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156
íIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
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DEPARTAMENTO MATERNO- I NFANTI L
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AUTORES:
DE MIRANDA, Silvana Maria NOVELLO, Jeanne Marie
ORÍENTADOR :
GRISARD, Nelson *
Professor Titular de Pediatria da Faculdade de Medicina
da Universidade Federal de Santa Catarina. Chefe do Se- tor de Neonatologia da Maternidade Carmela Dutra,Floria
AGRADECIMENTO:
Eliana Ternes Pereira - Professora
Colaboradora da Disciplina de Endg crinologia na UFSC.
ÍNDICE
Pag Introdução . . . . .. OI Casuistica e Métodos . . . .. 03 Resultados . . . . . . . .. 06 ComentãFios . . . . .. 20 Conciusao . . . .. 25 Resumo . . . . . . . . . . . . . .. 26 Referências Bibliográficas . . . . . . . . . . .. 28 Referências Pessoais . . . . .. 29ol
|NTRoDuçÃo
O conhecimento da incidência das Malformações Con
gênitas, em uma populaçao, se constitui no primeiro caminho a
ser percorrido quando se tem em mente a abordagem de qualquer as
pecto científico relacionado a elas. A despeito da magnitude que representa o elemento incidência em uma pesquisa, o resultado fi nal muitas vezes ê colocado em dúvida quanto a representação da
f)
realidade, devido a fatores que ocasionalmente modificam-no.
A probabilidade de ocorrer um defeito no desenvol vimento de uma criança depende de um estudo englobando o número
de indivíduos que desenvolvem anomalias letais no princípio da
vida fetal, as quais resultam em aborto espontâneo. Outros fato- res que alteram a epidemiologia podem ser apontadas: não inclu
sao de natimortos no estudo, anomalias nao descobertas por nao
alterarem o curso normal de vida, idade no momento do exame, e
anomalias múltiplas pouco exploradas(3).
A incidência de Malformações Congênitas encontra-
das devido a diversificaçao da metodologia ê de 0,15% a 8% (6).
'
Saldanha e Cols, estudaram os prontuários de
22.781 crianças nascidas em São Paulo, de 1944 a l960, encontran
do 3,24% de Malformaçao Congênita major e minor, com diferenças
nao significativas entre grupos êtnicos examinados (6).
- Em l967, Kennedy tabulou os resultados de 248 es-
tudos estatísticos de Malformação, sob os auspícios da OMS, onde
02
O estudo afetava a mais de vinte milhoes de nascimentos, em 46
países (3).
A incidência de Malformações no Metropolitanlfiflan
ta Congenital Malformation Program, 1967, foi de 28%añascimentos
totais, onde sõ foram tabulados diagnósticos efetuados durante
a primeira semana de vida; os dados mostram uma clara inclinação
em favor das deformidades externas ostensivas (3). Panero e Cols
encontraram uma incidência semelhente (28,l4%¿L porém foram con-
siderados os diagnõsticos efetuados no período neonatal (8).
A etiologia do desenvolvimento anormal de um con cepto se deve a fatores genéticos e ambientais, compondo um am-
plo e complexo grupo. Esta multiplicidade dificulta a associação
do mecanismo causal e a dismorfogênse, não permitindo um comple-
to esclarecimento da etiologia (10).
O presente trabalho tem como objetivo determinar
a incidência e o distribuição nosolõgica das Malformações Congê-
nitas, analisando a participação do sexo, raça, peso ao nascimen
to, mortalidade no período neonatal, idade gestacional, idade ma
terna, local onde a mãe passou a gestação e número de gestações
anteriores, sendo esses dados coletados na Maternidade Carmela
Dutra, Florianópolis e referentes ao período de Ol-01-1975 a
03
CASUÍSTICA E MÉTODOS
Foi realizado estudo retrospectivo de prontuários
de 205 recém-nascidos internados no Serviço de Neonatologia da
Maternidade Carmela Dutra, Florianópolis, no período compreendi-
do entre 01-01-1975 e 31-l2-1980. Neste mesmo período nasceram
25.814 crianças, naquela entidade (12).
As malformaçoes foram diagnosticadas por -exame
clínico, radiolõgico, eletrocardiogrâfico e anâtomo-patolõgico ,
sendo utilizada a Classificaçao Internacional de Doenças (l).
Os recém-nascidos portadores de malformações múl-
tiplas tiveram cada uma delas analisada separadamente. Do mesmo
modo, a Síndrome de Down foi considerada como malformação isola-
da, entretanto, as malformaçoes que a compunham, também foram tabuladas junto ãs demais. Exemplificando, a cardiopatia que com
punha o quadro de um recém-nascido portador de Síndrome de Down
foi integrada ä estatística das cardiopatias isoladas ou associa
das a outras malformaçoes.
Foram computados os seguintes dados: sexo, raça ,
peso ao nascimento, tipo de malformação, mortalidade até 28 dias
idade gestacional, idade materna, local onde a mãe passou a ges
tação e número de gestações anteriores.
O peso dos recém-nascidos foi avaliado com balan-
ça Filizola, do tipo "Baby", graduada em quilogramas e z;sub:gra
duada em l0 gramas, e tabelado conforme critérios ditados pela
Organizaçao Mundial da Saude (l), de acordo com os seguintes da
menor 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 que
P-fl
i-*IP-¬
*il
H-¬
P-A
+4
H-fl
Ii-«I looog 1499g 1999g 2499g 2999g 3499g 3999g 4499g 4999g 5499gA idade gestacional foi avaliada pela data da ul-
tima menstruação relatada, e confirmada pelas características
clínicas do recém-nascido - métodos de Usher (7) ou de Capurro (7). Quando o primeiro dado não existia, apenas o segundo foi
considerado. Os recém-nascidos foram divididos em: imaturo
(22 28 semanas), pré-termo (28 W 37 semanas), termo (37 k_ 42
semanas), pôs-termo (42 semanas).
Através da idade gestacional foi definida a época
do ano - mensal e estival - em que o concepto cursou o décimo
quinto dia de vida. Para tal cálculo, foi considerado que as mu
lheres possuíam ciclos menstruais regulares de 28 dias.
05 I n? do registro: MALFORMAÇÃO CONGENITA identificaçao: idade materna: n? de gestações anteriores:
local onde passou a gestação:
data da última menstruaçao:
data de nascimento:
idade gestacional:
maturidade do recém-nascido: provável data da concepção:
sexo: (masc.) (fem.) (indeterminado)
peso ao nascimento
õbito (no período neonatal): (sim) (não)
causa de óbito:
Tipo de Malformação : _
Exame Clínico:
Exames Complementares: _
06
RESULTADOS
Das 25.814 crianças nascidas na Maternidade Carme
la Dutra, Florianópolis (S.C.), no período de 01-01-1975 a
31-12-1980, 205 apresentaram malformaçoes congênitas, com uma in
cidência de 8%¢ e uma proporção entre crianças portadores de mal
,-_, A
formaçoes congenitas e crianças normais de l:l25,90. Esses dados podem ser observados na tabela 1.
TABELA l
COEFICIENTE DE MORBIDADE DAS MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS - MATERNIDA
DE CARMELA DUTRA - 01/01/1975 - 31/12/1980
CARACTERÍSTICA DOS RN N9`Bš=€AS©& %¢
Normal '
25.609 992 .
Malformado. 205 8
TOTAL 25.814 1000
~ A
O número de malformaçoes congenitas encontradas
foi de 339. Os grupos mais freqüentemente encontrados foram o
4»
das cardiopatias congenitas (15,63%) seguido pelo das malforma
ções congênitas do sistema nervoso (12,98%) e malformações do
crânio e face (12,98%), conforme mostra a tabela 2.
TABELA 2
INCIDÊNCIAS DAS MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS - MATERNIDADE CARMELA DÊ
TRA - Ol/0l/l975`- 31/12/1980
GRUPO DAS NÇ DE % DO TOTAL DAS
MALFORMAÇÕES CASOS MALFORMAÇÕES
Cardiopatias 53
Sistema Nervoso 44
Crânio e Face 44
Outras malformações congênitas
dos membros 31
Pê torto congênito 25
Fissura da abõbada palatina e
lábio leporino 25 Aparelho Digestivo 23 Aparelho Gênito-Urinário 21 *Síndrome de Down 14 _ Tegumento l2 Aparelho Circulatõrio 9 Oculares 8 Diafragma 8 Aparelho Respiratório 6 Hemangioma/nevos 6
Outras malformaçoes congênitas
do esqueleto 5
Outras malformaçoes congênitas
e as nao especificadas 5 15,63 12,98 12,98 9,14 7,38 7,38 6,79 6,20 4,13 3,54 2,65 2,36 2,36 1,77 1,77 1,47 1,47 TOTAL 339 100,00
* Síndrome de Down foi considerada como entidade isolada, porem,
as malformações que a compunham também fazem parte dessa tabe~
08
Como entidade isolada, a mais freqüente foi o pê
torto congênito (7,37% do total das malformaçoes), seguida pelas anomalias de fechamento do tubo neural(7,08%, uma vez que entre
as 44 malformações do sistema nervoso, 24 foram por defeitos no
fechamento do tubo neural).
A freqüência das associações entre as
malforma-~
çoes congênitas pode ser observada na tabela 3.
TABELA 3 _
FREQUENCIA DAS ASSOCIAÇÕES ENTRE As MALEORMAÇÕES CONGÊNITAS - MA
TERNIDADE CARMELA DUTRA - 01/01/75 - 31/12/80
MALFORMAÇÃO NÇ DE cASos N9 DE CASOS %
ASSOCIADOS Sistema Ocular Crânio e Cardíaca Aparelho Aparelho Fissura tina e l Aparelho Diafragm Aparelho Pé torto Outras m gênitas Outras m gênitas Tegument Hemangio Outras m gênitas ficadas nervoso face circulatório respiratório da abõbada pala ãbio leporino digestivo a gênito-urinário congênito alformaçoes con- dos membros alformações con- do esqueleto o ma/nevos alformações con- e as nao especi- 27 7 19. 10 9 5 ll 15 3 12 25 27 4 12 1 2 61,36 87,50 43,18 18,87 100,00 83,33 44,00 65,21 37,50 57,14 100,00 87,09 80,00 100,00 16,66 40,00
.M©MHOmfl QUMÚ Jwvflü OEOO MUMHDQMH? mflfiwo MED QÚMO EMHQ>H“~ Wfiamfipdmã m®mVmVMEHOw__|_mME GU mMHO___OM“_'HOQ WMWCMHHO HMUVOZ \ mw`O|| ON _l
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_ Das 205 crianças portadoras de malformações congê-
nitas, 122 (59,51%) eram do sexo masculino, 82 (40,00%) eram do
sexo feminino, e uma criança (0,49%) apresentava genitália ambí
gua, não sendo possível determinar-lhe o sexo.
Em relação ao sexo, observa-se que: 100% das mal- formações do aparelho respiratório, 85,91% das malformações do
aparelho genito-urinário, 80,00% das malformações não especifi-
cadas e outras, ocorreram no sexo masculino; e que 87,71% 'das
malformaçoes oculares e 66,66% das malformaçoes do aparelho cir-
culatõrio ocorreram no sexo feminino. A tabela 4, demonstra es
ses resultados. A
~ ~ ~ `
A distribuiçao das malformaçoes em relaçao a raça
pode ser vista na tabela 5.
TABELA 5
~ ~ ~ `
DISTRIBUIÇAO DAS MALFORMAÇOES EM RELAÇAO A COR DAS CRIANÇAS POR TADORAS - MATERNIDADE CARMELA DUTRA - Ol/01/75-31/12/80
coR CASOS Ne DE 9*
N? % NASCIMENTOS °
Brança 181 88,29 24.136 0,75
Preta 24 11,71 1.678 1,43
* É a relação entre o número de casos e o n? de RN da mesma
II A
A faixa de peso onde houve maior incidencia de mal
formaçoes foi a de 3000g P-*3499g (28,29%), sendo que na faixa.de
2500g 3499g, a incidência foi de 45,36% das crianças analisa-
das, ultrapassando a faixa de 2500g (34,14%) conforme pode ser
observado na figura l.
Das 25;814 crianças nascidas vivas na Maternidade
Carmela Dutra, Florianõpolis, no período de Ol-Ol-1975 a
31-l2-1980, 1.053 faleceram (12), fornecendo um coeficiente de
mortalidade neonatal de 35% . Dos 205 recém-mascidos portadores
de malformaçoes congênitas, 79 (38 5,4% ) faleceram, contribuin-
do com 3,1% do coeficiente da mortalidade neonatal. A mortalida
de neonatal das crianças com malformaçoes está demonstrada na ta
bela 6.
Com relação â idade gestacional, 46,34% dos recém- nascidos portadores de malformaçoes nasceram a termo, 25,36% , pré-termo, 12,20% pôs-termo e l,46% imaturo. Os demais recém- nascidos (14,63%) nao possuíam este dado.
A análise da idade gestacional nos grupos ~de Mal
~ A
formaçoes Congenitas consideradas separadamente, é observada .na
tabela 7.
A época do ano - mensal e estival - em que as crian
ças, portadoras de Malformações Congénitas, cursaram o décimo
quinto dia de vida intra uterina, está representada nas figuras 2 e 3.
FIGURA l '
12
DISTRÍBUIÇÃO DAs MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS EM RELAÇAQ Ao PESO -
MATERNIDADE CARMELA DUTRA - 01/01/75 a 31/12/80.
=% 1 30- 25-_ 20- 15- 10- 5.. `i O
<
1000g- 1000 »-+1499g- Nota: 1,98% das9
P pesø/9 1500 ›-+1999g- 2000 h-+2499g- 2500 E-‹2999g› 3000 »-«3499g- 3500 ›-+3999g- 4000 »-+4499g- 4500 E-‹4999g 5000»-45499OEOO Mvflfiflflflg mfiflmfi _ MUM|_mOm ®UMÚI_H__G® MES MÚMU EflHQ>H# KWMHQHDAÚE m®ww@EHOMHflE mw mflHOUM#HO@ mMwGMHHO "M#OZ ©®_@ ¬\\ d ©O`@ ©N`H ©®`® O@_@ @O`¶N ®@`fifi mä_©fi @@_§ @fi_Ofi @@`HH ©O`@ @fi`©fi W©`H® @®`NN m@`© W@_H@ ©©`O© P@`®N N©`®H @@_®m ©O_O© @N_fi© OO`©@ Fm`®N ©©`@P ®§_Wm O©`@@ F©_©© @®_®® Pfi_PW OO`O@ ©@`N© ©®`©@ É fifi
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FIGURA 2 “
ÉPOCA DO ANO EM QUE AS CRIANÇAS PORTADORAS DE MALFORMAÇÃO COÉ GÊNITA CURSARAM O 159 DIA DE VIDA INTRA-UTERINA - MATERNIDADE
CARMELA DUTRA - O1/01/1975 - 31/12/1980
~REPREsENTAçÃo MENSAL .%^ 15' l0;// < 5.. O ›
jan. fev. mar. abr.mai. jun. jtú, ago. set.cnü; nov.dez. mês
Ç _
“ f
I
Nota: 13,66% das crianças não possuíam dados referenta a ida-
\
16
FIGURA 3
ÉPOCA DO ANO EM QUE AS CRIANÇAS PORTADORAS DE MALFORMAÇÃO CON GÊNITA CURSARAM O l5Ç DIA DE VIDA INTRA-UTERINA - MATERNIDADE
CARMELA DUTRA - Ol/Ol/1975 - 31/12/1980
REPRESENTAÇÃO ESTIVAL %l 30* 25- 20 15' 10 5¬ 0* v
verão outono inverno primavera Estações do
ano
3
Nota: 13,66% das crianças não possuíam dados referentes a ida-
17
A maior incidência de Malformaçoes Congênitas ocor
reu na faixa etária materna de 23 a 28 anos. O porcentual de Mal
formações ocorridas nessa faixa etária foi 3l,73íe na faixa de
17 a 28 anos foi 59,533 Esses índices são demonstrados na figura
4.
FIGURA 4
PARTICIPAÇÃO DA IDADE MATERNA NA INCIDÊNCIA DAS MALFORMAÇÕES com GÊNITAS ~ MATERNIDADE CARMELA DUTRA - Ol/Ol/75 - 31/12/80
A 35 30 25 20 15- lÕ¬ 5- O Z kkfië
6
anos l7#422 a 23*-28 a 29-¬34 a 35›¬4O a >4O anos l \V18
O local onde as maes das crianças portadoras -de
Malformações Congênitas passaram a gestação ê mostrado na tabela 8.
TABELA 8
LOCAL ONDE AS MÃES DAS CRIANÇAS DA AMOSTRA PASSARAM A GESTAÇÃO "
01/01/1975 - 31/12/1980 MUNICÍPIO N<.> DE cAsos % * Grande Florianópolis l9l 93,17 Alfredo Wagner 2 Tijucas l Não Mencionado ll 0,98 0,49 5,36 T O T A L 205 100,00
* Municípios da Grande Florianópolis analisados: Florianópolis
(51,70%), Palhoça, São José, São João Batista, Governador Cel
so Ramos, São Pedro de Alcântara, Enseada de Brito, São Boni-
fãcio.
A ocorrência de Malformações Congênitas, relacio- nadas ao número de gestações maternas, predominou nas crianças
de primeira gestaçao (20,50%).
No ta: 12,2 FI INCIDE GURA 5 NCIA DE MALFORMA " DE GEST " 20 15- 10' 5-
çoEs CONGENITAS RELACIONADA Ao NÚME
AçoEs ANTERIORES - MATERNIDADE CARMEL
01/01/1975 - RO A DUTRA - 31/12/1980 gl 40' 35* 30' 25' 0 O 1H¬3 4h-46 0% dos c D- >6 n9 gestações E müerknes
asos não possuíam indicadores de paridade.
20
COMENTÁRIOS
~ .`
O coeficiente de morbidade de Malformaçoes Congeni
tas encontrado na populaçao geral estudada foi de 8%..A apresen- tadáüpor Kennedy, 1967, em pesquisa baseada nos certificados de
` Dê o\°0
nascimento, foi de 8 porém o mesmo trabalho citado, apresen-
ta um valor de 45%»quando baseado em um exame intensivo(3).
Saldanha e Cols em S.P., encontrou uma morbidadede
32,4%¢(6L A morbidade encontrada pelo Metropolitan Atlanta Congg
nital Malformation Program (3) e por Panero e Cols(8), foram res
pectivamente, 28,0%,e 28,l4%znascimentos. Como pode ser observa-
do em nosso estudo, o coeficiente de morbidade foi baixo.
O grupo de Malformação Congënita mais freqüente,no nosso estudo, foi o cardiovascular, sendo o mesmo encontrado no
trabalho de Panero e Cols (8).
Na nossa casuística, estão incluídos três gesta-
ções gemelares, sendo que em uma delas foi diagnosticado, em am
bos os Recém-Nascidos, lâbio leporino e fenda palatina. Nas ou-
tras duas gestações apenas um dos Recém-Nascidos de cada uma apre
sentou malformaçao, sendo, respectivamente, Síndrome de Down e
pé torto congênito. Quando, em uma gestação gemelar, ambos os re cêm-nascidos apresentam a mesma Malformação Congênita,sugere que
._. A
sao gemeos monozigõticos. Layde e Cols, encontraram, em sua cau-
suística, uma incidência de pé toruacongênito predominante em
21
As malformaçoes Congênitas que se apresentaram lOO%
associadas a outras Malformações Congénitas foram: as do apare-
lho circulatório, pé torto congénito e as de tegumento. Os gru pos de Malformaçao Congénita que se apresentaram com menor por- centagem de associação foram, de ordem crescente, hemangioma/ne-
vos e cardíacas.
Na amostra analisada houve uma maior incidência de
Malformação Congénita no sexo masculino, e estesepresentaram pre
dominantemente malformaçao cardíaca e do sistema nervoso. Na pro
~ ~ A 4
porçao entre os sexos, as malformaçoes do aparelho genito-urina-
rio se mostraram mais freqüentes no sexo masculino (õif l). No
trabalho de Panero e Cols, também se observa, para essa malforma
ção, um predomínio do sexo masculino (l4,66 : l). Nas
malforma-~
çoes do aparelho respiratório também houve predomínio do sexo
masculino (6 : O), discordando de Panero e Cols, onde se observa
a proporçao de l: l (8). Jã na malformaçao ocular houve predomí-
nio do sexo feminino sobre o masculino (7 : l), discordando de
Panero e Cols, onde se observa a proporçao de'l caso do sexo fe-
minino para 2 casos do sexo masculino (8). A relação entre os
sexos, analisada por grupos de Malformações Congênitas separada
~ - À
mente, pode nao traduzir a realidade devido a freqüencia das mes
mas ser pequena.
Baseando-se no conceito que "raça sao populaçoesque diferem entre si na freqüência de traços genéticos" (2), a anäli
se das Malformações Congénitas quanto a raça não pode ser anali-
sada neste trabalho, porque a informaçao referente a mesma, cons
22
Considerando que a populaçao atendida na Maternida
de Carmela Dutra ë em 6,5% constituída por pretos (ll), a inci-
dência de Malformação na-população dessa cor ë mais acentuada do
que na população branca.
Pode ser observado, no estudo de Panero e Cols(8),
que a maioria das crianças malformadas apresentaram, ao nascimen
to, peso superior a 2500g, o mesmo ocorrendo neste estudo, pois
` KD o\°
63 das crianças da amostra analisada tiveram, ao nascimento,
peso superior a este. _
O coeficiente de mortalidade das crianças portado-
ras de Malformaçoes Congênitas foi ll,Ol vezes superior ao coefi ciente de mortalidade neonatal alertamüapois, ã magnitude das
Malformaçoes Congênitas, como entidade patológica. Entretanto, a
~ ~› 4.
contribuiçao das Malformaçoes Congenitas para o coeficiente de
mortalidade neonatal foi pequena, coincidindo com o atual estã-
gio de desenvolvimento sõcio-econômico-cultural pois,segundo Paz
e Cols (9) "as Malformaçoes Congênitas aumentam sua contribui-
.-.. ` ~ ~
çao a mortalidade infantil, na medida em que as populaçoes vao progredindo sõcio-culturalmente".
Os grupos que apresentaram as maiores porcentagens
de õbitos, analisados separadamente, foram as Malformaçoes Congê
nitas do diafragma e as do aparelho circulatório, nao se consti- tuindo em índice de letalidade, pois a causa mortis nem sempre
foi as mencionadas.
As Malformaçoes que menos determinaram õbito foram hemangioma/nevos, sugerindo que não comprometem a vitalidade dos
recém-nascidos. A seguir aparecem Síndrome de Down e Malforma-
23
Na bibliografia pesquisada, foi salientado que a
anomalia no desenvolvimento de uma criança tende a determinar
aborto espontâneo, o qual ocorre nas anomalias letais mais gra- ves expressadas no princípio da vida fetal (3). Analisando a ida
de gestacional verificou-se a predominância das crianças nasci-
das a termo, na amostra considerada, levando-nos a concluir que
a maturidade do recém-nascido nem sempre foi comprometida, não
significando que as Malformações não possuíam potencialidade le-
tal, mas sim que permitiram a evoluçao da gestaçao.
Analisando a êpoca mensal em que o concepto cursou o décimo quinto dia de vida, verificamos que os meses em “que a
incidência foi mais baixa foram os seguintes: junho (3,4l%),abril
e fevereiro (4,39%), sendo que a incidência nos meses restantes não apresentou uma variação significante.
Na distribuiçao estival, a primavera apresentou os
A
índices mais elevados (26,34%). Na procura de agentes teratogeni
cos externos utilizamos para cálculo, a data da última menstrua-
ção (4). Foi considerado o 159 dia de vida do concepto por ser
este, segundo bibliografia consultada, o início do período em
que o risco de teratogenicidade ê máxima (6).
Os resultados obtidos na análise da idade materna
~ A ~
como fator de risco para Malformaçao Congenita, nao se mostram
concordantes com a literatura, pois esta refere maior incidên-
cia nos filhos de mães muito jovens ou idosas (6), e 59,57% das
maes das crianças consideradas na amostra apresentavam idade na
24
Foi observado que os primogênitos foram os mais acometidos por Malformação Congênita, dado este que concorda com
a bibliografia (6).
'
A introduçao de um estudo programado sobre Malfor- maçao Congênita, urge em nosso meio devido a sua magnitude, que
se reflete na população, pela incidência, efeito psicolõgico,ca râter sõcio-econômico e mortalidade. Isto sugere a utilização de
métodos voltados a uma prevençao, necessitando de uma pesquisa
das variantes que interferem no desenvolvimento fetal normal, e a participação genética na origem das Malformações Congênitas.
25
CONCLUSÃO
~ A
O estudo retrospectivo sobre Malformaçoes Congeni-
tas realizado na Maternidade Carmela Dutra, Florianópolis, de
Ol-Ol-l975 a 31-12-1980 permitiu as seguintes conclusões: primeiro segundo terceiro quartq` quinto sexto sétimo
A incidência de Malformaçao Congênita neste pe- ríodo foi de 8%°;
O grupo de Malformaçao Congênita mais comum foi o cardiovascular;
Malformaçoes Congênitas, incidiram mais na popu-
lação de cor preta;
A mortalidade das crianças portadoras de Malfor
mações Congênitas foi de 385 ` ›J> o\°0
A representaçao estival do início do período po- tencial de risco de teratogenicidade, das crian-
ças portadoras de Malformaçoes Congênitas, foi
maior na primavera;
A faixa etária materna que apresentou o maior nš
mero de casos de Malformaçoes Congênitas da amos
tra analisada, foi a de l7r-¬28 anos.
~, 4.
As Malformaçoes congenitas apresentaram uma fre-
qüência maior nas crianças, produtos de primeira
26
RESUMO
A Os autores relatam a incidência de Malformaçoes Con
A , ~
genitas em uma populaçao neonatal composta por 205 crianças, nas-
cidas na Maternidade Carmela Dutra, Florianópolis (S.C.), no pe
ríodo compreendido entre Ol-Ol-l975 a 31-l2-1980. Em 25.814 crian
À ~
ças a incidencia de Malformaçao Congênita foi de OO o\°9 Nesse estudo foram analisadas as seguintes variantes: sexo, raça, peso, idade gestacional, mortalidade, idade materna, número de gestações ante riores e local onde a mae passou a gestação, relacionando~o ,com
os diferentes tipos de Malformaçoes Congênitas encontradas na
amostra,
Unitermos g Malformaçao Congênita, Florianópolis, S.C., Brasil.
TCC UFSC PE 0156 Ex.l NChfim TCC UFSC PE 0156 Autor Mlranda, Sxlvana
M
Txtulo Malformaçao congemta estudo 972806201 Ac 253798