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MARIA GABRIELA GUAL REZENDE MAYARA MARCELA GABRIEL DOS SANTOS

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1 PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS

MARIA GABRIELA GUAL REZENDE MAYARA MARCELA GABRIEL DOS SANTOS

CLÍNICAS DE MAIOR DEMANDA PARA DOSAGEM DE MICROALBUMINÚRIA NO HCFMRP-USP E SUAS HIPÓTESES

DIAGNÓSTICAS

Ribeirão Preto 2017

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2 PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS

MARIA GABRIELA GUAL REZENDE MAYARA MARCELA GABRIEL DOS SANTOS

CLÍNICAS DE MAIOR DEMANDA PARA DOSAGEM DE MICROALBUMINÚRIA NO HCFMRP-USP E SUAS HIPÓTESES

DIAGNÓSTICAS

Monografia apresentada ao Programa de Aprimoramento Profissional/CRH/SES-SP, elaborada no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo – USP/ Departamento de Apoio Médico (DAM) Área: PAP Análises Clínicas. Orientadora: Tânia M B Trevilato Supervisora Titular: Tânia Maria Beltramini Trevilato

Ribeirão Preto 2017

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3 AGRADECIMENTOS:

Agradecemos primeiramente a Deus que nos iluminou, aos nossos pais e marido, por todo amor e paciência.

Aos supervisores Marines Ferrassino, Tânia Trevilato e todos colaboradores dos laboratórios por onde passamos, pela oportunidade que nos foi oferecida.

“ Caminhante não há caminho, se faz o caminho ao andar.”

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4 RESUMO

A Microalbuminúria é a excreção urinária de albumina na ausência de infecção urinária ou de doenças agudas. Muito utilizada como teste prático para a detecção alguns problemas de saúde. O achado mínimo de albumina na urina é muito usado para avaliar a função renal. A relação albumina/creatinina na primeira micção da manhã é recomendada para a monitorização da função renal, e sua detecção primária é de grande importância na prevenção ou no avanço de uma doença renal crônica. Microalbuminúria pode ser dosada tanto na excreção de urina de 12 horas noturna (dificil coleta), como na primeira micção da manhã fazendo assim sua relação com a creatinina. Neste último tipo de amostra, existe um menor número de erros pré-analíticos. Nosso objetivo foi estabelecer as clínicas que solicitaram a dosagem de Microalbuminúria com maior demanda através do LIS (Sistema Informatizado Laboratorial) no Setor de Fluidos Orgânicos do Laboratório Central de Patologia Clínica HCFMRP-USP nos meses de março e abril de 2016. Podemos observar das três clínicas de maior demanda para solicitação de dosagem de Microalbuminúria, encontramos Endocrinologia com 78,52%, a Nefrologia com 11,41% seguida da Cardiologia com 10,07% e essas clínicas tem como maiores números de hipóteses diagnósticas respectivamente, diabetes Mellitus, doença renal crônica e hipertensão arterial nos seus atendimentos.

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5 LISTA DE ABREVIATURAS

HCFMRP-USP - Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

LIS - Sistema de Informatização Laboratorial MAlb - Microalbuminúria

DRC – Doença Renal Crônica DM – Diabete Mellitus

DM1 - Diabete Mellitus tipo 1 DM2 - Diabete Mellitus tipo 2 DCV – Doença Cardiovascular ACR – Albumina/Creatinina Relação HA – Hipertensão Arterial

OMS - Organização Mundial da Saúde ADA - Associação Americana de Diabetes

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6 LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Fatores de risco cardiovascular comuns a Microalbuminúria...13 Quadro 2: Total de clínicas que solicitaram a dosagem de Microalbuminúria no perído de março a abril de 2016 no Setor de Fluidos Orgânicos do Laboratório Central de Patologia Clínica HCFMRP-USP...20

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7 LISTA DE TABELA

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8 LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Análise percentual das clínicas solicitaram de Microalbuminúria nos meses de março e abril de 2016...21

Gráfico 2: Clínica de maior demanda que solicitaram dosagem quantitativa de proteína na urina, no período de março e abril de 2016...21

Gráfico 3: Correlação entre o pedido de exame, a clínica e a hipótese

diagnóstica...22 Gráfico 4: Correlação entre clínica de Nefrologia, com as doenças

relacionadas com a solicitação de Microalbuminúria...23 Gráfico 5: Correlação entre a clínica de Cardiologia com as doenças,

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9 SUMÁRIO

1.0 INTRODUÇÃO...10

1.1 Microalbuminúria...12

1.1.1 A importância clínica da Microalbuminúria...12

1.2 Nefropatia Diabética...14 1.3 Doença Cardiovascular...15 1.4 Hipertensão Arterial...16 2.0 OBJETIVO...18 3.0 MATERIAS E MÉTODOS...19 4.0 RESULTADOS...20

4.1 Quadro 2: Total de clínicas que solicitaram a dosagem de Microalbuminúria no perído de março a abril de 2016 no Setor de Fluidos Orgânicos do Laboratório Central de Patologia Clínica HCFMRP-USP...20

4.2 Análise percentual das clínicas solicitaram de Microalbuminúria nos meses de março e abril de 2016...21

4.3 Clínica de maior demanda que solicitaram dosagem quantitativa de proteína na urina, no período de março e abril de 2016...21

4.4 Correlação entre o pedido de exame, a clínica e a hipótese diagnóstica ...22

4.5 Correlação entre clínica de Nefrologia, com as doenças relacionadas com a solicitação de Microalbuminúria...23

4.6 Correlação entre a clínica de Cardiologia com as doenças, relacionadas com a solicitação de Microalbuminúria...24

5.0 DISCUSSÃO/CONCLUSÃO...25

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10 1.0 INTRODUÇÃO

As funções primordiais do rim são o equilíbrio do volume, composição e concentração dos líquidos orgânicos, ou seja, a homeostase.

Os rins são órgãos excretores, os quais, possuem cerca de 1 bilhão de néfrons e tem a função de filtrar o sangue. Retira destas substancias indesejáveis durante sua passagem pelo rim, ao mesmo tempo que retém todas as substancias que ainda são necessárias ao corpo.

As proteínas do sangue, como albuminas e imunoglobulinas, ajudam na coagulação, no balanço dos fluidos corporais e na luta contra infecções.

Os glomérulos são carregados negativamente, então eles repelem as cargas negativas das proteínas. Assim, o tamanho e a carga destas impendem que elas passem para a urina. Porém, quando os glomérulos estão danificados proteínas de vários tamanhos passam através deles e são excretadas na urina.

Nosso sangue é composto por glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plaquetas e o plasma, que corresponde aproximadamente 55% da composição saguínea humana.

O plasma sanguíneo que possui um aspecto amarelado, tem várias funções, dentre elas, manutenção da pressão osmótica do sangue; atuação, através dos anticorpos, no sistema de defesa do organismo e formação dos coágulos sanguíneos, sendo composto por: 91% de água, 7% de proteínas e 2% de solutos não proteicos.

Existem três principais tipos de proteínas plasmáticas, as globulinas, o fibrinogênio e a albumina a qual se encontra em maior porcentagem, onde, cada uma tem sua devido função (M.C. Riella, 2016).

Albumina é uma proteína do plasma humana, sendo cerca 60% das proteínas totais do plasma. É sintetizada no fígado em velocidade dependente da ingestão proteica, mas é sujeita a regulação por retroalimentação. Sua meia vida é de 15 a 19 dias.

Sua estrutura é composta por cargas negativas, centro hidrofóbico e periferia hidrofílica.

Tem como principais funções: auxiliar com efeito osmótico do plasma, um dos fatores que regulam a distribuição apropriada de água entre os compartimentos intra e extracelulares e sua redução resulta em edema; atua

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11 no transporte e armazenamento de vários compostos, muito dos quais, pouco solúveis em água; também permite que ocorra a concentração plasmática de diversas substâncias, tais como cálcio, alguns hormônios, também se ligam fortemente à albumina.

Figura 1 Albumina: Estrutura terciária Fonte: Quinlan et al, 2005

Em indivíduos normais, proteínas de baixo peso molecular, ou seja, inferior a 10 mil dáltons e uma pequena quantidade de albumina conseguem passar pela membrana basal do filtro glomerular, que é extremamente delicado, porém são reabsorvidas pelo túbulo proximal. Algumas dessas (incluindo a albumina) podem ser excretadas em pequenas quantidades na urina e não são detectadas pelo exame de urina simples de fita, mas apenas por métodos cromatográficos.

A excreção de tipos específicos de proteínas, tais como albumina ou de baixo peso molecular globulinas, depende do tipo de doença renal, que está presente, então quando se tem um persistente aumento de excreção de proteína na urina é chamado de microalbuminúria, ou seja, presença de pequena quantidade anormal de albumina na urina, isso acontece quando tem alguma pequena lesão no rim, ou então doença renal, sendo assim, um marcador de danos nos rins.

Essa alteração apresenta especial interesse em pacientes com risco de desenvolver doença renal crônica (DRC), como portadores de hipertensão

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12 arterial, diabetes mellitus (DM), pois sua presença é um marcador de nefropatia incipiente, além de doenças autoimunes, indivíduos com história familiar de doença renal e indivíduos com mais de 60 anos.

Em indivíduos não diabéticos é também um marcador precoce de doença renal e se associa a maior risco de doença cardiovascular (DCV). Valores superiores a 200 µg/min são chamados de proteinúria. Nesse nível, o exame da fita já detecta a eliminação anormal de proteína.

A detecção e monitorização da proteinúria em adultos e crianças diferem por causa das prevalências e tipo de doenças renais crônicas, por isso é necessário medir excreção urinária de proteínas pois é um marcador sensível de muitos tipos de doenças renais iniciais para estágios avançados.

1.1 Microalbuminúria:

Microalbuminúria é definida como excreção urinária de albumina entre 18 e 200 µg/min, na ausência de infecção urinária ou de doenças agudas. Muito utilizada como teste prático para a detecção de doenças, tanto na prática clínica e no campo científico, por refletir danos renais (

Nefropatia-diabetica-nd-a-importancia-da-dosagem-da-microalbuminuria 2016).

A relação albumina/ creatina (ACR) na urina varia com a idade e sexo. Aumenta com a idade é maior em mulheres do que em homens. Exercício físico, febre e postura podem aumentar a excreção urinária de albumina.

A albuminúria é amplamente usada para a medição da função renal, por ser a proteína mais abundante na urina em casos de danos renais. A proporção de albumina e creatinina na primeira micção da manhã é altamente recomendável para a monitorização da função renal em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e para qualquer doença renal crônica.

1.1.1 A importância clínica da microalbuminúria

Já se reconhece a associação da microalbuminúria com o aumento de mortalidade de todas as causas entre os indivíduos hipertensos, podendo esta ser um marcador de prognóstico ruim. Em relação à incidência e à mortalidade cardiovascular, esta vem apresentando uma correlação independente da

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13 presença de outros importantes fatores de risco, como hipercolesterolemia, tabagismo e hipertensão. Todavia, ainda é sugerida a relevância clínica da microalbuminúria como um forte indicador de risco entre os indivíduos hipertensos (Jager et al., 1999).

A microalbuminúria relaciona-se com inúmeras variáveis demográficas e clínicas como idade, sexo, raça, hiperglicemia, hiperlipidemia (Grippa, 2002), como uma expressão da resistência à insulina, hipertensão, obesidade, hipertrofia ventricular esquerda, tabagismo, hábito alimentar, entre outras. Praticamente todos os fatores de risco cardiovasculares estão relacionados a microalbuminúria (Quadro I). Estes fatores, porém, não explicam por completo as discrepâncias existentes na excreção de albumina urinária, levando ao fortalecimento de hipóteses de que outro(s) fator(es) ainda desconhecido(s) poderia(m) ser mais importantes na patogênese da microalbuminúria e sua relação com as doenças cardiovasculares (Grippa, 2002). Além disso, recentes dados apoiam a microalbuminúria como um marcador de prognostico para o risco cardiovascular e /ou renal (Bigazzi et al., 1998; Jensen et al., 2000; Jager et al., 1999; Roest et al., 2001).

Quadro 1: Fatores de risco cardiovascular comuns a Microalbuminúria

Obesidade Central Resistência a insulina

Baixos níveis de LDL-colesterol Elevados níveis de triglicerídeos Hipertensão sistólica

Ausência de redução na pressão arterial Sensibilidade ao sal

Sexo masculino

Aumento no estresse oxidativo cardiovascular Função endotelial prejudicada

Perfil de coagulação / fibrinolítico anormal Adaptado: Sowers et al., 2001

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14 Redon et al. (2002) encontraram uma taxa de incidência de microalbuminúria para pacientes em tratamento hipertensivo, num valor de 4,1 por 100 pacientes-ano e verificaram que os principais fatores que influenciam na ocorrência de microalbuminúria durante tratamento com anti-hipertensivo são os valores iniciais de microalbuminúria, os níveis da pressão sistólica e a glicemia de jejum. Assim, tornam-se fundamental o alcance tanto do melhor controle da pressão arterial, quanto da glicose para evitar a microalbuminúria.

Para prevenção da ocorrência da microalbuminúria, a pressão arterial precisa ser reduzida o máximo possível e os fatores que prejudicam o metabolismo de glicose, controlados (Redon et al., 2002).

1.2 Nefropatia diabética:

Nefropatia diabética é uma doença renal que parece como resultados de DM, por sua vez é uma doença metabólica das mais prevalentes no mundo ocidental. Suas elevadas taxas de incidência, prevalência e mortalidade conseqüentes às complicações crônicas têm sido motivo de alerta para a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Nefropatia diabética é uma complicação importante do diabetes pois acomete cerca de 30 a 40% dos pacientes, está associada a um aumento da mortalidade e evolui para a perda progressiva da função renal, necessitando o uso de medidas de reposição da função renal. A presença de microalbuminúria está associada aos mesmos fatores de risco da nefropatia diabética e também à resistência insulínica e síndrome metabólica. Portanto marcadores de nefropatia diabética estão sendo enfaticamente procurados e a presença de microalbuminúria, isto é, um aumento da excreção urinária de albumina acima de 20 µg/min e menor do que 200 µg/min, é um dos fatores predisponentes mais estudados.

Existem dois métodos diferentes de coleta de urina, pela manhã, para análise da ACR, e utilizando-se a excreção de albumina noturna, ou seja, aquela colhida 12h noturna.

Para uma análise quantitativa, a amostra de urina colhida pela manhã (razão albumina/ creatinina mg/g) pode ser utilizada em substituição aquela obtida com a urina colhida durante a noite. Existe, no entanto, considerável

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15 variação intra-individual, o que indica a necessidade de exames repetidos para a confirmação da presença de nefropatia diabética incipiente. Os valores considerados de referência são: Para a amostra matinal ACR = 30 mg/g creatinina; para a amostra noturna – entre 20 e 200 µg/min. Entretanto, precisa-se de urina estéril e com ausência de atividade física para a precisão do exame.

Evidências histopatológicas e experimentais sugerem que a dislipidemia pode iniciar e contribuir para a progressão da nefropatia, sendo os mecanismos implicados semelhantes aos envolvidos na aterosclerose; por outro lado, a perda urinária de albumina pode levar a elevação dos níveis plasmáticos das lipoproteínas.

De acordo com a Associação Americana de Diabetes (ADA - American Diabetes Association), o padrão ouro para mensuração da microalbuminúria é a excreção de albumina da urina de 12 horas (American Diabetes Association, 2001). Porém, um método mais conveniente é a relação albumina (µg) / creatinina (mg) (ACR) (Keane & Eknoyan, 1999). Atualmente, a National Kidney Foundation recomenda a utilização da ACR obtida através de condições padrões para detecção da microalbuminúria. A ACR é um teste mais conveniente para os pacientes e pode ser menos propenso a erros devido a métodos de coleta imprópria e variações na excreção de proteína de 24 horas (Keane & Eknoyan, 1999).

1.3 Doença cardiovascular

A microalbuminúria é, atualmente, considerada um indicador de risco cardiovascular, ocorrendo frequentemente associada a outros fatores de risco aterosclerótico e podendo representar o marcador renal do aumento generalizado da permeabilidade endotelial que acompanha o processo aterogênico.

Pouco se conhece sobre o mecanismo que une microalbuminúria e a doença cardiovascular. Entretanto, há um crescente suporte de que a microalbuminúria é um reflexo do processo arterial generalizado, que afeta o glomérulo, a retina e a tunica intima que é o revestimento do sistema vascular dos grandes vasos simultaneamente. Sendo assim, o extravasamento de

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16 albumina pela membrana glomerular pode ser um marcador de aterosclerose pré-clinica (Roest et al., 2001) e ocorre devido, ou ao menos em parte, a um aumento na ultrafiltração glomerular de proteínas (Chelliah et al., 2002).

1.4 Hipertensão Arterial (HA)

A HA é definida tanto na literatura médica quanto na língua portuguesa como uma “pressão ou tensão arterial anormalmente alta” (Ministério da Saúde, 2004). Do ponto de vista fisiológico, a pressão arterial é produto do débito cardíaco e a resistência vascular periférica (Gonçalves et al., 2000).

Os níveis de pressão variam de indivíduo para indivíduo, e em um mesmo indivíduo, ao longo do tempo, dependendo por exemplo, de condições fisiológicas, intrínsecas ao indivíduo e fatores extrínsecos, externos ou ambientais (III MAPA / I MRPA, 2001).

Tornou-se alvo da atenção de pesquisadores na medida em que se demonstrou ser um fator de risco predisponente ao desenvolvimento de complicações como a insuficiência renal e as doenças cardiovasculares, principalmente o infarto do miocárdio e os acidentes cerebrovasculares (Beers & Berkow, 2004).

A HA é reconhecida como um problema de saúde pública, com elevados indicadores de morbimortalidade, afetando principalmente as pessoas com faixa etária mais elevada. Cada vez mais, porém, atingindo também adultos jovens, de ambos os sexos.

A presença de sinais de lesão de órgão confere um aumento no risco cardiovascular a qualquer nível de pressão sanguínea. Sinais objetivos de lesão de órgão-alvo incluem hipertrofia ventricular esquerda, microalbuminúria e ligeira elevação da concentração de creatinina plasmática (European Society of Hypertension, 2003).

O aumento na excreção de albumina urinária está associado com uma maior incidência de eventos cardiovasculares em pacientes hipertensos (Jensen et al., 2000, Jensen et al., 1997; Bigazzi et al., 1998), independente da presença de diabetes (Borch-Johnsen et al., 1999; Mogensen, 1999; Keane, 2000; Weinstock & Keane, 2001), onde esse aumento pode ainda ser um

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17 indicador mais forte para eventos cardiovasculares futuros do que a pressão arterial sistólica ou o colesterol sérico (Ljungman et al., 1996).

A detecção da microalbuminúria é uma importante ferramenta na identificação de pessoas que apresentam um risco elevado para eventos cardiovasculares, progressão de doença renal e indivíduos que necessitam de uma terapia mais agressiva comparada com indivíduos com uma taxa de excreção de albumina normal (Keane & Eknoyan, 1999).

A relação da amostragem de urina com creatinina para avaliar microalbuminúria visa um método com menos erros pré analíticos. Facilita a coleta do material, diminuindo assim a possibilidade da perda de uma das micções necessárias para uma dosagem de microalbuminúria Noturna 12 h.

Devido grandes importâncias clínicas associadas a microalbuminúria justificamos o interesse em se realizar esse exame mais simplistamente, sem grandes riscos da coleta noturna . Tabular alguns dados não documentados no Laboratório Central de Patologia Clínica do HCFMRP-USP em relação a hipótese diagnóstica dessas dosagens e as clínicas que mais solicitam exame, irá auxiliar num intuito principal que será as mudanças no procedimento operacional de coleta da urina.

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18 2.0 OBJETIVO

Correlacionar as dosagens de Microalbuminúria com as clínicas de maior demanda e suas hipóteses diagnóticas no Setor de Fluidos Orgânicos do HCFMRP-USP.

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19 3.0 MATERIAIS E MÉTODOS

O estudo dos dados foi realizado no Setor de Fluidos Orgânicos do Laboratório Central de Patologia Clínica HCFMRP-USP por dois meses consecutivos. Recebemos em média mais de 200 amostras bimestrais e através do LIS ( Sistema de Informatização Laboratorial) pudemos fazer o levantamento da rotina, as clínicas de maior demanda para a dosagem da substância (albumina), no período de março e abril de 2016.

A metodologia utilizada no Setor de Fluidos Orgânicos do Laboratório Central de Patologia Clínica HCFMRP-USP é colorimétrica ( comprimento de onda 340 nm) através do kit Microalbumina Turbitest AA da empresa Wiener lab, realizada no equipamento CB350i.

As amostras coletadas de urina de 12 horas noturna são analisadas diariamente no Setor de Fluidos Orgânicos, podendo ser armazenadas até -20°C onde se mantem estável por 3 dias como é demosntrado no kit.

Valores de Referência da Excreção Urinária de Albumina.

mg/24h µg/min (12h) mg/g de creatinina

Microalbuminúria 30-300 20-200 30-300

Um individuo com valor designado normal tem uma excreção de albumina menor que 20 ug/min.

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20 4.0 RESULTADOS

4.1 Quadro 2: Total de clínicas que solicitaram a dosagem de Microalbuminúria no perído de março a abril de 2016 no Setor de Fluidos Orgânicos do Laboratório Central de Patologia Clínica HCFMRP-USP.

CLINICA TOTAIS PORCENTAGEM

ACIDENTE OCUPACIONAL PROFISSIONAIS DA SAUDE 1 0,48

CARDIOLOGIA 15 7,18

CIRURG CAB PESC 1 0,48

CLINICA DE INSUFICIENCIA CARDIACA 1 0,48

CLINICA MEDICA SPE 7 3,35

CLINICA PARTICULAR 4 1,91

DOENÇA HEPATICA 1 0,48

DOENÇAS NEURO-VASCULAR 1 0,48

DOENÇAS OSSEAS METABOLICAS 2 0,96

ENDOCRINOLOGIA 117 55,98 GASTRO MEDICA 4 1,91 GERIATRIA 4 1,91 HEMATOLOGIA 2 0,96 HEPATITE 1 0,48 HIPERTENSAO 4 1,91 MASTOLOGIA 2 0,96 NEFROLOGIA 17 8,13 NEUROGENETICA 5 2,39 NEUROLOGIA 1 0,48 NUTROLOGIA 2 0,96 CONVENIO 11 5,26 PEDIATRIA 1 0,48 TRANSPLANTE M. O. 4 1,91 UROLOGIA 1 0,48 TOTAL 209 100

(21)

21 4.2 Análise percentual das clínicas solicitantes de Microalbuminúria nos meses de março e abril de 2016.

De acordo com os dados referentes ao gráfico acima no período de março a abril de 2016, do total de 209 testes, 117 (55,98%) das amostras pertencem à Clínica de Endocrinologia.

4.3 Clínicas de maior demanda que solicitaram dosagem quantitativa de proteína na urina, no período de março a abril de 2016

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22 No gráfico acima visualizamos as três maiores demandas clinicas para pedidos de MAlb, notando-se que a clínica predominante endocrinologia, segue-se da nefrologia, e por fim à cardiologia.

Clinica Total de amostra Porcentagem (%)

Cardiologia 15 10,07%

Endocrinologia 117 78,52%

Nefrologia 17 11,41%

149 100%

4.4 Correlação entre o pedido do exame, clínica e a hipotese diagnóstica.

De acordo com o gráfico, dos pedidos pela clínica de endocrinologia, há uma predominância de solicitação em pacientes com DM2, dos 118 pedidos 43,22% são pacientes com essa hipótese diagnóstica.

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23 Endocrinologia N° de amostra Porcentagem (%)

DM 26 22,03%

DM1 32 27,12%

DM2 51 43,22%

Controle 9 7,63%

118 100%

4.5 Correlação entre clínica de nefrologia com as doenças relacionadas com a solicitação de Microalbuminúria.

Observamos pelos dados maior solicitação em pacientes com doença renal crônica, seguido de pacientes com Diabetes, quando os pedidos vêem da clínica de Nefrologia

Nefrologia N° de Amostra Porcentagem (%)

DRC 8 47,06%

DM 4 23,53%

Outros 5 29,41%

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24 4.6 Correlação entre a clínica de Cardiologia com as doenças, relacionadas com a solicitação de Microalbuminúria.

De acordo com o gráfico é observado uma maior solicitação em pacientes com hipertensão 60%, seguido de pacientes com Diabete Mellitus 26,67.

Cardiologia N° de Amostras Porcentagem (%)

Hipertensão 9 60,00%

DM 4 26,67%

Outros 2 13,33%

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25 5.0 DISCUSSÃO/CONCLUSÃO

No periodo amostral podemos observar das três clínicas de maior demanda para solicitação de dosagem de Microalbuminúria, encontramos Endocrinologia com 78,52% dos pedidos, apresentam alto percentual de pacientes com diabetes Mellitus nas suas hipóteses diagnósticas, a Nefrologia com 11,41% sendo a clínica que atende maioria dos pacientes com doença renal crônica e em seguida a Cardiologia com 10,07% dos pedidos de exames com grande parte dos pacientes apresentando na sua HD hipertensão arterial. Concluimos que para uma avaliação de mudança no Procedimento Operacional do Setor de Fluidos Orgânicos, que pretende analisar a microalbuminúria de amostra de urina (Ratio - ACR) ao inves de Microalbuminúria noturna (amostra de 12H) é válida a verificação destes dados. Num próximo trabalho sugerimos que em conjunto com essas clínicas estabelecidas, se faça um estudo de correlação para comparar as dosagens de microalbuminúria com os dois procedimentos da coleta de urina e se verifique se o diagnóstico é realmente o previsto das hipóteses diagnósticas.

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26 6.0 REFERÊNCIAS

PICCIRILLO, Laura J.; CUNHA, Edna F.. Microalbuminúria em Pacientes Diabéticos Tipo 1: Prevalência e Fatores Associados. Arq Bras Endocrinol Metab, Rio de Janeiro, v. 46, n. 6, p.620-640, jul. 2002

M.C. Riella. O RIM E SUAS FUNÇÕES: Quais as funções dos rins?. Disponível em: <http://www.pro-renal.org.br/renal_01.php>. Acesso em: 10 ago. 2016.

NEFROPATIA Diabética (ND): A importância da dosagem da microalbuminúri. Disponível em: <http://www.fleury.com.br/saude-em-dia/artigos/Pages/nefropatia-diabetica-nd-a-importancia-da-dosagem-da-microalbuminuria.aspx>. Acesso em: 12 ago. 2016

MICROALBUMINðRIA e relação microalbuminúria/creatinina. 2011. Disponível em: <http://www.labtestsonline.org.br/understanding/analytes/microalbumin/tab/test/>. Acesso em: 08 ago. 2016.

MENDES1, Renata de Souza; BREGMAN2, Rachel. Avaliação e metas do tratamento da proteinúria. Rev Bras Hipertens,Rio de Janeiro, v. 17, n. 3, p.174-177, 14 ago. 2010.

PLASMA Sanguíneo: O que é, funções, composição, importância no corpo, albuminas, globulinas, proteínas plasmáticas, resumo, características, onde é produzida. O que é, funções, composição, importância no corpo, albuminas, globulinas, proteínas plasmáticas, resumo, características, onde é produzida. Disponível em: <http://www.todabiologia.com/anatomia/plasma_sanguineo.htm>. Acesso em: 10 jul. 2016.

URINE Albumin-to-Creatinine Ratio (UACR): In Evaluating Patients with Diabetes for Kidney Disease. In Evaluating Patients with Diabetes for Kidney Disease. Disponível em: <https://www.niddk.nih.gov/health-information/health-communication- programs/nkdep/a-z/quick-reference-uacr-gfr/Documents/quick-reference-uacr-gfr-508.pdf>. Acesso em: 07 jul. 2016.

CRUZ, Jenner Cruz Helga Maria Mazzarolo. Microalbuminúria na hipertensão essencial. Cruz Hmm e Col, São Paulo, v. 5, n. 4, p.242-247, out. 19982

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Referências

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