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Apresentação. 4 Metodologias ativas

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Academic year: 2021

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Apresentação

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Sonia M. Vanzella Castellar

Paula Cristiane Strina Juliasz

Estevolume propõe uma análise do uso de diferentes linguagens imagé-ticas, em sala de aula, fundamentada em bases teóricas que permitem desenvolver propostas de atividades envolvendo diferentes imagens, fixas ou não, para estimular a construção dos saberes escolares e desenvolver a capacidade leitora e escritora dos alunos.

A intenção é explorar e discutir como é possível, a partir de aportes dos princípios da construção do conhecimento, estimular crianças, jovens e adultos a se envolver com a construção do seu próprio conhecimento.

O uso das diferentes linguagens imagéticas como estratégia didática faz parte das metodologias ativas e contribui para desenvolver a capacidade leitora e escritora dos alunos.

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Os atos relativos à construção do conhecimento que serão apresentados por meio das metodologias ativas com o uso

de linguagens imagéticas estão fundamentados em uma

perspectiva socioconstrutivista, compreendendo que a

aprendizagem ocorre na interação entre os indivíduos do processo, com o objetivo de torná-Ia significativa.

Em um dia, quantas imagens podem ser observadas?

O fato é que se vive hoje num contexto de inúmeros e

constantes estímulos visuais: são casas, sobrados, prédios etc. em diversos estilos; carros de diferentes modelos; pessoas vestidas de várias maneiras e usando adereços diversificados; a poluição visual das cidades, com seus muros pichados, cartazes, anúncios publicitários expostos nos mais variados portadores, imagens da televisão e da internet, sem esquecer das revistas e jornais. Alguns des-ses elementos visuais sensibilizam mais, enquanto outros

passam despercebidos. A verdade é que, na sociedade

atual, a imagem vem ocupando um espaço cada vez mais

privilegiado, e isto vem se ampliando a cada dia, graças às novas tecnologias, que permitem a criação de imagens aprimoradas e a sua divulgação de forma instantânea.

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Isso acontece também no contexto escolar, uma vez que as imagens -esculturas, pinturas, cartazes, mapas, fotografias, anúncios publicitários etc. - fazem parte do cotidiano dos alunos. Esses elementos visuais que constituem, juntamente com outros, as chamadas linguagens imagéticas têm muito a ensinar, uma vez que estão carregados de informações sobre acultura eo mundo. Cabe, portanto,

à

escola levar o cotidiano para a sala de aula e trabalhar a experiência dos alunos, bem como sua realidade, garantindo o desenvolvimento das habilidades de leitura de imagens para promover a alfabetização visual. É importante que os alunos compre -endam as imagens em seus contextos e tenham condições de conhecer melhor a sociedade em que vivem; e nesse processo poderão despertar

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o olhar observador, curioso e investigador para fazer descobertas acerca de suas próprias concepções e emoções ao observar uma imagem. Além disso, cabe

à

escola contribuir para a formação de leitores autônomos e críticos de todos os textos que os cercam, inclusive os imagéticos.

Você já deve ter ouvido falar que uma imagem vale mais que mil palavras, não é mesmo? No entanto, é necessário compreender o contexto em que a imagem está inserida e o que ela revela ou comunica, ou seja, é preciso dar sentido ao recurso imagético. Analisar, de forma significativa, fotografias, pinturas, objetos, esculturas, mapas, grafites, charges etc., relacionando os recursos neles contidos aos assuntos estudados, instiga a observação e a percepção dos alunos.

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Isabel Calado afirma que:

[... ] se ainda há bem pouco tempo uma imagem valia por mil

pa-lavras (admitamos que o estado de raridade que cria o valor), hoje

em dia, em muitos casos, a desmultiplicação imediata de cada

imagem retira-lhe essa possibilidade de valer (de valor) (CALADO,

2000, p. 734).

Diante disso,como entender as pinturas corporais das diferentes tribos indígenas

sem visualizar uma fotografia? Como compreender as vestimentas usadas pela família real na chegada ao Rio de Janeiro, em 1808, sem observar uma pintura

que retrata a época? Como entender o surgimento de um

tsunami

sem analisar

um esquema gráfico ou observar como estão dispostas as placas tectônicas em uma ilustração?

Uma pintura, um gráfico, uma fotografia ou qualquer outra imagem podem

permitir ao aluno a compreensão de um fato ou de um fenômeno com

mais objetividade. No contexto do processo de ensino-aprendizagem, essas

diferentes linguagens podem ser tratadas como conteúdos, como fontes de

informação, como fontes documentais, demandando uma observação

cui-dadosa para prosseguir com uma descrição e análise. Essasanálises podem ter cunho histórico, que revelem situações sociais e culturais de uma época; podem levar os alunos a imaginar, por exemplo, a vida das pessoas a quem

pertenceu um determinado objeto, como e para que era usado, bem como

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a localização geográfica dessas pessoas e objetos. Esse tipo de

questiona-mento introduz o pensaquestiona-mento histórico a partir da ideia de um objeto como

documento de uma comunidade e de um estilo de vida. Compreender as

fontes documentais como objetos, fotografias, documentos etc. é muito

importante para conhecer a memória de um lugar e de um tempo, em uma

investigação histórica.

No contexto do estudo das diferentes linguagens imagéticas, podem-se

explorar também capas de revistas,

outdoors,

propagandas, quadrinhos,

cinema, grafites etc., pois isso propicia ao aluno deparar-se com diversas

linguagens, cada uma com sua configuração, qualidade de definição de

imagem, uso de cores, ou seja, tudo o que contribui para que os objetivos

na produção da imagem sejam atingidos.

Éimportante saber e questionar oque se ensina, para que se ensina, para

quem se ensina, comose ensina, a fim de entender a dinâmica dos processos

educativos e o papel da imagem na metodologia ativa. A imagem, seja fixa

ou móvel, deve ser um elemento problematizador e não uma mera ilustração

para um aluno passivo observá-Ia. Ela deve estar atrelada ao conteúdo a ser

trabalhado e propiciar ao aluno o levantamento de hipóteses, a reflexão,

a apreciação e até a produção, a partir da análise, seja contextualizando o

conteúdo, seja desenvolvendo conceitos fundamentais como ângulo,

com-posição, foco, luz, movimento, perspectiva etc.

Referências

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