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SISTEMA DE DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO

SUBSISTEMA NORMAS E ESTUDOS DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE DISTRIBUIÇÃO

CÓDIGO TÍTULO FOLHA

E-313.0022 CRUZETAS DE CONCRETO ARMADO 01/16

1. FINALIDADE

Fixar os desenhos padrões e as exigências mínimas relativas à fabricação e ao recebimento de cruzetas de concreto armado a serem utilizadas no Sistema de Distribuição de Energia Elétrica da Celesc.

2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Aplica-se aos Departamentos da Diretoria de Distribuição, Agências Regionais, fabricantes e fornecedores de cruzetas de concreto e demais órgãos usuários.

3. ASPECTOS LEGAIS

Norma Brasileira Registrada - NBR 8453 - Cruzetas de concreto armado para redes de distribuição - Especificação.

4. CONCEITOS BÁSICOS

Os termos técnicos nesta especificação estão de acordo com as normas de terminologia da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

4.1. Armadura

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4.2. Cobrimento

É a espessura da camada de concreto sobre as barras de aço da armadura.

4.3. Furos

São as passagens vazadas entre faces paralelas da cruzeta e que servem para fixação de ferragens e acessórios.

4.4. Faces da Cruzeta

Chamar-se-ão respectivamente Face A a que apresentar a maior dimensão transversal no seu ponto médio e Face B a que apresentar a menor dimensão transversal no mesmo ponto médio.

4.5. Flecha

É a distância retilínea entre duas posições do mesmo ponto de referência do elemento ensaiado, situado no plano de aplicação dos esforços e devido à deformação provocada pelos mesmos.

4.6. Flecha Residual

É a flecha que permanece após a remoção dos esforços.

4.7. Trinca

Fissura na superfície da cruzeta, na qual pode-se distinguir, a olho nu, a separação entre as bordas.

4.8. Trinca Capilar

Fissura na superfície da cruzeta, na qual não se pode distinguir as duas bordas a olho nu.

4.9. Resistência Nominal

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peça, de grandeza tal que não produza trincas, exceto as capilares, nem flecha superior à especificada.

4.10. Resistência à Ruptura

É o valor do esforço que provoca desagregamento da peça em uma seção transversal, seja por ter ultrapassado o limite elástico da armadura ou por esmagamento do concreto.

A ruptura é definida pela mínima carga indicada no aparelho de medida dos esforços, carregando-se a cruzeta de modo contínuo e crescente.

4.11. Limite de Carregamento Excepcional

Correspondente a uma sobrecarga de 40% sobre a carga nominal. Nesta condição de carga o limite elástico da armadura não deverá ser atingido garantindo-se após a retirada do esforço, o fechamento das trincas e a flecha residual máxima admitida.

4.12. Defeito Tolerável

Defeito que não reduz substancialmente a utilidade da cruzeta para o fim a que se destina ou não influi substancialmente no uso efetivo ou operação.

4.13. Defeito Grave

Defeito considerado não crítico, que pode resultar em falha ou reduzir substancialmente a utilidade da cruzeta para o fim a que se destina.

4.14. Defeito Crítico

Defeito que pode produzir condições perigosas ou inseguras para quem usa ou mantém a cruzeta. É também o defeito que pode impedir o funcionamento ou o desempenho de uma função da cruzeta.

4.15. Identificação das Cruzetas Conforme o Defeito

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b) cruzeta defeituosa crítica - é a que contém um ou mais defeitos críticos, podendo conter ainda defeitos toleráveis e graves;

c) cruzeta defeituosa grave - é a que contém um ou mais defeitos graves, podendo conter defeitos toleráveis, mas não críticos.

d) cruzeta defeituosa tolerável - é a que contém um ou mais defeitos toleráveis, não contendo defeitos graves, nem críticos.

5. DISPOSIÇÕES GERAIS

5.1. Condições Gerais

Quanto às exigências para a cruzeta de concreto armado prevalecerá, respectivamente, o estabelecido :

a) nesta Especificação;

b) nas normas técnicas da ABNT.

5.2. Acabamento

As cruzetas devem apresentar as superfícies externas lisas, sem fendas ou fraturas, exceto as trincas capilares não orientadas segundo o comprimento da peça e sem armadura aparente, não sendo permitida qualquer pintura.

5.3. Identificação

Deverão ser gravados, de forma legível e indelével no concreto, numa mesma face, com profundidade de 1mm a 3 mm e altura mínima de 30 mm :

a) nome ou marca do fabricante;

b) data de fabricação;

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d) número da autorização de fornecimento - AF.

5.4. Furos

Os furos devem ser cilíndricos ou ligeiramente tronco-cônicos, com uma superfície tal que não dificulte a colocação das ferragens. Devem ter o eixo perpendicular ao plano da face da cruzeta e ser totalmente desobstruídos sem deixar exposta nenhuma parte da armadura. Nos furos de configuração tronco-cônica, o diâmetro menor define o diâmetro do furo.

5.5. Tolerâncias

Estabelecidos o formato e as dimensões da cruzeta, admitem-se as seguintes tolerâncias:

a)

±

5 mm para o comprimento;

b)

±

1 mm para o diâmetro dos furos.

As demais tolerâncias são indicadas no desenho padrão. As tolerâncias não são acumulativas.

5.6. Garantia

O fabricante deve fornecer um certificado de garantia de no mínimo 20 anos, a partir da data de fabricação, contra qualquer falha do lote fornecido, sendo o mesmo anexado à nota fiscal.

Neste certificado de garantia devem constar os seguintes dados:

a) data ou período de fabricação do lote fornecido;

b) número da Autorização de Fornecimento - AF.

Nota:

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O fornecedor deverá indenizar a Celesc por toda substituição de cruzetas que falharem além dos limites especificados. A indenização não depende do motivo da falha ou local de estocagem. A indenização compreende a reposição da cruzeta a ser substituída, os custos de transporte e mão-de-obra para retirada e instalação de todos os materiais e equipamentos inerentes à substituição. Se o total de unidades falhas ultrapassar 10% do lote fornecido, dentro do período de garantia, a Celesc terá o direito de exigir indenização de todo o lote.

5.7. Condições Específicas

5.7.1. Fabricação

Na fabricação das cruzetas os componentes devem obedecer as seguintes normas:

a) cimento - conforme prescreve a NBR 5732 ou NBR 5733;

b) agregado - conforme prescreve a NBR 7211;

c) água - isenta de teores prejudiciais e substâncias estranhas, conforme prescreve a NBR 6118;

d) aço - as barras utilizadas devem obedecer a NBR 7480.

e) concreto - para controle da resistência à compressão do concreto devem ser obedecidas as NBR 5738 e NBR 5739. A resistência de ruptura à compressão não deve ser menor que 250 daN/cm2.

5.7.2. Elasticidade

5.7.2.1. Flechas

As cruzetas submetidas a uma tração igual à resistência nominal não devem apresentar flechas no plano e nas extremidades de aplicação dos esforços, superiores a 1,5% do comprimento medido entre o ponto de aplicação da carga e o ponto de engastamento.

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5.7.2.2. Flecha Residual

A flecha residual, medida depois que se anula a aplicação de um esforço correspondente a 140% da resistência nominal no plano de aplicação dos esforços reais, não deve ser superior a 0,35% do comprimento medido entre o ponto de aplicação da carga e o ponto de engastamento.

A flecha residual máxima deve ser lida entre 5 e 10 minutos após a retirada da carga excepcional, a qual deve ser aplicada durante no mínimo 5 minutos. A leitura deverá ser feita em ambas as extremidades da cruzeta e considerando a soma dos valores encontrados.

5.7.2.3. Trincas

Todas as cruzetas submetidas a uma tração igual a resistência nominal não devem apresentar trincas, exceto as capilares.

As trincas que aparecem durante a aplicação dos esforços correspondentes a 140% da resistência nominal, após a retirada deste esforço, devem fechar-se ou tornar-se capilares.

5.7.3. Resistência à Ruptura

A resistência à ruptura da cruzeta não deve ser inferior a duas vezes a resistência nominal quando aplicada conforme indicado no esquema para ensaios.

5.7.4. Resistência à Tração Longitudinal

A cruzeta quando submetida a um esforço longitudinal, de valor igual à carga nominal, não deve apresentar trincas não capilares nem ruptura.

5.7.5. Armadura

O cobrimento de concreto sobre a armadura deve ser no mínimo igual a 10 mm de espessura, com exceção das paredes dos furos que deve ser no mínimo 5 mm.

A posição e seção das barras da armadura devem ser tais que permitam suportar as resistências nominais estabelecidas no padrão e os ensaios previstos nesta Especificação.

5.7.6. Absorção de Água

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5.8. Ensaios

5.8.1. Ensaios de Recebimento

Os ensaios de recebimento compreendem a execução dos seguintes ensaios de rotina:

5.8.1.1. Inspeção Geral

Antes de serem efetuados os demais ensaios, o inspetor deve fazer uma inspeção geral conforme plano de amostragem no subinciso 5.8.2.2., comprovando se as cruzetas estão em conformidade com os elementos característicos requeridos, verificando acabamento, dimensão, identificação, diâmetro e desobstrução da furação.

A não conformidade de uma cruzeta com qualquer uma dessas características, determina sua rejeição.

As cruzetas serão classificadas conforme identificado no subitem 4.15. e a aceitação do lote, após a inspeção geral, se dará em conformidade com o subinciso 5.8.2.2.

5.8.1.2. Elasticidade

As cruzetas devem satisfazer as exigências de flechas e trincas descritas no inciso 5.7.2., quando ensaiadas conforme as figuras do desenho padrão.

5.8.1.3. Resistência à Ruptura

As cruzetas devem satisfazer as exigências de resistência à ruptura descritas no inciso 5.7.3., quando ensaiadas conforme as figuras do desenho padrão.

5.8.1.4. Resistência Longitudinal

As cruzetas deverão satisfazer as exigências descritas no inciso 5.7.4., quando ensaiadas conforme a figura do desenho padrão.

5.8.1.5. Cobrimento da Armadura

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em 5.7.5. num comprimento mínimo de 100 mm.

5.8.1.6. Absorção de Água

As cruzetas devem satisfazer as exigências de absorção de água previstas no inciso 5.7.6., quando ensaiadas conforme a NBR 6124.

5.8.2. Inspeção

5.8.2.1. Generalidades

Todas as cruzetas de lotes aceitos, rejeitadas ou danificadas nos ensaios de recebimento, devem ser substituídas por unidades novas e perfeitas, pelo fabricante, sem qualquer ônus para a Celesc.

A Celesc se reserva o direito de enviar inspetores devidamente credenciados para assistirem a quaisquer das fases da fabricação, especialmente ao controle de qualidade da fabricação e aos ensaios.

Para a execução dos ensaios, o fabricante deve dispor de pessoal e aparelhagem necessária, próprios ou contratados (neste caso deve haver a aprovação da Celesc).

Fica assegurado ao inspetor da Celesc o direito de familiarizar-se em detalhes com as instruções ou equipamentos usados, bem como verificar calibrações.

Em caso de dúvidas sobre os resultados apresentados, é assegurado ao inspetor o direito de exigir a repetição de qualquer ensaio.

A aceitação de um determinado lote pelo comprador não exime o fabricante da responsabilidade de fornecer as cruzetas de conformidade com as exigências desta Especificação e nem invalida as reclamações que o comprador possa fazer a respeito da qualidade do material empregado ou fabricação das cruzetas.

Mesmo após a sua retirada da fábrica o lote pode ser novamente inspecionado e submetido aos ensaios, com conhecimento prévio e presença eventual do fabricante. Se constatado qualquer divergência com o estipulado nesta Especificação, o lote pode ser recusado, sendo que as despesas correm por conta do fabricante.

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O custo do controle de qualidade da fabricação e dos ensaios corre por conta do fabricante. As repetições, quando solicitadas pela Celesc, correm por conta desta somente se as cruzetas forem aprovadas. Em caso contrário, correm por conta do fabricante.

5.8.2.2. Plano de Amostragem para Inspeção Geral e para o Ensaio de Elasticidade

O tamanho da amostra ou séries de tamanhos de amostras e o critério de aceitação do lote para inspeção geral e para o ensaio de elasticidade, devem estar de acordo com as tabelas a seguir:

Critérios de Aceitação para Ensaios de Inspeção Geral

Inspeção Geral ( Amostragem Normal e Simples )

Nível de Inspeção I Tamanho

do NQA 1,5% Crítico NQA 4,0% Grave NQA 10%Tolerável

Lote Tamanho Amostra

Ac Re Tamanho Amostra

Ac Re Tamanho Amostra

Ac Re

91 a 150 8 0 1 13 1 2 8 2

3

151 a 280 8 0 1 13 1 2 13 3

4

281 a 500 32 1 2 20 2 3 20 5

6

501 a 1200 32 1 2 32 3 4 32 7

8

1201 a 3200 50 2 3 50 5 6 50 10

11

3201 a 10000 80 3 4 80 7 8 80 14

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Notas:

Esta tabela deverá ser utilizada na inspeção geral (acabamento dimensional e identificação). Para lotes inferiores a 90 unidades deverão ser estabelecidos os critérios de amostragem entre fornecedor e comprador.

Ac - número de peças defeituosas que ainda permite aceitar o lote

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Critérios de Aceitação para Ensaios de Elasticidade e Verificação da Cobertura

Tamanho

do Lote

Ensaios (Amostragem Normal e Simples) Nível de Inspeção S3

NQA 1,5% Crítico NQA 4,0% Grave

Tamanho da Amostra

Ac Re Tamanho da Amostra

Ac Re

91 a 150 8 0 1 3 0 1

151 a 280 8 0 1 13 1 2

281 a 500 8 0 1 13 1 2

501 a 1200 8 0 1 13 1 2

1201 a 3200 8 0 1 13 1 2

3201 a 10000 32 1 2 20 2 3

Nota:

Nesta tabela deverá ser utilizada:

a) verificação de trincas em 5.7.2.3. NQA 1,5% (crítico);

b) verificação de flechas em 5.7.2.1. e 5.7.2.2. NQA 4,0% (grave);

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Grau de Defeito para Inspeção Geral

Crítico Grave Tolerável

1) Acabamento - Fenda não capilar - Armadura aparente

1) Acabamento - Fratura

1) Acabamento - Superfície lisa

2) Dimensões - Entre furos

2) Dimensões - Topo 3) Dimensões - Base - Identificação - Comprimento 4) Furação - Diâmetro - Obstrução - Posição

3) Identificação - Profundidade - Altura

5) Identificação - Inexistência

Grau de Defeito para Elasticidade e Verificação da Cobertura

Crítico Grave Tolerável

1) Flecha com carga nominal - Valor

1) Flecha residual - Valor

2) Flecha residual - Trincas

3) Cobertura da armadura - Menor do que 10 mm

- Menor do que 5 mm (furação)

5.8.2.3. Plano de Amostragem para os Ensaios de Ruptura, Cobrimento e Absorção de Água

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dobro da primeira, sem qualquer ônus para a Celesc, e no caso de qualquer outra falha ocorrer, todo o lote sob inspeção deve ser rejeitado.

Para a verificação do teor médio de absorção de água, retira-se quatro corpos de prova da cruzeta que foi submetida ao ensaio de resistência nominal.

5.8.2.4. Inspeção por Atributo

Qualquer consideração adicional para determinação dos planos de amostragem, deve ser consultada a NBR 5426 e NBR 5427.

5.8.2.5. Controle de Qualidade da Fabricação

O fabricante deve fazer o controle de qualidade do aço e do concreto usados na fabricação das cruzetas conforme descrito no inciso 5.7.1. e obedecer às condições de amostragem, na freqüência e no procedimento, da NBR 6118, com um mínimo de um ensaio em cada dia de produção.

6. DISPOSIÇÕES FINAIS

6.1. Normas Recomendadas

Além da NBR 8453, poderão ser consultadas as seguintes normas:

NBR 7480 - Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado

NBR 7211 - Agregados para concreto

NBR 5732 - Cimento portland comum

NBR 5733 - Cimento portland de alta resistência inicial

NBR 5738 - Moldagem e cura de corpos de prova de concreto

NBR 5739 - Ensaios de compressão de corpos de prova cilíndricos de concreto

NBR 6124 - Determinação da elasticidade, carga de ruptura, absorção de água e espessura do cobrimento em postes e cruzetas de concreto armado

NBR 6118 - Projeto e execução de obras de concreto armado

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7. ANEXOS

7.1. R-01 Cruzeta de Concreto 2100 mm

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Referências

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