruturadas em alicerces sociais da situação comunicativa tais quais como são interpretadas pelos participantes (DIJK, 2011, p. 10, tradução nossa).

Frank Esser é um pesquisador e jornalista que desenvolveu um modelo de análise para o jornalismo chamado “Modelo Pluriestratificado Integrado”, em que o fazer jornalístico é moldado de modo com que se torne organizador de perfis sociais, dentro desses perfis encontram-se as seguintes esferas: social da mídia, estrutural da mídia, institucional de organização e subjetiva. Sendo a notícia, na forma com que é lida pela audiência, influenciada por todas essas variáveis, o jornalismo configura-se como um sistema incapaz de ser neutro ou imparcial.

Nord propõe um modelo de análise para a tradução, enquanto Esser apresenta o modelo pluriestratificado integrado para o jornalismo, ambos convertem no conceito de que tanto a tradução quanto o jornalismo são influenciados por variáveis externas, situacionais e culturais, que, segundo o que aponta a teoria funcionalista, em ambos os casos, o texto só realizará sua função a partir da interação texto-destinatário.

Zipser (2002) observa que um mesmo fato noticioso pode sofrer deslocamentos de enfoque ao passar de uma língua/cultura para outra, isso ocorre porque jornalistas, a partir de diferentes lentes, reproduzem em texto diferentes representações da mesma situação comunicativa, ou seja, de um mesmo fato. Para isso, são utilizados “filtros culturais”, considerados por Zipser et al. (2011, p. 150) como “elementos que integram o sistema de comunicação intercultural, pautados nos valores da sociedade para a qual o texto se destina” e auxiliam o leitor na compreensão do acontecimento relatado.

Esse cenário, segundo Zipser et al. (2011), confere aos textos, traduzidos ou não, uma estrutura multidimensional, ou seja, a concepção de tradução desdobra-se para além do texto e surge, então uma nova forma de se pensar a tradução. A partir da interface tradução-jornalismo Zipser desenvolve o conceito da tradução como representação cultural, em que uma notícia passa a representar o momento socio-histórico e também a cultura do contexto ao qual se destina, sob

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a influência das escolhas e decisões linguísticas do jornalista atuando como um tradutor (ZIPSER et al., 2011, p. 153).

Análise dos dados: diferentes enfoques para um mesmo fato

Conforme já mencionado, o objeto desta investigação são duas notícias, no par de línguas português-espanhol, retiradas dos jornais online “Folha de São Paulo” e “El Clarín” que tratam da escolha do novo Papa, fato que ocorreu em treze de março de 2013, data em que foram veiculadas as notícias. Para esta análise utilizou-se o modelo proposto por Nord (1991) em que se observam os fatores internos e externos dos textos de referência. Alguns dos aspectos analisados serão apresentados nesta seção de modo com que se tenha uma visão geral do que foi observado .

Sabe-se que o emissor dos textos são El Clarín e Folha de São Paulo, ambas as notícias são escritas e divulgadas com mesma data, entretanto, o El Clarín produz sua notícia através de um correspondente que está no Vaticano, este, constrói o texto a partir de suas observações e experiências in loco e com base em fontes da imprensa europeia. Já o Folha de São Paulo, por outro lado, produz seu texto do Brasil (São Paulo) e não apresenta nenhuma fonte de referência.

As notícias, aparentemente, tem a intenção de informar quem foi o Papa eleito pelo Conclave no Vaticano, entretanto, analisando o texto, percebe-se que há uma diferença quanto aos propósitos de cada um dos jornais eletrônicos. No jornal argentino, o propósito aparece como apresentação dos fatos que ocorreram antes e depois da divulgação do Conclave e consideração das possíveis posturas e responsabilidades do novo Papa, já no jornal brasileiro, tende a afirmar a importância de um líder que além de ser oriundo da América Latina, adota postura polêmica frente à política e economia.

Percebe-se que os textos utilizam mesmo meio, data, mesmo tema – a revelação do nome e nacionalidade do novo Papa; função textual semelhante – essencialmente referencial; a estruturação também aparece em mesmo formato – título, lide, texto. Todos esses elementos são utilizados para colocar em texto um mesmo fato. Entretanto, este fato ganha diferentes enfoques inicialmente pelo propósito definido e em seguida pelas escolhas adotadas na construção desse texto, por exemplo, o conteúdo do texto do El Clarín, é marcado pelo detalhamento do fato, pressuposições de posturas e responsabilidades futuras, enquanto o texto do Folha de São Paulo apresenta o fato, estabelece um perfil para Bergoglio, e comenta sobre a tradição do Conclave.

Por fim os efeitos que cada um desses textos causam no leitor são, consequentemente, diferentes, no El Clarín, o jornal informa com orgulho e alegria que Bergoglio é o novo Papa, isso se justifica pelas próprias pressuposições feitas ao escrever o texto, em que para o jornalista, o momento da revelação do nome de um novo Papa seria um momento de grande alegria no Vaticano e não se esperava pela revelação do nome de Bergoglio, o que representou uma alegre surpresa.

Já no Folha de São Paulo o efeito é a relação do nome de Bergoglio a polêmicas desnecessárias e apesar do Papa ser Argentino e latino-americano há uma depreciação da América Latina e da Argentina frente à Europa, o que é feito através da citação de uma frase (fora de contexto) feita pelo Papa. Neste caso, as pressuposições do jornalista ao escrever o texto foram que para Roma a Argentina/América Latina seria considerada “fim do mundo”, e que o Papa Bergoglio seria conhecido (apenas) por seu conservadorismo.

O público brasileiro tem por natureza rivalidade com a Argentina, talvez por esta razão haja este deslocamento de enfoque, pois não haveria como causar o mesmo efeito de alegria e euforia, mediante uma eleição com o qual o “vencedor” foi um Argentino. Lembrando que esta é apenas uma interpretação para o deslocamento, que, de fato, existe.

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564 Considerações finais

A provável razão por detrás desse deslocamento tem, certamente, origem cultural, já que, de acordo com o que discutimos até aqui, os textos e as situações comunicativas fazem parte de contextos histórico-culturais específicos que são condicionados pelo comportamento dos agentes envolvidos em todo o processo de comunicação. As possíveis razões que envolvem o deslocamento observado, ficam, então, como possibilidade para análise em estudos futuros, haja vista que, o objetivo deste trabalho, conforme exposto desde o início, foi o de analisar o par de notícias olhando para o modo com que cada cultura representa em texto sua visão do mesmo fato noticioso.

Sabe-se que, ao analisar um texto, é necessário olhar para sua função comunicativa, ou seja, o que e para que ele comunica; sua audiência, para quem ele comunica; sua intenção pragmática, o porquê aquilo está sendo comunicado e por fim as estruturas empregadas para o ato de comunicação, ou seja, como se comunica. Essas perguntas foram feitas na leitura das notícias e após este primeiro “olhar” sobre os textos, o modelo de análise de Nord (1991), além de responder a essas mesmas (e outras) questões básicas sobre eles, define os contextos de produção e recepção, relacionando os elementos externos e internos.

Partindo da análise e das discussões estabelecidas neste trabalho, fica evidente a relação entre tradução e jornalismo, nesse sentido, comprova-se a interface dessas duas áreas e, principalmente, vê-se a tradução a partir de uma perspectiva, que sai do texto e se desloca para o fato. O que evidencia a analogia feita entre os papeis desempenhados por jornalista e tradutores à medida que a partir diferentes interpretações de um mesmo fato noticioso, o textualizam, ancorando propósitos e públicos distintos. Essas diferentes ancoragens caracterizam diferentes enfoques para o fato.

Referências

NORD, Christiane. El funcionalismo en la enseñanza de traducción. European Society for Translation Studies. Mutatis Mutandis, vol. 2, no. 2. 2009. pp. 209 – 243.

NORD, Christiane. Translation as a Purposeful Activity. UK: St. Jerome. 1997.

POLCHLOPEK, S.A; ZIPSER, M. E; COSTA. M.J.R.D. Tradução como ação comunicativa: A perspectiva do funcionalismo nos Estudos da Tradução. Tradução e Comunicação. Revista Brasileira de Tradutores, n. 24, 2012.

POLCHLOPEK, Silvana. Tradução e jornalismo em interface: considerações acerca da representação cultural do“11 de Setembro”. Revista Rumores, vol.1, edição 7., 2010. Zipser, M. E. et al. Transversalidade e novos olhares em tradução: a interface

tradução-jornalismo e a dinâmica da tradução como representação cultural. Revista Interfaces, vol. 1, n 14, 2011.

ZIPSER, Meta Elisabeth. Do fato à reportagem: as diferenças de enfoque e a tradução como representação cultural. São Paulo: USP, 2002 (Tese de doutoramento, disponível na BU-UFSC). Jornal eletrônico El Clarín. Disponível em: http://www.clarin.com/europa/Iglesia-catolica-nuevo-Papa_0_881912011.html Acesso em: 13/05/2012.

Jornal Eletrônico Folha de São Paulo. Disponível em:

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1240394-cardeais-elegem-primeiro-papa-latino-americano.shtml Acesso em: 13/05/2012.

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565 ANEXOS

ANEXO 1 – Análise das notícias

MODELO DE ANÁLISE TEXTUAL DE CHRISTIANE NORD

TEXTO 1 – El nuevo Papa es el argentino Jorge Bergoglio

TEXTO 2 – Cardeais elegem argentino papa; é o primeiro latino-americano

TEXTO-FONTE TEXTO-META

FATORES EXTERNOS AO TEXTO (FE)

Emissor El Clarín Folha de São Paulo

Intenção Informar resultado do Conclave com a eleição do Papa argentino, Jogre Bergoglio.

Informar que o Papa eleito pelo Conclave é argentino, latino-americano e jesuíta.

Receptor Público católico argentino. Público brasileiro.

Meio Jornal eletrônico. Jornal eletrônico.

Lugar Europa São Paulo, Brasil

Tempo 13/13/2013 13/13/2013

Propósito Apresentar os fatos que ocorreram antes e depois da divulgação do Conclave e considerar possíveis posturas e responsabilidades do novo Papa.

Afirmar a importância de um líder que além de ser oriundo da América Latina, adota postura polêmica frente à política e economia.

Função textual Referencial (Subfunção descritiva) Referencial FATORES INTERNOS AO TEXTO (FI) Tema Revelação do nome e nacionalidade do

novo Papa. Revelação do nome e nacionalidade do novo Papa. Conteúdo Detalhamento do fato, pressuposições

de posturas e responsabilidades futuras.

Apresentação do fato, perfil de Bergoglio, tradição do Conclave.

Pressuposições

O momento da revelação do nome de um novo Papa é um momento de grande alegria no Vaticano. Não se esperava pela revelação do nome de Bergoglio.

Para Roma a Argentina/América Latina seria considerada “fim do mundo”. Bergoglio seria conhecido por seu conservadorismo.

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Estruturação Título, lide, texto. Título, lide, texto. Elementos não

verbais

Vídeo. Imagens.

Léxico Simples. Simples.

Sintaxe Uso de terceira pessoa e da voz passiva. Uso de terceira pessoa e da voz passiva. Elementos

suprassegmentais Negrito e parênteses. Negrito (apenas no título) e parênteses.

Efeito do texto

Informa com orgulho e alegria que Bergoglio é o novo Papa.

Relaciona o nome de Bergoglio a polêmicas desnecessárias e utiliza uma frase do Papa que acaba depreciando a América Latina e a Argentina.

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