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'S^NGUfE= % R{mmVâ1z¬Pm@í¢1¶"@sE~4~
,..¬-_-_ -› 1986- % `\SDE Ô z ^ ' Cfiwwnø-nE*CIENüIAS'DA»SâUDE -~DEPARTAMEN¶b»DE-PÉÉIATRÍA
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àúwmâmmà
c©M©-ÍN¶ERPÉETÁR A PiE®C1TÓsE AUTORESi * J®Ã@ CARLOS cøswâ DE OLIVEIRA * .'1Í®YC1E~MAR]IÍ' STÚCCO@~ADOR:
` '** nr. RoNALD@ JÓSÊ MELO DA SILVA' '
* Doutorandos da 1lš'fàse de Médícina
** Prófessoríadjuúre I dg- disciplina de Pediatria da UFSC
._4,...._¬...-.-¬iíi_..-›
ÃGRADECIMNTUSZ
À Dra. Maria Marlene Souza Pires -
Auxiliar de Ensino da Disciplina de
Pediatria da UFSC.
Ao Dr. Carlos Alberto de Carvalho -
Médico Residente de Heepitel Infan-
¢Í?N5nfIÀc^E~ _Resumo~o‹oø_acoo¡nOouoouooooououoonoouo cuco II _' '-';p`Q›__'q.,'u,;_r,n_Q“ocroatanouoooocanoa once 111 _ MafenLa1ze›Mérøaos... . . . .. ... «IV - ResultadQs‹«.&M.L_ . . . . ... vv V -¢_op.onlooooøuowoooøuocuno O o o o c ou “VI - S.umU.1..6...I'y; . ,.V_.`.-_z.À,~ . .,.`. . . . . . VI ¬ Referências BibLiogrãfipas ... . . . . . ..
l
r Í
\
\
mxmsumo
. Fez~se umíestudo de cinco casos de punção lom-
bar traumática. O objetivo foi avaliar os métodos comu-
mente usados para se_estimar o numero de células prove-
'
` ~ r ø
nientes da contaminaçao sangüínea do liquido cefalorra- quidiano (LCR). Estes métodos, baseados no hemograma ou
' ~ r
em relaçoes arbitrarias de leucócitos /hemácias, mostra
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.
1
ram-se inadequados por apresentarem numero esperado de
leucócitos superiorlao encontrado. O mecanismo pelo‹¶mú
ocorre esta diferença continua desconhecido.
- ~
Este erro ha correçao da celularidade do LCR
hemorragico pode leyar a interpretações falsas e falhas
no diagnostico de patologias presentes.
*Houve semelhança entre-estes resultados com os
disponiveis na literatura. .
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on
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oÉ comum a indicação de punção lombar em
crian-~
ças para exclusao de meningite, visto que elas freqüen- temente apresentam quadros febris de difícil diagnosti-
' \
co diferencial. Devido ao tamanho corporal e a falta de
~ r zw
cooperaçao e comum que punçoes lombares em crianças re
I
,
_
w-F
sultem em LCR acidentalmente hemorragico. Apesar do nu-
- f ø
mero normal de celulas no LCR límpido estar bem documeg
`
““”`tädo (2,3,9,10,ll), nos casos em que ele se apresenta
hemorragico ha dificuldade na sua interpretação, e por
conseguinte, na decisão de iniciar o uso de antibioti -
« cos potencialmente tóxicos (5). Alguns metodos matemati
A - ~
,cos tem sido sugeridos para esta interpretaçao, como re
- ~ r - 1 1 A
ilaçoes arbitrarias entre o numero de hemacias e leucoci
tos, ou formulas baseadas na celularidade do sangue pe-
riférico (2;5,õ,7,e,9).
Três analises recentes demonstraram a ineficá~
cia destes métodos e como eles podem conduzir a inter ~
pretações erroneas a respeito da celularidade do LCR
`
z-_..
(5,6,9). O presente trabalho se propoe a revisar a lite
ratura a respeito, apresentar dados colhidos em nosso meio e compara-los com os resultados já existentes, ana
lisando também, a validade dos metodos até então utili-
zados. '
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o~s .Roa1ízouesozuma_aná11sozproàpëotívà de todos . í~OS QQSOS em Que ö¢ÕÍÍëTäm;ëCäflëñÊë ÊEÍÊÚRÇEO lömbar nO
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HÕSpital›InfänÊíl J@ãnä_fiB7GuSmab fiurahtè O periodo de
janeiro alabril de ÂÊÉ6,-A_se¿eÇão resultou em'5 -amos~ V
letras Que obedecerám àbs Éeguíhtës c?itêrios% numero de
hemácias superior e 3;OGOÍmm?(*), ausência de evidën -
-
cias olíníoas o 1aooraroria¿s.üe meningite e com homo _
-W»_-gçama-slmultâneb~nozespaço maximo de 1 hora (antes ou
após) do momento da_punçã@, Para a contagem das células
do LGR usou~se a câmara'de Fuchs-Rosenthalz O tempo má-
, . .r .
ximo entre coleta e-contagem de celulas foi de 30 minu-
~ i
tos, Ó que nao e suficieflte para que Ocoffa destrui . -
ção sigfiificativâ dê Qéluläã Íl,2)z Õbteu-se o numero de leucócitos esperados usandoese a formula a seguir:
. ;)`
.
(*) Este número=limiüe foi usado afbitrariamente, p0iS
abaixo úo.oua1 não nã aiferonoê sigfiificativê no número
de leucocitos. `
-8-
_*LE = HLCR “X Ls
Hs
onde; LE = Leucéocitos esperados; HLgR = Hemácias no LCR
LS =-Leucôcitos no sangue; HS = Hemácias no sangue
R
E;SU
L.TA
D O S~
A contaminagao do LCR com sangue variou de 3.733 a 81.070 hemácias/mm* e io a 213 ieucócitos/mma .
Dos 5 pacientes analisados, um apresentou número exoep~
oionalmente alto de leuoöoitos no LCR (457% do espera -
do), o que levou à suposição de meningite asséptica, Os
demais mostraram contagem de leucócitos no LCR inferior
ao“número esperado-afpartÍr*derdados~do hemograma (Tabg
la 1), sendo as percentagens dos números esperados' em
média 71,7%.V
Dois dos pacientes eram recém-nascidos (5 e 12
dias), porém não foram excluídos deste estudo, pois se¬
gundo Rubenstein e Yogev (9), não ha diferença estatise
tica das crianças maiores.
_.1Q`_
'T A›BíE*L Ar 1
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'
‹ 1
Relaçao dos casos-apresentando idade, numero hemácias, número de leucócitos esperados e encon%rados
LCR e comparação entre eles.
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ñö
Id a d e Número hemacias de. Número leucócitos de Número de % do
.leucócitos esperado
no LCR/mma esperados no observados no
~ - LCR/mm” -LCR/mms 2 5.205 16 16 100 m€S€S' . 8 .29.000 4- »ê7 10 15 meses _12 8.000 12 _ 10 83 m€SeS I ` 5 81.070 ÊÁO, ~ 213 _ 0 89 dlas ~ 12 V , . . . 3.733 14 64. _ 457 dlas
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I s1c~U¬s sÃ
o r' f `~O numero de leucocitos no LCR, em condiçoes
~
normais, nao deve ultrapassar 4 celulasfimf (2,3,10,11)
,
'
A ~` n
ou 5 celulas/mm3(4,9) . Devido a imaturidade de barrei-
ra hêmato-liquorica em recémfnascidos, este numero pode
_ ,
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ser maior e'em media se situa entre O-12 células/mms
(10) ou o-15 células /mma (4).
`
I fu *V
Na presença de LCR hemorragico, comumente sao ' ~ _
' r r 1
usadas relaçoes arbitrarias entre numero de leucocitos.
e numero de hemaciasde 1:300,_(9), l:*5OO (7), 1:7OO (2), 1:-750 (8),
f - r
etc., para se detectar o numero esperado de leucocitos
no LCR resultante da contaminação sangüínea; ou são u¬
r ~ -r.
sadas formulas que fazem relaçao direta entre o Anumero
de células do LCR com os dados do hemograma simultâ -
neo-(5,6;9), nos casos em que é muito importante saber
a contagem exata de celulas no LCR. 4
Na presente analise, a percentagem do numero
- r o' r
_ z
encontrado de leucocitos foi em media 71,7% do numero
esperado através da fórmula descrita anteriormente, va; riando de 15 a 100%; sendo que foi excluído um caso de
Í _
recem-nascido onde a percentagem encontrada foi de
457%, o que se anúbuiz a uma possivel meningite
-assep-~
tica, a uma doença viral nao detectada ou pleocitose
_]_2_
Eztes resultados encontrados~no presente traba äho concordam com os apresentados por outras fxanalises recentes da literatura (5,'6,9) .Osborne ..e Pizer .(6) com uma
pesquisa prospectiva obtiveram um total de 19 casos em
^
' I
5 anos, que apresentavam 25% e 14% do numero espera -
do de leucócitos, para recém-nascidos e crianças maio -
res respectivamente. Novak (5) apresentou 39 casos em 3 anos de pesquisas, dos quais 85%, quando usados dados do hemograma, e 64%, quando usados relações feitas de
dados médios, demonstraram numero esperado de 1eUOÔ¢i -
tos superior ao numero encontrado. Rubenstein e Yo -
gev (9) com uma análise retrospectiva de 102 casos, de-
- r r
monstraram que o numero de leucocitos encontrados .no
LCR situou-se em media 20% do numero esperado e 3 dos
seus pacientes com meningite comprovada tiveram znumero
~
esperado dentro dos padroes da normalidade. Estes
mes-~
mos autores propuseram uma linha de regressao basea -
da em seus dados, em que estes casos de meningite esta-
riam mais proximos da linha de .identidade. `
"
IN I I
. O uso de relaçoes arbitrarias ou com dados do
hemograma, podem freqüentemente mascarar pleocitoses
reais, que em LCR não hemorragicos seriam interpretados
como sugestivos de meningite.
> A
Uma possivel explicação para 6 díSCF€Pan0ía 9- xistente entre o sangue periférico e as celulas do LCR
' ~
hemorragico, seria a maior adesao dos leucócitos em re-
lação as hemácias, nas meninges, , antes de alcançar o
~
centro da agulha de punçao (5,9). `
É aconselhável que todo LCR hemorragico seja
submetido a cultura pois seu numero real de leucóci -
`tos nao pode ser determinado com precisao, perdendo va-
lor diagnostico. Pelo mesmo motivo estes pacientes de-
' - ~ r
vem ser acompanhados com maior atençao e se necessa -
rio puncionados novamente para esclarecimento diagnosti
CO.
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M A
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The-an¢h@f$›§£Udied five cases of traumatic lumbar puncturez Their §im~ was~ to evaluate the - me-
thods ~coimmo~n.1y"¿afsfefÇ1f z'<;›¬s:>l'.¢fS?fš;.im-ate the number . 'of cells
-which came fr0m.b&oø@sçQgtaminated cerebrospinal fluid
{CSF). The meÍh9âS›bas&dvQm.peripheral blood or on arbi
trary leukoçytggfieyiähmseytes relatioship, showed to be
inadequate b$©auSBw¢ä§€$£Efi`leukocyte counts were hi-
gher than those actually found, The reason for this_ph§
nomenon.is¬not'c1ear; - '
Mistakes in.ceíI count correction from blood~ contami-
nated CSF oan lead to=mísinterpretations of the diagnoe
sis.
There-were:simíIarities between these results
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S, B 1 B L_I OG
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Autor: Oliveira, João Car `
Título: Líquido cefalonaquidiano contam
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. 972810104 Ac. 253863