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Teoria Economica da Vestimenta Feminina PEDRO 1a versão

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Thorstein Veblen

A Teoria Econômica do Vestuário Feminino

Popular Science Monthly, vol XLVI, (Nov. 1894), pp. 198-205

No vestuário humano o elemento de roupagem é prontamente distinguível do de vestimenta. As duas funções - de roupagem e vestimenta - são em grande extensão servidas pelos mesmos materiais. Apesar de que a extensão ao qual o mesmo material servirá a ambos os propósitos se apresentará, pensando bem, de forma bem mais sutil do que a primeira vista se aparenta. Uma diferenciação entre os materiais a muito vem acontecendo, em virtude de muitos elementos que utilizados para um propósito não mais servem, e não mais se espera que sirvam, ao outro. A diferenciação não esta de modo algum completa. Muito do vestuário humano é usado tanto para conforto físico como roupagem; a maioria ainda é usado ostensivamente para ambos propósitos. Porém a diferenciação já é bem considerável e progride

visivelmente.

Porém, por mais que estejam presentes no mesmo objeto, por mais que os dois propósitos estejam servidos pelos mesmos materiais, o proposito do conforto físico e aquele da aparência respeitável não devem ser confundidos com um entendimento superficial. O elemento de vestimento e de roupagem são distintos; não só isso, como beiram a incompatibilidade; o propósito de cada é frequentemente melhor servido por meios especiais que são adaptados a desempenhar apenas uma função. É muitas vezes verdadeiro, aqui como em outros ramos, que a ferramenta mais eficiente é a ferramenta mais especializada.

Destes dois elementos do vestuário, a roupagem veio primeiro em ordem de evolução, e continua a ter primazia nos dias de hoje. O elemento de vestimento, a qualidade de oferecer conforto, foi desde o começo, e em grande extensão continua a ser, de certa forma considerado secundário.

A origem da roupa é encontrada no princípio do adorno. Isto é bem aceito como um fato da evolução social. Porém este princípio forneceu o ponto de partida para evolução da roupa ao invés de sua norma de desenvolvimento. É verdade da roupa, assim como tanto da aparelhagem da vida, que seu propósito inicial não permaneceu seu único ou dominante propósito ao longo do curso de seu crescimento posterior. Pode-se afirmar francamente que o adorno, num sentido estético simplório, é um fator de relativa pouca importância em tempos modernos.

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A linha de progresso durante o estágio inicial da evolução do vestuário foi do simples conceito de adorno da pessoa por adesões suplementares de fora, até o complexo conceito de adorno que deve tornar a pessoa agradável, ou de presença invejável, e ao mesmo tempo servir para indicar a possessão de outras virtudes que não somente aquelas de um indivíduo bem apessoada. Nesta última direção reside aquilo que se evoluiria em vestimenta. No momento em que o vestuário emergiu dos esforços primitivos do selvagem para se embelezar com adereços chamativas a sua pessoa, já era um fator econômico de alguma importância. A mudança de um carácter puramente estético(ornamento) para um mistura de estético e econômico ocorreu antes que o progresso tivesse sido atingido desde pigmentos e badulaques para o que é comumente entendido como vestuário. Ornamento não é uma categoria econômica propriamente, apesar de que badulaques que servem o proposito de adorno podem também ter função como um fator econômico, e portanto ser assimilado ao vestuário. O que confere ao vestuário um fator econômico, caindo propriamente dentro do escopo da teoria econômica, é sua função como um

indicador da riqueza de quem a veste - ou, para ser mais preciso, de seu dono,, pois quem veste e quem é o dono não são necessariamente a mesma pessoa. É verdadeiro que à respeito de mais da metade dos valores reconhecidos como vestuário, especialmente aquela porção com o qual este ensaio se interessa imediatamente - vestuário feminino - que o usuário e o dono são pessoas diferentes. Porém enquanto não precisam estar unidos na mesma pessoa, necessitam ser membros orgânicos da mesma unidade econômica; e o vestuário é o indicador da riqueza da unidade econômica a qual o utente representa.

Dentro da organização patriarcal de sociedades, onde a unidade social era o homem ( com seus dependentes), o vestuário da mulher era um expoente da riqueza do homem a qual pertencia. Na sociedade moderna, onde a unidade é a casa, o vestuário feminino demostra a riqueza da casa à qual pertence. Entretanto, hoje em dia ainda, apesar do celebrado fim em termos, do ideal patriarcal, persiste aquilo sobre ao qual o vestuário feminino sugere, que o utente é algo de similar a um bem; de fato, a teoria do vestuário feminino de forma bem clara envolve a implicação que a mulher é um bem. Neste respeito, o vestuário feminino difere do masculino. Com esta exceção, que não é de primeira

importância, os princípios essenciais do vestuário feminino não são diferentes daqueles que governam o vestuário masculino; porem mesmo aparte esta característica adicional, o elemento do vestuário é visto num desenvolvimento mais desimpedido nas vestes femininas. Uma discussão sobre a teoria do

vestuário em geral ganhara em brevidade e concisão mantendo em vista os fatos concretos das maiores manifestações dos princípios com os quais se relacionam, e esta maior manifestação do vestuário é sem sombra de duvida notado nas vestes femininas das mais avançadas comunidades modernas.

A base do premio social e respeito popular é o sucesso ou mais precisamente a eficiência da unidade social, evidenciada por seu sucesso visível. Quando eficiência se sucede em posse, em poder pecuniário, como eminentemente o faz no sistema social de nosso tempo, a base do premio de consideração social se torna em poder pecuniário visível da unidade social. O índice obvio e imediato do poder pecuniário é a capacidade de despender visível, de consumir improdutivamente; e a humanidade logo aprendeu a por em evidencia sua capacidade de despender exibindo bens custosos que não rendem qualquer

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retorno a seus donos, tanto em conforto ou em ganho. Quase tão cedo ocorreu uma diferenciação de onde se tornou a função da mulher, em um grau peculiar, exibir o poder pecuniário de sua unidade social por meio de um improdutivo consumo conspícuo de bens valiosos

Reputabilidade é em última análise, e especialmente no longo prazo, bastante coincidente como o poder pecuniário da unidade social em questão. Mulheres, principalmente, originalmente pois eram si mesmas possessões pecuniárias, viraram em um sentido peculiar o expoente do poder pecuniário de seu grupo social; e com o progresso da especialização de funções no organismo social esta tarefa tende a cair mais e mais inteiramente sobre a a mulher. As melhores, mais avançadas, mais bem desenvolvidas sociedades de nosso tempo chegaram a um ponto em sua evolução onde se tornou (idealmente) a grande, peculiar, e quase única função da mulher no sistema social evidenciar a capacidade de gastar (pagar) de sua unidade econômica. Isto é dizer, o lugar da mulher (de acordo com o esquema ideal de nosso sistema social) veio a se tornar algo como um meio de despender conspícua e improdutivamente.

A evidencia admissível do custo da mulher tem alcance considerável em respeito a forma e método, porem em substância é sempre a mesma. Pode tomar a forma de maneiras, criação, e feitos que são, prima facie, impossíveis de adquirir ou manter na ausência de tal lazer à qual sugere (bespeaks) uma considerável, relativamente longa e contínua posse de riquezas. Pode também se expressar em uma maneira peculiar de vida, nas mesmas bases com praticamente o mesmo propósito. Porem o método em voga é sempre e em qualquer lugar, sozinho ou em conjunção com outros métodos, o do vestuário. “Vestuário” , portanto, do ponto de vista econômico, chega perto de ser sinônimo com “exibição de desperdício de gastos

A porção extra de manteira, ou outro unguento, com os quais as esposas dos magnatas do interior da Africa untam suas pessoas, além do que o conforto requer, é uma forma deste tipo de despesa que esta entre a beira de uma forma primitiva de embelezamento pessoal e uma vestimenta incipiente. Assim como os braceletes de fios de cobre, tornozeleiras, etc., as vezes chegando a trinta libras de peso, vestidos pela mesma classe de pessoas, assim como, em menor escala, pela população masculina dos mesmos países. Assim como o couro da foca do ártico, ao qual as mulheres de países civilizados preferem a tecidos que são preferíveis em todos os sentidos a exceção de seus baixos custos. Assim como as plumas de avestruz e as muitas curiosas éfigies de plantas e animais com os quais os chapeleiros lidam. A lista e inesgotável, pois dificilmente existe um artigo dos trajes masculinos e femininos, civilizados ou não, que não partilham largamente deste elemento, e muito pode ser dito, por princípios econômicos, que consistem virtualmente de nada mais.

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Não é que os usuários ou compradores destes bens dispendiosos desejam o desperdício. Eles desejam manifestar sua capacidade de despender. O que se procura não e de fato o desperdício, mas a aparência de desperdício Consequentemente existe um esforço constante por parte dos consumidores destes bens de obtê-los pela melhor barganha possível; e consequentemente também um esforço por parte dos produtores destes bens de diminuir os custos de produção e portanto baixar o preço. Porém tão rápido os preços declinarem à tal nível que seu consumo não seja mais prima facie evidência de uma

considerável capacidade de despender, os bens particularmente em questão caem em desfavor, e o consumo é deslocado para algo que mais adequadamente manifeste a capacidade de despender do utente

Este fato, que o objeto procurado não é o desperdício mas a exposição de desperdício, se desenvolveu num princípio de pseudo economia no uso de materiais; tal que, veio a ser reconhecido como um cânone de boa conduta que trajes não devem mostrar simplesmente gastos pródigos. O material utilizado deve ser escolhido de forma a evidenciar a capacidade do usuário (dono) de exibir-se ao máximo; caso contrário sugestionaria incapacidade por parte do dono, e assim parcialmente anularia o propósito principal da exibição. Porém é mais ao ponto que tal simples demostração vulgar de

desperdício também sugeriria que os meios de exibição foram adquiridos tão recentemente de modo a não ter permitido um longo e contínuo desperdício de tempo e esforço requerido para dominar os mais eficientes métodos de exibição. Isto apontaria para uma aquisição recente dos meios; e nos ainda estamos próximos o bastante a tradição de pedigree e aristocracia de berço para tornar a longa e contínua posse de meios um segundo item em desejabilidade atrás apenas de maiores posses. A magnitude dos meios possuídos é manifestado pelo volume de exposição; a duração da posse é, em certo ponto, evidenciado pela manifestação de uma completa habituação aos métodos de exibição. A evidência de um conhecimento e hábito de bons modos em vestimenta (assim como em maneiras) será valorizado principalmente por sugerir que bastante tempo foi gasto na aquisição deste feito; e como o feito não diz respeito diretamente a um valor econômico, ele sugere capacidade pecuniária para desperdiçar tempo e trabalho. Tal feito, portanto, quando possuído em alto grau, é evidência de uma vida (ou de mais de uma vida) gasta em nenhum propósito útil; o qual, no propósito de respeitabilidade, chega ao ponto de um consumo improdutivo de bens bastante considerável. A ofensividade de gostos brutos e exibições vulgares em termos de vestimenta é, em última análise, devido a fato de sugerir ausência de capacidade de custear uma quantidade respeitável de desperdício de tempo e esforço.

O uso efetivo dos meios em mão podem, mais além, sugerir eficiência na pessoa fazendo a exibição; e a exibição de eficiência, enquanto não se manifesta em ganho pecuniário ou incremento de conforto pessoal, é uma grande aspiração social. Consequentemente acontece que, por mais surpreendente que pareça a primeira vista, um princípio de pseudo economia no uso de materiais veio a tomar um bem seguro lugar, apesar de estreitamente circunscrito, na teoria da vestimenta, como esta teoria se expressa nos fatos da vida. Este princípio, atuando em conjunto com certos requisitos do vestuário produzem alguns curiosos senão inexplicáveis resultados, os quais serão mencionados em seus devidos lugares.

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O primeiro princípio do vestuário, portanto, é custo conspícuo. Como um corolário sob este princípio, porém de tão magnífico escopo e consequência a ser um principio fundamental segundo em

importância, existe a evidência de gastos custeados por uma constante superação de um traje ou berloque por um novo. Este principio inculca o desejo, resultando em uma necessidade, onde quer que as circunstâncias permitam, de usar nada que esteja fora da moda. Nas mas avançadas comunidades de nosso tempo, na medida em que se trata das mais altas manifestações de vestuário – e.g., em vestidos de baile e vestuário utilizados em ocasiões cerimoniais similares, quando os cânones da vestimenta rege sem entraves de outras considerações – este principio se expressa na máxima de que nenhum traje exterior pode ser utilizado mais de uma vez.

Este requisito de novidade é o principio subjacente de todo o difícil e interessante domínio da moda. Moda não demanda fluxo continuo e mudança simplesmente pois esta maneira de fazer é tola; fluxo, mudança e novidade são demandados por um princípio central de todas as vestimentas – desperdício conspícuo.

Este princípio de novidade, atuando em conjunto com o motivo pseudo-econômico já mencionado, é responsável pelos sistemas de fraudes que figura largamente, abertamente e as vistas, dentro do código de vestimenta aceito. A motivação econômica, ou uso efetivo do material, fornece o ponto de partida, e, dado isto, o requisito de novidade age no desenvolvimento de complexos e extensos sistemas de

pretextos, sempre variantes e transientes nos detalhes, porém cada qual imperativo durante seu tempo correspondente – enchimentos, babados, e os muitos (pseudos) dispositivos enganosos que ocorrem a qualquer um que é familiar com as técnicas de vestimenta. Este pretexto de fraude é regularmente desenvolvido como um patético e infantil faz de conta. As realidades que estimulam, ou melhor,

simbolizam, não são toleráveis. Eles seriam em alguns casos demasiadamente caros, em outros baratos e mais adaptados ao conforto pessoal do que gastos visíveis; e ambas alternativas são contrárias aos cânones da boa norma.

Porem aparte a exibição de força pecuniária resultante de um gasto perdulário agressivo, o mesmo propósito pode ser servido por conspícua abstenção de esforço útil. A mulher é, por virtude de especialização de funções sociais, o expoente da força pecuniária da unidade econômica , o que consequentemente à delega a exibir a capacidade da unidade de suportar esta forma passiva de dano pecuniário. Ela pode fazer isto botando em evidência o fato frequentemente ficcional de que leva uma vida inútil. O ideal da vestimenta neste sentido, é de se mostrar a todos observadores e compelir observação do fato, que o utente é manifestamente incapaz de fazer qualquer coisa útil. A vestimenta feminina civilizada moderna aspira esta demonstração de ócio habitual, e obtém sucesso “mesuarably”

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Aqui jaz o segredo da persistência, na vestimenta feminina moderna, da saia e de todos incômodos e alem do mais inúteis enfeites, ao qual a saia tipifica. A saia persiste justamente por ser incomoda. Ela atrapalha os movimentos do utente e desabilita-o, em grande medida, para qualquer ocupação útil. Então serve como uma propaganda (muitas vezes não engenhosos) de que o utente é suportado por meios suficientes para custear o ócio, ou eficiência impedida, ao qual a saia implica. O mesmo é verdade do salto alto, e em menor grau de diversas outras feições da vestimenta feminina.

Aqui deve também ser procurado a base da persistência ( provavelmente não da origem) da grande mutilação praticado por mulheres ocidentais civilizadas – a cintura constrita , assim como da pratica análoga do pé abortivo de suas irmãs chinesas. Esta mutilação moderna da mulher não deve talvez ser classificado estritamente dentro da categoria de vestimenta; porém dificilmente é possível estabelecer o limite que as exclui da teoria, e coincide proximamente com esta categoria em principio que o

delineamento da teoria estaria incompleto sem a referência a isto.

Um corolário de certa significância seque deste principio geral. O fato que a aceitação voluntária da incapacitação física argumenta que a posse de riqueza praticamente estabelece a futilidade de qualquer tentativa de reforma da vestimenta feminina na direção da conveniência, conforto e saúde. E da essência da vestimenta que ela deva (aparentar a) atrapalhar, incomodar e machucar o usuário, pois fazendo-o proclama a capacidade pecuniária do utente em suportar o ócio e incapacidade física.

A propósito, deves se notar que este requisito,de que mulheres devem aparentar ócio para serem respeitáveis, é uma infortuna circunstância para mulheres que são compelidas a prover pelo seu sustento. Elas devem não só suprir seus meios de vida, mas também os meios de propaganda da ficção de viver sem qualquer ocupação rentável; e elas tem de fazer tudo isto enquanto atrapalhadas com ornamentos especialmente desenhados para dificultar seus movimentos e diminuir sua eficiência industrial.

Os princípios cardeais da teoria da vestimenta feminina são estes três:

1. Alto Custo: considerado em respeito a sua eficiência como roupa, vestimentas não devem ser econômicas. Devem mostrar evidencias da habilidade do grupo econômico do utente de pagar por coisas que são si mesmas de nenhuma utilidade para qualquer pessoa à que concerne – pagar sem adquirir um equivalente em conforto ou ganho. Deste principio não há exceções.

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2. Novidade: A vestimenta feminina deve prover prima facie evidências de ter sido utilizada por um tempo relativamente pequeno, assim como, em respeito a muitos artigos, evidência de inabilidade para suportar qualquer quantidade apreciável de uso. Exceções a esta regra são tais coisas de suficiente durabilidade para virar relíquias de família, e de tal magnitude de custo a normalmente ser possuído apenas por pessoas de castas superiores (pecuniária). A posse de relíquias de família é elogiosa pois sugere a pratica de desperdício através de mais de uma geração

3. Ineptidão: Deve prover prima facie evidência de incapacitação do utente de qualquer ocupação de ganho; e deve também tornar aparente, restrições mesmo após o ornamento ser removido. Desta regra não há exceções.

Além destes três, o principio de adorno, no sentido estético, atua em parte na vestimenta. Possui um certo grau de importância econômica, e se aplica com uma grande generalidade; porem não e de forma alguma imperativamente presente, e quanto esta presente sua aplicação é estreitamente circunscrita pelos três princípios já explanados. De fato o ofício do princípio do adorno na vestimenta e como um servo do principio de novidade, ao invés de um fator coordenado independente. Existem outros princípios menores que podem ou não estar presente, alguns do quais são derivados do grande requisito central de desperdício conspícuo; outros são de origem alienígena, porém todos estão sujeitos a presença controlante dos três princípios cardeais enumerados acima. Estes três são essenciais e constituem a norma substancial da vestimenta feminina e nenhuma exigência pode permanentemente ignorá-la enquanto houver chance de rivalidade entre pessoas em respeito a riquezas.

Para singularizar um exemplo de efeito temporário de um dado deslize de sentimento, veio, nos últimos anos, e quase se foi, um ressurgimento do elemento de conforto físico do utente, como um dos requisitos usuais de boa norma na vestimenta. O significado desta proposição, e claro, não é o que aparenta de face; isto raramente acontece em matéria de vestimenta. Era a mostra de conforto pessoal que estava imperativa ultimamente, e a exibição era frequentemente obtida somente pelo sacrifício da substância. Este desenvolvimento, por sinal, aparenta ter sido devido a ramificação do sentimento de atleticismo ( culto a carne ou culto ao físico) que tem sido dominante ultimamente; e agora que o auge desta onda de sentimento passou, este motivo alienígena na vestimenta esta também recedendo.

A teoria à qual o delineamento foi dado é dito ser aplicada em força total somente para a vestimenta feminina moderna. É obvio que, se os princípios alcançados são aplicáveis como critério total, “vestimenta feminina” incluirá aparelhos de uma extensa classe de pessoas que, em um sentido biológico cru, são homens. Este traço não atua de forma a invalidar a teoria. Uma classificação para o propósito de teoria econômica deve ser feita somente em terreno econômico, e não pode permitir considerações cujas validades não estendem além do mais estreito domínio das ciências naturais à impedir sua simetria de forma a excluir este jovial contingente voluntário das fileiras do sexo feminino.

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Existe também uma segunda, bastante análoga classe de pessoas, cuja aparelhagem do mesmo modo, porem em menor grau, se conforma aos cânones da vestimenta feminina. Esta classe e composta pelas crianças das sociedades civilizadas. As crianças com algumas pequenas reservas é claro, são, no propósito da teoria, consideradas materiais auxiliares servindo para compor a grande função das mulheres civilizadas como as consumidoras conspícuas de bens. A criança nas mãos da mulher civilizada é um órgão acessório de consumo conspícuo, tanto quanto qualquer ferramenta nas mãos de um trabalhador é um órgão acessório de eficiência produtiva

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