Norberto Alexandre
Roúa
Fialho
cas
tradicionais
de
construção,
Vidigueira:
a
taipa
e as
coberturas
tradicionais
Vol.2:
Anexos
Orientadon Mestre Victor Manuel
Mestre
de
Oliveira
Dissertação
de
Meetsado em
ReorperaÉo
do
PatrimónioArquitectrónico
e
Paisagístico
Norberto Alexandre
Rocha
Fialho
em
Vidigueira:
a
taipa
e
as
coberturas
tradicionais
Vol
.22
Anexos
t
[
60
ss
Orientador:
Mestre
Victor
Nlanuel Mestre
de
Oliveira
Dissertação
de
Mestrado
em Recuperação do
Património Arquitectónico
e
Paisagístico
Técnicas
tradicionais
de
construção,
I
Anexos:
Vol.2
Ilustração
I
-
"Planície
anorte
deBeja
e afalha de
escarpa deVidigueira.
Dese,nhopor
F.
Galhano";
Mariano
Feio
-
Le
Bas
Alentejo
et
l'Algarve, figura
6
[pp.
481491Anexos: 1' Parte...
Vidigueira.
Anexos:
2'Parte...
...1
...3
...7III
15Figura
I
- Concelho
deVidigueira
emPortugal...
...5
Figura 2 - Concelho
deVidigueir4
o<tractos das CartasMiliares l/25
O0O...5Figura
3- Mapa do concelho
deVidigueira...
...5
Figura
4
-
Concelho
de
Vidigueir4
representação
geológic4
segundo
o
PDM
deFigura
5- Concelho
deVidigueira com
asprincipais linhas
deágua
...9
Figura 6 - Concelho
deVidigueir4
Ordens dosSolos,
segundo oPDM
deVidigueira.l0
Figura
7- Concelho
deVidigueir4
zonaspedológicas,
segundo oPDM
deVidigueira I
I
Quadro
I
-Distribüção
ta:ionómicados
so1os...
...13
Entrevistas
sobre ataipa:
t7
Relato
doMestre Pedreiro
António
JoãoTrole,
19-06-2007: ...,...17
Relato do Sr. António Francisco
Canaçq2-O6-20O8:
...33Entrevistas
sobre ostelheiros:
....Relato
daSr.' Maria Emília
Trole,
12-06-2008 : ...Relato do Sr. Diogo Quarenta,20-12-2008....
Relato do Sr.
Sebastião Cabaço,2l-12-2008:
Relato do Sr.
"Zédo
O"
posé A.
CasadinhoBaiãol,
28-12-2008:
Entrevistas
sobre as coberturas tradicionais :...
Conünuação
daentrevista
ao Sr.António Faísco. 28-08-2009:
...51
5l
57 6779
87 95 95 ...97DVD
com
asentreüstas
aos Srs.António
Faísco(l'parte),
António
JoiúoTrole
107
(abobadilha alentejana)
e JoséLús
Faísco.Anexos:
3'Paúe
109Quadro
I
-
Registo
dasmatrizes prediais
urbanasdo Serviço
deFinanças
deVidigueir4
edificios registados
aÍe ao anode
1940Figura
I
-
Distribúção
geral
dosedificios
detaipa inquiridos
emVidigueir4
parte... I I
I
norte
dalocalidade..
Anexos:
4'Parte...
rv
159
Figura 2 - Distribuição geral
dosedificios
detaipa
inqúridos
emVidigueir4
paÍte
sul
dalocalidade...
l6l
...163
...t65
Ficha
I
- Modelo
deficha
deinquérito porhabitaçãa
...Quadro
I
-Tipos arquitectónicos por
edificio
Quadro
2
-Tatpas idenüficadas
emVidigueira
...
...Quadro 3 -
Fundações,coberturas
etectos identificados
emVidigueira
...169
...t73
a
I
I
#uf& Ilustração1-"PtanlcieanortedeBejaeaÍalhadeescarpadeVidigueira.DesenhoporF.Galhano";MarianoFeio-LeBasAlentejoetl'Algarve,íigura6[pp.4E/491. vt0tür,ElpÂ
ALCAQIA
:t:
t:
li
--:-:--=:-\----:l---- -MENON()ffi
*'{
--:s-tre í& ..§-'Técnicas traclicionars
de construção. emVidigueira:
a taipa e ascobertltras tradicionals
CM 489
CM 499
CM 510
Ç
Figura 2 - Concelho de Vidigueira, extractos das Cartas Militares 1/25 000 CM 490 CM 511 CM 501 Freguesia de VicÍgueira [| Frquesn deVidguara [! Laallía&s ü 25 5 0 5 10km I r Í-z cM 500 tu 'Ahirie de Sena Seltt-,es
Figura 1 - Concelho de Vidigueira em Portugal
Figura 3 - Mapa do concelho de Vidigueira
I
II
Rochas Sedinenlares
Essenciamenle
delriticas
, ' ,.'
Aluviiles acluab e depó§ilo§ d€ v€rlente (Modernos)Depôsitos de lenaços Íluüais (Plio-HidocÉnico)
Cascalheiras com intercalações argilo+renosas wmelhas (Pli4lis'tmânico)
a
ArOilas, margas, calcários e onglomerados(Mircánioo)Depósitos de dotritos grosseios (Paleogônio)
EssenciamonteCaôonatadas
I
Caldrios(Paleogánico)I
MârmorEs s calcáios dobmlticos (Faleoáico)I
Calcários o dolomilos (PahozÓbo) Rochas MetamórficasXistentas
aMimxistos(Paleozoico)I
Gnaisos, leplinilc e xis'tos quarEo-feHspátims (Paleozoico)| |
|
X!íos o Cuartzitos negros (frá+âmhbo)Maciçasou nâoxidentas
g
Melavulcanitosbâsicos basaltoq tufitcecalcoxidos(Paleozoho)I
*0.n., ou.rtzo-feld$âtioas, vubónixs ácidas e armses (Ptá+âmhico)-
Corneanas Rodtas lgneas
p
eanilo calcoclcalino de grão mádio, não porfioiie (Paleoaoico)1;,,
Oanodiaito e quatho{iaito (Paleoaoio);
Poríiros riodocilio granóÍiros (Paleoaoico)I
Gabroe dioritc, qudzcdbrto§ e granóíiros (Paleozoico)Dkrilos e granodioritoe (Pahopio)
I
Dobito do'grande ÍiEo do AenteP'o
E
Localidades
Falha geológim
E|
Freguesia de VidigueiraFigu
ru
4
-
Representação geologica
do concelho de
Vidigueira,
segundo
o
PDM de
Vidigueira
T
5
0 2,5 7,5 10 km
O
I ÍÍt }r n 1 t-, t-l Ir'
a
(x.) '1o,§
-lC) ffiI
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m
-!.Quadro
I
-Dirtribuiçio
taronómice dor solorOrdcm
Subordem
Grupo
Subgrupo
Familia
Área
(ha)
o/o ú&,SL
l.Solos IncipientesLitossolos Clima Xérico Eg Ep Ex
I
129 4524 00 00 15Aluviossolos Modemos Não Calcários AI
A
Aa8l
778 29 00 02 00 Calcários Ac Aac 64 32 00 00Antigos Não Calcrários Arl
At
32
193
00
0l
Coluviossolos Não Calcários sb 94 00 Calcrírios Sbc Sbac 6 35 00 00 2.Solos Litólicos Não Hrunidos Porrco
Insaturados Normais Par Pg PPg lo98 1485 703 04 05 02 3.Solos Calciírios Pardos Clima Xérico Normais Pc
Pcg Pcr Pcf Pcx spc
t29
202t74
2 328 4 000l
0t
000l
00 Para Barros Pc' 80 00 Vermelhos Clima Xérico Normais VcVcr Vct Vcx 196 l 109 3 263
0l
o4 000l
Para Barros Vc' 4330l
4.Solos de Barros Pretos Não Calc.í,rios Bp
l5
00 Calcários Muito Descarbonatados Bpc 32 00 Powo Descarbonatados Cp 85 00 Não flescarbonatados cpc2t
00 Castar:ho-Avermelbados Não Calcrírios Cbl6
00t3
Ca]qírios
Múto
Descarbonatados Etuc 936 o3 Pouco Descarbonatadoscpv
t4
00 5.Solos Argilwiados Ponco insahrados Mediterr&reos Pardos MatEriais CalcríriosPara Barros Pac 573 02
N{ateriais
Não Calcrlrios Normais Pgnftng
k
56 776 2035 00 02 o7 Para Barroshn
2421 08 Para Hidromórficos Pag r059 03 Mediterrâneos Vermelhos ou Amarelos Iúateriais Calc.í,rios Normais Vcc 42 00 Para Barros Vcm 602 02Iúateriais
Não Calcffios Normais},,
R/x
Sr Vx Va 5068 18 2834 t673 8l6
00 09 05 00 Para Baros Vm 43 00 6.Solos Hidromórfrcos Sem Horizonte Eluvial Para Ahnriossolosou
Paa Coluviossolos CaCn
Caac 33t2
7 00 00 00Para
Solos Argiluviados Potrco Insatrrados Para Eliarros Pb Pczt7
3 00 00 Com HorizonteEhnial
Planossolos Ps3l
00 Afloramentos Rochosos 500 02 Total 3l 134 100t4
I
I
1.rr.r:: ._, :,.ii:jj:
Tecnicas
tradicionais
de construção. emVidigueira:
ataipa
e as coberturas traclicronaisEntrevistas
sobre
a
taipa:
Srs.
António Joilo Trole, António Francisco Carraçae António
Faísco.Relato
do
Mestre
Pedreiro
António
João
Trolerl9-OÉ2í0íIí:
«Interlocutor
-
Ora então diga lá como funciona o sistema?Entrevistado
-
Existe com uma comporta só de um lado. Vêsúerto
deste?Aqui
era oprincípio,
Ere seria oinício
da casa.Chegava-se
e
enchia-semeio taipal, ficava
assim[a
fazrr
uma
cuúa].
Depois a comporta abalava para a frente efana-se a outra parte. Depois o
taipal
abalavapúa
afrente.
[IrmEque não tinha a comporta no
início]
I
-
Tiúam
um sistema be,m organizado!E
-
Isto
era semp̀ assim. Chamava-lhea
gentsum
cutelo. Ivteiotaipal.
Depoisdali
pua
afrrente
continuavq
com
a
comporta
na
frrente,e
pronto
it
úé
ao
comprimento
da
cas4dependendo
do
seu comprimento.Qumdo
se chegava aocmto
a comportaia
outravezpúa
afrente.
I
-
E porque é que se fazia esse cutelo?E
-
Fazia+e ocúelo,
porque era o travamento. E depois levava este pan. aEri,çe
era o côvado.Que é meio metro. Depois fica'ra
jâ
'rm buraco que era onde e,ntravam as agulhas do de cima.Daçele ali
[o daponta da frente, aquele que aoinício
nãotiúa
comportalfaziaoufro
buraco.E
depois lá na frente niio precisava porque mdava do lado de fora do taipal.
l-Eparafaznr
os cmtos?E
-
F.ntão o canto era feitojunto
à comporta.I
-
Mas depois não haviane,nhum tipo dehavmento?
E
-
tlavia
de,pois e,m sentido contrário.Jufravm+e
os taipais ao canto. Quandovinha,
outravez, parsava por cima e fazia outra vez o
cmto.
[
-
O
meupai
disse-me quehavia
u
sistema queutilizavan
que consistia e,mcolocr
umtonco
em cotovelo, oom pemadall saídas, oomranos,
ecolocavm*e
taipal simaipal
não. Istonas casas daqueles que
tinhm
m€ilN
diúeiÍo.
Então: tinha aprineira
frúa
a seguintejá
nãotirüa
e depois punha-seouta
vez e assim sucessivamente que eÍa paÍa segurar um pouco mals ataipa.
E
-
Não, esse sistemajá
vem de uma coisa mais antiga. Nuncacoúeci.
Aqui
a gentetiúa
otravmento
do taipal. O taipal que depois voltavaaqú
outra yez ÍDs 50 cm. Fazia otal
cutelo,que é o mesmo que
'tou
ensinando daquelelado,faziadeste.
Quer dizer quando seguia aqui porcima continuava
Contantoque só existe uma comporta
Continuavadepois para
à
frente.Depois
quando se virava, usando-seaçeles
buracosno meio do taipal,
punha-se nas outrasseguranças, que ficavam para o lado de fora. Para
levmtr
o taipal era um que o fazia e o outropunha as agulhas.
I
-
Pois,haüa
sempre umritno.
E
-
Orimo
era sempre o mesmo. Havia 3,4
[homens], dependendo das alturas.I
- E para bateraterr4
como é que era?E
- O batertinha
que ser sempÍe duas pessoas certas. Ate porque aqui nobúer
tem um sistem4com os malhos, em que apessoa
fazisto
[bateu no taipal com o malho na perpendicular], depoiscom o ouÍro faz isto
[bateu cnm os dois malhos altemadamentel-Qrer
diztr,
nb
pode andarcerto, têm de andar
altemdo.
I
-
Isso é paraaterraandr
sempre a mexer?E
-
Não, é porquez
gatte4anhava
aqueleritmo
e o trabalho fazia-se melhor. Não pode pararI
-
Ejunto
rcs taipais?Nfo
precisava de mais cuidado?E
-
Isso erajá
mamhosice. Porque ataipapara ser be,m batida te'm que ser sempre assim.I
-
Sempre naperpendiculr?
E
-
Quando se vaijunto
ao tarpaljá
é para deixar obrilho
nataipa
Porque apeúa a terra confraa tábua. O meu pai ensinou-me assim. As primeiras malhadas eram essas [ao
cento
do taipal] eoutras vezes cntzadas.
Nfo
andar assim [paralelame,nto aotaipal], ou
andan cá a dançar e nomeio
não ter.No
meiotiúa
que correr isto tudo assim.As
primeiras malhadas eram estas. Sefrzer só assim [malhar
junto
m
taipal, paralelamente,a
qmtr
aterra conEa otaipal]
é estar amostrar
aqúlo
que não'trífeito.
E -É,. Haüa mütos
que aürdavam no meio às voltas maspor
denho nada. O meupai fazia
era:qumdo os
üa
aanda
de um lado para oouto
assim dava logo uma malhada além à biqueira dosapaúo
pra
tonaÍem
camiúo.
Pois, porque acompmheiisto
durantemútos
anos,e
aprendiassim as lições logo de novo e só assim é que sei explicar como
era
I
-
Na altura e,m que fazia essasqsas
era nos anos 50i60?E
-Não,
issofoi múto
mais cedo?I
-Anos
40?E
-
O meu par fez aquela parte toda que vem das oficinas dos Saltas ate aqui ao canúo [rua dosCasões do Sindicato, anüga nra de S. João]. Fez as minhas casas naquela rua. Estava alé,m com
o meu
filho
hoje e disse-lhe: <<olha aquelas pedras üouxe o teu bisavô da serra [serra do Mendroou serra de Porúel], com dois
burriúos». E
aquela casafoi
toda feita pelo meupai.
O meu paitiúa
20
dnos, narceu [nasceu] em 1910, estas a ver que idade tinha quandoGz
açilo
hrdo. Porúltimo
a taipa começou em decadência e pronto fioaramrnrmadas
asferrmentas.
Foi o mesmoque aconteceu com as abobadilhas.
As úobadilhas
çrantas eafrll
Nessa altura de 60 eram osúnicos tecúos, Depois além de
65
para 70 é que começamma
apaÍe,cÊÍ os primeiros tectos. Oprimeiro
que meü e,m 65foi
o Aúrário do Aires Grerreiro.
Foram as primeirastijoleiras e
asprimeiras
ügas
quevi.
I
-
O cimentojá
cá chegou um pouco tarde. Não?E
-
Olha,já
em 58 eu tinha uma fabriqueta de mosaicos em cimento, não sabias?I
-
Não.E
-
Então o teu pai nãoE
contou?I
-
Não. Eu
nãolhe
pergunteie
elenfo
me
disse.[isto
porqueo
MestreManuel
Franciscoaprendeu o
oÍicio
e trabalhou durantemútos
anos com o Mesüe Antonio JoãoTrole]
E
-
E depois isto era como eu te disse. D€pois dependia do comprimento dacasa Qumto
a istoe eomo eu
te
expliquei: agorano início faz
oprimeiro
taipal, depoisaÍÍúca. Yat
alÉ, aofinal,
chega lá a comporta volta, depois
faze
, sentido contrário e pronúo.I
-
E como era a forma mais usada das casas?E
-
Isso geralmente era tudo casasde 4
metros.4x4 e
depois faziam as divisões interiores atijolo
cru. Queerafeito
nopóprio
lugardaprópria
casa.I-Comamesmaterra?
E
-
Pois comamesmaterra
I
-
Etinha
algum molde para osfdl
E
-
Pois en6o, tinham as formas. Euteúo
ali.
Se qúseres vereu mostro-te.Teúo
as que eramdo meu sogro
Í-
lá
agora.E
-
Com isto trabalhava-se naquela época que te disse ontem. DesdeAbril...
[ao chegar ao localonde tinha os moldes] Olha aqui as formas. Se
calhr
dé
conheces isto?I
-
Simjá
tiúa
üsto.
E havia sópra
esta espessura?E
-Não,
isto era otijolo
Havia
outros maisgrossiúos
eueer*m o
lambrás. Estes eram a3
e meio e os outroseran
a7
I-Edecomprimento?
E-32x16,
que eram as dimensões daqueletempoI
-
Pois, na casa do meu avô esüá lá assim.E
-
Eu sei, aindafiz
lá uma parte. Era a constnrção que se fazia. Depois,entretato,
mudaram asconstruções que se faziam porque ryareceu
o t[iolo
novo.Na alhra
queo
meu sogrotinha
otelheiro houve
além uma revoluçãoporque tiverom
quemúar
asformas
dosújolos. Isto
éassim.
A
força maior
vai
sempreatraindo a
me,nor.Os
mú
pequenostiverm
que
mudar.Depois
acabouo
tijolo
deburro e
atelha
mouriscae ficou
como se conhece.Eu
sei porqueacompanhei isso tudo.
[
-
E como eram :§ casas?Tiúan
rrm colredoÍ central?E
-
Não tinham
corredor nenhumfde
seguidavai
afirmr
quehavia um
corredorl.Na
cas4praticamente,fazi^m+e
as paredes àvolta
4
com mais4 sfo
8, mais 2pró
corredor sãol0
m.cm
Geralmente
era
assim.E
de,poisfazim. a
divisão
lá
dentro. Portasnão
existim,
abriam-se depois.I
-
Elápor
dentro como é que sefaziaadivisão?
mais ou meoos assim variáveis e deixava 4 metros paracadacasa
I
-
E a casa com um salão? Onde se entrava para uma divisão grande e depois havia pequenasalcovas ao lado e no topo das casas?
E
-
Isso naquela altura pouco sefaaa,já
não existia. Depois começaramajuntar o
corredorcom a
cas4já nfu
fazim
parededo
corredor ermebiam
as pessoas numa sala. Geraünentetiúam
oc4richo
de fazer um arco redondo. Mas era mais dispendioso. Fazia-se depois de estartudo feito. Abriam-se os portados, com arcos e sobre-arcos e ficava fudo a frrncionar.
I
-
Os arcos eram feitos comtijolo
cozido?E
-
Pois. Iam buscar-se aos telheiros aCuida zorr.
E havia outra coisa que eram os tectos. Emcaniço. Geralmente era
o
que seusava
Quemtinha lá
afolha
erao
senhor'Teital"
[pessoasendinheiradas]. Existia a
folha
lá
parao
paúrão e para a patroa e o resto era cana. Por ultimo,comecei
já
com o calafetado. Que levava um bocado de cal por cima do caniço pananãoentar
ofrio,
que era melhor que a folha.I
-
E entre os taipais o que é que se usava?E
-
Não tinha nada. O cintamento dependia dodiúeiro
da pessoa.[-
Como e que o fazram3E
-
Faziam-selogo
lá
d€Nrtrodo taipal. Junto ao inicio da
taip4
se houvesse pessoas com dinheiro, com condit'oes, punha+e logo"ma
fiadiúa
detijolo ali
à volta. Depoistíúamos
queproteger as saídas das agulhas.
I-Ecomoéqueofaziam?
E
-
ProtEgíâmos crotntijolos
de um lado e do
outo
e outro por
cina
pra
poderemsair
àvontade. Porque
a
geúe apertava-as detal
maneira quejá
não saltavam [saíam].kincipalmente
esta
[ado
meio] as outras ne,ntmto.
I
-
Qnerdízsr
qaeqa
a do meio e a da pontado
lado de dentno [do lado em que encostava àtaipa anterior], por$re a outra estava de fora era mais
frbil?
E
-
Pois. Erano
seguimentodisto.
Se não houvessedinheiro
eram umas pedras.Chamávamos-lhe a gente a *pedra agulha '.
I
-
Pedras irregulares, portanto?E
-
Erm
assim. Chegava-se e dizia-se:*vai
ai
pedra para aprimeira Ítaád'
[no momento emque a iam
busca
às pe&reiras]. Depois levava umbocadiúo
de massaali po,
cima,qumdo
apedra chegava agarrava-se àquela massa e ficava
trdo
encantado daüda.
I
-
A
massa que sc usava era argÍrmassa de cal?E
-
Era uma mistura de cal branca e da mesma terra quea
tzipa. Chamávamos-lhe a gente demaçacoÍe.
I-Eacalpreta?
E
-
Essa calexistia,
atÉ eramelhor çre
a cal b'ranca. Mas a cal preta tinhaum
inconvenienteSabes qual é?
I
-
Era porque frcavarija
mais depressa?E
-
Não.Imitava
umaes@ie
do
cimento, era mais escura. Erafeita
deuoa
pedra maisrija.
Para
isto
podia-se que nãohaüa
grande problema[pra
colocarno
cintamentoe no
resto daconsüução da
taipal,
masrebocr
com ela...,
e clregava-sem fim
domo
e ainda rebentava naparede.
Ainda
estavaa
apagü.
A
gente
ale joenal,.ra comjoeiros finos
e
aquilo
flei;a
rrmgrãozirúo de nada e a gente deitava
aqúlo fora.
Se não se fizesse, depois chegava-se ao pé daparede 6
rtilnmos
logo:"olh4
já
lá estiio as silaÍcas" [cogumelo que estala a terra].A
cal pretaera mais forte mas
úo
dava para acabamentos. Até era maisbuat4mas
não se queria nas obraspor
causa dosacúmentos.
Se se descuidasse com ela era logo chamado:"olhe
lá para aqui oque a cal me fezl." Era assim.
I
-
Quarúo tÊmpo depois de seacabr
as paedes se podiarebocar?E
-
Isto é oomojá
expliquei, erafeito
desde principios deAbril, Maio
eJuúo'
I
-
Que era caÍregar atÊrrqe
...já
agora, onde é a iambuscr?
E
-
A
úerra era dopóprio
lugar. Se eu quisessefam
aqwuma crdta abria ali um buraco e depoisdisfarçava+e aquilo. Se
órisse ali
meio metro dámuito
metro cúbico. Geralmente a casa ficavamais alta que o quintal porquo era de lá que
vinha atsrra.
I
-
Enão escolhiam as terras?E
-
Haüa
terras boas quefazim
taipas boas ehaüa
te,rras mais fracas, com mais saibrro, quedavam mais
húalho
efazim
uma taipa mais fraca.I
-
Porque hmbem hámütos
tipos de terra. Conheço casalr cuja taipa temmúta pedr4 tijolo,
ossos, cerâmica e outras
coisa.
E- Isso
já
são taipas feitas novamente. Chamávamos-lhes de entulhos, jínão
erateira virgemI
-
Eterájá
sido levantada assim?E
-
Foi. Eram fracas. De entulho.I
-
Noufias a taipa era muito boa.Muito rija.
E
-
Eramterrr
boas, terra virgem, feitas com condições. Por ocemplo a Firma Jose il[endesCarvalho
e
Sobrinhos,o
meupai
contava-me,que
assistiu àquilotudo,
eram terras que iambuscar mais
"desúadas"
[ao queo
Sr. *ZÉ doA'
@Íâreferido
enmo devio; talvezdévio],
commais forç4
juntavam-na com terras maisfracas... Depois aquilo
ficavam empilhadas aqueletempo, acabadas em
Jmeiro, ficavam a curtir e
depois eram cavadas novamente quando iamfazer o
úóalho,
e aquilo dava mais consistência mesmo até no bater. Agora essas terras..., hámuitas coisas dessas
já
feitas, isso é remendos. Já não é a própriaterr4 própria
Agora hoje parafazer
isso...,
eu ate brincavacom
isso. Com mráquinas e tudo.Fui
além [aVale de
Rocins, àadegal
pra
mostrar a eles, com as máquinas, fize,mos e,m 4 horas, 4 taipais destes. Edisseram-me:
"sntão
agoravai
levantr
isso epor
emcima
ouÍ:avezll",
perguntouo encrregado. E
eudisse: "Atão não
heide
levantd'.
Acabei de encher e pulei para cima disto e levantei. Eleficou
assim admirado: "elrtão isso não vaí
calll",
disse-lhe: "se fosse cair alguma vez me punha aquiem
cima".
A
gente chegavaa faznr
4
fiúas
seguidas,2
m
de
altura
no
mesmodia. Até
dizíamos
çe
tínhaoaos quevoltar
para tnás para não perder tempo. Porque a média disto eram12 taipais por
dia
I
-
Já falou no cintamento, que era na horizontal. E de lado, na vertical,nib
levava nada parasegurar mais a taipa?
E
-Não seúor
I
-Nem
rgamassade
cal?E
-
Só levava além um salpico.Qumdo
se metia outra vezafiúae
depoispr:a ligar
ao taipal,I
-
Ate porque há casos que se vê muiúo bem, como é na Finna. Tem cerca deI
cm, talvez mais,de
junta
assim.E
-
E assim como eu te digo, com o canto da colher. Firma a colher aqli,efazo
cmtiúo.
I
-
Deveria segumr um pouco mais,nfo?
E
-Não,
aquilo nãoseguranúa"Érma
composfiIra.I
-
Tem-se a ideia que segura mesmo.E
-
Aquilo
nãovai
segurarnda
Aquilo é só...,
agente'trí
atrabalhr
e chegaali
ao canto ecorre a colher com um bocadinho de massa Só frca é a
ústa
I
-
Pensava que apanhava tudo.E
-
Não, é só além no canto. Era assim que se faza" O meu paiúegava
e dizia:'?á-lhe
aí umacharetada [uma passage,m,
pôr
um bocadinho dergmassa]
no canto epronto".
E isso étal
equal, quando não há cintas
nenhum6,
quer dizer, cintas será uma fiadinha detijolo
noinício,
ehaüa
quem fizesseaqui
ao ceÍrtro outrafiada
detijolo.
Chegava aryT@er no
mesmo taipalaparecerem 3 fiadas. Era a
primeir4
outra ao meio e a de cima. Quando a gente chegavaali,
astábuas
já
tão marcadas,já
sabíamos que e,ra hora de fazerouta
cinta. Cintráv^-os deu-
lado,cintávamos do outro, e quando começávamos novamente levava outra cinta.
No
taipal apareciadividido
em25 cm. Não vistejá
disso?I
-
Já, pensava era que usavam medidas mais pequenas.E
-
Não,
o
próprio
taipal
era
sempÍeo
mesmo. Quando chegávamosaqui com
a
teÍÍq
cintávamos aqui [apontou a separação
ente
as tiábuas], esta estava mais altado
çe
esta [a debaixol,
quando começávamosoutro era cintado
novamente,Depois
do taipal
estr
armado[montado] a gente metia as cintas e depois "toca a
mdchat'',
dávamos-lhe.I
-
Era um belo sistema.E
-
Pois era assim.Dízlá
à professora que s€ ela quiser faço outra para ela ver cÁmo é que éAte lhe faço os tectos em
cmiço
que e para ver quem eu sou.I
-
E os caniços eram presos como?E
-
Eram presos com ripas.I
-
E eram dados com o qnê?E
-
Nãoerm
dados. Bastava alérn 3 pessoas quefazim
,m
caniÇo daqueles, numa ciasa dessasde 4
m,num
dia de trabalho. Um mamdava de umldo,
e ouüo doouto,
o outro segura e depoismanda outÍro,
e o ouúo e
depoisandm
as ripasno ar.
Quando chegaà
altura de"vrmos
asegurat'', pÍçga-se um
preguiúo
naquela b,rincadeira e fica pronto.I
-
Outro belo siste,ma. Quem sabe nrmca esquece.E
-
Fiz poucos trabalhos desses! Nem sei qumtos! O t€u paiairda
assistiu.I
-
Pois ele dizissomemo
E
-
Fí2. seilá.... Foi o princípio
damiúa
vida.
Era aüda
da gente pobre. Era a parte séria"pura e boa da
üda.
Hojefaz*e
ooisas que até dá dó. Olhavai
à casa dos Saltas que vez comoera bom este sistema As
predes
de agoranão sãotiio
boas.I
-
O progresso tem os seus problemas.E
-
Istono lnvemo,
podesdeixáJa
à chuva, ela passa além3
a4
w.
lâr.an- passadali. E
selevar atão, mesmo
por
cima dapópria
taipa, duas demfos de cal, que ainda roÍlecte o calor enão deixa
entr....
E
ainda temouta
coisa, os rebocosdisto
a cimentoé
perca de tempo.Quanto mais fraca a massa
for
melhor épraaterra.
I
-
E o traço de cal para os rebocos era qual?E
-
Para um rebooofaziaali
3xl,
erao
máximo.E
era as areias seja comofor.
Eram massassempre mais fracas que
fortes
para segurar semprejunto
aisto
tudo. Porquerebocr
isto
emcimento, 2 c,m ou outno
....
Não tem força.I
-
E uma rede entreataipae
o reboco?E
-
E tudo charengas.A
massa t€m que ser mais fraca que a parede.I
-
O meu pai
meteu"ma
rede pftástica commeio
decimento,
I
decal e 3 de aeia
brancajoeirada.
E
-
Bom
msim.... Ainda
p'rai
atlofrou isso.Mas com o
cimentojá
sesúe.
Uma
grossuradessas
aqú
[2 cm de cimento] é o mesmo de a gente estar encostado a umpmo
de uma barraca.I
-
Os
cantos eramfeitos
assim,so com
tsra-
Ate
quealtura
se construía assim sem quehouvesse perigo? Porque havia
altras
em que se tinha que porcuúais
emtijolo.
25 E
-
A
gente muitas vezes fazia"m
cuúaláúo
sempÍe emtijolo
:. i -, i: -: ' i.:
i l-! ::':
I
-
Mas era nas oasas mais altas?E
-
Não,
era nas casas a4 m, ou
coisa assim.A
genteiniciava
assim [demonstrou como sedispunha], não enchia o
cmto
tdo
.Faaa
aqui á volta. Por exemplo, dois tijolos daquelesqa
64cm,
sulronh*mos que eÍam2,
e punham+eaqui [apoúou
paÍa as faces, os doistijolos um
àfrente do ouho, a fazer o
cmto
exterior do taipal].I
-
Quer dizer que nãofazim
oscuúais
completos?E
-
Virúa
logo lá
debai:o. O
que era é que qu«rdo começavacom
2, virúradiminuindo
quequmdo
chegavacá
acima só ryarecia
1
assim.Vinha
faze,ndouma escadinha
Resultado,quando continuava com o
outro [taipal],
continuava na mesmaüda:
continuava outravez
comos2,outros2destelado,vinhaumbocadinhoaocentroedepoisos2passavamalemeioeem
cimaerajá
L
I
-
E
naquelesem que
aparec€,m completos, sem escadinhas?Paece
que são todos cheiosComo ali na Firma que é o mois
fino
quejá
ü
aqui naüla.
E
-
lssojá
contacom o dinheiro
que se tem,e
isso contamuito. Mas
os materiais eranx osmesmos. Isso era o Ere expliquei com o cintar. Havia quem cintasse ao meio e só quem cintasse
no princípio do taipal.
I
-
E por falar emprincípio:
então e os caboucos?E
-
Isso dependia dos terrenos como eraÍn e como não eram. Se eram t€menosrijos,
de saibrobom, de boa
qualidade,fazia+e
aí de meio metro, 40 cm, 50. Depois lwantava um pouco mais,sempre para
eütr
as humidades devir
àtaipa.Lâ'tava
apedra agulha que se usava sempre.I
-
Quer dizerçre
aftrndava 40 ou 50 cm, e outras .treres que ficava logo encima da terra.E
-
Nãq
nunca.Tinha
quelevr
sempre rmr alicerceánho parafirmar
aquilo.Mais largo,
até,que a taipa. Se isto [o taipal]
tiúa
50,aqúlo
ia sempre aos 55 nomínimo,
70, que era paraficar
espaço de um lado e outro.
I
-
Acima datenavia-se
a pedra ate que altuÍa?E
-
Via-se ai à volta de 20 cm. Escolhiam-se sempÍe umas pedras boas para chegar e encostar efazerlogo um bocado também
junto.
E
-
Isso era como eu disse. Dependia do te,rre,no. O terreno também tinhainÍluência
Isto depoistiúa
queandr
semprenivelado.
Nib
podia
mda
de
cabeçapra
baixo.
Tiúa
que
adr
sempre nivelado, tal como um alicerce, paranão mudar de sítio. Quando se fosse
fanr
o
qrte
tinha que
andr
logo tudo, mais ou menos, nivelado. Se fosse preciso chegava aqui e mudava deposição e
ia
outra vez. Conformeo
desequilíbrio.A
taipatinha
que começarlogo
direita. Atepodia começtr com um taipal a mais,
se erauma
rua
....
Depois chegava aqure
mudava.Levantava
os taipais
ouEavez
e
mudava [isto é,
oomeçavaoutra fiada]
e
abalava.'Tiís
aperceber?
I
-
Exactamente, percebi.E
-
Nunca devia era chegar a sítios de muitas humidades para evitar a subida das águas. Porqueisto na altura era tema e isso levantava problemas.
I
-
Mastiúam
menos salihe que agordlE
-
Naquelas que tenho ali em cima não vejo salitrres neohumas e tive 20 etal
anosali aviver.
Enem um remendo lhe deitei e é
tudo
de terra etijolo
cru. Efoi feito
pelo meu pai.No
entantotiúa
os alicerces da rua organizados e eratrdo feito
com massas destas iguais, com cal e comuma
misturazinha
E não tem além nenhuma salitrre e estas...Pronto...
E pena é isto: ver coisasboas que só,1ão em
albrúices.
I
-
Tmbem
teínos que ver quem faz isto hoje, as obras de construção.Anügmente
era genteque aprendia logo desde pequeno. É o seu caso e do meu pai.
E-Oteupaiveiopracácomigo...,naçrelaalhna'tavamláuns3ou4moçosaryrende,.Ea
gente tinha bons openários: era
o
meu pat, eÍa o mesteMmel
Chocho- era om6üe
António
emais. Ensinavam de boa vontade e os raipazEs respeitavam. Tudo [todos] o Ere queria erafaznr o
melhor.
Agúan
o patrão e até mesmo a pessoapópria.
Mesmo ateo ryrendiz
oomo
meste.Era
hldo.
Agorajá
não há4rendizes
nem mestÍes,já
não hánada
Até cmsa. E que istofoi
amiúa üda
Na minha famíüajá
vem desde 1930. Eu hgador)
meu pai e se,mpreoom
amiz:d,ea isto e, a ver
seo
meupai
nãome moía
[chateavamúto]
a
ca@4
tentavaser
seNnpÍe omelhor. E consegui ser melhon operário que o meu pai.
A
nossapoütic4
e ensinei isso aos meusfilhos,
a nossa poütioa é o trabalho.A
gente 4,re,ndo atrúalhr
e afanr
e depoisháde
haveralguma recompensa
t
-
Ehaüa
malhos de forma diferenE, oueran
sempÍe assim?E
-
Eram iguais.I
-
E os maços, que são direitos porbaixo?E-Issoéomaço.
I
-
Não se usava disso?E
-
Não, ate porque nem presta para isto. Isso não dá para isto. E bom é para bater a calçada. Sebats
a üerracm
isto lmalho] vai
acalcudo
a
tsrra eo
mqn fozê-a pular.
[Iiâ{e
üzsr
lâ
àprofessor4 que quenx te e,nsinou isso
fui
eu. Atp para farer um aebç
o sistema é o mesmo. Eramfeitas era com rebmhos de boregos. Para
acalcarbw
ateÍra.
I
-
Ora pois, isso nãosúia-E
-
E o
mesmocom o rolo,
que passapor cima e
muitas das vezes sôálcofa
a terrae
nãoaperta[dá um pequeno
ry€rto,
atena ficatipo
almofada]. E isto nâo.I
-
Isto aperta-a mesmo.E
-
fuerta-a
mesmo!? Isto é que vai mesmo fazer isso. Se hr experimentares com um bocado deum barrote largo e se começares assim a bater na
terr4
atarate,nde a saltar e isto aperta.E
-
Isto
sãoos
costeirose
as agulhas, queé
o
que vempor baixo.
As
agulhas sãofiradas
derivado a gente querer, muitas das vezes..., ate o costeiro é chmfrado, se vê que não dá aperto
volta
aocontiário
e
qerta
logo. O sistema éali
da parte de baixo. Sevoltar
rc
contnário4erta
mais.
A
parte do chanfre sobe e desceaqú
na agulha.I
-
Mas parece que aqui ao lado úem outro sistema?E
-
E iggal. E tudoigual.
Só'tá
ao contrário porque isto é só uma coisaproviúria.
Até porquetem os
ferrcs
próprios delas que chqgamaqú
....
Ate
porque a gente quando trabalhava diasnisto
já
vê
osfirros
certose
sabe que eles e,ntramali
e nãofalha nada lsto
agorafoi
assimajeitado de maneira
a
çe
visses sóo
sistema.Mas isto
sobem e desce,m [as agulhas] para oaperto.
I
-
E a medida das aguthas era igual?E
-
A
medida vai em relação aqui ao taipal: 50 cm..I.''.ri..i..:1l.,-.'ii.i'-.::.,::'i=..'.:...:i.,...l',,.,
,r\'.;;.,; :.r\it.;!...t:.::i.i;'. ij,- rIl !:Lr:rr-!iii. üJ;r ! ii:, j:-it'ir:i ._i ii;l il:i.: -i.: i_::il(i Ii.ll,ij: li.ir-iir;i',lliliS,
E
-
Exacto. E os buracosvarim.
Se a gente quiser, por e:remplo,esheitr
para uma taipa de 40cm-
aÍrmja
.ma comporta e tâmbém lá vai.Esteita
isto seqúser.
I
-
Resumindo e concluindo ,nb
hâ medidas c€rtas para as agulhas e pana os taipais. Dependiada taipa que se Erisesse fazsr e se tivesse
rna
comporta.E
-
A
grossura dataip4
se quiser ir para os 60, aume,ntal0
cm, e as agulhas estâo preparadas.I
-
E os costeiros a altura deles...?E
-
E isto Ere aEri está. E esúe siste,ma. Porque sefica
mú
baixo depoisvai
impedir,qumdo
omalho chega aqui a cima, e ele bater nas cordas. Depois de estar cheio chega
aqri
evai
bater,bate na corda. E
istojá
'tava preparado para isso. 'Tás a ver?I
-
Sim, estou a compreenderE
-
E
quanto maisalto melhor
éo
sistemade
segurançadisto.
Mais apertao taipal. E
ali
ocôvado
existe
sempre,que
a gernte quando davaaqú
o
E)erto, deixava semp̀pisar
I
cm,porque as
corrdaspodiam dar
esse centímetrono
aperto.
E
quando chegava,a
genteúé
experimentav4 porque
tinha
que metero
côvado sempre para deixaro furo,
os buracos, parameter as agulhas, quando às vezes deixava um bocadinho mais justo, qumdo chegava
ali
para ofim tinha
quejogar
"mas
malhadas maisfoúes "d'encontro"
[contra] astíbuas
para as cordascederem
rm
bocadinho. Senãojá
não entrava o côvado, E o côvado éónico,
como vês.I
-
Que serápra
entar
e sair bem?E
-
Exactmente.
E para chegar e, a gente jásabe qual é o lado mais estneito que deixa logo paraficar,
eo
outnovai ali
com ummartelq
oomo
cabo do martelo, e dá rrma pancatinha que elesalta logo.
I-Eficavaaquealtura?
E
-
Ficava com esta alürra maisou
melros.A
altura a
que elesficavm
e
depoisficava r.n
buraco
[isto
é:2
ao centro, um em cima e ouEo embaixo,
afazsem força conúa atih:u4
nadirccção do costeiro central; e
outo
em baixo dolado
úrzlra,tmbém
cenhado oom o costeiro.Ficavam aeÊÍcade 5 cm das extne,midades das trábuas].
I
-
Eramúto
pnítico.E
-
Então eu esúoua
dizcr-te, aí 3 homens faziam 12 m de parede [queriaüm
12taipais].
Equando chegava
já
alérn as 4 fiadaspedia*e o
auxílio de maisI
homem.Cda
rm
deitava paraseu lado com aÍi alcofas (naquele tempo niúo havia baldes), subiam além as
escadiúas,
um paraum,
o
outro parao
outno. Enqumto"m
ia
enchero
outro batia epronto
....
Qumdo
chegava àparte de "toca a
desrm af',
chegava aqui[iunto
aotaipal]
o outrc passava para a frente, tirava a§agulhas do meio, meti-as logo que era para o taipal correr na agulha que 'tav4m nos buraoos que
já
lá
'tavam. Tirava-se
a
agulhade
trís
e
passavapüa
a frente.
E
a
pessoa andava alémencantado da
üda,
além em cima.I
-
ReaLnente!E
-
Pois en6o eu sei. Eu gostava disto . E fazia+e gma casa em gande com istoI
-
Pois mas hoje éprwiso
a intervenção de muitas pe$nas nas obras:rEritectos,
e,lrgerúeiros,E
-
Ohpq
entâo isto era preciso algum engerúeiro! E pena é tere,m deixadochegr
o país a umacoisa destas. Dantes ehegava, desde que tivesse tudo em
condi$es,
diziam logo:"'tá
bemfaça-5s".
Agora se quiser fazsrwa
moenga destase for
dízer à Câmara....
nemdeixm.
Por causada
papelada e licençase
seilá
maiso
quê.(...)
E
sôamtmei a escrita [deixei
defúalhar]
porque
tiúa
que andar pagando a este e aqueleÍxlr
causa dos papéis e depois faltava o dinheiropaÍapagtÍ
ao pessoal. Então isto pode ser!?I
-
Reaünente assim torna-se complicado.E
-
E
eu aborreci-me e deixei-me de moengas. Então agoratiúa
que aldrabar o habalho para me virem chatear a cabeça? Nunca tivefeitio
para isso.I
-
E as cordas?Erm
de que material? E-
Eram. de pita. Do cacto. Tiravrm-se daí'I
-
Porque é que tem seguranças dos 2 lados?E
-
Porque a comporta agora trabalha assim, e a gente quando ayaÍrçavarn os taipais, tínhamos quevoltr
os taipais no sentidocontririo
püa
acomporta andar semprenum
lado e do outuojá
não precisava
porque
'tava a terra.Tinha
quedr
avolta
Não sei se 'tás vendo? Aquela partedali
que'iâpxaforapassava
para de,ntro, tanto quetib
trocados.E
-
A
gelrte pegava aquino taipal
[nas pegas«]
meio das tâbuas] e dava avolta
em sentido§onüiírio e
ele avmçavapdra
elroostar sempre. Porque se tivesse dos2lados o
queé
que iaacontecer? Agora daqui ia logo
encostr ali
à t€Nra e ficavalá
a marca dapute
da segurança dacompoÍta
E assim fica bem.Relato
do
§r. António
tr'rancisco
Carraçar,
O?-M-2A082
Aprendeu
emrapaz,
aos 16anoü entusimmado por
doisprimos.
f,'ez a casadde
emtaipq
única que
Íe,
&
raiz
e
tenninou,
€m
finris
da
década
de 50. Nos anos 70
fd
para
aAlemanha aprender
a serpedreiro. Tem
74 anos e, àparte
da estadia naAlemanha, viveu
sempre em §antana,
Portel.
«Enfreüstado
-
Primeiramente abre-se
os
alicerces,
não
é
verdade.
Uma
casa, "por
comparação", úem quatno divisões.
Tem,'trma
comparação", doisçrtos,
nesse te,mpo eram sódois
qurtos,
t,macoziúa
e uma despensa que era para as carnes e coisas dessas.E
na alturaagente
fazialogo
os alicerces, que tinham a mesma largura que a parede, 50 cm...lnterlocutor
-
E tinham sempre a largura da parede?NÍb
se faziarrr,por vezes mais largos?E
-
Não..., o
alicerce, mesmo que fosseum
bocadinho maislargo
não faziamal. O
alicercepodia ficar com 60.
O úcerce
é que é que é a firmezada casa-As
minhas casas, há oasas só deterreno
direito,
nãoé
verdade, mas asminhas...
[estâoimplantdas
num terrenoinclinado
narua, em Santana] Nessa altura agente
ia
úazendoo
alicerce ate enchero
chão.O
chão estavafeito.
Depois nessa alturatirava+e
o nível, depois do chãoestr
feito,
o nível da terra per:aftcarum
bocadinho'b
menos oumenos"
15 cmpor
cimado nível
da terra. Quandoo
chão estrí a desceraqú
[naeúe
idade mais baixa] frca com 50 ou 60.I
-
Exactamente.E
-
Para que çrando começasse abater a taipa o alicerce estar todo de nível.I
-
Quer então dizer que frcava sernpre 15 cm ou mais acima do nível da terra? Se fosse a direitoficava assim?
E
-
Se fosse a direito ficava assim. Ficava com a mesma altura porcima...
Porque depois há oenchimento das casas e o enchimento nunca oonvém
ficar
encima dataipa, tem quefica
e,ncimada pedra. Porque
o
alicerce era pedra nesse te,mpo. E hojejá
tb
far:m
isso, mas nesse tempofazia-se o alicerce em pedra e era a barro, terra.
I
-
E a pedra que se usava era qual?E
-
A pedra era aquela que se araeava ai nesses cabeços. [na serra dePorbl]
I Até ao mometrúo da cntrega dcsh dissertação não foi posdvel obter nenhuma fotograÍia do §r. Antonio Francisco
I
-Não.
I
-
Esúoua
ü76:r isto porque segundo um outro mestre,lá
naVidigueira,
a pedra ques
usavaera a chamada pedra agulha"
E
-
Mas isso é agora.I
-
Não, na alhrra.E
-
Escutelá,
agerrte..I
-
Era o que apanhavam!E
-
Etmbem
frz
alguns alicerces, não para casas de taipa era para casas dessas que agora seus4
onde seia
buscaÍ aViana [do Alentejo],
pedta dessa de mármore, aqueles desperdicios.Que sobrava daquilo e ai é que agente ia buscar pedra
parafaza
esses alicerces. Mas issojá
eraa cimento,
nb
eraabarro.I
-
Os ouhos [das casas de taipa] eram com pedras aqui dos cabeços.E
-
Era o que agente podiaacarer.
E eu tinha que aabrirtoda
E nem toda a terraé boa para ataipa.
I-Equaléamelhor?
E
-
A
melhor úerra para taip a é a tena de"piçara"'
Sabe o que é apiçrra?
E
-
Agentevai
cavr
aqui agora estaterr4
e sefor
cavar bem como também aquela "ohapadd'[encosta] além, não úem
além mais
queé t5
cm
deterra. E
depois esüá aquolaterra
assimencarniçada que agente
vai
cavar e desfaz-se mais em pedras. Isso éEre
é
atena
depiçarr4
essa
é
queé
a terramais práticapüa
a taipa. Esta terra aqui não presta [sem pedra], porquedepois não dá aperto nos taipais. Esta terra
nfu
dá aperb.I
-
Depois de escolheratüÍrao
que é que se fazia antes de se poder aplicar?E
-
Antes de se poder aplicar fazíamos o seguinüe... Olhe esse café ai que estiá àentrzd4
que édo '?astana"
[Pestana],dali,
o"quental" tquinta! foi
baixo,e'barguí'
[cargUei] muitacarada
de
terr4
que €ra boa à mesma.Era
atal
tena de"piçara"
à mesma. Depoisleva+e,
sefor
cavada lá ao pé, houve muitas casas feitas, cava-se a terra mesmo lá denho das
póprias
casas.E
-
Além
mais para baixo,por
onde vossemecê passou, aquela chapada toda, issofoi
tudo
ascasas feitas com a própria terra. Que é a tal terra de
piçara-
Que é a terra que, aléml0
ou
15 cmtem aquela..., gutr dizer,
cava-se.Cava+e
ttstra,
ela oava-se, mas é mais pedra com que éterra. Mas é aquela teira que dá aperto. Ela tem que dm 4erúo. E esta não
dá
qerto.
I
-
E só terra e não dá apeÍto suficiente.E
-
Bem, depois disso, se tínhamos de ter a terra ao pe tinha, se não tinha, tinha que a caregaÍ. Faza'seum
monte, como este aqui [apontouptra
um monte de terra], não é verdade. Depois,punha*e
umas pingas de râgua ou demond4
porque tinha que ter te,mpero para ffis€ntar o maço.Para não pegar e
púa dpütar.
Depois ia passmdo, como éramos..., e,ra o pedreiro e era
outo
que andava a bater taipa com opedreiro e era
oufio
que andavacaregar
isto lá para cima.I
-
Quer dizer qreerm
sótês?
E
-
So três
homens.Noutra etap4
começava assim,começava{e
a
ca:vaÍe
seüesse
umbocadinho mais cedo via-se atsÍrapara
ir
com aquele tempero pa:aarxitar o maçopaa
apefiar.I
-
Mas estava a perguntar abocadiúo
qual era preparação daterrapara saber com que tempode antecedência se preparav4 e se a deixam a repouiar com algum úempo de
antecedênciapua
receber a humidade do clima.
E
-
Se terra estivesseum
bocadinhofresca...,
quer dizer, agente fazia sempre as taipas nestaaltura
de
agoÍa. Em Janeiro, Fevereiro é quecomeçwa
afaznr as taipas- E quando a te,lra tinhaaquela "necessão" de
tq
uma base fresca. Sefor
de Verão,a
ágluae o tempero nunca é aqueleque a terra tem. Se
atsÍraestiver
com aquela fresquidão como tem, *agentemal
a mal dá" umapinga de rágua. Se
for
de Verão não, Um homem "descuida-se" [se sedistrai]
ou leva menos ouela vem de mais. Agora neste tempo ainda se batia taipa.
Bem,
ia*e
passando [a tema], com um enxadão[enxda
grmde, nos meios rurais era símbolo devigorosidadel
oucom ''ma
erumd4via-se
quando elaestav4
maisou
m€,nos,no Empero...
Depois na mudança dos taipais sempÍe
haüa
umbocadiúo
de termo, não é verdade.üzia
rc
outno
lá
em baixoe
depois era sóprepail
atsrapara
o
outno taipala
seguir. Depois era sóchegar e caregar. Mas isso tamUe,m tinham que saber os dois lados, não é verdade.
E
-
Tmto
que um taipal carregava um eouto
taipal carregava outrro. "Sabiam-nos"[súiam
os]dois
perfeitmente
como é que ela estava lá boa.I
-
Quer dizer que iam trocando, não? Nãoeran
sempre os mesmos a fazerumtipo
de trabalho?E
-
Não, não era se,mpre o mesmo que estava acaÍ€gü.
Só algum que não soubesse. E esseçe
niío
soubessequeria
lá
estarum
dia "€nteiÍo" [inteirol,
qlre nesse t€,mpoeram
um
dias"enteiros",
não eram as 8 horasde agora
Quem é que queriamdar
comum
caixote à cabeçaaqui em cima das escadas. As vezes quando
já
er;am 5, 6 oa 7 taipais, como era isso? Como umhomem chega à noite? Por isso é que
haüa
sempÍe .m espaçoali
[tempo de descanso] quandose
mudavamos
taipais,tirar
as agúhas e
meêr
as
agulhaspüa
i
fr€Nrte, sempreleva
umbocadinho. Quem sabia isso,
...
Mas istoaqú tirúa
mais ciência queanda
so lá a bater.I
-
Qumdo
sabim
que a&rra
estava boa?Tinha
alguma tecnioa para saber quejá
estava emoondições?
E
-
Via-se mesmo aterra além ao passar [com a enxada], via-se togo que a terra ligava. Que nãoestava encharcada em rágua nem estava seca. Ia passando. Se
üa
que não estava umbocadiúo
mais branda [mole], dava mais umas "passages".
F-
chegandolâ
wima, esse que estavalá
emcima
diáa logo:'?ssst
é i, dá lá mais uma pas sage."I
-
Porque custavamais abater?E
-
Não
era porque custavamais
a baúer, era porque depois nãoligava
bem. Quandoia
aostaipais, se fosse branda de,mais,
nb
aç,ttat4não sustiúa
nada-I
-
Quando tirava os taipais começava a esfarelr-se?E
-
Pois"atfu".
Caía. E zs5im não, frcava além lisinha como eÚá lá a minha ainda, lisinha'I
-
Os trabalhosdecorrim
em que alturas do mo?E
-
Sefor
uma terra que setinha
que cavar,ir
cavandg
a pessoa era só"dar
à conta" cavar ebater.
Nessaattlr4
sefor propriq
do mesmo
sítío,faz um monte, como
esb
aqui,
não évOrdade,
ou maior, e é
sódar uma
"passage". DepoiSé
sóda'
uma "paSsage",é
só depoiSpreciso mexer.
Agora
se forern carregadaspa:alá,
não as podeit
molhr
láno...
Ali
tem quelevar
mais voltas. Se no Invemo"t€m
vryau,'[te,m te,mpo], cava"- Íx]rque no trnvemoatprraÍtca
logo
boa. Uma passagemou
dum...,
à
vezes não precisalevr
água nenhuma.E
depois emsendo a terra de
"piçarra",
que eu digo que é oom pedramishrada,
...
sefor
terra dessa [a semI
-
Se não havia terra depiçrra
nos quintaistinhm
que a ir buscar a outro lado Eralquer.E
-
Pois.Ali
naVidigueira"
aquele saibro, aqurlovalia
alguma coisapaa
taipas.A
terra daVidigueira
nunca prestou para taipas.Nem presta
Queaquilo
metadeé
saibro.Muitas
vezestêm de
por
rnta carreira delmbazes.
Faziarn um taipal, não é verdade, ecorrinm
'macareira
de lambazes de cada lado, com massa de cal, que nesse tempo não haüa cim€,nto, e depois é que
começava
atsra
aba&Í.
Portanto ainda se vê e,m certas terras, em c€rtas casas, aquela carreirade lambaz em volta. E aqui não [em Smtana].
Aqú
punha*e era
'ma câmadinha de massa e decal, naquele tempo não haüa cimento.
I
-
Era a terra com a cal.E
-
Pois, naquele tempo nãohaüa
aqui cimento. E então fazia+e isso.I
-
E para fazcr as juntas?E
-
Quando wabavaum taipal, não é verrdade, aErilo t€mrna
"tampazinha", à ponta.I
-
Uma comporta?E
-
Uma'tomportazinha", uma'qtmpazinha", uma'bomportazinha".
Purúa-se, quando setirav4
punha-se"ma
camadinha decal, de
aeia
e cal,
ú
pra
depoisa
massa quando caiaftcava
aquilo... aqúlo
só apresentava da parte de fora, não era da parte de dentno.Eraparafaznt
vista, não é verdade. Uma divisão do taipal, mais na.la.
I
-
Era sempre cal que usavam?E
-
Pois, naquele tempo não haüa cimento.I
-Não
digo cimento, vê+e emmútos
sítios que só usavâmter4
ou barro.E
-
Aquilo.
. .,gütr
dizar,nfu
é só isso, é que dava mais"pegmenúo"
à outracmada
de terra,dava mais "pegame,nto".
E
depois...,oõ
erapo;ao feitio,
quando tirava os taipaisüa
aquelacoisa além, e por baixo o outro taipal era
csto.
Não é que desse grandeforç4
não é, masaqúlo
é mais uma especie de
feitio.
I
-
E a úerra que se usava era a do sítio. Não erareia?
E
-
Não, não. Era
reia,
masera
reia
aí
dosbrrancos.
Nesse temponiío havia
aeia
dosareeiros.