DEPARTAMENTO
DE
CIENCIAS
cONTÁBEIs
TRABALHO
DE
CONCLUSÃO DE CURSO
GOOD
WILL,
AVALIAÇÃO
E
RECONHECIMENTO
ROMULO
SOARES
DA
SILVA
UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SANTA CATARINA
cENTRo
socio-EcoNÓM1co
DEPARTAMENTO
DE
CIÊNCIAS
CONTÁBEIS
GOOD
WILL,
AVALIAÇÃO
E
RECONHECIMENTO
Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao
Departamento
de Ciências Contábeis,do
Centro Sócio-Econômico,da
Universidade Federal de Santa Catarina,como
requisito parcialpara a obtenção
do
grau de Bacharelem
Ciências Contábeis.Acadêmico:
»Romulo
Soares da Silva `
Orientador : Prof. Joisse Antonio Lorandi,
M.
Sc.Florianópolis
-
SC, 2001Autor:
Acadêmico
ROM
L
6" ^“i ~
RES
A
SILVA
Esta
monografia
foi apresentadacomo
trabalho de conclusãodo Curso de
Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina, obtendo a notamédia
de
banca
constituída pelos professores abaixo nominados. .Florianópolis, junho de 2001. _ 4 \ _s P f
c
~Prof. Luiz â I eira, M.Sc.
Coordenador
d_
› o 1afia
doCCN
\\_ .
\
Professores
que
compuseram
a bancaíProf isse
Antom
randi,M
Sc. identeéjšg
Pres
*n
×›~&›.._.\
Profa Erves Ducati, M.Sc.
Membro
bz
Prof.
LuizF
\ `ra\,'M.Sc.Mè_
\`\
AGRADECIMENTOS
A
Deus, por tudo.A
Beatriz, pelo estímulo inexorável.Aos meus
pais, Antônio eMaria
por nãomedirem
esforços paraque eu
tivesseuma
boa
educação.Ao meu
Mestre e Orientador, Professor Joisse Antonio Lorandi, pelo valiosoconhecimento, pela disposição, atenção e dedicação
em
todas às vezes que sefizeram
necessárias durante a pesquisa. _
Aos meus
amigos, Carlos, Rodrigo,Marcia
e Fernando, pelo apoio incondicional. ,Aos meus
colegas de curso que tanto contribuíram paraminha
formação acadêmica.E
por último, agradeço a todos que, peculiarmente,cooperaram
narealização destetrabalho.
RESUMO
1.1NTRoDUÇÃo
... .. 1.1 Carência de Infonnação ... .. 1.2Problema
... .. 1.3 Objetivos ... .. 1.3.1 Objetivo Geral ... .. 1.3.2 Objetivos Específicos ... .. 1 .4 J ustificativa ... .. 1.5 Metodologia Aplicada ... .. 1.6 Organizaçãodo
Estudo ... .. 2.REv1SÃo
LITERÁRIA...
... .. 2.1 Informação Contábil ... .. . . . - ‹ z › . . . . . . oo . . . ‹ o o . . . oo o z o . . « . . . o . . . › . . z o - - z o z z o - . . z . . . oo . . . - - . o z › . . . .o » . . . ‹ . . . - - . - - - . . . .. . . . - . . . oo . . . o . . o - - o o - . . . . . . - . . . .. . . . › . z o ~ . . . .. . . . z . z - - . . . o z . . z . . - . . . .. . . . - . - . z - › . o › - - . . . . . . .. vi 1 LJ'|LJ1L›JL›«)bJUJl\)›-› 6 6 2.2 Ativo ... ..7 " 8 2.2.1Formas
de Avaliaçao de Ativos ... .. › › o . . . - . . . z . . . z « . › . . . . . .. 2.2.2 valorEoooômioo
Agregado
-EvA®
... .. 112.2.3 Ativos Intangíveis ... .. 15
2.3
Goodwill
... .. ... ..l7 2.3.1A
Origem
... ..182.3.2
A
Omissão do
GoodwillGerado
... .. 192.3.3 Objetividade
x
Relevância ... ..212.3.4 Goodwill,
Fundo
deComércio ou Aviamento
? ... ..232.3.5 Tipos de
Goodwill
... ..24 2.3.6 Cálculodo
Goodwill ... ..26 2.3.7Reconhecimento
e Contabilização ... ..31 3.coNcLUSÃo
E
RECOMENDAÇÕES
... ._ 35 4.BIBLIOGRAFIA
... ..37
V
_RESUMO
A
situação atual nas empresas dosmais
diversosramos
de atividade requer.uma
atualização constante afim
de prover informações relevantes eque atendam
ao usuário de maneira completa.i
O
número
cada vez maior de concorrentes obriga a revisão constante de metas emeios
inerentes a realização destas.
A
conseqüência natural dessa preocupação e desse aperfeiçoamento está intimamente relacionado ao Goodwíll visto que valoriza a empresa.Parte integrante
do
valor daempresa
e indicativo de sucesso e lucratividade, toma-se acada dia
mais
necessário a pessoa detentorada tomada
de decisão por parte da cúpula das empresas etambém
para investidores, que desejam aplicar seu dinheiro defonna
rentável e segura.Infelizmente ainda, a grande maioria dos empresários
não
sabe precisar o verdadeiro valor da própriaempresa
e certamente o Goodwill_ auxiliaria bastante nesse sentido.Este trabalho é centrado nessa idéia,
ou
seja, procura pormeio
de estudo bibliográficoenaltecer a importância
da
informação "Goodwill" tanto para o usuáriointemo
como
para o externo, das informações contábeis. .Convém
antecipar que o Goodwilltem
características de ativo,porém
não
éreconhecido
como
tal pois não possuium
valor quepode
sermedido
em
bases confiáveis.1.1
Carência de
Informação
Com
aimplementação do
processo de globalização atravésdo
fim
das fronteirascomerciais entre os países,
tem
ocorrido diversas alteraçõesno
âmbito empresarial.Novas
tecnologias são implementadascom
intuito de reduzir custos, aumentar a qualidade eeficiência dos produtos e/ou serviços, objetivando ampliar o mercado.
A
obsolescência técnicana
gestão da informação ena
gestão administrativanão mais
é tolerada pois a concorrência é cada vezmaior
e a desatualização dos profissionais responsáveis pelatomada
de decisãopode
porem
risco o futuro das empresas.O
nível de excelência alcançado pelas empresasno
controle de gastos e custosnão
mais
é quesito único para o alcance deuma
estabilidade comercial.A
concorrência estimula a constante revisão dosrumos
e estratégias para que, nesse ambiente competitivo, se tenhauma
organização eficaz, atenta amudanças
e tendências.O
Goodwill,como
partedo
valor deuma
empresa
não é constante, existeuma
oscilação nesse
montante
que pode, por exemplo, ser o resultado deum
investimento diferenciadona
logística, fatorque
sem
dúvida agrega valor ao seu patrimônio, perfazendo dessa forma,com
que
hajaum
incrementono
valor total dos ativos daempresa
e a conseqüência dessa realidadevem
fazendocom
que
os acionistas e empresários sequestionem sobre o quanto vale o Goodwill e por conseguinte, os ativos intangíveis.
Frente a essa questão,
há
de se conjecturar sobre os ativos pertencentes à empresa,que
não
estão inclusosno
Balanço Patrimonial pornão
serem de fácil e precisa mensuração,ou
seja,
uma
parcelado
Goodwill (o Goodwill criado), vistoque não
constitui fator únicona
2
Tema
discutidono meio
contábil e fonte de controvérsias, por serum
intangívelde
dificil avaliação, é
um
ativoque
pode
ter seu valoraproximado
atravésde
fórmulasmatemáticas,
como
porexemplo
a“Fónnula
de Pellegrino e Martins”, o“Método
do Valor
Presente Líquido” e o“Método
do
Excesso de Rendimento”.Em
sendo assim, otema do
presente trabalho é abordar aspectos quanto ao reconhecimento e a contabilizaçãodo
Goodwill.1.2
Problema
Cada
empresa tem
suas peculiaridades,que
devem
ser analisadas e testadas afim
de
propiciaruma
longa vida operacional, objetivando invariavelmente a continuidade e a prosperidadeda
empresa.A
'
Por
exemplo,numa
empresa que
tenha todo seu capital divididoem
forma de
ações, certamente o valor negociado (montante) será diferentedo
valor atualdo
patrimônio. Esse valorpode
ser superiorou
inferiordependendo
de diversos aspectos própriosdo
mercado
taiscomo:
perspectivas de lucros, valor patrimonial, preçosou
cotaçõesem
Bolsa, tendênciasde
mercado, etc.'
Segundo
uma
pesquisa apresentada pela revistaExame
(03 de julho de 1996, p. 52),60%
dos executivos brasileirosnão
sabem
quanto vale aempresa
na
qual trabalham.MONOBE
(1986, p. 6) escrevecom
propriedade,que
“os dados preditivostomam-se
mais
importantesna
medida
em
que há
uma
preocupação crescente, tanto dos usuários intemoscomo
extemos,com
as expectativas futuras relativamente às empresas, desfrutando demaior vantagem
aquelesque
antecipam decisões pormelhor
“enxergarem° o futuro”.O
Goodwill representa partedo
valor deuma
empresa
e a capacidadede
avaliar essa quantia éuma
das informaçõesmais
importantesque
o diretor, o presidenteou
o investidor deuma
empresa
precisam saber.E
Dessa
fonna, oproblema
fundamental deste trabalho funda-seem
considerar o Goodwillcomo
parte integrantedo
patrimônio deuma
empresa.1.3 Objetivos
1.3.1
Objetivo Geral
O
presente trabalhotem
por objetivo geral, abordar o Goodwillcomo
um
componente
de
avaliaçãono
valor deuma
empresa. Para tanto, procura observar alguns aspectos, ›
relacionados ao tipo de informação
que
consta das demonstrações contabeis, almejandoevidenciar a relevância da presença
do
Goodwill nas demonstrações contábeis.1.3.2 Objetivos Específicos
Os
objetivos específicos deste trabalho consistemem:
1) Apresentar e conceituar o Goodwill;
2) Listar algumas das formas existentes para seu cálculo;
3) Elencar tópicos
que
apresentem fatores importantes à apresentação e~
evidenciação
do
Goodwill nas demonstraçoes contábeis.1.4 Justificativa
Todas
as empresas de capital aberto são obrigadas a confeccionarem suas demonstrações contábeis, aomenos
no
final de seu exercício social, ecomo
se sabe, o Balanço Patrimonial serve de base paraque
se tenhanoção do
valordo
Patrimônio (entenda-se bens, direitos e obrigações) das empresas. Por outro lado, a Bolsa de Valores,
tem
movimentação
diária ecom
diversas cotaçõesem
cada dia, dessaforma
o valor (base paranegociação) é
mais fidedigno do que
aqueledo
Balanço Patrimonial jáque
a cotação é a base de negociação das ações das empresascom
o capital aberto.Como
pôde-se notar,nem
foinecessário
mencionar
o Goodwill a fim de observar a ausência de informação nas demonstrações contábeis.Diante desse fato, sabe-se de
antemão
que o Balanço Patrimonialnão pode
servir4
podem
conter omissões relevantes ao cálculodo montante
final,ou
seja,do
valorque
seriamovimentado
com
sua venda.E
O
Balanço Patrimonial mostra o saldo das contas contábeis deuma
empresa
em
um
momento
estático e dessa forma, omite informações relevantes aos acionistas e ao própriocontador
que
sevê
obrigado a implementar outrosmétodos
para obteruma
informaçãomais
precisa. -
- Outrossim,
as
Demonstrações
Contábeistendem
a enfatizarmedidas
objetivas de valore conseqüentemente trata-se a
empresa
como
um
aglomerado de
bens, direitos e obrigaçoes.Tomando
por base a atual legislaçãoque
praticamente abrangesomente
osbens
tangiveisnota-se
que
foge ao seu escopo o real e talvez omais
preciosobem
que algumas empresas
possuem
que
são justamente os ativos intangíveis, jáque
estesnão
são plenamente abordados, principalmente nos dias de hojeem
que
o capital intelectual está inseridoem
vários ramos.Evidentemente
não
se faz idéia de qualmontante
de renda será auferido pelaempresa
devido única e exclusivamente a suamarca
ou, o valor exato da reputaçãoque
aempresa
tem
perante seus clientes e fomecedores e muitomenos
de quanto vale a satisfaçãoque
os clientestêm
em
desfrutar das mercadorias da empresa. Fatores tão subjetivos quanto estes e outroscomo
tendências demercado
e credibilidade, dificultam deforma
acentuada a corretamensuração
dos ativos da empresa.V
Infelizmente, hoje a Contabilidade Financeira, voltada para o usuário extemo, está
privada dessas informações pois
nem
todos os contadorestêm
acesso a essas estimativasque
sao fundamentais aobom
gerenciamento e análise dos dados contábeisque
compoem
asempresas, o
que não impede
suamensuração
pela Contabilidade Gerencial voltada para o usuário interno.Dessa
fonna, os contadoresficam
inibidos de exercer plenamente a sua função de abranger toda informação acercado
patrimônio das entidades,além
de mostrar seuconhecimento
sobre estimativas, pesquisas, índices de satisfação, etc. 'A
cada dia toma-semais
importante saber qual o valormais
exato possivel dos ativos intangíveis deuma
empresa, visto que é de grande importância para atomada de
decisão.Os
resultados obtidos são utilizados nas empresas para análises estatísticas objetivando iaevidenciação de várias relações,
além
de agir,também como
ferramenta prática para a corretaadministração
da companhia no
caso de negociação totalou
parcialda
empresa.Existem
diversas incógnitas relacionadas ao Goodwíll.Todas têm
sua relevância e cabe ao Contador,como
possuidordo
conhecimento e das informações, apreender omáximo
possível a respeito de todos os fatos inerentes ao patrimônio.Em
virtudedo
exposto,procura-se iniciar
um
estudo de alguns dos reflexosdo
Goodwill nas empresas, principalmenteno que
refere a importância
da
sua contabilização.1.5
Metodologia Aplicada
A
maneira
adotada para resoluçãodo problema
proposto por este trabalho é a pesquisa bibliográficaque
busca o conhecimento através da exploração das informaçoes relevantes.MARCONI
eLAKATOS
(1990, p. 15) definem pesquisa bibliográficacomo:
...abrange toda bibliografia já tomada pública
em
relaçao ao tema de estudo, desde publicaçõesavulsas, boletins, jomais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico
. etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações
em
fita magnética e audiovisuais:filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisador
em
contato diretocom
tudo o que foi. escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferências seguidas de debates
que tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicadas, quer gravadas.
Como
citado acima, a presentemonografia
fundamentar-se-á a partir da coletade
material pertinente ao assunto objetivando verificar oque há
documentado que
seja relevanteao tema. -
1.6
Organização do Estudo
No
intuito de alcançar os objetivos propostos, a presentemonografia
está divididaem
dois capítulos, segregadosda
seguinte maneira:O
primeiro é constituído pela introdução, subdivididoem
considerações iniciais,problema, objetivos, justificativa, metodologia e organização
do
presente estudoonde
são abordados os tópicos iniciaisque deram
origem aos questionamentos sugeridos por estamonografia.
No
segundo
capítulo são vislumbrados os conceitos de diversos autores a respeitodo
tema,
que
parauma
maior
organização foram subdivididosem
itens a saber: Consideraçõesiniciais, conceitos de ativo
bem
como
formas para sua avaliação,noção do
ValorEconômico
Agregado
e Ativos Intangiveis.Em
seguida, aborda o Goodwíll propriamente dito,explicitando sua origem, tipos de Goodwill, maneiras para cálculo e seu reconhecimento.
O
trabalho encerraexpondo
a conclusão erecomendações
para futuros trabalhos,bem
2.
REVISÃO
LITERÁRIA
2.1
Informação
ContábilO
dinamismo que
aeconomia
mundial atravessacom
a evolução gerencial,tem
trazidoameaça
a sobrevivência das empresas,mesmo
para aquelas tidascomo
inexpugnáveis,seja pela perda da atualidade (obsolescência técnica e estética de seus produtos),
com
lançamentode
produtos melhores emais
baratos, seja pelas concorrentes já utilizaremnovos
métodos, conceitos e equipamentosque permitem
uma
maior
eficiência para o nívelde
qualidade e tecnologia exigido pelo mercado. Esta realidade,vem
obrigandoque
a altaadministração de empresas de todo o
mundo
invistaem
programas e estratégias ágeis e suficientes para garantir a sua sobrevivência, transfonnando aameaça
em uma
oportunidade para crescimento.C
'
À
Contabilidade, cabe a árdua tarefa de informar, abrangendo todo o patrimôniode
maneira
eficaz, produzindo informações suficientes ao desejodo
usuário desta.Também
estáincumbida
a Contabilidade a observância de alguns preceitos, acatandosempre
os princípios epostulados geralmente aceitos.
Porém,
essas diretrizesimpedem
que
a completitudede
infonnaçãoque
a Contabilidadetem
capacidade, seja evidenciada prejudicando assim a decisãodo
usuário da informação.O
Goodwill,como
exemplo
desta omissão,não
é evidenciado nasDemonstrações
Contábeis pois a carga de objetividade exigida para reconhecerum
ativonão
é suficienteno
conceito deste intangível.A
esse respeito, a Ciência Contábil reconhece nos dias atuais o Goodwill,no
casodo
Brasil,como
ágio.De
fato,há
um
progresso nesse sentido, oque não
pode
ser confundidocom
2.2 Ativo
SPROUSE
eMOONITZ
(apud
IUDÍCIBUS
1987, p.103)-em
atenção àdefinição de
Ativo,define-o
como
sendo aquelesque
“representam beneficios futuros esperados, direitosque foram
adquiridos pela entidadecomo
resultado dealguma
transação correnteou
passada”...
Mais
adiantecomplementa
“Ativospodem
ser constituídoscomo
resultadodo
esforço da pesquisa da empresa, de natureza contínua, pela organização excelente e porfatores intangíveis
não
necessariamente ligados a transaçõescom
omundo
exterior”.Sabiamente, os autores se
preocuparam
em
abarcar omaior
alcance possível,desvinculando o conceito de ativo a
um
bem
corpóreo, característicaque
atende as pretensões deuma
definição essencial à Contabilidade.A
alusão de beneficios futuros esperados abrange a importância de todas as vantagens provenientes da política adotada pela empresa,bem
como
a relevante possibilidadede
enquadramento do
Goodwill, haja vistaque
estecompõe
parte integrantedo
ativoda
empresa
e refleteem
beneficio direto nas vendas e conseqüentementeno
faturamento desta.A
definiçãode
MARION
(1989, p. 53), se distingue,dando
destaque a idéiade
propriedade,como
segue:“O
ativo são todos os bens e direitos de propriedadeda
empresa, mensurável monetariamente,que
representam benefícios presentesou
beneficios futuros paraa empresa”. `
'
De
fonna
diferente desta última, a atençãodada na
citação de Iudícibusno
fragmentosupra, eleva a importância
da
pesquisa continuadaem
novos
produtos,novos
mercados
eno
aperfeiçoamento de maneira geral,mas
sobremaneirana
análiseda
situaçãoeconômico-
financeira
da
empresa,bem
como
dosmétodos
gerenciais imprescindíveis dao alcance deuma
meta
promissora.O
IASC
(Intemational Accounting StandardCommittee)
(1996, p. 54)define
ativocomo
sendo“um
recurso controlado pelaempresa
resultante de eventos passados edo
qual seespera
que
beneficioseconômicos
futurosfluam
para a empresa”.IUDÍCIBUS
(1987, p. 104) apontacomo
característicasdo
ativo as seguintes:1
-
o ativo deve ser considerado à luz da sua propriedade e, apenas subsidiariamente, à luz de sua posse; normalmente as duas condições virão juntas;2
-
precisa estar incluído no ativo,em
seu bojo, algum direito específico a benefícios futuros orexem
lo, a rote ão à cobertura de sinistro,como
direitoem
contra resta ão ao rêmio« . p
de seguro pago pela empresa) ou,
em
sentido mais amplo, o elemento precisa apresentaruma
potencialidade de serviços futuros (fluxos de caixa futuros) para e entidade;8
3
-
o direito precisa ser exclusivo da entidade; por exemplo, o direito de transportar amercadoria da entidade por
uma
via expressa, embora benefício, não é ativo, pois é geral, nãosendo exclusivo da entidade.
Dentre as características elencadas, todas são
unânimes
no
tocante a beneficios futuros almejados, dessa forma, têm-seuma
constante que procura de maneira contínua agregar valor àempresa
como
resultado preponderante.Em
se tratando de futuro,nenhum
benefício vindouropode
ser precisado de maneira inequívoca.Tanto contas a receber quanto o Goodwill são, de certa
forma
incorpóreos.Acontece
que
um
é contabilizadonormalmente
(por teruma
objetividade deveras maior) e outronão
e essa é,sem
dúvida,um
motivo
cabal paraque
a Contabilidade continue se aprimorando cada~
vez
mais
afim
de
encontrar objetividade suficiente para o reconhecimento e a contabilizaçaodo
Goodwill. 'O
IBRACON
(1998, p. 47) mostrano
item 89 os critérios para o reconhecimentode
um
ativo:“Um
ativo é reconhecidono
balançoquando
é provávelque
aempresa venha
areceber dele beneñcios
econômicos
futuros e o ativotem
um
custoou
valorque
possa sermedido
em
bases confiáveis”.O
Goódwill,como
se verificará adiante possui características necessárias para a suadefinição
como
ativo. Sabidamente éum
forte indicador de valor agregado para a empresa, indicando se estatem ou não
uma
posição favorávelem
relação' as outrasdo
mesmo
ramo.Pode-se dizer
que
o Goodwíll éum
ativo, vistoque tem
as características de ativo, pois gera beneficioseconômicos
futuros,porém
não
é evidenciadonem
reconhecidocomo
tal poisnão
tem
um
valorcom
uma
base sólida ebem
definida para sua valoração.2.2.1
Formas
de Avaliação de
AtivosAvaliar significa “dar valor”, “detenninar a valia de” e
na
Contabilidade a avaliação éa atribuição de valores aos diversos ativos e passivos da empresa. ~
HENDRIKSEN
(1999, p. 304) denotaque
o processo demensuração
também
sedá
em
termosnão
monetários:“Não
deve ser esquecidoque
dadosnão
monetários,como
capacidade de produçãoem
toneladasou
número
de operários,podem
muitas vezes serrelevantes para certas predições e para a
tomada
de decisões.”Com
base nessas e noutras informações, otomador
de decisãopode
obter subterfúgios suficientes para concretizaruma
decisão importante ao perfeitoandamento
operacionalda
entidade. V
Conforme
IUDÍCIBUS
(1987, p. 113) “os valores de entrada sãomais adequados do
que
os valores de saídacomo
base geral de avaliaçãodo
ativo, poispodem
representar o valormáximo
para aempresa ou
porque
muitas vezesnão
existeum
mercado
para valoresde
venda.”
Adiante relata
que
os valores de entrada sãomais
objetivosque
os de saída eque
abem
da
verdade, as abordagens reais à avaliação são diversas, intercalando valoresde
entrada e de saída,embora
predominem,
de fato, os de entrada.Os
principaismodos
de avaliação a valor de entrada são 3C
usto históricoCom
grandemargem,
este é omais
utilizado.De
acordocom IUDÍCIBUS
(1987, p.113), o custo histórico chega a ser confundido
como
uma
base de valor.Um
fator importante para aadoção do
custo histórico é a sua possível aderência,no
momento
da
aquisição, para expressar os potenciais de serviços futuros, para a empresa,do
ativoque
está sendo adquirido,isto é, os ativos
devem
ser avaliados pela sua capacidade de gerar beneficios futurosno
momento
da
aquisição e o valor quemais
seaproxima
desse beneficio é o custo histórico.Na
avaliação dos itens dificilmente mensuráveis, é a grande objetividade encontradano
momento
da
aquisiçãodo bem,
já que representa o dispêndio real concebidono
momento
da compra, para manifestar a possibilidade de se rastrear
no
futuro, o quanto foi oneradono
momento
passado. Essa rastreabilidadetambém
possibilita a capacidadede comparação
entreduas
ou mais
empresas distintas e constitui importante ferramenta gerencial.Outrossim o custo histórico representa
fielmente
o valor gasto, independentedo que
foi
comprado.
Tem-se
precisamente a quantiaque
representa a aquisição; por exemplo, se foium
ponto devenda
o objeto da compra, sabe-se quantovalem
as benfeitorias e quanto foipago
pelo Goodwill, precisamente. -HENDRIKSEN
(apud
IUDÍCIBUS,
1987 p. 113) mostraque
uma
dasmais
fortesrazões
da adoção
generalizadado
custo históricotem
sido sua estreita relaçãocom
o conceito de realizaçãoda
receitana mensuração do
lucro.O
lucro baseadoem
valores históricos étotalmente realizado, tanto
na
parte operacional quantona
dos ganhos.Apesar
disso, existem diversas desvantagensna
utilizaçãodo
custo histórico. Usá-lo é considerarque
os ativos, depois de adquiridos,não
alterammais
seu valor patrimonial,fica
10
um
bem
estagnadona
empresa, desconsiderando 'o potencial de serviços de cada ativo.Também
não
permiteque
se reconheça perdas e ganhosquando
real eeconomicamente
acontecem, e sim
quando
sao realizados. 'Custos correntes de reposição
IUDÍCIBUS
(1987, p. 114) denota que:Em
sentido mais rigoroso, o custo corrente deum
ativo, hoje, no estadoem
que se encontra,seria o somatório dos custos correntes dos insumos contidos
em
um
bem
igual aooriginariamente adquirido
menos
sua depreciação.O
custo corrente deum
ativo, procura, assim, representar a avaliação, a preços correntes, domesmo
ativo adquirido há mais tempo.O
custo corrente de reposição procura evidenciar a todomomento
o real valordo
ativo.
Dessa
fonna, o custo correntetem
valor idêntico ao custo históricoquando da
aquisiçãodo
ativo epode
ter seu valor alterado amedida que
os preços se alteram.Adiante, Iudícibus completa abordando o valor a ser demonstrado:
Quando
a taxa demudança
tecnológica é acentuadaem
detenninado ramo, fica difícilreproduzir os valores correntes dos ativos assim definidos, pois estes já se diferenciam
sensivelmente dos antigos quanto às características técnicas e de produtividade. Todavia, desde que os novos ativos prestam “serviços equivalentes' aos antigos, podem-se obter
aproximações. Mas, freqüentemente, o valor dos beneficios a serem obtidos
com
o novo ativonão é igual ao valor da reposição do ativo antigo.
No
caso deuma
empresa que dependa
significativamente de processamentode
dados, por exemplo, os ativosque
são os microcomputadoresnão
são fáceis de se avaliar,como
oilustre mestre coloca. Visto
que
a cada diasurgem novos
equipamentoscom
poder de
processamento de informações inúmeras vezes
maior que
o presentena
empresa, oque
fazcom
que se perca o parâmetroda
comparabilidade, aindamais
quando
se notaque
opoder de
processamentotem
seu valor proporcional diminuído.Ou
seja, cada vez custamenos
processarmais
infonnações pois os computadores, cada vezmais
potentes, estão se tornandomais
acessíveis pelaqueda
de seu preço.As
vantagensda
utilizaçãodo
custo corrente de reposição são evidentes poishá
uma
maior
informação ao usuário, jáque
estetem
por baseum
dado mais
atualizadodo que
sevislumbrasse o custo histórico. ~
De
forma
similar, sentir-se-iaalguém
com
intenção de adquirir a empresa,no
todoou
em
parte.A
informação antiquadatem pouca
serventia aquem
precisa de agilidade eda
Custo corrente corrigido pelas variações
do poder
aquisitivoda
moeda
segundo
1UDÍc1BUs
(1987, p. 116)É
talvez o mais completo conceito de avaliação de ativos a valores de entrada, pois combina asvantagens do custo corrente
com
as do custo histórico corrigido.Os
ativos são basicamenteavaliados
em
determinada data a valores correntes de reposição.Em
uma
data posterior, osativos da
mesma
entidade sãotambém
avaliados a custos correntes de reposição, naquela data.Há
de se acurarem
épocasonde
existe perdado
poder aquisitivoda
moeda
pois então perder-se-ia comparabilidade entre as duas datas. Por exemplo,um
automóvel custava$l00
em
x0
e passou a custar$l10
em
xl,não
porum
aumento no
preçodo
carro esim
peloreajuste devido a perda de poder aquisitivo da
moeda.
Na
referida avaliação, ter-se-iaque
desconsiderar os$10
referentes ao reajuste e sim, apurar o quanto passou a ser o valordo
automóvel.Estaria-se
comparando
um
mesmo
automóvel quetem
preços diferentes(supondo
acompra
de
um
OKm)
pois a inflação fezcom
que
o referido preço sofresseum
reajuste e nesse caso, precisa-se expurgar a inflaçãocompreendida
entre esses períodos afim
de
anular apossibilidade de perda de comparabilidade por essa causa.
2.2.2
valor
Eoooômâoo Agregado
-EVA®
Quase
tão importante quanto saber avaliarum
ativo é saber odesempenho que
esse(s) ativoprovém
para a empresa.Em
se tratando de Goodwill, todo e qualquer fatoque
tenha por objetivo agregar valor àempresa deve
ser considerado positivo vistoque
tende aaumentar
oGoodwill
e conseqüentemente o valor da empresa. _Os
investidoresque
aplicam seus recursosna empresa esperam que
ele sejabem
administrado e
que
lhes tragamum
retorno satisfatório, pelomenos
superior aoque
seriaganho
se esses recursos fossem aplicadosno
setor financeiro,como
uma
caderneta de poupança, por exemplo.u
Para avaliar este retorno foi criado o
EVA®
(Economic
Value Added),ou
ValorEconômico
Agregado,que
basicamentemensura
qual a real lucratividadedo
negócio, estabelecendoum
comparativo entre o lucro liquido da entidade e o custo totaldo
capitalinvestido
na
empresa.12
“Uma
estruturaque
empresas poderão utilizar paracomunicar
suasmetas
e realizações a investidores, eque
investidores poderão utilizar para identificar empresascom
perspectivas dedesempenho
superior.”Muito embora
pareça ser simples, a princípio, avaliar odesempenho
deuma
empresa, bastando olhar para a última linha de suaDRE
-Demonstração de
Resultadodo
Exercício everificar se ela obteve lucro
no
período,na
práticapode
não ser assim.Muitas
vezes este lucropode
não ser "lucro" para os investidores, poiséapesardo
resultado positivo, o retornodo
capital investidopode
estaraquém
do
esperado.O
percentual desseretomo
permite a todos os interessadosna
empresa, quer sejam administradores, acionistas, investidoresou
seus próprios funcionários, avaliar se os resultados operacionaistêm
sido satisfatórios.De
acordocom
CAETANO
(1998, p. 61) oEVA®
nada mais
é doque
uma
comparação
entre o lucro líquido daempresa
e o custo totaldo
capitalempregado na
empresa, considerandocomo
capital todo omontante
associado a ativoscomo
equipamentos, propriedades, edificações, circulante, realizávelem
longo prazo, diferido, etc.Se
o lucrolíquido for
maior
é sinalque
aempresa
está agregando valor, caso contrário àempresa
estarádestruindo o capital investido, sendo para os investidores,
mais
vantajoso aplicar seus recursosno mercado
financeiro,onde
oretomo
é superior.É
importante salientarque
oEVA®
não
é algoque
irámudar
osnlmos da empresa
porsi só, simplesmente por adotá-lo, é
um
valorque
evidenciará o grau deretomo
sobre o investimentoda
empresa, mostrando a sua situação financeira.O
que
irá realmente levar aempresa
a agregar valor serão as atitudestomadas no
seu âmbito interno, visando tomá-la forte financeiramente.Agregando
ValorComo
dito anteriormente, oEVA®
por si só nãomudará
em
nada
a gestãoda
empresa
se a administraçãonão
estiver voltada para adicionar valor à entidade, para isto foidesenvolvido
uma
metodologia de gerência conhecidacomo
VBM
(ValueBased
Management), ou
GerênciaBaseada
em
Valor. Estemétodo
visa identificar tudo aquiloque
agrega e destrói valor dentro da entidade.é bastante
comum
de
se encontrar nas empresas,mesmo
porque
uma
análise feita visando aoadicionamento
de
valorda
entidade,pode
sugerirum
aumento
de custos, desdeque
secomprove que
esteaumento
acarretarána
obtenção de lucros adicionais, decorrentesda
melhor
aceitaçãodo
produto por partedo
consumidor,aumentando
a sua utilidade.Segundo
BERNOULLI
(apudEATON
et al. 1954, p. 144) "na avaliação de negócios,as pessoas
comparam
não
o valor monetário esperado,mas
as utilidades esperadas das compensações."O
que
acontececom
mais
freqüência éhque da
análise de valor resultam produtos melhores, fabricados a custosmais
baixos, preocupando-setambém
com
as operaçõesque
agregam
valor aobem, buscando sempre maximizar
a sua utilidade e minimizar os custos, oque
diferedo
modelo
convencional de análise de custoque
objetivava apenas eliminar tudo oque
fossesupérfluo
e tender a rejeitar tudoque
pudesse incorrerem
aumento
de custodo
produto.A
gerênciaBaseada
em
Valor(VBM)
ou
Gerência voltada para criar valor deve-se preocuparcom
tudo aquiloque
possa agregar valor ao produto oferecido pela sua empresa, poiscom
certeza istotambém
irá agregar valor a entidade,melhorando
sua aceitaçãono
mercado
eaumentando
seu Goodwíll.A
.
'
É
claroque não
é só olhar o produto, pois ele não é o único agregador de valorda
empresa; investimentos para atender aoaumento
dademanda,
rede de distribuição,ou
seja,tudo aquilo
que vá
levar aum
melhor
relacionamento daempresa
com
o seuconsumidor
irátambém
agregar valor à organização.Redução
de custos e gastos,aumentando
assim os ganhos,sem
utilizarmais
capital; fazeruma
reunião dos processos de despesas e custos atrelados a eles,usando
menos
capital; utilização criteriosado
capital paraque
sebusque
investirem
projetos de alto retorno, sãotambém
algumas
fonnas de aumentar oEVA®,
segundoBASTOS
(1999, p. 71).O
EVA®
penniteque
se façaum
desdobramento dentroda
organização, possibilitandoque
seja feitauma
avaliaçãoda
gestão de unidades de negócios, podendo-se assim, avaliarquais as unidades
que agregam
valor eonde
estão as falhas. Isto leva auma
gestãomais
empreendedora,que
buscará formas alternativas para se agregar valor a empresa.A
implementação do
EVA®
tende a criaruma
maior
conscientização por parte dos administradores quanto ao capital por eles gerido, levando-os a procurar aumentar o valordo
negócio.Normalmente
há
uma
busca ao encorajamento de todos os segmentosda
organização adesempenharem
melhor
o seu trabalho,não buscando
uma
competitividade14
intema
mas
_sim lhes colocandocomo
objetivo o crescimentoda
organização.Assim
como
oEVA®
avalia a performance da unidade, avalia por conseqüência odesempenho
dos executivos.Algumas
empresastêm
um
sistema de distribuiçãode
bônus
aos executivoscom
basena
agregação de valores ehá
ainda aquelesem
que
o presidenteda
filialassina
um
contrato de performancecom
a matriz,comprometendo-se
a gerar valor para o grupo, sendo este contrato, revisado anualmente.CAETANO
(1998, p. 62) mostraque
mesmo
que
uma
empresa
apresente por doisou
mais
períodosum
EVA®
negativo o seu resultadopode
ser analisadocomo
positivo,dependendo da
tendência.Se houver melhora no
quadro, aindaque
negativo, istopode
significar
que
aempresa
estáno caminho
certo.Dificuldades
à
implantaçãodo
E
VA®
Como
a finalidadedo
EVA®
é avaliar odesempenho,
a primeira das barreirasencontrada é os próprios executivos,
uma
vezque
serão os seusdesempenhos
que estarãoem
julgamento. Esta barreira deverá ser quebradaconvencendo
a todosque
aimplementação
desta metodologia não é contrária aos interesses de todos,
uma
vezque
todos ali estão para alcançarum
objetivomaior
que
os individuais,ou
seja, o fortalecimentoda
saúde financeira da entidade eque
todos só terão a lucrarcom
isto.Outra barreira é o desconhecimento por parte da
empresa
do
capital investido, oque
é fundamental para a implantaçãodo
EVA®.
Muitos
empresáriosnão
sabem
nem
quanto valeasua empresa. Outro
problema
é a tentativa de se implantá-loda
noite para o dia,sem
dar aos gerentestempo
para entendê-lo, reservandotambém
pouco
tempo
para o treinamento.Valor
de
Mercado Agregado
Outro índice
que
avalia a situação financeirada empresa
é oMVA
do
inglêsMarket
Value
Added, ou
Valor deMercado
Agregado.De
acordocom
CAETANO
(1998, p. 61), esteinstrumento de avaliação de resultado
emprega
um
princípio simples:compara
0 valorde
mercado da empresa
e o capital investido pelos acionistas.Se
o resultado for positivo importaEste
método
apresenta adesvantagem
deque
seuma
crisena
Bolsa desvaloriza as ações, oMVA
caitambém.
Para as empresas de capital fechado a obtenção
do
valor demercado
é conseguidaatravés
do
DCF
(DiscountedCash Flow) ou
Fluxo de Caixa Descontado.Não
é possível apenas se avaliaruma
empresa
pelo seu patrimônio.O DCF
analisa as perspectivasdo
futuro daempresa
num
períodomínimo
de
cincoanos, avaliando os seus custos e preços, a concorrência, os seus bens intangíveis (Goodwill), a sua previsão de lucro líquido dentro desses cinco anos futuros e por
fim
aplica-seuma
taxa de desconto para se trazer os valores para o presente.O
resultado é quanto àempresa
valeno
mercado.2.2.3 Ativos Intangíveis
Segundo
MARION
(1989, p. 299) os bens intangíveis são osque
“nãotem
substânciafisica e
que
sem
serem
abstratos,não
podem
ser tocados, palpados,mas
podem
sercomprovados”.
KOHLER
(apudIUDÍCIBUS
1987, p. 195)complementa
definindo os bensintangíveis
como
“um
ativo de capitalque não tem
existência fisica, cujo valor é limitado pelos direitos e beneficiosque
antecipadamente sua posse confere ao proprietário”.Os
ativospodem
ser classificadosem
tangíveis e intangíveis.Normalmente
osbens
tangíveis
no
seu estado natural, são aquelesque
representam bensque
serãoconsumidos no
futuro, tendo sua essência exaurida para os converter
em
vários produtosou
serviços.Por
exemplo,
em uma
madeireira, pode-se estimarcom
razoável segurança por quantotempo
perdurarão as árvores
sem
ou
com
reflorestamento,numa
confecção de roupas, saber-se-áonúmero
de peças de vestuárioque
poderão ser produzidas.A
ausência. de substância corpórea,como
defineMarion
acarretaem
imprecisões e avaliações suscetíveis a erros.Os
beneficios repercutidos pelos intangíveis são inegáveis,
porém
de dificil mensuração.HENDRIKSEN
(1999, p. 388) exerceuma
interação aindamaior
afirmando
que
“Diversos ativos são, estritamente falando, intangíveis.Além
do
conhecido Goodwill, a listainclui contas a receber, despesas pagas antecipadamente e ações e obrigações mantidas
como
aplicações financeiras”.
As
contas a receber citadas acima, seriamdenominadas
de intangíveis porserem
consideradascomo
somente
um
direitoque
aempresa tem
perante seus credores enão
tem
substância corpórea,como
um
veículoou
um
imóvel, por exemplo.16
Quanto
a naturezade
contas a receber, apesar de ser contabilizada, e portanto,corroborada pelas
normas
contábeis e pela Lei 6.404/76,não
éum
exemplo
de ativo tangível.Nota-se, dessa
forma que
os ativos intangíveis estão presentes nas demonstrações contábeis,porém
ainda restauma
carênciano que
diz respeito ao Goodwill paraque
seja considerado, auxiliando, outrossim, o processo detomada
de decisão por parte dos usuários destas.MARTINS
(1995, p. 321) transcreve que:O
itemV
do artigo 179 da Lei das S.A. define que , no Ativo Diferido, serão classificadas “asaplicações de recursos
em
despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais deum
exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas durante 0 período que anteceder o início das operações sociais°.” Depois esclarece dizendo que os “ativosdiferidos caracterizam-se por serem ativos intangíveis, que serão amortizados por apropriação
às despesas operacionais, no período de tempo
em
que estiverem contribuindo para aformação do resultado da empresa.
O
Diferido écomposto
por aplicaçõesque
beneficiam
aempresa
porum
longo períodoe
como
sepode
notar, a Lei preconiza amortizar omontante
classificado neste grupo.O`Goodwill não
se encaixano
Ativo Diferido deuma
empresa
pois entram nessaclassificação as despesas incorridas durante o periodo de desenvolvimento, construção e
implantação
de
projetos, antesdo
período de operação.A
funçãodo
Diferido é beneficiar aempresa que
teve diversos gastos investindo os seus recursos antes decomeçar
a operar e dessaforma
tem
esse valor para amortizarem
seus primeiros períodos operacionais.'
z .
Uma
situação monopolísticatambém
pode
ser consideradacomo
um
Ativo Intangível, vistoque
aempresa
beneficiar-se-ia deuma
situaçãomais
confortávelno mercado,
caracterizandouma
facilidade singular, oque
certamentenão
ocorreriaem
um
ambiente competitivo.Dessa
fonna, conclui-se que serum
intangívelnão
é razão suficiente paraque não
se avalie o ativo.É
tãosomente
uma
observação paraque
se tenha precaução ao avaliá-lo.O
intento de abordar os bens intangíveis,em
se tratando deum
assuntopouco
explorado, leva aalgumas
ambigüidades pela simples causa denão
haver aindaum
consensoque
seja abrangente o suficiente para dirimir todos os aspectos de reconhecimento, basilando eficientemente o conceito de Ativo Intangível.VIEIRA
et al. (1994, p. 43), referenciando a importância e a grandiosidadeque
asmarcas
estão setomando,
cita o seguinte trecho deuma
reportagemda
revista Veja:A
Coca-Cola construiuum
império vendendo águacom
açúcar. Outra empresa americana, adinheiro vendendo algo ainda mais intangível: fumaça.
O
segredo de ambas é que a marca setomou
muito mais valiosa do que o produto.Uma
recente pesquisa feita pela revista americanade negócios Financial Times chegou à conclusão de que as marcas Marlboro e Coca-Cola
valem mais do que as duas empresas faturaram durante o ano passado
com
a venda desses produtos.Cada
parteque
integra o patrimônio possui sua particularidade a respeito de avaliação.A
marca,conforme
citadoacima
também
possui características distintas por não se tratar dealgo tão objetivo quanto outros elementos patrimoniais.
Não
obstante, aCoca-Cola
e aMarlboro agregam mais
emais
valor aos seusnomes
a cada dia,além do
que, considerando-seas caracteristicas de ativo supra, vê-se
um
caminho
a traçarno que
diz respeito a consideraçãodo Goodwill
como
parte integrantedo
ativoda
empresa. '2.3
Goodwill
O
Goodwill éum
ativoda empresa que
nãotem
substância corpórea e representa diferença entre omontante
(valor daempresa
como
um
todo) e seus ativosmensurados
individualmente.Essa diferença é decorrente de outros fatores agregados aos ativos
da empresa que
trabalhamem
conjuntoaumentando
o valordo
todo.Alguns exemplos
desses fatores são:recursos
humanos
bem
preparados; oferecimento de recursos de qualidade; boas parceriascom
fornecedores e outros fatoresque
contribuam parauma
posição favorável da organizaçãono
ambiente operacional.VIEIRA
et al. (1994, p. 42) designa o Goodwillno
seguinte trecho:Embora
o termoGOODWILL
remonte ao século XVI, ainda não se chegou aum
consenso,entre os estudiosos, quanto ao conceito que efetivamente lhe cabe.
As
divergências têm início na própria identificaçao de sua natureza. Alguns atribuem aossuperlucros, assim entendido o eventual incremento de lucratividade sobre 0 investimento, obtido acima da média apresentada por outras empresas.
Outros o
vêem como
resultante de subavaliação dos ativos contabilizados,em
confrontocom
seus valores de mercado ou de utilização.E
há os que sustentam ser eleuma
conseqüência do fenômeno da sinergia, isto é, do incremento que o conjunto organizacional apresenta sobre asoma
de seus ativos individuais.MOST
(IOB, 1996; p. 30) apresentauma
síntese sobre as visõesmais
importantesdo
Goodwill nas suas diversas abordagens:a)
uma
construção teórica: o valor presente dos resultados futuros ou a renda líquida que18
b)
uma
observação empírica: o excesso do preço pago porum
negócio sobre o justo valor de mercado dos ativos que ocompõem,
excluído o goodwill;c)
uma
assertiva da técnica contábil: na consolidação das contas deum
grupo, a parte domontante pago pela controladora para obter o controle que exceder à sua parcela dos ativos líquidos das subsidiárias.
Para
KIESO
(1992, p. 598) “Goodwill é o residual: o excesso de custo sobre o valorjusto identificável
do
bem
adquirido”.O
valorpago
amaior
porum
bem
com
um
custo inferior a esse preço pago, é a definiçãode
Goodwill, de acordocom IUDÍCIBUS
(1987, p. 196):Como
o excesso de preço pago pela compra deum
empreendimento ou patrimônio sobre ovalor de mercado de seus ativos líquidos;
Nas
consolidações,como
o excesso de valor pago pela companhia-mãe por sua participação sobre os ativos líquidos da subsidiária; eComo
o valor atual dos lucros futuros esperados, descontados por seus custos de oportunidade.NETO
(2001, p. 1) cita a definição encontradana
Enciclopédia Britânica:Goodwill representa a diferença entre
um
negócio estabelecidobem
sucedido eum
que aindatem que se estabelecer e alcançar sucesso.
O
preço queum
comprador está disposto a pagarpelo goodwill é o preço que ele está preparado a pagar pelo direito de calçar os sapatos de seu
antecessor e se apresentar
como
seu sucessor no negócio.O
preço -que deixará o vendedor degoodwill satisfeito ao recebê-lo é a compensação que ele está conforme
em
considerarcomo
adequada para a cessão de
uma
renda igual aos futuros lucros do negócio.Os
lucros futuros de qualquer negócio são, na natureza das coisas, incalculáveis.Quanto
à traduçãodo
termo,MONOBE
(1986, p. 45)afinna
com
propriedadeque
“os estudiosos, entretanto,consagram
0 “goodwill”na
sua versão original, poiscomo
o “feed-back°, é
um
termo técnicosem
correspondente versãoem
português”.O
Goodwill
é facilmente perceptívelem
todas as citaçõesacima
e,de
fato,não há
como
refutá-las, pois todastêm
sua parcelade
contribuição aum
conceito tão diversono
meio
contábil.
A
resposta a definição de Goodwillpode não
estarem
apenasum
dos trechosdescritos,
mas
em uma
parte de cadaum.
Não
resta dúvidasque
faz-se necessárioum
estudomais
profundo afim
de desmistificar 0 Goodwill.2.3.1
A
Origem
O
Goodwill, segundoMONOBE
(IOB, 1996; p. 31) originou-seem
1620. Existiam problemasde
avaliaçãodo
Goodwillque
era aplicadoem
decisões judiciais, ligados a terra.De
modo
alheio ao entendido atualmente,MONOBE
(apud
VIEIRA
et al., 1994; p. 43), cita aorigem
do
Goodwillno
seguinte trecho:A
propósito daquele período de escassez produtiva na literatura do Goodwill, Preinreich,em
seu artigo “The
Law
of Goodwill”, elaboraum
histórico das decisões judiciais e suastendências, iniciando-o pela primeira conhecida, datada de 1620, mostrando, por meio das
decisões proferidas, a
mudança
gradativa que se processava no enfoque judicial' sobre oassunto. .
À
época, o Direito se adiantouem
abordar o Goodwill por necessidade,em
decisõesjudiciais, casos
de
dissolução de sociedades, nas heranças eem
casos de desavenças.Também
desenvolveu seu própriométodo
de mensuração, calculando o valordo
Goodwill pelamédia
obtida nos Balanços Patrimoniais dos últimos exercícios, a _critériodo
avaliador, multiplicadapor
um
número
definido
de períodos nos quais se esperava recuperar o valor investido.MONOBE
(1986, p. 46)complementa expondo que
o Goodwill .passou a sermais
questionado a partirdo
surgimento das Sociedades por Ações,quando
a maioria doscontabilistas centravam suas opiniões concordando
que
o valor apontadocomo
Goodwill
não
deveria perdurar por muitono
Balanço da empresa.9
DICKSEE
(apud
MONOBE
1986, p. 48),afinna
que
aquele,em
1897 é tidocomo
opioneiro a tratar contabilmente
do
Goodwill.Seu
valor seria calculadocomo
uma
diferençado
lucro, após retirar o
retomo normal
sobre os ativos tangíveisempregados
e aremuneração da
administração.Sem
dúvida éum
enfoquemais
direcionado ao tratamento contábil, defendendo suabaixa imediata contra reservas
de
capital.2.3.2
A
Omissão do
Goodwill
Gerado
SÁ
(2001, p. 1) a respeito da omissão dos Intangiveis (dentre eles, o Goodwill) nasDemonstrações
Contábeis corroborano
seguinte trecho:“O
que na
prática se percebe,todavia, é a
má
influência legal sobre as demonstrações contábeis,assim
como
as deficiências de muitas normas,impedindo que
a realidade, aqueladefluente da
efetiva potencialidade de intangíveis, possa ter evidência informativa.”
Talvez este seja o
motivo
principal para que o Goodwill aindanão
tenha o seu valor impresso nas demonstrações contábeis,ou
seja, talvez o excesso de Leisque regem
a“boa
contabilidade” e a grande objetividade existente nasnormas
contábeisacabem
por excetuar20
uma
informação tão relevante quanto o Goodwill.Há
de
se convir a reticente importância da objetividade nas demonstrações contábeis, enão
é objetivo macular todo o trabalho de décadas da existência de estudos a respeito decomo
proceder à feitura e parametrização dessas demonstrações.A
intenção éque
se possareferir ao Goodwill
como
parte presente dessas.CANIBANO,
AYUso
E
sÁNcHEz
(apud
SÁ
2001, p. 1)afizmam
que: “a incapacidadedo
modelo
contábil atual para refletir corretamente o impacto dos intangíveisna
situação presente e futurada
empresa, deflui da razão deque
as demonstrações contábeis encontram-se incapazes de refletir aimagem
fiel (verdadeira e justa)da
posição financeirada
empresa.”Analogamente,
a própria Contabilidade acaba por se prejudicar, abstendo-se de seu objetivo básico,conforme
IUDÍCIBUS
(1987, p. 20), de “fornecimento de informaçõeseconômicas
para os vários usuários, defonna que
propiciem decisões racionais”.Há
de se entenderque
a Contabilidade atualmente é fruto de diversos anosde
experiências e de estudos e dessaforma
parece evidente levarem
consideraçãoque
o evidenciado nas demonstrações é o graumáximo
percorrido pela Ciência Contábil desde seuprincípio. Então, o resultado
que
se afereno
Balanço Patrimonial e nas tantas outras demonstrações consideram todos os princípios objetivando justamenteum
modo
comum
a todos os usuários etambém
a todosque
elaboram esses demonstrativos afim
de teremuma
base única.Em
outras palavras trata-se aqui, principalmente, da possibilidadede
comparabilidade e de objetividade das demonstrações ede fundamentos
basilaresda
preparação daquiloque
servecomo
base àtomada
de decisão pelo usuário.Considerando o exposto,
há de
se reaver o entendimentoque
setem
a respeito dos Princípios Contábeis afim
de considerar a possível evidenciaçãodo
Goodwill, questionandoarigidez
em
sua aplicação,porém
este questionamentonão
está incluídono
escopodo
presentetrabalho,
além do
que, seria necessáriauma
profunda análise de todos os Princípios afim
de
verificar e evitar a todomodo,
uma
possivel descrença nasDemonstrações
Contábeis, resultadoda
grande abrangência obtida.Por
exemplo, pode-se questionar a respeito deque
bases serviriam para o cálculodo
Goodwill; se essasnão forem
alicerçadas por princípios específicos,podem
fadar a inverdades, jáque
cada tipo deempresa
poderia teruma
maneira particular para o cálculo deste valor,ou
pior, cadaempresa
poderia acolheruma
maneira distintade
cálculo inviabilizando a credibilidadedo
Goodwill.As
Demonstrações
perderiam partede
suacomparabilidade, criando situação desconfortável para o usuário se esse
não
possuísse oreferido valor.
Sem
dúvidas,há
de se reconhecer o valor dasnonnas
utilizadas, poisassumem
importância fundamental evitando que o usuário obtenha informações errôneasou que
possam
persuadir inverdades (P.ex.:Um
Goodwill calculado dolosamente).Deve-se
impetrar àContabilidade
uma
forma
de evidenciar o patrimôniosem
omissõesnem
discrepâncias.O
ativo intangível,como
parte integrantedo
ativode
uma
empresa,assume
significado peculiar para os relatórios e procedimentos contábeis, vistoque
atomada
de decisão precisaser
compreendida
em
bases sólidas e exatas.Desse
modo,
a avaliaçãodo
valor globalda
empresa, incluindo 0 intangível, precede o processo detomada
de decisão.2.3.3 Objetividade x Relevância
A
Contabilidade tem, ao longo de sua história, se prendido amedidas
objetivasde
' r
valor, abstendo-se
de
uma
infonnação valiosíssima, o Goodwill.IUDICIBUS
(1987, p. 19)mostra propriamente que:
...os vários tipos de usuários estão mais interessados
em
fluxos futuros, de renda ou de caixa,do que propriamente
em
dados do passado.Em
outras palavras, parabom
número de decisõesdos vários tipos de usuários, os demonstrativos financeiros somente são efetivamente importantes à medida que possam ser utilizados
como
instrumento de predição sobre eventos ou tendências futuras.Dessa
fonna, parece razoável admitirque
a Contabilidade, hojeem
dia, não está aptaou não
está atendendo completamente àdemanda
de informações requeridas pelos seususuários.
Além
das infonnações hoje demonstradas pela Contabilidade,que
diga-se-
sãode
utilidade e importância fundamentais
-
há
uma
carência pormais
informações. Talvez, a capacidade de processamento atual, pormeio da
evolução da informática, tenha sofridoum
incremento tão grande,