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PLANEAMENTO DO DESENVOLVIMENTO
AUTARQUICO
Prof. Doutor Jacob Massuanganhe, PhD
Politicas Públicas, Governação e Desenvolvimento Local Director de Programas e do Mestrado, CPPPGL- FDUAN
Jacob.massuanganhe@gmail.com
https://sites.google.com/site/jacobmassuanganhe
UNIVERDIADE AGOSTINHO NETO FACULDADE DE DIREITO
TEMAS:
1. Discuta o quadro do planeamento estratégico Municipal com
contexto da autarcização
2. No tocante as autarquias, identifique e discuta os desafios
associados quadro do planeamento táctico e operacional em Angola.
3. Discuta as lições inerente ao quadro da municipalização para as
futuras autarquias locais
4. Discuta os mecanismos de coordenação dos programas e planos
municipais e das autarquias. Que elementos a ter em conta
5. Discuta o processo de avaliação de desempenho territorial
PORQUÊ PLANEAR?
Planeamento P
ú
blico:
•
Voltado para a solu
ç
ão dos problemas da
sociedade, de interesse da maioria, que não
encontram solu
ç
ão nas for
ç
as do ambiente;
Planeamento Empresarial:
•
Voltado para a rentabilização da actividade
pública, de interesse particular e de utilidade
da maioria;
•
Sujeito
à
prescrições do Direito privado,
PERGUNTAS RESPOSTAS
Onde estamos?
(Perfil)
Diagnóstico (DRP + SWOT) Aonde queremos ir?
(Plano Estratégico e Projectos)
Visão e Estratégias futuras
(MQL) Como iremos?
(Matriz Logica – Plano de Negocio)
Metas e Acções (MQL)
Como estamos caminhado?
(Balanço)
Sistema de Controle (Indicadores)
Planeamento
Estratégia Organizacional Processos Organizacionais Operações Organizacionais Planeamento Estratégico(Programas - Efeitos)
Planeamento Táctico (Projectos - Eficiencia)
Terminologia
OBJECTIVOS – Condições que devem ser conseguidas durante um período de tempo (o que fazer? – Ponto de partida)
RESULTADOS: Condições que devem ser conseguidas durante um período de tempo (o que fazer? – Ponto de chegada)
METAS - Resultados finais quantificados que devem ser atingidos dentro de um período de tempo previamente
estabelecido. (o que? Até quando?). Metas especificam o que é para ser alcançado e quando deverão ser atingidos os
resultados.
INDICADORES – A forma como o conjunto de acções, resultados ou objectivos serão medidos. Podem ser qualitativos e quantitativos.
FONTE DE VERIFICAÇÃO: O meio ou métodos como o conjunto de acções será reportado e avaliado. Pode ser documental (analise) ou física (observação).
Terminologia
ESTRATÉGIAS - As estratégias definem uma base contínua de ordenação destas adaptações através de propósitos mais amplamente concebidos.
TÁCTICAS - As tácticas são de curta duração, adaptativas, e utilizam adaptações interactivas de forças opostas, para
atingir metas limitadas.
PLANOS - Conjunto de medidas, tarefas e acções por meio das quais devem ser atingidos os objetivos e as
metas.Assumem a forma de programas ou projectos
PROGRAMAS - Eles expressam como os objectivos serão
atingidos (resultados) dentro dos limites estabelecidos. Tem uma vertentes de médio e longo prazo.
PROJECTOS - Os Projectos especificam passo a passo a sequência de acções necessárias para atingir os objectivos ou metas preconizadas. Tem uma vertente de curto prazo. A variável critica é o tempo.
É um processo desenvolvido com o objectivo de alcançar uma determinada situação desejada, de modo mais eficiente e eficaz, optimizando esforços e recursos existentes na organização.
Para isso, existem diversos níveis de planeamento praticados por uma organização. O planeamento é um processo gerencial, ou seja, pensar em planeamento significa, portanto, pensar no futuro.
FUTURO DIA-A-DIA
O PLANEAMENTO NÃO DIZ RESPEITO A
DECISÕES FUTURAS, MAS ÀS IMPLICAÇÕES FUTURAS DE DECISÕES PRESENTES
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Estratégia. (Do gr. strategia, pelo lat. Strategia.)
1.Arte militar de planear e executar movimentos e operações de tropas, navios e aviões, visando a alcançar ou manter
posições relativas e potenciais bélicos favoráveis a futuras acções tácticas sobre determinados inimigos.
2. Arte militar de escolher onde, quando e com que travar um combate ou uma batalha.
3. Arte de aplicar os meios disponíveis com vista à consecução de objectivos.
4. Arte de explorar condições favoráveis com o fim de alcançar objectivos específicos.
Fonte: Dicionário Aurélio
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A estratégia pode ser definida como a
determinação da modalidade de como os objetivos
e metas ao longo prazo vão ser materializados e
que recursos são necessários à consecução dessas
metas.
São os meios de atingir os objetivos. Decidir pela
maneira mais adequada buscando atingir maior efetividade, ou seja, fazer certo as coisas certas com o máximo de
contribuição para o ambiente. Deve-se pensar em aspectos tais como: custos, relações humanas, qualificação do
pessoal, sinergia com os objetivos, interação entre as partes da organização, etc.
Definições:
Planeamento
- método integrado, formal e
sistemático de tomada de decisão, que busca
assegurar que a organização alcance seus
objectivos.
Estratégia
- conjunto de acções para
ordenar e alocar os recursos organizacionais,
de modo viável e particular, referenciado nas
competências e falhas internas, e nas
mudanças previstas no ambiente.
previsão;
racionalidade;
quantificação;
submissão do indivíduo ao grupo;
liderança empreendedora;
democracia participativa.
O Plano Estratégico compreende, um conjunto de
acções
e
metas
visando
materualizar
um
determinado fim. É elaborado no primeiro ano de
gestão para os quatro anos seguintes. Serve de base
orientadora para o decursos de todas as acções de
uma organização ou territorio
VIGÊNCIA
Revisão
2011
2012
2013
2014
2015
ELABORAÇÃO
Os
Plano
Estratégicos
compreendem,
inclusive, o primeiro exercício financeiro
da gestão subseqüente. É elaborado no
primeiro ano de gestão para os quatro anos
seguintes.
Meta Estrategica (Global)
2012
2013
2014
2015
2016
Meta Intermedia
Estratégias
Missão / Visão / Valores
Objetivos Estratégicos
Acções Estratégicas
Plano de ACção
Que possibilita o estabelecimento de
MACROESTRATÉGIAS / MACROPOLÍTICAS
Que orientará a formulação de
OBJECTIVOS GERAIS E ESPECIFICOS
Mais realistas que as expectativas e desejos, como base para a formulação de
DESAFIOS e METAS
Quantificados, que permitirão o estabelecimento, a nível de área funcional, de
ESTRATÉGIAS E POLÍTICAS
Capazes de:
• tirar proveito dos pontos fortes e oportunidades;
• evitar ou eliminar os pontos fracos e ameaças da organização e que devem ser traduzidas em
PROGRAMAS, PROJECTOS E ACÇÕES
Destinados a orientar a operacionalização do plano estratégico através do
Planeamento é o processo consciente e metódico de construção do futuro. O
conceito de planeamento se impõe cada vez mais como imperativo para qualquer tipo de acção.
O planeamento, como função específica da Organização, representa as aspirações da organização, é um dos mais eficientes
instrumentos de actuação racional sobre os espaços socioeconómicos que se deseja
modificar.
Em suma…
.O Planeamento estratégico
é um processo de gestão que permite estabelecer um direccionamento a ser seguido pela
organização, com o objectivo de se obter uma optimização dos objectivos ou resultados.
Caracterizado:
• Visão do futuro
• Atingir resultados
Planeamento estratégico é o processo que
instrumentaliza e guia a acção de uma organização, hierarquizando o objecto de
intervenção em cada momento (cronograma), atendendo a infinidade de resultados.
Ele diz respeito à formulação de estratégias, a
selecção de metas e acções, levando em conta as condições internas e externas da organização e sua evolução esperada.
CICLO DE PLANEAMENTO
R
evisão dos Programas Monitoramento(Acompanhamento)
E
xecução dos ProgramaP
laneamento expresso em ProgramasA
valiaçãoDESAFIOS DO MERCADO
Impacto
na
A ARTE DE PLANEAR
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Estratégica
Problemas actuais
As exigências
Ambiente interno e externo
Os Objectivos e metas
Resultados e
Operacional
Para/Que fazer (prioridades)
Como (Recursos)
Quando (cronograma) Monitoria e avaliação (metas)
Planeamento Estratégico - Características
É um processo permanente e contínuo. É sempre voltado para o futuro.
Visa a racionalidade da tomada de decisões. Visa selecionar uma entre várias alternativas. É uma técnica de alocação de recursos.
O Planeamento Estratégico e as Dimensões Organizacionais Planeamento Institucional Planeamento dos Centros Planeamento dos Deptos. Planeamento das Áreas Organizar dados Analisar os dados Implantar decisões Mensurar os resultados
Avaliar os resultados
Adotar ações corretivas
Planeamento Estratégico: é realizado nas funções mais elevadas da Organização, tem maior alcance de tempo e as decisões envolvidas englobam a organização como um todo.
Planeamento Táctico: é realizado pelos executivos,
traduz e interpreta as decisões da direcção e as transforma em planos concretos dentro dos
departamentos da Organização. Geralmente tem um médio alcance de tempo.
Planeamento Operacional: é aquele que coloca em
prática os planos tácticos dentro de cada sector da
organização. Geralmente tem curto alcance de tempo.
Características
Objectivos e Metas
Meios para atingir os
c2008, Valentim
Estratégia Organizacional
Processos Organizacionais
Operações Organizacional
Planeamento
Estratégico (Impacto)
Planeamento Táctico (Eficiencia)
Planeamento Operacional (Resultados)
Nível Planeamento Conteúdo Prazo Características Organizacional Intermediário Operacional Estratégico Táctico Operacional Longo Médio Curto Genérico e Sintético Menos genérico e mais detalhado Detalhado e analítico Macroorientado: aborda a Organização como uma totalidade
Aborda cada unidade de trabalho ou cada unidade de custo separadamente
Microorientado: aborda cada tarefa ou operação isoladamente
c2008, Valentim
1) O princípio da
contribuição aos
objectivos
2) O princípio da
participação e
inclusão social no planeamento
3)
O
princípio
da
maioridade
(orientado para um objecto da
maioria)
4) Princípio da maior eficiência,
eficácia e efectividade
1. O princípio da contribuição aos objectivos, e neste
aspecto o planeamento deve sempre visar aos
objectivos máximos da organização. No processo de
planeamento deve-se hierarquizar os objectivos
estabelecidos e procurar alcançá-los em sua totalidade.
2. O princípio da precedência do planeamento,
corresponde a uma função administrativa que vem antes
das outras (organização, direcção e controle). Há sempre
um ponto de partida ou a fundamentação (razão)
para se chegar ao um determinado FIM.
3. O princípio da maior abrangência, pois o
planeamento pode provocar uma série de modificações
nas características e actividades. As modificações
provocadas nas pessoas podem corresponder à
necessidade de bem-estar, serviços básicos, acesso a
educação, etc. O Planeamento deve ser orientado para
a satisfação das necessidades colectivas. Deve
concorrer para a alteração, a mudança e a
transformação
4. Princípio da maior eficácia, eficiência e
efectividade. O planeamento deve procurar
maximizar os resultados (metas qualitativas)
e minimizar as deficiências (custos e tempo).
Através desses aspectos, o planeamento procura
proporcionar a Organização uma situação de
eficiência, eficácia e efectividade.
INSUCESSO DO
PLANEAMENTO
ESTRATÉGICO
BAIXO ENVOLVIMENTO DOS ACTORES OU DAS PARTES INTERESSADAS
FA LT A DE A DERÊN CI A EN TRE O PLA NO ESTRA TÉG ICO E SEUS DESD OBRA ME NT OS
FALTA DE PREMISSAS CRITICAS (EFEITO NORMATIVO VS OPTMO OU EVIDENCIAS: CAUSA-EFEITO)
A US ÊN CI A DE SISTEMA S DE MONIT ORA MENT O E A V A LI A Ç ÃO
PROBLEMA DE ACIDENTES NA VIA
(Travessia)
SOLUÇÕES
1.
Colocar passadeira
2.
Colocar semáforo
3.
Colocar uma ponte (área ou subterrânea)
Identifique as causas e os efeitos. Das soluções
propostas que seria a optimizante e diga a razão
da escolha.
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PROCESSO
MODELO DE INPUT-OUTPUT
(Eficiência)
Objectivos
(Recursos)
Resultados
(Eficácia)
IMPACTO
EFEITOS
(Efectividade)
SAÍDA ENTRADA
AMBIENTE
(Riscos e Oportunidades)
Planeamento Estratégico
Eficácia é
:
•
Fazer as coisas certas;
•
Produzir alternativas criativas;
•
Maximizar a utilização de recursos;
•
Obter resultados;
•
Aumentar o lucro.
Planeamento Estratégico
•
Eficiência é:
• Fazer as coisas de maneira adequada;
• Resolver problemas;
• Salvaguardar os recursos aplicados;
• Cumprir o seu dever;
• Reduzir os custos.
Planeamento Estratégico
•
Efetividade é:
•
Manter-se no ambiente.
•
Sustentabilidade
•
Efeitos produzidos além do impacto
•
Apresentar resultados globais positivos ao
longo do tempo.
Efeito do Risco
Em qualquer planos, as acções sendo uma previsão,
estão associadas a um risco que vai ser determinado por
um conjunto de factores conhecidos ou não conhecidos.
• Imprevistos: é uma cifra definida, dependendo da magnitude do risco, que varia entre 5% até ao máximo de
30% (Determina a magntude do risco e a respectiva
resposta para a sua mitigação).
• Plano de Contigência: é a previsão de um conjunto de acções associadas ao risco, cuja a incidência se situa acima
de 30%, pelo que a sua inscrição é como se de uma tarefa
Execução imposta - A sua execução é mediante o
registo do fenómeno. De contrário a provisão fica
em cativo.
Não transitabilidade - O Valor não passa de ano para ano. Não é acumulável ao longo do tempo.
Não redistribuível – O valor não poder passar para outras actividades. É mantido em cativo até
ao último dia do ano.
Definição de objectivos, metas e indicadores para a organização, com uma metodologia própria de acompanhamento e controle
Envolvimento de toda a equipe no processo de formulação do planeamento, comprometendo-os com o processo de mudança, através da participação
Criação de uma infra-estrutura para realização da mudança organizacional, através da profissionalização, usando técnicas modernas de gestão (gestão por objectivos, programas de liderança, padronização de procedimentos, desenvolvimento de pessoas etc.)
1. DIAGNÓSTICO
45
TÉCNICAS DO PLANEAMENTO ESTRATÉGICO?
O
Diagnostico
é um conjunto de técnicas
que permitem identificar e seleccionar os
problemas. Trata-se da
caracterização
da situação actual
, olhando para o
passado. Serve de
radiografia
da
organização ou território.
1. Diagnostico Rural participativo
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Chambers (1992) define o Diagnóstico Rural
Participativo (DRP) como um termo empregado para designar “um conjunto de métodos e abordagens que possibilitam às comunidades compartilhar e analisar sua percepção acerca de suas condições de vida,
planejar e agir”.
Diagnóstico Rural Participativo (DRP) é um conjunto de técnicas e ferramentas que permitem o
Características:
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O reconhecimento de que as populações carentes são
criativas e capazes, devendo os técnicos agir como facilitadores;
Uso de técnicas que permitem maior visualização e um maior partilha das informações, citando-se como
exemplo o uso de mapas, diagramas e ranking;
A importância do comportamento e atitudes dos actores (sensibilidade);
Participação dos actores e/ou beneficiários;
Obtenção de informações sobre o meio rural a partir do
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Além do objectivo de impulsionar a auto-análise e a
autodeterminação
de grupos
comunitários, o
propósito do DRP é a
obtenção directa de informação primária ou de "campo" na
Princípios Básicos do Diagnóstico
Rural Participativo
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Respeita a sabedoria e a cultura do grupo
Analisa e entende as diferentes percepções
(participativo)
Escutar todos da comunidade (inclusiva)
Visualização
Triangulação (confrontação das informações)
Busca fundamentos de base
Analise e apresentação na comunidade
Traduz as soluções com base nos problemas identificados
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ZONA 1
ZONA 2
ZONA 3
ZONA 4
REGIAO 1
Mapa de Recursos:
• VECTORES LOCAIS
• OPORTUNIDADES
Mapa de Aptidão:
• Agricultura
• Industria
• Mineração
Ca
Metodologia e fases do DRP
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O DRP fundamenta a sua acção no trabalho de campo com uso de entrevistas (Consulta), e métodos
participativos (Inclusão).
Primeira fase do diagnóstico: análise da situação e identificação de problemas ou Limitações. O propósito deste passo é que, partindo de uma análise da situação
actual da comunidade, as identifiquem os seus problemas ou limitações mais importantes.
Segunda fase do diagnóstico: aprofundar as
limitações identificadas e procurar soluções. São
Técnicas do DRP
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Fase da Consulta: Levantamento dos problemas
através de inquéritos, entrevistas, ficha de dados, etc, junto da comunidade ou grupo alvo. Tende a ser objecto de inclusão social.
Recenseamento
Fase de Auscultação: Apresentação preliminar do objecto de levantamento para a confrontação da
informação e/ou sua validação. Colher sensibilidades quanto aos resultados da consulta. Tende a ser objecto de participação social.
A Entrevista no DRP
55
Arte de Perguntar…..
Um dos pontos-chave no começo da entrevista é mostrar que não se trata de um interrogatório, e, sim, de apreender os conhecimentos da pessoa entrevistada. Existem certos tipos de perguntas que ajudam no processo da entrevista:
Perguntas Equivalentes: Servem para reduzir o impacto das perguntas sensíveis "qual é a idade? O Que acha sobre a
poligamia”
Perguntas Tendenciosas: Feitas com objectivo de transpor a ideia do entrevistador. Não ser recomenda perguntas fechas e muito menos tendenciosas.
Perguntas estimulantes e dignificantes: "como conseguiu ter
um jardim tão bonito?“ "você que tem tanta experiência... o que pode me dizer em relação a…?"
Cada pesquisa tem a sua metodologia e exige técnicas específicas para a obtenção dos dados de acordo com os objectivos (questionários, entrevistas, observação
directa, formulários...). A qualidade da informação tem a ver como a forma como compreendem os objectivos do trabalho – Efeito de percepção-interpretação dos actores (Erros de inferência – análise dos dados)
Adequar as técnicas disponíveis às características da pesquisa. A escolha é fundamental para o
desenvolvimento e precisão da informação obtida (entrevista sobre impacto do HIV em período de
campanha eleitoral) – Efeito de sensibilidade dos actores
MÉTODOS E AS TÉCNICAS
Identificação do Problema
Perguntas que devem ser respondidas para facilitar a selecção de um problema:
É realmente um problema de crime, medo ou desordem (Relação causa-efeito)?
Como há limite de recursos, o problema é realmente uma prioridade para a comunidade ou deveria ser? (Magnitude ou gravidade do Problema - Efeito)
O problema escolhido é suficiente para que você possa realmente fazer alguma coisa a respeito, ou ele deveria ser dividido em vários problemas menores? (Participação activa - Causa)
Identificação
–
Brainstorming
Tipos
• Estruturado;
• Não estruturado
.
Etapas
• Construir equipe;
• Definir foco e enfoque;
• Geração de idéias;
• Crítica;
• Agrupamento;
• Conclusão.
• Escreva a questão;
• Dê alguns minutos de silêncio para geração de ideias;
• Escolha o método: estruturado ou não-estruturado (ou os dois);
• Escreva as ideias exactamente como foi enunciada.
Não interprete;
• Estimule os participantes a partilhar as suas experiências e angustias;
• Não discuta, questione. Não julgue ou critique as ideias alheias;
• Após registar as ideias, reveja a lista e clarifique o conteúdo (Inferência de dados);
• Permita composições, modificações e eliminações;
• Seleccione (agrupa) ou priorize as ideias.
TÉCNICAS DE PRIORIZAÇÃO
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1. AGRUPAMENTO DOS PROBLEMAS
HIERARQUIAS DAS PRIORIDADES
62
IMPORTANTE +
NECESSARIO ++
URGENTE +++
PRIORITÁRIO ++++
63
3. PRIORIZAÇÃO DAS NECESSIDADES
Sequencia das prioridades Horizonte temporal
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Gravidade – impacto do problema sobre coisas, pessoas, resultados etc.
Urgência – relação com tempo disponível ou necessário para resolver o problema.
Tendência – avaliação da tendência de crescimento, redução ou desaparecimento do problema.
Pontos Gravidade Urgência Tendência
5
Os prejuízos ou dificuldades são extremamente graves
É necessária uma ação imediata
Se nada for feito, o agravamento será
imediato
4 Muito graves Com alguma urgência
Vai piorar a curto prazo
3 Graves O mais cedo possível Vai piorar a médio prazo
2 Pouco graves Pode esperar um pouco
Vai piorar a longo prazo
1 Sem gravidade Não tem Pressa Não vai piorar ou pode até melhorar
Matriz GUT
Priorização - Matriz GUT
PROBLEMAS G U T TOTAL
(Produto) Priorização
Roubo a transeuntes 5 4 3 60 4º
Assalto a estabelecimentos comerciais 5 5 5 125 1º
Tráfico de drogas 5 5 5 125 1º
Furto a residências 4 4 4 64 3º
Prostituição de adolescentes 5 5 4 100 2º
Lotes vagos e sem cercamento 3 3 2 18 6º
Transeuntes com medo de fazer compras 2 2 2 8 7º
Crianças com medo de brincar nos parques
4 3 2 24 5º
Diagrama de Causa e Efeito – Espinha de Peixe
Efeitos Efeitos Efeitos
Causas Causas
Causas
PROBLEMA
Analise de Prioridades
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PROBLEMAS METODO TÉCNICA PRIORIDADE
•MALARIA
•ANALFABESTISMO
•MOAGEIRA
DRP Hierarquia
• Importante • Urgente • Necessário 1º 2 º 3º
PONDERADORES FUNDAMENTAÇÃO
EFICÁCIA EFICIENCIA EFECTIVIDADE EXCENTRICO (Optimização)
• A malária é o problema que obedece ao critério triplo
(importante, urgente e necessário), pelo que é identificada como actividade prioritária.
• Os perigos associados a malária são de curto prazo, pelo que se o paciente não é tratado, pode perder a vida em menos de uma semana.
69
EXERCICIO PRÁTICO
1. IDENTIFIQUE 10 PROBLEMAS CHAVES DE LUANDA
2. PRIORIZE-AS EM FUNÇÃO DE UM
DETERMINADO CRITERIO E JUSTIFIQUE A APLICAÇÃO DO MESMO
2. ANÁLISE DO AMBIENTE
70 TRIAGEM
Modelo
Implementação e Controlo Acompanhamento
Missão /Visão
Objectivos
Estratégias
Análise Ambiental
Cenário Externo
Cenário
Interno
Valores
Programas Projectos Acções
ORÇAMENTO
A
Análise do Ambiente
é um conjunto de
técnicas que permitem identificar e
monitorar permanentemente as variáveis
competitivas que afectam a performance
da acção pública.
Político Sócio-cultural
Econômico Demográfico
Legal Tecnológico
Diagnóstico do Ambiente
Como Analisar o Ambiente
1. Se conhecemos o inimigo
–
ambiente
externo
- e a nós mesmos
–
ambiente
interno
-, não precisamos temer uma
centena de combates.
2. Se nos conhecemos, mas não ao
inimigo, para cada vitória sofreremos
uma derrota.
3. Se não nos conhecemos e nem ao
inimigo, perderemos todas as batalhas.”
Sun Tzu
ANÁLISE SWOT (FOFA)
75
A análise SWOT é uma poderosa ferramenta de
planeamento estratégico, e deve ser realizada ao menos uma vez por ano, durante A DEFINIÇÃO DAS LINHAS ESTRATEGICAS. A sigla SWOT, vem das iniciais das palavras inglesas Strenghts (forças), Weaknesses
(fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats
(ameaças), pois estes são justamente os pontos a serem analisados.
A análise do SWOT é uma maneira muito eficaz de identificar suas forças e fraquezas, e de examinar as
Na conquista dos Objectivos
Origem
do
Fa
A Análise SWOT é uma ferramenta de gestão muito utilizada por Organizaçãos privadas
como parte do planejamento estratégico dos negócios. O termo SWOT vem do inglês e
representa as iniciais das palavras Streghts (forças), Weaknesses (fraquezas),
Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças).
Basicamente compõe-se do levantamento de dois ambientes:
Ambiente Interno: Forças e Fraquezas
DIAGNÓSTICO
AMBIENTE EXTERNO
Capacidade de atendimento
Demanda pelos serviços prestados
Satisfação dos clientes
Capacidade de gestão
AMBIENTE EXTERNO
ORGANIZAÇÃO
FACTORES MACROAMBIENTAIS
Organização Economia Macroambiente
COMPONENTES DO AMBIENTE
AMBIENTE GERAL ou
macroambiente ou ambiente
externo
• Evolução tecnológica;
• Mercado de trabalho;
• Área de abrangência;
• Entidades de classe;
• Mercado
• Competitividade;
• Tendências do ambiente.
Forças
· Existência do estúdio de gravação
· Capacitação periódica dos professores
· Troca de experiências entre profissionais de áreas específicas
· Capacidade de mobilização por decisões colegiadas · Projetos musicais abertos ao público em geral
· Programa de bolsa de estudos · Biblioteca especializada
Fraquezas
· Falta de infra-estrutura
· Falta de formação pedagógica dos professores para o ensino de iniciação dos respectivos instrumentos · Falhas no registo dos alunos
· Falta de capacitação do pessoal administrativo
Ameaças
· Impedimento o desligamento do aluno que apresenta baixo rendimento por anos consecutivos
· Desistências
· Rejeição dos alunos ao estudo teórico · Evasão escolar (revoltas)
EXEMPLOS DE ANÁLISE DO
AMBIENTE
Oportunidades
· Credibilidade perante outras escolas de música do país e a sociedade em geral
TRIAGEM DOS FACTORES
85
Compreende a faceta de analise das relações de casualidade e os efeitos emergentes dessas mesmas relações quando não acautelado o conjunto de factores de natureza interna ou externa.
Tem como fundamento a definição de linha estratégicas de confluência de modo a maximizar os efeitos positivos
(oportunidades) e a minimizar os efeitos negativos
(ameaças).
Identifica a natureza dos factores implícitos que podem influenciar os factores de força ou de fraqueza.
Ex: Aqui na província de Namaio, somos ricos em rios, pelo que não devíamos passar mal de agua.
1. Somos ricos
2. Falta de agua
3. Captação
Analise de Influencias
86
Os factores de força (potencialidades) somente tem a sua valência se convertidos em oportunidades ou riqueza (Não
basta ter recursos naturais, é preciso aproveitá-los –
Industria extractiva).
Em presença de riscos, quanto maior for a incidência dos
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Fortes:
Fracos:
Oportunidades
Ameaças:
EXERCICIO PRÁTICO
AVALIAR O AMBIENTE DA PROVÍNCIA E DIGA COMO MAXIMIZAR AS OPORTUNIDADES E MINIMJZAR AS
Estratégias
Missão / Visão / Valores
Objectivos Estratégicos
Acções Estratégicas
Plano de Acção
Orçamento
ESTRATÉGICO
AC
OMPANHAM
ENT
O
AV
AL
IAÇ
ÃO
3. CONSTRUÇÃO DO FUTURO
89 O PLANO ESTRATÉGICO
IDENTIDADE
ORGANIZACIONAL
DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL AMBIENTE
EXTERNO
AMBIENTE INTERNO
ESTRATÉGIAS
ORGANIZACIONAIS
MONITORIA E AVALIAÇÃO
o que
faz?
por que faz?
a quem se
destinam
seus
É a finalidade da existência de uma
organização. É aquilo que dá direcção e significado a essa existência. A missão da organização está ligada directamente aos seus objectivos institucionais, aos motivos pelos quais foi criada, pois a missão
representa a sua razão de ser.
"Uma missão bem difundida desenvolve nos funcionários
um senso comum de oportunidade, direcção, significância e
realização. Uma missão bem explícita actua como uma mão
invisível que guia os funcionários para um trabalho
independente, mas colectivo, na direcção da realização dos
ideias da organização."
Philip Kotler
"Você pode não aprender muito ao ler a missão de uma
Organização - mas você aprenderá muito ao tentar
escrevê-la."
S. Tilles
"Definir a missão de uma Organização é difícil, doloroso e
arriscado, mas é só assim que se consegue estabelecer
políticas, desenvolver estratégias, concentrar recursos e
começar a trabalhar. É só assim que uma Organização pode
ser administrada, visando um desempenho óptimo."
O exercício de criar o futuro
resulta numa Visão Estratégica,
que é a referência máxima de
todos os funcionários de uma
organização, ou seja: "A sua
Missão“.
A nossa missão: CPPPGL
A missão do Centro de Excelência é agregar valor e apoiar a nivel central e os governos locais a tornarem-se em prestadores de serviços públicos eficientes com os funcionários competitivos, comprometidos e bem preparados.
O centro, fazendo uso de toda a gama de recursos da universidade, é dedicado a enriquecer a qualidade da política pública, serviços públicos, aplicando a
investigação, extensão e envolvimento da comunidade em todas faces públicas.
“Promover o desenvolvimento intelectual, habilidades e
VISÃO
É aquilo que se espera ser num determinado tempo e espaço. A visão é um plano, uma ideia mental que descreve o que a organização quer realizar objectivamente nos próximos anos de sua existência.
A VISÃO representa o que a
se não sabe onde quero
chegar, qualquer caminho é válido
Visão: CPPPGL
Para a materialização desta visão, o Centro irá:
Desenvolver programas e projectos, redes do conhecimento e
incentivar a inovação e melhores práticas na administração local e de desenvolvimento territorial.
Promover a boa governação, liderança estratégica e Reformas do Sector Público visando a melhoria da capacidades e habilidades do governo na analise e definição de medidas de politicas.
Promover a melhoria da formação e programas de desenvolvimento e
Estimular o debate sobre questões fundamentais para o governo local nas próximas décadas.
.
Tornar-se no primeiro Centro de Excelencia de
recursos e repositório de boas prácticas de
políticas públicas e governação local, fonte para a
inovação,
construção
de
conhecimentos
e
Arte da Guerra: Sunzi Tzu – A guerra é necessaária para que haja paz! (gestão)
- Caminho (Visão)
- Tempo (Cronograma – chave)
- Terreno (Ambiente)
- Comando (Liderança)
- Regras ( Objectivos e Resultados)
Farol
Quando o General esta
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Diferenças entre
Missão
e
Visão
MISSÃO VISÃO
Inclui o Negócio. È o que “sonha” no Negócio.
É a “partida”. É “aonde Vamos”.
É a “Carteira de Identidade” da
Organização.
É o “Passaporte” para o futuro.
Identifica “quem somos”. Projeta “quem desejamos ser”.
Dá o rumo á Organização. Eergiza a Organização. É orientadora. É inspiradora.
Foco do presente para o futuro. Focalizado no futuro.
VALORES
Os valores de uma organização representam os princípios éticos que norteiam todas as acções dessa mesma organização.
Normalmente os valores compõem-se de regras morais que simbolizam os actos de seus fundadores, administradores e
Exemplos de Valores
• Comprometimento com os resultados
• Ética no relacionamento • Foco no Cliente
• Gestão Participativa • Melhoria Contínua
Princípios e Valores: CPPPGL
Ética e Integridade – Promove os mais altos padrões éticos na
acção pública e actividade governativa segundo normas e padrões de deontologia e probidade administrativa na liderança.
Boa governação e transparência – Promove um sistema
aberto de informação e modelos inovadores sobre a actividade pública com destaque para analises de politicas de impacto social e assegurar a gestão pública eficaz.
Inclusivo e diversificado - Procura a entrada e participação de
uma vasta gama de profissionais do governo, parceiros e académicos na construção analítica e inovação dos processos de Governação e formulação, analise e avaliação dos processos, resultados e impacto de politicas.
Compromisso com a Excelência e Foco em Resultados –
Método de Quadro Lógico
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O modelo de planificação que sugerimos no
presente manual reflecte ao Método de Quadro
Lógico (MQL), mais conhecido por “Logical
Framework”.
Constitui mérito deste método a facilidade de
sistematização dos elementos chaves e
interligação com os factores e resultados
esperados,
Proporciona uma monitoria do plano em fases,
definindo para cada momento os indicadores
para avaliação e definição de uma estratégia
de continuidade e melhoramento no
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Um instrumento para planificação por objectivos, análise, apreciação, acompanhamento e avaliação de projectos.
Um meio auxiliar para uma análise lógica e um
pensamento estruturado aquando da planificação de projectos.
Meio que fornece uma estrutura integrada das acções de curto, médio e longo prazo
Um instrumento de planificação que enquadra os diversos elementos num processo de mudança (problemas,
objectivos, partes interessadas, plano para a
implementação, etc.). O projecto pode ser resumido numa matriz.
Um meio auxiliar para criar
participação/responsabilidade/ propriedade.
Arvore de Problemas
Quadro Lógico
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EXERCICIO PRÁTICO DE FIM DO
MODULO
a) COM BASE NA ANALISE DO AMBIENTE DA
PROVÍNCIA/MUNICIPIO, ELABORE A MATRIZ DO QUADRO LOGICO VISANDO HIERARQUIZAR A SOLUCAO DOS
PROBLEMAS VIGENTES.
b) EM FUNÇÃO DOS RESULTADOS DA ALINEA ANTERIOR,
ESTRATIFIQUE O QUADRO ESTRATEGICO. TENHA EM CONTA OS SEGUINTES ELEMENTOS:
1. MISSAO
2. VISAO
3. VALORES
4. OBJECTIVOS (gerais e especificos)
5. RESULTADOS
6. ACTIVIDADES ESTRATEGICAS
7. INDICADORES E METAS
8. FONTES DE VERIFICAÇÃO
9. FACTORES EXTERNOS