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CO-19 EVOLUÇÃO DA ACAROFAUNA ÚTIL DA FAMÍLIA PHYTOSEIIDAE ASSOCIADA AO ECOSSISTEMA MACIEIRA NA ILHA TERCEIRA

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COMUNICAÇÕES ORAIS

CO-19

EVOLUÇÃO DA ACAROFAUNA ÚTIL DA FAMÍLIA

PHYTOSEIIDAE ASSOCIADA AO ECOSSISTEMA MACIEIRA NA

ILHA TERCEIRA

Rodrigues, J.R.1; Macedo, N.2; Figueiredo, A.2 & Lopes, D. J. Horta2

1Escola Superior Agrária de Ponte de Lima, Convento de Refóios - 4990-706 Ponte de Lima, Portugal.

e-mail: raulrodrigues@esa.ipvc.pt

2Centro de Biotecnologia dos Açores, Departamento de Ciências Agrárias, Largo da Igreja, 9701-851

Terra-Chã. Portugal. E-mail: dlopes@uac.pt

Resumo

O aranhiço-vermelho Panonychus ulmi (Koch) é considerado praga chave nos pomares de macieira da Ilha Terceira, exigindo tradicionalmente repetidas aplicações de acaricidas ao longo do ano. Por outro lado, o interesse suscitado nos últimos anos pelo estudo dos ácaros predadores da família Phytoseiidae, abriu novas perspectivas para a limitação natural do fitófago. Assim, o estudo das espécies de fitoseídeos ao nível regional, reveste-se de primordial importância tendo em vista a implementação de programas de protecção integrada contra esta importante praga.

Trabalhos de prospecção levados a cabo no âmbito do projecto INTERFRUTA II, demonstraram que: 1) após a substituição de pesticidas tidos como tóxicos sobre os fitoseídeos, por outros considerados de maior selectividade para estes auxiliares, ocorreu uma alteração da composição da acarofauna útil dos pomares; 2) entre as espécies identificadas, no presente estudo os predadores, Neoseiulus cucumeris (Oudemans) (Acari: Phytoseiidae) e Zetzelia mali (Ewing) (Acari: Stigmaeidae), constituem novas espécies para o arquipélago dos Açores. Por sua vez, os fitoseídeos Amblyseius andersoni (Chant) e Euseius stipulatus (Athias-Henriot) foram referenciados pela primeira vez na Ilha Terceira.

Palavras-chave: fitoseídeos, aranhiço-vermelho, macieira, vinha, limitação natural.

Abstract

The red-spider-mite Panonychus ulmi (Koch) is a key enemy in apple orchards of the Terceira Island (Azores), demanding repeated treatments with miticides. Mites of the family Phytoseiidae have received considerable attention for the last years because of their potential as biological control agents of phytophagous mites on several crops. Like this, the study of the phytoseiids species at the regional level, is covered of great importance in order to the implementation of Integrated Pest Management Programs against the red-spider-mite.

Works carried out in the extent of the project INTERFRUTA II, they demonstrated that: 1) After the replacement of pesticides considered harmful for the phytoseiid mites, for other more selective for these predators, an alteration of phytoseiid species was verified. 2) Among the identified species in the present work, Neoseiulus cucumeris (Oudemans) (Acari: Phytoseiidae) and Zetzelia mali (Ewing) (Acari: Stigmaeidae), they constitute new species for the archipelago of Azores. On the other hand the phytoseiid species Amblyseius andersoni (Chant) and Euseius stipulates (Athias-Henriot), were identified for the first time in the Terceira Island.

Keywords: Phytoseiids, red-spider-mite, Apple orchards, vineyards, natural control.

Introdução

As condições climáticas especiais de algumas localidades da Ilha Terceira, têm permitido o desenvolvimento da fruticultura, com especial ênfase para a macieira, cuja importância na economia local assume proporções não negligenciáveis.

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COMUNICAÇÕES ORAIS

O aranhiço-vermelho Panonychus ulmi (Koch), inimigo chave da macieira na generalidade dos países produtores (Costa-Comelles, 1986; Brazier & Breniaux, 2001), constitui uma preocupação constante na cultura da macieira na ilha Terceira, cuja importância económica tem vindo a aumentar nos últimos anos.

Na natureza, o aranhiço-vermelho praga encontra-se em equilíbrio com os seus antagonistas naturais, o mesmo nem sempre acontece em pomares industriais, principalmente naqueles onde são frequentes as aplicações de pesticidas de largo espectro de acção e de baixa selectividade para os referidos auxiliares.

A principal causa do aumento das populações de aranhiço-vermelho nos ecossistemas agrários é, de acordo com diversos autores, a utilização de pesticidas de largo espectro de acção, que por um lado, eliminam as populações dos inimigos naturais, especialmente de ácaros fitoseídeos (Acari: Phytoseiidae), que são considerados os auxiliares mais importantes na limitação natural de ácaros fitófagos e, por outro lado estimulam o desenvolvimento destes, quer directamente, através de fenómenos de hormoligose, quer indirectamente, via planta hospedeira, através de fenómenos de trofobiose (Comelles, 1986; Costa-Comelles & Avilla, 1992).

Vários trabalhos têm demonstrado que a manutenção das populações de aranhiço-vermelho a níveis economicamente toleráveis, é conseguida não através do recurso a acaricidas, mas de medidas conducentes à preservação e recuperação dos inimigos naturais, em particular dos ácaros fitoseídeos (Costa-Comelles, 1986; Ivancich-Gambaro, 1986; Rodrigues, 2006), constituindo a luta química, um último recurso.

Os fitoseídeos, constituem o grupo de auxiliares mais utilizado na regulação das populações do aranhiço-vermelho em macieira. A importância destes auxiliares na limitação natural do fitófago, tem sido amplamente estudada por diversos autores à escala mundial, destacando-se os trabalhos realizados em Espanha (Costa-Comelles, 1986), Itália (Duso, 1992), França (Tixier et al., 2000) e Portugal (Ferreira, 2000; Rodrigues, 2006).

Para concretizar a limitação natural do aranhiço-vermelho através destes auxiliares, torna-se necessário ter em consideração a fragilidade de todas as modalidades de luta biológica praticadas actualmente, o que implica ao nível das culturas, um bom conhecimento e acompanhamento das parcelas, de modo a que se tomem decisões judiciosas e oportunas (Courteix & Pierre-Fredec, 1999). Para que tal seja possível, torna-se necessário conhecer à escala regional: as espécies mais frequentes e abundantes nas culturas; o seu período de actividade e consequentemente a sua dinâmica populacional; as particularidades bioecológicas das espécies localmente estabelecidas e a acção secundária dos pesticidas sobre estes auxiliares.

Em Portugal, existe informação considerável sobre as espécies de fitoseídeos associados à macieira nas principais Regiões produtoras (Rodrigues et al., 2005; Rodrigues, 2006).

A implementação do Projecto INTEFRUTA II financiado pelo programa INTERREG III-B (05/MAC/3.1/A4Interreg III B 2002-2006), permitiu alguns avanços no conhecimento das espécies de fitoseídeos associados ao ecossistema macieira na Ilha Terceira, sendo Neoseiulus californicus (McGregor) a única espécie referenciada. Entre as espécies de fitoseídeos referenciadas para as diversas ilhas do arquipélago dos Açores (Borges et al., 2005) e com particular interesse na limitação natural do aranhiço-vermelho, constam: Amblyseius andersoni (Chant) em São Miguel, N. californicus em São Miguel e Terceira e Euseius stipulatus (Athias-Henriot) no Pico.

Com o presente trabalho, pretendeu-se avaliar a evolução da composição das espécies de fitoseídeos associadas aos ecossistemas macieira e vinha após a implementação das práticas de protecção integrada, em cinco pomares e cinco vinha aderentes ao Projecto Intefruta II, na Ilha Terceira.

Material e Métodos

O presente trabalho decorreu os ciclos vegetativos de 2006 e 2007, em cinco pomares referência dispersos por várias localidades da ilha terceira e durante o ciclo vegetativo de 2006 em quatro vinhas localizadas na localidade dos Biscoitos, onde se produz o vinho com Denominação de Origem Controlada.

Durante o ciclo vegetativo de 2006, foram efectuadas 2 amostragens em cada pomar, e em cada vinha. Em 2007, foram efectuadas apenas uma amostragem em cada pomar.

Cada amostragem consistiu na colheita aleatória de 50 folhas por parcela, à razão de duas folhas por planta, colhidas do terço médio do lançamento do ano.

As folhas colhidas em cada amostragem, foram introduzidas em sacos plásticos devidamente etiquetados e facilmente identificáveis e levadas para o laboratório em mala térmica arrefecida, sendo conservadas em frigorífico à temperatura de ± 4 ºC até serem observadas, o que era feito no mais curto espaço de tempo possível.

As observações foram feitas à lupa binocular, contando-se todas as formas móveis de fitoseídeos e de aranhiço-vermelho existentes na página inferior das folhas. Os fitoseídeos foram removidos das folhas com auxílio de uma agulha entomológica e colocados num frasco contendo um meio de conservação (Líquido de Oudemans) (García-Marí et al., 1994), onde permaneceram até serem preparados para identificação.

A identificação das espécies de fitoseídeos foi feita com recurso a chaves adequadas (Ferragut & Escudero, 1987; Miedema, 1987; García-Marí et al., 1994).

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COMUNICAÇÕES ORAIS

A análise dos dados consistiu determinação das espécies e da sua importância relativa em termos de frequência e abundância.

Resultados

Durante a realização do presente estudo foram identificadas quatro espécies de fitoseídeos, todas elas pertencentes à sub-família Amblyseiinae (Muma) e aos géneros Euseius Wainstein, Neoseiulus Hughes e

Amblyseius Berlese (Quadro 1).

Em 2006 identificaram-se 71 exemplares de fitoseídeos, sendo 58 em macieira e 13 em vinha (Quadro 2). Em ambos os ecossistemas, a identificação revelou a existência de duas espécies, sendo por ordem decrescente de abundância:

N. californicus (McGregor)

(98,3%) e

Euseius stipulatus Athias

Henriot

(1,7%) em macieira (Quadro 2) e

E stipulatus

(84,6%) e

Neoseiulus cucumeris

(Oudemans)

(15,4%) (Quadro 2). No que respeita à frequência destas espécies, verificou-se que no ecossistema macieira,

N. californicus

ocorreu em todas as amostragens efectuadas, enquanto E.

stipulatus apenas em 20%.

Quadro 1 – Espécies de fitoseídeos identificadas em macieira e vinha. Terceira (Açores), 2006 e 2007.

Sub-família Género espécie

Amblyseiinae Muma, 1961 Euseius Wainstein, 1962 Euseius stipulatus (Athias-Henriot) Neoseiulus Hughes, 1948 Neoseiulus cucumeris (Oudemans)

Neoseiulus californicus (McGregor)

Amblyseius Berlese, 1914 Amblyseius andersoni (Chant)

Em 2007 as prospecções foram feitas apenas em macieira. Identificaram-se 68 exemplares de fitoseídeos, sendo por ordem decrescente de abundância E. stipulatus (64,7%), N. californicus (33,8%) e

Amblyseius andersoni (Chant) (1,5%) (Quadro 2). A espécie mais frequente foi N. californicus que ocorreu em todas as amostragens efectuadas, seguida de E. stipulatus (80%) e de A. andersoni com apenas uma ocorrência (20%) (Quadro 2).

Quadro 2 – Importância relativa em termos de abundância e frequência, das espécies de fitoseídeos identificadas no presente estudo em macieira. Terceira (Açores), 2006 e 2007.

Cultura Espécies Abundância 2006 Frequência Abundância 2007 Frequência

n % M % n % M %

Macieira

Neoseiulus californicus 57 98,3 6 100,0 23 33,8 6 100,0

Euseius stipulatus 1 1,7 1 20,0 44 64,7 5 80,0

Amblyseius andersoni - - - - 1 1,5 1 20,0

Vinha Euseius stipulatus 11 84,6 5 83,3 - - - -

Neoseiulus cucumeris 2 15,4 2 33,3 - - - -

n = Abundância (número de indivíduos); m = Frequência (nº de contagens em que apareceu cada espécie)

Também no ano de 2007 verificou-se a presença em duas amostragens, do ácaro predador Zetzelia

mali (Ewing) (Acari: Stigmaeidae).

Discussão e Conclusões

Entre as espécies identificadas no presente trabalho, o fitoseídeo Neoseiulus cucumeris (Oudemans) e o estigmaeideo Zetzelia mali (Ewing), constituem novas espécies para o arquipélago dos Açores. Por outro lado A. andersoni e E. stipulatus, foram identificadas pela primeira vez na Ilha Terceira.

Todas as espécies identificadas no presente trabalho, estão referenciadas como associadas aos ecossistemas macieira e vinha em Portugal Continental (Ferreira, 2000; Rodrigues, 2000; 2006; Rodrigues

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COMUNICAÇÕES ORAIS

et al., 2005). A existência de uma ou duas espécies dominantes e de outras com carácter secundário ou esporádico, concorda com o referido por Baillod & Venturi (1980) para estudos deste género.

Durante o presente estudo observou-se uma alteração da composição das espécies no ecossistema macieira. N. californicus que até então parecia ser a única espécie presente, vem sendo substituída por E.

stipulatus. Esta última espécie foi referenciada em 2006 apenas numa amostragem, mas em 2007, passou a ser a espécie mais abundante (64,7%) contra 33,8% para N. californicus e 1,5% para A. andersoni. Apesar de E. stipulatus ter sido a espécie mais abundante em 2007, N. californicus continuou a ser a espécie mas frequente, tendo sido referenciada em todas as amostragens, contra 80% para E. stipulatus e 20% para A. andersoni.

Ao nível da vinha, verificou-se o predomínio de E. stipulatus, seguida de N. cucumeris. Situações de alteração da dominância e da composição das espécies, têm sido verificadas em ecossistemas agrários, com particular ênfase em macieira (Rodrigues, 2006).

A alteração da composição das espécies verificada nos pomares de macieira, corrobora elevada capacidade dos fitoseídeos se reinstalarem em pomares onde não haviam sido fetias largardas (Vilajeliu & Vilarnau, 1995; Rodrigues, 2006). Esta alteração na composição das espécies, constitui um importante indicador de evolução positiva do “frágil equilíbrio” dos pomares, no sentido da limitação natural do aranhiço-vermelho.

Assim, o surgimento de E. stipulatus como espécie mais abundante, poderá estar associado à alteração das práticas fitossanitárias, designadamente a abolição de piretróides que são considerados desprovidos de selectividade para esta espécie (Braudy et al., 1999; Brazier & Breniaux, 2001) e à restrição de organofosforados e de alguns fungicidas, devido à implementação dos princípios de protecção integrada nos pomares da região. Outro aspecto que pode ter contribuído para a consolidação de E. stipulatus em detrimento de N. californicuos, terão sido as temperaturas amenas e humidades relativas elevadas, características do clima regional, consideradas favoráveis para o desenvolvimento de E. stipulatus (Ferragut & Escudero, 1997; Rodrigues, 2006).

A associação de E. stipulatus ao ecossistema macieira, assume particular relevância apenas em pomares do noroeste português, onde é considerada a espécie mais frequente (Rodrigues, 2000; 2006; Rodrigues et al., 2005). Uma possível justificação para o facto da elevada abundância e frequência da referida espécie nos pomares da região do Minho, bem como na Ilha Terceira, pode estar relacionada com as condições climáticas destas regiões, pelo que E. stipulatus encontra nestas regiões, condições climáticas favoráveis ao seu desenvolvimento, designadamente Invernos suaves e Verões amenos com elevadas humidades relativas (García-Marí et al., 1994).

As espécies identificadas no ecossistema macieira, apresentam características biológicas algo comuns e por vezes complementares. Assim, N. californicus é considerada uma espécie predadora selectiva de ácaros tetraniquídeos produtores de teia densa, tal como Tetranychus urticae Koch. Trata-se de uma espécie efectiva a elevadas densidades populacionais do fitófago, enquanto que as restantes, são predadoras generalistas, que, na ausência do alimento preferido, o aranhiço-vermelho, não têm necessidade de abandonar o hospedeiro, recorrendo então a alimentos alternativos, tais como pólenes, meladas, exsudados, pequenos insectos e ácaros, pelo que são consideradas como predadoras efectivas a baixas densidades do fitófago (McMurtry & Croft, 1997).

Os dados relativos à ocorrência de N. californicus em Portugal continental sugerem tratar-se de uma espécie muito pouco frequente em macieira, com valores de frequência situados entre 5% e 7% (Ferreira, 2000; Espinha et al.,1995; Rodrigues, 2000). N. californicus parece preferir climas com humidade relativa elevada, o que pode explicar a sua presença nos pomares da Ilha Terceira, estando ao mesmo tempo bem adaptado a elevadas temperaturas estivais (García-Marí et al., 1994).

Relativamente a Amblyseius andersoni, apesar da sua baixa frequência, esta é considerada a espécie mais importante em pomares da orla mediterrânica, sendo particularmente abundante e frequente Norte de Itália (Duso & Pasini, 2003) e nas principais bacias de produção do Sudoeste de França (Brazier & Breniaux, 2001) e em Lérida, na região espanhola da Catalunha (Costa-Comelles, 1986. Em Portugal continental, A. andersoni é considerada uma espécie marginal em pomares de macieira, com valores de frequência de 0,5% (Ferreira, 2000), tendo-se tornado recentemente, na espécie mais abundante na região de Braga (Rodrigues, 2006).

N. cucumeris encontra-se associado normalmente ao substrato herbáceo e tem potencial interesse em culturas hortícolas e ornamentais, dado tratar-se de uma espécie que tem proporcionado resultados bastante animadores na limitação natural de tripes (Tysanoptera: Tripidae) (Zilahi-Balogh et al, 2007).

A presença de N. cucumeris nas vinhas dos Biscoitos, apesar de não ser considerada uma espécie associada cultura, pode estar intimamente ligada à forma de condução adoptada na região. O facto da vinha estar conduzida ao nível do solo, permite um maior contacto directo da vinha com a flora adventícia, facilitando desta forma a migração de N. californicus entre as espécies herbáceas e a cultura.

A realização do presente trabalho permitiu a identificação de duas espécies novas de ácaros perdadores das famílias Phytoseiidae e Stigmaeiidae para o Arquipélago dos Açores, bem como de duas espécies de fitoseídeos para a ilha Terceira. Entre as espécies de fitoseídeos identificadas, todas elas pertencem à sub-família Amblyseiinae.

A ocorrência de N. californicus quase em exclusivo na fase inicial do trabalho, pode estar directamente relacionada com o passado fitossanitário dos pomares, não sendo de excluir a hipótese da existência de

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COMUNICAÇÕES ORAIS

uma pressão de selecção, devida à frequente aplicação de pesticidas de largo espectro de acção a que os pomares estiveram e estão sujeitos.

A ocorrência simultânea de espécies com diferentes hábitos alimentares, permite encarar com optimismo, a possibilidade de se implementar a curto prazo a limitação natural do aranhiço-vermelho nos pomares da região.

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