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A NATUREZA DA CULTURA

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A NATUREZA DA CULTURA

A cultura se define, segundo a Antropologia Cultural, como o ato voluntário humano que é consciente de sua finalidade; ou seja, trata-se da ação humana consciente de que produzirá resultados.

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TEORIAS DA CULTURA

A concepção evolucionista

aplicada à cultura, responsável pelo assentamento de uma

visão etapista linear, assistia ao surgimento de sua mais severa e consistente crítica.

Esta nova postura teórica deslocou completamente os sentidos gerais da

Antropologia, desde seus objetos, objetivos até o ofício do antropólogo, que passava a ser o estudo de sistemas

culturais particulares, não da identificação de uma cultura universal.

•View of 5 of 7 Inca-era mummies in cave located above village of Coquesa (between Jirira and Chatani)

estimated to be between 1,100 and 1,400 AD. Largest grouping of mummies was of mother and three young children.

•IMAGEM: © George Steinmetz/Corbis •DATA DA FOTOGRAFIA 11 de abril de 2007 •LOCAL Chatani, Potosi, Bolivia

•FOTÓGRAFO George Steinmetz

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O relativismo é radicalmente contrário à tendência universalista do evolucionismo.

Nada a universalizar, tudo a relativizar!

Ocorre que, sendo assim, ao tratar de costumes como o do apedrejamento de mulheres adúlteras no Irã; o estupro aceito e legalizado no âmbito do matrimônio no Afeganistão; a condenação de homossexuais à morte em Uganda; a prática

•00 x 368 - 46k - jpg nyc.indymedia.org/images/2007/09/91275.jpg

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Em termos antropológicos, pode-se entender a cultura como o sistema humano de hábitos ou costumes adquiridos por processos extra-somáticos, difundidos na sociedade por símbolos ou convenções criados nas dinâmicas de

adaptação do indivíduo ao meio ambiente.

Essa definição ganhou corpo teórico na década de 1930, a partir da obra de Franz Boas e Bronislaw Malinowski, que romperam com o evolucionismo linear assumido pela

Antropologia por meio das teses de Spencer, representante máximo do darwinismo social e que postulava que o

Homem evoluiria do estágio de barbárie ao estágio de civilização.

American Anthropologist Franz J. Boas with Ashton Talbott

•IMAGEM: © Bettmann/CORBIS •DATA DA FOTOGRAFIA ca. 1940s •COLEÇÃO Bettmann

MALINOWSKI, Bronislaw.

Argonautas do Pacífico Ocidental. Coleção Os

Pensadores. São Paulo: Abril, 1977.

Artigo: PALTRINIERI, Anna Casella;

“Imigração, raça e cultura: o ensinamento de Franz Boas”; Revista Outros Tempos

-UFMA. ISSN 1808-8031; vol.6, no.7, São Luís, Jul. 2009 (disponível no sítio:

http://www.outrostempos.uema.br/vol.6.7.pdf/Anna %20Casella%20Paltrinieri.pdf).

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A resposta da Antropologia para a questão da diversidade cultural é o

aprendizado, que se dá por sua vez por meio de relações culturais especificas.

Por meio da educação o indivíduo é introduzido ao mundo ou, se quisermos ser mais profundos, é humanizado.

Por meio da educação transmitem-se saberes que explicam (cada qual a sua forma) o mundo e o Homem, bem como o papel do Homem no mundo.

Diferentes povos desenvolvem diferentes formas de transmitir seus saberes ou

diferentes formas de educar, processo no qual são transmitidos repertórios culturais inteiros. Family Eating Cookies •IMAGEM: © Ken Seet/Corbis •COLEÇÃO Flame

Não é nem a genética e nem o meio geográfico que determinam o

comportamento dos povos e suas

diferenças; mas a cultura, por sua vez

distinguida por conta da diversidade de

experiências de

aprendizado verificáveis em diferentes povos.

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ETNOGRAFIA RURAL E ETNOGRAFIA URBANA

O termo ethno, do vernáculo grego, significa nação, povo, o que implica em:

•traços biotípicos, •cultura e

•relação com um território.

Recorrendo também à etimologia e já sabendo que

ethno se refere a povo, o termo grego graphein

designa ato de escrever.

Seria então o ato de registrar de forma escrita as características de um povo.

Na Antropologia cultural, a Etnografia é o método de coleta de dados sobre um determinado povo. Hammersley, M. & Atkinson, P. Ethnography Principles

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Grupos sociais simples e do tempo presente contrapõem-se à complexidade dos grandes centros urbanizados, constituindo o que chamamos de sociedades rurais.

Enquanto nas cidades encontram-se dinâmicas complexas, nas sociedades rurais temos estruturas sociais de tipo simples; enquanto nos centros urbanizados temos densos processos de ocupação do espaço, nas comunidades rurais a natureza está muito mais presente, bem como a interação do Homem com o meio natural é muito mais enfática.

ETNOGRAFIA RURAL

A etnografia urbana, como o próprio nome pressupõe, se ocupa de sociedades

urbanizadas, ou seja, de tipo complexo, cujo grau de institucionalização pressupõe alto grau de burocratização e de racionalização de leis e procedimentos, complexa divisão do trabalho social e de processos produtivos, bem como um modus vivendi

completamente distinto de outras sociedades com configurações menos complexas. Trata não só de sociedades urbanas acabadas; mas do processo de complexização que acompanha a urbanização nas grandes metrópoles contemporâneas e suas rápidas transfigurações.

Os estudos de etnografia urbana, por suja vez, dividem-se em duas correntes

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COTIDIANO, MODERNIDADE, ETNICIDADE E

EXCLUSÃO SOCIAL NAS GRANDES CIDADES

É importante salientar que o estudo desse período, no que tange às

mudanças sofridas pela cidade até a década de 1950, não se trata apenas do estudo de blocos frios de concreto, de prédios que foram construídos ou demolidos no interesse da especulação imobiliária nas mãos dos ricos de um lado, segurando dinheiro, e de

miseráveis do outro, segurando tijolos, pás de cimento e uma marmita.

Estudar a cidade nesse período é

estudar pessoas que durante décadas foram subtraídas da pesquisa histórica, das fotografias de época e dos jornais que circulavam.

•Este rapaz na foto era um dos últimos sobreviventes da chacina da Candelária, mas acabou sendo morto também pela polícia

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É a mesma repulsa para períodos distintos, mas que estão conectados pela

História dos processos de ocupação do espaço na São Paulo do século XX, chegando-nos parte de seus resultado s

inconclusos neste início de século XXI, conectados por uma trama de relações

sociais desiguais, injustas, e de exploração, numa antagônica sociedade de classes.

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GLOBALIZAÇÃO, ESPAÇO E GRUPOS SOCIAIS

Egdar Morin elenca as principais mazelas humanas que impedem a compreensão:

• etnocentrismo; • autojustificação; • self-deception; •possessões; •reduções; •talião ou vingança.

Artigo: MORIN, Edgar; “Por uma

globalização global”, disponível no link:

http://www.globalizacion.org/biblioteca/MorinGPlural.h tm.

•No dia 12 de Março de 1930,

Mahatma Gandhi e vários discípulos iniciaram a marcha em protesto ao domínio inglês na Índia. A caminhada de quase 400 quilômetros tornou-se conhecida como Marcha do Sal.

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A violência nas grandes metrópoles é uma triste realidade, sendo possível, em termos sociológicos, identificar seus principais motivadores causais:

•o acentuamento das contradições do capitalismo;

•o gozo de direitos restringido a uma parcela privilegiada da sociedade; •a má distribuição de renda;

•um sistema prisional que não reeduca, que desumaniza, bestializa ;

•400 × 260 48k jpg -www.jornalore bate.com/25/26 620060516182 35515B... •Veja abaixo a imagem em:www.jornal orebate.com/co lunistas2/giu3.h tm

•a corrupção de parte do poder público ;

•deixar de afirmar o Estado que, como disse o filósofo

francês Michel Foucault (1926-1984), apenas vigia e pune.

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www.cruzeirodosulvirtual.com.br

Campus Liberdade R. Galvão Bueno, 868 01506-000 São Paulo SP Brasil Tel: (55 11) 3385-3000

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