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Maus tratos na infância e na adolescência

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Academic year: 2021

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MAUS TRATOS NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA

GABRIELA AZEVEDO MARQUES CUNHA1, SELMA DANTAS TEIXEIRA SABRA2* 1 Acadêmica de Medicina Unigranrio; 2 Docente do Curso de Medicina. Escola de Ciências da Saúde.-Unigranrio.

*selmasabrasabra@hotmail.com; Rua Professor José de Souza Herdy, 1160. 25 de Agosto, Duque de Caxias, RJ.

RESUMO

Maus tratos na infância e adolescência são uma problemática complexa que envolve na sua etiologia vários fatores individuais, sociais, culturais e ambientais, sendo necessária à observação desse fenômeno por uma perspectiva multidimensional. O Ministério da Saúde destaca que a prevalência significativa da violência intrafamiliar constitui sério problema de saúde, sendo um grave obstáculo ao desenvolvimento social e econômico e uma flagrante violação aos direitos humanos. Em relação aos maus-tratos contra a criança, a complexidade é ainda maior na medida em que envolve a quebra de um relacionamento de confiança, responsabilidade e afeto. O trabalho teve como objetivo analisar através de um estudo exploratório, a incidência de maus tratos na infância e na adolescência, enfatizando a violência intrafamiliar e o bullying em um centro integrado de educação pública (CIEP) do município de Duque de Caxias. Foram distribuídos aleatoriamente questionários a alunos de 06 a 18 anos, da 3ª série do ensino fundamental ao 2º ano do ensino médio entre 2009 e 2010. Os resultados refletiram a constância dessa prática, a importância da orientação e discussão desse tema e a necessidade do mesmo ser difundido como método de prevenção.

Palavras-chaves: Maus- tratos infantis, bullying, violência doméstica

MALTREATMENT DURING CHILDHOOD AND ADOLESCENCE

ABSTRACT

Maltreatment during childhood and adolescence is a complex problem involving many factors in the etiology of individual, social, cultural and environmental, which requires the observation of this phenomenon for a multidimensional perspective. The Ministry of Health highlights the significant prevalence of domestic violence as a serious health problem, being a serious obstacle to social and economic development and a flagrant violation of human rights. In relation to abuse against children, the complexity is even greater since it involves the breakdown of a relationship of trust, responsibility and affection. The study aimed to persevere through an exploratory study, the incidence of maltreatment in childhood and adolescence, emphasizing the family violence and bullying in an integrated center for public education (CIEP) in the municipality of Duque de Caxias. Questionnaires were distributed to students aged from 6 to 18 years, from the 3rd grade of elementary school to the 2nd year of high school between 2009 and 2010. The results reflected the constancy of this practice, the importance of guidance and discussion of this issue and the need to even be widespread as a method of prevention.

Keywords: Child abuse, bullying, violence domestic INTRODUÇÃO

Breve histórico dos maus tratos e dos direitos de crianças e adolescentes no Brasil

Para contextualizar sócio-historicamente o problema de maus tratos é fundamental fazer um recorte histórico e conceitual sobre o tema. Nesse sentido sabe-se que no Brasil a trajetória da infância e adolescência é marcada por maus-tratos, violência e abandono. Desde muito cedo crianças e adolescentes foram inseridos em um processo sócio-político de trabalho precoce, futuro subalterno, controle político, disciplina e obediência vigiada.

Até o fim do século XIX não se tem registro do desenvolvimento de políticas sociais desenhadas pelo Estado brasileiro com a proposta de assistência à infância. Apenas ao longo do século XX vários dispositivos foram criados com este intuito, como o Juizado de Menores, o Serviço de Assistência ao Menor e a Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor.

Porém, somente na década de 80, a abertura democrática se tornou uma realidade e isto se materializou com a promulgação em 1988 da Constituição Federal, evidenciando a importância da violência como tema prioritário a ser enfrentado. Na Assembléia Constituinte organizou-se um grupo de trabalho comprometido

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com o tema da criança e do adolescente que trouxe os avanços da normativa internacional para a população infanto-juvenil brasileira. O artigo 227 garante às crianças e aos adolescentes os direitos fundamentais de sobrevivência, desenvolvimento pessoal, social, integridade física, psicológica e moral; além de protegê-los de forma especial, através de dispositivos legais diferenciados contra negligência, maus tratos, violência, exploração, crueldade e opressão. Em 13 de julho de 1990 foi promulgada a Lei 8069/90, Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), consolidando uma grande conquista da sociedade brasileira. O seu artigo 5º expressa que “nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”. O ECA também tornou compulsória a notificação aos Conselhos Tutelares de cada localidade, por parte do profissional de saúde, de casos suspeitos ou confirmados de maus tratos contra crianças e adolescentes atendidos no sistema público de saúde ou em consultórios particulares.

Apesar desta obrigatoriedade, a subnotificação da violência é uma realidade no Brasil. Estima-se que para cada caso notificado, 10 a 20 deixam de ser e um dos motivos para que isso ocorra é o fato dos profissionais de saúde terem dificuldades para identificar os casos, por falta de informações básicas que permitam o diagnóstico, além da dificuldade de agendamento e acompanhamento dessas crianças vitimas de maus tratos nos centros de referencia.

Tipos de maus tratos

Classicamente os maus tratos são divididos em: - Físico: é uma relação social de poder que se manifesta principalmente nas marcas que ficam no corpo, podendo causar lesões, fraturas, queimaduras, escoriações, hematomas, inchaços, mutilações e até a morte. É acompanhado de medo, terror e sofrimento psíquico e, portanto se constitui também como violência psicológica. A violência física é praticada principalmente na própria família, no entanto, outras pessoas também a praticam como profissionais da educação, da saúde e da assistência.

- Psicológico: é toda forma de rejeição, depreciação, discriminação, desrespeito, cobrança ou punição exagerada que podem causar danos ao desenvolvimento biopsicossocial da criança. Pela sutileza do ato e pela falta de evidências imediatas de maus-tratos. Este tipo de violência é dos mais difíceis de serem identificados, apesar de estar, muitas vezes, inserido nos demais tipos de violência.

- Negligência: é ato de omissão do responsável pela criança ou adolescente em prover as necessidades básicas para o seu desenvolvimento (Abrapia, 1997). É o tipo mais freqüente de maus tratos e inclui a negligência física, a emocional e a educacional.

A negligência física inclui problemas como: não reconhecimento por parte dos pais ou responsáveis da necessidade de tratamento médico por descuido ou em função de crenças ou práticas religiosas; abandono e expulsão da criança de casa por rejeição; ausência de roupas e proteção às alterações climáticas; supervisão inadequada deixando a criança sozinha e sem cuidados por longos períodos. A negligência emocional inclui ações como falta de suporte emocional, afetivo e atenção, exposição crônica a violência doméstica, permissão para o uso de drogas e álcool, atos delinqüentes, recusa ou não procura por tratamento psicológico quando recomendado. Já a negligência educacional, por sua vez, inclui permissão por parte dos pais ou responsáveis para faltar às aulas, não realização da matrícula em idade escolar e recusa para matricular a criança em escola especial quando necessário.

- Abuso sexual: é todo ato ou jogo sexual cujo agressor está em estágio de desenvolvimento psicossexual mais adiantado que a criança ou o adolescente. Tem por intenção estimulá-la sexualmente ou utilizá-la para obter satisfação sexual. Estas práticas são impostas à criança ou ao adolescente pela violência física, por ameaças ou pela indução de sua vontade sendo principalmente praticado no âmbito intra-familiar.

Dentro do contexto de maus tratos existe ainda o bullying. É um fenômeno mundial muito antigo, mas que só começou a ser pesquisado na Noruega durante a década de 90, buscando as causas de inúmeras tentativas de suicídio entre os adolescentes. A partir de então, foram realizadas inúmeras pesquisas e campanhas para reduzir os casos de comportamentos agressivos nas escolas. O tema chegou ao Brasil no final da década de 90, sendo uma palavra de origem inglesa, adotada para conceituar alguns comportamentos agressivos e anti-sociais que ocorrem de forma repetida entre alunos de uma escola.

Os indivíduos ou grupos que praticam bullying são chamados de autores, os quais raramente agem sozinhos; geralmente apresentam impulsividade, agressividade, irresponsabilidade, ansiedade, insegurança e elevada auto-estima. Aqueles que somente sofrem bullying são chamados de vítimas ou alvos e podem ser vítimas passivas ou vítimas provocadoras, no caso das que provocam e desafiam os autores.

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Algumas pessoas, entretanto, podem tanto sofrer quanto praticá-lo, sendo denominadas alvos-autores. Os alvos ou vítimas de bullying passivas apresentam, em geral, disposições como fragilidade, timidez, baixa auto-estima e por vezes apatia.

Normalmente as vítimas do bullying sofrem de diversos tipos de maus tratos concomitantemente: Físico (bater, chutar, beliscar); Verbal (apelidar, xingar, insultar); Moral (difamar, caluniar, discriminar); Sexual (abusar, assediar, insinuar); Psicológico (intimidar, ameaçar, perseguir); Material (furtar, destroçar pertences) e Virtual (zoar, discriminar, difamar, por meio da internet e celular), sendo este chamado de cyberbullying.

A partir disso, o trabalho teve como objetivo fazer um estudo histórico sobre os maus tratos na infância e na adolescência e analisar, através de um estudo exploratório, a incidência dos mesmos, enfatizando a violência intrafamiliar e o bullying no CIEP estudado. Buscou também correlacionar através de uma casuística, os dados resultantes desta pesquisa com outros descritos na literatura, para junto com propostas e ações já existentes sobre o assunto, dos diversos órgãos do Estado brasileiro, difundir o tema e corroborar no combate a essas práticas e atuar na prevenção da saúde da criança agora e sempre.

MATERIAIS E MÉTODOS

Estudo prospectivo em crianças e adolescentes, voluntários, de ambos os sexos, estudantes do ensino fundamental e médio do CIEP Eugenia Moreyra de Duque de Caxias – RJ que tenham tido o consentimento dos pais e/ou responsáveis para a realização e participação na pesquisa.

Foram distribuídos aleatoriamente questionários, pré aprovados pela direção do CIEP, a alunos de 06 a 18 anos, da 3ª série do ensino fundamental ao 2º ano do ensino médio, primeiramente ao final de 2009 e depois em 2010.Foi obtido uma amostra maior e foi feito um reajuste dos questionários, em função de algumas respostas dúbias ou inconclusivas encontradas durante o nosso plano piloto. Os resultados foram analisados e correlacionados com outros trabalhos disponíveis na literatura, possibilitando uma analise da situacão atual em relação aos outros dados pesquisados ,para uma avaliação e reflexão final.

O presente trabalho teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Unigranrio.

RESULTADOS

Em relação aos maus tratos intrafamiliar foram respondidos 188 questionários, sendo 54% do sexo feminino e 46% sexo masculino. Do total, 62% afirmam que já apanharam de alguém com quem reside. Desses que apanharam, 54% são do sexo feminino; 45% moram com pai, mãe e irmãos; 43% tem idade variando entre 06 e 13 anos; 57% idade entre 14 e 18 anos.

Dentre os que apanharam, 10% diz não ter merecido apanhar. Desses, mais de 60 % acham que não possuem uma infância/adolescência feliz, sendo que neste grupo, 78% relatam que para terem uma infância/adolescência mais feliz, necessitam de amor, carinho e respeito dos pais. Apesar disso, 100%, relatam que os pais e/ou responsáveis os incentivam a ir ao colégio e estudar e os ajudam quando estão doentes, com fome, frio ou calor.

Em relação ao bullying, foram respondidos 181 questionários, sendo 53% sexo feminino e 47% sexo masculino. Do total, 60,2% afirmam estar diretamente envolvidos com bullying. Dos envolvidos, 35% são autores, sendo a maioria do sexo masculino (74%), 48% são alvos, notando-se um equilíbrio entre os sexos. 47% além de alvos, também são autores dessa prática. Já entre os que nunca foram vítimas, a porcentagem de autores aumenta, chegando a 68%.

DISCUSSÃO

Confrontando os dados obtidos de bullying com a pesquisa de 2002 da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência, na qual 40.5% dos estudantes entrevistados no Rio de Janeiro, na maioria meninos, admitiram estar envolvidos com bullying, nota-se que em nossa amostra a maior freqüência também é de meninos e que ela supera a pesquisa da ABRAPIA, refletindo a constância dessa prática e a importância da orientação e discussão deste tema nas escolas.

Um importante instrumento de registro de informações e combate aos casos de violência é o serviço Disque-Denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes. Este serviço encaminha e monitora denúncias de violência recebidas de todos os estados brasileiros, tendo sido criado em 1997, sob a coordenação da Associação Brasileira Multidisciplinar de Proteção à Criança e ao Adolescente (Abrapia). Ao analisar os dados desse serviço desde março 2003 até março de 2010 pode-se traçar um perfil estatístico da violência no país.

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Neste período de sete anos, o Disque Denúncia Nacional realizou mais de 2 milhões de atendimentos, tendo recebido e encaminhado mais de 120 mil denúncias em todo o país. Verifica-se que a região nordeste foi a que mais ofereceu denúncias ao serviço, seguida da região sudeste, sul, norte e centro oeste. Das 211.107 vítimas com sexo informado, registradas nas denúncias, tem-se que 62% das vítimas são do sexo feminino e 38% das vítimas são do sexo masculino.

Ainda nesse período, os dados de sexo das vítimas em porcentagem por tipo de violência mostram que em 62% das situações de violência sexual (que inclui tráfico de crianças e adolescentes, pornografia, exploração sexual e abuso sexual) são do sexo feminino. Já as situações de negligência, violência física e violência psicológica apresentam praticamente o mesmo percentual de vítimas por sexo: 56% de vítimas do sexo feminino nas situações de negligência e 55% nas situações de violência física e violência psicológica. Assim como na pesquisa do CIEP, na qual 54% do sexo feminino alegam terem apanhado.

O estudo sócio-epidemiológico sobre violência em escolares de Duque de Caxias-RJ (Assis 1991) também objetivou conhecer a prevalência de violência física no município, investigando 1328 adolescentes-escolares, mostrando que 52,8% dos entrevistados sofriam violência de um ou de ambos os pais.Comparando com a nossa amostra, a nossa percentagem foi ainda maior, 60,2%.

CONCLUSÕES

A violência é resultado da interação de vários fatores individuais, sociais, culturais e ambientais, acontecendo em todas as culturas, raças, religiões e classes sociais. Existem algumas condições que predispõem para a ocorrência dos maus tratos e que estão associadas ao agressor, à vítima, à classe social, à comunidade e à família.

São condições associadas ao agressor: a dependência de drogas, alcoolismo, história de abuso, baixa auto-estima, imaturidade e transtornos de conduta, psiquiátricos ou psicológicos. Condições associadas à vítima: sexo diferente do desejado, dependência própria da infância, condições de saúde que exigem maiores cuidados (prematuridade, doenças neurológicas, doenças graves, distúrbios psicológicos, do sono, da alimentação e dos esfíncteres) história de abusos anteriores, criança não desejada. Fatores de risco associados ao meio social e comunidade incluem inobservância das leis de proteção, desigualdade social, marginalidade, desemprego,

analfabetismo, ambientes conflituosos e alta aceitação de violência. Fatores associados à família incluem pais jovens (adolescentes), gravidez não desejada, cuidados pré-natais inadequados, famílias uniparentais, conflituosas, substitutas e exposição à violência.

Desse modo maus tratos na infância e adolescência são uma temática complexa devido a sua multiplicidade de causas e fatores correlacionados que fazem com que a suspeita ou confirmação de abusos ou maus-tratos ainda seja um desafio para os profissionais da saúde, principalmente por falta de informações técnicas e científicas. Poucos têm a questão da violência abordada durante a graduação e existe a necessidade urgente de incluir o tema nos currículos e de capacitar os profissionais já graduados. Para isso um Guia de atuação frente a maus tratos na infância e adolescência foi elaborado em conjunto com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o Centro Latino - Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Carelli (Claves), a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), a FIOCRUZ, a Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e o Ministério da Justiça. Nele está descrito, numa forma didática, pontos importantes a serem abordados e observados na anamnese e no exame físico, além de alguns exames complementares que possam auxiliar no esclarecimento dos casos que se apresentam na prática pediátrica.

Outrossim, de 2003 a 2006 o módulo de maus-tratos foi empregado no âmbito da estratégia de Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI), a partir do original proposto pela Organização Pan-Americana da Saúde e através do esforço conjunto de diversas instituições ligadas à saúde na infância. A incorporação desse módulo de maus-tratos pode preencher uma lacuna na educação do profissional de saúde na atenção primária, onde problemas relacionados à violência contra a criança são freqüentes.

A estratégia AIDPI em sua proposta inicial não abordava especificamente esse problema, no entanto, já possibilitava a detecção de maus-tratos através de outros indicadores como, por exemplo, atraso de vacinas, tempo excessivo de demora para a primeira consulta, não comparecimento à consulta de retorno e a desnutrição, que podem representar negligência. Ao sugerir que se valorizem os atrasos nos marcos esperados para o desenvolvimento e ao acrescentar sinais mais específicos de maus-tratos, o módulo permite que o profissional se aproxime também de outras formas de maus-tratos.

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Todavia não se restringe apenas aos profissionais de saúde identificar a violência contra crianças e adolescentes, um vizinho, um parente, um amigo, o educador da escola, todos podem ter voz nessa luta. Os próprios juízes, advogados e o Ministério Público têm uma participação nessa identificação, já que além de ser um problema de saúde publica é um problema com diversas facetas e a união de diversos setores da sociedade visa uma atuação mais eficaz de atender as exigências do Estatuto da Criança e do Adolescente.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) ressalta ainda que as conseqüências da violência infantil sobre a saúde e o desenvolvimento das crianças maltratadas persistem durante a idade adulta e estão relacionadas com um amplo leque de comportamentos de risco, como o abuso das drogas e do álcool, além de tentativas de suicídio, das crises de pânico e ocorrências de estresse pós-traumático. Por conseguinte fica cada vez mais evidente a necessidade de se propagar o tema, buscando a promoção e prevenção da saúde da criança agora e sempre, visando uma realidade compatível com uma perspectiva de futuro longo e promissor.

O maior desafio é fazer com que os casos suspeitos de maus tratos consigam prioridade no atendimento, para a confirmação dos maus tratos e para que as medidas necessárias sejam tomadas, tanto na esfera medica, psicológica, nas também na apuração dos culpados e responsabilização na área penal.

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Recebido em / Received: 2011-10-21 Aceito em / Accepted: 2011-12-09

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